Concepções e Métodos em EAD - 2016
Concepções e Métodos em EAD - 2016
Concepções e Métodos em EAD - 2016
SETOR DE EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DE POLÍTICAS
DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
MAGISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONCEPÇÕES E
MÉTODOS DE ESTUDOS
EM EaD
CURITIBA
2016
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Michel Miguel Elias Temer Lulia
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
José Mendonça Bezerra Filho
Reitor Diretora
Zaki Akel Sobrinho Andrea do Rocio Caldas
Pró-Reitora de Planejamento,
Orçamento e
Finanças - PROPLAN
Lucia Regina Assumpção Montanhini
Scherer, Suely
Concepções e Métodos de Estudos em EaD / Suely Scherer. - Curitiba : Universidade Federal do Paraná. Setor de
Educação. Coordenação de Integração de Políticas de Educação a Distância. Curso de Pedagogia. Magistério da Educação
Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, 2012.
46 p.
ISBN 978-85-89799-23-2
CONTATOS
Setor de Educação
Rua General Carneiro, 460 2º andar
80060-150 Curitiba PR
Fone: (41) 3360 5141 3360 5139
email: [email protected]
www.educacao.ufpr.br
CIPEAD
Praça Santos Andrade, 50 Térreo
80020-300 Curitiba PR
Fone (41) 3310-2657
email: [email protected]
www.cipead.ufpr.br
APRESENTAÇÃO
A modalidade de Educação a Distância (EaD) tem representado, cada vez mais, uma
nova possibilidade de ensino e de aprendizagem para todos, incorporando ao processo
educacional as tecnologias de informação e comunicação. No seu processo de aprendizagem
estarão envolvidos vários recursos e estratégias próprios da modalidade a distância. Você
fará uso de um Ambiente Virtual de Aprendizagem, onde terá acesso aos movimentos das
aulas e aos materiais elaborados especialmente para esse curso.
Bom Estudo!
1. DISCIPLINA
2. CÓDIGO
EDP- 031
60 HORAS
Quarenta e oito (48) horas de estudos com orientação presencial e a distância dos tutores do polo
presencial e/ou tutores da UFPR. Estes estudos incluem a participação em fóruns, chats e outros
espaços virtuais.
4. EMENTA
5. OBJETIVO GERAL
6. PROGRAMA
1.1 INTRODUÇÃO
7. METODOLOGIA DE TRABALHO
8. AVALIAÇÃO
• Participação em fóruns;
CONCEPÇÕES E
POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO
A DISTÂNCIA EM
DIFERENTES CONTEXTOS
HISTÓRICOS
1 CONCEPÇÕES E POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA EM
DIFERENTES CONTEXTOS HISTÓRICOS
1.1 INTRODUÇÃO
Como acontecem?
Você deve estar pensando: para que tantas perguntas... Mas, é a partir de
questionamentos que somos instigados, mobilizados para conhecer mais sobre diferentes
assuntos. Vamos, a partir das suas respostas às questões acima, dialogando com o texto que
segue.
O estudo dessa unidade contribuirá para que você compreenda sobre o que foi
construído historicamente na EaD, podendo conhecer a modalidade de educação que
escolheu para cursar a Licenciatura em Pedagogia.
15
O que se percebe é que, em muitos casos, as escolas ainda estão centradas em
processos de transferência de informações, esquecendo de pensar em movimentos que
viabilizem uma relação maior delas com o mundo. Enquanto nos diferentes espaços
da comunidade, local ou global, se pesquisa continuamente os avanços da ciência e da
tecnologia, as escolas precisam se articular a estes movimentos, repensando seus processos
educacionais.
Iniciando a história...
16
Nesta disciplina, a partir do que sugerem os autores citados e outros que iremos
estudar, a história da EaD será apresentada em três etapas: ensino por correspondência,
ensino multimídia e teleconferência, e aulas virtuais baseadas na internet. Estas etapas se
complementam, como estudaremos a seguir.
Em 1873, Anna Eliot Ticknor fundou uma escola em Boston para o desenvolvimento
de estudos em casa. Moore e Kearsley (2007) afirmam que o objetivo dessa escola era ajudar
as mulheres, a quem, em grande parte, era negado o acesso às instituições educacionais
formais naquela época. Segundo Simonson (2006) esta escola atraiu mais de dez mil
estudantes em 24 anos, que mantinham uma correspondência mensal com os professores,
que enviavam leituras dirigidas e testes para suas casas.
Alves (2009) afirma que a história da EaD no Brasil inicia-se com as “Escolas
Internacionais”, em 1904. Os cursos eram oferecidos para pessoas que buscavam empregos,
especialmente nas áreas de serviços e comércio. Assim, a história da EaD no Brasil iniciou
com o ensino por correspondência.
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Na etapa do ensino por correspondência, no Brasil, podemos ressaltar a
importância do Instituto Monitor, que iniciou as suas atividades em 1939, e do Instituto
Universal Brasileiro, que lançou seus primeiros cursos em 1941. Estes dois institutos
contribuíram na formação profissional de muitos brasileiros para o mercado de trabalho.
Podemos observar que neste período histórico da EaD, esta tinha como foco a
transmissão da informação, em linguagem escrita, sem considerar o perfil dos alunos.
A comunicação entre professor e aluno era limitada, com mensagens enviadas por
correspondência.
Na década de 1960, segundo Aretio (2001), começa uma nova etapa de EaD,
denominada por ele de ensino multimídia. Esta surge com a utilização de vários recursos que
favorecem o processo de aprendizagem. Além do texto escrito, começam a ser produzidos
áudios e vídeos, com o uso de rádio e televisão. O telefone também se incorpora ao processo
para a comunicação entre professores e alunos.
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Quando o rádio surgiu como uma nova tecnologia no inicio do século XX, muitos
educadores perceberam uma oportunidade de articular novas propostas de EaD. Segundo
Nunes (2009), a primeira autorização para uma emissora educativa foi concedida em 1921,
pelo Governo Federal à Latter Day Saints’ da University of Salt Lake City. Em fevereiro de
1925, a State University of Lowa oferecia seus primeiros cursos, por rádio, validando cinco
créditos.
FONTE: http://www.sxc.hu/photo/1101013
Na Europa, neste período, houve uma expansão da EaD, sem muitas mudanças em
sua estrutura, mas com métodos e meios mais sofisticados. Simonson (2006) afirma que
as gravações de áudio eram mais usadas na educação de cegos e no ensino de línguas para
vários estudantes.
A EaD, segundo Giusta (2003), por muito tempo, representou a distância do ponto
de vista geográfico e do ponto de vista político, pela marginalização dos seus estudantes
em comparação com quem usufruía da modalidade presencial. A visão era de que se usava
tecnologias para chegar apenas até aqueles que de outro modo não poderiam se beneficiar
da educação escolar.
19
Neste sentido, Giusta (2003) lembra que, um acontecimento mudou, em definitivo, esta
visão da EaD: a criação, em 1969, da Universidade Aberta da Grã-Bretanha – a Open University.
Na seqüência, outras Universidades contribuíram para elevar a importância da modalidade de
EaD, como a Fern Universität, na Alemanha, e a UNED, na Espanha, que criaram cursos de
graduação e pós-graduação de ótima aceitação por parte dos estudantes de todo o mundo.
No Brasil, esta etapa da história foi marcada por cursos à distância, utilizando,
além do material impresso, transmissões por televisão e rádio, gravações de áudio e vídeo,
dentre outros. Segundo Alves (2009), em 1923, foi fundada a Rádio Sociedade do Rio de
Janeiro, numa iniciativa de Edgard Roquete Pinto e um grupo de amigos. Operada pelo
Departamento de Correios e Telégrafos, segundo Niskier (1999), a emissora transmitia
programas de literatura, radiotelegrafia e telefonia, línguas, literatura infantil e outros de
interesse comunitário.
Podemos citar outros movimentos de EaD nesta etapa da história, como o Projeto
Minerva (rádio educativo), criado em 1970. Este projeto, vinculado ao Governo Federal,
ofertava cursos nos níveis do ensino fundamental e ensino médio (científico, contabilidade,
magistério), com o objetivo de resolver em um curto prazo, os problemas de desenvolvimento
econômico e social do país.
20
E a televisão? Quando será que começou a ser explorada
no Brasil para fins educacionais?
FONTE: http://www.sxc.hu
A televisão, para fins educacionais, foi usada de maneira positiva em sua fase inicial,
e, há registros de vários incentivos no Brasil a esse respeito, especialmente nas décadas de
1960 e 1970. Deve-se destacar a TV Educativa do Maranhão, criada em 1969, o Programa
Nacional de Teleducação (Prontel), e o Centro Brasileiro de TV Educativa (Funtevê), órgão
integrante do Ministério da Educação e Cultura. Destaca-se ainda a TVE, do Ceará, que
oferecia a TV Escolar em 1974. Ainda neste mesmo ano, no estado do Rio Grande do
Norte, é lançado o Projeto SACI (Sistema Avançado de Comunicações Interdisciplinares), a
primeira experiência de utilização transmissão via satélite para fins educacionais no Brasil.
Em 1995 foi lançado pelo MEC o Programa TV Escola com o objetivo de oferecer
formação continuada aos professores da educação básica, para o uso de tecnologias
educacionais. O curso utiliza, principalmente, material impresso, televisão e o vídeo. A
difusão nas escolas é realizada via satélite, por emissoras de canal aberto ou a cabo.
21
Você assistiu a algum programa do Telecurso 2000? Como se sentiu ao acompanhar
o programa? Procure vivenciar este processo, sempre que possível, para compreender
as diferentes possibilidades de aprendizagem na modalidade de EaD.
Nesta etapa da história, segundo Peters (2001), podemos falar em uma mudança
paradigmática na EaD, pois com as tecnologias que surgiram neste período, mesmo distantes
fisicamente, os alunos podem estabelecer comunicação entre si e com os professores de
forma mais rápida que pelo correio. Com isto, começou-se a pensar em cursos na modalidade
22
de EaD mais individualizados, com aulas e orientações específicas para diferentes grupos.
Vale lembrar que não é o recurso em si que possibilita uma educação mais dialogada,
pois o movimento de uma educação ocorre a partir da compreensão de educação do grupo
de professores, alunos e gestores do curso. Ou seja, podemos usar as videoconferências
apenas para transmitir informações, sem oportunizar diálogos, estudos em grupos, debates,
seminários... Reflita sobre estas questões...
A partir das informações obtidas, reflita sobre a contribuição do projeto para a educação no
Brasil. Observe elementos como: objetivo, metodologia, público alvo, número de pessoas
atendidas, abrangência, contexto sócio-político, entre outros.
FONTE :http://www.sxc.hu
http://office.microsoft.com/pt-pt/clipart
23
Com o acesso a internet, surgiram novos modelos de Universidades, como as
universidades puramente virtuais, além de combinações e colaborações entre instituições
de todos os tipos. Além disso, a internet viabilizou a oferta de cursos na modalidade
de EaD, considerando uma educação sem distância, ou seja, do modelo de EaD por
correspondência, com os recursos de internet para interação entre professores e alunos, é
necessário permanecer apenas a distância física entre os sujeitos que ensinam e aprendem.
É importante lembrar que muitas pessoas ainda não possuem acesso à internet, mas
este é um caminho que juntos temos de trilhar, lutando juntos por este direito, independente
do bairro, município, estado ou país em que vivemos. Fazemos parte de uma grande rede,
e, para aprendermos a nos relacionar com ela e por ela, aprendendo e ensinando, temos de
estar conectados.
A partir do estudo do contexto histórico da EaD crie um quadro com a síntese das
etapas apresentadas, apontando para cada geração:
a) Período Histórico
b) Tecnologias utilizadas
Atividade - Glossário
25
Para conhecer um pouco mais sobre os projetos de algumas das principais
Universidades mencionadas, visite os endereços sugeridos a seguir:
ALVES, João Roberto Moreira. A história da EaD no Brasil. In: LITTO, Frederic M.;
FORMIGA, Marcos (Orgs.). Educação a Distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2009. p. 9-13.
NUNES, Ivônio Barros. A história da EaD no mundo. In: LITTO, Frederic M.; FORMIGA,
Marcos (Orgs.). Educação a Distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education
do Brasil, 2009. p. 02-08.
Baseados em Paulo Freire, podemos afirmar que a ação de educar é uma ação
na qual todos (educadores e educandos) ensinam e aprendem dirigidos pelo educador ou
educadora; dirigidos, não direcionados. É uma ação em que o professor ou professora,
então educadora ou educadora, não apenas informa, mas estabelece uma interação com
os educandos e ao dirigir o processo, sendo conhecedor profundo de sua área, é também
aprendiz na busca constante de novos conhecimentos em todos os espaços.
Neste sentido, Morin (2001, p.11) afirma que “a educação pode ajudar a nos 25
tornarmos melhores, se não mais felizes, e nos ensinar a assumir a parte prosaica e viver a
parte poética de nossas vidas.”
26
E a EaD? Sendo educação, busca os sentidos e significados aqui apresentados. A
EaD, compreendida como educação, mobiliza professores e alunos para criarem novas
rotinas, exigindo, como toda mudança, novas atitudes, novas leituras, novas formas de ver e
se organizar no mundo. Ao vivenciar e conhecer a EaD, muitas vezes, professores e alunos
mudam processos de ensino e aprendizagem da educação presencial. Neste sentido, Moran
(2004) afirma que:
• FLEXIBILIDADE – essa modalidade foi criada para atender estudantes em diferentes necessidades,
principalmente em relação a tempo e local de estudo.
• Professores e alunos que podem ficar separados por uma diferença temporal e espacial.
• O aluno precisa aprender a fazer a gestão de seu tempo de estudo, pois cabe a ele escolher os
melhores horários e locais para desenvolver os estudos. É importante incluir neste processo de
gestão os horários de comunicação com colegas e professores.
28
• Os alunos são em sua maioria adultos e dispersos geograficamente.
• Os estudos são realizados pelo aluno, na maioria dos casos, de forma individual e
flexível em termos de horários, pois o aluno estuda no horário e local que lhe é mais
conveniente.
Estes são alguns movimentos que caracterizam a EaD. Mas, há outras características
que você poderá perceber ao longo do curso. O interessante é vivenciar e continuar
estudando sobre esta modalidade para a caracterizarmos ainda mais.
Estas são duas maneiras de “estar junto” e uma não anula a outra. Nos dois casos,
podemos estar muito próximos ou muito distantes do outro, em nossos pensamentos, ações
e sentimentos.
30
Abordando sobre a EaD, o artigo 80 da LDB prevê:
§1º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida
por instituições especificamente credenciadas pela União.
31
Em 19 de dezembro de 2005, foi revogado o decreto de 1998, com a publicação do
decreto n. 5.622, que em certos aspectos ampliou a compreensão da modalidade de EaD.
Neste decreto, o conceito de EaD aparece como:
A UAB faz parte do atual conjunto de políticas públicas desenvolvidas pelo Governo
Federal para a área de educação, voltadas para a expansão da educação superior com
qualidade e promoção da inclusão social. O objetivo é proporcionar uma alternativa para o
atendimento às demandas reprimidas pela educação superior, pois, segundo Mota (2007),
no Brasil, apenas 11% dos jovens entre 18 e 24 anos têm acesso a este nivel de educação.
De maneira geral, a UAB tem por objetivo estabelecer um amplo sistema nacional
de educação superior a distância, ampliando o acesso à educação superior no Brasil,
32
gratuitamente. O Decreto nº 5.800, oficializa a UAB, destacando a articulação e integração
de Instituições do ensino superior, municípios e estados, visando a democratização,
expansão e interiorização da oferta de ensino público no país.
Para saber mais sobre a UAB, leia na íntegra o decreto nº 5.800 que trata da
UAB. Acesse o decreto pelo endereço:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5800.htm
A partir da leitura sobre a legislação brasileira de EaD, participe do fórum virtual com os
seus colegas e tutores, apresentando a(s) característica (s) da EaD que mais se diferencia(m)
das características da educação presencial, justificando sua escolha.
E, se você tiver dúvida sobre a legislação, apresente-as nesse fórum, no tópico específico
para esse assunto.
33
UNIDADE 2
O PROCESSO DE ENSINO
E DE APRENDIZAGEM
NA EAD: COMPONENTES
E PAPÉIS
2 O PROCESSO DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM NA EaD:
COMPONENTES E PAPÉIS
FONTE:
http://www.sxc.hu/browse.
phtml?f=download&id=316634
http://storage.sxc.hu/g/go/gokoroko/107841_1085.jpg
37
2.1 RECURSOS TECNOLÓGICOS
FONTE: http://www.sxc.hu
38
Um avanço neste sistema, segundo Moran (2009) são as aulas por videoconferência.
Neste modelo, a comunicação entre alunos e professores acontece de forma síncrona. Por
exemplo, um aluno de uma das salas de videoconferência pode questionar o professor no
mesmo momento em que este finaliza sua fala. O professor, de outra sala, ao ver e ouvir o
aluno que o questiona, dialoga com este e com os demais alunos, presentes nas diferentes
salas. É como se pudéssemos conversar com o apresentador de um programa de televisão,
ao vivo, não apenas por áudio, como acontece em algumas emissoras, mas por áudio e
vídeo. Além das videoconferências, os alunos recebem a tutoria presencial e em ambientes
virtuais.
Outro modelo de aula em EaD é o que Moran (2009) chamou de modelo aula gravada
e tutoria. Neste modelo grava-se a aula dos professores, e o aluno a recebe em formato
de vídeo ou CD, com orientações de tutores locais mais generalistas. Neste modelo, falta
a interação com professores mais experientes, e comunicação mais intensa, por exemplo,
com uso de ambientes virtuais.
A educação on-line é outro modelo apresentado por este pesquisador. Nesta, o aluno
se conecta pela internet a uma plataforma virtual, um Ambiente Virtual de Aprendizagem.
Neste ambiente, encontra materiais em diferentes linguagens (textos, imagens, vídeos,
áudios,...), e pode dialogar com seus colegas, tutores e professores. O objetivo deste
modelo de EaD é o compartilhamento de informações, a colaboração entre colegas, tutores
e professores, ou seja, a produção coletiva.
A educação on-line pode ser favorecida com o uso de recursos como: sistema wiki,
blog, podcast, Orkut, MSN, skype, dentre outros. Também existem algumas experiências de
educação on-line usando o ambiente second life, com a criação de avatares (identidades
virtuais). E assim, as tecnologias vão surgindo e novos modelos de EaD podem ser
implementados. Mas, não esqueça, apenas o uso de tecnologia não traça o modelo de EaD
oferecido.
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2.2 O PAPEL DO PROFESSOR E DO TUTOR
Você provavelmente está percebendo que curso em EaD não é um “curso sem
professor”. No entanto, alguns papéis do professor são redimensionados nesta modalidade.
O tutor, que também é professor na maioria dos modelos de EaD, precisa estar atento a várias
competências exigidas nesta modalidade, principalmente as relacionadas às tecnologias de
informação e comunicação, como exemplo, a tecnologia da internet.
Neste sentido, Demo (1998) afirma que o professor na modalidade de EaD precisa
agregar ao seu fazer docente habilidades e competências para lidar com materiais didáticos
produzidos em diferentes linguagens, trabalhar em diferentes ambientes, conviver com
diferentes tipos de avaliação, dentre outros.
Aliado a este perfil de professor de EaD, Belloni (2001) afirma que um dos papéis
do professor na EaD é o de constituir-se em um parceiro dos alunos no processo de
aprendizagem. Dito isto, resumo o que a referida autora apresenta como as três dimensões
que traduzem os papéis deste professor:
40
• Pedagógica – o professor precisa saber orientar, aconselhar, e fazer a tutoria,
tanto no campo da área específica da disciplina quanto na área pedagógica,
relacionada ao processo de aprendizagem do aluno.
FONTE: http://office.microsoft.com/pt-pt/clipart
DIMENSÃO PEDAGÓGICA
41
DIMENSÃO TECNOLÓGICA
DIMENSÃO DIDÁTICA
DIMENSÃO PESSOAL
Reflita sobre o papel dos professores e tutores, lembrando que o importante, como
professores, é estarmos abertos a aprender continuadamente. Ou seja, sempre há tempo
para aprender, sempre temos algo por aprender...
Você deve ter percebido que o tutor será um dos seus grandes parceiros no
desenvolvimento de todas as atividades do curso.
OLIVEIRA, Eloiza da Silva Gomes de; DIAS, Alessandra Cardoso Soares; FERREIRA,
Aline Campos da Rocha. A importância da ação tutorial na educação a distância:
discussão das competências necessárias ao tutor, disponível em:
http://www.niee.ufrgs.br/ribie2004/trabalhos/comunicações/com20-28.pdf.
Não basta ter tutores, professores, materiais.... para que o aluno aprenda!!! Eles são
importantes no processo de aprendizagem, mas tão importante quanto eles, são os papéis
e a atitude do aluno em relação ao seu processo de aprendizagem. Você, aluno de EaD,
sabe qual o seu papel? O que fazer para ser um bom aluno em EaD? Vamos ler algumas
orientações neste sentido neste item de estudo.
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Você talvez esteja pensando sobre diferenças entre um aluno da modalidade
presencial e um aluno da modalidade a distância. Sendo alunos, estudantes, aprendizes,
muitas atitudes são comuns na modalidade presencial e na modalidade de EaD. No entanto,
em EaD, temos de organizar a nossa agenda, determinando o tempo e local de estudo a
partir da carga horária semanal de estudo exigida no curso. Na modalidade presencial, o
tempo de aula é determinado pela instituição e professores.
• Agende um horário, com tempo mínimo de estudo diário, a partir do seu ritmo de
aprendizagem e necessidades, e cumpra-o fielmente;
• Relaxe, faça intervalos. Que tal uns 10 minutos a cada hora de estudo?
• Grife, sublinhe, ponha sinais na margem do texto estudado. Se fizer leitura em tela,
use os diferentes recursos do computador no texto em estudo (cores, sublinhado,
comentários...);
Organize bem este tempo de estudo com o uso de internet. A internet facilita, pois
as informações e materiais do curso, estão acessíveis nas 24 horas do dia. Além disto, a
comunicação pode acontecer em tempo real com o tutor ou outros alunos, seja para tirar
dúvidas, produzir individual ou coletivamente ou participar de debates. Com a internet,
mesmo estando sozinho presencialmente, você poderá ficar acompanhado virtualmente.
Basta acessar ao ambiente virtual do curso.
Lembre-se de que em seus estudos você não está sozinho, os professores e tutores
estão à disposição para orientá-lo durante todo o processo. Além disso, você conta com a
oportunidade de interagir com seus colegas de curso.
45
Atividade - Plano Individual de Estudos
Organize o seu plano individual de estudo no curso, a partir da carga horária das disciplinas
a serem cursadas neste primeiro período de aulas. No quadro abaixo veja uma sugestão
para a organização de seu plano de estudo.
Horário de
Estudo
Local de
Estudo
2. Conclusão de disciplinas
46
Leia dicas de como estudar melhor nos endereços:
http://www.psicopedagogia.com.br/guia/estudar.shtml
http://www.dadireitofmn.com.br/download/artigo/Como_Estudar_Melhor.doc
Caro Acadêmico!
Bom Estudo!
47
REFERÊNCIAS
ALVES, J. R. M. A história da EaD no Brasil. In: LITTO, F. M.; FORMIGA, M.(Orgs.). Educação
a Distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. p. 9-13.
GIUSTA, A. S. Educação a Distância: contexto histórico e situação atual. In: GIUSTA, A. S.;
FRANCO, I. M. (Orgs.). Educação a Distância: uma articulação entre a teoria e a prática. Belo
Horizonte: PUCMinas, 2003.
MOORE, M.; KEARSLEY, G. Educação a Distância: uma visão integrada. Tradução de:
GALMAN, Roberto. São Paulo: Thomson Learning, 2007.
MORAN, José Manoel. Propostas de mudança nos cursos presenciais com educação
on-line. Set. 2004. Disponível em: <www.eca.usp.br/prof/moran>. Acesso em: 20/09/2008.
_______. A história da EaD no mundo. In: LITTO, F. M.; FORMIGA, M. (0rgs.). Educação a
Distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. p. 02-08.
PETERS, O. Didática do ensino a distância. Tradução de: KAYSER, Ilson. São Leopoldo:
Unisinos, 2001.
50