Aula 9 - Tratamento Cirurgico Da Espasticidade Na PC
Aula 9 - Tratamento Cirurgico Da Espasticidade Na PC
Aula 9 - Tratamento Cirurgico Da Espasticidade Na PC
Tratamento Cirúrgico da
Espasticidade na PC
Transferências de tendões,
Osteotomias,
Artrodese.
Cirurgias ortopédicas de MMII na PC
Podem ser postergadas até a maturação da marcha*;
GMFCS;
Podem ser realizadas em um ato cirúrgico diversos procedimentos.
Objetivos das Cirurgias Ortopédicas
Reduzir a dor,
Facilitar o uso de órteses,
Melhorar a higiene perineal,
Reduzir deformidades e melhorar posicionamento,
Melhorar progresso motor,
Obtenção e/ou manutenção do ortostatismo,
Melhorar padrão de marcha.
Cuidados
Escolha do momento mais adequado,
Cuidados no pós-cirúrgico,
Fisioterapia no PO.
CORREÇÃO DO QUADRIL
O Quadril na PC
O deslocamento do quadril é comum na PC e está relacionado à gravidade do
comprometimento neurológico e funcional;
Em uma criança com PC, a luxação/subluxação do quadril é a 2ª alteração mais comum,
causando dor e incapacidade;
◦ Hiperatividade adutora,
◦ Debilidade dos abdutores,
◦ Encurtamento dos flexores,
◦ Fraqueza dos extensores,
◦ Anteversão do colo femoral,
◦ Valgismo femoral,
◦ Acetábulo raso,
◦ Atraso na sustentação de peso.
Vigilância do Quadril na PC
Um programa de vigilância do quadril inclui (avaliar em todas as crianças com PC):
Exame físico realizado por médicos ou fisioterapeutas (análise da marcha, obliquidade pélvica,
dor ao movimento, discrepância de comprimento de MM, ADM e testes ortopédicos);
Radiografias seriadas (AP da pelve com ambos os quadris, feita de forma padronizada, é
suficiente para diagnosticar a presença e progressão do deslocamento do quadril na PC);
O Índice de Migração de Reimers (IR) é a medida mais comumente usada, confiável e válida para
quantificar a extensão do deslocamento do quadril;
2. Linha de Perkins
3. Linha de Shenton
4. Linha acetabular
5. Quadrante interno
Avaliação de RX de Quadril
1. Linha de Hilgenreiner: linha horizontal traçada através do topo cartilagem trirradiada (cartilagem
que une os ossos ísquio, ílio e púbis, que ao se ossificar, forma o fundo do acetábulo.
2. Linha de Perkins: linha vertical perpendicular à linha de Hilgenreiner que tangencia a margem
acetabular lateral Estas duas linhas dividem o quadril em quatro quadrantes, devendo a cabeça
femoral estar situada nos quadrantes inferior e medial.
3. Linha de Shenton: linha traçada entre a borda medial do colo femoral e a borda superior do
forâmen obturador. Ela deve ter um contorno contínuo. Nos casos de luxação da cabeça femoral,
esta linha sofre descontinuidade
4. Linha acetabular: linha traçada da profundidade da cavidade acetabular até a sua borda lateral,
formando um ângulo é o ângulo com a linha de Hilgenreiner. Esse ângulo varia de acordo com a
idade da criança, mas de forma geral, podemos dizer que ângulos maiores que 30o sugerem a
existência de displasialuxação.
Índice de Reimers (IR)
IR = X÷Y × 100
X = parte descoberta da cabeça do fêmur
Y = comprimento total da cabeça do fêmur
Interpretação:
Quadril em risco = 11- 30%
Subluxação = 31-90%
Luxação = > 91%
Índice de Reimers
Ex.: X= 2cm e Y=5cm
◦ IR= 2÷5 x 100
◦ IR= 2÷5x 100
◦ IR= 0,4×100
◦ IR =40%
Incidência AP,
Adução: Abdução < 45°, tenotomia de um ou mais adutores e do grácil quando há tendência a
marcha em tesoura, nos casos mais leves é feita a tenotomia do adutor médio. É um dos
principais meios para o combate inicial à subluxação do quadril.
RI: Majestro-Frost (transposição do tensor da fascia lata e do glúteo mínimo (em crianças jovens).
Osteotomia derrotativa do fêmur intertrocantérica quando a RI for> 60° e RE < 25° com
anteversão femoral >30°.
Pós Operatório
Decúbito dorsal com almofadas entre as pernas (abdutor) para manter a abdução;
Alta em 48 horas;
Não existe urgência nas correções cirúrgicas, porém seu atraso levar a consequências graves,
como deformidades ósseas,
O tratamento cirúrgico é indicado quando existe contratura do tornozelo com equino de >10°.
Tratamento Cirúrgico do Pé Equino
A técnica de Zetaplastia, é realizada quando verificado que há contratura do gastrocnemio e sóleo,
o alongamento deve ser feito mais distalmente, no nível do tendão de Aquiles (alongamento em Z,
o qual possui mais chances de causar o pé calcâneo devido ao hiperalongamento).
Zetaplastia
Tratamento Cirúrgico do Pé Equino
Por meio das técnicas de Vulpius ou de Strayer, o alongamento deve ser feito a nível da fáscia
muscular, essa técnica é utilizada se o encurtamento for apenas do gastrocnêmio (diminuindo o
risco de hiperalongamento);
Complicações do PO do Pé Equino
Cerca de 40% das crianças operadas precisam de uma nova cirurgia. Esses números chegam a
100% quando a cirurgia é feita antes dos 5 anos,
Se o tibial anterior estiver funcionante e bem balanceado com o tríceps sural, a chance de
recidiva é menor.
Objetivos Fisioterapêuticos nos POs
Analgesia,
A marcha deve ser iniciada precocemente, com uso de talas de lona assim que o paciente
conseguir se manter em postura alinhada.
Cirurgias Ósseas
Mobilização gessada 6/8 semanas, até consolidação óssea,
Na osteotomia derrotativa do fêmur deve ser evitada as rotações e torções durante exercícios e
trocas posturais,
Consiste na inativação de parte dos nervos (raízes) responsáveis pela espasticidade, que conectam
os músculos à medula, sendo feita através de microcirurgia, com uma incisão bastante pequena, de
3 a 5 cm.
Durante a cirurgia, tais raízes são subdivididas em radículas menores, e as mesmas são estimuladas
com a finalidade de detectar as radículas a serem seccionadas, otimizando o resultado e
prevenindo complicações.
Rizotomia Dorsal Seletiva
Ocorre a diminuição da entrada dos estímulos nervosos levando a redução dos reflexos medulares,
produzindo um relaxamento definitivo da musculatura,
Alguns resultados podem ser vistos já no pós-operatório imediato, mas o potencial funcional pleno
do paciente vai ser revelado ao longo dos meses, através das atividades fisioterápicas e
eventualmente, cirurgias ortopédicas pontuais, quando indicadas.
Tratamento Fisioterapêutico Pós RDS
Objetivos
Fortalecimento muscular,