WINNICOTT, D. W. - O Conceito de Regressão Clínica Comparado Com o de Organização Defensiva

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EXPLORAÇÕES PSICANALÍTICAS

D.W. WINNICOTT CLARE WINNICOTT


RAY SHEPHERD
MADELEINE DAVIS
Organizadores

Tradução:
JOSÉ O CTA V IO D E A G U IA R A BR E U

Consutoria, Supervisão e Revisão Técnica da Tradução:


JOSÉ OTTO N I O U TE IR A L
RO BERTO BA R B E R E N A G R A N A
A D RIA N E K IPE R M A N
B E R E N ICE PO N TE S N E TT O

2 a reim pressão

2005
29
O Conceito de Regressão Clínica
Comparado com o de
Organização Defensiva
Artigo lido em um Simpósio de Psicoterapia no
McLean Hospital, Belmont, Massachusetts,
em 21 de outubro de 19671

É-m e necessário tornar clara a minha posição desde o início. Neste artigo, não estou
partindo de experiências clínicas especializadas relativas à adm inistração hospitalar
de pacientes esquizofrênicos. Tem de se presumir que a minha experiência clínica de
casos adultos seja a de um psicanalista que, goste ele disso ou não, se torna envolvido
no tratamento de pacientes fronteiriços (borderline) e daqueles que, talvez inesperada-
m ente, tornam-se esquizóides durante o tratamento.
Em minha clínica de psiquiatria infantil, contudo, tive todos os tipos de casos
aos meus cuidados e assisti ao autismo ou esquizofrenia da infância desenvolver-se;
isto talvez justifique minha aceitação deste convite, que considero ser uma honra.
Preciso que me seja permitido vaguear pelo campo teórico, desonrado pela carga
clínica que pertence mais à prática do que à mesa de conferências. Podem os adotar
este curso, acredito, sem nos separar da fonte de nosso trabalho, que deve ser sempre
os seres humanos que vêm até nós ou que nos são trazidos por causa das dificuldades
da vida.
Pareceu-m e ser uma boa idéia utilizar esta oportunidade para classificar um
pouco para mim mesmo a inter-relação de duas idéias, a da esquizofrenia como
regressão e a da esquizofrenia como organização de defesa. Pode acontecer que, ao
praticar desta maneira minhas escalas e arpejos, eu possa proporcionar material para
debate. Não estou interessado em ser original, nem em citar outros autores e pensa-
dores (ou mesm o Freud).
Em benefício daqueles cujo trabalho os leva na direção dos tratamentos físicos,
seja-me permitido dizer que os ignorarei aqui, sim plesmente porque, seja o que for
que já é conhecido ou será descoberto a respeito da bioquímica, da neuropatologia ou
da farm acologia relativa à esquizofrenia, existirão ainda lá os pacientes, pessoas como
nós, com uma história em cada caso do desencadeamento do transtorno e com uma
carga de esforço e sofrim ento pessoais, com um meio ambiente que é simplesmente
mau ou bom ou, então, que confunda a um grau que pode ser desnorteante até
m esm o relatar.

1. Publicado em Eldred e Vanderpol, orgs., Psychotherapy in the D esigned Thernpeutic M ilieu, Inter-
national Psychiatry C linics, vol. 5, n9 1 (Boston; Little, Brown, 1968).

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O que tenho a dizer, portanto, não será nem pró nem contra os especialistas nos
aspectos físicos do transtorno, e, se falhar em referir-me ao trabalho do psicólogo puro
ou acadêm ico, aqui também devo ser entendido como me achando, muito sim ples-
mente, ocupado em outro ponto.
Para se exam inar a teoria da esquizofrenia, tem-se de ter uma teoria de trabalho
do crescim ento emocional da personalidade. Esta é em si mesma uma matéria tão
ampla que eu não teria possibilidade de fazer-lhe justiça em uma breve resenha. O
que tenho de fazer é presumir a teoria geral da continuidade, de uma tendência inata
no sentido do crescim ento e da evolução pessoal, e a teoria da doença mental como
uma interrupção no desenvolvimento. Esta última traz consigo a idéia de uma dinâ-
mica no sentido da cura, isto é, de que se um bloqueio ao desenvolvim ento é afastado,
então disso decorre o crescim ento, por causa das poderosas forças que pertencem às
tendências herdadas no ser humano individual.
Posso também dizer que o enunciado do desenvolvim ento da primeira infância
e da infância em termos de uma progressão de zonas erógenas, que nos serviu bem
em nosso tratamento dos psiconeuróticos, não é tão útil no contexto da esquizofrenia
quanto o é a idéia de uma progressão da dependência (a princípio, quase absoluta)
para a independência, tema com que lidei em certa extensão em diversos artigos2.
Aqui, prestamos tributo pleno à provisão am biental, tal como, por exem plo, à
natureza da mãe em sua apresentação do mundo ao seu bebê que não conhece nada
mais. Do começo, pode-se atribuir valor total ao fator ambiental, que se situa em
segundo lugar apenas em relação às tendências herdadas do bebê. A medida que a
criança adquire autonomia e uma identidade, que se sente real e percebe objetivam en-
te o meio ambiente como fenômeno separado, assim também o meio ambiente se
torna (na saúde) cada vez mais relegado ao segundo plano, exceto que na doença —
tal como na esquizofrenia — tem-se sempre de lembrar que o meio ambiente pode
continuar a ser umfator adverso, por causa dofracasso do indivíduo em obter suficiente autonomia.
Não seria possível ir adiante na teoria essencial do desenvolvim ento pessoal
aqui e agora, embora nada possa ser mais relevante para o tema.
Para mim, a pista para o conflito subjacente à doença que denominamos de
psiconeurose reside dentro do indivíduo. O analista do paciente psiconeurótico acha-
se envolvido, como é bem -sabido, na análise do inconsciente reprimido do indivíduo.
Em contraste, onde jaz a esquizofrenia, o analista ou quem quer que esteja
tratando o paciente ou administrando o caso, encontra-se envolvido na elucidação de
uma cisão na pessoa do paciente, o extrem o de uma dissociação. A cisão toma o lugar
do inconsciente reprimido do psiconeurótico.
Tentei esclarecer minha idéias sobre este tema particularm ente em "Psicoses e
Cuidado Infantil". Forneço aqui um diagrama de minha idéia da cisão básica na
enferm idade psicótica, mas clinicam ente a cisão, sendo subtotal, pode aparecer em
várias formas de dissociação, tais como Self Verdadeiro e Falso Seip, e na vida intelec-
tual ex-cindida do viver psicossomático4.

2. V er "P sicoses e Cuidado Infantil" (1952), em Collected Papers: Througli Paedintrics to Psycho-
Analysis (London; Tavistock, 1958; New York, Basic Books, 1975; London; Hogarth Press, 1975),
e três artigos em O A m biente e os Processos de Maturação (Porto A legre, A rtes M édicas, 1983;
London: Hogarth Press; Nova Iorque, International Universities Press, 1965); "A Teoria do
Relacionam ento Paterno-Infantil" (1960), "D a Dependência para a Independência no Desenvol-
vim ento do Indivíd uo" (1963), e "D ependência no Cuidado do Lactente, no Cuidado da
Criança e na Situação Psicanalítica" (1963).
3. V er "D istorção do Ego em term os de Falso e V erdadeiro S e l f (1960), em Os Processos Matura-
cionais e o M eio Am biente Facilitador.
4. Ver M in d and Its Relntion to The Psycho-Soma (1949), em Collected Papers: T hrough Paediatrics to
Psycho-Analysis.
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O bviam ente, a natureza da dissociação que aparece clinicamente pode ser in-
fluenciada pela natureza das expectativas oriundas do meio ambiente, de maneira que
um paciente pode estar padecendo de expectativas patológicas nesse meio. Os pais
podem ter querido uma criança do outro sexo, por exem plo, ou ter desejado um gênio
ou uma criança que não tivesse impulsos agressivos. Estas expectativas patológicas
podem reforçar dissociações potenciais no indivíduo.
Tudo isto é bem sabido e bem-aceito. O que segue é menos seguro, mas conti-
nuarei a utilizar uma linguagem dogmática.
A cisão na pessoa aconteceu e se organizou por causa de um fracasso ambiental.
Houve um fracasso do “ meio ambiente expectável m éd io". Em meus termos, um bebê
é geralm ente cuidado por uma mãe "suficientem ente b oa". Bem, ou a mãe suficien-
tem ente boa teve de falhar (talvez houvesse ficado doente), ou, então, não era sufi-
cientem ente boa. Não estou distribuindo culpas, mas apenas buscando a etiologia.
Estas questões são mais obviamente aplicáveis à esquizofrenia da primeira in-
fância e da infância, mas temos de encontrar uma maneira de aplicá-las à esquizofre-
nia dos adolescentes e de pessoas adultas, mesm o quando, segundo parece, as coisas
correram bem no início da infância e o transtorno apenas apareceu clinicamente em
idade posterior. O fato é que a dependência inicial continua a ter significado, especial-
mente na adolescência, e talvez, de maneira disfarçada, através de toda a vida. (Exem-
plificando, a dependência de um princípio religioso pode não se apresentar, a menos
que alguma experiência torne insustentável esse princípio.)
Para mim, uma mãe suficientemente boa, pais suficientemente bons e um lar
suficientem ente bom realmente proporcionam à maioria dos bebês e das crianças
pequenas a experiência de não terem sido significantemente decepcionados. Desta maneira,
as crianças médias têm a oportunidade de construir uma capacidade de acreditarem
em si m esm as e no mundo: elas constroem uma estrutura sobre a acum ulação da
confiabilidade introjetada. Elas são desditosamente ignorantes de sua boa sorte e
acham difícil entender aqueles entre seus companheiros que carregam consigo, duran-
te toda a vida, experiências de impensável ansiedade e uma deficiência no setor da
confiabilidade introjetada. É entre estas últimas pessoas que a enfermidade, quando
ocorre, tende a assumir uma forma que rotulamos de esquizofrênica, antes que psico-
neurótica ou depressiva.
Tenho de inserir uma nota aqui, apesar de minha disposição de manter fora tudo
o que não seja necessário à exposição de meu tema principal; ela tem a ver com o fato
de que fracassos na confiabilidade ambiental nos estágios iniciais produzem no bebê
fraturas da continuidade pessoal, por causa das reações ao impredizível. Estes eventos
traum áticos conduzem consigo uma ansiedade impensável ou um sofrim ento m áxim o5.
Chego aqui ao ponto em que tenho de confessar que, em determinada época,
pensei na esquizofrenia e nos tipos esquizóides de transtorno clínico como sendo
regressões, de maneira que juntei-m e à caçada dos pontos de fixação. Isto constituiu
uma sobra da correspondente caça às feiticeiras, na tentativa de enunciar a etiologia
da psiconeurose em suas variadas manifestações.
Minha atitude mudou quando vi que tenho de pensar em dois tipos de regres-
são, e uma delas é simplesmente uma retroação em uma direção que constitui o
oposto do m ovimento para a frente do desenvolvimento. Vê-se aspectos regressivos
aparecem e reconhece-se que os mecanismos de crescimento do indivíduo tornaram-
se bloqueados. O outro tipo de regressão é inteiramente diferente, embora clinicam en-

5. Ver A integração cio Ego no Desenvolvimento da Criança (1962), em O Ambiente e os Processo de Maturação.
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te possa ser semelhante. Neste tipo, o paciente regride por causa de uma nova
provisão ambiental que permite a dependência.
Lembro-m e de uma senhora, não muito fora do com um , que se mantinha bas-
tante bem, apesar de muita ansiedade e falta de sono, até que acabou por encontrar
uma boa e confiável governanta; neste ponto, ela se deitou e regalou-se, como se diz.
Substitua-se "g ov ern anta" por "enferm eira psiquiátrica" e "regalar-se" se torna "d e-
pressão esquizóid e", com mais o dinheiro para pagar por isso.
Em outras palavras, descobri que, em meu estudo dos fenômenos esquizóides,
estava utilizando a palavra "reg re ssão" para significar regressão à dependência, e não
mais me preocupei em saber se o paciente havia retroagido em termos de zonas erógenas.
Isto me levou a ver que a enferm idade do paciente constitui uma expressão dos
elem entos sadios em sua personalidade, quando se relaciona a regressão com a provi-
são ambiental. O que quero dizer é que é uma coisa se um paciente sim plesm ente tem
um colapso e outra se ele o tem em alguma nova provisão ambiental que oferece um
cuidado confiável. Exemplo especial disso é o do paciente esquizóide que passa por
uma fase regressiva porque a longa fase preparatória da análise forneceu-lhe um
senso de haver algo digno de confiança que pôde ser usado de modo positivo6. É
verdade que o uso que o paciente faz desta nova oportunidade de dependência é
com plexo; apesar disso, o trabalho feito e o uso que se fez desse trabalho indicam o
funcionamento de um saudável elemento de "eg o observador" no paciente. A defesa
do self falso pode ser abandonada e o self verdadeiro pode ficar exposto (com grandes
riscos) na transferência psicótica.
A partir daqui (e fico envergonhado por haver condensado o que quero dizer
quase ao ponto do absurdo), comecei a ver a esquizofrenia e, especialmente, a enfer-
midade do caso borderline como sendo uma sofisticada organização de defesa. Aqui existe
um vínculo direto com Freud e o seu tema central, de que os sintomas significam algo
e têm valor para o paciente, embora ele estivesse, a princípio, se referindo a m anifes-
tações psiconeuróticas.
Contribuidora para o meu deslocamento nesta direção de entendimento teórico
(um deslocamento lento, pode-se pensar) foi a minha ampla experiência do que
sempre chamei de esquizofrenia infantil. O que observamos em crianças e bebês que
ficam enferm os de uma maneira que nos força a utilizar a palavra "esquizo frenia",
embora ela originalmente se aplicasse a adolescentes e adultos, aquilo que vemos
muito claram ente é uma organização no sentido da invulnerabilidade. Diferenças são de
esperar, de acordo com o estágio do desenvolvim ento emocional do adulto, criança ou
bebê que fica doente. O que é comum a todos os casos é que o bebê, a criança, o
adolescente ou o adulto nunca mais devem experienciar a ansiedade im pensável que se
acha na raiz da enfermidade esquizóide. Esta ansiedade impensável foi experienciada
inicialm ente em um momento de fracasso da confiabilidade por parte da provisão
ambiental, quando a personalidade imatura se encontrava no estágio de dependência
absoluta.
A criança autista que percorreu quase todo o caminho que leva à insuficiência
mental não sofre mais; a invulnerabilidade foi quase alcançada. O sofrim ento pertence
aos pais. A organização no sentido da invulnerabilidade foi bem -sucedida e é isto que
clinicam ente se apresenta, juntam ente com aspectos regressivos que não são de fato
essenciais ao quadro.
Apreciar-se-á que esta teoria inclui a idéia de trauma, pelo qual desejo significar
uma experiência contra a qual as defesas do ego foram insatisfatórias no estágio de

6. Ver M etapsychobgicnl and Clinicai Aspects ofR egression Witliin the Psycho-Annlytical Set-U p (1954),
em Collected Papers: Through Paedintrics to Psycho-Annlysis.
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desenvolvim ento emocional do indivíduo na ocasião, ou no estado do paciente na


ocasião. O trauma é um impacto provindo do meio ambiente e da reação do indivíduo
a ele, que ocorre anteriormente ao desenvolvimento, por esse indivíduo, de m ecanis-
mos que tornem a experiência predizível.
Em seguida a experiências traumáticas, novas defesas são rapidamente organi-
zadas, mas na fração de segundo que ocorre antes que isso se dê, o indivíduo teve
rompida a linha contínua de sua existência, rompida pela reação automática à falha
ambiental.
Em outro lugar7 indiquei as variedades de experiência de ansiedade "im pensá-
v e l" ou "p sicótica". Elas podem ser classificadas em termos da quantidade de inte-
gração que sobrevive à catástrofe:
Nenhuma integração é Desintegração
mantida
Uma certa integração é Queda eterna
mantida Ir em todas as direções
Cisão somática; cabeça e corpo
Ausência de orientação
Perda de relacionamento dirigido com objetos
A integração é mantida Meio ambiente físico impredizível, ao invés de
"im previsível m édio"
O resultado do traum a tem de ser um certo grau de distorção do desenvolvi-
mento. Ver-se-á quão normal e sadia a raiva seria, em comparação com tal horror. A
raiva im plicaria a sobrevivência do ego e uma retenção da idéia de um a experiência
alternativa em que o "desapontam ento" não ocorreu. Clinicam ente, o estado que é
chamado de "p â n ico " facilmente se torna uma característica. O estudo direto deste é
im produtivo, porque o pânico é, ele próprio, uma defesa. Vale a pena encarar o pânico
como um horror organizado disposto em torno de uma situação fóbica, cujo objetivo
(na organização de defesa) é proteger o indivíduo contra novos exem plos do impre-
dizível. A m aternagem suficientemente boa é o que capacita o bebê a não ter de
encontrar o impredizível até poder admitir fracassos ambientais.
Corolário importante disto é o que afeta todos os que se empenham na psicote-
rapia da esquizofrenia em pacientes de qualquer idade. Ajudamos ao proporcionar a
confiabilidade que o paciente pode usar, no sentido de que pode anular as defesas que
foram erguidas contra a impredizibilidade e as calam itosas conseqüências em termos
do horror a ser experienciado.
Se alcançamos êxito, capacitamos o paciente a abandonar a invulnerabilidade e a
tornar-se um sofredor. Se temos sucesso, a vida se torna precária para alguém que
estava começando a conhecer um certo tipo de estabilidade e uma liberdade quanto
ao sofrimento, mesmo que isto significasse a não-participação na vida e, talvez, a
deficiência mental.
De início, parecem os ver melhorias clínicas, m as à medida que progredim os e o
paciente alcança confiança em nós em grande escala, então nossos equívocos e fracassos
se tornam novos traumas. Aprendemos a esperar uma sensibilidade crescente por parte
do paciente e com eçam os a imaginar se é a bondade ou a crueldade que nos motiva.
Descobrim os que nossos inevitáveis fracassos específicos e limitados, amiúde ocasio-
nados pelo paciente, dão a este oportunidade para sentir e expressar raiva por nós. Ao
invés de um trauma cum ulativo8, obtemos experiências cum ulativas de raiva, na qual

7. Ego tntegration in Child Devetopment.


8. Ver M. M asud R. Khan, "The Concept of C um ulative T ra u m a", em The Psycho-Analytic Study
o f the Child, voi. 18 (London: H ogarth Press, 1963); tam bém em Khan, The Privncy o f the S elf
(London, H ogarth Press, 1974).
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o objeto (o terapeuta e a sua sala) sobrevivem à raiva do paciente. Nenhum tratamen-


to de casos borderline pode achar-se livre de sofrimento, tanto do paciente quanto do
terapeuta.

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