1451-Texto Do Artigo-3727-5245-10-20181112

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Leitura e Escrita: Um Relato de Dificuldades de Aprendizagem


nos anos iniciais do Ensino Fundamental
Adriana Maria dos Santos1; Aurenia Pereira de França2; Maria do Socorro Cecilio Sobral3

Resumo: O presente artigo teve como objetivo relatar as dificuldades de aprendizagem na leitura e escrita nos
anos iniciais e nortear para onde e como deve-se agir para obter resultados satisfatórios na aprendizagem. A
justificativa por essa temática consiste no fato de ser extremamente importante saber ler e escrever nem que seja
o mínimo possível para viver bem diante da sociedade e que as dificuldades de leitura e escrita não são superadas
no processo e são levadas durante toda a vida escolar comprometendo o desempenho do aluno. Através dele foi
possível mostrar em consulta A visão de Gadotti quanto ao ensino e quanto ao papel do professor nesse ciclo de
aprendizagem e citar Freire como uma das inspirações, diante da desenvoltura que aponta o papel e a importância
do professor e do aluno no processo de ensino e aprendizagem que vai além de apenas ensinar. A pesquisa aqui
presente teve cunho qualitativo exploratório e foi tipo bibliográfico através de pesquisa e estudo em livros, artigos
retirados da internet entre outros. Foi ainda possível afirmar que diante do presente trabalho obteve-se a ideia de
que o aluno é um ser que está aprendendo com o mundo e é preciso observá-lo e descrevê-lo para que se possa
haver uma adaptação curricular no processo de ensino que esteja totalmente voltado para a melhoria da
aprendizagem do aluno. Concluiu-se então que é necessário desenvolver ações pedagógicas e de cunho adaptativo
para aprendizagem desses alunos, para que ocorra diante do processo ensino aprendizagem a soma de resultados
na alfabetização de alunos com dificuldades na leitura e escrita. Tais resultados só serão possíveis com empenho
e dedicação total do professor, estando presente e mostrando o mundo como meio de aprendizagem e dando
autonomia para o aluno aprender fazendo.

Palavras-Chave: Leitura e escrita, dificuldades de aprendizagem, ensino fundamental.

Reading and Writing: A Report of Learning Difficulties


in the Initial Years of Elementary Education
Abstract: The aim of this article was to report learning difficulties in reading and writing in the initial years and
to orient where and how to act to obtain satisfactory results in learning. The justification for this theme is the fact
that it is extremely important to be able to read and write even if it is the least possible to live well in front of
society and that the difficulties of reading and writing are not overcome in the process and are carried throughout
the school life, the student's performance. Through him it was possible to show in consultation Gadotti's view on
teaching and on the role of the teacher in this cycle of learning and to quote Freire as one of the inspirations, given
the resourcefulness that points out the role and importance of the teacher and the student in the process of teaching
and learning that goes beyond just teaching. The present research had an exploratory qualitative aspect and was
bibliographic type through research and study in books, articles taken from the internet among others. It was also
possible to affirm that before the present work the idea was obtained that the student is a being who is learning
with the world and it is necessary to observe and to describe it so that there can be a curricular adaptation in the

_____________________
1 Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central (FACHUSC). E-mail: [email protected];
2 Mestrado em Ciência da Linguagem na UNICAP, Especialista em Metodologia do Ensino e Especialista em Ciência da
Educação Supervisão Pedagógica. Graduação em Letras - Francês pela Universidade Regional do Cariri, Brasil. Professora na
Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central (FACHUSC). E-mail: [email protected]
3 Mestrado em Educação em Ciências pela Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil. Professora

da Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central (FACHUSC). E-mail: [email protected]

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teaching process that is fully focused on improving student learning. It was concluded that it is necessary to develop
pedagogical and adaptive actions for the learning of these students, so that before the process teaching learning
the sum of results in the literacy of students with difficulties in reading and writing. These results will only be
possible with dedication and total dedication of the teacher, being present and showing the world as a means of
learning and giving autonomy for the student to learn by doing.

Keywords: Reading and writing, learning difficulties, elementary school.

Introdução

Diante das dificuldades de aprendizagem e das necessidades específicas de cada


discente, podemos afirmar que aprender a ler e escrever pode ser no mínimo dificultoso e chegar
a um patamar de trazer problemas não só de aprendizado, mas também sociais.
Aprender a ler a cada dia se torna verdadeiramente mais necessário para todas as
pessoas. Mas não basta só saber ler. É preciso ser letrado. Nos dias atuais a alfabetização se faz
a partir do alfabetizar letrando, onde afasta o aluno de ser apenas uma pessoa que escreve, mas
que não reconhece algo que o mesmo escreveu ou que tenha vindo de outro.
O estudo desenvolvido tem como por objetivo relatar as dificuldades de aprendizagem
na leitura e escrita nos anos iniciais e nortear para onde e como deve-se agir para obter
resultados satisfatórios na aprendizagem. Com indicação de dinâmicas que auxiliem no ensino
de crianças com dificuldade na leitura, no mesmo está apresentado que é relevante e necessário
que o aluno tenha autonomia para ser quem quer ser e aprender no seu tempo de aprendizagem.
Através dessa pesquisa foi possível concluir que no ensino para alunos não só com dificuldade
na aprendizagem, mas também qualquer outro que é preciso haver adaptação no currículo e no
ensino, pois além de cada aluno aprender no seu tempo cada um deles aprende de uma forma
diferente. Diante disso é possível afirmar que o professor deve estar apto e interessado no
desenvolvimento e na aprendizagem do aluno, onde ele pode e deve agir de maneira prática e
lógica desenvolvendo ações e estratégias pedagógicas de ensino que auxiliem o rofessor no ato
de ensinar e o aluno na arendizagem.
Entre as ações pedagógicas que podemos citar está a de ensinar a criança apresentando
o mundo para a mesma. E como seria tal desenvoltura? Ela se daria através de mostrar objetos
ao redor do aluno e seus respectivos nomes reproduzidos. Fazendo assim que sempre que o

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aluno veja e observe tal objeto possa assemelhar a palavra e sempre que ler a palavra assemelhe
ao objeto.
O desenvolvimento deste trabalho se justifica pelo fato da percepção nas dificuldades
de aprendizagem dos alunos, as motivações que resultam nas dificuldades e como tentar abdicar
dos meios de ensino regular e apossar-se de ações que auxiliem o aluno a ultrapassar toda e e
qualquer barreira que venha impossibilitar o seu aprendizado.
O mesmo vem com sentido de dar norteamento e auxílio diante das necessidades
encontradas no ensino. Cada dia vê-se o meio social de forma insegura e catastrófica e um dos
papeis do professor em sala de aula está voltado para trazer segurança e alívio social para o
aluno no meio escolar, fazendo que ele possa levar seu aprendizado para toda sua vida, pois a
e qualquer barreira que venha impossibilitar o seu aprendizado.

Referencial teórico

Leitura e escrita

Desde o início da educação escolar, uma das maiores preocupações, se não a maior, é a
aprendizagem na leitura e na escrita. Tais ações desenvolvidas no decorrer da vida acadêmica
trazem resultados que se levarão por toda a vida particular do aluno.
Lajolo fala que:

“O leitor que, diante de um texto escrito, tenha a autonomia suficiente para


atuar desde a decodificação da mensagem no seu aspecto literal até o
estabelecimento de um conjunto mínimo de relações estruturais, contextuais
que ampliem a significação do texto a tal ponto que se possa considerar ter
havido, efetivamente, apropriação da mensagem, do significado na
multiplicidade de relações estabelecidas entre texto e leitor, entre textos, com
o mundo” (LAJOLO, 1999, p. 105).

Tal afirmação diz que a leitura traz o total conhecimento daquilo que se lê e se
compreende, fazendo da leitura um símbolo de compreensão e de aprendizagem quanto ao que
se passa diante do mundo. O bom leitor tem o poder de ver e recriar o mundo através da sua
visão, sendo um bom visionário daquilo tudo que aprende, com condição total de conseguir
construir novos conhecimentos através daquilo que se aprendeu.
Podemos então ver a escrita como representação daquilo que queremos reproduzir ou

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produzir, diante daquilo que conhecemos ou queremos conhecer. Ambas (leitura e escrita)
andam juntas no processo de ensino e de aprendizagem, as mesmas ensinadas e aprendidas com
eficiência podem alcançar o desenvolvimento do aluno diante de tudo aquilo que ele precisa
aprender como acadêmico escolar.

Alfabetização: as dificuldades de aprendizagem no início da vida escolar

Ao passar pela alfabetização é comum para qualquer criança que encontre dificuldades
em sua aprendizagem, desde que aprender requer atenção e desejo pelo aprendizado, como
pensa Gadotti quando diz que para aprender é necessário gostar de aprender, ter prazer em
ensinar, como um jardineiro que cuida com emoção do seu jardim, de sua roça e amar aquele
que aprende (GADOTTI, 2003). Essas dificuldades sempre aparecem por existirem
necessidades específicas em cada aluno, sendo que as mesmas devem ser atendidas e
observadas tais necessidades podem ser tanto físicas quanto psicológicas ou até mesmo um
transtorno ou um distúrbio adquirido ou genético.
As dificuldades na aprendizagem podem acontecer ao tentar reconhecer uma letra, um
número e até mesmo uma imagem, e partir para o reconhecimento de palavras frases e até
textos. Identificar a dificuldade é o primeiro passo para desenvolver ações que a resolvam.
Sendo assim o professor deve estar atento a cada passo do aluno, observando cada sinal de
desenvolvimento, de dificuldade e de facilidade em aprender aquilo que lhe é ensinado.
Para iniciar ações de leitura e escrita é preciso conhecer o discente, para isso é necessário
observa-lo e descrevê-lo para si através da visão docente. Diante desse reconhecimento o
professor deve articular ações de adaptação curricular para cada aluno acerca de seu ritmo de
aprendizagem. Para Gadotti (2003 e p) o professor precisa entender o aluno, e entender o fato
de que ele precisa aprender sobre o mundo de maneira cautelosa e no seu próprio tempo.
Nesse aspecto o docente está considerando as diferenças que cada ser apresenta
conforme sua bagagem genética e precisará ir muito além buscando compreender a relação do
aluno com o conhecimento construído pela humanidade como ressalta o teórico a seguir:

O professor precisa saber, contudo, que é difícil para o aluno perceber essa relação
entre o que ele está aprendendo e o legado da humanidade. O aluno que não perceber
essa relação não verá sentido naquilo que está aprendendo e não aprenderá, resistirá à

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aprendizagem, será indiferente ao que o professor estiver ensinando. Ele só aprende
quando quer aprender e só quer aprender quando vê na aprendizagem algum sentido.
Ele não aprende porque é burrinho. Ao contrário, às vezes, a maior prova de
inteligência encontra-se na recusa em aprender. (GADOTTI,2003 P.47)

A alfabetização pode ser uma experiência dificultosa e aterrorizante para o aluno, se não
houver dedicação e assiduidade do professor no ensino essa experiência com resultados
desastrosos pode se desencadear por toda a vida do discente.

Dificuldade na leitura e escrita, algo que pode ser superado

Conseguir ler e escrever bem requer treino e um bom empenho e dedicação da parte do
aluno e do professor. Essa dedicação deve estar voltada inteiramente para a tentativa assídua e
corriqueira de ambas as partes para que se tenha os objetivos alcançados. Tanto o ensino quanto
a aprendizagem devem estar voltados ligeiramente para as dificuldades do aluno, porém sempre
se apegando a aprendizagem de coisas novas para que possa ter um auxílio de novos conteúdos
e práticas de desenvoltura.
Para abdicar da dificuldade e alavancar a aprendizagem do aluno, o professor deve
incita-lo a conhecer o mundo. Como afirma Paulo Freire (1992) quando diz que a leitura do
mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da
continuidade daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. Diante disso
podemos afirmar que para iniciar o ensino da leitura deve-se primeiro apresentar o mundo ao
aluno, pois além de equiparar a linguagem a vida, ao fazê-lo é possível ver e levar em conta o
conhecimento já existente do aluno.
De acordo com Silva (1988 p.64) é preciso ler para compreender os textos, participando
criticamente da dinâmica do mundo da escrita e posicionando-se frente à realidade esta a
finalidade básica que estabelecemos para as práticas de leitura na escola. Assim o aluno deve
conhecer e estar apto ao mundo leitor e a leitura deve estar voltada para sua realidade
Mas como usar o que está em volta na aprendizagem? Ao usar a imagem de uma cadeira
para depois mostrar a palavra cadeira fará com que o aluno passe a dar significado a palavra.
Sendo assim ele verá que como o exemplo acima dado, tudo ao nosso redor tem nome e
significado.
Quanto a prática da escrita, que se volta para representação da grafia, traz ao aluno a

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oportunidade de representar o seu conhecimento e aprendizagem. O que lhe auxilia na leitura
pois através da escrita o discente pode representar a palavra que está lendo ou conhecendo. Para
isso é necessário que anteriormente o aluno tenha aprendido o alfabeto e os números, que são
signos que delimitam o início do conhecimento e da aprendizagem acadêmica. Bottrel (1998,
p.35) diz que no aprendizado da escrita a criança descobre o alcance da redação e do desenho e
dispõe de cada um deles conforme seu objetivo de comunicação. Nesse sentido o discente pode
ver na escrita a oportunidade de se comunicar e desenvolver o que pensa através daquilo que
ele representa escrevendo ou até mesmo desenhando.
Sendo assim, além de tentar trazer aos alunos os hábitos de leitura, é preciso estar
constantemente incitando ele a ler e escrever. As repetições de ações podem ser delimitadoras
na aprendizagem quando funcionarem bem, e quando falharem ou até mesmo fracassarem
sempre servirão de auxílio para a melhoria da prática de ensino.
.Superar problemas na aprendizagem podem ser difíceis, mas desde que seja feito com
atenção e cuidado é possível que se encontre resultados reais e longíquos onde o discente poderá
carregar durante toda sua vida acadêmica e pessoal.

Resultados de ações norteadoras de resultados para a aprendizagem

Somente delimitando ações que estejam voltadas para dificuldade de cada aluno é que
se pode obter um resultado seguro e incólume, sendo assim, tais resultados serão duradouros e
levados para toda a vida. Tais ações devem estar presentes diariamente na vida escolar, para
que seja efetuado com eficácia o que é ensinado e aprendido.
. Entre essas ações está o amor pelo ensino e por quem aprende. Gadotti (2003, p.21)
relata que muitas professoras, quando perguntadas porque escolheram essa profissão
respondem: porque gosto de criança. É uma resposta correta e significativa, mas ela não é levada
em conta no seu processo de formação. Sendo assim, diante dessa afirmativa podemos perceber
que gostar do alunado é necessário, mas não é tudo. O amor pela a profissão é essencial, quando
se faz aquilo que se gosta, é mais provável que o professor consiga se sair melhor nas suas
práticas e nos seus resultados alcançados durante a sua desenvoltura de ensino.
É previsto que os alunos precisam aprender a ler, compreender e interpretar palavras,
textos e até mesmo imagens, esses são conhecimentos acadêmicos norteadores de resultados

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legais e duradouros já que aprender a ler e escrever precede a aprendizagem de outros
conteúdos. Formando-se assim uma pessoa letrada e não simplesmente alfabetizada,
acontecendo cada coisa no seu devido tempo de realização. A pesquisadora afirma que:

A leitura é o processo mediante o qual se compreende a linguagem escrita.


Nesta compreensão intervêm tanto o texto, sua forma e conteúdo, como o
leitor, suas expectativas e conhecimentos prévios. Para ler necessitamos,
simultaneamente, manejar com destreza as habilidades de decodificação e
aportar ao texto nossos objetivos, ideias e experiências prévias (SOLÉ, 1998,
p.23).

Entre tais ações está a de dar autonomia para o aluno desenvolver naturalmente, de
forma contínua e sem nenhum tipo de ação mecânica, onde no lugar de produzir ele apenas
reproduzirá. Sendo assim o aluno terá a liberdade de criar e construir o seu conhecimento diante
das suas aprendizagens diárias, ele precisa de liberdade e estímulo para aprender da sua forma
e no seu tempo. Solé (1998 p.76), diz que o bom ensino não é apenas o que se situa um pouco
acima do nível do aluno, mas o que garante a interiorização do que foi ensinado e seu uso
autônomo por parte daquela. Logo é possível afirmar que o papel do professor no processo
ensino aprendizagem da leitura e da escrita deve estar voltado para ensinar ao aluno e lhe dar
auxílio, porém, conforme se apresente resultados, o docente deve se distanciar desse ensino,
fazendo com que o mesmo não seja totalitário, e passe a observar e auxiliar somente quando for
realmente necessário.
Permitir que o aluno crie sua própria interpretação de mundo, fazendo com que ele
construa sua própria história é de extrema relevância para o contexto educacional. Logo vemos
que entre as ações de auxílio ao desenvolvimento do aluno está em dar autonomia ao mesmo,
auxiliá-lo em sua aprendizagem, ter amor pelo ensino e permitir que ele conheça ao mundo a
aprendendo com o mesmo.

Metodologia

O presente estudo tem cunho qualitativo de tipo bibliográfico. O mesmo foi


desenvolvido através dos teóricos Gadotti, Lajolo, PauloFreire, Silva, Bottrel, Isabel solé e
Abreu e também com ajuda de pesquisa em livros e artigos retirados da internet dos quais trouxe
um norteamento para o segmento da pesquisa.

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Resultados e Discussão

Foi observado e avaliado que para haver um bom ensino e resultado diante das práticas
pedagógicas deve-se ter apreço pelo ensino e pela aprendizagem. Ensinar deve ser prazeroso
assim como aprender. O que quer dizer que é verdadeiramente preciso incentivar o aluno a ter
gosto pela aprendizagem para que se tenha dedicação de ambas as partes através de dinâmincas
que interesse o aluno como atividades lúdicas, uso de tecnologias da informação em sala de
aula é muito oportuno considerando que: A maioria das pessoas tem como leitura habitual
apenas a mídia. É lá que vão buscar os seus tijolos para construir, mas pouca coisa tem serventia.
(...) Na verdade, a mídia nos oferece uma espécie de visão tubular das coisas. É como se
olhássemos apenas a parte da realidade que ela nos permite olhar e da maneira como ela quer
que nós a interpretemos. (ABREU, 2000, P.35)
Igualmente foi perceptível que a adaptação curricular e no ensino traz resultados que
são decisivos e importantes na aprendizagem, pois os mesmos levam em conta as dificuldades
dos alunos à risca, fazendo valer a necessidade por resultados através da dedicação pessoal.
Ver também que o mundo é objeto de ensino e também de aprendizagem foi um resultado
inesperado, não que não houvesse imaginação quanto a hipótese e sim por perceber que o
mundo e o que existe nele também ensina, e que tirar proveito disso é inteligente e requer
habilidade.
Acima de tudo foi possível perceber que dar autonomia ao aluno para aprender e ser
quem ele é no meio escolar e de aprendizado pode trazer resultados eficazes, fazendo com que
o aluno aprenda a fazer fazendo. Ver que a leitura deve ser incentivada mostra que deve-se
formar leitores desde sempre para que os mesmos venham a se tornar escritores e criadores de
suas próprias histórias.

Considerações Finais

Nos dias atuais tornou-se extremamente importante saber ler e escrever nem que seja o
mínimo possível para viver bem diante da sociedade. Quando é dito viver bem, relata-se diante
dos meios de comunicação e de compra por exemplo. E não se fala somente de comunicação
digital, mas também da comunicação direta e interpessoal, que mesmo estando hoje abalada

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diante da facilidade da comunicação virtual, ainda é presente na vida das pessoas.
Logo podemos ver que aquele que não lê ou não compreende aquilo que lê torna-se
facilmente manipulado. Sendo levado sempre por aquilo que se houve. A partir daí que vê-se a
importância da leitura e da compreensão de textos.
Sendo assim o papel da leitura e escrita se torna de extrema importância e de grande
valor pois atua no desenvolvimento acadêmico e pessoal do alunado. Para que haja esse
aprendizado de forma segura e real o professor deve estar apto para trabalhar com afinco na
busca de resultados mediante as dificuldades de cada aluno. Produzindo estratégias de ensino e
aplicando-as na sua prática diária.
A missão do professor não se resume apenas em ensinar a ler e escrever, mas também
princípios morais. Tais como o carinho e afeto por quem lhe ensina que deve partir
primeiramente do docente. O professor deve ser profissional e buscar posturas que sejam
eficazes no ensino e na aprendizagem, tais posturas parte de uma adaptação no currículo voltada
tão somente para a necessidade específica do aluno, pois a mesma também está voltada para
um problema transtorno ou distúrbio que pode ou não ser corrigido, avaliado e tratado, mas que
pode ter resultados positivos quanto a diminuição das dificuldades e também em aspectos de
comportamento.
Um dos aspectos importantíssimos no ensino da leitura e escrita para se obter resultados
importantes e reais é o incentivo ao hábito de ler. Desde a leitura de palavras até a que se dá
início na aprendizagem que é a leitura de imagens. Pedir e incentivar que os alunos aprendam
letras, números e imagens que são signos extremamente presentes na sua aprendizagem, pode
ser o início de um a vida saudavelmente leitora, com desejo pelo aprendizado e pelo
conhecimento.
É preciso não só amar a profissão de professor, mas também fazer com que o aluno tenha
o mesmo sentimento pela aprendizagem. Sendo assim o mesmo sentirá prazer em suas
descobertas.

Referências

BOTTREL, I. A. Crianças no caminho do Jornalismo. Revista AMAE Educando. Belo


Horizonte, 1998.

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FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo:
Cortez, 1992.

. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo:


Editora paz e terra, 1996.

GADOTTI, Moacir. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. Moacir


Gadotti. – Novo Hamburgo: Feevale, 2003.

LAJOLO, Marisa. A importância do ato de ler. São Paulo: Moderna, 2003.

SILVA, Ezequiel T. da. A leitura no contexto escolar. Série Idéias n.5. São Paulo: FDE, 1988.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998.


Como citar este artigo (Formato ABNT):

SANTOS, Adriana Maria dos; FRANÇA, Aurenia Pereira de; SOBRAL, Maria do Socorro Cecilio.
Leitura e Escrita: Um Relato de Dificuldades de Aprendizagem nos anos iniciais do Ensino
Fundamental. Id on Line Rev.Mult. Psic., 2018, vol.12, n.42, Supl. 1, p. 481-490. ISSN: 1981-1179.

Recebido: 08/11/2018;
Aceito: 12/11/2018

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