Projet 51
Projet 51
Projet 51
1.1. Contextualização
A comunicação, seja nas relações pessoais ou profissionais, vem mudando ao longo dos anos de
maneira perceptível, impactando na forma com que é desenvolvida. Essas mudanças vêm
acontecendo em ritmo acelerado, advindas da expansão das tecnologias da informação e pela
incorporação de novas ferramentas ao cotidiano pessoal e profissional, como os smartphones e
laptops, entre outras, que proporcionaram novas alternativas para que a comunicação possa
acontecer de forma rápida, inclusive no ambiente de trabalho.
A comunicação interna tem o papel de dar um suporte aos colaboradores de uma organização,
direccionando a sua actuacao para que se atinjam os objectivos da organização. Ela tem o papel
de identificar e relacionar os objectivos da organização aos objectivos individuais e a ela
vinculados.
1.4. Justificativa
De certo que a pesquisa, contribuira para a compreensão do papel que a comunicação interna
exerce dentro das organizações e prespectivamos que servirá como referência para outras
pesquisas relacionadas gestão de recursos humanos e comunicação organizacional.
A proposta do estudo do caso para a Niassa Macadamia a respeito da comunicação como factor
de desempenho organizacional entre 2022-2023, surgiu pelo facto de que a empresa estar
apresentada em Lichinga mas que, sendo administrada em Maputo, provoca desta forma uma
comunicação entre os colaboradores de Maputo para Lichinga ou vice-versa.
1.5. Objectivo
1.5.1. Geral
1.5.2. Especificos
1.6. Hipoteses H0 e H1
Macroni (2000) afirma que as hipóteses são suposições colocadas como respostas plausíveis e
provisorias para o problema de pesquisa. Acrescentam que as hipóteses são provisorias porque
poderão ser confirmadas ou refutadas com o desenvolvimento da pesquisa, pelo que um mesmo
problema.
2.1. Comunicação
A comunicação requer, minimamente, a existência de dois agentes, sendo o emissor e o receptor,
em que o primeiro envia a informação e o segundo a recebe, podendo responder por meio de uma
nova emissão, seja de imediato ou após certo tempo, ocorrendo também nesse processo o
chamado feedback. As mensagens podem ser transmitidas em forma de documento,
comunicação visual ou audível.
Segundo Welch apud Lacombe (2008, p. 212) “é preciso investir na comunicação. Tempo e
dinheiro investidos na comunicação com os funcionários são os melhores investimentos em curto
e longo prazo no desempenho empresarial. A comunicação é o caminho direto para inovação”.
Assim, “a comunicação pode ser definida como o processo pelo qual a informação é trocada e
entendida por duas ou mais pessoas, normalmente com o intuito de motivar ou influenciar o
comportamento” (Azeredo, 2011, n. p.). Luz (2003, p. 29) afirma que “muitas empresas criam
canais de comunicação com seus clientes externos, mas se esquecem de fazer o mesmo em
relação aos seus clientes internos”. Dessa forma, acabam por desconsiderar que a satisfação dos
clientes externos passa antes pela satisfação dos clientes internos. Ainda, assegura Luz (2003, p.
30) que: além de ouvir seus funcionários sobre o que pensam em relação a essas variáveis
internas, as empresas deveriam conhecer a realidade familiar, social e econômica em que os
mesmos vivem. Só assim poderão encontrar respostas que justifiquem a qualidade dos serviços
por eles prestados. Na concepção de Chiavenato (2005, p. 106), a “comunicação é a troca de
informações entre pessoas. Significa tornar comum uma mensagem ou informação”. Nesse
processo, três conceitos preliminares são fundamentais para a compreensão da comunicação, a
saber: Dado, Informação e a Comunicação. Assim, tem-se as seguintes definições:
Assim, tais conceitos preliminares são complementares para a compreensão da informação, via
comunicação. Isoladamente, os dados não trazem significados. Contudo, são importantes para as
organizações, uma vez que são matéria-prima para a criação da informação, que impulsiona todo
o processo comunicativo, a partir do seguinte esquema: Dados → Informação → Comunicação
(Davenport; Prusak, 2003). Para que o processo de comunicação se desenvolva, são necessários
alguns elementos básicos, conforme descrito por Robbins, Wolter e Decenzo (2013, p. 96-97):
Cada um desses elementos cumpre um importante papel para que a comunicação aconteça. Por
exemplo, em uma palestra, onde o idioma não é compreendido, o conteúdo destinado aos
receptores não observa a necessidade de se preservar um código comum, nesse exemplo, o
idioma. Tal situação representa um ruído a ser corrigido para que a comunicação se efetive.
Entre os elementos apontados, destaca-se, ainda, o feedback, que possibilita a verificação quanto
a compreensão da mensagem enviada ao receptor (Luz, 2003). A dinâmica da comunicação
verbal aponta a interdependência entre emissor e receptor. Assim, para que um nível básico de
significados seja compreendido, deve haver harmonia entre transmissão e recepção, de forma que
a palavra empregada, seu contexto e o modo de articulação do discurso permitam a interpretação
da mensagem (Luz, 2003). Destaca-se, ainda, que a comunicação pode ocorrer pela forma não
verbal, já que não se faz exclusivamente por meio da língua, denominada código verbal. Assim,
pode ocorrer comunicação por meio de gestos, tom da voz e, até mesmo pelo modo de se vestir.
Por exemplo, no intuito de tentar fazer fluir um trânsito congestionado, usam-se luzes, buzinas,
apito e gestos como meios de comunicação.
1. Objetividade
2. Linguagem adequada
a. Clareza e simplicidade;
c. Correção; d. Concisão.
3. Fidelidade ao pensamento original
Portanto, a mensagem deve ser ajustada ao receptor, tendo conteúdo significativo e apresentando
sentido claro, concludente. Para tanto, são inúmeros os recursos e estratégias que podem ser
utilizados para se estabelecer uma comunicação eficiente. Os avanços tecnológicos são decisivos
nesse sentido, disponibilizando constantemente novos recursos para tornar a comunicação mais
rápida, com informações acessíveis a um número cada vez maior de pessoas (Gold, 2008).
6. Estímulo à produtividade;
Dubrin (2003) comenta que o fluxo de comunicação descendente é muitas vezes superestimado,
enquanto a comunicação ascendente representa a rede mais importante para manter a
administração informada sobre problemas (como já dito); é um importante meio de feedback dos
administrados para os administradores. Já a comunicação horizontal é a finalidade maior da
estratégia organizacional, não somente intramuros, mas fora deles. É uma forma de comunicação
participante, que envolve funcionários, fornecedores e clientes. Uma estratégia inteligente que
trabalhe com idéias, sugestões e reclamações de todos os interessados na melhoria do
atendimento, serviços e produtos oferecidos pela empresa.
Robbins (2002) afirma que “boatos” ou “rumores” são recursos de que os funcionários se
utilizam para satisfazer suas necessidades de complementação de informações, extrapolando os
níveis de autoridade. Isso pode prejudicar o conteúdo das informações e causar mais prejuízos ao
corpo funcional, do que as informações vindas da alta administração.
Para Nadler, Hackman e Lawler III (1979 apud CHIAVENATO; SAPIRO, 2004, p.305), a
estratégia organizacional influencia o comportamento organizacional de várias formas: as
decisões estratégicas determinam as tarefas organizacionais – as decisões estratégicas
determinam objetivos, alocação de recursos, tarefas críticas que a organização deve realizar,
produtos, serviços, mercados etc. A estratégia serve para esclarecer o que é crítico para a
organização. As decisões estratégicas influenciam o desenho organizacional – na verdade, o
desenho organizacional serve à estratégia, o que significa que o desenho é função da estratégia.
Mudanças estratégicas implicam mudanças na estrutura organizacional. As decisões estratégicas
influenciam e são influenciadas por questões de poder na organização – a estratégia
organizacional está relacionada com as relações de poder, política e conflitos entre pessoas e
grupos na organização. A relação entre estratégia e poder é circular, pois, à medida que um
grupo se torna mais poderoso, ele também pode se tornar mais capaz de influenciar a
determinação da estratégia. A eficácia organizacional é determinada conjuntamente pelas
decisões sobre estratégias e desenho organizacional – as decisões sobre estratégia e desenho
organizacional – em nível individual, grupal ou sistêmico – são interdependentes e combinam-se
para determinar quão eficaz será a organização. Contudo, uma estratégia com elevado potencial
de sucesso pode falhar se o desenho organizacional for mal projetado, se os grupos não
funcionarem bem ou se as pessoas não estiverem motivadas. Da mesma forma, uma organização
pode não ser eficaz, mesmo que tenha pessoas motivadas e grupos com empowerment e se
estiver implementando uma estratégia inapropriada. Assim, o desempenho organizacional reflete
a estratégia em termos de sua formulação e implementação, explicitando sua adequação frente às
realidades externa e interna da organização.
Na gestão das organizações como sistemas, Rummler e Brache (1994) alertam para os seguintes
aspectos essenciais em relação à medição do desempenho:
a ausência de medição impede a plena gestão; sem medição, a identificação dos problemas é
prejudicada;
sem medição, as pessoas não podem compreender totalmente o que se espera delas; a
medição é fundamental para que as pessoas tenham maior compreensão da adequação do seu
desempenho.
3. METODOLOGIA DE PESQUISA
Metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem percorridos, para se realizar uma
pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência. Etimologicamente, significa o estudo dos
caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma pesquisa científica (Gerhardt e Silveira,
2009 p.12).
As pesquisas podem ser classificadas quanto à natureza, ao método científico, à abordagem, aos
objectivos e aos procedimentos técnicos.
3.3.2. Amostra
Assumindo que a abordagem desta pesquisa é qualitativa, esta que se caracteriza por uma
amostra pequena e não representativa (Prodanov e Freitas, 2013).
O presente trabalho de pesquisa não terá população nem amostra, visto que o sua técnica de
recolha de dados será a entrevista.
3.5. Variáveis
Entrevista;
Segundo Gray (2012), a entrevista é o processo de interacção social entre duas pessoas na qual
uma delas, o entrevistador, tem por objectivo a obtenção de informações por parte do outro, o
entrevistado.
Segundo Marconi & Lakatos (2003), a entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que
uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de
natureza profissional. É um procedimento utilizado na investigação social, para a colecta de
dados ou para ajudar no diagnóstico ou tratamento de um problema social.
Prodanov e Freitas, (2013) A pesquisa básica objectiva gerar conhecimentos novos úteis para o
avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais.
Prodanov e Freitas, (2013) A pesquisa aplicada objectiva gerar conhecimentos para a aplicação
prática dirigida à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.
Para o presente trabalho, a pesquisa foi básica e aplicada porque procurou produzir
conhecimentos acerca da importância de boa comunicação numa organização.
Para o presente trabalho de pesquisa usou-se o método indutivo, porque as generalizações feitas
foram derivadas da observação da realidade concreta da empresa Niassa Macadâmia. e as
constatações particulares levaram à generalizações.
3.7.3. Quanto à abordagem
A pesquisa quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em
números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las (Gil,, 2010).
Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto
é, um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a subjectividade do sujeito que não pode
ser traduzido em números (Gil, 2010).
Quanto à abordagem, esta pesquisa foi mista. Qualitativa porque usa como técnica de recolha de
dados a entrevista e quantitativa porque analisou informação financeira da empresa e fez a sua
interpretação.
Para o presente trabalho de pesquisa recorreu-se à ambas pesquisas, a exploratória pois fez-se o
levantamento bibliográfico que aborda sobre o tema e tem a empresa Niassa Macadâmia Lda.
Como estudo de caso e a descritiva porque descreveu o estudo de caso para o qual foram
O presente estudo, designado por Projeto de Final de Curso, será submetido à Universidade
Apolitecnia no departamento de Ciências Economicas a fim de ser feita a devida verificação e de
seguida a permissão para o início da recolha de dados Após de colecta de dados, foi feito o
processamento e análise dos mesmos através de leitura do resumo das informações dos
documentos e entrevistas aos gestores e funcionários da empresa, onde foi constituído um quadro
relacionando os resultados, fazendo-se a análise de conteúdo dos dados recolhidos, por meio da
leitura dos mesmos, realizando-se uma síntese de cada documento analisado, com ob jectivo de
mostrar como o empreendedorismo estrangeiro pode dinamizar a economia Moçambicana, de
seguida será feita a apresentação dos métodos que serão usados, os pontos que serão abrangidos
e no final da recolha de dados, será feita uma análise dos resultados e a devida apresentação dos
mesmos.
4. CRONOGRAMA
Meses/2024
N⁰ de Atividades Responsável Jan. Fev. Marc Abr. Mai. Jun.
Orde
m
01 Escolha do tema e do Estudante
orientador
02 Encontro com o orientador e Estudante
organização do tema
03 Pesquisa bibliográfica e Estudante
preliminar
04 Leitura e elaboração do Estudante
resumo
05 Elaboração do projecto de Estudante
pesquisa
06 Revisão bibliográfica Estudante
07 Recolha de dados Estudante
08 Análise do desenvolvimento Estudante
do projeto com o orientador /Orientador
09 Redação final da monografia Estudante
10 Revisão e entrega final do Estudante
trabalho
11 Apresentação e defesa do Estudante
trabalho
Filiage, Miguel Antônio (1999). O maior desafio das empresas: a comunicação interna. Gestão
Plus, nº 11 – nov/dez 1999 – ano IV -. Disponível em www.gestaoerh.com.br .
Gil, A. (2010). Como elaborar Projectos de Pesquisa. 5. Ed. São Paulo: Atlas.
Gil, António Carlos. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed, São Paulo: Atlas.
Marconi, M. A. & Lakatos, E. M. (2003). Metodologia Cientifica. São Paulo: Atlas Minicucci.
Marconi, M. d., & Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos da Metodologia Cientifica (5 ed.). São
Paulo: Atlas.
Silva, Reinaldo Oliveira da(2004). Teorias da Administração, Editora Pioneira Thompson. (3ª
ed.). São Paulo.