Normam-602 - Mod.1
Normam-602 - Mod.1
Normam-602 - Mod.1
HIDROGRAFIA E NAVEGAÇÃO
NORMAM-602/DHN
NORMAM-602/DHN
MARINHA DO BRASIL
DIRETORIA DE HIDROGRAFIA E NAVEGAÇÃO
2023
TIPO: NORMA
FINALIDADE: NORMATIVA
ORIGINAL
ORIGINAL
INTENCIONALMENTE EM BRANCO
NORMAM-602/DHN
EXPEDIENTE QUE A
NÚMERO DA PÁGINAS DATA DA
DETERMINOU E RUBRICA
MODIFICAÇÃO AFETADAS ALTERAÇÃO
RESPECTIVA DATA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO………………………………………………………………………………………………………….... V
- III - ORIGINAL
NORMAM-602/DHN
ANEXOS
- IV - MOD.1
NORMAM-602/DHN
INTRODUÇÃO
1. PROPÓSITO
Estabelecer normas e procedimentos para o licenciamento, implantação e autorização
para operação de um Serviço de Tráfego de Embarcações (VTS) no Brasil.
2. DESCRIÇÃO
Esta norma está dividida em quatro capítulos e seis anexos. O Capítulo 1 apresenta a
concepção do serviço de tráfego de embarcações, o arcabouço normativo, conceitos e
acrônimos, o Capítulo 2 apresenta regras para a implantação de um VTS, o Capítulo 3 apresenta
as regras de funcionamento e a operação de um VTS e o Capítulo 4 apresenta outros serviços
relacionados ao VTS. Os anexos apresentam informações e orientações complementares a esta
norma.
3. PRINCIPAIS MODIFICAÇÕES
Esta edição é decorrente da reorganização das Normas da Autoridade Marítima
(NORMAM), que apresenta as seguintes modificações:
a) renumeração da NORMAM-26/DHN (5ª Revisão), passando a ser identificada como
NORMAM-602/DHN (Edição 2023);
b) alteração do formato da capa; e
c) inserção de uma introdução.
4. CLASSIFICAÇÃO
Esta NORMAM é classificada como ostensiva e norma.
5. SUBSTITUIÇÃO
Esta NORMAM substitui a NORMAM-26/DHN (5ª Revisão) - Normas da Autoridade
Marítima para o Serviço de Tráfego de Embarcações (VTS).
-V- ORIGINAL
INTENCIONALMENTE EM BRANCO
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CAPÍTULO 1
O SERVIÇO DE TRÁFEGO DE EMBARCAÇÕES
1.1. INTRODUÇÃO
De acordo com a Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar
(SOLAS, na sigla em inglês), Capítulo V/regra 12 e Resolução A.1158(32) da Organização
Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês), o Serviço de Tráfego de Embarcações (VTS, na
sigla em inglês) é implementado por um Governo (Autoridade Competente) com o propósito de
ampliar a segurança e eficiência da navegação, contribuir para a segurança da vida no mar e
apoiar a proteção do meio ambiente.
Uma vez implementado, o VTS deverá prover monitoramento ativo do tráfego
aquaviário, em uma área marítima definida (Área VTS), cuja imagem será apresentada em
tempo real no Centro VTS. Desta forma, o serviço terá a capacidade de interagir com o tráfego
de embarcações e responder as situações que se desenvolvam dentro da área de interesse.
Basicamente, os elementos essenciais de um VTS são: radar; Sistema de Identificação
Automática (AIS, na sigla em inglês); comunicações (VHF); Sistema Eletro-ótico (EOS, na sigla em
inglês); sensores meteorológicos e ambientais; e um sistema para gerenciamento dos dados.
Como os requisitos sobre tais equipamentos podem ter alto impacto no custo de
aquisição e de manutenção de um VTS, uma avaliação preliminar se faz necessária para auxiliar
a tomada de decisão sobre a viabilidade de implantação do serviço.
No Brasil, a Autoridade Competente VTS de que trata esta norma é a Autoridade
Marítima, de acordo com o inciso II e parágrafo único, do art. 17, da Lei Complementar nº
97/1999, combinados com as alíneas b e l, do inciso I, do art. 4º, da Lei nº 9.537/97 (Lei de
Segurança do Tráfego Aquaviário – LESTA).
O Representante da Autoridade Marítima, responsável por licenciar a implantação e
autorizar a operação de um VTS no Brasil, é a Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), que
tem a atribuição de zelar para que os princípios e disposições gerais sobre o seu funcionamento
e interação com os usuários atendam aos padrões contidos nas publicações normativas
nacionais e internacionais sobre o assunto.
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CAPÍTULO 2
IMPLANTAÇÃO DE UM VTS
2.2. RESPONSABILIDADES
2.2.1. À Autoridade Marítima cabe assegurar que:
a) exista uma base jurídica para a implantação e operação de um VTS, em
conformidade com a legislação nacional e internacional;
b) o VTS tenha uma autoridade responsável (Gerente) habilitado e formalmente
designado;
c) sejam estabelecidas as qualificações apropriadas e requisitos de treinamento para o
pessoal que atuará na gestão e operação do VTS, em consonância com padrões
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NORMAM-602/DHN
internacionalmente praticados; e
d) eficácia do serviço seja verificada por meio de auditorias e/ou avaliações periódicas,
que serão conduzidas pelo CAMR.
2.2.2. Ao Provedor de VTS cabe a responsabilidade pela gestão, operação e coordenação do
VTS, interação com as embarcações participantes e prestação segura e eficaz do serviço, sendo
responsável por:
a) garantir que o Gerente do VTS receba os equipamentos e instalações necessárias
para cumprir suas atribuições e operar o VTS;
b) realizar a manutenção dos equipamentos e instalações; e
c) fornecer ao Gerente do VTS pessoal suficiente e adequadamente qualificado para
desempenhar funções no VTS, levando em consideração as orientações para capacitação de
pessoal contidas nestas normas.
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2.5. PESSOAL
O caráter internacional da navegação exige o estabelecimento de padrões para o VTS
que sejam condizentes com a prática universal, de forma a não criar dificuldades para o
navegante estrangeiro e contribuir adequadamente para a segurança da navegação. A seleção e
treinamento de pessoal qualificado é um requisito básico para o correto funcionamento do
serviço, uma vez que as capacitações requeridas para o pessoal do Serviço Operacional
(Supervisores e Operadores de VTS) não são triviais e o seu desempenho operacional terá
reflexo direto na confiança do usuário no VTS como um todo.
Os componentes do Serviço Operacional somente poderão ser considerados
satisfatoriamente qualificados para exercerem suas funções no VTS quando:
a) realizarem a formação VTS básica, aprovada pela Autoridade Competente VTS
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(Cursos Modelo IALA V-103/1 “VTS Operator” e IALA V-103/2 “VTS Supervisor”), em instituição
de ensino credenciada para este fim;
b) completarem a formação no Centro VTS onde desempenharão suas funções (Curso
Modelo IALA V-103/3 “On-the-Job training”);
c) periodicamente, serem submetidos a avaliação de desempenho e, se for o caso,
realizar um treinamento de revalidação (Curso Modelo IALA V-103/5 “Revalidation Process for
VTS Certification”), para garantir a manutenção de sua competência; e
d) possuírem a certificação apropriada e homologada pelo CAMR.
Além disso, alguns VTS podem requerer a contratação de agente administrativo para
auxiliar o Gerente na administração diária e nos demais contatos de rotina. Apesar de não ser
necessário que esse agente possua as mesmas qualificações técnicas de um Supervisor ou
Operador VTS, ele deve conhecer os princípios e práticas aplicados no serviço sem, todavia, se
envolver diretamente em assuntos operacionais. O anexo D apresenta informações detalhadas
relacionadas ao pessoal VTS.
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CAPÍTULO 3
O SERVIÇO E A OPERAÇÃO DE UM VTS
3.1. TAREFAS
3.1.1. Para auxiliar no processo de tomada de decisões a bordo e mitigar o desenvolvimento
de situações inseguras para a navegação, o VTS deverá possuir a capacidade de conduzir as
seguintes tarefas:
a) Fornecer informações oportunas e relevantes sobre os fatores que possam
influenciar a movimentação das embarcações. Isso pode incluir:
I) identificação, posição, intenção de manobras e movimentação dos navios;
II) movimentação das embarcações miúdas e de médio porte, de forma a
verificar possíveis conflitos de tráfego com embarcações maiores;
III) informações sobre segurança marítima, balizamento, condições meteorológicas e
qualquer alteração nas vias navegáveis que possa influenciar na segurança da navegação;
IV) emissão de alerta para embarcações em risco de colisão, desviadas de suas
rotas, que se dirijam para local inapropriado ou próximos de obstáculos submarinos;
V) divulgação de alterações temporárias nos procedimentos promulgados para a
Área VTS (alteração de pontos de notificação, canais e frequências de comunicação etc.);
VI) limitações de navios na Área VTS, que possam causar restrições à navegação
de outros navios (por exemplo, capacidade de manobra);
VII) outras informações julgadas pertinentes, inclusive sobre relatórios e detalhes
do Código Internacional de Segurança para Navios e Instalações Portuárias (ISPS Code, na sigla
em inglês);
VIII) apoio e cooperação com os Serviços Aliados; e
IX) contribuição, por requisição do Comando do Distrito Naval de sua área ou
AAM local, para operações de Busca e Salvamento (SAR, na sigla em inglês) no interior da Área
VTS, mas sem assumir a coordenação dos esforços e sem comprometer o serviço de VTS.
b) Monitorar e gerenciar o tráfego de navios e embarcações. Isso pode incluir:
I) planejamento avançado da movimentação de navios, de acordo com os
Procedimentos Operacionais em vigor para a Área VTS;
II) organização de navios em trânsito e fundeados;
III) organização da alocação do espaço;
IV) estabelecimento de sistema de liberação de tráfego;
V) estabelecimento de sistema de planos de viagem ou passagem;
VI) fornecimento de recomendações sobre rotas;
VII) cumprimento e a aplicação das disposições regulamentares;
VIII) contribuição com os AAM locais; e
IX) contribuição com as autoridades locais para avaliação de possíveis implicações
da carga transportada para o meio ambiente marinho, segurança das comunidades e
infraestruturas contíguas à Área VTS.
c) Responder ao desenvolvimento de situações inseguras para o tráfego marítimo. Isso
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CAPÍTULO 4
OUTROS SERVIÇOS
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No que se refere ao VTMIS, a definição dos Serviços Aliados e setores do porto que
receberão e processarão os dados compartilhados, oriundos do VTS, é uma demanda do
Provedor do serviço, sendo a atuação da Autoridade Marítima (normatização, homologação e
fiscalização do serviço) restrita somente ao VTS.
A Guideline IALA G1102 “VTS Interaction with Allied or Other Services”, estabelece
orientações sobre as questões a serem consideradas e os princípios a serem respeitados para
uma interação bem-sucedida entre um VTS e Serviços Aliados. (Redação dada pela Portaria
DHN/DGN/MB Nº 24, de 17 de novembro de 2023)
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Marítima e não segue padrões definidos. Desta forma, os LPS estão fora do escopo desta
norma, constituindo-se numa demanda da AP ou do Operador de TUP no sentido de melhorar a
segurança e coordenação dos serviços portuários.
Uma vez implantado, os detalhes relativos ao fornecimento do LPS deverão ser descritos
e divulgados nas publicações náuticas, deixando claro que a ferramenta não se constitui em VTS
e as limitações decorrentes desse fato.
A publicação IALA Guideline G1142 “The Provision of a Local Port Service other than a
VTS” fornecerá informações para auxiliar as AP e Operadores de TUP no processo de tomada de
decisão, visando a implantação de VTS ou LPS. (Redação dada pela Portaria DHN/DGN/MB Nº
24, de 17 de novembro de 2023)
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ANEXO A
AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE UM VTS
1. NECESSIDADE DE UM VTS
2. AVALIAÇÃO PRELIMINAR
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3. FATORES CONDICIONANTES
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cargas, cada vez mais os grandes navios se aproximam dos limites das vias navegáveis, o que
aumenta o perfil do risco e representa uma preocupação adicional para a segurança da
navegação. Dessa forma, o conceito de navio de projeto é um fator condicionante para a
largura, as deflexões e a profundidade de projeto dos canais de acesso.
Proteção ao Meio Ambiente - também é um motivo substancial para a implantação de um
VTS e, eventualmente, tal serviço pode ser indicado para áreas com baixa intensidade de
tráfego, mas com o trânsito de cargas de alto teor poluente, caso seja necessária proteção
adicional para questões ambientais sensíveis. Existe um reconhecimento implícito da
contribuição que um VTS pode prestar na aplicação das normas sobre meio ambiente da
Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), além do papel que pode
desempenhar como “medida protetora associada” para as “Áreas Marítimas Especialmente
Sensíveis” previstas pela IMO.
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NORMAM-602/DHN
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criteriosa para não supervalorizar os dados disponíveis. De uma forma geral, é importante saber
que eventos podem ocorrer, aonde e com que frequência. Modelos matemáticos podem ser
utilizados, como por exemplo o método de Análise da Árvore de Falhas (FTA, na sigla em inglês),
ou estimativas podem ser obtidas por consulta a especialistas, na tentativa de se determinar a
probabilidade e a regularidade de um evento dado.
De posse de tal quadro, estima-se o impacto das consequências sobre todos os envolvidos,
incluído o meio ambiente, de forma a identificar a distribuição do risco e permitir maior
concentração de esforços nas áreas de alto risco, além de identificar e avaliar os fatores que
influenciam os níveis de risco. Sistemas bem organizados e balanceados possuem uma ou mais
barreiras para reduzir as consequências de potenciais acidentes. Assim, a probabilidade de que
um dado evento ocasione uma consequência indesejada está relacionada com a adequação e
correto funcionamento de tais barreiras, das quais o VTS é uma delas. O quadro abaixo ilustra
uma classificação de risco, associado a sua consequência e a frequência em que possa ocorrer:
CONSEQUÊNCIA DO EVENTO
Insignificante Mínima Grande Catastrófica
Frequente
FREQUÊNCIA Provável
DO
EVENTO Remota
Muito remota
Ao final, a avaliação do risco conduzirá a uma das seguintes conclusões, baseada no nível de
risco existente:
a) O risco associado à atividade é aceitável no seu nível atual;
b) O risco associado à atividade é inaceitável; ou
c) O risco associado à atividade é aceitável desde que medidas de segurança (barreiras)
sejam inseridas para seu controle.
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No primeiro caso, a atividade pode continuar sem qualquer restrição, apenas com
monitorização que permita identificar a alteração dos níveis de risco, caso ocorram. No
segundo caso, a atividade deve ser repensada e a solução pode envolver alterações estruturais
muito mais profundas e complexas, do que a simples instalação de barreiras para o
gerenciamento do risco, que é o que se espera no terceiro caso. O quadro acima combina
frequência e consequência de um dado evento de forma simplificada, mas elucidativa, de forma
a associar os níveis de risco com as conclusões. As áreas em amarelo definem os níveis de risco
para os quais é recomendável a instalação de VTS.
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NORMAM-602/DHN
alerte o navegante para aquela passagem. Nota explicativa pode acompanhar a representação
cartográfica, caso se faça necessário algum comentário adicional sobre que precauções tomar.
Canais e Vias Largas Balizadas - nas situações em que as vias navegáveis sejam
suficientemente amplas, é possível estabelecer um canal de águas profundas inscrito em uma
via larga balizada, de forma que embarcações de menor calado possam navegar em segurança,
dentro dos limites do balizamento, deixando o canal profundo para os navios maiores.
Domínio - consiste na “área vital” que todo navio, bem como todo objeto móvel ou ser
vivente possui e que o envolve, cuja penetração por outro objeto, animado ou não, pode gerar
alguma reação ou processo defensivo. O domínio não deve ser considerado apenas no plano
horizontal, mas também no plano vertical, abaixo e sobre a água, e pode variar de tamanho
para um mesmo navio, dependendo das dimensões do canal, da densidade do tráfego, do
tamanho, velocidade e outras características do navio, da natureza da carga, e das
características dos encontros ou aproximação com outras embarcações. Cabe à autoridade
responsável pelo tráfego marítimo em uma determinada área estipular as dimensões do
domínio para os navios de interesse, quando tal se fizer necessário. O conceito de domínio é
amplamente utilizado para se estabelecer critérios para conflito de tráfego, largura das linhas
de tráfego, planejamento de VTS, avaliação de riscos, procedimentos operacionais e dimensões
das Zonas de Segurança.
Esquemas de Separação de Tráfego - medida de roteamento destinada a separar fluxos de
tráfego opostos pelo estabelecimento de linhas de tráfego, nas quais é permitida a navegação
em apenas um sentido, e separadas por zonas ou linhas de separação, cujo propósito é criar
uma distância segura entre as linhas de tráfego. Os critérios para se definir as dimensões e
profundidades de uma linha de tráfego devem ser os mesmos utilizados para a construção de
canais.
Fundeadouros - a existência de fundeadouros pré-definidos é um recurso importante para a
navegação, pois permite aos navios procurarem abrigo seguro, em caso de mau tempo ou de
avaria, ou simplesmente ter um local adequado para aguardar sua vez de adentrar um porto.
Ao se estabelecer áreas para fundeio, deve ser considerada a proteção oferecida (contravento,
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ANEXO B
IMPLANTAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE UM VTS
1. PROJETO DE IMPLANTAÇÃO
A solicitação de uma AP ou Operador de TUP para implantação de VTS deverá ser
acompanhada de um Projeto de Implantação, no qual constarão as informações necessárias
para análise da Autoridade Marítima, visando à concessão da Licença de Implantação.
Deverão constar do projeto de implantação:
a) Informações de caráter geral sobre o porto, com ênfase naquelas diretamente
relacionadas ao tráfego marítimo;
b) Projetos futuros que terão impacto no tráfego marítimo na área de interesse do VTS;
c) Delimitações da Área VTS, com indicação de subáreas ou setores e dos pontos de
notificação, se houver;
d) Altura e coordenadas geográficas do Centro VTS no datum WGS-84;
e) Análise dos fatores condicionantes e de sua influência sobre a navegação;
f) Exemplos de Serviços Aliados na Área VTS;
g) Relação dos usuários das vias navegáveis, incluído número estimado de embarcações de
recreio e embarcações de pesca;
h) Plano esquemático do tráfego na Área VTS, com as principais rotas de navegação
utilizadas pela navegação local;
i) Estimativa da movimentação diária de embarcações com AIS Classe A e AIS Classe B, atual
e futura (no caso de ampliação da capacidade portuária ou construção de novos terminais);
j) Horas de Pico e Movimento Médio das Horas de Pico (MHP);
k) Estatísticas de acidentes e incidentes documentados, ocorridos na Área VTS nos últimos
cinco anos (podem ser incluídos acidentes notáveis ocorridos em outra época), com indicação
dos locais onde foi observada uma concentração dos eventos;
l) Cópia da avaliação de risco utilizada no processo de tomada de decisão para implantação
de um VTS; e
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recebido pelo CAMR, o prazo será interrompido até que o proponente adote as devidas
providências.
A licença da Autoridade Marítima para a implantação de VTS não desobriga o proponente
de observar quaisquer aspectos legais pertinentes, incluindo os níveis estaduais e municipais,
que não tenham sido previamente levantados durante a avaliação inicial. É da responsabilidade
do proponente a conformidade legal do processo em todos os seus estágios.
Quando julgado oportuno, o proponente encaminhará um pedido de licenciamento para
operação do Centro VTS ao CAMR, também por meio de ofício, com cópia para o AAM local,
cujo procedimento e documentação necessária constam do anexo F dessa norma.
Durante a fase de implantação e licenciamento, o futuro Gerente do VTS atuará como ponto
de contato com o CAMR.
2. GERENTE DO VTS
Compõem as atribuições do Gerente do VTS:
a) Garantir que o VTS seja operado em conformidade com seu propósito e com
estasnormas;
b) Garantir que sejam observados os padrões estabelecidos pela Autoridade Marítima para
qualificação de pessoal, equipamentos e sistemas a serem empregados no VTS;
c) Garantir a escuta nas frequências de rádio designadas;
d) Garantir que os serviços a serem prestados na Área VTS estejam disponíveis nos horários
de funcionamento da estação;
e) Garantir a harmonização do VTS com a rede de Auxílios à Navegação local e demais
Serviços Aliados;
f) Conduzir o serviço em conformidade com as Normas emanadas pelo AAM da sua área;
g) Providenciar a divulgação em Aviso aos Navegantes das alterações do serviço;
h) Observar os Avisos aos Navegantes emitidos para sua Área VTS por outras fontes;
i) Considerar, conforme apropriado, a participação da praticagem local não só como usuário,
mas como fonte de informações para melhoria do serviço;
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atribuições legais.
Apesar de não ser mandatório, para Áreas VTS que tenham projeção sobre o Mar Territorial
ou além, é recomendável estabelecer uma subárea de aproximação, além dos limites exteriores
dos canais de acesso, que também cuide das embarcações em trânsito, e uma subárea do
tráfego interno, para cuidar das vias navegáveis interiores, onde geralmente se encontram os
esquemas mais complexos de tráfego. Caso haja necessidade, tais subáreas podem ainda ser
subdivididas em setores, mas isso dependerá da intensidade do tráfego.
No caso de divisão da Área VTS em subáreas ou setores, deverá haver o cuidado de não
posicionar suas fronteiras em pontos focais, junções de canais, áreas de manobra ou áreas de
precaução. Tais limites devem constar dos planos esquemáticos do tráfego, a serem divulgados
nos documentos náuticos.
O número e tipo de embarcações que trafegam em uma determinada área, incluído o
tráfego local, é um dado significante. Uma simples contagem das embarcações, no entanto, não
é suficiente para se estabelecer algum critério. As embarcações devem ser consideradas com
respeito a seu tamanho, capacidade de manobra, função, distribuição espacial e carga, de forma
a otimizar o serviço de tráfego e atender as necessidades dos diversos usuários, sem impor
restrições indevidas a sua movimentação.
A correta identificação desses dados pode servir de base para a determinação de uma
subárea ou setor que seja particularmente ativa ou potencialmente arriscada para a navegação,
incluídas áreas de produção de petróleo e gás e de atividades militares, como exercício de
submarinos ou lançamento de foguetes.
Serviços Aliados
Para efeito dessa norma, “Serviços aliados” são todos os serviços, relacionados com a
navegação e permanência das embarcações na Área VTS, autorizados pelo provedor de VTS a
receber e utilizar os dados produzidos no serviço, para apoiar o cumprimento das suas tarefas.
Do ponto de vista do VTS, são exemplos de Serviços Aliados: AAM local (Capitanias dos
Portos, Delegacias ou Agências); representantes da AP ou Operador de TUP local; Praticagem;
Companhias de Rebocadores; Agentes Marítimos; Alfândega; Polícia Marítima, exercida pela
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Polícia Federal; Serviços de Sinalização Náutica (militares ou civis); Grupamentos Marítimos dos
Corpos de Bombeiros (Salvamares); e representantes da Autoridade Sanitária nos portos.
A cooperação do VTS com os Serviços Aliados é benéfica para a segurança e eficiência do
tráfego e deve ser desenvolvida em um processo contínuo. Eventuais situações de conflito de
procedimentos ou de informações devem ser abordadas pelo Gerente do VTS junto ao outro
Serviço Aliado com a devida brevidade, de forma a evitar transtornos para o navegante e conter
a elevação do perfil de risco para a Área VTS. Procedimentos específicos devem ser previstos
para o caso em que uma concordância prévia deva existir antes de uma determinada ação ou
atividade.
Cooperação eventual com serviços de emergência, como Busca e Salvamento, combate à
poluição do mar e a Defesa Civil, devem estar previstos em planos de contingência, que
estipulará os procedimentos de cooperação e as responsabilidades de cada parte. Nos casos em
que planos de contingência não estejam disponíveis, o Gerente do VTS deve prestar todo o
apoio possível, sem comprometer suas responsabilidades com o serviço do tráfego.
No nível nacional, o Comando de Operações Marítimas e Proteção da Amazônia Azul
(ComPAAz), que opera o SISTRAM (Sistema de Informações Sobre o Tráfego Marítimo) e
distribui as informações oriundas do PREPS (Programa Nacional de Rastreamento de
Embarcações Pesqueiras por Satélite), e CHM, que é o responsável pela divulgação dos Avisos
aos Navegantes e pelo Serviço Meteorológico Marinho, também desempenham papel de
Serviços Aliados. Neste caso, os dados produzidos no VTS deverão ser obrigatoriamente
disponibilizados para o ComPAAz, a fim de que sejam integrados ao SISTRAM.
A Guideline IALA G1102 “VTS Interaction with Allied or Other Services ”, estabelece
orientações para uma interação bem-sucedida entre um VTS e Serviços Aliados.” (Redação dada
pela Portaria DHN/DGN/MB Nº 24, de 17 de novembro de 2023)
Embarcações participantes
São todas as embarcações em condições de interagir com o VTS. A participação dessas
embarcações pode ser obrigatória ou passiva. Na participação obrigatória, o navegante deve
observar os Procedimentos para os Navegantes na Área VTS.
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Todavia, a contribuição do AIS para o VTS deve ser mantida no devido contexto. Nos
sistemas digitalizados, a quantidade de informação oferecida pelo AIS impõe treinamento
específico para os Operadores de VTS, mas não garante facilidade na troca de comunicações
com o navegante.
Da mesma forma, o AIS sozinho não tem capacidade de proporcionar um quadro completo
atualizado do tráfego. É importante ter em mente que, salvo regulamentação nacional
específica, somente as embarcações enquadradas na Convenção SOLAS de 1974 são obrigadas a
portar AIS. Assim, em águas interiores, a maior parte das embarcações não disporá desse
sistema. Em concomitância, uma embarcação pode ter seu AIS desligado ou operando
incorretamente, o que torna inadequado para um VTS contar apenas com sensores desse tipo,
com a possível exceção de casos em que se deseja apenas monitorar o tráfego costeiro
(somente trânsito de navios) ou fluvial, onde a sinuosidade dos rios pode comprometer
significativamente a eficácia de um radar. De qualquer forma, se o objetivo for obter uma
imagem completa do tráfego, é necessário integrar o AIS em um sistema que receba dados de
outras fontes.
Em algumas circunstâncias os dados provenientes do AIS – como posição, rumo e
velocidade de uma embarcação – podem ser redundantes ou conflitantes com os dados obtidos
por outros sensores. Ao se avaliar o grau de confiança em uma determinada informação, é
importante considerar o nível de validação que pode ser obtido de cada fonte, de forma que a
informação final apresentada para o VTSO seja a mais apurada possível. Nesses casos, o sistema
deve conter dispositivos que permitam analisar e selecionar os dados de maior valor para a
geração da imagem do tráfego, o que deve compor um requisito na seleção dos sistemas
comerciais de VTS disponíveis para aquisição.
Comunicações e pontos de notificação
É importante ter em mente que as comunicações por rádio são parte essencial da
monitorização ativa e têm o potencial de consumir valioso tempo e atenção de um VTSO.
Apesar de os sistemas eletrônicos permitirem grande parte de automação na troca de
informações, principalmente quando se dispõe de AIS como parte componente do VTS, o
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contato radiotelefônico é o meio pelo qual se estabelece o vínculo direto entre o navegante e o
Operador de VTS. Ademais, a radiotelefonia é o meio mais expedito de divulgar informações
que requeiram conhecimento e providências imediatas por parte do navegante.
Assim sendo, de forma a contribuir para a eficiência do serviço e para o gerenciamento do
tráfego por parte dos VTSO, podem ser estabelecidos pontos de notificação específicos, nos
quais uma embarcação participante deva reportar informação relevante para o tráfego, como
entrada ou saída de uma subárea ou setor ou da Área VTS propriamente dita; aproximação de
Área de Precaução; ingresso ou saída de canal; recebimento de prático; etc. Os Procedimentos
para os Navegantes na Área VTS estipularão que informações devem ser prestadas em que
circunstâncias. Os pontos de notificação contribuem para a organização das comunicações, por
estabelecerem uma ordem para as chamadas de rotina, o que permite otimizar o tempo do
VTSO e aumentar o número de embarcações monitoradas em um dado instante.
Logística
Um planejamento bem elaborado determinará requisitos funcionais adequados, que não
incorram em gastos desnecessários de implantação e operação. O correto dimensionamento
entre o desempenho e o custo, desde a aquisição até a baixa do serviço de um equipamento ou
sistema, deve considerar o apoio logístico em todas as fases do projeto. Quando se faz um
estudo do custo de um equipamento ou sistema, estendido a todo seu período de vida, o apoio
logístico usualmente representa o item mais oneroso.
A utilização de tecnologias disponíveis e testadas contribui para os três grandes atributos do
apoio logístico: oportunidade, pela relação custo/benefício, uma vez que os custos de
desenvolvimento já foram amortizados; amplitude, por ser maior a probabilidade de que tal
tecnologia permaneça disponível por todo o ciclo operativo do equipamento ou sistema; e
integração, pela facilidade de se poder contar com peças de reposição a qualquer tempo.
Isto não só contribuirá para manter elevados os níveis de disponibilidade e confiabilidade,
mas também para aumentar a vida média operativa e facilitar a incorporação de melhorias e
modernizações.
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NORMAM-602/DHN
Instalações
Um elemento essencial para as instalações é um sistema de energia elétrica de emergência,
que permita a continuidade das operações em caso de queda do fornecimento da energia
elétrica comercial e contribua para manter elevados os níveis de disponibilidade e
confiabilidade.
Outro aspecto importante a ter em mente é que o Centro VTS poderá ser também um posto
de observação e, como tal, é desejável que possua visada para a sua área de competência.
Provavelmente, não será possível cobrir visualmente toda a Área VTS, mas preferencialmente
deverá haver algum contato visual, principalmente com os pontos considerados mais sensíveis.
Nesse sentido, aspectos ergonômicos devem ser levados em consideração na elaboração do
projeto, como por exemplo a incidência da luz solar, que não deve ofuscar ou dificultar a
visualização das telas do sistema.
Também é necessário prover medidas de segurança às instalações para salvaguardar seu
pessoal e seus equipamentos. Especial consideração deve ser dada ao local de construção das
estações e do posicionamento de seus sensores. Uma estação de VTS pode constituir um alvo
potencialmente vantajoso para ameaças difusas, como ações terroristas ou roubo puro
e simples, e nem sempre a melhor posição geográfica é a que oferecerá melhores condições de
segurança. Da mesma forma, a instalação de sensores remotos, sem guarda direta, pode expô-
los à ação de vândalos se não forem tomadas medidas cautelares adequadas.
A escolha do local de construção das instalações também deve levar em consideração a
facilidade de acesso, que irá contribuir para a atividade logística e, de forma indireta, para
a segurança do pessoal. Acessos que atravessem áreas particularmente perigosas, com elevado
índice de criminalidade, podem causar transtornos diversos, principalmente no caso de ser
necessária a rendição de serviço noturno ou o acesso de uma equipe de manutenção a
qualquer hora. Localização distante e vias inadequadamente pavimentadas também podem
representar custo adicional para o esforço logístico.
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NORMAM-602/DHN
APÊNDICE AO ANEXO B
1. PROPÓSITO
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NORMAM-602/DHN
5. REQUISITOS OPERACIONAIS
- Tarefas, Capacidades e Funções previstas para o Serviço.
6. REQUISITOS TÉCNICOS
- Descrição sucinta dos subsistemas componentes previstos para o Serviço.
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NORMAM-602/DHN
ANEXO C
REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS
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g) Problemas eletromagnéticos;
h) Legislação e necessidade de obtenção de licenças necessárias de outros órgãos; e
i) Outros aspectos julgados de interesse para a implantação, funcionamento e manutenção
dos sistemas.
Os requisitos para radiotelefonia em VHF e HF para um VTS deverão ser estabelecidos de
acordo com o preconizado nas normas nacionais e internacionais.
As publicações da IALA, principalmente a IALA Guideline G1111, fornecerão informações
detalhadas para auxiliar os Provedores de VTS na definição, especificação, estabelecimento,
operação e atualizações do serviço, relacionando os requisitos operacionais e técnicos de
desempenho do sistema VTS e como eles se refletem na arquitetura do sistema e nos requisitos
dos subsistemas projetados.
2. DISPONIBILIDADE E CONFIABILIDADE
Baseado nos resultados da avaliação de Risco, o Provedor de VTS deverá estabelecer metas
para Disponibilidade e Confiabilidade do Sistema VTS, considerando os subsistemas individuais
ou equipamentos que são críticos ou não críticos para a continuidade da prestação do serviço,
de acordo com os requisitos especificados. Neste escopo, também poderá ser considerada a
adoção de medidas de redundância entre sensores.
Tais critérios poderão servir de base para o planejamento das atividades de manutenção
programadas e definição da necessidade de manter em estoque peças sobressalentes para
pronto uso, e, desta forma, garantir o menor tempo de indisponibilidade de equipamentos e
subsistemas.
3. RADAR
O planejamento da cobertura radar para um VTS deve ser baseado na contribuição esperada
desse sensor para a geração da imagem de tráfego do VTS (consciência situacional),
considerando os requisitos operacionais estabelecidos e a sua integração com outros sensores
componentes.
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NORMAM-602/DHN
3.1. A cobertura radar para um VTS depende daquilo que se espera do serviço e pode variar
entre:
a) Nula, somente com AIS, sistemas de comunicação e demais sistemas de apoio;
b) Parcial, com alguns setores cegos previstos;
c) Total com apenas um radar, sem setores cegos; e
d) Total com mais de um radar, para Áreas VTS grandes ou onde um radar apenas seja
inadequado.
A cobertura nula limita bastante o serviço, uma vez que o radar é o sensor ativo mais
importante de um VTS e, sem ele, não será possível gerar uma imagem de tráfego abrangente.
A ausência de radar pode ser justificada para casos particulares como, por exemplo, em uma via
fluvial, onde o benefício e o alcance do radar poderiam ser limitados pelo traçado do rio. Nesse
caso, contudo, recomenda-se adotar a observação visual a partir da torre do Centro VTS (ou
Circuito Fechado de Televisão - CFTV), como complemento aos sistemas de comunicação para
localização e identificação dos alvos.
3.2. O Sistema Radar de um VTS deve contribuir para a geração da imagem do tráfego por meio
das seguintes funções:
a) Previsão de derrota;
b) PMA (ponto de maior aproximação);
c) Tempo para o PMA;
d) Monitoramento de fundeadouro;
e) Vetores para as embarcações;
f) Rumo, velocidade e identidade/sintético; e
g) Alertas de colisão/abalroamento.
Em princípio, os radares de VTS funcionam como radares típicos de navios, mas que devem
operar simultaneamente para curtas e longas distâncias, de preferência sem necessidade de
ajustes pelo VTSO. Fenômenos relacionados com as condições do tempo, como mar encrespado
(sea clutter) e formação de dutos (especialmente para antenas baixas), influenciarão mais os
radares baseados em terra que os radares de navios.
- C-3 - ORIGINAL
NORMAM-602/DHN
4. RADIOCOMUNICAÇÕES
Comunicações confiáveis são essenciais para um VTS e toda a Área VTS deve estar coberta
por, pelo menos, um dos sistemas de radiocomunicação disponíveis no Centro VTS.
Tipicamente, a radiocomunicação empregada para o VTS é a radiotelefonia do Serviço Móvel
Marítimo (SMM), destinado às comunicações entre estações costeiras e estações de navio ou
entre estações de navio.
Desta forma, a radiotelefonia é o elemento primário pelo qual o VTS troca informações com
os usuários, principalmente em situações de emergência, e é dividida nas faixas de frequência
de VHF, para curtas distâncias, e HF, para longas distâncias, de acordo com as classes de emissão
constantes em tabela própria da União Internacional de Telecomunicações (UIT).
O Gerente do VTS é responsável por obter a Licença para Funcionamento de Estação para o
Centro VTS, emitida pela Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Da mesma forma,
todo equipamento de rádio transmissão, para operar no Brasil, também deve estar homologado
pela ANATEL.
5. RADIOGONIÔMETRO
Outro equipamento passível de emprego por um Centro VTS é o radiogoniômetro (RDF, na
sigla em inglês), utilizado para correlacionar a fonte de uma transmissão VHF com um
determinado alvo e, com isso, contribuir para a identificação de embarcações e operações SAR.
Como um RDF isolado consegue captar apenas a marcação da transmissão, é necessário haver
duas ou mais estações de RDF para se conseguir determinar uma posição com razoável
- C-4 - ORIGINAL
NORMAM-602/DHN
precisão.
O Provedor de VTS deve considerar a necessidade de incluir um RDF no sistema VTS, com
base em uma avaliação de risco e análise de outros fatores relevantes na Área VTS,
especialmente quando houver interesse de monitorar um tráfego com a presença de
embarcações da classe “não SOLAS” e embarcações de recreio que não transportam um
transponder AIS.
O VTSO deverá ter a capacidade de suprimir a informação de RDF de sua tela, caso
considere oportuno, uma vez que o sinal de RDF não é adequado para o acompanhamento de
embarcações.
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NORMAM-602/DHN
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De uma forma geral, o alcance projetado para um AIS se equipara às distâncias cobertas
pela comunicação em VHF. Nos casos em que seja possível a oclusão do sinal, pela presença de
montanhas ou ocorrência de fenômenos meteorológicos, ou quando a Área VTS for muito
extensa, é recomendável a instalação de estações repetidoras de AIS ou mais de uma estação
base, em benefício da confiabilidade e como medida de redundância. O Gerente do VTS deve
estar alerta, durante o processo de aquisição dos sistemas, que estações base e repetidoras,
bem como eventuais AIS utilizados como auxílio à navegação (AIS AtoN, na sigla em inglês), são
equipamentos de rádio transmissão que devem estar homologados pela ANATEL.
6.5. MMSI
A Identidade no Serviço Móvel Marítimo (MMSI, na sigla em inglês) é um número,
registrado na UIT, utilizado para individualizar as estações transmissoras nas faixas do SMM e
permitir chamadas automáticas. Todo AIS necessita de um MMSI para se comunicar e isso é
válido também para as estações base e repetidoras, consideradas como estações costeiras.
Os MMSI serão atribuídos diretamente pela ANATEL e devem ser solicitados pelo Gerente
do VTS com a Licença para Funcionamento de Estação.
6.6. AIS AtoN
É recomendável que o Gerente do VTS considere seu emprego também como auxílio à
navegação, em face das facilidades que podem propiciar para a moderna navegação eletrônica.
Os padrões técnicos para as estações AIS AtoN são definidos pelo documento IEC 62320-2,
elaborado pela Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC, na sigla em inglês).
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NORMAM-602/DHN
que o AIS esteja disponível, tal identificação é facilitada e feita automaticamente. Caso
contrário, resta o recurso da identificação por radiotelefonia ou visual e, neste escopo, os EOS
oferecem grande flexibilidade e ampliada cobertura visual, de forma que um único VTSO possa
observar mais de um local ao mesmo tempo.
Dependendo do nível de risco considerado, câmeras podem ser utilizadas em áreas de baixa
densidade de tráfego, como uma alternativa de menor custo a radares, apesar de ser desejável
que sua aplicação seja feita em conjunto, como um sensor adicional.
Nos sistemas EOS, uma câmera é capaz de acompanhar automaticamente um alvo
selecionado pelo VTSO a partir de seu monitor (seleção pelo sintético do alvo), o que simplifica
bastante a busca pelo alvo desejado. Da mesma forma, é possível ao VTSO cancelar a seleção e
proceder a uma seleção manual de outro alvo ou de uma área específica do alvo adquirido, para
executar tarefas de monitorização específica, como acompanhar o embarque ou desembarque
de prático. Tal requisito (seleção manual ou automática) é obrigatório e deve ser considerado
pelo Gerente do VTS ao especificar o seu sistema de monitoramento ótico.
Um EOS deve ter a capacidade de identificar o tipo e eventualmente o nome da embarcação
observada. Como requisitos mínimos, em boas condições de visibilidade (alcance superior a 10
milhas náuticas – MN) e sem interferência de obstáculos e da topografia, uma câmera deve
possibilitar a identificação do tipo do alvo a uma distância mínima de 3 MN. A identificação do
alvo por forma, cor e outros aspectos, como chaminé, superestrutura etc., deve ser obtida a
uma distância mínima de 1 MN. A qualidade da imagem e as taxas de atualização devem
atender a esses requisitos. O Gerente do VTS deve considerar o emprego de câmeras
infravermelhas, no caso do serviço estar disponível no período noturno.
8. SENSORES AMBIENTAIS
A questão ambiental tem crescido significativamente em importância ao longo dos últimos
anos e o VTS se constitui em uma valiosa ferramenta para contribuir na prevenção de danos ao
meio ambiente, na sua área de responsabilidade. Assim, os sistemas de sensores ambientais
que porventura existam em um VTS, também denominados sistemas meteoceanográficos,
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NORMAM-602/DHN
9. APRESENTAÇÃO DE DADOS
O advento das cartas náuticas eletrônicas trouxe muitos benefícios para o VTS, ao permitir a
superposição da imagem de tráfego sobre um fundo corretamente cartografado.
Todavia, para garantir a confiabilidade de tal representação é necessário que tanto o VTSO
quanto o navegante estejam enxergando a mesma base cartográfica, adequadamente
atualizada, a fim de não comprometer a segurança da navegação. Para tanto, é requisito
mandatório que o sistema que atenda o VTS seja compatível com as Cartas Náuticas Eletrônicas
oficiais, produzidas pela DHN, que utilizam o Datum WGS-84.
A compilação de uma imagem de tráfego precisa em um Centro VTS depende
substancialmente de como os dados são apresentados para o VTSO, de modo a contribuir para
evitar sobrecarga de serviço, mascaramento de informação e eventuais erros de interpretação,
com consequente prejuízo para o serviço como um todo. É fundamental que nenhuma
informação superposta sobre a imagem de tráfego obscureça ou cause confusão com os alvos
propriamente ditos.
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NORMAM-602/DHN
9.1. Os princípios gerais para a apresentação de toda simbologia em uma tela de VTS são:
a) A simbologia padrão internacional de bordo para os Sistemas Eletrônicos de
Apresentação de Cartas e Informações (ECDIS, na sigla em inglês) deve ser utilizada sempre que
possível;
b) Simbologia já identificada para uso a bordo não deve receber atribuição diferente para
uso do VTS. Porém, algumas adaptações são aceitáveis para atender necessidades específicas
do tráfego de embarcações;
c) Qualquer adaptação de simbologia não deve alterar padrões de transferência de dados
em vigor; e
d) A clareza da apresentação e a sobrecarga de serviço do VTSO devem receber
consideração especial.
9.2. O Gerente do VTS deve identificar o tipo de informação relevante para sua Área VTS, de
acordo com o tipo de serviço prestado, e definir especificações para o sistema a ser adquirido,
inclusive no que diz respeito ao tratamento e apresentação dos dados provenientes de AIS, para
o que é recomendável levar em conta o seguinte:
a) Definir a densidade de tráfego esperada e se o nível de detalhamento é compatível com a
superposição da imagem de tráfego sobre a carta eletrônica, considerando que detalhes em
excesso podem distrair o VTSO;
b) Se é necessário utilizar todas as opções da paleta previstas, principalmente as
relacionadas com visão noturna; e
c) Se o sistema será utilizado somente por VTSO, considerando que a forma de apresentação
dos dados tem influência no treinamento do pessoal.
Um grande afluxo de dados traz o risco de sobrecarga de informações, para o que o recurso
oferecido pelas cartas eletrônicas de remover detalhes cartográficos para simplificar a
apresentação traz alguma flexibilidade para o VTSO. No entanto, há circunstâncias em que a
superposição de camadas ou simbologia especiais pode ser útil, como em situações SAR ou
outras emergências previstas em planos de contingência, na identificação de embarcações
irregulares e na representação de áreas temporárias utilizadas para exercício naval e atividades
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que dispõe têm caráter restrito, devendo sua integridade ser protegida contra acesso
indesejado ou não autorizado, o que vale dizer que a conexão com a Internet, ou qualquer
outro sistema externo, deve ser realizada de forma indireta e cercada com as devidas
precauções.
11.2. Gravação de dados
Os sistemas de VTS permitem a gravação de dados de forma ampla e completa com
benefícios para a análise e a revisão de eventos passados, não só nos casos de averiguação de
acidentes ou incidentes de navegação, mas também para avaliar alterações no padrão do
tráfego e como recurso de ensino. A frequência de coleta de dados para gravação deve ser
determinada pelo Gerente do VTS com base nas características de cada equipamento e na
capacidade de armazenagem de seu sistema.
Todos os dados devem ser gravados automaticamente com capacidade de serem
reproduzidos em um sistema separado, ou seja, sem necessitar dos equipamentos e sistemas
dedicados à operação do VTS. Tal requisito deve incluir a capacidade de reproduzir os dados de
cada sensor individualmente e de remontar a imagem do tráfego na totalidade, com a fusão dos
dados de todos os sensores contribuintes.
Dados de voz provenientes das radiocomunicações devem ter gravação contínua. Dados
da imagem de tráfego obtidos por radar e AIS podem ser gravados, por exemplo, com base no
menor intervalo de notificação em vigor. Dados de vídeo podem ter intervalos de gravação fixos
e qualidade variável (quadros por segundo, resolução e período, por exemplo), com opção de
ajuste por parte do VTSO para ocasiões especiais. Dados ambientais podem ter intervalos mais
amplos. O requisito a observar é que todos os dados sejam gravados com base em uma
referência de tempo única, que permita correlacioná-los com facilidade.
O prazo de arquivamento mínimo obrigatório para todos os dados é de 30 dias corridos,
exceto os casos de averiguação de acidentes ou incidentes de navegação. Os dados gravados
devem ter seu acesso restrito e sua divulgação deve ser revestida de cuidados necessários, a fim
de evitar que sejam utilizados indevidamente.
11.3. Sistema operacional
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ANEXO D
PESSOAL
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g) Ser vigilante;
h) Saber se expressar corretamente; e
i) Adequar-se ao trabalho em turnos, inclusive no período noturno.
3. QUALIFICAÇÃO
Todo pessoal envolvido diretamente na operação do VTS (Operadores e Supervisores)
necessita possuir uma qualificação especial, obtida por meio de cursos específicos e
treinamentos ministrados por instituições de ensino credenciadas junto à Autoridade Marítima
e conduzidos de acordo com os seguintes Cursos Modelo, desenvolvidos pelo Comitê VTS da
IALA: “VTS Operator training” (V-103/1), “VTS Supervisor training” (V-103/2), “VTS OJT On the
Job training” (V-103/3), “VTS On the Job training Instructor” (V103/4) e “Revalidation Process
for VTS Qualification and Certification” (V103/5). Os treinamentos OJT e revalidação da
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certificação de Operadores VTS também poderão ser conduzidos pelos próprios Centros VTS,
sob a responsabilidade dos respectivos Gerentes e mediante credenciamento do CAMR.
3.1. Os Cursos Modelo da IALA poderão ser ministrados pelos seguintes métodos:
a) Treinamento realizado presencialmente, nas instalações da instituição de ensino
credenciada;
b) Alunos e instrutores localizados juntos em um local diferente daquele da organização de
treinamento, usando tecnologia de simulação móvel ou online;
c) Treinamento realizado totalmente online, onde instrutores e alunos poderão estar em
locais diferentes, sendo utilizadas tecnologias para ministrar aulas e conduzir instrução em
simuladores; e
d) Treinamento conduzido de maneira híbrida, utilizando recursos para combinar o
aprendizado online com instrução presencial.
Em qualquer dos métodos adotados, as instituições de treinamento devem implementar
processos / procedimentos para garantir que os padrões, requisitos de qualidade e prática
educacional atendam aos objetivos do treinamento.
Ao final dos cursos de formação VTS, os alunos receberão um certificado de conclusão,
tornando-os aptos para a fase seguinte de OJT, esta realizada obrigatoriamente nos VTS em que
operarão. Concluído o OJT com aproveitamento, o CAMR expedirá, mediante solicitação, uma
cédula de habilitação numerada individualmente, licenciando o seu portador para o Serviço
Operacional como Supervisor e/ou Operador naquele VTS. Os documentos de licenciamento
incluirão tradução em inglês em caixa baixa, por conformidade com a prática internacional.
Os documentos referentes à formação de pessoal para trabalhar nos VTS brasileiros,
emitidos no exterior por instituições credenciadas, de acordo com as orientações da IALA,
deverão ser homologados pelo CAMR, a fim de atestar sua validade no Brasil. Cabe ressaltar
que, como parte do processo de homologação, o CAMR poderá fazer uma consulta junto à
instituição estrangeira que emitiu o Certificado em análise, com o fito de obter a comprovação
da realização do curso.
3.2. Uma Caderneta Registro (“log book”) deverá ser expedida pela instituição de ensino
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responsável pela formação inicial em VTS (curso de VTSO) e constará de uma folha inicial, com
foto e dados de identificação de seu portador, devendo ser utilizada para o lançamento dos
dados pessoais e conclusões de cursos, treinamentos e avaliações subsequentes, relacionadas
com a sua atividade no VTS, tais como:
a) Data de conclusão de curso e instituição de ensino;
b) Número da licença;
c) Data de conclusão com aproveitamento de OJT para um VTS específico, com nome e
carimbo do instrutor responsável;
d) Data de qualificação para o Serviço Operacional como Operador ou Supervisor;
e) Centros VTS para os quais está qualificado;
f) Períodos de afastamento do serviço superior a três meses;
g) Períodos de afastamento do serviço igual ou superior a um ano;
h) Resultado das avaliações anuais;
i) Data de qualificação para a função de OJTI;
j) Data de perda de qualificação; e
k) Processo e data da requalificação.
O Gerente do VTS é o responsável pela formação e treinamento do pessoal que atua no
serviço operacional, devendo adotar medidas que assegurem a manutenção do nível de
competência do pessoal e identifique as suas necessidades de treinamento, de forma a
proporcionar contínua atualização e desenvolvimento profissional da equipe.
Desta forma, o Gerente deverá providenciar para que todos os Operadores/Supervisores
sejam submetidos a avaliações periódicas, realizadas por uma organização de treinamento
credenciada ou no próprio Centro VTS, por um OJTI. No caso do VTS não possuir nenhum
instrutor de VTS qualificado na sua equipe operacional, o Gerente deverá designar formalmente
um Supervisor para realizar esta tarefa, até que seja providenciada a referida qualificação.
3.3. Uma vez determinada a necessidade de treinamento individual, são previstas no Curso
Modelo IALA V-103/5 a realização de três tipos de reciclagem:
a) Treinamento periódico (Recurrent training), que constitui na formação realizada em
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4. LICENÇAS
Cada Supervisor e Operador de VTS recebe uma licença conforme sua qualificação. As
licenças são concedidas pelo CAMR e formalizadas por meio da Cédula de Habilitação, que são
numeradas de maneira a indicar os elementos básicos de cada qualificação específica, tais como
ano, mês da concessão e função, o que facilita a identificação, de acordo com o seguinte critério
alfanumérico:
- AAAAMMNNF, onde:
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NORMAM-602/DHN
c) qualificações profissionais compatíveis com os assuntos das aulas que ministrarão e com a
tarefa de instrutoria;
d) conhecimento sobre técnicas de instrução com utilização de simuladores, de acordo com
a publicação IALA Guideline G1027 “Simulation in VTS Training”;
e) experiência prática e operacional no simulador que será usado na instrução; e
f) treinamento e experiência na condução de cursos que utilizam métodos remotos, nos
casos em que a instituição ofereça essa modalidade de ensino.
5.2. Os processos de credenciamento da instituição e aprovação de cursos serão conduzidos de
acordo com a publicação Guideline IALA G1014 “On the Accreditation of VTS Training
Organizations and Approval to deliver IALA Models Courses”. Como parte do processo de
credenciamento, será programada uma Visita Técnica de representantes do CAMR às
instalações da instituição de ensino e treinamento, a fim de:
a) verificar a adequabilidade das instalações para realizar as atividades propostas;
b) conhecer o corpo docente e suas qualificações;
c) avaliar a funcionalidade dos simuladores;
d) conhecer a empresa e os cursos que serão ministrados sobre VTS; e
e) presenciar uma aula teórica e prática sobre assunto previamente proposto pelo CAMR.
Sendo a instituição de ensino considerada apta para ministrar cursos de VTS no país, o
CAMR emitirá o correspondente certificado em modelo próprio, em três vias, com base no
exemplo constante da IALA Guideline G1014, com a indicação dos cursos permitidos. Uma cópia
será entregue para a instituição de ensino, outra para o CAMR e a terceira enviada para a IALA,
para publicação na página da Internet da WWA (IALA World-Wide Academy).
Caso seja do interesse da instituição de ensino e treinamento realizar cursos que sejam
válidos para a operação de VTS no estrangeiro, poderá ser necessário, além do certificado
nacional, receber o aval de uma Sociedade Classificadora aprovada pela IALA, cabendo à
entidade escolhida a emissão do certificado correspondente.
Cada credenciamento possui uma validade de cinco anos. Para o credenciamento nacional,
o CAMR manterá uma rotina de acompanhamento dos cursos realizados pela empresa sobre
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VTS ou, se julgado conveniente, efetuará uma visita técnica entre o segundo e o terceiro anos
do credenciamento original, a fim de averiguar a manutenção da qualidade dos cursos. Para
isso, a empresa deverá informar a programação de cursos de VTS e o CAMR indicará um Oficial
para participar integralmente das atividades de ensino, na condição de observador.
A instituição de ensino e treinamento será responsável pelas medidas necessárias para a
renovação do credenciamento, que devem iniciar três meses antes da data do seu término.
6. SIMULADORES
Os simuladores se constituem em excelente recurso para ensino de VTS, pois proporcionam
constante interação, onde habilidades e competências podem ser praticadas e os alunos
constantemente avaliados. Deste modo, os exercícios de simulação deverão ser incorporados
aos programas de treinamento.
A simulação VTS fornece um ambiente dinâmico, que pode ser usado para treinar a
operação de equipamentos, conhecimento de procedimentos, resposta a situações em
desenvolvimento e resposta a emergências. O realismo e a complexidade dos exercícios devem
aumentar à medida que o treinamento avança, havendo ainda a possibilidade de integrar
cenários, que raramente ocorrem, ao treinamento do simulador, com a finalidade de melhorar a
prontidão para tais situações.
A IALA Guideline G1027 “Simulation in VTS training” contém informações que poderão
auxiliar as instituições de treinamento sobre o planejamento e implementação de exercícios VTS
em simulador.
7. CURSOS MODELO
Formar pessoal dentro dos padrões internacionais necessários ao VTS é uma tarefa que
requer conhecimento específico relacionado com a atividade marítima, cuja complexidade é
diretamente proporcional à sofisticação dos equipamentos e sistemas a serem empregados. De
forma a contribuir para a organização dos cursos e processos voltados para a formação de
pessoal do VTS, a IALA provê cursos modelo para orientar a instrução e o treinamento de VTSS e
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VTSO.
O propósito dos cursos modelo é auxiliar as instituições de ensino marítimo e Centros VTS a
desenvolverem seus próprios cursos e treinamentos, com base em um padrão
internacionalmente aceito. Não é intenção dos cursos modelo apresentarem aos instrutores um
pacote de ensino fechado e rígido. Pelo contrário, sua estrutura modular permite dividi-los de
acordo com a necessidade do ensino e a profundidade requerida pelo serviço, o que constitui
uma boa flexibilidade.
A publicação IALA Guideline G1156 “Recruitment, training and assessment of VTS personnel”
apresenta as orientações necessárias para o planejamento e execução do treinamento de
pessoal VTS.
Os quadros abaixo indicam, de acordo com os Cursos Modelos correspondentes, as
competências a serem perseguidas na formação do pessoal:
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e internacionais; marinho.
2. Implicações legais
relacionadas com as
funções do VTS; e
3. Certificados de
segurança para navios.
Ambiente do VTS Exames e avaliação de Executar as tarefas de
1. Padrões de instruções práticas, forma segura e eficaz.
Tráfego; e em simulador
2. Área VTS. credenciado e OJT.
Monitorização e
Exames e avaliação de Conhecer aspectos
organização do
treinamento em legais relativos à Área
tráfego Conhecimento
simulador e OJT para VTS e à proteção do
abrangente das
as configurações de meio ambiente
normas, processos,
tráfego seguintes: marinho.
equipamentos,
1. Off-shore; Executar as tarefas de
competências e
2. Costeiro; forma segura e eficaz.
técnicas, nacionais e
3. Vias de acesso e
internacionais,
portos; e
relevantes para a
4. Águas interiores.
monitorização e a
organização do
tráfego
de embarcações.
Operar os
Equipamentos Básicos Exames e avaliação
equipamentos de
1. Telecomunicações; de instruções
forma segura e eficaz
2. Radar; práticas, em
e monitorar seu
3. Áudio/ simulador
desempenho.
vídeo; credenciado e OJT.
Interpretar e analisar
4.VHF/HF; e
Operação de corretamente as
5. Monitorização
Equipamentos. informações obtidas
de desempenho.
dos equipamentos,
consideradas suas
limitações e diante
das condições e
circunstâncias
reinantes.
Operação de Sistemas Básicos Avaliação de Operar os sistemas de
Equipamentos. (por exemplo) instruções em forma segura e eficaz e
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da
de comunicação superar tais
comunicação
introduzidos problemas quando
interpessoal;
intencionalmente surgirem.
2. Problemas que
em um ambiente
podem bloquear
simulado.
ou dificultar o
processo de
comunicação;
3. Diferença entre os
aspectos verbais e
não verbais da
comunicação;
4. Aspectos
culturais que
podem dificultar
um entendimento
comum das
mensagens trocadas.
Avaliação de Ter habilidade para
Coordenar
instruções em priorizar, retransmitir
comunicações
simulador e coordenar
variadas entre os
credenciado e OJT. comunicações variadas
navegantes e os
entre os navegantes e
Serviços Aliados.
os Serviços Aliados,
1. Rotina;
seja a bordo das
2. Emergência; e
embarcações
3. Serviços de apoio.
participantes ou de
instalações terrestres.
Possuir Gerência do tempo Avaliação de
Conduta conforme
atributos Demonstrar instruções em
princípios e
pessoais habilidade para simulador
procedimentos
especifica- desempenhar e credenciado e OJT.
aceitáveis
mente priorizar tarefas
estabelecidos pela
relacionados múltiplas e variadas.
Autoridade
com os Demonstrar iniciativa
Competente
deveres de e agilidade de
interessada.
um VTSO. raciocínio ao lidar com
circunstâncias
inesperadas.
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NORMAM-602/DHN
Confiabilidade
Demonstrar:
1. Pontualidade;
2. Eficácia; e
3. Capacidade de
decisão.
Gerenciamento
de estresse
Demonstrar
capacidade de decisão
ao lidar com situações
de rotina, situações de
emergência, pessoas
acometidas de pânico
e outras circunstâncias
inesperadas.
Aplicação de Utilização de Exames e avaliação de Obter informações
conheciment Cartas Náuticas instruções práticas, relevantes das cartas
os de Conhecimento e a em simulador e publicações
Náutica. habilidade de usar credenciado e OJT náuticas, interpretá-
Cartas Náuticas e utilizando catálogos las corretamente e
publicações afins. de cartas, cartas e aplicá-las com
1. Informações publicações náuticas. propriedade.
e terminologia Utilizar
cartográfica; adequadamente os
2. Plotar posições recursos para o
nas cartas; trabalho com Cartas
3. Rumos verdadeiros Náuticas e efetuar
e magnéticos; plotagens de fácil
4. Cálculos de interpretação,
Direção/velocidade coerentes com os
/ distância/tempo; padrões em vigor. Os
5. Marés e correntes; cálculos e as medidas
6. Padrões de tráfego; dos dados de
e navegação são
7. Correção de cartas precisos.
e publicações.
Regulamento de Exames e avaliação Saber aplicar as
abalroamentos. de instruções normas relevantes
Entender o conteúdo, práticas, em para uma Área VTS.
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NORMAM-602/DHN
- D-14 - ORIGINAL
NORMAM-602/DHN
- D-15 - ORIGINAL
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- D-16 - ORIGINAL
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- D-17 - ORIGINAL
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empregados;
3. As circunstâncias
em que pode haver
delegação de
competência; e
4. Exercícios de
treinamentos
relativos a
situações de
emergência.
Gerenciamen
Avaliação do Conduta conforme
to de Quarto
desempenho em princípios e
Demonstrar
simulador procedimentos
habilidade para:
credenciado e OJT. aceitáveis
1. Efetivar
estabelecidos pela
procedimentos para
Autoridade
o trabalho de
Competente
equipe;
interessada.
2. Administrar e
Possuir certos organizar
atributos pessoais programas de
especificamen te trabalho; e
relacionados com os 3. Gerenciar um
deveres de um quarto
Supervisor de VTS. do VTS.
Gerenciamen Conduta conforme
to de Avaliação do princípios e
estresse desempenho em procedimentos
Conhecimento simulador aceitáveis
eficaz das técnicas credenciado e OJT. estabelecidos pela
de gerenciamento Autoridade
de Competente
estresse. interessada.
- D-18 - ORIGINAL
NORMAM-602/DHN
APÊNDICE AO ANEXO D
- D-I-1 - ORIGINAL
NORMAM-602/DHN
- D-I-2 - ORIGINAL
NORMAM-602/DHN
c) Para efeito das alíneas descritas acima, será considerada falta: o não comparecimento
às aulas, o atraso superior a 10 minutos após o início de qualquer atividade programada ou a
saída não autorizada durante o seu desenvolvimento.
(Incluir outras observações julgadas pertinentes).
4. CREDENCIAMENTO DO CURSO
Citar o “status” das providências necessárias para o cumprimento dos procedimentos
regulamentares visando a aprovação do curso pelo CAMR, de acordo com esta norma.
4.1. Exemplos que poderão ser incluídos na proposta:
a) Corpo docente com instrutores habilitados e com experiência no trabalho em Centro
VTS, estando aptos para ministrar aulas sobre o assunto; e
- D-I-3 - ORIGINAL
NORMAM-602/DHN
b) Prontificação das instalações nas quais será ministrado o curso para receber visita
técnica do CAMR, visando atestar a adequabilidade das instalações, qualificação de instrutores
e recursos de ensino.
(Incluir outros julgados pertinentes).
- D-I-4 - ORIGINAL
NORMAM-602/DHN
ANEXO E
PROCEDIMENTOS PARA O SERVIÇO E OPERAÇÃO DE UM VTS
1. SERVIÇO OPERACIONAL
A disponibilidade de pessoal qualificado para preencher as Posições Operacionais é essencial
para a operação segura de um VTS. Isto está diretamente relacionado com o serviço que o VTS
pretende oferecer e tem influência no número de turnos diários e na capacitação do pessoal. O
número de Posições Operacionais por turno também dependerá de fatores como:
a) Procedimentos operacionais;
b) Nível de interação com os Serviços Aliados ou Centros de VTS vizinhos;
c) Tecnologia e equipamentos disponíveis;
d) Volume de comunicações;
e) Incidentes, acidentes e outras emergências;
f) Ambiente físico de trabalho;
g) Volume do tráfego; e
h) Complexidade do esquema de tráfego associado à Área VTS.
Um extenso conjunto de procedimentos operacionais contribui para aumentar a carga de
trabalho de um VTSO, mas o Gerente do VTS deve ter atenção para não simplificar demais tais
procedimentos, que são importantes para a uniformização do Serviço Operacional. Da mesma
forma, apesar da cooperação com Serviços Aliados ou Centros VTS vizinhos contribuir para
aumentar a segurança e a eficiência do serviço de tráfego, isso representará acréscimo na carga
de trabalho e eventual distração por parte dos VTSO nas suas responsabilidades primárias.
Nesse caso, a inclusão de um Supervisor, com a incumbência adicional de gerenciar esse tipo de
contato, poderia representar uma solução.
A tecnologia e os equipamentos utilizados no serviço podem ter impacto tanto positivo
quanto negativo na carga de trabalho. A complexidade e a sofisticação dos softwares e
equipamentos que compõem os modernos sistemas usados no Centro VTS podem requerer
altos níveis de atenção e concentração por parte da Equipe Operacional, especialmente quando
- E-1 - ORIGINAL
NORMAM-602/DHN
novos sistemas ou modernizações são instalados, o que pode causar estresse ou redução no
período de duração de um turno. Não obstante, o grau de automação das funções de aquisição
e acompanhamento de alvos, registro, gravação de dados, análise de conflito de tráfego, alarme
para desvios de rotas, etc., permite ao VTSO gerenciar um volume de tráfego muito maior sem
sobrecarga, o que contribui para redução das Posições Operacionais em um dado turno do
Serviço Operacional.
As comunicações terra/navio são um elemento essencial do VTS, mas cada comunicação
gerada demanda tempo, interpretações e ações por parte do VTSO, o que pode gerar eventual
sobrecarga de trabalho. O Gerente do VTS deve considerar esse aspecto ao elaborar os
procedimentos para os navegantes e selecionar os pontos de notificação, na tentativa de buscar
um equilíbrio entre as trocas de informações importantes e as dispensáveis. A redução no
tráfego rádio pode ser obtida pela introdução de procedimentos escritos, conforme prescrito
pela IMO e pela UIT, que são mais fáceis de entender e reduzem as dificuldades relacionadas
com insuficiente proficiência na língua inglesa, tanto dos VTSO quanto dos navegantes. Todavia,
compor mensagens em texto consome mais tempo, o que influencia a carga de trabalho dos
VTSO e deve ser levado em conta pelo Gerente do VTS.
Outro aspecto relativo às comunicações exteriores diz respeito à utilização de telefones.
Devido à natureza do VTS e das informações de que dispõe, diante da necessidade e interesse
dos Serviços Aliados e outros usuários, pode haver um significativo afluxo de ligações
telefônicas, rotineiras ou em situações especiais, que irão contribuir para a distração e aumento
da carga de trabalho dos VTSO. Assim sendo, o Gerente do VTS deve adotar procedimentos
específicos com relação à utilização de telefones no Centro VTS, com vistas a aumentar a
eficiência do Serviço Operacional, ou considerar o acréscimo de uma Posição Operacional
(possivelmente um Supervisor) para cuidar desse tipo de contato.
O risco de ocorrerem incidentes, acidentes e outras emergências é algo sempre presente e
que pode causar sobrecarga de trabalho, dependendo da hora da ocorrência e da seriedade do
evento. A existência de planos de contingência pode facilitar o gerenciamento da situação,
mesmo podendo ocorrer circunstâncias não previstas que irão exigir uma boa dose de iniciativa
- E-2 - ORIGINAL
NORMAM-602/DHN
por parte dos VTSO. O Gerente do VTS deve considerar a adequabilidade de introduzir um
Supervisor nos horários de maior tráfego ou em situações especiais antevistas, de forma a
facilitar a transição da operação de rotina para a operação de emergência, sem descuidar dos
demais navegantes dentro da Área VTS.
A duração de um turno do Serviço Operacional também pode ser limitada pelo ambiente
físico de trabalho, que inclui fatores ergonômicos relacionados com temperatura, ventilação,
iluminação, dimensões da sala (torre), adaptabilidade das estações de trabalho e assentos para
o pessoal. A constante observação das telas do sistema pode causar fadiga visual e estresse, o
que, associado à necessidade de manter elevados níveis de atenção e concentração por longos
períodos, eventualmente conduz a situações críticas onde o erro humano torna-se mais
provável. Pelo mesmo motivo é importante minimizar o ruído e outras potenciais distrações
dentro do Centro VTS.
De posse das considerações acima, o Gerente do VTS determinará os turnos do Serviço
Operacional diário, em função da carga de trabalho das Posições Operacionais, do horário de
funcionamento do Serviço Operacional e das características do local. Na elaboração da escala
de serviço para os VTSO e VTSS, deverá ser observado o que estabelece a Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT) e demais disposições legais existentes, sendo desejável a realização de um
Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) com o pessoal VTS.
A composição das Equipes Operacionais deve procurar mesclar, na medida do possível, os
VTSO novos com os de maior experiência. Nos casos de haver somente um VTSO por turno, os
menos experientes devem ser escalados, preferencialmente, nos horários de menor
movimento. Os VTSO em período de adaptação e aprendizado no serviço (OJT) não são
considerados aptos para o Serviço Operacional e sua participação é restrita à instrução. Férias,
licenças e outros afastamentos do serviço devem ser levados em conta na organização das
escalas de serviço, sendo indispensável que o Gerente do VTS elabore um plano de férias e
licenças, a fim de que o efetivo permaneça equilibrado durante o transcorrer do ano.
Por fim, o Gerente do VTS também deverá estar atento aos tipos de estresse relacionados
com cargas de trabalho muito altas ou muito baixas, que podem afetar a eficiência do serviço, a
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NORMAM-602/DHN
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NORMAM-602/DHN
usuários.
Para estabelecer um critério relativo a volume de tráfego, é necessário conhecer os
conceitos de Horas de Pico, Movimento Médio das Horas de Pico e Instantes de Pico. No
transcorrer das atividades marítimas dentro de uma Área VTS haverá momentos do dia com um
significativo incremento no movimento de embarcações, como no caso do transporte de
passageiros para o trabalho nos períodos matutino e vespertino. Nesses casos, haverá um pico
de tráfego, sendo necessário identificar as horas do dia em que isso acontece. Tais horas são
denominadas Horas de Pico (HP), que são as de maior volume de tráfego em um dia. As
embarcações consideradas nessa estimativa são apenas as de participação obrigatória, para as
quais existe expectativa de troca de comunicações.
As Posições Operacionais serão alocadas em número suficiente para fazer face às HP,
quando todas as posições estarão ativadas. No entanto, a quantidade de embarcações pode
variar muito de uma HP para outra, o que torna necessário estabelecer um valor médio,
denominado Movimento Médio das Horas de Pico (MHP), que é a média das HP com maior
volume de tráfego. O MHP não deve ser limitado apenas para os casos de embarcações que se
cruzam ou navegam próximas, uma vez que aquelas mais afastadas também podem solicitar
algum serviço do VTS e ocupar o VTSO em atendê-las. O MHP pode ter base semanal ou
mensal, a critério do Gerente do VTS, e pode ter influência na duração dos turnos do Serviço
Operacional.
A noção de MHP permite estabelecer uma grandeza para o número de embarcações, que
podem ser objeto de controle simultâneo por uma Posição Operacional em um período de
tempo considerado, no caso de uma hora. O MHP é, contudo, um número relativo. No caso de
um setor em que a maioria do tráfego acompanha um plano esquemático simples, a capacidade
do VTSO será consideravelmente superior àquela de um setor que possui vários pontos de
notificação, pontos de cruzamento das vias navegáveis e outras Áreas de Precaução. As
complexidades particulares de cada área devem ser avaliadas pelos respectivos Gerentes de
VTS, para determinar o número máximo de embarcações que seus VTSO podem monitorar.
O terceiro conceito, o de Instantes de Pico (IP), está relacionado com o eventual acúmulo de
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NORMAM-602/DHN
tráfego em um curto intervalo de tempo. Um IP pode ocorrer a qualquer hora do dia, sendo o
mais provável em uma HP. O que caracteriza um IP é a solicitação do VTS por várias
embarcações simultaneamente, o que gerará uma sobrecarga momentânea para o VTSO.
Atender vários usuários ao mesmo tempo, com diferentes necessidades e condições de
navegação, pode gerar confusão para o VTSO e levá-lo a prestar uma indicação errada ou não
perceber a evolução de uma situação de risco. O Gerente do VTS deve prever procedimentos
específicos para lidar com IP.
O Gerente do VTS deverá estabelecer o número de VTSO por turno do Serviço Operacional,
em função da duração do turno e do MHP, para operação de rotina de planos esquemáticos de
tráfego simples. O preenchimento da posição de Supervisor é opcional, podendo também ser
ocupada em horário de turno diferenciado, a critério do Gerente.
A publicação IALA Guideline G1045 “Staffing Levels at VTS Centres” auxilia os Gerentes dos
VTS no planejamento das necessidades de pessoal e estabelecimento dos turnos de serviço,
considerando as demandas trabalhistas, qualificações exigidas para o serviço e necessidade de
pausas para descanso.
3. RESPONSABILIDADE DE OPERAÇÃO
3.1. A função chave na operação de um VTS é exercida pelo VTSO, que possui as seguintes
responsabilidades:
a) Monitorar continuamente a imagem do tráfego com todos os sensores disponíveis na
Área VTS;
b) Manter comunicação com as embarcações na Área VTS, com emprego de todos os
recursos disponíveis;
c) Operar os equipamentos do Centro VTS para comunicações, coleta e análise de dados e
formação da imagem do tráfego;
d) Prover as informações necessárias para auxiliar uma embarcação em dificuldade de
navegação ou meteorológica, ou no caso de defeitos ou deficiências;
e) Manter comunicação com os Serviços Aliados e outras agências conforme o caso;
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4. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
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4.1. A IALA Guideline G1141 “Operational procedures for Vessel Traffic Services” descreve
processos e procedimentos, para auxiliar os Gerentes dos VTS na elaboração dos documentos
que regulam o funcionamento do VTS e sua interação com usuários, com o objetivo de:
a) Fornecer informações oportunas e relevantes sobre fatores que podem influenciar os
movimentos da embarcação e auxiliar na tomada de decisões a bordo;
b) Monitorar e gerenciar o tráfego de embarcações, para garantir a segurança e a eficiência
da navegação na Área VTS;
c) Responder ao desenvolvimento de situações inseguras;
d) Garantir que o VTS opere de acordo com as convenções internacionais relevantes e
instrumentos da IMO, publicações da IALA e legislação nacional; e
e) Definir objetivos operacionais para o VTS que sejam consistentes com a melhoria da
segurança e eficiência do tráfego de embarcações e proteção do meio ambiente.
Existe uma distinção entre os procedimentos conforme sejam internos ou externos. Os
procedimentos internos (SOP) não dizem respeito ao público e tratam basicamente da operação
de sistemas e sensores orgânicos do Centro VTS e do gerenciamento dos dados (gravação,
reprodução, armazenamento e outros). Os SOP devem ser definidos com clareza e constar de
um manual disponível para todo pessoal de serviço, que deve ser revisto e atualizado
regularmente para evitar anacronismos. Os procedimentos externos tratam da interação do VTS
com as embarcações participantes e Serviços Aliados, sendo aqueles que interessam aos
usuários.
4.2. Para auxiliar em uma abordagem comum e consistente para a elaboração de SOP e
contribuir para a padronização das comunicações, foi desenvolvida uma terminologia chave
para utilização pelo setor marítimo, que inclui:
a) Mensagens Orientadas para o Resultado;
b) Frases Padrão; e
c) Mensagens Tipo e Indicadores de Mensagem.
4.3. Mensagens Orientadas para o Resultado:
Um dos princípios fundamentais nas comunicações do VTS é que as instruções devam ser
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existentes. O Gerente do VTS deve considerar que a utilização dessas mensagens leva uma
ocupação adicional do VDL (Enlace de Dados VHF), o que pode prejudicar a função primária do
AIS de identificação e acompanhamento de navios.
a) As comunicações por AIS utilizam três tipos básicos de mensagens:
I) Mensagens Curtas Relativas à Segurança (Short safety-related messages);
II) Mensagens Binárias (Binary messages); e
III) Mensagens Alvos VTS ou Rastro VTS (VTS Targets message ou VTS Footprint).
As Mensagens Curtas Relativas à Segurança são mensagens de texto livre, em inglês,
destinadas a um MMSI, ou transmitidas para todas as embarcações na área. Seu contexto deve
estar relacionado com a segurança da navegação e devem ser tão curtas quanto possível. O
limite máximo de caracteres dessas mensagens pode variar entre 158 e 162.
Não obstante, deve ser considerado, por motivo de precaução, que nem todos os usuários
tenham lido as mensagens assim transmitidas, visto que não possuem recibo, o que constitui a
sua limitação. Seu melhor emprego é como aviso geral, ou repetição de aviso aos navegantes,
com retransmissão em intervalo de tempo definido por SOP, que também podem estipular as
situações em que seja permitida a transmissão em português.
b) Mensagens Binárias são as mensagens de AIS de números 6 a 8 e são relativas a:
I) Dados meteoceanográficos;
II) Indicação de carga perigosa;
III) Via navegável fechada;
IV) Janelas de maré;
V) Dados extras relativos à mensagem estática e relativa à viagem;
VI) Número de pessoas a bordo; e
VII) Falsos alvos AIS.
A Recomendação IALA R0126 (A-126) “The Use of the Automatic Identification System (AIS)
in Marine Aids to Navigation Service” apresenta maiores detalhes sobre o emprego das
mensagens binárias.
4.7. Procedimentos especiais e em emergência
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O Gerente do VTS pode elaborar SOP para emergências e para situações especiais que
fogem à rotina, mas que fazem parte do contexto de operação do VTS, de forma a propiciar aos
VTSO os elementos necessários para reagir com presteza e eficiência diante do inusitado.
Algumas dessas situações são listadas a seguir com algumas ações sugeridas:
a) Colisão, Abalroamento, Naufrágio, Emborcamento, Fogo a Bordo e Homem ao Mar:
I) Alertar o AAM local ou diretamente ao Comando do Distrito Naval de sua área
(responsabilidade SAR);
II) Alertar os Serviços Aliados envolvidos;
III) Alertar rebocadores e outras unidades de apoio;
IV) Considerar reforço para o pessoal de quarto, conforme a extensão da ocorrência;
V) Divulgar avisos sobre a ocorrência para as embarcações na Área VTS; e
VI) Restringir o tráfego nas vizinhanças imediatas da ocorrência.
b) Poluição:
I) Avaliar a escala da ocorrência e ativar planos de contingência, caso necessário;
II) Alertar o AAM local para as providências administrativas cabíveis;
III) Checar se os sistemas de gravação estão aptos a registrar a ocorrência e realizar
anotações adicionais que possam contribuir para as investigações subsequentes;
IV) Divulgar avisos sobre a ocorrência para as embarcações na Área VTS; e
V) Restringir o tráfego nas vizinhanças imediatas da ocorrência.
c) Emergência Médica:
Alertar o AAM local ou diretamente ao Comando do Distrito Naval de sua área
(responsabilidade SAR).
d) Embarcação sem Governo (NUC, da sigla em inglês):
I) Avaliar os perigos imediatos para o NUC e para o tráfego nas vizinhanças;
II) Tentar contato com a NUC para obter informações sobre a situação a bordo;
III) Alertar o AAM local ou diretamente ao Comando do Distrito Naval de sua área, caso
haja risco da situação se desenvolver em acidente de grandes proporções ou se a NUC se
configurar em um derrelito perigoso para a navegação (responsabilidade SAR);
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ANEXO F
AUDITORIAS E AVALIAÇÕES DE CENTRO VTS
2. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
Após a prontificação do Centro VTS para iniciar a prestação do serviço (aquisição de
equipamentos, obras, contratação de pessoal etc.), a AP ou o Operador de TUP proponente
(denominada Provedor do VTS) deverá encaminhar ao CAMR a seguinte documentação, que
servirá de base para a realização da VISITEC e concessão da Licença de Operação:
a) Ato formal que designou o Gerente do VTS;
b) Descrição sumária do serviço que será prestado, constando a delimitação da Área VTS e
indicação de subáreas ou setores, se houver;
c) Altura da torre e coordenadas geográficas do Centro VTS e Estações Remotas;
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d) Plano esquemático do tráfego nas águas interiores da Área VTS, com as principais rotas
utilizadas pela navegação local, indicação dos pontos de notificação e dos limites da Área VTS e
de subáreas ou setores, se houver;
e) Procedimentos Operacionais de rotina e emergência, a serem cumpridos pelos VTSO, de
acordo com a IALA Guideline G1141;
f) Procedimentos para os Navegantes na Área VTS, devidamente aprovados pelo AAM local,
de acordo com a IALA Guideline G1141;
g) Planos de contingências internos e externos;
h) Cópia do Memorando de Entendimento, ou documento equivalente, de acordo com o
anexo B dessa norma;
i) LV constante no Apêndice a este Anexo, preenchida e assinada pelo Gerente do VTS; e
j) Sugestão das informações que constarão nos documentos náuticos, com texto e figuras no
formato em que serão publicadas.
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c) Passo 3 – Solicitação:
Após aprovação da documentação pré-auditoria, a AP ou Operador de TUP, responsável
pela implantação, solicitará formalmente ao CAMR a realização de VISITEC para a concessão da
Licença de Operação. Como preparação para o evento, o Gerente do VTS conduzirá
internamente sua própria auditoria, usando a lista de verificação constante do apêndice.
d) Passo 4 – Pré-Auditoria:
Após definição do período de realização da VISITEC, o CAMR designará formalmente uma
comissão de auditoria e solicitará a publicação em Aviso aos Navegantes da entrada em
funcionamento, em caráter provisório, do VTS, por um período aceitável para conclusão do
treinamento interno e condução da VISITEC.
e) Passo 5 – Realização da VISITEC:
O CAMR conduzirá a VISITEC no Centro VTS, verificando as instalações, pertinência das
normas internas e externas que regulam a prestação do serviço, funcionamento dos
equipamentos e o desempenho do pessoal no exercício de suas funções, por meio da realização
de exercícios práticos.
f) Passo 6 – Pendências:
O CAMR notificará o Gerente do VTS sobre os aspectos da VISITEC considerados como
insatisfatórios, especificando os motivos e fornecendo subsídios para as ações corretivas.
g) Passo 7 - Solução das pendências:
O Gerente do VTS realizará as ações corretivas, participando a prontificação ao CAMR, que
avaliará a necessidade de conduzir nova VISITEC, com a finalidade de verificar as correções
introduzidas no serviço.
h) Passo 8 – Aprovação:
Após conclusão da VISITEC, o CAMR emitirá um relatório, contendo os aspectos relevantes
observados e, caso o VTS seja considerado apto para prestar o serviço, uma conclusão
propondo a concessão da Licença de Operação. O relatório será encaminhado para ratificação
da DHN.
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4.3. PROCEDIMENTOS
Serão adotados, sempre que possível, os seguintes procedimentos para auditoria e
avaliação anual de um Centro VTS:
a) Passo 1 – Agendamento da VISITEC:
O CAMR enviará Ofício ao Gerente do VTS, com antecedência mínima de sessenta (60)
dias, propondo o período para realização da VISITEC e encaminhando as instruções relativas à
realização do evento.
b) Passo 2 - Documentação de pré-auditoria:
O Gerente do VTS submeterá à aprovação do CAMR, na medida em que forem sendo
prontificados, os documentos listados no item 2 deste anexo que foram alterados desde a
VISITEC anterior.
Caso algum documento necessite ser submetido à outro órgão (Capitania dos Portos,
por exemplo), tal providência deverá ser realizada antes do envio ao CAMR.
c) Passo 3 - Avaliação da documentação de pré-auditoria:
O CAMR avaliará a documentação de pré-auditoria, verificando sua conformidade com
as normas nacionais e internacionais. Caso seja constatada alguma pendência, o CAMR
notificará o Gerente do VTS, apresentando os motivos e orientações para as ações corretivas
necessárias.
d) Passo 4 – Designação de inspetores:
O CAMR designará formalmente uma comissão de auditoria e, se julgado conveniente,
solicitará a publicação do evento em Aviso aos Navegantes.
e) Passo 5 – Realização da VISITEC:
O CAMR conduzirá a VISITEC no Centro VTS, verificando as instalações, pertinência das
normas internas e externas que regulam a prestação do serviço, funcionamento dos
equipamentos e o desempenho do pessoal no exercício de suas funções, por meio da realização
de exercícios práticos.
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NORMAM-602/DHN
f) Passo 6 – Pendências:
O CAMR notificará o Gerente do VTS sobre os aspectos da VISITEC considerados como
insatisfatórios, caso existam, especificando os motivos e fornecendo subsídios para as ações
corretivas.
g) Passo 7 - Solução das pendências:
O Gerente do VTS realizará as ações corretivas, participando a prontificação ao CAMR,
que avaliará a necessidade de conduzir nova VISITEC, com a finalidade de verificar as correções
introduzidas no serviço.
h) Passo 8 – Aprovação:
O CAMR emitirá um relatório da VISITEC, contendo os aspectos relevantes observados,
sugestões para melhoria do serviço e uma conclusão, onde constará proposta para
continuidade da prestação do serviço ou, se for detetada alguma discrepância proibitiva, o
cancelamento da Licença de Operação. O relatório será encaminhado para ratificação da DHN.
i) Passo 9 – Disseminação do resultado da VISITEC:
Após a ratificação da DHN, o CAMR encaminhará cópia do relatório para o Provedor de
VTS e AAM local, para conhecimento e adoção das providências cabíveis.
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APÊNDICE AO ANEXO F
1. INFORMAÇÕES GERAIS
1 Área VTS e pontos de notificação
2 Altura e coordenadas geográficas do Centro VTS e estações remotas, no datum WGS-84
3 Serviços Aliados atendidos pelo VTS
4 Dados estatísticos;
5 Acidentes e incidentes documentados desde a VISITEC anterior (se houver);
6 Descrição sucinta dos sistemas componentes e localização dos equipamentos; e
7 Frequências e canais usados para comunicação.
2. ADMINISTRAÇÃO
1 O VTS é operado em conformidade com as normas nacionais e internacionais sobre
VTS?
2 O serviço prestado está de acordo com a Guideline IALA G1089?
3 Existem normas administrativas elaboradas para o VTS sobre relacionamento com
demais setores da empresa? Estão atualizadas e atendem às necessidades do VTS?
Apresentar os documentos aos inspetores.
4 O SOP e Instruções aos navegantes estão atualizados? São adequados para o serviço
prestado pelo VTS? Como são disponibilizados para os usuários?
5 Existe no Centro VTS uma pasta (em meio físico ou digital) de pronto uso contendo os
principais documentos e instruções adotadas no VTS?
6 A Área VTS se estende além do mar territorial? Caso afirmativo, tal fato está de acordo
com a publicação Guideline IALA G1089?
7 Os dados produzidos no VTS são disponibilizados para outros usuários (Praticagem,
Autoridade Marítima, IBAMA, ANVISA, PF etc.)? Caso afirmativo, descrever como é feito
e o nível das informações compartilhadas.
8 Como se processa a disponibilização de dados para a Autoridade Marítima? A
transmissão dos dados é realizada satisfatoriamente?
9 Como é o relacionamento do VTS com os Serviços Aliados e demais usuários do serviço?
São observados os procedimentos constantes na publicação Guideline IALA G1102?
Existem instruções previstas no SOP?
10 São adotadas medidas para identificar as oportunidades de melhoria em relação à
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3. EQUIPAMENTOS E SISTEMAS
1 Os equipamentos operacionais (radar, AIS, CCTV, comunicações) atendem aos requisitos
técnicos previstos na NORMAM-602/DHN e publicação Guideline IALA G1111?
2 O arranjo de sensores do VTS é adequado para a prestação do serviço? Qual o índice de
indisponibilidade dos sensores? É prevista redundância para o caso de avaria de algum
sensor? Caso NEG, existe algum planejamento neste sentido?
3 Os sensores hidrológicos e meteorológicos atendem aos objetivos de coletar dados de
interesse da navegação? Os dados coletados servem de apoio ao setor responsável pela
prevenção e resposta de eventos ambientais? Como são divulgados os dados
ambientais coletados para o navegante dentro da Área VTS e Serviços Aliados?
4 Existem plano(s) de contingência (redundância de equipamento, local secundário de
operação, pessoal em sobreaviso etc.) para garantir a disponibilidade das operações VTS
em casos de emergência? Apresentar os planos de contingência.
5 Existe disponibilidade de manuais e instruções de funcionamento dos equipamentos e
software de gerenciamento de dados no Centro VTS? Os operadores e supervisores
estão familiarizados com os referidos documentos?
6 Como está planejado o programa de manutenção dos equipamentos VTS, de forma a
garantir a confiabilidade do serviço oferecido? É cumprido integralmente? Apresentar
os relatórios ou documento equivalente das ações realizadas.
7 Existem sistemas não abrangidos pela publicação Guideline IALA G1111? Caso
afirmativo, apresentar e justificar.
4. PESSOAL
4.1. Gestão
1 O VTS possui pessoal em número suficiente e com as capacitações requeridas para a
prestação do serviço para o qual foi homologado? É prevista alteração (aumento ou
redução) de efetivo de pessoal? A rotatividade de pessoal no VTS é significativa? Caso
- F-I-2 - ORIGINAL
NORMAM-602/DHN
- F-I-3 - ORIGINAL
NORMAM-602/DHN
- F-I-4 - ORIGINAL
NORMAM-602/DHN
ANEXO G
PUBLICAÇÕES DA IALA SOBRE VTS
STANDARDS
S1040 Vessel Traffic Services
S1050 Training and Certification
RECOMENDAÇÕES
R0102 (V-102) Application of ‘User Pays’ principle as applied to VTS
R0103 (V-103) Standards for Training & Certification of VTS personnel
R0119 (V-119) Establishing of Vessel Traffic Services
R0120 (V-120) Vessel Traffic Services in Inland waters
R0125 (V-125) Use and Presentation of Symbology at a VTS Centre (including AIS)
R0127 (V-127) VTS Operations
R0128 (V-128) Operational & Technical Performance of VTS systems
R1012 VTS Communications
R1013 Auditing and Assessing Vessel Traffic Services
R1014 Portrayal of VTS Information and Data
Provision of Maritime Services in the context of e-Navigation in the do-
R1019
main of IALA
V-145 Inter-VTS Exchange Format Service
A-126 Use of the AIS in Marine Aids to Navigation Service
O-134 IALA Risk Management Tool for Ports & Restricted Waterways
ORIENTAÇÕES (Guidelines)
G1014 Accreditation of VTS Training Courses
Assessment of Training Requirements for Existing VTS Personnel,
G1017
Candidate Operators & Revalidation of VTSO Certificates
1018 Risk Management
G1027 Simulation in VTS Training
- G-1 - ORIGINAL
NORMAM-602/DHN
- G-2 - ORIGINAL
NORMAM-602/DHN
MANUAIS
IALA VTS Manual
NAVGUIDE - “Marine Aids to Navigation Manual”
IALA TECHNICAL DOCUMENTS - CATALOGUE
- G-3 - ORIGINAL
INTENCIONALMENTE EM BRANCO