Portfólio

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CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICO DO AMAZONAS

Técnico em Recursos Humanos


Disciplina da professora
Prof. Nome da professora

PORTFÓLIO

Luiza Caroline Dos Santos Farias

Novo Airão
Maio/2024
Módulo 3: Recrutamento e Seleção

Conceitos e etc.

Sobre a disciplina

Nome da disciplina: Recrutamento e seleção.


Módulo estudado: módulo 3.
Período estudado:
Característica da disciplina:
Professora orientadora: Valéria Lima

Sobre as aulas assistidas:

No primeiro dia a professora Valéria Lima se apresentou a turma e nós


também tivemos a oportunidade de nos apresentarmos e esclarecer nossos
objetivos com o curso. A aula foi realizada na sala de aula, onde a professora
utilizou um software matemático para mostrar as equações trigonométricas. Houve
uma interação dos alunos, mas verificou-se a existência do efeito Topázio, pois a
professora foi alterando a equação, e à medida que os alunos não compreendiam
o que foi alterado no gráfico, a aula virou um exercício de completar frases
inseridas pela professora.
Após a aula conversamos com a professora sobre o projeto. Houve alguma
resistência sobre a escolha do assunto do projeto, e também o receio do fato da
professora ausentar com frequência.
Num outro momento, fomos à sala dos professores conversar com outras
professoras de matemática para verificar alternativas para a aplicação do projeto.
Conversamos com a professora Sílvia, que se mostrou solícita à escolha do tema
e quantidade de aulas para aplicação.
Assistimos durante um mês as aulas no terceiro ano, e verificou-se um bom
comportamento dos alunos, sendo que a maioria faziam os exercícios propostos,
que eram vistados e viravam uma nota por bimestre. Aconteceu apenas um
incidente da professora retirar dois alunos da sala por não realizarem os
exercícios e estarem com os cadernos fechados. Quando haviam duas aulas em
sequência, geralmente a professora propunha exercícios a serem feitos na
primeira aula, e a correção dos mesmos na segunda, sendo que ela sempre que
realizava os exercícios.
Apesar da disciplina em sala de aula, verificamos dificuldade e apatia dos
alunos, e buscamos então um projeto que agregasse uma visão diferente da
matemática, com uma participação maior dos alunos.
A professora Sílvia fez Licenciatura em Matemática e Ciências, foi docente
na rede particular, EJA, magistério, mas a maior parte do seu tempo como
docente foi na rede pública, estando perto de se aposentar.

Metodologia
Como a professora abordou os assuntos.

Objetivo

Objetivo das aulas ministradas.

Cronograma

1ª aula:

2ª aula:

3ª aula

4ª aula

5ª aula

Referência
(99+) pdf lIVRO gestão de pessoas IDALBERTO CHIAVENATO.pdf | Paulo Byron -
Academia.edu

Diário das práticas 1


Descrição

Aplicamos o projeto nas três turmas (3º A, B e C), sendo que fizemos a
intervenção juntos. Para isso foi planejada qual parte cada um explicaria, e a
professora esteve presente no fundo da sala para nos auxiliar com a disciplina dos
alunos.
A professora conversou com a sala antes do início da aplicação,
ressaltando que houvesse respeito e bom comportamento durante o projeto.
Apresentamos à classe, explicamos e justificamos o projeto. Iniciamos a
parte da revisão de conceitos matemáticos, onde verificamos dificuldade dos
alunos em conceitos básicos, como porcentagem e regra de três. Fizemos uma
dinâmica com alunos representando as figuras de tomadores de empréstimo e
investidores, para explicar o funcionamento de um banco e, com isso, começaram
a surgir questões e envolvimento por parte dos alunos.
Propomos os exercícios e demos tempo para a solução dos mesmos.
Auxiliamos com as dificuldades e, na hora da correção, solicitamos que eles
resolvessem os exercícios na lousa. Houve assim uma ruptura no contrato didático
que havia com a professora, e muitos alunos foram resistentes a isso, tendo que
alguns resolverem exercícios mais de uma vez na lousa, pois outros não queriam,
por preguiça, por não se sentirem à vontade com a exposição que teriam ou por
medo de errarem. Repetimos várias vezes que não era necessário o receio de
errar, porem mesmo assim muitos se sentiam inseguros para irem à lousa.
Utilizamos anúncios reais, publicados em encartes promocionais. Ao
usarmos os anúncios, procuramos fazer um paralelo entre nossa atividade com o
cotidiano, mostrando que cálculos simples economizam muito dinheiro numa
simples compra.
Exploramos mais alguns temas da matemática financeira, como
capitalização, poupança, cartão de crédito, financiamento e cheque especial.
Durante a explicação, surgiram exemplos e questões dos alunos sobre
acontecimentos reais, por exemplo, uma aluna não sabia que na poupança eram
aplicados juros compostos, pois o funcionário do banco lhe orientou
erroneamente. Outra aluna citou o endividamento de sua mãe por causa do
cheque especial. Esses exemplos consolidam o fato que temos que aproximar
algumas disciplinas com a vida dos alunos para que estes enxerguem uma
relação e sentido no aprendizado.
Na atividade final, a sala foi dividida, com ajuda da professora, em trios. De
todos os alunos observados, apenas um aluno permaneceu imóvel e
desinteressado, sendo que teve que ser motivado pela professora a participar. A
aplicação da atividade foi tranquila, apenas verificamos que faltou tempo para
alguns alunos, pois estes tiveram dificuldades na resolução dos exercícios
propostos.
Nosso projeto estava previsto para 4 aulas. A professora propôs uma aula
adicional onde fecharíamos o projeto e discutiríamos a atividade, devido ao grande
interesse dos alunos. Essa última aula foi a mais proveitosa, pois pudemos discutir
matemática sem medo, e os alunos puderam compartilhar ideias e exemplos que
tiveram quando planejavam seu orçamento. Tivemos uma conversa muito aberta
na aula de fechamento, onde os alunos puderam expressar sua opinião, discutir e
explicitar fatos interessantes.
Alguns momentos do projeto foram marcantes. Em uma sala, um aluno
estava com cabeça baixa durante a explicação, e no momento de realização dos
exercícios, este me confessou que não entendia matemática desde o oitavo ano.
Auxiliei o aluno a resolver os exercícios, mas sabe-se que para conseguir um
resultado eficaz é necessário maior acompanhamento por um longo prazo. Outro
aluno, que não realizava exercícios durante as aulas regulares, disse que queria
fazer economia, pois gostou do assunto do projeto.
No final do estágio, agradecemos à professora e recebemos elogios da
coordenadora, dizendo que houve bastantes comentários positivos por parte dos
alunos.

Fatos interessantes:

1) Constatamos, na observação das aulas, que a professora fazia a


correção da prova no momento da aula. Ela passava uma atividade
(exercícios) e, enquanto os alunos resolviam os exercícios, ela chamava
um a um para efetuar a correção e prontamente apontar os erros e dar o
resultado da prova.
2) No momento da solução dos exercícios propostos por nós, constatamos
o caso de um aluno que não se interessava por resolver os exercícios.
Ao ser questionado, este nos relatou que não entende matemática há
muito tempo. Este fato é muito corriqueiro em escolas estaduais,
principalmente pela progressão automática, onde muitos alunos passam
de ano com defasagem do conhecimento necessário para tal.
Consequentemente, estes alunos se tornam pouco participativos nas
aulas e, com a falta de interesse, acaba partindo para a indisciplina.

Análise (baseando no contrato didático)

André Shirassu:

 Aulas

Quando demos nossas aulas, respeitamos o contrato didático estabelecido,


pois ministramos aulas expositivas e com muitos exemplos. Quebramos o contrato
ao trazer encartes reais de promoções, onde mostramos os valores à vista e a
prazo, onde era necessário calcular a taxa de juros. Observamos muitas vezes
que os professores não trazem muitos exemplos reais que pertençam ao cotidiano
dos alunos. Acreditamos que trazer isso torna a aula mais interessante e prende
mais a atenção dos alunos. Nosso projeto conseguiu demonstrar isso.

 Exercícios
Ao propor exercícios aos alunos, respeitamos o contrato didático
estabelecido, dado que propusemos exercícios de nível igual aos exemplos
apresentados, bem como oferecemos no enunciado todos os dados necessários
para a resolução, alem de utilizarmos números simples para a resolução, bem
como direcionamos os alunos a um melhor caminho de resolução (Apresentamos
algumas formas de resolver as operações, como regra de três). Quebramos o
contrato ao solicitar aos alunos que resolvessem os exercícios na lousa. Esta foi
uma experiência muito interessante, pois constatamos muito receio em ir à lousa,
e muitos deles que aceitaram ir, nos mostravam os cadernos questionando se o
exercício estava correto.

 Atividade

Quebramos o contrato didático estabelecido, ao solicitar aos alunos que se


dividissem e respondessem um questionário com suas opiniões. Solicitamos
discussões e reflexões entre eles para chegarem ao melhor resultado possível.
Lembramos os alunos de que não existia apenas uma resposta certa, por isso
seria necessário o debate para chegarem num consenso. Na aula de fechamento
da atividade, abrimos para discussão e relatos, onde os alunos puderam tirar suas
dúvidas, apresentamos os resultados obtidos com nossa atividade e houve uma
boa interface entre nós e os alunos.

André Kato:

 Atividade

Previa que teríamos uma dificuldade em quebrar o contrato didático na


atividade do orçamento. Por mais que explicitássemos que as respostas eram
pessoais, que eram livres para tomar suas decisões, os alunos se sentiram
inseguros para expressar suas ideias num papel, no formato de avaliação onde o
professor de matemática geralmente dá apenas certo ou errado comparando com
um gabarito. Nas primeiras questões que eram apenas de calcular, se via uma
dificuldade do aluno para aplicar o conceito nos exercícios. Por isso é importante
sempre fazer ligação entre a prática e a teoria quando possível, para que o
conceito fique mais consistente para o aluno. Nas questões subjetivas, houve
algumas respostas interessantes como: “vamos para o parque, assim não
gastaríamos com passeio”; “se deixarmos o carro em casa, cortamos a gasolina e
não precisaremos pagar o seguro do carro”. Alguns alunos também utilizaram os
cálculos para responderem essas questões subjetivas, que mostra a fuga da
mentalidade dos alunos que tal teoria serve apenas para exercícios no formato
que foram passados em sala de aula, e que no dia-a-dia não são aplicáveis. Mas
talvez o fato mais curioso foi um aluno que comentou que para conseguir mais
dinheiro iria roubar um banco, sua colega o repreendeu e disse para não escrever
isso, pois nós o consideraríamos como “louco”, ele argumentou que as respostas
eram pessoais, então poderia colocar o que pensasse. O grupo não colocou essa
resposta na atividade, mas ficou claro nesse exemplo e em outras repostas que
existe da parte do aluno a crença que o professor tem uma expectativa de
resposta para a questão, e que a avaliação seria um “jogo” onde o aluno tentaria
descobrir qual seria essa expectativa.

 Efeito Topázio

Além da aula de trigonometria da professora Lúcia Helena, houve outro


momento em que presenciei o chamado “efeito Topázio”. Quando foi relatado na
parte das descrições que um aluno disse que não prestara atenção nas aulas de
matemática desde o oitavo ano, fui auxiliá-lo a resolver uma equação do primeiro
grau. Percebi que estava tendo um efeito Topázio gerado por mim mesmo,
quando dizia coisas como “está multiplicando, passa para o outro lado...?” que não
tinham sentido nenhum para um aluno que não sabe a priori como resolver esse
tipo de exercício. Nesse ponto o texto foi importante para esclarecer sobre esse
efeito, então pude retomar a explicação, sendo que utilizei elementos gráficos
como desenhos, e até escrever a equação como uma frase em português, para
tentar com que o conteúdo fosse realmente assimilado. Assim foi importante ver
como é fácil o professor causar o efeito Topázio, principalmente pela questão da
limitação do tempo e da defasagem de conteúdo por alguns alunos.
Considerações Finais – “O que aprendemos com o
estágio?”

André Shirassu:

Esta foi minha primeira experiência trabalhando diretamente com os alunos.


Este era uma vontade que tinha em dar aula, para saber como que funciona o
processo, como que é realmente o trabalho com alunos. No final, foi uma
experiência muito rica, pois conseguimos ter uma boa interação com os alunos,
além de uma boa aceitação, tanto por parte dos alunos como da professora e da
orientadora (vale ressaltar o fato de que, quando fomos pela primeira vez falar
com a diretora, esta nos disse que a professora era uma pessoa que não tinha
uma boa aceitação com relação a estagiários).
Aprendi que é necessário saber lidar com os alunos, tornar mais próximos
deles, saber escutar suas opiniões, abrir espaço para que eles possam debater
assuntos interessantes. Esta relação interpessoal levarei para o resto da vida,
como exemplo principalmente para o meu trabalho.
Percebi que a educação pública no Brasil tem solução, que existem muitos
alunos interessados em estudar para buscar uma vida digna. Basta termos o apoio
e incentivo correto e das pessoas que cuidam da Educação.

André Kato

Eu trabalhei como professor na rede particular, e confesso que tinha certos


preconceitos com as escolas públicas. Porém, o estágio me ensinou que
realmente existem problemas nas escolas públicas (como em toda a rede de
ensino), mas que há profissionais sérios que se empenham para que isso mude, e
que os alunos podem ter comportamentos que fogem do estereótipo que é
passado por aqueles que não convivem, ou simplesmente não acreditam na
escola, tendo grande interesse e boa disciplina em sala de aula. Também aprendi
que os alunos querem aprender, mas o conteúdo tem que ter algum significado
(nele mesmo ou em algo que ele possa proporcionar, como o ingresso numa
faculdade ou emprego).
Outro ponto foi que fizemos um projeto relativamente simples, sem
nenhuma revolução metodológica, mas que teve um grande retorno. Então uma
alternativa para os professores, que tem o tempo tão escasso, seria mostrar aos
alunos uma visão diferente da matemática, fazendo com que surja o interesse e
um maior envolvimento.

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