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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS


DEPARTAMENTO DE SOLOS E ENGENHARIA RURAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DO SOLO

DISSERTAÇÃO

ADUBAÇÃO ORGÂNICA NA FERTILIDADE DO SOLO, TROCAS GASOSAS


E COMPONENTES DE PRODUÇÃO DE MELOEIRO EM NEOSSOLO
REGOLÍTICO

Jardelio Paulo Malaquias

AREIA-PB
ABRIL – 2016
JARDELIO PAULO MALAQUIAS

ADUBAÇÃO ORGÂNICA NA FERTILIDADE DO SOLO, TROCAS GASOSAS


E COMPONENTES DE PRODUÇÃO DE MELOEIRO EM NEOSSOLO
REGOLÍTICO

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-


Graduação em Ciência do Solo da Universidade
Federal da Paraíba, como parte dos requisitos
para obtenção do título de “Mestre em Ciência
do Solo”. Área de Concentração: Solos em
Agroecossistemas Familiares.

Orientador: Prof. Dr. Walter Esfrain Pereira

AREIA-PB
ABRIL - 2016
iii
A Deus, por ser meu guia em mais uma
etapa e conquista bem-sucedida de
minha vida.
A minha família, por todo amor, apoio,
incentivo, carinho, dedicação e
confiança.

Dedico.

iv
Aos meus pais Carmelita Paulo Malaquias e Jose Malaquias Sobrinho, pelo
amor incondicional e incentivo constante aos estudos sem pressões, pela educação
exemplar desde a infância e pela preocupação em sempre oferecer o melhor para a
família.

A minha esposa Manuella Campos de Lira Malaquias, e minha filha Ana Lívia
Campos Malaquias. Aos meus irmãos Joselio Paulo Malaquias, Carmeliane Paulo
Malaquias, Ancelmo Paulo Malaquias e Josefa Maria da Conceição Paulo Malaquias,
por me motivarem sempre buscar o melhor, pelo companheirismo e amor.

Ofereço.
AGRADECIMENTOS

A DEUS, pela sua presença constante em minha vida, iluminando meu caminho,
dando-me força, coragem e saúde para seguir em frente e que me capacitou e viabilizou
a execução desse trabalho bem-sucedido, colocando em meu caminho pessoas
maravilhosas, que contribuíram para o meu crescimento.

Aos meus tios e tias, primos e primas e aos meus avos Anselmo Paulo, Marina
Francelina e Ana Maria Campos de Lira “Edna” “in memórian” e a Vicente Malaquias e
Jacinta da Silva pelas experiências transmitidas.
A Raimundo Moreira e Maria do Socorro Moreira, Riquele Moreira e Jaiane
Moreira, pelos quais tenho grande carinho e admiração.
À Universidade Federal da Paraíba e ao Centro de Ciências Agrárias, pela
oportunidade a mim concedida de realizar este curso.
Ao Departamento de Solos e Engenharia Rural.
Ao CNPq, pela concessão da bolsa de estudos e financiamento do trabalho de
pesquisa.
Ao orientador, Professor Dr. Walter Esfrain Pereira pela competente orientação
durante este e outros trabalhos e por suas valiosas contribuições, além de toda a
confiança e credibilidade a mim atribuídas.
Ao produtor e exemplo de pessoa, Jacinto Ferreira da Silva, por ceder a área
para realização do experimento e pelo apoio.

v
Aos membros da Banca Examinadora, pelas valiosas contribuições e sugestões
realizadas.
Ao Professor Dr. Lourival Ferreira Cavalcante, pela sua importantíssima ajuda e
participação no meu trabalho de pesquisa.
Ao Coordenador do Programa Pós-Graduação em Ciência do Solo, Alexandre
Paiva da Silva e ao Vice Coordenador, Flavio Pereira de Oliveira.

À secretária do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo, Rosa Claudia


Maria, por toda ajuda nos momentos de dúvidas.
Aos professos do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo e em
Agronomia do Centro de Ciências Agrárias pelo ensinamento, dedicação e todos os
conhecimentos transmitidos.
Aos funcionários do Departamento de Solos e Engenharia Rural, em especial a:
Naldo, Cicero, Valdênia, Gilson, dona Marielza.
Aos amigos Diego Almeida Medeiros, Samuel Inocêncio, Josevan de Andrade,
Vandeilson Araújo, William Oliveira, Alan Oliveira, Jefferson Alves, Altamiro
Oliveira, Cassio Macedo.
Aos meus amigos e colegas de mestrado.
E finalmente, a todos aqueles que direto ou indiretamente participaram e
contribuíram para a realização deste trabalho de pesquisa, o meu muito obrigado.

vi
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS .....................................................................................................x
LISTA DE FIGURAS .................................................................................................... xi
RESUMO ..................................................................................................................... xiii
ABSTRACT ..................................................................................................................xv
1. INTRODUÇÃO GERAL ..........................................................................................17
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO ....................................................................................21
2.1. Neossolo Regolítico ......................................................................................................... 21
2.2. Características morfológicas do meloeiro ................................................................21
2.3. Melão tipo amarelo ...................................................................................................22
2.4. Adubação orgânica ...................................................................................................22
2.5. Esterco bovino ..........................................................................................................24
2.6. Esterco caprino .........................................................................................................25
3. REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS .......................................................................27

CAPÍTULO I..................................................................................................................33
FERTILIDADE DE UM NEOSSOLO REGOLÍTICO CULTIVADO COM
MELOEIRO AMARELO ADUBADO COM ESTERCO BOVINO E CAPRINO
RESUMO ........................................................................................................................34
ABSTRACT ...................................................................................................................35
1. INTRODUÇÃO .........................................................................................................36
2. MATERIAL MÉTODOS .........................................................................................38
2.1. Localização e caracterização da área experimental .................................................38
2.2. Delineamento experimental e tratamentos ...............................................................38
2.3. Coleta e análise do solo ............................................................................................38
2.4. Preparo da área, adubação e plantio ........................................................................40
2.5. Condução da cultura .................................................................................................41
2.5. 1 Controle fitossanitário ...........................................................................................41
2.5.2 Calçamento dos frutos do meloeiro amarelo ..........................................................41
2.6. Variáveis estudadas ..................................................................................................41
2.7. Análise estatística .....................................................................................................42
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................................................43

vii
3.1. Atributos químicos e a fertilidade do solo ...............................................................43
3.1.1 Teor de potássio ......................................................................................................43
3.1.2 Teor de sódio ..........................................................................................................44
3.1.3 Teor de carbono ......................................................................................................45
3.1.4 Teor de matéria orgânica ........................................................................................46
3.1.5 Teor de soma de bases ...........................................................................................48
3.1.6 Capacidade de troca catiônica ...............................................................................49
4. CONCLUSÕES ..........................................................................................................51
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................52
CAPÍTULO II ................................................................................................................58
TROCAS GASOSAS ETEORES FOLIARES DE NPK EM MELOEIRO
AMARELO EM NEOSSOLO REGOLÍTICOADUBADO COM ESTERCO
BOVINO E CAPRINO
RESUMO ........................................................................................................................59
ABSTRACT ...................................................................................................................60
1.INTRODUÇÃO ..........................................................................................................61
2. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................63
2.1. Variáveis estudadas ..................................................................................................63
2.2. Análise estatística .....................................................................................................63
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................................................64
3.1. Trocas gasosas ..........................................................................................................64
3.1.1 Concentração interna de CO2 .................................................................................64
3.1.2 Taxa de transpiração ...............................................................................................65
3.1.3 Taxa fotossintética ..................................................................................................67
3.1.4 Eficiência de carboxilação ......................................................................................68
3.2. Teores foliares de nutrientes .....................................................................................69
3.2.1 Teor de nitrogênio ..................................................................................................69
3.2.2 Teor de fósforo .......................................................................................................70
3.2.3 Teor de potássio ......................................................................................................71
4. CONCLUSÕES ..........................................................................................................73
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................74
CAPÍTULO III ..............................................................................................................79

viii
PRODUTIVIDADE E ATRIBUTOS FÍSICOS DO MELÃO AMARELO SOB
ADUBAÇÃO ORGÂNICA EM NEOSSOLO REGOLÍTICO
RESUMO ........................................................................................................................80
ABSTRACT ...................................................................................................................81
1. INTRODUÇÃO .........................................................................................................82
2. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................84
2.1. Variáveis estudadas ..................................................................................................84
2.2. Análises estatística ....................................................................................................84
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................................................85
3.1 Número de fruto por planta .......................................................................................85
3.2 Produtividade .............................................................................................................86
3.3 Características físicas do meloeiro amarelo .............................................................88
3.3.1 Diâmetro do fruto ...................................................................................................88
3.3.2 Comprimento do fruto ............................................................................................89
3.4. Teores de sólidos solúveis (°Brix) ...........................................................................90
4. CONCLUSÕES ..........................................................................................................92
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................93
6. APÊNDICES ..............................................................................................................97
7. ANEXOS...................................................................................................................100

ix
LISTA DE TABELAS

CAPÍTULO I - FERTILIDADE DE UM NEOSSOLO REGOLÍTICO CULTIVADO


COM MELOEIRO AMARELO ADUBADO COM ESTERCO BOVINO E CAPRINO

Tabela 1 - Propriedades químicas e da fertilidade do solo da área experimental.


Remígio, PB, 2015 .....................................................................................39
Tabela 2 - Propriedades físicas do solo da área experimental do meloeiro amarelo
Remígio, PB, 2015 ............................................................................................39
Tabela 3 - Análise de salinidade da água da área experimental do meloeiro amarelo.
Remígio, PB, 2015. ...........................................................................................39
Tabela 4 - Teores de nutrientes dos estercos utilizados nos tratamentos do meloeiro
amarelo. Remígio, PB, 2015 .............................................................................39
Tabela 5 - Médias do teor de sódio cmolc kg-1 em Neossolo Regolítico adubado com
doses de esterco bovino e caprino ................................................................45
Tabela 6- Médias do teor de carbono (g kg-1) em Neossolo Regolítico adubado com
doses de esterco bovino e caprino ................................................................46
Tabela 7 - Médias do teor de matéria orgânica (g kg-1) em Neossolo Regolítico adubado
com doses de esterco bovino e caprino.........................................................48
Tabela 8 - Médias do teor de soma de bases cmol c kg-1 em Neossolo Regolítico
adubado com doses de esterco bovino e caprino ..........................................49
Tabela 9 - Médias do teor de capacidade de troca catiônica cmolc dm-1 em Neossolo
Regolítico adubado com doses de esterco bovino e caprino ........................50

x
LISTAS DE FIGURAS

CAPÍTULO I - FERTILIDADE DE UM NEOSSOLO REGOLÍTICO CULTIVADO


COM MELOEIRO AMARELO ADUBADO COM ESTERCO BOVINO E CAPRINO

Figura 1 - Teor de potássio (mg dm-³) em Neossolo adubado com doses de esterco
bovino e caprino ...........................................................................................44

CAPÍTULO II - TROCAS GASOSAS E TEORES FOLIARES DE NPK EM


MELOEIRO AMARELO EM NEOSSOLO REGOLÍTICOADUBADO COM
ESTERCO BOVINO E CAPRINO

Figura 1 - Concentração interna de CO2 na câmara subestomática do meloeiro em


Neossolo adubado com doses de esterco bovino e caprino .........................65
Figura 2 - Taxa de transpiração do meloeiro em Neossolo adubado com doses de
esterco bovino e caprino ..............................................................................66
Figura 3 - Taxa fotossintética do meloeiro em Neossolo adubado com doses de esterco
bovino e caprino ..........................................................................................68
Figura 4 - Eficiência de carboxilação no meloeiro em Neossolo adubado com doses de
esterco bovino e caprino ..............................................................................69
Figura 5 - Teor foliar de nitrogênio do meloeiro em Neossolo adubado com doses de
esterco bovino e caprino ..............................................................................70
Figura 6 - Teor foliar de fósforo do meloeiro em Neossolo adubado com doses de
esterco bovino e caprino ..............................................................................71
Figura 7 - Teor foliar de potássio do meloeiro em Neossolo adubado com doses de
esterco bovino e caprino ..............................................................................72

CAPÍTULO III – PRODUTIVIDADE E ATRIBUTOS FÍSICOS DO MELÃO


AMARELO SOB ADUBAÇÃO ORGÂNICA EM NEOSSOLO REGOLÍTICO

Figura 1 - Número de frutos por planta do meloeiro em Neossolo adubado com doses
de esterco bovino e caprino ..........................................................................86
Figura 2- Produtividade do meloeiro em Neossolo adubado com doses de esterco
bovino e caprino ...........................................................................................87

xi
Figura 3 - Diâmetro do fruto do meloeiro em Neossolo adubado com doses de esterco
bovino e caprino ...........................................................................................89
Figura 4 - Comprimento do fruto do meloeiro em Neossolo adubado com doses de
esterco bovino e caprino ..............................................................................90
Figura 5 - Teor de sólidos solúveis (°Brix) em Neossolo adubado com doses de esterco
bovino e caprino ..............................................................................................................91

xii
MALAQUIAS, J. P. Adubação orgânica na fertilidade do solo, trocas gasosas e
componentes de produção de meloeiro em Neossolo Regolítico. Areia-PB, Centro de
Ciências Agrárias, Universidade Federal da Paraíba, Abril de 2016, 105 p. Dissertação
(Mestrado em Ciência do Solo). Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo:
Orientador: Prof. Dr. Walter Esfrain Pereira.

RESUMO

Para aumentar o cultivo do meloeiro orgânico, em especial na Paraíba, tem-se


observado algumas dificuldades, pela falta de informações técnicas em relação ao
manejo da cultura. Desta forma, objetivou-se com este experimento verificar a
influência de doses de nitrogênio, provenientes de esterco bovino e caprino sobre a
fertilidade do solo, trocas gasosas, teores foliares de N, P, e K, produtividade,
características físicas e composição mineral do melão amarelo em Neossolo Regolítico.
O experimento foi realizado nos meses julho a outubro de 2015, em um Neossolo
Regolítico, utilizando o delineamento experimental em blocos casualizados, com 10
tratamentos arranjados em um fatorial 2 x 5, referente aos estercos bovino e caprino e
cinco doses de N (0, 25, 50, 75, 100 kg ha-1) de cada fonte orgânica. As variáveis
analisadas foram: pH, fósforo, potássio, sódio, alumínio, hidrogênio mais alumínio,
cálcio, magnésio, soma de bases; capacidade de troca catiônica, saturação por bases,
matéria orgânica do solo, a concentração interna de CO2, condutância estomática, taxa
de transpiração, taxa fotossintética, eficiência de carboxilação e do uso da água, teores
foliares de nitrogênio, fósforo e potássio, número de frutos por planta, produtividade,
massa média de frutos, diâmetro e comprimento do fruto, teores de sólidos solúveis
totais. Os dados foram submetidos a análise de variância, sendo as médias dos dois
estercos comparadas pelo teste F e os efeitos das doses avaliados por regressão. O teor
de potássio no solo adubado com esterco caprino aumentou quadráticamente em função
das doses de N, com valor máximo estimado em 48 kg ha -1 de nitrogênio. Não foi
verificado efeito das doses de N sobre os teores de sódio, carbono, matéria orgânica,
soma de bases e capacidade de troca catiônica. O esterco caprino como fonte de N em
algumas doses, proporcionou os maiores teores de sódio, carbono, matéria orgânica,
soma de bases e capacidade de troca catiônica no solo. As doses de esterco,
independentemente da fonte, elevaram a taxa de transpiração (E), taxa de fotossíntese
(A) e a eficiência de carboxilação (A/Ci) e diminuíram a concentração interna de CO 2.

xiii
O esterco bovino proporcionou maiores teores foliares de nitrogênio, fósforo e potássio
nas plantas e supriu-as nutricionalmente de forma adequada, em comparação com o
esterco caprino. O número de frutos por planta, a produtividade, o diâmetro e
comprimento dos frutos aumentaram em função das doses aplicadas de nitrogênio,
tendo como fonte os estercos bovino e caprino. Na maioria das variáveis, o uso do
esterco bovino permitiu obter melhores resultados. O teor de sólidos solúveis do fruto
do melão adubado com esterco caprino aumentou linearmente com o aumento das doses
de nitrogênio.

Palavras-chave: Cucumis melo l., Atividade sustentável, Doses de nitrogênio.

xiv
MALAQUIAS. J. P. Organic fertilization on soil fertility, gas exchange and melon
yield components in Entisol. Areia-PB, Centro de Ciências Agrárias, Universidade
Federal da Paraíba. April, 2016, 105 p. Dissertation (Master in Soil Science). Programa
de Pós-graduação em Ciência do Solo: Adviser: Prof. Dr. Walter Esfrain Pereira.

ABSTRACT

To increase the cultivation of organic melon, especially in Paraíba, there is some


difficulties, lack of technical information in relation to crop management. Thus, the aim
of this experiment was to determine the influence of nitrogen, from cattle manure and
goat on soil fertility, gas exchange, foliar N, P and K, productivity, physical
characteristics and mineral composition yellow melon in Entisol. The experiment was
conducted in from July to October 2015, in a Entisol using a randomized block design
with 10 treatments arranged in a factorial 2 x 5, referring to manure cattle and goats and
five N rates (0, 25, 50, 75, 100 kg ha-1) of each organic source. The variables analyzed
were: pH, phosphorus, potassium, sodium, aluminum, aluminum more hydrogen,
calcium, magnesium, sum of bases; cation exchange capacity, base saturation, soil
organic matter, the internal concentration of CO2, stomatal conductance, transpiration
rate, photosynthetic rate, carboxylation efficiency and water use, foliar nitrogen,
phosphorus and potassium, number of fruits per plant, yield, average fruit weight,
diameter and length of the fruit solids soluble. Data were subjected to analysis of
variance and the averages of the two manures compared by F test and the effects of
doses evaluated by regression. The potassium content in the soil fertilized with goat
manure increased quadratically as a function of N levels, with maximum estimated at 48
kg ha-1 of nitrogen. There was no effect of N rates with organic sources like cattle
manure and goat on the levels of sodium, carbon, organic matter, sum of bases and
cation exchange capacity. The goat manure as a source of N in some doses provided the
highest levels of sodium, carbon, organic matter, sum of bases and cation exchange
capacity in the soil. Doses of manure, irrespective of the source, increased transpiration
rate (E), photosynthesis rate (A) and carboxylation efficiency (A / C) and decreased
internal CO2 concentration. The manure cattle provided higher foliar nitrogen,
phosphorus and potassium in plants and supplied them nutritionally properly compared
with goat manure. The number of fruits per plant, productivity, the diameter and length

xv
of fruits increased with the applied nitrogen rates, with the source the cattle manure and
goat. Most of the variables, the use of cattle manure yielded better results. The soluble
solids content of melon fruit fertilized with goat manure increased linearly with
increasing nitrogen rates.

Keywords: Cucumis melo l., Sustainable activity, Nitrogen doses.

xvi
1. INTRODUÇÃO GERAL

A horti-fruticultura brasileira sob enfoque socioeconômico é uma atividade


essencialmente sustentável, pois está fundamentada em pequena e médias propriedades,
nisto acarretando uma grande demanda de mão de obra. O Brasil situa-se no cenário
mundial como um dos grandes protagonistas no cultivo e produção de frutíferas,
algumas delas com projeção regional e outras com amplo mercado nacional e
internacional. Tendo presença sólida no mercado internacional, como por exemplo: os
citros, a maçã, o melão, a manga, o mamão, a banana, o abacaxi e a uva
(AGRIANUAL, 2014).
O meloeiro (Cucumis melo L.) é olerícola da família das Cucurbitáceas,
originária da África, entretanto, foi na Índia onde ocorreu sua dispersão. É uma planta
anual, herbácea, rasteira, possui caule prostrado, com número de hastes e ramificações
variáveis em função do cultivar, sistema radicular fasciculado com crescimento bastante
expressivo nos 0,30 m de profundidade, com frutos de formato (oval a elíptico) com 20 a
25 cm de diâmetro, casca lisa pesando de um a dois quilos em média. A polpa possui
coloração branca esverdeada a creme, o fruto é constituído de 90% de água e rico em
vitamina A, C e E, além de sais minerais (Moreira et al, 2009). É uma cultura de clima
tropical, exigente em calor, insolação e baixa umidade relativa do ar para o seu
desenvolvimento e produção. Por isso, seu cultivo se restringe mais às regiões quentes
e secas, como por exemplo, o Nordeste do Brasil (CARVALHO, 2006).
De acordo com dados da FAO (2015), a produção mundial em 2013 alcançou
29,46 milhões de toneladas, sendo os maiores produtores a China, Turquia e Irã, com
produção aproximada de 14,4; 1,7 e 1,5 milhões de toneladas, respectivamente. Neste
cenário, o Brasil ocupa a décima posição na produção mundial de melão (FAO, 2011).
O melão é bastante apreciado e cultivado no Brasil, ocupando no ano de 2013,
uma área de 22.810 hectares, com produção de 575. 386 toneladas de frutos, atigindo
um rendimento de 25. 698 kg ha-1 (IBGE, 2013). A região Nordeste é responsável por
87% da produção nacional, tendo como maiores produtores os Estados do Rio Grande
do Norte com 45% das 575.386 toneladas colhidas em 2013, Ceará, Bahia e
Pernambuco, (AGRIANUAL, 2014). Ele foi o produto mais exportado pelo Brasil no
ano de 2013 com 191,4 mil toneladas de melão, dentre as frutas e hortaliças-fruto,
(AGRIANUAL, 2014).

17
O cultivo do melão além de proporcionar benefícios econômicos, integra e gera
também benefícios sociais, representando cerca de 55 mil empregos diretos e indiretos
(IBGE, 2011).
Segundo dados do Anuário da Agricultura Brasileira (AGRIANUAL, 2014), em
2012 o estado da Paraíba produziu cerca de 813. 976 toneladas de frutas. No ano de
2010, o melão ocupava na Paraíba uma área de 8 hectares, com uma produção de 220
toneladas de frutos, atingindo um rendimento médio de 27. 500 kg ha-1 (IBGE, 2010).
O fruto do melão é consumido “ in natura “, como ingrediente de saladas com
frutas ou outras hortaliças e na forma de suco. O fruto maduro tem suas propriedades
medicinais, é tido como calmante, refrescante, alcalinizante, mineralizante, oxidante,
diurético, laxante e emoliente. É também, recomendado no controle da gota,
reumatismo, artritismo, obesidade, colite, atonia intestinal, prisão de ventre, afecções
renais, litíase renal, nefrite, cistite, leucorréia e uretrite (BALBACK, s.d).
Para que ocorra um aumento do cultivo do meloeiro adubado com materiais
orgânicos, em especial na Paraíba, tem sido observado e enfrentado algumas
dificuldades a nível agronômico, isto, pelo fato da falta de informações técnicas com
relação ao manejo da cultura. Haja visto, que para uma maior e melhor exploração dessa
cultura com este tipo de adubação, almejando o aumento da produção, é de grande
importância que se adote medidas de manejo, como por exemplo, o uso de tecnologias
para que se tenha a avaliação da fisiologia da planta através das trocas gasosas nas
folhas, a aplicação correta da adubação e monitoramento dos teores foliares de
nutrientes.
No manejo da cultura do melão, a reposição de nutrientes é uma das práticas
essenciais, por proporcionar ganhos em produtividade e qualidade dos frutos. Dentre os
nutrientes, a recomendação de adubação potássica e nitrogenada é bem diversificada na
literatura, entretanto, a quantidade sugerida sofre grande variação de acordo com as
condições edafoclimáticas da região, características genotípicas da cultura e forma e
frequência de aplicação dos fertilizantes (COSTA SILVA et al., 2014).
Dentre os principais fatores responsáveis pela produtividade do meloeiro, o
equilíbrio nutricional durante o ciclo é de fundamental importância, por isso, é
necessário que cada nutriente deva estar disponível na solução do solo em quantidades e
proporções adequadas (MALAVOLTA, 1980). A não observância dos desequilíbrios
nutricionais existentes refletirá diretamente na produtividade e na qualidade dos frutos.

18
É essencial que se tenha para cada área à ser implantado a cultura, as
informações de adaptação e a estabilidade da planta no meio ambiente, e isso só é
possível com estudos e pesquisas sobre as trocas gasosas. Paiva et al. (2005) afirmam
que a inibição do crescimento e desenvolvimento resultam na redução da produtividade
da cultura, pela diminuição das atividades metabólicas, fisiológicas e nutricionais.
O estado nutricional da planta também exerce influência nas trocas gasosas, em
especial na fotossíntese, ocorrendo de muitas maneiras, sendo que quase sempre as
maiores taxas fotossintéticas são alcançadas por meio da adubação, irrigação e clima
(Lamarcher, 2006). A capacidade fotossintética é uma característica intrínseca de cada
espécie vegetal, sendo que as trocas gasosas mudam durante o ciclo do desenvolvimento
do indivíduo e dependem do curso anual e até mesmo do curso diário das flutuações
ambientais (luz, temperatura, etc) em torno do vegetal (LAMARCHER, 2000).
Também é importante ressaltar que a influência positiva de fontes orgânicas
aplicadas via solo sobre os aspectos produtivos das culturas, inclusive o meloeiro está
relacionado ao efeito nutricional e consequentemente sobre os índices fisiológicos
(SANTOS et al., 2014).
O uso da matéria orgânica como adubação, além do aporte de nutrientes para o
sistema pode ser uma alternativa viável para minimizar os custos da produção, sendo
também utilizada para melhoria dos atributos químicos, físicos e biológicos do solo.
Turco e Blume (1998) consideram a matéria orgânica do solo como um dos mais
importantes indicadores da qualidade do solo, tendo em vista que é essencial nos
processos produtivos e na diversidade biológica.
É indiscutível a importância e a necessidade dos adubos orgânicos tanto para a
produtividade das culturas como para a qualidade dos produtos obtidos, especialmente
em solos com baixo potencial de fertilidade, e de matéria orgânica. Os adubos orgânicos
são considerados agentes condicionadores do solo, por melhorar as condições de
cultivo, através da retenção de água e pelo aumento da disponibilidade de nutrientes em
forma assimilável pelas raízes (Filgueiras, 1982). As principais funções e efeitos da
adubação orgânica para as propriedades físicas e biológicas do solo, são: melhora a
aeração, retenção de umidade e a atividade dos microrganismos nos estoques de
carbono orgânico (RÓS et al., 2013).
De acordo com Carmello (1999) a adubação a base de N é de grande
importância para o vegetal, por promover modificações morfofisiológicas na planta,
estando relacionado com a fotossíntese, desenvolvimento e atividades das raízes,

19
absorção iônica de nutrientes, crescimento e diferenciação celular. Segundo Malavolta
et al. (1997) se a planta estiver com deficiência de nitrogênio, ela apresenta um
crescimento lento, com diminuição do porte, ramos finos e em menor número causando
o estiolamento do vegetal; números de folhas menor, com área foliar reduzido a clorose
generalizada e queda prematura das folhas.
Ao realizarem um trabalho com o objetivo de avaliar o estado nutricional das
plantas de melão sob o efeito de níveis crescentes de adubo orgânico na presença da
adubação mineral, Oliveira et al. (2010) observaram que ao final do ciclo da cultura (75
dias após a semeadura) as folhas estavam nutricionalmente equilibradas em K e Ca, mas
deficientes em N, P e Mg.
Desta forma, objetivou-se com este experimento verificar a influência de doses
de nitrogênio, provenientes de esterco bovino e caprino sobre a fertilidade do solo,
trocas gasosas, teores foliares de N, P, e K, produtividade, características físicas e
composição mineral do melão amarelo em Neossolo Regolítico.

20
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1. Neossolo regolítico

Segundo Oliveira (2008), os Neossolos Regolíticos são solos com sequência de


horizontes A-C-R e textura geralmente variável de arenosa a média, que apresentam por
definição teores de minerais primários alteráveis superiores a 4 % nas frações areia e
cascalho nos primeiros 150 cm. Essa característica confere aos solos uma reserva
mineral potencial, especialmente de potássio, para as plantas, além de possuir pouca
expressão de atuação nos processos pedogenéticos, portanto, insuficiente para provocar
modificações expressivas do material originário, em razão da sua resistência ao
intemperismo, característica inerente ao próprio material de origem, além do clima, o
que, isoladamente ou em conjunto, impede ou limita a evolução desses solos.
Jacomine (1996) afirma que os Neossolos Regolíticos apresentam baixo teor de
matéria orgânica e P, elevada permeabilidade e baixa capacidade de retenção de
umidade.
De acordo com Santos et al. (2012), os Neossolo Regolítico são formados a
partir da alteração de gnaisses e granitos, ocorrem em relevos variando de plano a
ondulado e apresentam sequência de horizontes A-C com frequente presença de
horizonte fragipan. A textura varia de areia a franco-arenosa e a estrutura, de grãos
simples a maciça, sendo, normalmente, solos eutróficos, com baixos teores de carbono
orgânico total e P, além de baixa CTC. Quanto à constituição mineralógica, é
essencialmente formado por quartzo, sempre com ocorrência de feldspatos.

2.2. Características morfológicas do meloeiro

De acordo com Hammer et al. (1986), existe uma grande variação fenotípica em
plantas de melão, levando os botânicos a proporem uma classificação intraespecífica.
Segundo os mesmos autores o trabalho que serviu como base para todas as outras
classificações subsequentes do meloeiro foi o de Naudin (1859). No entanto, a
classificação sugerida por Robinson e Decker-Walters (1997) é a mais utilizada na
literatura atual e divide a espécie C. melo L. em seis variedades ou grupos botânicos:
cantaloupensis, inodorus, conomon, dudaim, flexuosus e momordica. Os tipos de melão
mais comercializados no Brasil são: Amarelo, Pele de Sapo, Honey Dew, Cantaloupe,
Gália e Charentais (ARAGÃO, 2010).

21
Segundo Almeida (2006), o meloeiro é uma planta herbácea anual, com sistema
radicular pivotante que pode atingir até 1 m de profundidade, mas sua maior parte
concentra-se nos 30 a 40 cm iniciais do solo. O caule é do tipo trepador ou prostrado,
com secção circular, diferindo do pepino e melancia que tem caule anguloso; as folhas
são grandes, com cinco pontas salientes e suas flores são brancas ou amarelas.
De acordo com Stepansky et al. (1999), o fruto do meloeiro é o principal órgão
utilizado na alimentação, podendo ser classificado como uma baga de formato variável
(redondo, oval ou alongado), geralmente grande (diâmetro de 20 a 26 cm), mais
reduzido nas variedades melhoradas com diâmetro de 12,6 cm (Coelho et al., 2003),
cujas paredes externas endurecem, formando a casca (lisa, enrugada ou rendilhada) e
podendo pesar de 1 a 4 kg, em média dependendo da variedade.

2.3. Melão tipo amarelo

De acordo com Pontes Filho (2010), o cultivo de melão se baseia na produção de


cultivares de dois grandes grupos denominados: Cantaloupensis, melões nobres,
aromáticos, climatérios com baixa conservação pós-colheita e manejo diferenciado; e
Inodorus, melões mais plantados, frutos maiores, cor da casca uniforme, não climatérios
e pouco aroma, mas tem uma grande resistência e maior vida útil pós-colheita.
A variedade mais produzida e difundida no Brasil é o melão amarelo mandacaru
“ouro”, é um híbrido que faz parte do grupo dos inodorus, de origem espanhola, com
frutos redondos, casca amarela, polpa espessa, sendo observada uma coloração branca,
amarelada, esverdeada e resistente ao transporte e o fruto é constituído de 90% de água e
contem vitamina A, C e E, além de sais minerais (MOREIRA et al., 2009). No Brasil, os
melões mais conhecidos e apreciados pertencem ao grupo Inodoro, tipo amarelo, de
longa conservação pós-colheita. A cultivar 'Valenciano' e suas seleções 'Amarelo',
'Amarelo CAC' e 'Eldorado 300' são as mais cultivadas (VILELA, 2008).
Os frutos do melão amarelo são globulares alongados, apresentam casca fina,
não reticulada, bastante resistente, com rugas longitudinais e coloração amarelo –
canário. Com polpa branca – creme e macia, e não são aromáticos (DUZZI, 1992).

2.4. Adubação orgânica

Fernandez et al. (2003) afirmam que a utilização de materiais orgânicos como


fonte de matéria-prima alternativa para produção de fertilizantes é uma medida

22
estratégica do ponto de vista ambiental, pode ser considerada uma alternativa para
produção de fertilizantes e uma medida estratégica do ponto de vista ambiental, sendo
conveniente, desde que seja viável, também, do ponto de vista econômico. Hoffmann et
al. (2001) citam que dentre os materiais orgânicos que podem ser utilizados na
agricultura, o uso de estercos animais ocupa lugar de destaque com efeito positivo na
infiltração e retenção da água e aumento da capacidade de troca de cátions nos solos.
A utilização da prática da adubação orgânica além de favorecer a drenagem e
aeração do solo aumenta a retenção de água, os níveis de nutrientes e a população de
organismos benéficos no solo e na planta, melhorando o desenvolvimento radicular
(MALAVOLTA et al, 2002).
O aumento da utilização dos adubos orgânicos em relação aos fertilizantes
minerais proporciona maior sustentabilidade do agroecossistema, devido ao
favorecimento dos fatores físicos, químicos e biológicos do solo com consequente
diminuições dos efeitos negativos gerados ao meio ambiente pelas práticas agrícolas
intensivas (OLIVEIRA FILHO, 2014).
A matéria orgânica é um recurso que cada vez mais está ganhando espaço entre
as técnicas utilizadas na produção de mudas das mais diversas hortaliças é a
combinação de dois ou mais substratos. Este recurso permite reaproveitar dejetos que
seriam descartados da produção animal ou vegetal, incorporando esta matéria orgânica,
rica em macro e micronutrientes, ao substrato comercial ou mesmo o próprio solo,
havendo uma economia para o produtor rural, por se tratar de reaproveitamento de
dejetos, e uma prática sustentável, já que aperfeiçoa a utilização de matéria orgânica,
sem agredir o meio ambiente (MAZZUCHELLI et al., 2014).
Segundo Santos et al. (2008) a adição de quantidade adequada de estercos de
boa qualidade ao solo pode suprir as necessidades das plantas em macro nutrientes,
sendo o potássio o nutriente que atinge valor mais elevado no solo devido ao uso
contínuo.
De acordo com Menezes e Salcedo (2007), a utilização de estercos é uma
alternativa amplamente adotada para o suprimento de nutrientes, principalmente
nitrogênio e fósforo, em áreas de agricultura familiar na região semiárida e agreste do
Nordeste do Brasil. O uso de fertilizantes inorgânicos nessas regiões é pouco frequente
devido ao limitado poder aquisitivo dos produtores de baixa renda, à dificuldade de
acesso ao crédito agrícola e à elevada variabilidade na precipitação pluvial. Ainda
segundo os mesmos autores, os estercos têm sido utilizados como alternativas para o

23
suprimento de nutrientes, principalmente nitrogênio e fósforo, em áreas de agricultura
familiar na região semiárida e agreste do Nordeste do Brasil.

2.5. Esterco bovino

Em relação às fontes de matéria orgânica, o esterco bovino ou de curral, é


considerado um dos poucos com maior potencial como fertilizante. É o subproduto da
excreção de bovinos, que exerce importância para a agricultura, uma vez que quando
devidamente mineralizado melhora as condições físicas, químicas e biológicas do solo.
Sua utilização como adubo, vem se observando desde a antiguidade com a finalidade de
melhorar a estruturação do solo (PRAXEDES, 2000).
Matos et al. (2008) afirmam que a adubação orgânica, ao longo dos anos,
promove incremento do carbono orgânico total, da estabilidade dos agregados em água,
dos teores de P e de N nas diferentes classes de agregados, e diminui a relação C/N e
C/P.
De acordo com Salazar et al. (2005) a adubação orgânica com esterco bovino é
uma prática antiga, no entanto, com a introdução de fontes de fertilizantes
industrializados de alta solubilidade e concentração de nutrientes, em meados do século
19, perdeu seu prestígio. Somente nas últimas décadas, a adubação orgânica, tem
recuperado sua importância, com aumento da preocupação com os danos causados ao
meio ambiente, com a alimentação saudável e com a necessidade de dar um destino
apropriado às grandes quantidades produzidas em alguns países. Rodrigues et al. (2008)
afirmam que o esterco bovino vem sendo largamente utilizado como fonte de matéria
orgânica para o solo e nutrientes as plantas, constituindo-se em excelente alternativa no
uso de adubos minerais.
O esterco bovino tanto pode ser uma fonte de renda para o agricultor, quando o
produtor vende o produto, ou quando ele os deposita aos solos como forma de repor os
nutrientes retirados pelas culturas, uma vez que em seus estudos comprovaram que a
quantidade de nutrientes adicionados anualmente pelo esterco excede às exigências das
culturas e resulta em acumulações significativas de C, N, P, K, Ca e Mg na camada de 0
a 20 cm (SILVA GALVÃO et al., 2008).
Segundo Souza et al. (2008), o esterco bovino é uma excelente fonte de
nutrientes para cultura do melão, proporcionando também melhorias nos atributos físico
e biológicos do solo.

24
A utilização da prática da adubação orgânica além de favorecer a drenagem e
aeração do solo aumenta a retenção de água, os níveis de nutrientes e a população de
organismos benéficos no solo e na planta, melhorando o desenvolvimento radicular
(MALAVOLTA et al., 2002).

2.6. Esterco caprino

O esterco caprino é utilizado no solo como fator condicionante. Aplicações


sucessivas de esterco por um longo prazo podem elevar os estoques de nutrientes do
solo, principalmente as frações orgânicas de N e P, além do K trocável e outros
nutrientes. Segundo Melo et al. (2009), a aplicação de esterco caprino não é comum
como fonte de nutriente, havendo necessidade de incentivo a sua utilização tomando
como base seu alto valor nutritivo, sua grande disponibilidade e seu baixo custo de
aquisição.
A região Nordeste sendo responsável pela maior parte do rebanho caprino do
Brasil, o esterco destes animais representa uma importante fonte alternativa de
fertilizante para a agricultura da região, contribuindo para o aumento da produtividade
de muitas culturas. No entanto, são escassas as pesquisas na literatura com esse tipo de
esterco, quando comparados ao esterco bovino, suíno e de aves. Tornam-se interessantes
estudos que avaliem o potencial fertilizante do esterco caprino para a nutrição das
plantas e aumento da produtividade (CARVALHO, 2012).
Dantas et al. (2013) desenvolveram um trabalho com a produção do inhame em
solo adubado com fontes e doses de matéria orgânica, e constataram que a dose de 20,9
t ha-1 de esterco caprino proporcionou a máxima produtividade comercial de túberas de
14 t ha-1 e produtividade média de 10,1 t ha-1 com o uso de esterco bovino. O esterco
caprino foi superior ao bovino e a dose em torno de 20 t ha -1 de ambos os estercos
promove os maiores valores nas características avaliadas.
Vieira (1985), citado por Malavolta et al. (1991) ao realizar um trabalho com o
objetivo de comparar o esterco caprino com outras espécies de animais domésticos,
constataram que o esterco caprino é superior ao de equinos e bovinos em nitrogênio, aos
de ovinos, suínos, equinos e bovinos em fósforo e aos de ovinos, suínos, equinos e
bovinos em potássio, sendo, de forma geral, inferior apenas ao esterco de coelho e de
aves.

25
No caso de culturas permanentes é possível que a lenta disponibilização do N
aplicado como esterco no solo seja suficiente para suprir as necessidades da planta ao
longo de seu desenvolvimento. Um exemplo disso são os resultados obtidos em estudos
realizados com palma forrageira, onde a utilização de esterco animal incrementou a
produtividade desta cultura, sendo estes resultados superiores aos obtidos com o uso
isolado de fertilizantes químicos (DUBEUX Jr.; SANTOS, 2005).
Pereira et al. (2012), trabalharam com uso de fontes orgânicas como substrato na
produção de mudas de melão, e constataram que o esterco caprino se apresenta como
componente promissor de substratos alternativos para produção de mudas de melão cv.
Amarelo com elevada qualidade e uniformidade de emergência.
Em um trabalho realizado por Costa et al. (2011), trabalharam com o efeito da
adubação de plantio suplementada com adubos orgânicos na produção do melão
cantalupe e observaram que a adubação mineral promoveu maior peso médio e
produtividade de frutos comparados a adubação orgânica e os estercos bovino e caprino
para promoverem maior produção de frutos de melão devem ser aplicados na dose 65 t
ha-1 enquanto que o ovino na dose 20 t ha-1.

26
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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2008.

32
CAPÍTULO I

FERTILIDADE DE UM NEOSSOLO REGOLÍTICO CULTIVADO COM


MELOEIRO AMARELO ADUBADO COM ESTERCO BOVINO E CAPRINO

33
MALAQUIAS, J. P. Fertilidade de um Neossolo Regolítico cultivado com meloeiro
amarelo adubado com esterco bovino e caprino. Areia-PB, Centro de Ciências
Agrárias, Universidade Federal da Paraíba. Abril de 2016, 105 p. Cap. I. Dissertação
(Mestrado em Ciência do Solo). Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo:
Orientador: Prof. Dr. Walter Esfrain Pereira.

RESUMO

A adubação é uma das práticas relevantes quando se deseja implantar uma cultura em
determinada área, pelo fato de contribuir para o crescimento e o desenvolvimento das
plantas. Diante disto, este experimento teve por objetivo avaliar a influência de doses de
nitrogênio utilizando como fontes os esterco bovino e caprino sobre a fertilidade de um
Neossolo Regolítico cultivado com meloeiro amarelo. O delineamento experimental foi
em blocos casualizados, com 10 tratamentos arranjados em um fatorial 2 x 5, referente
aos estercos bovino e caprino e cinco doses de N (0, 25, 50, 75, 100 kg ha -1) de cada
fonte orgânica. As variáveis analisadas foram: pH, fósforo, potássio, sódio, alumínio,
hidrogênio mais alumínio, cálcio, magnésio, soma de bases; capacidade de troca
catiônica, saturação por bases e matéria orgânica do solo. Os dados foram submetidos a
análise de variância, sendo as médias dos dois estercos comparadas pelo teste F e os
efeitos das doses avaliados por regressão. O teor de potássio no solo adubado com
esterco caprino aumentou quadráticamente em função das doses de N, com valor
máximo estimado em 48 kg ha-1 de nitrogênio. Não foi verificado efeito das doses de N
sobre os teores de sódio, carbono, matéria orgânica, soma de bases e capacidade de
troca catiônica. O esterco caprino como fonte de N em algumas doses, proporcionou os
maiores teores de sódio, carbono, matéria orgânica, soma de bases e capacidade de troca
catiônica no solo.

Palavras-chave: Adubação, Disponibilidade de nutrientes, Atributos químicos.

34
MALAQUIAS, J. P. Fertility of an Entisol cultivated with yellow melon fertilized
with cattle manure and goat. Areia-PB, Centro de Ciências Agrárias, Universidade
Federal da Paraíba. April, 2016, 105 p. Cap. I. Dissertation (Master in Soil Science).
Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo: Adviser: Prof. Dr. Walter Esfrain
Pereira.

ABSTRACT

Fertilization is one of the relevant practical when you want to deploy a culture in a
given area, because contributing to the growth and development of plants. In view of
this, this experiment was to evaluate the influence of nitrogen using as sources the cattle
manure and goat on the fertility of an Entisol grown with yellow melon. The
experimental design was randomized blocks, with 10 treatments arranged in a factorial
2 x 5, referring to cattle and goat manure and five N rates (0, 25, 50, 75, 100 kg ha -1) of
each organic source. The variables analyzed were pH, phosphorus, potassium, sodium,
aluminum, aluminum more hydrogen, calcium, magnesium, sum of bases; cation
exchange capacity, base saturation and soil organic matter. Data were subjected to
analysis of variance and the averages of the two manures compared by F test and the
effects of doses evaluated by regression. The potassium content in the soil fertilized
with goat manure increased quadratically as a function of N levels, with maximum
estimated at 48 kg ha-1 of nitrogen. There was no effect of N rates on the levels of
sodium, carbon, organic matter, sum of bases and cation exchange capacity. The goat
manure as a source of N in some doses provided the highest levels of sodium, carbon,
organic matter, sum of bases and cation exchange capacity in the soil.

Keywords: Fertilization, Availability of nutrients, Chemical attributes.

35
1. INTRODUÇÃO

A adubação é uma das práticas relevantes quando se deseja implantar uma


cultura em determinada área, pelo fato dela contribuir para o crescimento e o
desenvolvimento das plantas. No entanto, é necessário ter conhecimento da dinâmica
dos materiais no solo e nas plantas, para desta forma garantir que os nutrientes
disponíveis nos materiais orgânicos desempenham as suas funções específicas nos seus
mais diversos sítios de atuação.
Segundo Melo et al. (2012) o melão (Cucumis melo) é originário de regiões
tropicais, desenvolve-se melhor em temperaturas elevadas, o que favorece alta
produtividade e frutos de excelente qualidade. Sendo a oitava hortaliça de fruto mais
produzida e presente entre as dez mais exportadas no mercado internacional, com cerca
de mais de 1,6 milhões de toneladas por ano (SOUSA et al., 2010).
Pela importância da cultura do meloeiro para a região Nordeste, Sales Júnior et
al. (2005), argumentam a necessidade de uma grande demanda de informações para se
definir um sistema produtivo que proporcione redução de custos, aumente a
produtividade, e alcance os padrões mínimos de qualidade dos frutos exigidos no
mercado internacional, sendo este um dos grandes desafios da fruticultura brasileira.
O manejo eficiente da adubação beneficia o meio ambiente, devido aos menores
níveis de acidificação do solo, eutrofização das águas, poluição do lençol freático e
salinização de áreas, além de beneficiar vários segmentos da sociedade como produtor,
agentes técnicos e consumidores (Cardoso, 2011).
Para que os estercos e resíduos orgânicos sejam utilizados de forma eficiente
para a adubação de cultivos agrícolas, requer o conhecimento da dinâmica de
mineralização de nutrientes, visando otimizar a sincronização da disponibilidade de
nutrientes no solo com a demanda pelas culturas, evitando a imobilização ou a rápida
mineralização de nutrientes durante os períodos de alta ou de baixa demanda,
respectivamente (HANDAYANTO et al., 1997).
O esterco pode ser utilizado como única fonte de adubo para o meloeiro, como
forma alternativa do adubo químico, podendo aumentar a rentabilidade do produtor
(RIBEIRO et al., 2014).
Costa et al. (2011) realizarem um trabalho com efeito da adubação de plantio
suplementada com adubos orgânicos na produção do melão Cantaloupe, encontraram

36
uma produtividade de 45 e 40 t ha-1 com os adubos orgânicos ovinos e caprinos,
respectivamente.
Com o objetivo de avaliar a produtividade e a pós-colheita da cultura do melão
cultivar Mirage seguimento Harper, submetida a doses e tipos de biofertilizantes na
presença e ausência de adubação mineral, Santos et al (2014), obtiveram a maior
produtividade do meloeiro (32,62 t ha -1) foi alcançada com a dose de 1,08
L/planta/semana para o biofertilizante misto e com 1,41 L/planta/semana para o bovino
(25,87 t ha-1).
Freire et al. (2009), ao trabalhar com aplicação de composto orgânico líquido via
fertirrigação na cultura do meloeiro, observaram que apesar de não ser detectada
resposta significativa, observa-se que a dose de 30 L ha-1 dia-1 proporcionou uma
produtividade de 52,95 t ha-1.
Diante disto, este experimento teve por objetivo avaliar a influência de doses de
nitrogênio utilizando como fontes os esterco bovino e caprino sobre a fertilidade de um
Neossolo Regolítico cultivado com meloeiro amarelo.

37
2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1. Localização e caracterização da área experimental

O experimento foi realizado no intervalo dos meses de julho e outubro,


implantado no sítio Queimadas localizado no município de Remígio, PB, inserido na
mesorregião do Agreste paraibano, com as coordenadas geográficas de 6° 53′ 30″ S e
35° 49′ 51″ W, a 535 m de altitude (GONDIM, 1999).
O solo da área experimental é classificado como Neossolo Regolítico
(EMBRAPA, 2013). A vegetação nativa é do tipo caducifólia com relevo suave
ondulado (BRASIL, 1972).
O clima da região pertence ao subtipo climático As‟ que corresponde ao clima
tropical (quente úmido), segundo a classificação de Köppen (1936). O clima é tido
como agradável que sofre influência dos ventos alísios de SSE-NE. Com chuvas mais
frequentes de março ou abril até julho ou agosto.

2.2. Delineamento experimental e tratamentos

O experimento foi montado seguindo um delineamento experimental em blocos


casualizados, com 10 tratamentos e três repetições. Os tratamentos foram arranjados em
um fatorial 2 x 5, referente aos esterco bovino e caprino e cinco doses de N (0, 25, 50,
75, 100 kg ha-1) de cada fonte orgânica.
As parcelas foram constituídas de quatro linhas de 1,5 m de comprimento,
espaçadas de 2,0 m entre linhas e 0,5 m entre plantas, totalizando 16 plantas por parcela,
sendo avaliadas as quatro plantas das duas linhas centrais.

2.3. Coleta e análise do solo

Antes da implantação do experimento, foi realizada coleta composta e análise do


solo para determinação das características químicas (Tabela 1), físicas (Tabela 2) na
profundidade de 0-20 cm e análise da salinidade da água (Tabela 3).
A adubação com as fontes orgânicas (esterco bovino e caprino) nas doses de 0,
25, 50, 75 e 100 kg de N ha-1, foi realizada de acordo com a análise química do solo e
dos estercos, levando em consideração o nitrogênio (N), existentes nos dois estercos
(Tabela 4).

38
Tabela 1. Propriedades químicas e da fertilidade do solo da área experimental.
Remígio, PB, 2015.
pH
H2O P K+ Na+ H++Al3+ Al3+ Ca²+ Mg²+ SB CTC V M.O
Amostra 1:2,5
--mg dm-³-- ------------------------cmolc dm-³--------------------------- % g kg-1
0-20 6,9 42,1 88,0 0,08 0,6 0,0 2,6 1,7 4,6 5,2 88,8 10,5
pH= potencial hidrogeniônico; P= fósforo; K += potássio; Na+= sódio; H+ + Al3+= hidrogênio
mais alumínio; Al3+= alumínio; Ca2+= cálcio; Mg2+= magnésio; SB= soma de bases; CTC=
capacidade de troca catiônica; V= saturação por bases e M.O.= matéria orgânica do solo.

Tabela 2. Propriedades físicas do solo da área experimental do meloeiro amarelo.


Remígio, PB, 2015.
Areia Silte Argila Argila Grau de Densidade Densidade Porosidade Umidade Classe
2-0,05 0,05- 0,002 <0,002 dispersa floculação do solo partícula total 0,01 0,33 1,5 textural
mm mm mm MPa
..................g kg-1.................. -g kg-1- -kg dm-3- -g cm-3- Kg dm-3- -m-3 m-3- ......g kg-3........
Areia
859 77 64 24 609 1,45 2,65 0,45 69 - 37
franca

Tabela 3. Análise de salinidade da água da área experimental do meloeiro amarelo.


Remígio, PB, 2015.
pH CE Ca++ Mg++ Na+ K+ SO4-2 CO3-2 HCO3- CI- RAS PST CLAS
dSm-1 a 25ºC .........................................mmolc L-1.........................................
7,23 3,31 41,85 58,15 18,5 0,25 0,42 0,0 25,5 193,5 2,62 2,53 C4S1
CE: condutividade elétrica a 25º C; RAS: relação de adsorção de sódio; PST:
percentagem de sódio trocável e CLAS: classificação.

Tabela 4. Teores de nutrientes dos estercos utilizados nos tratamentos do


meloeiro amarelo. Remígio, PB, 2015
N P K
Esterco
---------------g/kg---------------
Bovino 16 9,66 1,56
Caprino 37 8,34 7,03
N= nitrogênio; P= fósforo; K= potássio.

Os estercos bovino e caprino foram obtidos no Centro de Ciências Agrária, da


Universidade Federal da Paraíba (CCA/UFPB). Após os estercos estarem curtidos,
foram encaminhados para o Laboratório de Solos e Engenharia Rural

39
(DSER/CCA/UFPB), para determinação dos teores de nutrientes conforme metodologia
de Tedesco (1995) e análise de salinidade da água, seguindo a metodologia de
(RICHARDS, 1954).
As variáveis analisadas para a química e fertilidade do solo foram, pH=
potencial hidrogeniônico; P= fósforo; K+= potássio; Na+= sódio; Al3+= alumínio; H+ +
Al3+= hidrogênio mais alumínio; Ca2+= cálcio; Mg2+= magnésio; SB= soma de bases;
CTC= capacidade de troca catiônica; V= saturação por bases e M.O.= matéria orgânica
do solo. Foram coletadas quatro amostras simples entre as plantas centrais de cada
tratamento, com o auxílio de um trado holandês, as quais foram homogeneizadas para a
obtenção de uma amostra composta, e acondicionadas em sacos plásticos com
capacidade para 3 kg, e secas ao ar até atingirem massa constante. Depois de secas, as
amostras de solos foram peneiradas em peneiras de 2,0 mm e encaminhadas para a
análise no Laboratório de Química e Fertilidade do Solo do Departamento de Solos e
Engenharia Rural (DSER) da UFPB, seguindo a metodologia da EMBRAPA (1997).

2.4. Preparo da área, adubação e plantio

Antes da implantação do experimento, foi realizado uma aração na área do


campo experimental há uma profundidade de 35 cm de profundidade, para facilitar o
manejo e os tratos culturais do meloeiro durante todo o período de desenvolvimento da
cultura.
Logo após, realizou-se as aberturas das covas, com 30 cm de diâmetro e 25 cm
de profundidade, com espaçamento entre plantas e linhas de 0,50 e 2,00 m
respectivamente, sempre deixando uma distância de 1,50 m entre tratamento.
Na sequência, foi realizado a adubação em função da exigência da cultura, sendo
toda em fundação de acordo com a necessidade nutricional do meloeiro com doses de 0,
25, 50, 75 e 100 kg de nitrogênio ha-1 (Costa, 2007). Para uma melhor homogeneização
dos estercos com o solo, colocou-se metade dos estercos dentro e fora da cova.
No dia 4 de agosto de 2015 foi realizado o plantio do meloeiro amarelo com
semeadura direta de duas sementes por cova, na profundidade de 2 a 3 cm.
Objetivando manter a capacidade de campo na área do experimento para a
cultura do meloeiro, foi implantado um sistema de irrigação por gotejamento, sendo
utilizado uma água com a classificação C4S1 (Tabela 3), ou seja, com muito alto risco
de salinidade e baixo risco de sodicidade. Onde foi necessário irrigar a área por uma

40
hora e meia diário, totalizando 2 L de água por planta. Foi estabelecido de acordo com a
necessidade hídrica da cultura e com base na tabela de Evapotranspiração Potencial
(ETP) (Hargreaves, 1976) para o município de Areia- PB, isto pelo fato da área
experimental estar bem próxima e Remígio não possui estes dados.

2.5. Condução da cultura

Aos 15 dias após a semeadura, realizou-se o desbaste com o auxílio de uma


tesoura, deixando apenas uma planta por cova. Sempre quando necessário, foi realizado
o controle das ervas daninhas através do uso de um arador de solo (Tratorito: 6.5) e
enxadas.

2.5.1. Controle fitossanitário

Aos 22 dias após a semeadura, realizou-se o primeiro controle sanitário das


plantas, aplicando o produto de composição fungicida (biológico) entopatogênico, a
Beauveria bassiana, utilizando o borrifador manual com capacidade de 500 ml.
Quando as plantas já tinham atingidos 51 dias de idade, começou o aparecimento
de sintomas de míldio nas folhas do meloeiro amarelo, sendo necessário fazer
aplicações de fungicida para o seu controle a base de sulfato de cobre e cal
virgem/hidratada (calda bordalesa à 10%). Aos 58 dias de idade e com os frutos
totalmente formados foi necessário a realização do controle da broca - do - fruto com o
produto químico Dipel com princípio ativo da bactéria Bacillus thuringiensiso, que
causa paralisia no sistema digestivo e septicemia nas lagartas.

2.5.2. Calçamento dos frutos do meloeiro amarelo

Aos 55 dias de idade da planta foi realizado o calçamento dos frutos do meloeiro
amarelo com capim pangola (Digitaria decumbens) e búffel (Cenchrus ciliaris L.)
secos, para evitar o contato do melão com o solo, reduzindo assim apodrecimento dos
frutos e revirando eles a cada dois dias, para não causar danos químicos e físicos nos
frutos.

2.6. Variáveis estudadas

41
As variáveis analisadas para avaliar a fertilidade do solo foram, pH = potencial
hidrogeniônico; P = fósforo; K+ = potássio; Na+= sódio; Al3+ = alumínio; H+ + Al3+ =
hidrogênio mais alumínio; Ca2+ = cálcio; Mg2+ = magnésio; SB = soma de bases; CTC =
capacidade de troca catiônica; V = saturação por bases, C = carbono e M.O = matéria
orgânica do solo numa profundidade de 20 cm. As analises foram feitas de acordo com
metodologia da EMBRAPA (1999).

2.7. Análise estatística

Os dados foram submetidos a análise de variância, sendo as médias dos dois


estercos comparadas pelo teste F e os efeitos das doses avaliados por regressão
utilizando o software SAS 9.4 (2015).

42
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Atributos químicos e a fertilidade do solo

Não foi verificado efeito significativo da interação fontes versus doses de esterco
bovino e caprino sobre o potencial hidrogeniônico (pH), fósforo (P), cálcio (Ca2+),
magnésio (Mg2+), acidez potencial (H + Al3+) e saturação por bases (V%), com estar
especificado nas tabelas 10, 11, 12 e 14 do anexo.

3.1.1 Teor de potássio

O teor de potássio no solo adubado com esterco caprino aumentou


quadráticamente em função das doses de N, com valor máximo estimado em 48 kg de
nitrogênio, com posterior decréscimo (Figura 1). Por outro lado, a adubação com doses
de esterco bovino não influenciou o teor de potássio, com valor médio de 66,1 mg dm-3.
Este aumento pode ter ocorrido pelo maior teor de potássio presente no esterco
caprino 7,03 g kg-1(Tabela 2) em relação ao bovino, além do Neossolo Regolítico já
possuir grandes quantidades 88,0 mg dm-3(Tabela 1), e este nutriente ter uma liberação
mais rápido. Freitas et al. (2012), afirmam que o potássio contido nos estercos caprino e
bovino foi o nutriente mais rapidamente liberado nos primeiros 30 dias experimental, a
quantidade de K+ liberada registrada atingiu valores médios 0,3339 e 0,1701g,
respectivamente. Oliveira (2008) afirma que estes solos possuem de médio a grandes
reservas de potássio, para as plantas. O decréscimo com o aumento das doses de N, deve
ter sido por causa do aumento da disponibilidade de potássio no solo, por ele já estar
suprido com valor médio de 169,3 mg dm-3, valor superior do necessário para suprir a
necessidade das plantas.
De acordo com Cavalcanti (2008) valores de 120 mg dm-³ de potássio são
admitidos como adequado às plantas. E além dos baixos teores de cátions trocáveis
nestes solos, isto por estarem relacionados à natureza do material de origem e à
constituição essencialmente arenosa desses solos (SANTOS et al., 2012).
Pimentel et al. (2009), com o objetivo de avaliar os teores de P, K, Ca, Mg e o
valor de pH do solo, em consórcio de alface e cenoura, adubado com composto
orgânico, observaram que o teor de K+ trocáveis responderam às doses de compostos
orgânicos, independente do composto utilizado.

43
Em um trabalho com mudas de atemoeira, Alves (2012) afirma que com o
aumento das doses de esterco para substratos, ocorreu um aumento do teor de potássio
no solo.
Resultados semelhantes aos resultados encontrados nesta pesquisa, foram
encontrados por Gomes et al. (2005), que ao avaliar os efeitos das adubações orgânica e
mineral sobre a produtividade da cultura do milho e nas características físicas e
químicas de um Argissolo Vermelho-Amarelo, concluíram que a utilização do
composto orgânico propiciou aumento dos níveis de carbono orgânico, cálcio,
magnésio, potássio e fósforo do solo.
Pires et al. (2008), comparando o efeito de diferentes fontes de adubos orgânicos
com os da adubação mineral tradicional na cultura do maracujazeiro-amarelo, nas
características químicas e físicas em diferentes profundidades do solo, constataram que
o tratamento adubado com esterco bovino mostrou-se eficiente em aumentar o potássio
disponível no solo, em comparação com o adubo mineral.
De acordo com Nascimento et al. (2015) em solos que apresente alto teor de K+
há necessidade do fornecimento de fontes de Ca 2+ e Mg2+ ao solo para balancear os
teores e favorecer a absorção equilibrada de todos os nutrientes.

400
ŷC= 76,669 + 8,4805x -0,0884*x2 R² = 82,0 %
300
K+ (mg dm-³)

200

ŷB= 66,1
100

0
0 25 50 75 100
Doses de N (kg ha-1)
Bovino (---) Caprino (.....)

*: Significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.

Figura 1. Teor de potássio no solo adubado com doses de esterco bovino e caprino.

3.1.2 Teor de sódio

Não foi verificado efeito das doses de nitrogênio sobre o teor sódio no solo. Por
outro lado, na dose de 25 kg ha-1 de N, a aplicação do esterco caprino resultou em maior

44
teor de sódio (Tabela 5), sem diferença nas demais doses. Este resultado pode estar
relacionado tanto com à ração que é oferecida aos animais, por ela possui altas
quantidades de sódio que é utilizado com um palatabilizante de alimentos quanto pelo
índice salino presente na água que foi utilizado na irrigação (Tabela 4). Mendes (2012)
encontrou valor médio de 0,11 cmolc dm-³ de sódio, quando aplicado silício, cálcio e
magnésio na primeira safra de atemoeira, valores estes menores que os obtidos neste
trabalho.
Com o objetivo de avaliar as alterações das características químicas do solo e a
resposta produtiva da alface adubada com compostos orgânicos confeccionados
artesanalmente a partir de resíduos e/ou matérias-primas, Oliveira et al. (2014),
constataram que, com a elevação de doses dos compostos orgânicos por ocasião da
adubação da alface favorece o aumento sódio trocável no solo.
De acordo com Silva et al. (2010) citam que teores excessivos de sódio em solos
devem ser monitorados, uma vez que grandes proporções nos sítios de troca reduzem a
atração eletrostática entre as partículas, ocasionando expansão e dispersão das argilas o
que, por sua vez, leva à desagregação das partículas, destruindo a estrutura do solo.
Silva Júnior et al. (2009) observaram que em solos salinizados surgem
problemas físicos, químicos e biológicos devido à deficiência de matéria orgânica, se
destacando a redução da capacidade de retenção de água, da agregação do solo, baixa
capacidade de troca de cátions e da atividade microbiana.

Tabela 5. Médias do teor de sódio cmolc kg-1 em Neossolo Regolítico adubado com
doses de esterco bovino e caprino.
Esterco Doses de N (kg ha-1)
0 25 50 75 100
Bovino 1,0 a 0,8 b 1,0 a 0,9 a 0,7 a
Caprino 0,7 a 1,2 a 0,9 a 0,9 a 0,9 a
Médias seguidas das mesmas letras nas colunas são iguais entre si pelo teste F até 10% de probabilidade

3.1.3 Teor de carbono

Não houve efeito das doses de nitrogênio sobre o teor de carbono no solo, no
entanto, na dose de 25 kg ha-1 de N, o esterco caprino resultou no maior teor de carbono
(Tabela 6). Isto pode ter ocorrido por causa da quantidade de microrganismos
decompositores dos compostos orgânicos, quando aumentou as doses de N ocorreu uma

45
diminuição da atividade microbiológica nestes compostos, além do período que foi
insuficiente para a degradação e meralização dos materiais orgânicos. Freitas et al.
(2012, constataram que a quantidade de N liberada no esterco bovino aumentou ao
longo do tempo, já no esterco caprino observou-se uma maior liberação nos trinta dias
inicias, seguida de imobilização até os 90 dias.
Com o objetivo de avaliar a velocidade de decomposição de estercos dispostos
em diferentes profundidades, Souto et al. (2005) concluíram que o esterco asinino
apresentou maior resistência à decomposição do que os demais estercos: ovino, caprino
e bovino e a maior taxa de decomposição durante o período experimental foi dos
estercos bovino e caprino, a velocidade de decomposição dos estercos foi mais intensa a
10,0 cm de profundidade, comparada com a das amostras na superfície, sendo
favorecida pela umidade e temperatura do solo.
Segundo Dieckow et al. (2004) o carbono é o elemento presente em maior
concentração na matéria orgânica do solo, geralmente 58%, portanto, possuiu um papel
fundamental nas funções que a matéria orgânica exerce sobre as propriedades físicas,
químicas e biológicas do solo e, por conseguinte, sobre a qualidade do solo.
Souto et al. (2013) realizaram um trabalho com liberação de nutrientes de
estercos em Luvissolo no semiárido paraibano, observaram que a liberação de cada
nutriente estudado apresentou comportamento diferenciado durante o período
experimental, e a liberação de nutrientes dos estercos distribuídos na superfície do solo
e incubados a 10,0 cm de profundidade apresentou pouca variação na fase inicial do
período experimental.

Tabela 6. Médias do teor de carbono (g kg-1) em Neossolo Regolítico adubado com


doses de esterco bovino e caprino.

Esterco Doses de N (kg ha-1)


0 25 50 75 100
Bovino 4,8 a 3,6 b 4,6 a 4,9 a 4,8 a
Caprino 4,5 a 5,3 a 3,6 a 4,9 a 4,8 a
Médias seguidas das mesmas letras nas colunas são iguais entre si pelo teste F até 10% de probabilidade

46
3.1.4 Teor de matéria orgânica

Não foi observado efeitos das doses de nitrogênio sobre o teor de matéria
orgânica. Por outro lado, na dose de 25 kg ha-1 de N, a aplicação do esterco caprino
proporcionou maior teor matéria orgânica (Tabela 7). Pode ter ocorrido, pelo fato do
esterco caprino possuir um maior teor de nitrogênio em relação ao do esterco bovino,
contribuindo para uma maior degradação da matéria orgânica pelos microrganismos.
Faria et al. (2007) ao avaliar o efeito de adubos verdes associados à calagem e
adubação mineral e orgânica nos atributos químicos do solo e na produtividade e
qualidade do melão (Cucumis melo) irrigado, observaram que na camada de 0–10 cm
houve aumento nos teores de potássio e matéria orgânica do solo em todos os
tratamentos, exceto nos teores de potássio no milho + caupi.
Estudando a fertilização orgânica em batata-doce, Santos et al. (2009),
encontraram teores de 20,66 g kg-1 de matéria orgânica após a sua colheita com 40,3 t
ha-1 de esterco bovino. Artur et al. (2007), afirmam que o esterco é um componente
importante do substrato, particularmente por aumentar o teor de matéria orgânica.
As fontes de matéria orgânica usadas na produção de hortaliças que se destacam
são o esterco bovino, caprino e de galinha (Oliveira et al., 2013). O esterco bovino é
considerado a fonte de matéria orgânica mais utilizada atualmente pelos produtores de
hortaliças e por apresentar, na sua composição, nitrogênio, fósforo e potássio (Santos et
al., 2010).
Segundo Kiehl (1985) ao adicionar matéria orgânica no solo, ocorre uma série
de benefícios, que refletem sobre os rendimentos das culturas. Uma das principais
vantagens é a incorporação ao solo de dois elementos químicos essenciais que não
existem no material de origem: carbono e nitrogênio. Além desses, a matéria orgânica,
também fornece 80% do fósforo total encontrado no solo, além de enxofre (PIRES e
JUNQUEIRA, 2001).
O emprego da fertilização orgânica com esterco bovino e biofertilizante no
cultivo do inhame é um forte aliado para se buscar melhoria as características do solo,
uma vez que elevou o pH e o teor de matéria orgânica após o cultivo (SILVA et al.,
2011).
Oliveira et al (2010) e Silva et al. (2012), afirmam que as hortaliças respondem à
adubação com matéria orgânica apresentando resultados excelentes, tanto em produção
como na qualidade dos produtos obtidos, especialmente em solos pobres, por ser

47
considerada eficiente como um agente condicionador do solo capaz de melhorar
substancialmente as condições de seu cultivo pelo aumento da capacidade de retenção
de água, aumento da disponibilidade de nutrientes em forma assimilável pelas raízes,
tais como nitrogênio, fósforo, potássio e enxofre.
Ao avaliar a produtividade de frutos de maxixe adubado com esterco bovino e
biofertilizante, Oliveira et al. (2014), constataram que o teor de matéria orgânica no solo
aumenta à medida em que as doses de matéria orgânica também aumentam.

Tabela 7. Médias do teor de matéria orgânica (g kg-1) em Neossolo Regolítico adubado


com doses de esterco bovino e caprino.

Esterco Doses de N (kg ha-1)


0 25 50 75 100
Bovino 16,5 a 12,5 b 15,9 a 17,0 a 16,6 a
Caprino 14,4 b 18,3 a 12,5 a 17,0 a 16,6 a
Médias seguidas das mesmas letras nas colunas são iguais entre si pelo teste F até 10% de probabilidade.

3.1.5 Teor de soma de bases

Não foi constatado efeito das doses de nitrogênio sobre o teor da soma de bases
no solo. No entanto, na dose de 25 kg ha -1 de N, a aplicação do esterco caprino resultou
em maior teor de soma de bases (Tabela 8). Estes resultados estão correlacionados com
altos teores de potássio (K+) e sódio (Na+) obtidos neste trabalho (Figura 1 e Tabela 5).
Ao avaliar a influência do uso de fontes e doses de fertilizantes na produtividade da
cultura da batata-doce e em propriedades físicas e químicas do solo, Rós et al. (2014),
observaram que a soma de bases apresentou comportamento estimado linear crescente
com o incremento das doses dos fertilizantes, no entanto, os valores da soma de bases
apresentaram incremento superior a 100% na maior dose em relação ao não uso de
fertilizantes.
Dim et al. (2010) analisando o efeito de resíduo de sólidos de frigoríficos (RSF)
sobre a produção do Panicun maximun cv. Mombaça e, ainda, avaliar as propriedades
físicas e químicas do solo submetido a cada nível de adubação, constatou que a
saturação por bases no solo teve aumento e depois estabilizou já que grande quantidade
de cátions foi adicionada pelo resíduo orgânico, o que elevou também a CTC e, assim,
aumentou o número de cátions que esse solo pode reter.

48
Ao quantificar as concentrações de carbono e nutrientes em solos de áreas
adubadas e não adubadas com esterco, Galvão et al. (2008) verificaram incrementos de
Ca2+, Mg2+ e K+ quando utilizaram esterco bovino em Neossolo.
Ao realizar um trabalho de pesquisa com as características químicas do solo e
produção de biomassa de alface adubada com compostos orgânicos, Oliveira et al.
(2014), observaram que com a elevação de doses dos compostos orgânicos por ocasião
da adubação da alface favorece o aumento da soma de bases no solo.

Tabela 8. Médias do teor de soma de bases cmolc kg-1 em Neossolo Regolítico adubado
com doses de esterco bovino e caprino.

Esterco Doses de N (kg ha-1)


0 25 50 75 100
Bovino 5,9 a 5,1 b 5,9 a 5,1a 5,6 a
Caprino 5,4 a 7,0 a 5,3 a 6,4 a 6,3 a
Médias seguidas das mesmas letras nas colunas são iguais entre si pelo teste F até 10% de probabilidade

3.1.6 Capacidade de troca catiônica

Não foi verificado efeito das doses de nitrogênio sobre os valores da capacidade
de troca catiônica no solo. Por outro lado, na dose de 25 kg ha-1 de N, a aplicação do
esterco caprino resultou em maior teor da capacidade de troca catiônica (Tabela 9). Fato
este, podendo ser explicado, devido à ausência de alumínio (Al3+) e baixas
concentrações de hidrogênio + alumínio (H + Al 3+) no solo desta pesquisa. Com a CTC
tem-se a ideia do potencial de bases trocáveis que o solo pode reter em forma
disponível, caso sua acidez seja corrigida.
Estes resultados corroboram com os dados de Santos et al. (2001), com aumento
de doses de composto aplicadas em solo cultivado com alface, observaram o aumento
linear dos teores de bases trocáveis, P e CTC do solo. Brito et al. (2005) observaram
maiores aumentos no teor da CTC do solo, quando adubado com esterco ovino.
Com relação à capacidade de troca catiônica (CTC), Costa e Valeri (2012)
avaliando em casa de vegetação os efeitos da aplicação de doses de esterco bovino
associadas com calagem na fase de implantação de mudas com idade de plantio no
campo, produzidas a partir de sementes de quatro árvores matrizes de Corymbia
citriodora, observaram que a adubação com o esterco bovino elevou o valor de 47,70

49
para 59,40 cmolc dm-3, valores estes superiores aos obtidos nesta pesquisa, que está
associado ao aumento do teor de matéria orgânica de 16,54 para 21,18 g dm -3. O esterco
é um componente importante do substrato, particularmente por aumentar o teor da CTC
(ARTUR et al., 2007).
Os compostos orgânicos obtidos de (resíduos orgânicos, doméstico, urbano e
industrial) e (composto comercial - Greenworld) melhoram de forma significativa a
característica química, em especial a capacidade de troca catiônica do solo (OLIVEIRA
et al., 2014).

Tabela 9. Médias do teor da capacidade de troca catiônica cmolc dm-1 em Neossolo


Regolítico adubado com doses de esterco bovino e caprino.

Esterco Doses de N (kg ha-1)


0 25 50 75 100
Bovino 6,6 a 5,9 b 6,7 a 6,0 a 6,4 a
Caprino 6,1 a 7,7 a 6,1 a 7,0 a 7,2 a
Médias seguidas das mesmas letras nas colunas são iguais entre si pelo teste F até 10% de probabilidade

50
4. CONCLUSÕES

O teor de potássio no solo adubado com esterco caprino aumentou


quadráticamente em função das doses de N, com valor máximo estimado em 48 kg ha-1
de nitrogênio;
Não foi verificado efeito das doses de N sobre os teores de sódio, carbono,
matéria orgânica, soma de bases e capacidade de troca catiônica;
O esterco caprino como fonte de N em algumas doses, proporcionou os maiores
teores de sódio, carbono, matéria orgânica, soma de bases e capacidade de troca
catiônica no solo.

51
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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incubado com diferentes adubos orgânicos. Revista Brasileira de Ciências Agrária,
v.4, n.4, p.378-382, 2009.

57
CAPÍTULO II

TROCAS GASOSAS E TEORES FOLIARES DE N, P e K EM MELOEIRO


AMARELO EM NEOSSOLO REGOLÍTICOADUBADO COM ESTERCO
BOVINO E CAPRINO

58
MALAQUIAS, J. P. Trocas gasosas e teores foliares de N, P e K em meloeiro
amarelo em Neossolo Regolítico adubado com esterco bovino e caprino. Areia-PB,
Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Paraíba. Abril de 2016, p. 105.
Cap. II. Dissertação (Mestrado em Ciência do Solo). Programa de Pós-graduação em
Ciência do Solo: Orientador: Prof. Dr. Walter Esfrain Pereira.

RESUMO

A literatura científica apresenta informações sobre o uso de fontes orgânicas no


crescimento e produtividade do meloeiro, mas artigos envolvendo os efeitos da
adubação orgânica sob trocas gasosas e teores de N, P e K ainda são restritos. Este
experimento teve como objetivo avaliar a influência de doses de nitrogênio fornecidos
por estercos bovino e caprino sobre as trocas gasosas e os teores foliares de N, P e K em
plantas de meloeiro amarelo em Neossolo Regolítico. O delineamento experimental foi
em blocos casualizados, com 10 tratamentos arranjados em um fatorial 2 x 5, referente
aos estercos bovino e caprino e cinco doses de N (0, 25, 50, 75, 100 kg ha -1) de cada
fonte orgânica. As variáveis analisadas foram: concentração interna de CO2,
condutância estomática, taxa de transpiração, taxa fotossintética, eficiência de
carboxilação e do uso da água, teores foliares de nitrogênio, fósforo e potássio. Os
dados foram submetidos a análise de variância, as médias referentes aos estercos foram
comparadas pelo teste F e das doses de N avaliados por regressão. As doses de esterco,
independentemente da fonte, elevaram a taxa de transpiração (E), taxa de fotossíntese
(A) e a eficiência de carboxilação (A/Ci) e diminuíram a concentração interna de CO 2.
O esterco bovino proporcionou maiores teores foliares de nitrogênio, fósforo e potássio
nas plantas e supriu-as nutricionalmente de forma adequada, em comparação com o
esterco caprino.

Palavras-chave: Fontes orgânicas, Atividade fotossintética, Análise de folha.

59
MALAQUIAS. J. P. Gas exchange and N, P and K content in leaves of yellow melon
in Entisol fertilized with cattle manure and goat. Areia-PB, Centro de Ciências
Agrárias, Universidade Federal da Paraíba. April, 2016, p. 105. Cap. II. Dissertation
(Master in Soil Science). Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo: Adviser:
Prof. Dr. Walter Esfrain Pereira.

ABSTRACT

The scientific literature provides information on the use of organic sources on growth
and yield of melon, but articles involving the effects of organic fertilization on gas
exchange and levels of N, P and K are still restricted. This experiment aimed to evaluate
the influence of nitrogen provided by manure cattle and goats on gas exchange and leaf
contents of N, P and K in plant yellow melon in Entisol. The experimental design was
randomized blocks, with 10 treatments arranged in a factorial 2 x 5, referring to cattle
and goat manure and five N rates (0, 25, 50, 75, 100 kg ha -1) of each organic source.
The variables analyzed were: internal CO2 concentration, stomatal conductance,
transpiration rate, photosynthetic rate, carboxylation efficiency and water use, foliar
nitrogen, phosphorus and potassium. Data were subjected to analysis of variance and
the averages of the two manures compared by F test and the effects of doses evaluated
by regression. Doses of manure, irrespective of the source, increased transpiration rate
(E), photosynthesis rate (A) and carboxylation efficiency (A / C) and decreased internal
CO2 concentration. The manure cattle provided higher foliar nitrogen, phosphorus and
potassium in plants and supplied them nutritionally properly compared with goat
manure.

Keywords: Organic sources, Photosynthetic activity, Leaf analysis.

60
1. INTRODUÇÃO

A horti-fruticultura contribui diretamente na economia do País, através do valor


das exportações e mercado interno, e pode-se salientar ainda a importância no caráter
econômico-social, uma vez que está presente em todos os estados brasileiros, sendo
responsável pela geração de 5,6 milhões de empregos diretos, o equivalente a 27 % do
total da mão de obra agrícola do País (Fachinello et al., 2011). Segundo os mesmos
autores, o setor de fruticultura está entre os principais geradores de renda, emprego e de
desenvolvimento rural do agronegócio nacional. Buainain e Batalha (2007), citam que a
atividade hort-frutícola possui elevado efeito multiplicador de renda e, portanto, com
força suficiente para dinamizar economias locais estagnadas e com poucas alternativas
de desenvolvimento.
Viana et al. (2013), afirmam que apesar da disponibilidade de informações
referenciando o uso de fontes orgânicas no crescimento e na produtividade do meloeiro,
os artigos envolvendo os efeitos da adubação orgânica e trocas gasosas nesta olerícola
ainda são restritos na literatura científica, situação que evidencia que estudos desta
natureza para compreender mais eficientemente os processos do potencial fotossintético
do meloeiro, devem ser estimulados.
De acordo com Paiva et al. (2005), a verificação das trocas gasosas é uma
importante ferramenta na determinação da adaptação das plantas a determinados
ambientes de cultivo, porque a redução na produtividade das plantas pode estar
relacionada à redução na atividade fotossintética, podendo ela ser limitada por fatores
inerentes ao local de cultivo.
Dalastra et al. (2014), com o objetivo de avaliar as trocas gasosas e sua
influência na produtividade e qualidade de três cultivares de melão conduzidas com um
e dois frutos por planta, concluíram que as diferenças nos índices de trocas gasosas para
as cultivares de melão do tipo pele de sapo não influenciaram na produtividade e no teor
de sólidos solúveis. Como melão do tipo amarelo e do tipo rendilhado recomendam-se
as cultivares Goldex e Louis, respectivamente. Independente do cultivar, recomenda-se
o cultivo de melão com dois frutos por planta, por assim as plantas apresentarem maior
produtividade sem alterar de forma expressiva os índices de trocas gasosas delas.
Segundo Timóteo et al. (2010) e Melo et al. (2012), a nutrição mineral adequada
das plantas pode influenciar no desenvolvimento vegetal e na qualidade da produção
obtida, no entanto, os macro nutrientes nitrogênio e potássio são acumulados em

61
maiores proporções pela cultura do meloeiro, exercendo incrementos na produção e na
qualidade dos frutos. Prado (2008), afirma que o nitrogênio é essencial para a síntese de
aminoácidos pois influencia no desenvolvimento e na absorção de potássio enquanto o
potássio influencia positivamente na produção de suco, conteúdo de sólidos solúveis, na
acidez total e na espessura da casca.
Ao realizarem um trabalho com o objetivo de avaliar o estado nutricional das
plantas de melão sob o efeito de níveis crescentes de adubo orgânico na presença da
adubação mineral, Oliveira et al. (2010) observaram que ao final do ciclo da cultura (75
dias após a semeadura) as folhas estavam nutricionalmente equilibradas em K e Ca, mas
deficientes em N, P e Mg.
Este experimento teve como objetivo avaliar a influência de doses de nitrogênio
fornecidos por estercos bovino e caprino sobre as trocas gasosas e os teores foliares de
N, P e K em plantas de meloeiro amarelo em Neossolo Regolítico.

62
2. MATERIAL E MÉTODOS

Pelo fato da metodologia ser igual para os três capítulos, ela não será exposta
aqui, ou seja, para não repetir os mesmos enunciados, excetos as variáveis estudadas e
análise estatística.

2.1 Variáveis estudadas

Foram avaliadas as seguintes variáveis: a concentração interna de CO2 na


câmara subestomática (Ci – μmol mol-1), a condutância estomática de vapores de água
(gs – mol m-1 s-1), a taxa de transpiração (E – mol H2O m-2 s-1), a taxa fotossintética (A –
μmol m-2 s-1), eficiência de carboxilação (A/Ci - μmol.m-2.s-1), e eficiência do uso da
água (A/E - μmol CO2 (mmol H2 O)-1.
As avaliações das trocas gasosas foram feitas em campo, aos 45 dias de idade da
planta no período de (floração/frutificação) no intervalo de tempo das 8:00 às 11:00
horas. As leituras foram realizadas nas quatro folhas das linhas centrais de cada
tratamento, na quinta folha excluindo o tufo apical, onde foram aferidas as leituras
próximas as extremidades da folha de meloeiro amarelo, evitando ao máximo as
nervuras das folhas para não se ter tantas interferências na leitura, com o auxílio de um
sistema portátil de análise de gases a infravermelho (IRGA LCA4 – ADC Instruments).
As variáveis analisadas para os teores foliares foram nitrogênio, fósforo e
potássio. Para isto, foram coletadas aos 45 dias de idade da planta no período de
(floração/frutificação) quatro folhas de 4 plantas das linhas centrais de cada tratamento,
na quinta folha excluindo o tufo apical. As quais foram lavadas com água destilada e
acondicionadas em sacos de papel e postas para secar em estufa de circulação de ar a
65°C até atingirem massa constante. Depois de secas, as folhas foram moídas em um
moinho tipo Willey e encaminhadas para a análise no Laboratório de Tecido Vegetal do
Departamento de Solos e Engenharia Rural (DSER) da UFPB, seguindo a metodologia
de Tedesco (1995) para material vegetal.

2.2. Análise estatística

Os dados foram submetidos a análise de variância, as médias referentes aos


estercos foram comparadas pelo teste F e das doses de N avaliados por regressão
utilizando o software SAS 9.4 (2015).

63
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1. Trocas gasosas

A interação fontes versus doses de esterco bovino e caprino não exerceram


efeitos significativos sobre nenhum componente das trocas gasosas, além da
condutância estomática (gs) não ter sofrido efeito nem dos estercos e nem das doses
como indicam as tabelas 15, 16 e 17 do anexo.

3.1.1 Concentração interna de CO2

A concentração interna de CO2 (Ci) decresceu linearmente a medida que foi


aumentada as doses de nitrogênio (Figura 1), nos dois estercos bovino e caprino, com
médias de 249,1 e 232,7 (μmol mol-1) respectivamente. Estes valores podem ser
explicados por este nutriente ser responsável pela diferenciação celular, quanto maior a
quantidade de N absorvida pela planta, maior será sua área foliar ou a planta ter passado
por estresse hídrico. Estes valores são semelhantes aos encontrado por Dalastra et al.
(2014), que ao avaliar as trocas gasosas e sua influência na produtividade e qualidade de
cultivares de melão conduzidas com um e dois frutos por planta, constataram valores de
concentração interna de CO2 (μmol mol-1) 246,75, 238,18 e 242,38 nas cultivares
Sancho, Medellin e Grand prix respectivamente.
Segundo Meloni et al. (2003), a redução ou o aumento da Ci dependerá do nível
de estresse a que a planta foi submetida. Já para Prado et al. (2001) essa diminuição é
atribuída à redução na aquisição de CO2 pelo fechamento estomático.
De acordo com Nascimento (2009), a limitação estomática seria o fator principal
da limitação do desempenho fotossintético, pois quanto maior a abertura estomática
maior a difusão de CO2 para a câmara subestomática.
Daley et al. (1989) afirmam que a redução da condutância estomática pode
limitar a taxa de retenção de CO2 e, consequentemente, a Ci diminui nos espaços
intercelulares devido ao consumo de CO2 pela atividade fotossintética.
A manutenção da concentração interna de CO2 associada com a baixa taxa de
assimilação de CO2, pode ocasionar um aumento na susceptibilidade a danos
fotoquímicos, pois reduções na assimilação de CO 2 causam excesso de energia
luminosa no fotossistema II, constituindo uma resposta indireta do fechamento
estomático (SILVA et al., 2010).

64
A luz, a disponibilidade hídrica e a umidade relativa do ar são os principais
fatores ambientais que afetam o comportamento estomático das plantas, onde condições
propicias a fixação de carbono favorecem a abertura do estômato, enquanto condições
propicias a perda de água favorecem seu o fechamento (MACHADO et al., 1994).

300
ŷB = 264,6 - 0,32#x R² = 47,4 %
280
Ci (μmol mol-1 )

260

240

220
ŷC = 251,8 - 0,392*x R² = 53,8 %
200
0 25 50 75 100
Doses de N (kg ha-1)
Bovino (---) Caprino (.....)

#, *: Significativo a 10 e a 5% de probabilidade pelo teste F.

Figura 1. Concentração interna de CO2 na câmara subestomática do meloeiro em


Neossolo Regolítico adubado com doses de esterco bovino e caprino.

3.1.2 Taxa de transpiração

A taxa de transpiração, aumentou linearmente com o aumento das doses de


nitrogênio (Figura 2). No entanto, não foi verificado efeito dos estercos bovino e
caprino e nem da interação na taxa de transpiração. Pode ter ocorrido em função do
aumento das doses de N, pelo fato de ter ocorrido o aumento da biomassa da planta,
maximizando a fotossíntese liquida na folha, com isso ter exercido algum estresse
hídrico nas plantas. Valores inferior aos obtidos nesta pesquisa foram encontrados por
Dalastra et al. (2014), em três variedades de meloeiro 4,41, 4,48 e 4,64 (mol H2O m-2 s-
1
) Sancho, Medellin e Grand prix respectivamente.
Lopes et al. (2011) afirmam que com a elevação na produção de biomassa na
planta, há também o aumento da fotossíntese líquida do dossel e consequentemente da
demanda hídrica das plantas com maior absorção de água pelas raízes.

65
Oliveira et al. (2002) afirmam que o déficit hídrico causa redução sobre a
condutância estomática e taxas de transpiração, sendo essas reduções acompanhadas
paralelamente pela queda do potencial de água na folha.
De acordo com Magalhães Filho et al. (2008), o fechamento dos estômatos é a
primeira linha de defesa da planta para enfrentar a deficiência hídrica do solo, pois este
mecanismo restringe a perda de água por meio da transpiração, mas ao mesmo tempo
em que esse processo ocorre, também há queda na assimilação de CO 2, por meio do
processo fotossintético.
Pereira Filho et al. (2015) realizaram um trabalho com trocas gasosas e fito
massa seca da cultura do meloeiro irrigado por gotejamento nas condições semiáridas
do Nordeste e obtiveram valor médio de 9,71 (mol H2O m-2 s-1) semelhantes aos obtidos
no presente trabalho.
É importante ressaltar que existe uma relação direta entre transpiração e
condutância estomática, tendo em vista que há diminuição do fluxo de vapor d‟água
para a atmosfera e, consequentemente, da transpiração, na medida em que se fecham os
estômatos (GONÇALVES et al., 2010).
Larcher (2006) afirmou que existem fatores externos que influenciam a
transpiração na medida em que alteram a diferença de pressão de vapor entre a
superfície da planta e o ar que a envolve. Portanto, a transpiração aumenta com a
diminuição da umidade relativa e aumento da temperatura do ar.

10
9 ŷB = 5,66 + 0,0252*x R² = 66,7 %
E (mol H2O m-2 s-1)

8
7
6
5 ŷC = 6,04 + 0,02#x R² = 62 %
4
0 25 50 75 100
Doses de N (kg ha-1)
Bovino (---) Caprino (.....)

*, #: Significativo a 5% e a 10% de probabilidade pelo teste F.


Figura 2. Taxa de transpiração do meloeiro em Neossolo adubado com doses de esterco
bovino e caprino.

66
3.1.3 Taxa fotossintética

A taxa fotossintética aumentou de forma linear com o aumento das doses


aplicadas de nitrogênio (Figura 3). Pereira Filho et al. (2015), com o objetivo de avaliar
a fito massa seca, as trocas gasosas e a produção de fito massa do meloeiro rendilhado,
variedade „Imperial 45‟, sobre diferentes frequências de irrigação e adubação
nitrogenada em diferentes épocas, encontraram um valor médio de 26,33 (µmol. m -2 s -
1
), superior aos encontrados neste trabalho.
Marenco e Lopes (2009) afirmam que a disponibilidade de água é o fator mais
limitante da fotossíntese.
Rocha (2013) estudando biofertilizante bovino de fermentação anaeróbica
concluiu que os diferentes níveis de diluições do biofertilizante bovino, influenciaram
significativamente sobre o teor de clorofila e consequentemente na taxa de fotossíntese.
Viana et al. (2013) ao avaliar as trocas gasosas e os teores foliares de N, P e K
em meloeiro em solo com tipos e doses de biofertilizante, observaram que as plantas
adubadas com biofertilizante bovino apresentaram maiores taxas fotossintéticas com
valor médio de 19,9 (µmol. m-2 s -1), resultados estes semelhantes aos encontrados nesta
pesquisa.
Trabalhando com a influência do aumento do CO2 no crescimento inicial e nas
trocas gasosas do meloeiro amarelo, adubado com 89 kg ha-1 de ureia, como fonte de
nitrogênio (N), 413 kg ha-1 de superfosfato triplo, como fonte de fósforo (P) e 89 kg ha-1
do fertilizante cloreto de potássio como fonte de potássio (K+), Araújo et al. (2015)
observaram valor médio de 23,0 (µmol m -2 s -1) na testemunha, valores semelhantes aos
deste trabalho.

67
20 ŷB = 10,774 + 0,0456*x R² = 43,7 %

15
A (μmol m-2 s-1)

10

5 ŷC= 12,248 + 0,0514#x R² = 39,6 %

0
0 25 50 75 100
Doses de N (kg ha-1)
Bovino (---) Caprino (.....)

*, #: Significativo a 5% e a 10% de probabilidade pelo teste F.

Figura 3. Taxa fotossintética do meloeiro em Neossolo Regolítico adubado com doses


de esterco bovino e caprino.

3.1.4 Eficiência de carboxilação

A eficiência de carboxilação (A/Ci) aumentou linearmente em função das doses


de N (Figura 4), utilizando esterco bovino e caprino com médias de 0,054 e 0,065 (µmol
m-2 s-1) respectivamente. De acordo com Anjos et al. (2014) a eficiência de carboxilação
é definida como a velocidade com que o CO2 fixado é processado na planta. Os mesmos
autores afirmam que a velocidade de fixação depende, principalmente, da quantidade e
atividade enzimática e pela disponibilidade de CO2, pela temperatura, do suprimento de
substâncias minerais, do grau de desenvolvimento e atividade da planta.
Macedo (2012), com o objetivo de avaliar o efeito da aplicação de
piraclostrobina, azoxistrobina e boscalida em plantas de melão rendilhado (Cucumis
melo var. reticulatus), em condições de ambiente protegido, visando seus efeitos
fisiológicos no metabolismo e desenvolvimento da planta, bem como no aumento da
produção e qualidade dos frutos, obtive valor médio de 0,045 (µmol m-2 s-1), resultado
inferior aos encontrados neste trabalho.
Avaliando diferentes concentrações de solução nutritiva sob comportamento
fisiológico, crescimento e o acúmulo de matéria seca de plantas de melancieira, Oliveira
et al. (2016), obtiveram valor médio de 0,055 (µmol m-2 s-1) semelhante aos encontrados
neste experimento.

68
Segundo Machado et al. (2005), a eficiência de carboxilação (A/Ci) possui
estreita relação com a concentração intracelular de CO 2 e com a taxa de assimilação de
dióxido de carbono.

0,1
ŷB = 0,0436 + 0,0002#x R² = 39,9 %
A/Ci (μmol m-2 s-1)

0,05

ŷC = 0,0502 + 0,0003*x R² = 39,4 %

0
0 25 50 75 100
Doses de N (kg ha-1)
Bovino (---) Caprino (.....)

#, *: Significativo a 10% e a 5% de probabilidade pelo teste F.

Figura 4. Eficiência de carboxilação no meloeiro em Neossolo adubado com doses de


esterco bovino e caprino.

3.2 Teores foliares de nutrientes

3.2.1 Teor de nitrogênio

O teor de nitrogênio nas folhas das plantas adubadas com esterco bovino
aumentou quadráticamente em função das doses de N, com valor máximo estimado em
55 kg, com posterior decréscimo (5). Por outro lado, a adubação com esterco caprino
não influenciou o teor de nitrogênio, com valor médio de 32,7 (g kg-1).
Estes valores estão dentro da média recomendada para a cultura do melão,
segundo Boaretto et al. (2009), os quais definem como suficiente o intervalo de 25 a 50
g kg-1. E superior aos obtidos por Cardoso et al. (2010), pois obtiveram, avaliando o
estado nutricional das plantas de melão no solo com níveis crescentes de adubo
orgânico, em média 21,90 g kg-1 de N foliar.
A adubação nitrogenada pode exercer uma importante função não apenas na
produção de metabólitos nitrogenados, mas também pela sua importância na
incorporação de assimilados orgânicos através do aumento da capacidade fotossintética
das plantas (BATAGLIA et al., 2005).

69
Duarte et al. (2010), trabalhando com o crescimento e macro nutrientes em
mudas de melancia sob doses de adubo orgânico no substrato, observaram um aumento
na concentração foliar de N quando adubadas com esterco caprino, bovino e de galinha
como fonte orgânica.
Ao realizar uma pesquisa com trocas gasosas e teores foliares de N, P e K em
meloeiro adubado com biofertilizante, Viana et al. (2013), observaram que ao final do
ciclo produtivo, as plantas adubadas com o biofertilizante misto e simples estavam
supridas em N, corroborando com os resultados encontrados neste trabalho.

45

ŷB= 29,04+ 0,352x -0,0032*x2 R² = 97,1 %


40
N (g kg-1)

35

30
ŷC = 32,7

25
0 25 50 75 100
Doses de N (kg ha-1)
Bovino (---) Caprino (.....)

*: Significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.

Figura 5. Teor foliar de nitrogênio em meloeiro cultivado em Neossolo Regolítico


adubado com doses de esterco bovino e caprino.

3.2.2 Teor de fósforo

Observa-se que o teor de fósforo foliar aumentou quadráticamente com as doses


de nitrogênio aplicadas no solo, com valor máximo estimado em 56 e 88,2 kg, referente
aos estercos bovino e caprino respectivamente, com posterior decréscimo (Figura 6). A
planta estava suprida nutricionalmente com fósforo, estando dentro da faixa exigida pela
cultura que é entre 3 – 7 g kg -1 (BOARETTO et al., 2009).
Os valores encontrados neste trabalho estavam inferior aos obtidos por Viana et
al. (2013), ao realizarem uma pesquisa com o objetivo de avaliar as trocas gasosas e os
teores foliares de N, P e K em meloeiro em solo com tipos e doses de biofertilizante,

70
constataram teores máximos dos teores de P encontrados nas folhas de meloeiro foram
de 5,86 g kg-1 para uma dose 0,5 L planta-1 semana-1 para o biofertilizante simples e de
5,88 g kg-1 para uma dose 2,0 L planta-1 semana-1 para o biofertilizante misto dentro.
No entanto, Cardoso et al. (2010) e Freire et al. (2009), trabalhando em ambiente
protegido e Freire et al. (2009) em condições de campo, constataram valores inferiores
aos encontrados nesta pesquisa, teores foliares de 0,43 e 2,04 g kg-1, respectivamente, de
P no melão.
Estudando o rendimento de maxixe em solo arenoso em função de doses de
esterco bovino e biofertilizante, Oliveira et al. (2014), constataram teor de P foliar no
valor máximo de 3,7 g kg-1, valores inferiores aos obtidos neste trabalho.
Cavalcante et al. (2010) com o objetivo de avaliar os efeitos de fontes e níveis de
matéria orgânica sobre os teores foliares de macro nutrientes em quiabeiro „Santa Cruz‟,
obtiveram teores mais elevados de fósforo (8,15 g kg-1) ao aplicar esterco de caprino no
solo como fonte orgânica na cultura do quiabo.

4
P (g kg-1)

3
ŷB = 2,0429 + 0,0898**x -0,0008**x2 R² = 88,2 %
2
ŷC= 2,0429 + 0,0529**x -0,0003*x2 R² = 95,1 %
1

0
0 25 50 75 100
Dose de N (kg ha-1)
Bovino (---) Caprino (.....)

**: Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F.

Figura 6. Teor foliar de fósforo em meloeiro cultivado em Neossolo Regolítico


adubado com doses de esterco bovino e caprino.

3.2.3 Teor de potássio

O teor de potássio foliar aumentou quadráticamente em função do aumento das


doses de N quando foi utilizado como fonte o esterco bovino, com valor máximo
estimado em 63,7 kg, com posterior decréscimo (Figura 7). Por outro lado, a adubação

71
com esterco caprino em função das doses de N não influenciou o teor foliar de potássio,
com média de 4,6 g kg-1. Estes baixos teores de potássio podem ser por deficiência na
solução do solo, pois se o solo possui grandes quantidades de K+, não significa que ele
está disponível para as plantas, ou seja, estando complexados nos coloides do solo ou
ainda ter ocorrido competição do potássio com o cálcio nos sítios sortivos do solo, com
isso a planta estava com deficiência de potássio. Boaretto et al. (2009), afirmam que a
faixa de teores considerados admitidos como adequados ao meloeiro, 25 – 40 g kg-1,
resultados estes bem superiores aos encontrados nesta pesquisa.
Avaliando a aplicação de composto orgânico líquido via fertirrigação na cultura
do meloeiro, Freire et al. (2009) obtiveram teores de K+ superiores aos deste estudo (19
g kg-1). Cardoso et al. (2010) também registraram, ao avaliar os teores foliares de
nutrientes em melão rendilhado cultivado em fibra da casca de coco reutilizada, valores
maiores que aos deste estudo (21,75 g kg-1).
Trabalhando com trocas gasosas e teores foliares de N, P e K em meloeiro
adubado com biofertilizante, Viana et al. (2013) que o biofertilizante misto
proporcionou maior acumulação máximo de 23,95 (g kg-1) de potássio nas folhas do
meloeiro em relação à testemunha e à adubação mineral, valores superiores ao
encontrado nesta pesquisa.
Ao avaliar as trocas gasosas e os teores foliares de N, P e K em plantas de
meloeiro em solo com tipos e doses de biofertilizante, Viana et al. (2013), constataram
que ao final do ciclo produtivo as plantas adubadas com o biofertilizante misto e
simples estavam supridas em N e P mas deficientes em K+, o mesmo que aconteceu na
presente pesquisa.

8
7
6
ŷC= 4,36
K+ (g kg-1)

5
4
3
2 ŷB = 1,4143 + 0,1401**x - 0,0011**x2 R² = 94, 1 %
1
0
0 25 50 75 100
Doses de N (kg ha-1)
Bovino (---) Caprino (.....)

**: Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F.

72
Figura 7. Teor foliar de potássio em meloeiro cultivado em Neossolo Regolítico
adubado com doses de esterco bovino e caprino.
4. CONCLUSÕES

As doses de esterco, independentemente da fonte, elevaram a taxa de transpiração


(E), taxa de fotossíntese (A) e a eficiência de carboxilação (A/Ci) e diminuíram a
concentração interna de CO2.
O esterco bovino proporcionou maiores teores foliares de nitrogênio, fósforo e
potássio nas plantas e supriu-as nutricionalmente de forma adequada, em comparação
com o esterco caprino.

73
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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78
CAPÍTULO III

PRODUTIVIDADE E ATRIBUTOS FÍSICOS DO MELÃO AMARELO SOB


ADUBAÇÃO ORGÂNICA EM NEOSSOLO REGOLÍTICO

79
MALAQUIAS, J. P. Produtividade e atributos físicos do melão amarelo sob
adubação orgânica em Neossolo Regolítico. Areia-PB, Centro de Ciências Agrárias,
Universidade Federal da Paraíba. Abril de 2016, p. 105. Cap. III. Dissertação (Mestrado
em Ciência do Solo). Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo: Orientador: Prof.
Dr. Walter Esfrain Pereira.

RESUMO

Artigos com as informações do uso de fontes orgânicas na produção do meloeiro ainda


são restritos na literatura científica. Diante do exposto, objetivou-se avaliar a influência
de doses de nitrogênio a partir de esterco bovino e caprino sobre a produtividade e
atributos físicos do meloeiro amarelo em Neossolo Regolítico. O delineamento
experimental foi em blocos casualizados, com 10 tratamentos arranjados em um fatorial
2 x 5, referente aos estercos bovino e caprino e cinco doses de N (0, 25, 50, 75, 100 kg
ha-1) de cada fonte orgânica. As variáveis analisadas foram: número de frutos por
planta, produtividade, massa média de frutos, diâmetro e comprimento do fruto, teores
de sólidos solúveis. Os dados foram submetidos a análise de variância, as médias
referentes aos estercos foram comparadas pelo teste F e das doses de N avaliados por
regressão. O número de frutos por planta, a produtividade, o diâmetro e comprimento
dos frutos aumentaram em função das doses aplicadas de nitrogênio, tendo como fonte
os estercos bovino e caprino. Na maioria das variáveis, o esterco bovino permitiu obter
melhores resultados. O teor de sólidos solúveis do fruto do melão adubado com esterco
caprino aumentou linearmente com o aumento das doses de nitrogênio.

Palavras-chave: Número de frutos por planta, Diâmetro e comprimento do fruto, Teor


de sólidos solúveis.

80
MALAQUIAS, J. P. Productivity and physical attributes of yellow melon under
organic fertilization in Entisol. Areia-PB, Centro de Ciências Agrárias, Universidade
Federal da Paraíba. April, 2016, p. 105. Cap. III. Dissertation (Master in Soil Science).
Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo: Adviser: Prof. Dr. Walter Esfrain
Pereira.

ABSTRACT

Articles with information on the use of organic sources in the production of muskmelon
are still restricted in the scientific literature. Given the above, aimed to evaluate the
influence of nitrogen from cattle manure and goats on productivity and physical
attributes of yellow melon in Entisol. The experimental design was randomized blocks,
with 10 treatments arranged in a factorial 2 x 5, referring to cattle and goat manure and
five N rates (0, 25, 50, 75, 100 kg ha-1) of each organic source. The variables analyzed
were: number of fruits per plant, yield, average fruit weight, diameter and length of the
fruit, soluble solids. Data were subjected to analysis of variance and the averages of the
two manures compared by F test and the effects of doses evaluated by regression. The
number of fruits per plant, productivity, the diameter and length of fruits increased with
the applied nitrogen rates, with the source the cattle manure and goat. Most of the
variables, the cattle manure yielded better results. The soluble solids content of melon
fruit fertilized with goat manure increased linearly with increasing nitrogen rates.

Keywords: Number of fruits per plant, Diameter and length of the fruit, Soluble solids
content.

81
1. INTRODUÇÃO

A horti-fruticultura brasileira passa por um momento de grande desenvolvimento


e incorporou um papel estratégico para o agronegócio brasileiro – o setor emprega
atualmente mais de cinco milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Frutas (2007). O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, sendo superado
pela China e Índia (ARAÚJO e CAMPOS, 2011).
De maneira mais abrangente, no Brasil, cultiva-se principalmente, melão do tipo
“amarelo” (Inodorus), do qual fazem parte diversas cultivares e híbridos, representando
cerca de 98% do melão produzido neste país. Os outros 2% pertencem aos melões das
variedades Cantaloupensise Reticulatus (GRANJEIRO et al, 1999).
Segundo Filgueiras et al. (2000), a cultura do melão é uma atividade de grande
importância para a região do semiárida nordestino, onde o solo e clima (intensidade e
duração de luminosidade, temperatura alta e precipitação pluviométrica baixa) garantem
o desenvolvimento e o crescimento adequado das plantas, resultando em elevadas
produções e alta qualidade do fruto com teor de açúcar elevado, sabor agradável, mais
aroma e maior resistência, tornam-se características importantes para a comercialização,
exportação e a conservação pós-colheita.
De acordo com Galvão et al. (1999), a utilização de adubos orgânicos de origem
animal é considerada uma prática útil e econômica para os produtores de hortaliças, pois
favorece a fertilidade e a conservação do solo e proporcionam acúmulo de nitrogênio
orgânico no solo, aumentando seu potencial de mineralização e sua disponibilidade para
as plantas. No entanto, nos plantios comerciais, as adubações minerais e orgânicas são
usadas em grande escala havendo, portanto, a necessidade de se definir os melhores
produtos e doses a serem aplicados (SALES JÚNIOR et al., 2005).
Menezes et al. (2000), afirmam que em melão tipo Amarelo, a utilização de
composto orgânico, principalmente em solos arenosos, pode aumentar a produtividade,
a quantidade de frutos de primeira qualidade e o teor de sólidos solúveis.

82
Trabalhando com a qualidade de melão rendilhado sob diferentes doses
nutricionais, Santos et al. (2011) observaram que os tratamentos com compostos
orgânicos quando comparados à adubação mineral recomendada, apresentaram valores
mais significativos para os parâmetros físicos e físico-químicos avaliados, podendo
considerar desta forma que a adubação orgânica foi efetiva na qualidade dos frutos
avaliados.
Com o objetivo de avaliar o desempenho vegetativo e reprodutivo da melancia
irrigada em função de fontes e doses de adubação orgânica em Bom Jesus-PI,
Cavalcante et al. (2010), constataram que a adubação com esterco caprino e bovino
influenciam positivamente o comprimento e o diâmetro do ramo principal da melancia.
Esses mesmos autores ainda observaram que o número de frutos registrado para plantas
adubadas com 10 L de esterco, independentemente da fonte, é compatível ao
representado em cultivo comercial.
A adubação nitrogenada pode aumentar significativamente a produtividade e a
qualidade de frutos de meloeiro, com salto em produtividade total de 34,14 t ha -1 sem
aplicação de nitrogênio, para 46,50 t ha -1 com aplicação da dose 287,1 kg ha-1 de
nitrogênio (QUEIROGA et al., 2007).
Rodrigues Filho et al. (2000), com objetivo de avaliar o rendimento da cultura
do melão frente às adubações mineral e orgânica com esterco de bovinos, observaram
que a combinação das doses 90-140-9000 kg ha-1, respectivamente, N, P2O5 e esterco de
bovinos, mostrou-se significativamente superior em produção total de frutos e
rendimento de frutos para o mercado interno, além de proporcionar frutos de melhor
qualidade, esses continham maior teor de açúcares (sólidos solúveis).
Diante do exposto, objetivou-se avaliar a influência de doses de nitrogênio a
partir de esterco bovino e caprino sobre a produtividade e atributos físicos do meloeiro
amarelo em Neossolo Regolítico.

83
2. MATERIAL E MÉTODOS

Objetivando-se não repetir os mesmos enunciados da metodologia do primeiro


capitulo, só foi exposto aqui as variáveis estudadas e análise estatística.

2.1 Variáveis estudadas

Foram avaliadas as seguintes variáveis: número de frutos por planta obtido


através da contagem do número de frutos totais por área. A massa média de frutos foi
obtida pela pesagem de todos os frutos. A produtividade (t ha-1) foi obtida pelo
somatório do peso total de fruto de cada tratamento. O diâmetro do fruto com o auxílio
de um paquímetro digital (Mitutoyo) realizado a aferição no centro do fruto. O
comprimento do fruto foi determinado com uma régua graduada de 30 cm. A
determinação dos teores de sólidos solúveis totais, foi realizada com o auxílio de um
refratômetro manual.

2.2 Análise estatística

Os dados foram submetidos a análise de variância, as médias referentes aos


estercos foram comparadas pelo teste F e das doses de N avaliados por regressão
utilizando o software SAS 9.4 (2015).

84
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1. Número de fruto por planta

O número de frutos por planta aumentou ao ser adubado com esterco bovino e
caprino, ajustando-se ao modelo quadrático (Figura 1). No entanto, não houve diferença
significativa entre os estercos bovino e caprino, com médias de 1,6 e 1,3 de frutos por
planta respectivamente. O aumento do número de frutos pode ser explicado pelo fato
dos dois estercos possuir uma grande diversidade de nutrientes e terem disponibilizados
todos nutrientes essenciais para planta em quantidades adequadas, exceto o potássio,
pois a planta estava nutricionalmente deficiente.
Monteiro e Mexia (1988) ao trabalharem com fixações de um até cinco fruto por
planta de melão cvs. Mac Dimon e, Harvest King, observaram diminuição do número
de frutos durante o período de frutificação da planta, colhendo-se entre 1 e 2,6 frutos
por planta, corroborando com o resultado encontrado neste trabalho.
Objetivando avaliar a qualidade dos frutos do meloeiro híbrido Bônus n° 2,
cultivado em sistema hidropônico NFT, em função da concentração de nitrogênio na
solução nutritiva (80; 140; 200 e 300 mg L-1) e do número de fruto por planta (2; 3; 4 e
livre), Purgueiro e Cecílio Filho. (2005) observaram que com o aumento da
concentração de N na solução nutritiva, houve aumento do número de frutos por planta.
Bardiviesso et al. (2013) trabalharam com adubação nitrogenada na
produtividade e qualidade de melão amarelo “Frevo‟‟, constataram que com aumento
das doses de nitrogênio houve incremento no número de frutos até a dose estimada de
161,2 kg ha-1, semelhante ao encontrado nesta pesquisa mais com doses menores de N
(100 kg ha-1).
Resultados semelhantes foram também constatados por Queiroga et al. (2007)
que ao realizar uma pesquisa com a influência de doses de nitrogênio na produtividade e

85
qualidade do melão cantalupensis sob ambiente protegido e Fogaça et al. (2007)
trabalhando com concentração de nitrogênio na solução nutritiva, na produtividade e na
qualidade de frutos de melão cultivado em substrato, obtiveram incrementos no número
de frutos de meloeiro, quando elevaram as doses de nitrogênio, sendo observado efeito
depressivo do número de frutos a partir de uma determinada dosagem.
Leão et al. (2008) ao avaliar a resposta da melancieira a diferentes níveis de
adubação química e orgânica, observaram que o número de frutos por planta, em função
das doses de esterco, apresentou comportamento linear significativo, com ponto de
máximo atingido na dose de 9 L de esterco, com a quantidade de 1,2 fruto por planta,
valor inferior ao encontrado neste trabalho com meloeiro.
Valores inferiores aos deste trabalho foi constatado por Freire et al. (2009),
estudando o efeito da aplicação do composto orgânico líquido (COL) na cultura do
meloeiro, obtiveram número médio de frutos por planta variando de 1,3 a 1,4.

3
2,5 ŷB = 1,0429 + 0,0004**x + 0,0001#x2 R² = 98,7 %
N° Frut.Planta

2
1,5
1
0,5 ŷC = 1,0697 - 0,006**x + 0,0001*x2 R² = 81,4 %

0
0 25 50 75 100
Doses de N (kg ha-1)
Bovino (---) Caprino (.....)

#, *, **: Significativo a 10%, 5% e 1% de probabilidade pelo teste F.

Figura 1. Número de frutos por planta do meloeiro em Neossolo Regolítico adubado


com doses de esterco bovino e caprino.

3.2. Produtividade

A produtividade aumentou ao ser adubado com esterco bovino e caprino,


ajustando-se ao modelo quadrática (Figura 2). Foi verificado diferença entre os dois
tipos de estercos utilizados como fonte de N, com média de 10,7 e 8,1 t ha-1 bovino e
caprino respectivamente. Sendo considerada baixa para o melão amarelo. No entanto, as

86
doses de nitrogênio foram insuficientes para a máxima produtividade do meloeiro que
estar numa média de 17 a 30 t ha-1obtida no Nordeste por produtores tradicionais (Dias
et al., 1998), valores superiores aos encontrados neste trabalho.
De acordo com Neto et al. (2012) a melhor produtividade na cultura do meloeiro
é alcançada com a aplicação de 240 kg ha -1 de nitrogênio, por outro lado Oliveira et al.
(2008) e Paula et al. (2011) afirmam que deve aplicar 126 kg ha-1 de nitrogênio para
conseguir uma produtividade adequada.
Costa et al. (2011) trabalhando com efeito da adubação de plantio suplementada
com adubos orgânicos na produção do melão cantaloupe, observaram que a adubação
mineral promoveu maior peso médio e produtividade de frutos comparados a adubação
orgânica e os estercos bovino e caprino para promoverem maior produção de frutos de
melão devem ser aplicados na dose 65 t ha -1. Os mesmos autores obtiveram
produtividade de 40 t ha-1 com o adubo orgânico de esterco caprino para o melão
cantaloupe, valor este muito superior ao encontrado neste trabalho.
Freire et al. (2009) estudando o efeito da aplicação de doses do composto
orgânico líquido (30, 60 e 90 L ha-1 dia-1) na cultura do meloeiro, verificaram
produtividade superior à desta pesquisa (52,0 t ha-1) ao aplicar composto orgânico
líquido via fertirrigação.
Com objetivo de avaliar a produtividade e a pós-colheita da cultura do melão
cultivar Mirage seguimento Harper, submetida a doses e tipos de biofertilizantes na
presença e ausência de adubação mineral, Santos et al. (2014) constataram uma
produtividade com meloeiro com 1,41 L planta-1 semana-1 para o bovino (25,87 t ha-1).

16
ŷB = 1,091 - 0,1708**x + 0,0022**x2 R² = 99,3 %
Produtividade (t ha-1)

14
12
10
8
6
ŷC = 8,3475 - 0,1248**x + 0,0016*x2 R² = 79,9 %
4
0 25 50 75 100
Doses de N (kg ha-1)
Bovino (---) Caprino (.....)

**, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade pelo teste F.

87
Figura 2. Produtividade do meloeiro em Neossolo Regolítico adubado com doses de
esterco bovino e caprino.

3.3. Características físicas do meloeiro amarelo

3.3.1 Diâmetro do fruto

O diâmetro do fruto aumentou ao ser adubado com esterco bovino em função


das doses de N, ajustando-se ao modelo quadrático, com valor máximo estimado em
77,0 kg de nitrogênio ha-1, com posterior decréscimo (Figura 3). Por outro lado, o
diâmetro do fruto aumentou ao ser adubado com esterco caprino, ajustando-se ao
modelo linear (Figura 3). Entre os dois tipos de esterco utilizados como fonte de N não
foi verificada diferença, como médias de 9,9 esterco bovino e 9,7 cm caprino. Esses
valores podem ser explicados pela deficiência nutricional sofrido pela planta com
relação ao potássio, pois ele atua tanto no tamanho como na qualidade dos frutos.
Valores superiores aos encontrados nesta pesquisa para o diâmetro do fruto
foram verificados por Melo et al. (2012) ao utilizarem a fibra de coco como substrato no
cultivo de melão rendilhado em cultivo protegido, obtiveram diâmetro de 14,08 cm.
Costa et al. (2011), avaliando o efeito da adubação suplementada com diferentes
adubos orgânicos (esterco bovino, caprino e ovino) na cultura do meloeiro verificaram
valores médios do diâmetro 15, 52 cm.
Paduan et al. (2007), trabalharam com a qualidade dos frutos de tipos de melão,
produzidos em ambiente protegido, com o objetivo de analisar as características físicas
e químicas em cinco tipos de melão (Amarelo ouro, Gaúcho Caipira, Net Gália, Orange
melo e Felipo observaram diferença entre os tratamentos para o diâmetro no melão
Amarelo Ouro de 14,6 cm.
Avaliando a produção e a qualidade do híbrido de melão AF 646 da empresa
Sakata, cultivado sob diferentes doses de fertilizantes orgânicos, Sales e Júnior et al.
(2005) observaram valores do diâmetro entre 14,9 e 17,2 cm, superiores aos
encontrados neste trabalho.

88
ŷB = 8,3625 + 0,0462**x -0,0003*x2 R² = 99,9 %

10
Diam (cm)

9,5

ŷC = 9,04 + 0,0106**x R² = 96 %
9
0 25 50 75 100
Doses de N (kg ha-1)
Estercos bovino (---) e caprino (.....)

* **: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade pelo teste F.

Figura 3. Diâmetro do fruto do meloeiro em Neossolo Regolítico adubado com doses


de esterco bovino e caprino.

3.3.2 Comprimento do fruto

O comprimento do fruto aumentou nas plantas ao ser adubado com esterco


bovino e caprino, ajustando-se ao modelo linear (Figura 4). Foi verificado diferença
entre os dois tipos de estercos utilizados como fonte de N, bovino com média de 12,0 e
caprino 10,7 cm. Uma explicação pode ser pelo fato da disponibilização do N contido
no esterco caprino ser mais lentamente, ao contrário do bovino. Purqueiro e Cecílio
Filho (2005) verificaram que o aumento da concentração de nitrogênio na solução
nutritiva promoveu reduções no comprimento dos frutos para o híbrido Bônus nº 2.
Santos et al. (2011), ao avaliar a eficiência de diferentes fontes e doses de
adubos orgânicos na qualidade de melões rendilhados, comparando com adubações
orgânicas e minerais já pré-estabelecidas, observaram um menor comprimento (19,63
cm) para o tratamento com esterco ovino 35 t ha-1 e maior (27,67 cm) para o tratamento
com esterco bovino 35 t ha-1, valores estes superiores aos encontrados neste trabalho.
Ao realizar uma pesquisa com influência de doses de nitrogênio na
produtividade e qualidade do melão cantalupensis sob ambiente protegido, Queiroga et
al. (2007) obtiveram resposta quadrática quanto ao comprimento com os melões
aromáticos Fleuron e Torreon para o uso do nitrogênio em doses de 0, 90, 180, 360 e

89
540 kg ha-1, estimando-se a máxima resposta para o comprimento 15,24 cm com
aplicação de 365,90 kg ha-1 de nitrogênio.
Queiroga et al. (2008) realizaram uma pesquisa com produtividade e qualidade
de frutos de meloeiro variando número de frutos e de folhas por planta, e observaram
que o aumento do comprimento do fruto ocorreu com a diminuição do número de frutos
ou aumento do número de folhas por planta. Ou seja, um e dois frutos por planta
alcançou 14,9 e 13,4 cm de comprimento respectivamente, resultados superiores aos
encontrado neste trabalho.
O carregamento de frutos na planta afeta a taxa de crescimento e o tamanho final
desses uma vez que, em frutos de melão, toda a expansão celular ocorre após a antese
enquanto que a divisão celular continua em baixa taxa (VALANTIN et al., 2006).

13
ŷB = 9,74+ 0,0312**x R² = 68,5 %
12,5
12
11,5
Comp. (cm)

11
10,5
10
9,5
9
8,5 ŷC = 8,815 + 0,0305**x R² = 91,9 %
8
0 25 50 75 100
N (kg ha-1)
Bovino (---) Caprino (.....)

**: Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F.

Figura 4. Comprimento do fruto do meloeiro em Neossolo Regolítico adubado com


doses de esterco bovino e caprino.

3.4. Teores de sólidos solúveis

O teor de sólidos solúveis °Brix aumentou ao ser adubado com esterco caprino,
ajustando-se ao modelo linear em função do aumento das doses de nitrogênio, com
média de 10,2 °Brix. Por outro lado, não foi verificado efeito do esterco bovino com
aumento das doses de nitrogênio, com média de 9,2 °Brix (Figura 5). Valores estes que
estão dentro do mínimo exigido pelo mercado internacional que é de 9 °Brix
(OLIVEIRA et al., 2006).

90
Frutos com valores menores do que 9 °Brix, são considerados não
comercializáveis; de 9 a 12 °Brix, comercializáveis e acima de 12 °Brix, melão extra,
(GORGATTI NETO et al. 1994).
Ribeiro et al. (2014) com o objetivo de determinar o efeito da adubação
orgânica e mineral no desenvolvimento e produção do melão na região sul do estado do
Piauí, constataram que a variação entre nos tratamentos foi de 1,8 a 5,7 para os teores de
sólidos solúveis °Brix, muito inferiores aos encontrados nesta pesquisa.
Ao realizar um trabalho com a qualidade de melão rendilhado sob diferentes
doses nutricionais, Santos et al. (2011), observaram que os frutos com maior
palatabilidade de sólidos solúveis e acidez total (SS/AT) foram os submetidos aos
tratamentos na presença de esterco bovino 20 t ha - 1 e com esterco caprino 20 t ha -1.
Rodrigues Filho et al. (2000), com o objetivo de avaliar o rendimento e a
qualidade de frutos do meloeiro Gold Mine sob a aplicação de adubos mineral e
orgânico, obtiveram valores entre 9,3 e 13,7 teores de sólidos solúveis totais °Brix,
valores estes semelhantes aos encontrados neste trabalho.
Trabalhando com aplicação de composto orgânico líquido via fertirrigação na
cultura do meloeiro, Freire et al. (2009) observaram valores do teor de sólidos solúveis
totais, em todos os tratamentos proporcionaram frutos com o ºBrix variando entre 10,8 e
11,2 ºBrix, estando dentro dos padrões de qualidade aceitável para os mercados interno
e externo. Estes resultados se assemelham com os obtidos nesta pesquisa.

12
ŷB = 9,63
10
SST (°Brix)

8
6
4 ŷC= 5,63330+ 0,0429**x R² = 88, 5 %

2
0
0 25 50 75 100
Doses de N (kg ha-1)
Bovino (---) Caprino (.....)

**: Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F.

Figura 5. Teor de sólidos solúveis °Brix no fruto do meloeiro em Neossolo Regolítico


adubado com doses de esterco bovino e caprino.
91
4. CONCLUSÕES

O número de frutos por planta, a produtividade, o diâmetro e comprimento dos


frutos aumentaram em função das doses aplicadas de nitrogênio, tendo como fonte os
estercos bovino e caprino;
Na maioria das variáveis, o esterco bovino permitiu obter melhores resultados;
O teor de sólidos solúveis do fruto do melão adubado com esterco caprino
aumentou linearmente com o aumento das doses de nitrogênio.

92
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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96
APÊNDICES

Figura 1. Coleta de amostras simples do solo com trado holandês, para caracterização
química. Remígio, PB. Foto: (MALAQUIAS, J. P. 2015)

Figura 2. Área experimental do meloeiro amarelo, Remígio, PB. Foto: (MALAQUIAS,


J. P. 2015)

97
Figura 3. Adubação da área experimental da cultura do meloeiro amarelo, Remígio, PB.
Foto: (MALAQUIAS, J. P. 2015)

Figura 4. Sistema de irrigação da área experimental da cultura do meloeiro amarelo,


Remígio, PB. Foto: (MALAQUIAS, J. P. 2015)

Figura 5. Desbaste das plantas de meloeiro amarelo, Remígio, PB. Foto:


(MALAQUIAS, J. P. 2015)

98
Figura 6. Controle das ervas daninhas na área experimental de meloeiro amarelo,
Remígio, PB. Foto: (MALAQUIAS, J. P. 2015)

Figura 7. Controle fitossanitário da mosca branca nas plantas de meloeiro amarelo,


Remígio, PB. Foto: (MALAQUIAS, J. P. 2015)

Figura 8. Controle fitossanitário do míldio nas folhas do meloeiro amarelo, Remígio,


PB. Foto: (MALAQUIAS, J. P. 2015)

99
Figura 9. Calçamento dos frutos do meloeiro amarelo, Remígio, PB. Foto:
(MALAQUIAS, J. P. 2015)
ANEXOS

Tabela 10. Resumo da análise de variância para os valores da fertilidade do solo de


Potencial hidrogeniônico em água (pH H2O), Fósforo assimilável (P),
Potássio trocável (K+).

Fonte de variação GL pH P K+

Blocos 2 0,053 10379,9 29252,2 ns


Estercos (E) 1 0,19 ns 1026,9 ns 53187,5#
Doses (D) 4 0,098 ns 795,7 ns 10005,5 ns
E*D 4 0,225 ns 466,8 ns 17125,8 ns
0,60 0,62 0,64
Linear 1 0,019 ns 429,6 ns 666,8 ns
Quadrático 1 0,223 ns 11,7 ns 32735,8 ns
Linear/bovino 1 0,0146 ns 254,1 ns 11,5 ns
Quadr/bovino 1 0,118 ns 94,1 ns 1327,08 ns
Linear/caprino 1 0,101 ns 178,8 ns 1593,2 ns
Quadr/caprino 1 0,105 ns 23,6 ns 85441,3 *
CV (%) - 4,9 15,3 12,6
ns = não significativo; *; ** , #: Significativo a 5, a 1% e a 10 de probabilidade pelo teste F.

Tabela 11. Resumo da análise de variância para os valores da fertilidade do solo de


Sódio trocável (Na+), Cálcio mais Magnésio (Ca2+ + Mg2+), Cálcio trocável
(Ca2+).

Fonte de variação GL Na+ Ca2+ + Mg2+ Ca2+

100
Blocos 2 0,32 0,25 0,025
Estercos 1 0,0053 ns 0,41 ns 0,0022 ns
Doses 4 0,0196 ns 0,24 ns 0,14 ns
E*D 4 0,082 * 0,53 ns 0,084 ns
0,79 0,53 0,52
Linear 1 0,018 ns 0,15 ns 0,071 ns
Quadrático 1 0,053 ns 0,62 ns 0,36 ns
Linear/bovino 1 0,048 ns 0,0057 ns 0,047 ns
Quadr/bovino 1 0,0063 ns 0,094 ns 0,34 ns
Linear/caprino 1 0,00087 ns 0,38 ns 0,026 ns
Quadr/caprino 1 0,061 ns 0,65 ns 0,072 ns
CV (%) 15,9 13,4 15,6
ns = não significativo; *; ** , #: Significativo a 5, a 1% e a 10 de probabilidade pelo teste F.

Tabela 12. Resumo da análise de variância para os valores da fertilidade do solo de


Magnésio trocável (Mg2+), Acidez trocável (Al3+), Acidez potencial (H+ +
Al3+).

Fonte de variação GL Mg2+ Al3+ H+ + Al3+

Blocos 2 0,44 0 0,00034


Estercos 1 0,36 ns 0 0,041 ns
Doses 4 0,016 ns 0 0,00799 ns
E*D 4 0,31 ns 0 0,0199 ns
0,57 0 0,28
Linear 1 0,013 ns 0 0,0287 ns
Quadrático 1 0,035 ns 0 0,00012 ns
Linear/bovino 1 0,086 ns 0 0,0218 ns
Quadr/bovino 1 0,075 ns 0 0,0087 ns
Linear/caprino 1 0,21 ns 0 0,0085 ns
Quadr/caprino 1 0,29 ns 0 0,012
CV (%) - 16,2 0,0 26,9
ns = não significativo; *; **, #: Significativo a 5, a 1% e a 10 de probabilidade pelo teste F.

Tabela 13. Resumo da análise de variância para os valores da fertilidade do solo de


Carbono (C), Matéria orgânica (M.O), Soma de Bases (SB).

Fonte de variação GL Carbono M.O SB

Blocos 2 0,35 1,05 0,25

101
Estercos 1 0,029 ns 0,087 ns 1,71#
Doses 4 0,40 ns 1,2 0,14 ns
E*D 4 0,96 * 2,86 * 1,12 #
0,76 0,76 0,68
Linear 1 0,28 ns 0,84 ns 0,033 ns
Quadrático 1 0,43 ns 1,3 ns 0,0087 ns
Linear/bovino 1 0,37 ns 1,09 ns 0,083 ns
Quadr/bovino 1 0,28 ns 0,85 ns 0,102 ns
Linear/caprino 1 0,021 ns 0,06 ns 0,29 ns
Quadr/caprino 1 0,15 ns 0,45 ns 0,035 ns
CV (%) 9,9 9,9 10,4
ns = não significativo; *; ** , #: Significativo a 5, a 1% e a 10 de probabilidade pelo teste F.

Tabela 14. Resumo da análise de variância para os valores da fertilidade do solo da


Capacidade de Troca Catiônica (CTC), Saturação por Bases (V%).

Fonte de variação GL CTC V%

Blocos 2 0,23 0,78


Estercos 1 1,22 # 26,2 ns
Doses 4 0,17 ns 1,08 ns
E*D 4 1,06 # 8,9 ns
0,70 0,44
Linear 1 0,12 ns 3,5 ns
Quadrático 1 0,011 ns 0,35 ns
Linear/bovino 1 0,019 ns 6,5 ns
Quadr/bovino 1 0,051 ns 4,9 ns
Linear/caprino 1 0,405 ns 0,0076 ns
Quadr/caprino 1 0,006 ns 1,9 ns
CV (%) 8,5 3,50
ns = não significativo; *; ** , #: Significativo a 5, a 1% e a 10 de probabilidade pelo teste F.

Tabela 15. Resumo da análise de variância e dos contrastes para concentração interna
de CO2 na câmara subestomática (Ci), taxa de transpiração (E) e
condutância estomática (gs).

Fonte de variação GL E gs
Ci
Blocos 2 3,2 5,1 9089,5

102
Estercos 1 2028,7 # 0,10 ns 0,67 ns
Doses 4 2280,5* 6,8 # 4550, 6 ns
E*D 4 88,7 ns 0,71 ns 520,5 ns
0,53 0,48 0,40
Linear 1 4707,9** 19,9** 6262,8 ns
Quadrático 1 1140,2 ns 0,38 ns 264,3 ns
Linear/bovino 1 1895,9# 12,5 * 3674,1 ns
Quadr/bovino 1 1046,6 ns 1,2 ns 288,1 ns
Linear/caprino 1 2861,4* 7,8 # 2632,0 ns
Quadr/caprino 1 237,2 ns 0,052 ns 36,2 ns
CV (%) 9,8 22,3 26,5
ns = não significativo; *; **, #: Significativo a 5, a 1% e a 10 de probabilidade pelo teste F.

Tabela 16. Resumo da análise de variância para taxa fotossintética (A), eficiência de
uso de água (A/E) e eficiência de carboxilação (A/Ci).
Fonte de variação GL A A/E A/Ci

Blocos 2 22,4 0,05 0,00025


Estercos 1 23,2 ns 0,25 0,00096*
Doses 4 51,5 ** 0,28 0,0014**
E*D 4 2,08 ns 0,019 0,000099 ns
- 0,63 0,24 0,66
CV (%) - 21,74 25,72 24,31
ns = não significativo; *; **: Significativo a 5 e a 1% de probabilidade pelo teste F.

Tabela 17. Resumo da análise de variância dos contrastes para a taxa fotossintética (A),
eficiência de uso de água (A/E) e eficiência de carboxilação (A/Ci).
Contrastes GL A A/E A/Ci
Linear 1 88,2 ** 0,19 ns 0,0024 **
Quadrático 1 6,02 ns 0,24 ns 0,000095 ns
Linear/bovino 1 39,1* 0,06 ns 0,00079 #
Quadr/bovino 1 6,8 ns 0,15 ns 0,00012 ns
Linear/caprino 1 49,4 # 0,15 ns 0,0017 *
Quadr/caprino 1 0,73 ns 0,09 ns 0,0000073 ns
ns = não significativo; *; **, #: Significativo a 5, a 1% e a 10 de probabilidade pelo teste F.

Tabela 18. Resumo da a análise de variância e dos contrastes para os valores dos teores
foliares na cultura do melão de Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K+).

103
Fonte de variação GL N P K+

Blocos 2 37,9 0,99 1,3


Estercos 1 29,8 ns 0,15 ns 0,033 ns
Doses 4 42,4 ns 5,7 ** 18,9 **
E*D 4 92,8 * 0,75 # 3,4 ns
0,54 0,85 0,76
Linear 1 89,6 ns 11,6 ** 57,9 **
Quadrático 1 6,6 ns 9,1 ** 13,8 **
Linear/bovino 1 20,6 ns 3,3 ** 16,4 **
Quadr/bovino 1 162,4 * 9,3 ** 20,4 **
Linear/caprino 1 78,3 ns 9,04 ** 45,0 **
Quadr/caprino 1 82,8 ns 1,5 * 0,53 ns
CV (%) 16,4 14,3 29,4
ns = não significativo; *; ** , #: Significativo a 5, a 1% e a 10 de probabilidade pelo teste F.

Tabela 19. Resumo da análise de variância para o número de frutos por planta (NF),
massa fresca de fruto (MFF), produtividade.

Fonte de variação GL NF MFF Produtividade

Blocos 2 0,13 6076,7 0,91


Estercos 1 0,37* 11567,2ns 39,3**
Doses 4 1,4** 5038,6ns 62,7**
E*D 4 0,08ns 5619,1ns 5,5ns
0,81 0,35 0,88
CV (%) 19,72 14,30 16,5
ns = não significativo; *; **, #: Significativo a 5, a 1% e a 10 de probabilidade pelo teste F.

Tabela 20. Resumo da análise de variância dos contrastes para o número de frutos
(NF), massa fresca de fruto (MFF), produtividade.
Contrastes GL NF MFF Produtividade
Linear 1 4,7** 13834,6ns 149,3**
Quadrático 1 0,64* 204,2ns 33,7**
Linear/bovino 1 3,4** 5886,9ns 97,7**
Quadr/bovino 1 0,27# 1528,6ns 22,3**
Linear/caprino 1 1,5** 8030,7ns 54,3**
Quadr/caprino 1 0,36 * 3517,5ns 12,1*s
ns = não significativo; *; **, #: Significativo a 5, a 1% e a 10 de probabilidade pelo teste F.

104
Tabela 21. Resumo da análise de variância para o diâmetro do fruto (DF), comprimento
do fruto (CF) e sólidos solúveis (SS).
Fonte de variação GL CF SS
DF
Blocos 2 0,0082 0,64 0,85
Estercos 1 0,19# 5,6** 10,4*
Doses 4 0,76** 6,5** 2,6ns
E*D 4 0,03ns 1,1ns 4,8*
0,77 0,81 0,66
CV (%) 2,39 6,20 12,65
ns = não significativo; *; **: Significativo a 5 e a 1% de probabilidade pelo teste F.

Tabela 22. Resumo da análise de variância para os contrastes do diâmetro do fruto


(DF), comprimento do fruto (CF) e sólidos solúveis (SS).
Contrastes GL DF CF SS
Linear 1 1,9** 17,8** 7,9*
Quadrático 1 0,35** 0,2ns 0,0066ns
Linear/bovino 1 0,9** 9,1** 0,032ns
Quadr/bovino 1 0,4* 0,03ns 0,16ns
Linear/caprino 1 1,04** 8,7** 17,3**
Quadr/caprino 1 0,04ns 0,64ns 0,083ns
ns = não significativo; *; **: Significativo a 5 e a 1% de probabilidade pelo teste F.

105

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