Caderno de Eleitoral COMPLETO
Caderno de Eleitoral COMPLETO
Caderno de Eleitoral COMPLETO
Direito
Eleitoral
Janaina Mascarenhas
2023
Olá!
Esse é um ebook criado a partir dos resumos que fiz na minha jornada de estudos para
concursos. Os resumos tem como base o edital para a carreira de Procurador da
República, mas podem ser usados para qualquer estudo de carreira jurídica.
A característica principal dos resumos que você tem em mãos é que são lacônicos,
sucintos, diretos. São os pontos que considerei mais importantes para minhas revisões ao
longo dos anos, mas saiba que não servem como substitutos à doutrina.
Apesar de sucinto o material tem como diferencial buscar condensar temas importantes
para a preparação e também apontar visões críticas e divergentes sobre a matéria,
apontando lei e jurisprudência quando pertinente de modo pontual.
Espero que esse ponto de partida seja útil nos seus estudos!
Bons estudos!
Ao final da leitura, fique à vontade para deixar suas impressões sobre o material no formulário abaixo!
https://forms.gle/kGiR8E5byP9hZGmk8
Sumário
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL ............................................................ 13
DIREITOS POLÍTICOS, ELEGIBILIDADE E CAUSAS CONSTITUCIONAIS DE
INELEGIBILIDADE...................................................................................................... 18
PARTIDOS POLÍTICOS ............................................................................................... 29
MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL ........................................................................ 37
LEI DA FICHA LIMPA – INELEGIBILIDADES INFRACONSTITUCIONAIS ....... 41
AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO DE REGISTRO DE CANDIDATURA .... 51
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL – AIJE.................................. 60
AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO - AIME ............................... 66
RECURSO CONTRA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA - RCED ..................................... 68
CORRUPÇÃO ELEITORAL E CAPTAÇÃO ILÍCITA DE SUFRÁGIO .................... 70
FINANCIAMENTO ELEITORAL ................................................................................ 73
PROPAGANDA ELEITORAL ...................................................................................... 81
CONDUTAS VEDADAS DE AGENTES PÚBLICOS ................................................ 90
TABELA RESUMO – AÇÕES ELEITORAIS.............................................................. 92
INTRODUÇÃO
Cidadão, no sentido restrito do direito eleitoral, diz respeito àqueles com direitos
políticos, podendo votar e serem votados. Não engloba, por exemplo, crianças,
analfabetos. No sentido amplo, cidadania se refere ao próprio direito de vida digna, se
estendendo a todas as pessoas no território nacional.
Há dois modelos de controle das eleições: legislativo, no qual o próprio poder controle
suas eleições, e tem origem na Inglaterra em 1695, e o de sistema jurisdicional, no qual a
jurisdição pode ser especializada, ordinária ou constitucional.
Após a república, com a Constituição de 1891, o voto passou a ser direto, inclusive para
Presidência da República. Todos os homens maiores de 21 anos podiam votar, mas
continuavam sem direito a voto as mulheres, os analfabetos, os militares e os religiosos.
O sistema continuou a ser legislativo.
Nessa época da República Velha, o voto era distrital, o que facilitava o controle dos
votos pelas pelos coronéis através do voto de cabresto. O voto não era secreto, era
proclamado para um mesário, que registrava o voto (eleições de bico de pena). O
resultado era homologado pelo Legislativo, que muitas vezes se recusava a homologar
por meras questões de afinidade política (degola). Havia, portanto, baixa confiabilidade
no sistema eleitoral.
O Código de 1935 acabou com o sistema proporcional em dois turnos. Em 1937, com o
golpe do Estado Novo, o Congresso Nacional foi dissolvido e a Justiça Eleitoral foi
descontinuada. Após isso houve ainda o Código de 1945, e posteriormente o Código de
1965, que é vigente até hoje.
Código Eleitoral de 1965 – foi aprovado como lei ordinária, mas recepcionado pela CR/88
com status de lei complementar.
Função administrativa – organiza as eleições. Não tem caráter contencioso, não há lide.
É o exercício do poder de polícia, o juiz não fica inerte. Exemplos: alistamento, definição
e distribuição das zonas eleitorais, mudança de domicílio eleitoral, medidas para cessar
imediatamente propaganda irregular.
Função jurisdicional – centrado em uma lide, é contencioso. Juiz deve ser inerte.
Função normativa – exercida pela expedição de Resoluções, mas essas são limitadas
pela lei. A constituição não prevê essa função, mas o artigo 1º § único e 23, IX do Código
preveem, bem como o artigo 105 da Lei 9504/97.
Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo
ao caráter regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das
previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções necessárias para sua fiel execução,
ouvidos, previamente, em audiência pública, os delegados ou representantes dos partidos
políticos.
Algumas resoluções tem sido alvo de discussões sobre os limites do poder
normativo do TSE:
RES 23.714/2022 - DURANTE a eleição criou regra com sanção para descumprimento
de decisão que determinasse a retirada de conteúdo com fake News. A PGR ajuizou ADI
afirmando que feria a legalidade, a competência da União e que desbordava o poder
normativo do TSE e que era censura previa. O STF em MC não deu provimento a essa
ADI.
RES 23712/2022 – proibiu transporte de armas no país por CAC no dia da eleição.
5. Sistemas Eleitorais
5.1 Majoritário
Art. 77 (...) §2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por
partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e
os nulos.
§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova
eleição em até 20 dias após a proclamação do resultado, concorrendo os 2 candidatos
mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
5.2 Proporcional
➔ Quociente eleitoral
Exemplo: 100 mil votos válidos em um município, na eleição de Vereador (10 vagas)
Se um partido teve 24 mil votos → quociente partidário (número de eleitos no partido) será:
24000/10000 = 2,4.
Com o desprezo das frações, muitas vezes ocorre que, ao final da distribuição das
cadeiras, “sobram” vagas. Essas vagas são dividas da seguinte forma:
Quem tiver a maior média fica com a vaga remanescente. Vai dividindo, acrescentando
as novas vagas, até preencher todas.
Podem concorrer todos os partidos, ainda que não tenham atendido ao quociente
eleitoral.
Portanto, pode um partido ter vaga ainda que não atinja o quociente eleitoral, desde que
tenha pelo menos 80% desse quociente.
Voltando ao exemplo:
O Partido P pode concorrer às 2 vagas que sobraram, ainda que não tenha alcançado os
10 mil votos (quociente eleitoral), porque alcançou 80% do quociente;
A outra vaga é calculada do mesmo modo, agora contando o PARTIDO P com 1 VAGA.
Cláusula de barreira: o candidato do partido deve ter no mínimo 10% do quociente
eleitoral na distribuição normal e 20% no caso das sobras.
CE Art. 108. Estarão eleitos, entre os candidatos registrados por um partido que tenham
obtido votos em número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente eleitoral,
tantos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal
que cada um tenha recebido. (Redação dada pela Lei nº14.211, de 2021)
Art. 109. Os lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários e em
razão da exigência de votação nominal mínima a que se refere o art. 108 serão
distribuídos de acordo com as seguintes regras: (Redação dada pela Lei 13.165/15)
II - repetir-se-á a operação para cada um dos lugares a preencher; (Redação dada pela
Lei 13.165/15)
III - quando não houver mais partidos com candidatos que atendam às duas exigências
do inciso I deste caput, as cadeiras serão distribuídas aos partidos que apresentarem as
maiores médias. (Redação dada pela Lei nº14.211, de 2021)
§ 1º O preenchimento dos lugares com que cada partido ou coligação for contemplado
far-se-á segundo a ordem de votação recebida por seus candidatos. (Redação dada pela
Lei 13.165/15)
➔ Suplentes
I - os mais votados sob a mesma legenda e não eleitos efetivos das listas dos respectivos
partidos;
5.3 Distrital
Críticas: critérios para definir quais cidades ocupam cada distrito; enfraquecimento dos
partidos; enfraquecimento das minorias (the winner takes all);
Parte é eleita com base em votação majoritária e parte é eleita com base no sistema
proporcional.
Exemplo: Partido A teve 70 mil votos, ganhando 7 vagas. O Partido A teve o candidato
mais votado em 5 distritos. Esses ocupam as 5 vagas, e as outras 2 vagas são ocupadas
pelos próximos dois mais votados do partido, no geral, ainda que os seus distritos já
tenham sido contemplados com uma vaga.
TSE
União Presidente
TRE
As juntas eleitorais tem perdido importância, porque servem para apuração das urnas,
mas com as urnas eletrônicas esse trabalho é automático. São formadas pelo juiz eleitoral
mais dois ou quatro cidadãos. A função que permanece é a diplomação nas eleições
municipais, que é organizada pela junta.
OBS: Juízes auxiliares do TRE e TSE – ajudam na época das eleições. Contra suas
decisões cabe recurso ao próprio Tribunal.
1.1 TSE
1.2 TRE
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados
de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
A Justiça eleitoral tem autonomia decisória, de modo que suas decisões tem eficácia
imediata, ainda que haja recurso ao STF.
• Cassação de registro
• Perda do mandato
• Afastamento do titular
TSE Sumula 31 - Não cabe recurso especial eleitoral contra acórdão que decide sobre
pedido de medida liminar
A Cassação é proibida!
No caso de PERDA da nacionalidade por adquirir outra, pode retomar por decreto
presidencial, e retorna com a mesma nacionalidade de antes (José Afonso da Silva e
CSPE). Alexandre de Morais afirma que volta sempre como naturalizado.
OBS: sentença absolutória impropria – José Jairo entende que também suspende os
direitos políticos.
➔ Recusa de obrigação
Jose Jairo afirma que apesar de ser perda, deve haver um termo final para essa sanção,
por ser vedada pena de caráter perpétuo. Assim, alguns autores advogam que no caso do
militar seja até os 45 anos (fim do serviço militar obrigatório) ou por um dia (caso o juri).
De qualquer modo, é importante observar a proporcionalidade.
Iniciativa popular: 1% dos eleitores, em 5 UFs cada uma com pelo menos 0,3% dos
eleitores.
3. Voto
STF decidiu que essa norma da eleição indireta não é norma de reprodução obrigatória
nos demais entes (Estados, Municipios e DF) para CAUSAS NÃO ELEITORAIS.
Secreto → Discussão sobre o voto dos parlamentares, o STF entende que nesses casos os
atos são públicos, por conta do regime democrático, com algumas exceções, como por
exemplo a escolha do PGR pelo Senado.
OBS: pessoa com deficiência pode ter ajuda de pessoa guia para votar, isso não fere o
sigilo do voto.
Universal → Sufrágio universal significa que não há restrições arbitrárias, e não que há
sufrágio para todos. (no brasil crianças não votam e mesmo assim é universal).
OBS: o contrário de universal é restrito, e pode ser: censitário (renda, foi no brasil em
1824, em parte em 1891 e 1934), cultural/capacitário e masculino. José Jairo diz que em
parte a CR/88 acolheu o requisito capacitário para os direitos políticos passivos, porque
os analfabetos não podem ser votados.
4. Alistamento e voto
b) analfabetos
c) maiores de 70 anos
O indígena que se alistou e tem o título em mãos também pode ser candidato.
➔ Revisão do domicílio
➔ Transferência de domicílio
➔ Cancelamento do alistamento
(a) a infração às regras relativas ao domicílio eleitoral; (b) a suspensão ou perda dos
direitos políticos; (c) a pluralidade de inscrição; (d) o falecimento do eleitor; (e)
deixar o eleitor de votar, injustificadamente, em três eleições consecutivas E NÃO
PAGAR MULTA.
➔ Revisão de eleitorado
Chamamento dos eleitores às suas zonas para verificar o domicílio. Fiscalizada pelo MP
e partidos e presidida pelo juiz eleitoral. O não comparecimento ou a verificação de que
o eleitor não tem domicílio eleitoral naquele local gera o cancelamento do alistamento.
5. Condições de elegibilidade
• Ser brasileiro
• Pleno exercício dos direitos políticos
• Alistamento
• Domicílio eleitoral na circunscrição (6 meses antes da eleição art. 9º L.9504 +
TSE). Para Jose Jairo é antes do registro de candidatura.
• Filiação partidária
• Idade mínima
OBS: domicilio eleitoral é um conceito mais elástico do que no direito civil, bastando um
vínculo político, social ou afetivo. Não precisa ter ânimo de permanência.
Nacionalidade:
Brasileiro pode ser nato ou naturalizado. No entanto, alguns cargos são privativos de
brasileiro nato (art. 12 §3°): Presidente e Vice.
Portugueses “quase nacionais” por conta do Tratado de Amizade podem votar.
Alistamento:
Filiação partidária:
A filiação se dá com base nas regras do estatuto do partido, e deve ser 6 meses antes do
pleito.
A comprovação da filiação partidária se dará por comunicação dos próprios partidos que
devem remeter ao juiz eleitoral a relação de nomes dos seus filiados, conforme art. 19,
9.096/95. Em caso de omissão do partido, é facultado ao prejudicado requerer diretamente
a justiça eleitoral a inclusão do seu nome na lista. A filiação pode ser provada por
qualquer meio, não só pelas listas enviadas à justiça eleitoral (súmula 20 do TSE). No
registro de candidatura esse ônus probatório é mais forte, não se admitindo provas
apenas unilaterais. TSE já aceitou conversas de whatssapp junto com ficha de inscrição.
Idade mínima:
➔ Militar
Se tem mais de 10 anos: pode apenas requerer licença (agregação) e se eleito passa para
a inatividade no momento da diplomação. Se não for eleito, volta pro posto.
OBS: O TSE não exige a filiação anterior pelo militar da ativa porque esta é proibida, nos
termos do artigo 142 §3º da CR/88. Assim, ele não segue o prazo de 6m de filiação.
6. Inelegibilidades
Além disso, a suspensão exige trânsito em julgado, enquanto a inelegibilidade tem efeitos
desde a condenação por colegiado.
6.1 Classificação
O cego não precisa demonstrar saber ler em libras para ser considerado alfabetizado.
• O reeleito como chefe do Executivo não pode se eleger para mais um mandato
no mesmo cargo (art. 14 §5º) [funcional]
o Vice + vice + vice = não pode
o Vice + vice + presidente = pode
o Presid+ presid + presid = não ode
o Presid + presid + vice = não pode.
• Incompatibilidade (art.14 §6º) [funcional]
o Chefes do executivo e quem os sucedeu ou substituiu para
concorrerem a outros cargos devem renunciar nos 6 meses antes do
pleito.
o O vice também precisa se desincompatibilizar.
o PS: TSE tem alguns julgados flexibilizando os sucessores nos 6 meses que
não exercem de fato atos de gestão.
São associações, pessoas jurídicas de direito privado, que congregam pessoas com
interesses comuns, com a finalidade de ocupar o poder público. Servem como canais para
defesa de pontos de vista e de interesses próprios. Essa organização em partidos favorece
a busca de consensos, dando visibilidade às diversas ideologias que convivem numa
democracia.
• Partido obtiver no mínimo 3% dos votos válidos na eleição para Câmara dos
Deputados, divididos em no mínimo 1/3 dos Estados com 2% de votos válidos em
cada OU
• Partido elegeu 15 deputados federais divididos em no mínimo 1/3 dos Estados.
I – caráter nacional;
OBS3: O partido que não prestar contas à Justiça Eleitoral poderá perder repasses do
Fundo Partidário (artigos 36 e 37-A da Lei 9.096/95) e, se reiteradamente deixa de prestá-
las (ignora-se repetidamente a obrigação de prestá-las), pode perder registro perante o
TSE.
2. Autonomia partidária
Art. 17 (...) § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua
estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos
permanentes e provisórios, e sobre sua organização e funcionamento, e para adotar os
critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a
sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus
estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela
EC 97/17)
Questões interna corporis dos partidos são infensas à análise jurisdicional. Competência
da Justiça Eleitoral somente se for sobre candidatos da Convenção Partidária, não de
qualquer filiado.
Comissões Provisórias: para não serem perenizadas , os partidos devem resolver sobre
a duração de seus órgãos permanentes e provisórios. O partido tem autonomia para
definir, mas deve haver uma definição de prazo.
Prazo para mandatos dentro do partido – o estatuto pode prever qualquer prazo mas o
TSE tem entendido que o prazo de 4 anos, sendo permitida uma recondução é o limite.
SOBRE COLIGAÇÕES:
Art. 17 (...) § 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito
ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente:
(Redação dada pela EC 97/17)
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% dos votos
válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com um mínimo de
2% dos votos válidos em cada uma delas; ou (Incluído pela EC 97/17)
II - tiverem elegido pelo menos 15 Deputados Federais distribuídos em pelo menos 1/3
das unidades da Federação. (Incluído pela EC 97/17)
Após 2018 1,5% votos em 1/3 dos Estados, com 9 deputados em 1/3 dos
mínimo de 1% em cada estado OU Estados.
Após 2022 2% dos votos em 1/3 dos Estados, com 11 deputados em 1/3 dos
mínimo de 1% em cada estado OU estados
Após 2026 2,5% dos votos em 1/3 dos Estados, com 13 deputados em 1/3 dos
mínimo de 1% em cada estado OU estados
2030 3% dos votos em 1/3 dos Estados, com 15 deputados em 1/3 dos
mínimo de 2% em cada estado OU estados.
É um fundo mantido em sua maior parte por repasses da União. Também é composto
por multas e penalidades aplicadas aos partidos, doações de pessoas físicas e recursos
determinados por lei.
São liberados mês a mês, em duodécimos. Não são distribuídos igualitariamente, varia
com o número de deputados eleitos. Há um mínimo para aqueles que não possuem
deputados federais eleitos. (5% do total é para todos).
Art. 38. O Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos (Fundo
Partidário) é constituído por:
II - recursos financeiros que lhe forem destinados por lei, em caráter permanente
ou eventual;
Criado pela Lei 13.487/17, que alterou a L. 9504, lei das eleições. De suma importância
financeira. distribuiu esse valor aos partidos e às bases das bancadas pelo Fundo
Partidário depois da proibição de doações pelas pessoas jurídicas na ADI 4650.
Quanto maior a bancada do partido, mais recursos desse Fundo receberá. Os critérios de
distribuição dos fundos são feitos pelos próprios partidos. Há apenas a exigência de
que 30% seja usado para custear campanhas femininas.
35% proporcional ao numero de votos apenas entre os que tem representantes na CD.
4. Criação de partidos
Requisitos:
• Apoio de eleitores não filiados a partido político – 0,5% dos votos validos na
ultima eleição da Câmara dos Deputados.
o TSE decidiu [em consulta] pela possibilidade de assinaturas digitais para
criação de partido político, desde que haja prévia regulamentação pelo
TSE e desenvolvimento de ferramenta tecnológica para aferir a
autenticidade das assinaturas.
o Resolução-TSE nº 23.571, alterada em 2021 previu esse sistema
eletrônico!
o É inválido o apoio manifestado por eleitor já filiado a outro partido político
• 1/3 dos Estados.
• Cada Estado com 0,1% do eleitorado de cada um.
• Período de 2 anos+
• Registro no cartório do local da sede
• “Noticia de criação” no TSE – em 100 dias
O TSE, por Resolução (22.610/07), e ainda por súmula (Sumula 67) decidiu que o
mandato pertence ao partido, portanto se o candidato muda sem justa causa perde,
posteriormente seu mandato. O STF entendeu que a resolução é constitucional (ADI 3999
e 4086). Antes o TSE entendia que a CR/88 trouxe a tese do mandato livre.
Art. 22-A. Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem
justa causa, do partido pelo qual foi eleito. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede
o prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou
proporcional, ao término do mandato vigente.(Incluído pela Lei nº 13.165, de
2015)
Outra hipótese é do eleito cujo partido não atingiu as condições para o fundo
eleitoral do artigo 17 §3º, este eleito pode optar por mudar de partido.
CF Art. 17 (...)
ATENÇÃO 2! Incorporação ou fusão de partido não é justa causa (artigo 22-A não previu,
a resolução antes previa), então a desfiliação por esse motivo gera perda do mandato,
exceto se comprovar mudança substancial do programa partidário.
Existe julgado do TSE no sentido de que a INCORPORAÇÃO pode ser vista como desvio
no programa
5.1 Procedimento
Litisconsórcio passivo necessário entre o eleito e o novo partido se a filiação se deu nos
30 dias.
Prazo para ação de perda do mandato por infidelidade partidária: 30 dias após a
desfiliação sem justa causa. Para os subsidiários, 30 dias após esse prazo.
Competência: para mandatos federais (deputados, senadores) TSE. Para os demais TRE.
Os juízes eleitorais não tem competência para ação de infidelidade partidária.
OBS2: A mudança não afeta os valores de fundo partidário do partido originário. O TSE
tem julgado que também afirma que não afeta do FEFC na eleição seguinte, apesar de
haver discussão doutrinaria.
Fusão – dois ou mais partidos se juntam pra formar um novo, os dois anteriores se
extinguem. Também deve ser registrado em cartório e no TSE.
MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
1. Introdução
É uma instituição híbrida, porque perante o Juiz Eleitoral (juiz de direito) é composto
por Promotores de Justiça e perante Tribunais Superiores e TRE os Procuradores da
República.
O Promotor Eleitoral atua como se fosse órgão do MPF, recebendo pagamento da União.
LC 75/93 Art. 72. Compete ao Ministério Público Federal exercer, no que couber, junto
à Justiça Eleitoral, as funções do Ministério Público, atuando em todas as fases e
instâncias do processo eleitoral.
Art. 78. As funções eleitorais do Ministério Público Federal perante os Juízes e Juntas
Eleitorais serão exercidas pelo Promotor Eleitoral.
Art. 79. O Promotor Eleitoral será o membro do Ministério Público local que oficie junto
ao Juízo incumbido do serviço eleitoral de cada Zona.
7. Princípios
a) Federalização
b) Delegação
8. Organização
•É a PGR
•Atua no TSE
PGE •Auxiliado pelos Subproduradores Gerais da Republica, dentre
os quais um é Vice PGE
Lc 75/93: Art. 80. A filiação a partido político impede o exercício de funções eleitorais
por membro do MP até 2 anos do seu cancelamento.
Destituição:
PRE → antes do término desse prazo, por iniciativa do Procurador-Geral Eleitoral, deve
contar com a anuência da maioria absoluta do Conselho Superior do Ministério
Público Federal (LC no 75/93, art. 76, §§ 1o e 2o).
Promotor Eleitoral → Não há previsão legal para essa hipótese. Tampouco dela cuidou
a Resolução CNMP no 30/08. De qualquer maneira, atende à lógica do sistema que o PRE
possa igualmente destituir, já que detém o poder de designar
9. Funções
O eleitor não tem legitimidade para demandar ações perante a Justiça Eleitoral.
Apenas são legitimados os partidos, coligações, candidatos e MP.
O PPE foi criado pelo Procurador-Geral Eleitoral para contornar a jurisprudência então
prevalente no âmbito do TSE no sentido de ilicitude das provas colhidas em inquérito
civil, em virtude da vedação expressa do art. 105-A da LE ao uso de procedimentos
previstos pela Lei nº 7.347/85 (AgR-REspe - Agravo Regimental em Recurso Especial
Eleitoral nº 89842 - Carnaubais/RN, Rel Min Laurita Vaz, em 28/08/2014, DJE
16/09/2014). Com a regulamentação do PPE, o Ministério Público teria instrumento
similar ao IC, para colher elementos informativos necessários à propositura das ações
eleitorais.
Em 2015, o TSE superou sua posição anterior, reconhecendo a violação à CF/88, que
prevê expressamente o instituto, e às funções institucionais do MP (arts. 127, caput,
e 129, III), de modo que não há qualquer nulidade nas provas colhidas no âmbito do
inquérito civil eleitoral (REspe nº 545-88/MG, relatoria do Min. João Otávio de
Noronha, DJe de 4.11.2015).
Assim, embora o inquérito civil não possa ser instaurado para a apuração de crime
eleitoral, caso haja encontro fortuito de elementos probatórios que evidenciem
materialidade delitiva de crime eleitoral, estes elementos poderão ser utilizados pelo
MP: 1) em procedimento administrativo próprio, de natureza criminal; 2) para
subsidiar requisição de a abertura de IPL; 3) para instruir o oferecimento da
denúncia, caso sejam suficientes para a demonstração da justa causa.
É irracional que a Constituição tenha prescrito uma finalidade ao Ministério Público sem
autorizar os meios necessários para atingi-lo. Afinal, o objetivo dos referidos
instrumentos é apenas ensejar a reunião de elementos de informação para subsidiar a
atuação séria e prudente do Parquet perante o Estado-jurisdição, de sorte que suas ações
sejam devidamente fundamentadas e justificadas.
O MP pode:
A Constituição autoriza que LC estabeleça outros casos de inelegibilidade para além das
hipóteses constitucionais (analfabetos, conscritos, estrangeiros, menores de idade,
inelegibilidades relativas como os incompatíveis etc).
A LC 64/90 já existia antes da introdução desse parágrafo, mas era ineficiente porque
trazia poucas hipóteses, trazia prazo de 3 anos para inelegibilidade e exigia o trânsito em
julgado para a inelegibilidade.
Críticos da Lei da Ficha Limpa afirmam que a CR/88 determina que não se pode
considerar culpado antes do trânsito em julgado, portanto não se poderia também tornar
inelegível. Defensores da lei afirmam que no Processo Penal, muito mais grave, é possível
que haja prisão cautelar antes do trânsito, portanto menos gravosa seria a situação de
inelegibilidade.
O STF decidiu pela possibilidade de a LC 135/2010 se aplicar aos atos anteriores a ela
porque a inelegibilidade seria apenas declarada. A lei muda o regime jurídico, de modo
que as novas hipóteses de inelegibilidade não configuram de fato um sanção retroativa,
mas simplesmente uma mudança do regime jurídico. Respeita-se, no entanto, o princípio
da anualidade.
Art. 26-C. O órgão colegiado do tribunal ao qual couber a apreciação do recurso contra
as decisões colegiadas a que se referem as alíneas d, e, h, j, l e n do inciso I do art. 1o
poderá, em caráter cautelar, suspender a inelegibilidade sempre que existir
plausibilidade da pretensão recursal e desde que a providência tenha sido expressamente
requerida, sob pena de preclusão, por ocasião da interposição do recurso. (Incluído pela
Lei Complementar nº 135, de 2010)
Alguns doutrinadores afirmam que a LC 135/2010 viola o Pacto de San Jose da Costa
Rica, porque o art. 22 da referida Convenção estabelece que nenhuma restrição à
candidatura pode se dar a não ser com base em um a condenação criminal, e a Lei da
Ficha Limpa vai muito além de condenações criminais. No entanto, a PGR e outra parte
da doutrina entende que não há incompatibilidade com a Convenção porque a Convenção
Americana de DH busca proteger a vontade popular e a lisura das eleições, que é o mesmo
objetivo da Lei da Ficha Limpa.
A lei pode regular o exercício dos direitos e oportunidades, a que se refere o inciso
anterior, exclusivamente por motivo de idade, nacionalidade, residência, idioma,
instrução, capacidade civil ou mental, ou condenação, por juiz competente, em processo
penal" (art. 23.2).
Por outro lado, há uma segunda corrente que entende pela convencionalidade total da Lei
da Ficha Limpa, a partir de uma interpretação sistemática com base no precedente firmado
pela Caso Castaneda Gutman. Nesse caso. analisando a possibilidade de a filiação
partidária ser colocada como eventual restrição ao exercício dos direitos políticos - uma
vez que não está prevista no art. 23.2 da CADH – a Corte decidiu que seria possível os
Estados criarem outras causas restritivas aos direitos políticos, desde que estas
b) sejam adequadas e
Assim:
3ª corrente – convencionalidade apenas nos casos de decisão por órgão judicial e normas
gerais, sem perseguição individual.
O STF julgou que a LC 135/2010 não poderia ser aplicada às eleições de 2010, por conta
do art. 16 da CR/88 que determina que a lei que altere o processo eleitoral só tem eficácia
nas eleições do ano seguinte.
O STF entendeu que inelegibilidade da lei da ficha limpa não é sanção, e que portanto
não há problema na retroatividade, em considerar fatos anteriores a ela como fundamento
de inelegibilidade. A inelegibilidade é uma incompatibilidade com o exercício do
mandato.
Adriano Soares da Costa é divergente, entende que pode ser sanção ou não. Se a
inelegibilidade advém de um ilícito ela tem caráter sancionatório (Teoria do Fato
Jurídico). Nesse sentido, para ele nos casos de sanção os efeitos da lei seriam apenas para
futuro.
OBS: NA AIJE (ação de investigação judicial eleitoral) que tem como objetivo investigar
abuso do poder político, poder econômico ou do uso dos meios de comunicação social, a
inelegibilidade tem natureza de sanção, porque é efeito direto da condenação.
No caso de senador, que tem 2 legislaturas, Jose jairo defende que seja contado sempre
da última legislatura.
7.2 Prefeitos e Governadores que perdem cargo por infringirem a Lei Orgânica ou
a Constituição Estadual. - impeachment
7.3 Representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral por abuso de poder
econômico ou político.
d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça
Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em
processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual
concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito)
anos seguintes;
Desde a data da eleição até 8 anos depois (conta o ano calendário e não o ano civil).
Podem ser condenados por abuso de poder econômico ou politico tanto candidatos quanto
terceiros e ambos podem se tornar inelegíveis.
Crime culposo, de menor potencial ofensivo ou de ação penal privada não gera
inelegibilidade.
STF 2022, ADI 6630 – EM medida cautelar o STF tinha entendido pela detração do tempo
de 8 anos, MAS O MERITO FOI JULGADO EM 2022 E MUDOU. Entendeu que o
prazo de 8 anos após o cumprimento ou extinção NÃO pode ser reduzido (detração) pelo
tempo que passou entre a condenação por colegiado e o trânsito em julgado.
f) os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazo
de 8 (oito) anos;
(a) o militar seja condenado a pena privativa de liberdade superior a dois anos; (b) a perda
seja decretada pelo Tribunal competente (artigo 142 §3º CR/88).
7.6 Contas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de
improbidade (decisão irrecorrível)
O Tribunal de Contas não julga improbidade, há apenas uma notícia, um forte indicio de
improbidade. Não precisa ter condenação prévia por improbidade.
No caso de chefe do executivo, que tem as contas examinadas pelo Legislativo, a rejeição
deve ser pelo Legislativo. Ainda que o Tribunal de Contas entenda pela rejeição, se o
Legislativo aprovar não há inelegibilidade.
STF, RE 848826/CE, 2016 - Competência da câmara Municipal para julgamento das
contas de governo e de gestão do Prefeito. Não é competência do Tribunal de Contas. O
parecer do TC não gera inelegibilidade.
Exceção: o Tribunal de Contas ainda tem competência para rejeitar as contas de convênios
entre os entes da federação e as contas de consórcios públicos.
§ 4º-A. A inelegibilidade prevista na alínea “g” do inciso I do caput deste artigo não se
aplica aos responsáveis que tenham tido suas contas julgadas irregulares sem imputação
de débito e sancionados exclusivamente com o pagamento de multa.
7.8 Crimes eleitorais – corrupção eleitoral, captação ilícita de sufrágio, gastos ilícitos
ou conduta vedada de agente público que causem cassação do registro/diploma.
José Jairo no entanto traz uma discussão sobre essa incongruência, porque o candidato
não eleito, apenas por não ter sido diplomado, não poderia sofrer sanção de cassação de
diploma e portanto não seria inelegível. Ele propõe que se declare a inelegibilidade
mesmo sem a cassação, porque há uma impossibilidade de impor a sanção, mas esta seria
aplicável em tese.
O prazo de 8 anos é do dia da eleição que ocorreu o ilícito até 8 anos depois.
Precisa ter relação entre a renúncia e a representação. Não vai ter inelegibilidade se for
para fins de desincompatibilização (§5º arti 1º Lc 64/90)
7.10 Decisão colegiada que condena por ato doloso de improbidade com suspensão
dos direitos políticos
A improbidade por si só pode gerar suspensão dos direitos políticos por prazo variável a
depender do ato. Lembrando que a sanção de suspensão de direitos políticos precisa ser
expressa no dispositivo, não é automática nem obrigatória.
A condenação por ofensa aos princípios não gera inelegibilidade, apenas por lesão ao
erário e enriquecimento ilícito.
TSE entende que deve haver condenação pelos dois, dano ao erário E enriquecimento
ilícito, mas parte da doutrina afirma que o “e” deve ser lido como OU.
É inócuo, porque já há outra solução da SV 18 e também porque não há ação cujo objeto
é anular o desfazimento de vínculo.
Pessoa física pode doar até 10% do rendimento bruto anual do ano anterior. O próprio
candidato pode financiar sua campanha com no máximo 10% do valor do teto de gastos
do seu cargo (art.23 §2-A da Lei 9504/97).
Doação além do limite gera multa de até 100% do excesso (art. 23 §3º)
Pessoa jurídica não pode doar, mas se doar o dirigente da época pode ficar inelegível.
O TSE entende que essa inelegibilidade só atinge aqueles que fizerem doações ilegais
com “notas de abuso do poder econômico” ou “quebra da normalidade” das eleições. O
valor precisa ser expressivo.
Essa jurisprudência criou um problema processual: a ação de doação ilegal não analisa
abuso do poder econômico. Se for ajuizada ação especifica de abuso já há inelegibilidade
específica pelo abuso (AIJE, alínea d)
TSE, 2017 - Nem toda doação eleitoral tida como ilegal é capaz de atrair a
inelegibilidade da alínea p. Somente aquelas que, em si, representam quebra da
isonomia entre os candidatos, risco à normalidade e à legitimidade do pleito ou que se
aproximem do abuso do poder econômico é que poderão ser qualificadas para efeito de
aferição da referida inelegibilidade
São hipóteses que só tornam inelegível o indivíduo para certos cargos. O inciso II do
artigo 1º elenca as hipóteses de inelegibilidade para Presidente e Vice Presidente. O prazo
de desincompatibilização é, em regra, 6 meses, com exceção de: (i) representantes de
entidades de classe, 4 meses (ii) servidores públicos, 3 meses, sem prejuízo da
remuneração.
Para Governador e Vice (inciso III), e todos do Legislativo (de todas as esferas) se
aplicam as mesmas inelegibilidades e os mesmos prazos da alínea a do inciso II, desde
que se refira a mesma circunscrição (ex: empresa que mantem contrato com o governo
do estado).
A justiça eleitoral possui uma função de organização das eleições que se aproxima da
atividade administrativa. Essa função é típica da Justiça Eleitoral mas não é de outras
justiças, o que permite uma postura diferenciada. O juiz eleitoral possui poder de
polícia, pode atuar de ofício para retirar propaganda ilegal ou negar de ofício o registro
de uma candidatura ilegal, por exemplo.
Portanto, a impugnação pode se dar de ofício, seja por falhas de documentação ou por
situação de inelegibilidade, ainda que não haja qualquer ação de impugnação de registro
de candidatura.
TSE Sumula 45 - Nos processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral pode conhecer
de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de
elegibilidade, desde que resguardados o contraditório e a ampla defesa.
TSE Sumula 18 - Conquanto investido de poder de polícia, não tem legitimidade o juiz
eleitoral para, de ofício, instaurar procedimento com a finalidade de impor multa pela
veiculação de propaganda eleitoral em desacordo com a Lei nº 9.504/1997.
Há preclusão se não forem alegadas nesse momento essas questões, exceto se forem
questões constitucionais, que não precluem.
Art. 11 (...) §10. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser
aferidas no momento da formalização do pedido de registro de candidatura, ressalvadas
as alterações fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que AFASTEM a
inelegibilidade
Se surgir a qualquer momento um fato novo que afaste a inelegibilidade (ex: absolvição
em instância extraordinária) pode ser alegada posteriormente até a diplomação.
Se surgir um fato novo desfavorável (ex: condenação por colegiado) até o dia da eleição,
deve ser alegado em recurso contra expedição de diploma.
TSE Sumula 3 - No processo de registro de candidatos, não tendo o juiz aberto prazo para
o suprimento de defeito da instrução do pedido, pode o documento, cuja falta houver
motivado o indeferimento, ser juntado com o recurso ordinário.
Lei. 9.504/97 Art. 11. Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro
de seus candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se
realizarem as eleições.
§3º. Caso entenda necessário, o Juiz abrirá prazo de setenta e duas horas para
diligências.
5. Legitimados
Candidato, partido, coligação ou MP. OBS: José Jairo diz que se o polo ativo desistir o
MP pode assumir.
Legitimado passivo: candidato, sem litisconsórcio necessário com o partido nem com
vice.
6. Prazo
7. Objeto
Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de
inelegibilidade superveniente ou de natureza constitucional e de falta de
condição de elegibilidade. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
(...)
Nesse sentido, a doutrina passou a discutir se a lei proibiu que causa superveniente seja
alegada em RCED, já que só previu as causas que ocorram até a data do registro da
candidatura.
8. Procedimento
Art. 3º (...)
Art. 4° A partir da data em que terminar o prazo para impugnação, passará a correr,
após devida notificação, o prazo de 7 (sete) dias para que o candidato, partido político
ou coligação possa contestá-la, juntar documentos, indicar rol de testemunhas e requerer
a produção de outras provas, inclusive documentais, que se encontrarem em poder de
terceiros, de repartições públicas ou em procedimentos judiciais, ou administrativos,
salvo os processos em tramitação em segredo de justiça.
Art. 5° Decorrido o prazo para contestação, se não se tratar apenas de matéria de direito
e a prova protestada for relevante, serão designados os 4 (quatro) dias seguintes para
inquirição das testemunhas do impugnante e do impugnado, as quais comparecerão por
iniciativa das partes que as tiverem arrolado, com notificação judicial
Máximo de 6 testemunhas, devendo ser levada a juízo pela parte. Não há intimação. Se
não for, preclui essa prova.
8.1 Recurso
Só pode recorrer aquele que impugnou, exceto se for matéria constitucional ou se for o
MP, que tem legitimidade ampla.
OBS: recurso no caso de candidatura em eleição municipal tem termo a quo no terceiro
dia depois da conclusão dos autos, ainda que a decisão ocorra antes. [exemplo: concluso
segunda, decidiu na terça. O prazo só começa na quinta, 3 dias depois da conclusão.]
LC 9.504/97 Art. 16-A. O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos
os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no
rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa
condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de
seu registro por instância superior. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Proporcionais Majoritárias
Deferimento do registro Se deferido ao final – ok Se deferido deferido ao
com recurso Se indeferido ao final– final – ok
votos vão para o partido Se indeferido deferido ao
(TSE) final – Nova eleição, artigo
224 §3º CE
Indeferimento do registro Se deferido ao final – ok Se deferido deferido ao
com recurso Se indeferido ao final – final – ok
votos NULOS, não vão Se indeferido deferido ao
para o partido final – nova eleição se
ELEITO, artigo 224 §3º
CE.
Quando se faz nova eleição? Artigo 224 determina que sempre que mais da metade
dos votos válidos (exclui nulos e brancos) for invalidada (por exemplo candidato a
prefeito que ganhou tem seu registro cassado por AIJE). O artigo não especifica as causas
da invalidação, pode ser qualquer causa. Aplica para eleitos e não eleitos e majoritária e
proporcional.
Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições
presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas
eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal
marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.
Esse caput causava problemas porque em cidades do interior, em que basta a maioria
simples para o cargo majoritário, quando o eleito ganhava com menos da metade dos
votos (ex: 30%) e seus votos eram anulados, isso não gerava nova eleição, passando a
diplomação para o segundo colocado, que muitas vezes tinha inexpressividade de votos.
Assim, o §3º buscou criar uma regra própria para cargos majoritários para os ELEITOS.
No caso de eleição majoritária, quando o ELEITO (§3º) tiver indeferido o seu registro,
cassação do diploma ou mandato, haverá nova eleição.
OBS: pode haver causas não eleitorais de vacância dos cargos, ex: morte, impeachment,
perda do mandato parlamentar pelo artigo 55 CR/88. Nesse caso é competência de cada
ente (Estados, Municipios, DF) tratar das hipóteses de vacância, apenas para esses casos
não eleitorais.
OBS2: Pode haver ação de responsabilização civil por danos materiais e morais
coletivos, de competência da justiça federal, para ressarcir dos gastos com a eleição
suplementar, a ser arcado pelo responsável pela anulação. É preciso provar culpa do
candidato.
OBS3: Como o STF disse ser inconstitucional esperar o trânsito em julgado para invalidar
a eleição, ficou a duvida na doutrina sobre qual o marco para a invalidação e realização
de nova eleição: a partir da primeira decisão, ou a partir do recurso ou do TSE? Jose Jairo
entende que é da última decisão na Justiça Eleitoral, ou seja, último recurso antes do RE
ao STF. TSE decidiu que para registro de candidatura é da decisão do TSE e para cassação
e perda do mandato é desde a decisão ordinária.
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL – AIJE
1. Introdução
É uma ação judicial especialmente vocacionada para a questão do abuso do poder político,
do poder de autoridade, do poder econômico, do abuso no uso dos meios de comunicação
social e assim por diante. O entendimento dominante é que é um rol taxativo de
hipóteses, tem que se enquadrar em uma das formas descritas na lei: econômico,
autoridade, poder, mídia. (mas a forma é livre)
LC 64/90 Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público
Eleitoral poderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou
Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura
de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico
ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação
social, em benefício de candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito:
Sempre deve ser observada a gravidade, o abuso de poder a ser sancionado deve ser
sempre grave.
É o exercício do poder político com desvio da finalidade do cargo para usar o cargo como
palanque para uma candidatura. Figuras comuns de abuso foram tipificadas no art. 73 da
Lei. 9.504/97 e são chamadas de condutas vedadas aos agentes públicos, como o
aumento de salários antes do pleito, uso de bens públicos para campanha, gasto excessivo
com publicidade.
Pessoa jurídica não pode fazer doações eleitorais e há um limite de gastos para cada
campanha.
Quando o candidato faz uso dos meios de comunicação de modo a dificultar o acesso a
informação e buscando apenas enaltecer sua figura ou quando o meio de comunicação
efetivamente influi na lisura das eleições disseminando informações falsas sobre
determinado candidato.
A legislação não permite atos de campanha eleitoral em templo religiosos, bem como em
qualquer lugar público como estádios, shoppings.
O líder religioso pode demonstrar apoio a um candidato, mas não pode pedir votos nem
fazer propaganda dentro da igreja. Se ocorre apenas uma vez, é propaganda irregular, mas
se for um apoio sistemático é abuso do poder religioso.
TSE, RO nº 2653-08/RO, Rel. Min. Henrique Neves da Silva, DJe de 5.4.2017 Ainda que
não haja expressa previsão legal sobre o abuso do poder religioso, a prática de atos de
propaganda em prol de candidatos por entidade religiosa, inclusive os realizados de forma
dissimulada, pode caracterizar a hipótese de abuso do poder econômico, mediante a
utilização de recursos financeiros provenientes de fonte vedada. Além disso, a utilização
proposital dos meios de comunicação social para a difusão dos atos de promoção de
candidaturas é capaz de caracterizar a hipótese de uso indevido previsto no art. 22 da Lei
das Inelegibilidades.
Ocorre que começou a surgir a figura da “candidata laranja” ou “candidata falsa”, que
logo depois do registro do DRAP desistem da campanha, ou não arrecadam dinheiro
durante a campanha, ou não conseguem nenhum voto. O TSE passou a aceitar a fraude
de gênero como uma hipótese de abuso, permitindo o ajuizamento de AIJE ou até de
AIME (fraude), podendo levar a cassação de diploma de todos os candidatos do partido,
porque a DRAP está eivada de fraude.
ATENÇÃO! L. 13.831/2019 – alterações
A lei dos partidos políticos L.9096/95 define reserva de 5% do Fundo Partidário para
promoção da participação feminina:
O art. 44 §5º prevê que no caso de não ser utilizado o valor, deve ser guardado em conta
separada e usado no exercício financeiro subsequente, sob pena de não aprovação das
contas e multa.
A Lei 13.831/19 anistiou essa multa para quem não usou antes, e determinou que as contas
não serão reprovadas se o valor for utilizado em campanha feminina na eleição de 2018.
Art. 55-A. Os partidos que não tenham observado a aplicação de recursos prevista no
inciso V do caput do art. 44 desta Lei nos exercícios anteriores a 2019, e que tenham
utilizado esses recursos no financiamento das candidaturas femininas até as eleições de
2018, não poderão ter suas contas rejeitadas ou sofrer qualquer outra penalidade.
(Incluído pela Lei nº 13.831, de 2019)
Críticas: (i) não determina que sejam campanhas para cargos proporcionais, o que
permite o uso quando a mulher é suplente ou vice. (ii) fere o princípio da igualdade
material a CR/88 [necessidade de ações afirmativas] (iii) fere o principio da vedação ao
retrocesso.
Art. 2º Aos partidos políticos que não tenham utilizado os recursos destinados aos
programas de promoção e difusão da participação política das mulheres ou cujos
valores destinados a essa finalidade não tenham sido reconhecidos pela Justiça
Eleitoral é assegurada a utilização desses valores nas eleições subsequentes, vedada a
condenação pela Justiça Eleitoral nos processos de prestação de contas de exercícios
financeiros anteriores que ainda não tenham transitado em julgado até a data de
promulgação desta Emenda Constitucional
Mesma anistia para partidos que não cumpriram o percentual de 30% dos financiamentos
das campanhas conforme o gênero:
Candidato, partido, coligação ou MP. O candidato não precisa ser concorrente do réu.
Legitimidade passiva:
• O candidato acusado de abuso e o responsável pelo ato abusivo, ainda que não
seja candidato.
o MUDOU JURISPRUDENCIA TSE – NÃO É MAIS
LITISCONSORCIO NECESSARIO DO BENEFICIARIO COM O
AGENTE QUE PRATICA.
• Pessoa jurídica não pode ser polo passivo na AIJE, mas o partido político e
coligação beneficiados com o ato de abuso podem sofrer a sanção de multa (art.
73 §8º), bem como podem atuar como assistente simples.
• Se for candidato a cargo majoritário o vice/suplente é litisconsorte necessário
(unicidade da chapa). Sumula 38 do TSE
• Deve haver o conhecimento do candidato, não precisa participação direta, mas
pelo menos o conhecimento.
3. Prazo
A ação de investigação judicial eleitoral pode ser proposta desde o dia do registro da
candidatura (15 de agosto) até o dia da diplomação.
Petição inicial pode ser indeferida liminarmente se não for hipótese de representação ou
faltar algum requisito. Dessa decisão cabe recurso ordinário ao Tribunal.
5. Sentença
A L. 9504/95 art. 73 §4º (conduta vedada) prevê ainda multa de 5 a 100 UFIR, e
determina que os atos enumerados no art. 73 são atos de improbidade por ofensa aos
princípios da administração nos termos do art. 11, I.
OBS: desistência da ação – não há previsão legal específica, podendo aplicar o CPC,
que permitiria a desistência. Jose jairo entende que se for admissível a desistência, o MP
deve assumir o polo ativo em razão de interesse público.
No caso do ex-presidente ele: abriu ao publico e ainda fez atos de campanha para
outros candidatos, como candidatos a prefeito nas capitais, o que também é vedado.
A utilização de bens públicos como cenário para propaganda eleitoral é lícita, desde que
presentes os seguintes requisitos: (i) o local das filmagens seja de livre acesso a qualquer
pessoa; (ii) o serviço não seja interrompido em razão das filmagens; (iii) o uso das
dependências seja franqueado a todos os demais candidatos
OBS2: tutela antecipada em AIJE – Para Jose Jairo só caberia liminar para cassação de
diploma e cessação do ato de abuso, pois esse provimento antecipado não gera danos
irreversíveis ao candidato, que pode exercer depois o cargo caso seja reformada a decisão.
A inelegibilidade e a cassação do registro geram dano irreversível porque ele não pode
concorrer na campanha.
Cúmulo de pedidos: Muitas vezes durante a campanha um candidato incorre em vários ilícitos
diferentes. Por exemplo, captação ilícita de recursos e gastos ilícitos e abuso de poder econômico.
Essas duas condutas não geram bis in idem, porque afetam dois bens jurídicos diferentes, a saber,
a igualdade da campanha e a lisura do pleito. Assim, em uma mesma ação pode ser pedido a
aplicação das sanções do 30-A e de AIJE, por exemplo.
Se as eleições forem municipais não há conflito porque o juiz eleitoral é competente para todas
as ações. Mas sendo federais ou nacionais, o Corregedor tem competência absoluta para AIJE, e
o juízes auxiliares do tribunal também tem para o outro ilícito. Assim, deve haver o
desmembramento.
Quando houver conexão, no entanto, o TSE já entendeu que pode haver reunião de processos no
juízo do Corregedor quando os fatos da AIJE forem mais abrangentes.
(TSE – RO no 1540/PA – DJe 1o-6-2009, p. 25-27).
AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO - AIME
1. Introdução
A AIJE gera diretamente a inelegibilidade e ainda a LC 64/90 prevê como efeito reflexo
no artigo 1º, I d e h.
1.2 Corrupção
Cod. Eleitoral, Art. 299. Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para
outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para
conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita:
L. 9504/97 Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui captação
de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao
eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza,
inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da
eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinqüenta mil Ufir, e cassação do registro
ou do diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar no
64, de 18 de maio de 1990. (Incluído pela Lei nº 9.840, de 1999)
1.3 Fraude
A doutrina entende fraude em uma concepção ampla, pode ser fraude na contagem dos
votos, fraude na campanha, na cota de gênero, qualquer fraude nas eleições.
2. Procedimento
A AIME não foi regulada por lei, conforme prevê a CR/88, de modo que o TSE entende
que o rito deve ser o mesmo da Ação de impugnação de registro de candidatura –
AIRC (rito ordinário), do art. 3º da LC 64/90.
Petição inicial → contestação (7 dias) → audiência em 4 dias (se não for matéria de direito
e for necessária). → diligências, se precisar (5 dias) → alegações (5 dias) → sentença.
Máximo de 6 testemunhas, devendo ser levada a juízo pela parte. Não há intimação. Se
não for, preclui essa prova.
RECURSO CONTRA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA - RCED
1. Introdução
Codigo Eleitoral, Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos
casos de inelegibilidade superveniente ou de natureza constitucional e de falta de
condição de elegibilidade.
O recurso contra expedição de diploma, a princípio, era o recurso para casos de fraude e
abuso econômico, mas teve seu escopo reduzido em 2013, passando a ser cabível apenas
para impugnar inelegibilidade infraconstitucional superveniente (até eleição) ou
inelegibilidade (ou falta de elegibilidade) constitucional não alegada no registro da
candidatura.
O TSE entende que essa superveniência deve ocorrer até a data da eleição e não até a data
da interposição do RCED. É o momento do fato, não quando se torna conhecido.
Prazo: 3 dias após O ÚLTIMO DIA PARA diplomação. Prazo fica suspenso entre 20
de dezembro e 20 de janeiro.
2. Legitimados
Ativo: partido, candidato, MP. Coligação não é legitimada pela literalidade da lei (porque
depois das eleições se desfaz).MAS O TSE TEM ENTENDIMENTO QUE É
LEGITIMADA.
3. Competência
OBS: No caso de eleição estadual e federal o juízo de admissibilidade é feito pelo TSE.
E no caso de Presidente?
2ª corrente – o STF
3ª corrente – não é cabível RCED, mas apenas recursos internos como agravo ou ainda
mandado de segurança.
4. Procedimento
5. Recurso
Quando a eleição for federal ou estadual, julgado pelo TSE, vai caber RE ao STF.
ATENÇÃO! NO RCED, de acordo com o artigo 216 do CE, enquanto o TSE não
decidir não há efeitos, portanto há efeito suspensivo no recurso especial para o TSE,
sendo exceção à regra do artigo 257 §2º.
CORRUPÇÃO ELEITORAL E CAPTAÇÃO ILÍCITA DE
SUFRÁGIO
Ambas são condutas proibidas pela legislação eleitoral, que envolvem compra de votos.
A corrupção eleitoral é crime eleitoral próprio, previsto no Código Eleitoral no art. 299,
enquanto a captação ilícita de sufrágio é ilícito civil, previsto na Lei 9.504/97, e surgiu
como uma necessidade de responsabilização dos candidatos porque o processo penal era
muito demorado.
1. Corrupção eleitoral
Art. 299. Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro,
dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou
prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita:
Não é qualquer promessa, porque a própria prática política de campanha requer promessas
ao eleitorado. É preciso uma promessa individualizada, com a intenção clara de compra
de votos configura corrupção eleitoral.
Diferente do crime de corrupção eleitoral, não prevê como ilícita a conduta do eleitor que
recebe, mas apenas a da pessoa que dá, oferece ou promete vantagem em troca de
voto. Requer dolo.
Não precisa que o candidato diretamente pratique o ato, mas tem que ter provas de
que ele sabia.
Também é captação ilícita de sufrágio aquele que se vale de violência ou grave ameaça
para conseguir votos (conduta análoga à do crime do art. 301 do Código Eleitoral).
A redação do artigo não menciona o objetivo de abstenção, mas há julgados que entendem
que é possível interpretação extensiva porque a lei é cível, não penal.
Momento: Só há ilícito civil entre o registro e a eleição. Fora desse prazo há apenas
conduta criminal. Deve ser ajuizada até a diplomação.
Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui captação de sufrágio,
vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com
o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive
emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição,
inclusive, sob pena de multa de mil a cinqüenta mil Ufir, e cassação do registro ou do
diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar no 64, de
18 de maio de 1990. (Incluído pela Lei nº 9.840, de 1999)
§ 4o O prazo de recurso contra decisões proferidas com base neste artigo será de 3 (três)
dias, a contar da data da publicação do julgamento no Diário Oficial. (Incluído pela Lei
nº 12.034, de 2009)
OBS: se o eleitor não pode votar, ex: não tem 16 anos ou está com alistamento cancelado,
não se perfaz o ilícito.
3. Prova testemunhal
Art. 368-A. A prova testemunhal singular, quando exclusiva, não será aceita nos
processos que possam levar à perda do mandato
FINANCIAMENTO ELEITORAL
1. Sistemas de financiamento
No Brasil:
Se exceder o limite:
a) Recursos próprios
b) Doações de pessoas físicas
O candidato pode bancar sua própria campanha, desde que no valor de até 10% do teto
de gastos para o cargo (art. 23 §2º-A)
Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro
para campanhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº
12.034, de 2009)
§ 1o As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por
cento) dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.
(Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
(...)
§ 3º A doação de quantia acima dos limites fixados neste artigo sujeita o infrator ao
pagamento de multa no valor de até 100% (cem por cento) da quantia em
excesso. (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
(...)
Art. 24-C (...) § 2o O Tribunal Superior Eleitoral, após a consolidação das informações
sobre os valores doados e apurados, encaminhá-las-á à Secretaria da Receita Federal
do Brasil até 30 de maio do ano seguinte ao da apuração. (Incluído pela Lei nº 13.165,
de 2015)
São doações em serviços, utilização de bens, etc. Elas não se submetem ao limite de 10%,
mas sim ao limite de 40 mil reais.
Art. 23(...) § 7º O limite previsto no § 1o deste artigo não se aplica a doações estimáveis
em dinheiro relativas à utilização de bens móveis ou imóveis de propriedade do doador
ou à prestação de serviços próprios, desde que o valor estimado não ultrapasse R$
40.000,00 (quarenta mil reais) por doador. (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
a) Fundo Partidário
b) Horário Eleitoral Gratuito
c) Fundo Especial de Financiamento de Campanhas Eleitorais
É um fundo mantido em sua maior parte por repasses da União. Também é composto
por multas e penalidades aplicadas aos partidos, doações de pessoas físicas e recursos
determinados por lei.
São liberados mês a mês, em duodécimos. Não são distribuídos igualitariamente, varia
com o número de deputados eleitos (5% é igual pra todos que atingiram as condições, o
resto é proporcional).
O STF na ADI 5717 e o TSE já decidiram que deve ser usado 30% em candidaturas
femininas nas eleições majoritárias e proporcionais.
Esse fundo tem como objetivo a manutenção do partido, mas as sobras do fundo partidário
podem ser usadas para campanhas políticas.
II - recursos financeiros que lhe forem destinados por lei, em caráter permanente
ou eventual;
III - doações de pessoa física ou jurídica, efetuadas por intermédio de depósitos
bancários diretamente na conta do Fundo Partidário;
Só tem direito ao Fundo os partidos com registro no TSE e o valor é de acordo com a
representação no Congresso Nacional.
O dinheiro do fundo pode ser usado para pagar honorários de advogado e consultoria
contábil em processos judiciais e extrajudiciais que envolvam o partido ou candidato
relacionados exclusivamente ao pleito. Também pode ser usado para impulsionamento
de propaganda na internet, exceto no ano de eleição a partir da data de convenção.
5% deve ser usado para programas de participação das mulheres (esse valor é exigido em
cada nível partidário, estadual municipal e nacional). Além desses 5%, no mínimo 30%
do destinado as campanhas deve ser para um dos sexos, sempre proporcional ao
numero de candidaturas de cada gênero.
No mesmo sentido em relação a raça, conforme entendimento do TSE, o valor usado nas
campanhas de candidatos negros deve ser na proporção do número de candidatos
autodeclarados.
Foi criado após a proibição de doação por pessoas jurídicas para campanhas.
5. Prestação de contas
Art. 28 (...)
I - a cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por
pessoa cedente; (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Deve conter no mínimo: valores e nomes dos doadores; despesas realizadas com nomes
dos fornecedores; registro das sobras ou dívidas.
Todo ano deve enviar. Podem impugnar qualquer partido ou MP, que sempre atua como
custos legis.
OBS: órgãos partidários do município que não tiverem recebido qualquer valor nem
movimentado quantias – A Lei 13831/2019 permitiu uma prestação de contas
simplificada, bastando entregar até o dia 30 de abril uma declaração de que não teve
movimentação.
Se as contas forem reprovadas gera multa de até 20% mais a devolução do valor
irregular. Esse valor pode ser dividido em até 12 vezes e descontado nas cotas do fundo
partidário, desde que não ultrapasse 50% do valor mensal. (art. 37)
§ 3º A sanção a que se refere o caput deste artigo deverá ser aplicada de forma
proporcional e razoável, pelo período de 1 (um) a 12 (doze) meses, e o pagamento
deverá ser feito por meio de desconto nos futuros repasses de cotas do fundo
partidário a, no máximo, 50% (cinquenta por cento) do valor mensal, desde que
a prestação de contas seja julgada, pelo juízo ou tribunal competente, em até 5
(cinco) anos de sua apresentação, vedada a acumulação de sanções. (Redação
dada pela Lei nº 13.877, de 2019)
• Recursos de origem não conhecida – suspensão das cotas do FP até o
esclarecimento para a Justiça Eleitoral
• Recursos proibidos do rol do art. 31– suspensão das cotas do FP por 1 ano SE não
devolver o dinheiro que recebeu indevidamente (essa última parte em Res. TSE
no 23.604/2019, art. 46,I).
• Recursos de doações que excedem os limites – suspensão das cotas do FP por 2
anos e multa do valor que exceder.
o OBS: a doação que excede limites gera, por si só, multa de 100% do valor
que exceder (art. 23 §3º)
• Se não apresentar contas – perde o direito ao FP e o FEFC e suspende o registro
do partido após sentença transitada em julgado.
Pode ocorrer por não prestação, o que pode ensejar ao partido a perda do FP do ano
seguinte, além das sanções ao candidato do artigo 30-A (uso irregular de gastos) e AIJE.
Sobras de campanha: doações privadas ficam com o partido, Fundo Partidário só pode
ser usado nos casos do artigo 44 da Lei 9096/95, e FEFC tem que devolver pro tesouro
nacional.
Recursos: contra decisão de juiz cabe recurso em 3 dias, contra decisão do TRE cabe RE
ao TSE (artigo 30 §5º e 6º)
➔ Algumas ações podem ser usadas nos casos de irregularidades das contas:
a) AIJE
• Para abuso no poder econômico.
• Pode resultar na cassação de registro ou diploma e na inelegibilidade por 8 anos
como sanção.
b) Representação do art. 30-A
• Mais ampla, busca tutelar a moralidade das eleições. Precisa ser algo grave, mas
não necessariamente alterar o resultado da eleição.
• Má-fé do candidato
• Candidato NÃO É LEGITIMADO ativo para essa ação. (José jairo entende que é,
mesmo que a lei não diga).
• Prazo: até 15 dias da diplomação.
• Sanção é apenas a cassação do DIPLOMA.
• Não se aplica para aqueles que perderam a eleição
• O doador nem terceiro que tenha contribuído para o ilícito não sofrem sanção.
A propaganda só é lícita após 15 de agosto, do pedido do registro (sob pena de ser ajuizada
representação por propaganda antecipada).
A promoção pessoal é aquela na qual não há pedido explícito de voto e pode ocorrer
antes do pedido de registro.
Art. 36-A. Não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde que não envolvam
pedido explícito de voto, a menção à pretensa candidatura, a exaltação das qualidades
pessoais dos pré-candidatos e os seguintes atos, que poderão ter cobertura dos meios de
comunicação social, inclusive via internet:
1.1 Conceitos
a) Propaganda antecipada – pedido explícito de votos antes do registro de
candidatura. Resulta em multa (de quem veiculou e do beneficiário, se ele sabia),
e nos casos de reiteração pode ser considerado abuso no uso dos meios de
comunicação social (AIJE).
b) Propaganda intrapartidária – é a propaganda do candidato dentro do partido, para
ser escolhido como o candidato oficial. É permitida.
c) Propaganda partidária (tempo gratuito de rádio e tv) – VOLTOU com a Lei
14.291/22. A propaganda partidária busca mostrar as ideologias do partido para a
população.
Classificação: pode ser expressa ou subliminar; positiva ou negativa (quando fala mal de
outro candidato); extemporânea ou tempestiva.
2. Tempo para propaganda
Qualquer ato antes de propaganda fora desse prazo pode configurar propaganda
extemporânea. Não há um termo fixo, podendo inclusive ser no ano anterior à eleição,
mas José Jairo defende que o melhor marco é janeiro do ano da eleição.
Art. 39 (...)
I - das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, das sedes dos Tribunais Judiciais, e dos quartéis e outros
estabelecimentos militares;
O conceito de bens públicos para a legislação eleitoral é diferente do direito civil e direto
administrativo e abrange locais abertos ao público, ainda que não sejam de propriedade
de entes públicos (ex: shoppings, parques, templos etc).
Art. 37. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou
que a ele pertençam, e nos bens de uso comum, inclusive postes de iluminação
pública, sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus
e outros equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda de
qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta e exposição de placas,
estandartes, faixas, cavaletes, bonecos e assemelhados. (Redação dada pela Lei
nº 13.165, de 2015)
I - bandeiras ao longo de vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o
bom andamento do trânsito de pessoas e veículos; (Incluído dada pela Lei nº
13.488, de 2017)
II - adesivo plástico em automóveis, caminhões, bicicletas, motocicletas e janelas
residenciais, desde que não exceda a 0,5 m² (meio metro quadrado). (Incluído
dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
(...)
§ 4o Bens de uso comum, para fins eleitorais, são os assim definidos pela Lei
no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil e também aqueles a que a
população em geral tem acesso, tais como cinemas, clubes, lojas, centros
comerciais, templos, ginásios, estádios, ainda que de propriedade privada
É a determinada pelo art. 37 §2º, II, adesivos em automóveis, bicicletas, motocicletas etc,
desde que limitado a meio metro quadrado. Não é mais possível pintar muros.
OBS: o artigo 37 §2º não prevê mais sanção de multa, de modo que não é possível a
aplicação, deve apenas retirar a propaganda irregular.
5. Propaganda irregular
• Não se admite propaganda PAGA na rádio e na tv. (mas pode paga na internet e
no jornal impresso). Art. 36 §2º
• Material impresso deve ter o CNPJ ou CPF do responsável pela confecção e de
quem contratou. (art. 38 §1º)
• Uso de alto-falante fora dos critérios do art. 39 §3º (entre 8 e 22h)
• Comício fora do horário (8 as 24h) e dos critérios do art. 39 §4º.
• Brindes que possam proporcionar vantagem ao eleitor (art. 39 §6º)
• Showmício (art. 39 §7º)
• Uso de outdoor (art. 39 §7º)
• Trio elétrico (art. 39 §10º), mas pode carro de som e minitrio.
• Telemarketing
Sumula 18 TSE – “Conquanto investido de poder de polícia, não tem legitimidade o juiz
eleitoral para, de ofício, instaurar procedimento com a finalidade de impor multa pela
veiculação de propaganda eleitoral em desacordo com a Lei no 9.504/97.”
OBS: Abastecimento dos automóveis dos correligionários PODE SER captação ilícita de
sufrágio, segundo o TSE, tem que analisar se está em passeata ou não, a quantidade de
combustível etc.
Art. 40-B. A representação relativa à propaganda irregular deve ser instruída com prova
da autoria ou do prévio conhecimento do beneficiário, caso este não seja por ela
responsável. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Art. 43. São permitidas, até a antevéspera das eleições, a divulgação paga, na imprensa
escrita, e a reprodução na internet do jornal impresso, de até 10 (dez) anúncios de
propaganda eleitoral, por veículo, em datas diversas, para cada candidato, no espaço
máximo, por edição, de 1/8 (um oitavo) de página de jornal padrão e de 1/4 (um quarto)
de página de revista ou tabloide. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 1o Deverá constar do anúncio, de forma visível, o valor pago pela inserção. (Incluído
pela Lei nº 12.034, de 2009)
7. Propaganda na tv e rádio
É o horário eleitoral gratuito (custeado pelo erário), nos 35 dias antes da antevéspera.
Não é permitida propaganda paga na tv e rádio. É feita nos canais abertos, ou fechados
ligados à Administração ex TV Senado, TV Justiça
Se houver essa ofensa há direito de resposta, que se dá com ofendido ocupando o espaço
do ofensor para responder às ofensas.
OBS2: O tempo de propaganda deve seguir a cota de gênero de 30%. ADI 5617 STF e
TSE. O mesmo para negros.
DEBATE: o momento para aferir o número de representantes que dá direito ao debate é
o momento da CONVENÇÃO, se teve mudanças depois disso não é relevante para o
debate.
8. Propaganda na internet
Pode haver pagamento por IMPULSIONAMENTO mas não pode pagar para pessoas
naturais ou jurídicas influentes diretamente falarem de um candidato.
Além disso, só pode ser impulsionado para promover ou beneficiar candidato, não
para criticar o adversário (crítica adversarial), art. 57-C. Não obstante, o TSE já
entendeu que o impulsionamento de post de áagina que discute política, comparando
candidatos, não é crítica adversarial, mas simplesmente uma discussão pública, e não
é vedado.
9. Direito de resposta
LEGITIMAÇÃO ATIVA:
LEGITIMIDADE PASSIVA:
PRAZO: a ação em busca do direito de resposta tem que ser interposta nos seguintes
prazos, sob pena de decadência: 24h para horário eleitoral gratuito, 48h para
programação de rádio e TV e 72h para órgão de imprensa escrita.
Inicial → notificação imediata para defesa em 24 horas → MPE (não tem prazo, não pode
ultrapassar as 72h para decidir) → decisão em 72h → recurso em 24 horas →
contrarrazões em 24h.
CUSTOS: os custos do direito de resposta correrão por conta do ofensor.
1. Introdução
Os artigos 73 a 78 da Lei das Eleições, Lei 9504/97 determinam as condutas vedadas aos
agentes públicos, sendo esses quaisquer servidores, remunerados ou não, em qualquer
regime de contratação, que exerçam cargo, emprego ou função pública.
As condutas devem ser realizadas por agente público e devem favorecer de algum
modo um candidato, de modo a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos
nos pleitos eleitorais. As sanções são impostas ao agente público e ao beneficiário.
2. Hipóteses
3. Legitimidade
4. Sanções
Vice é litisconsorte
passivo necessário
Vice é litisconsorte
passivo necessário
Quem participa da
compra de voto ou
da coação também é
litisconsorte passivo
Condutas • Hipóteses • MP Até a Confor Rito sumário
vedadas taxativas do rol • Partido/coligaçã diplomação me a (art. 22 da LC
(ART. 73 LEI dos arts. 73 a 78 o (entendimento circun 64/90)
9504) do TSE) scrição
• Candidato
Vice é litisconsorte
passivo necessário
Terceiro agente é
litisconsorte
necessário
Só para
DIPLOMADOS
Vice é litisconsorte
necessário
Doação ilícita • Doação ilícita • MP Até o ano Confor Rito sumário
(ART. 23 L. de pessoa • Partido/coligaçã seguinte ao da me a (art. 22 da LC
9504) física o eleição circun 64/90) e art. 96
scrição da Lei 9504