Dia 10 - Como Ajudei A Cliente

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Como ajudei minha cliente a respeitar os 3

pilares: organização, posição e hierarquia.


Parece bom, mas não é!

Você deve conhecer alguém ou ser você


mesma a pessoa que faz tudo por todo mundo.
Agenda consulta médica para a mãe (mesmo ela
sendo jovem e capaz), se mete na vida dos
outros sem ter sido chamada para isso,
toma a iniciativa em ajudar, sem que
peçam sua ajuda. parece bom,
mas não é!

Não é bom pra você nem pra


o outro.

Vamos analisar juntas.


Você fica sobrecarregada!

Coloca muita energia para resolver a vida


dos outros e acaba negligenciando dos seus
compromissos.

Cuida das consultas médicas dos outros,


mas não agenda as suas.

Diz que não tem tempo para


descansar, mas passa muito
tempo ouvindo os
problemas e procurando
solução para os problemas
dos outros.
Na verdade, você prioriza os outros e se deixa
para último ou nenhum lugar, nesse momento
você está ferindo o que aprendemos no
segundo dia, amor próprio. Lembra?
Tira a força do outro

Se você acha que a sua ajuda é tão necessária


assim, está se colocando num lugar de muita
importância, onde as coisas não funcionam sem
você.
É como se você dissesse: “Tudo tem
que ser comigo¹”, Eles não dão
conta sem mim!”

E você está certa!

Enquanto tiver alguém para


fazer por eles, não darão!

Analise!
Como as crianças se tornam
independentes?

Incialmente a mãe fará tudo pelo filho. A


medida que cresce, algumas atribuições são
gradualmente atribuídas a ele.

Mas o que acontece se a mãe


fizer tudo por ele?

Ele nunca fará! Porque não


tem necessidade. E ele até se
questionará se realmente é
capaz ou não de fazer, já que
a mãe tirou a oportunidade
de tentar. Tirou mais que
isso, a dignidade de crescer.
Lembro da alegria da minha mãe fazendo
sozinha uma transferência bancária pelo
aplicativo no celular pela primeira vez aos 50
anos. Se sentiu inteligente, capaz e dona de si.
Mas porque deixei de lado a necessidade de me
sentir importante.
Foi o que aconteceu com minha cliente

O pai bebia muito e junto com a mãe não


conseguiam cuidar dos 7 filhos.

Sua mãe cobrava dos filhos o que não recebeu do


seu pai. Por isso, minha cliente aprendeu desde
cedo que precisava trabalhar para cuidar da família,
sai da posição de filha e assume a de mãe/pai e
desrespeita a hierarquia.

Trabalhava e entregava o dinheiro a sua mãe. Certo


dia, a mãe achou pouco o que ela estava dando. E o
pai dela saiu em defesa da esposa e disse que a filha
era má porque estava negando dinheiro a sua mãe.

Nesse momento, aprendeu que o seu valor estava


condicionado a quanto pudesse dar a mãe.
Como resolveu o problema?

Se posicionando e dizendo que não tinha mais


dinheiro?

Não. Procurou um emprego que pagasse mais


para então puder dar mais.

Mesmo casada e sendo mãe, continuava a dar


dinheiro a eles. Tinha medo de não ser amada
por eles, se não desse.

Em troca, ela se sentia no direito de se meter


na vida de todos eles. Queria que todos dessem
ouvidos ao que ela falava, que a obedecessem
como se fossem seus filhos realmente.
Se sentia importante demais!

Achava que os irmãos, a mãe e o pai não sabiam


se virar sem ela e que por isso tudo tinha que ser
do seu jeito, para que estivessem protegidos.

Essa foi a história que contou a si mesma para


justificar o quanto tinha a necessidade de se
sentir importante. Quanto mais importante,
mais amada.

Queria ser importante no lugar errado.


Enquanto isso, onde realmente deveria ser, estava
negligenciando, a sua família (marido e filha).

Estava deixando seu lugar de esposa e mãe vazios.


Se continuasse assim, essa história não teria um
final feliz.
Diminuindo o ego

Embora achasse sua mãe fraca e indefesa, se


desmontou quando percebeu que sua mãe não
precisou dela para ir embora morar em São Paulo
e que lá, mesmo sendo tão frágil, encontrou
emprego sozinha.

Enquanto ela, vivia ainda do mesmo jeito, de


quando a mãe saiu de Pernambuco.

Em lágrima, caiu em si. “Ela não precisou de


mim.”

E pela primeira vez, após essa sessão, disse não aos


irmão sem culpa alguma. Reconheceu a
capacidade que eles têm em si virar sem ela.
Análise Pessoal

Quão grande se sente diante da sua família?

Que preço tem custado a você


o amor deles?

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