SC COSIT N. 32 - 2024
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PROCESSO
SOLUÇÃO DE 32 – COSIT
CONSULTA
DATA 15 de março de 2024
CNPJ/CPF 00.000-00000/0000-00
RELATÓRIO
FUNDAMENTOS
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destas despesas. Por outro lado, o mesmo artigo traz, em rol taxativo, os tipos de próteses
dedutíveis, excluindo, desta maneira, a possibilidade de dedução de próteses de silicone, para
utilização em cirurgia plástica.
Art. 8º A base de cálculo do imposto devido no ano-calendário será a diferença entre as
somas:
I - de todos os rendimentos percebidos durante o ano-calendário, exceto os isentos, os
não-tributáveis, os tributáveis exclusivamente na fonte e os sujeitos à tributação
definitiva;
II - das deduções relativas:
a) aos pagamentos efetuados, no ano-calendário, a médicos, dentistas, psicólogos,
fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e hospitais, bem como as
despesas com exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e
próteses ortopédicas e dentárias;
(...)
§ 2º O disposto na alínea a do inciso II:
I - aplica-se, também, aos pagamentos efetuados a empresas domiciliadas no País,
destinados à cobertura de despesas com hospitalização, médicas e odontológicas, bem
como a entidades que assegurem direito de atendimento ou ressarcimento de despesas
da mesma natureza;
II - restringe-se aos pagamentos efetuados pelo contribuinte, relativos ao próprio
tratamento e ao de seus dependentes;
III - limita-se a pagamentos especificados e comprovados, com indicação do nome,
endereço e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF ou no Cadastro
Geral de Contribuintes - CGC de quem os recebeu, podendo, na falta de documentação,
ser feita indicação do cheque nominativo pelo qual foi efetuado o pagamento;
IV - não se aplica às despesas ressarcidas por entidade de qualquer espécie ou cobertas
por contrato de seguro;
V - no caso de despesas com aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias,
exige-se a comprovação com receituário médico e nota fiscal em nome do
beneficiário.
(Grifou-se)
8. Nesse mesmo sentido, o art. 80 do Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento
do Imposto de Renda (RIR/1999), e os arts. 43 a 48 da Instrução Normativa (IN) da Secretaria da
Receita Federal (SRF) nº 15, de 6 de fevereiro de 2001, não fazem qualquer restrição quanto à
especialidade de despesa médica, no que se refere a dedutibilidade destes gastos, limitando-se
a autorizar a dedução de pagamentos feitos a médicos, no caso de pagamentos efetuados pelo
contribuinte, relativos ao seu próprio tratamento ou a de seus dependentes, e condicionados a
que os pagamentos sejam especificados e comprovados com documentos originais que
indiquem nome, endereço e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) de quem os recebeu, podendo, na falta de
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documentação, a comprovação ser feita com a indicação do cheque nominativo pelo qual foi
efetuado o pagamento.
9. Pode-se afirmar que os serviços de saúde abrangem o diagnóstico e o tratamento da
enfermidade, e a prevenção e a manutenção da saúde, ou seja, são serviços voltados
diretamente à promoção da saúde, capazes de fornecer ao cidadão uma vida plena. A legislação
tributária não faz restrição à dedução das despesas médicas, quanto à finalidade do serviço de
saúde prestado, não se preocupando se seria reparador ou estético, limitando-se tão somente
a que haja tratamento e recuperação da saúde física e mental do beneficiário.”
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CONCLUSÃO
Assinado digitalmente
Rogério Leal Reis
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
Assinado digitalmente
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Assinado digitalmente
Gustavo Salton Rotunno Abreu Lima da Rosa
Auditor-Fiscal da RFB – Coordenador da Cotir
ORDEM DE INTIMAÇÃO
Assinado digitalmente
Rodrigo Augusto Verly de Oliveira
Auditor-Fiscal da RFB - Coordenador-Geral de Tributação