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Palhoça
UnisulVirtual
2011
Créditos
Universidade do Sul de Santa Catarina | Campus UnisulVirtual | Educação Superior a Distância
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Tânia Regina Goularte Waltemann Maria José Rossetti Michael Mattar Alex Fabiano Wehrle (Coord.)
Jeferson Pandolfo
Cesar Augusto Jungblut
Lucésia Pereira
Dante Carvalho Targa
Design instrucional
Luiz Henrique Queriquelli
Sabrina Bleicher
3ª edição
Palhoça
UnisulVirtual
2011
Copyright © UnisulVirtual 2011
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.
Design Instrucional
Luiz Henrique Queriquelli
Sabrina Bleicher (3ª Edição)
Diagramação
Oberdan Piantino
Revisão
Contextuar
ISBN
978-85-7817-351-7
109
J92 Jungblut, Cesar Augusto
História da filosofia III : livro didático / Cesar Augusto Jungblut, Lucésia
Pereira, Dante Carvalho Targa ; revisão e atualização de conteúdo Dante
Carvalho Targa ; design instrucional Luiz Henrique Queriquelli, Sabrina
Bleicher. – 3. ed. – Palhoça : UnisulVirtual, 2011.
220 p. : il. ; 28 cm.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7817-351-7
Apresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Palavras dos professores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
UNIDADE 1 - O Renascimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
UNIDADE 2 - O Humanismo e a releitura da cultura clássica. . . . . . . . . . . . . 41
UNIDADE 3 - O prelúdio da filosofia moderna – A Reforma
Protestante e a Revolução Científica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
UNIDADE 4 - Descartes e o Racionalismo Moderno. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135
7
Palavras dos professores
Caro(a) aluno(a),
o livro didático;
o Sistema Tutorial.
Ementa
História da Filosofia Moderna. Do Renascimento ao século
XVII. Projeto de Prática da Disciplina.
Universidade do Sul de Santa Catarina
Objetivos
Geral:
Discutir o contexto do pensamento humanista/renascentista,
relacionando-o às transformações ocorridas a partir do século
XIV, as quais culminaram com o surgimento do sujeito do
conhecimento no século XVII.
Específicos:
Relacionar as características sociais, políticas e
econômicas do Renascimento.
Carga Horária
A carga horária total da disciplina é 60 horas-aula.
12
História da Filosofia III
Conteúdo programático/objetivos
Veja, a seguir, as unidades que compõem o livro didático desta
disciplina e os seus respectivos objetivos. Estes se referem aos
resultados que você deverá alcançar ao final de uma etapa de
estudo. Os objetivos de cada unidade definem o conjunto de
conhecimentos que você deverá possuir para o desenvolvimento
de habilidades e competências necessárias à sua formação.
Unidades de estudo: 4
Unidade 1 – O Renascimento
Nesta unidade, vamos situar historicamente o Renascimento
e o Humanismo. Você verá que, neste momento, aparecem os
primeiros sinais de um processo de racionalização conhecido
como Modernidade e que implicou numa série de eventos que
romperam lentamente com a visão de mundo medieval.
13
Universidade do Sul de Santa Catarina
14
História da Filosofia III
Agenda de atividades/Cronograma
Atividades obrigatórias
15
1
UNIDADE 1
O Renascimento
Cesar Augusto Jungblut e Lucésia Pereira
Objetivos de aprendizagem
Estudar as condições históricas do Renascimento.
Relacionar o Humanismo e o Renascimento.
Entender aspectos da vida intelectual
no Renascimento.
Seções de estudo
Seção 1 Condições históricas do Renascimento
Seção 2 Arte e vida intelectual no Renascimento
Universidade do Sul de Santa Catarina
São esses alguns dos assuntos que você vai conhecer nas
páginas deste livro. Tais temas, além do seu valor intrínseco,
são preparatórios para que você desenvolva uma compreensão
abrangente da mentalidade, ou, do Espírito Renascentista que
fundamenta as grandes transformações do pensamento, as quais
serão responsáveis pelo início da filosofia moderna e da própria
modernidade enquanto período histórico.
18
História da Filosofia III
Unidade 1 19
Universidade do Sul de Santa Catarina
20
História da Filosofia III
Você sabia?
A tomada da importante cidade de Constantinopla,
capital da Cristandade Oriental, sede do Império
Bizantino, ocorrida nos dias 28 e 29 de maio de 1453,
por obra do sultão turco-otomano Maomé II, foi um
dos importantes acontecimentos do início da história
moderna. Além de afugentar o cristianismo da Ásia
Menor, esse evento forçou os navegadores europeus
a buscarem outro caminho para chegar às Índias,
levando-os a enfrentar o Oceano Atlântico.
Unidade 1 21
Universidade do Sul de Santa Catarina
22
História da Filosofia III
Unidade 1 23
Universidade do Sul de Santa Catarina
Unidade 1 25
Universidade do Sul de Santa Catarina
26
História da Filosofia III
Unidade 1 27
Universidade do Sul de Santa Catarina
28
História da Filosofia III
Unidade 1 29
Universidade do Sul de Santa Catarina
30
História da Filosofia III
Unidade 1 31
Universidade do Sul de Santa Catarina
32
História da Filosofia III
Você sabia?
Giotto foi o primeiro a criar uma ilusão de espaço em suas pinturas, com
paredes que pareciam estar se afastando do observador e entrando
em um “espaço” imaginário. Dois séculos mais tarde, a ilusão de
espaço parece definitivamente conquistada. Veja, no quadro de Rafael
(figura 1.11), como as figuras estão dispostas de modo esquemático e
proporcional, dando a perfeita ilusão de profundidade.
Unidade 1 33
Universidade do Sul de Santa Catarina
34
História da Filosofia III
Unidade 1 35
Universidade do Sul de Santa Catarina
36
História da Filosofia III
Síntese
Unidade 1 37
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atividades de autoavaliação
38
História da Filosofia III
Unidade 1 39
Saiba mais
Para aprofundar seus estudos sobre o Renascimento, sugerimos a
seguinte leitura:
O Humanismo e a releitura da
cultura clássica
Cesar Augusto Jungblut e Lucésia Pereira
Objetivos de aprendizagem
Avaliar as perspectivas históricas sobre o humanismo.
Estudar como ocorreu a apropriação da cultura antiga
pelos pensadores humanistas.
Conhecer a influência da concepção mágica e
distinguir as diferentes leituras realizadas acerca de
Platão e Aristóteles.
Conhecer aspectos da filosofia política de
Nicolau Maquiavel e a retomada do ceticismo no
pensamento moderno.
Seções de estudo
Seção 1 A visão histórica do Humanismo
Seção 2 Os humanistas e o saber antigo
Seção 3 A magia natural no Renascimento
Seção 4 As polêmicas entre aristotélicos e platônicos
Seção 5 A filosofia em transformação
Universidade do Sul de Santa Catarina
42
História da Filosofia III
Unidade 2 43
Universidade do Sul de Santa Catarina
44
História da Filosofia III
Unidade 2 45
Universidade do Sul de Santa Catarina
46
História da Filosofia III
Unidade 2 47
Universidade do Sul de Santa Catarina
48
História da Filosofia III
Unidade 2 49
Universidade do Sul de Santa Catarina
50
História da Filosofia III
Unidade 2 51
Universidade do Sul de Santa Catarina
52
História da Filosofia III
Unidade 2 53
Universidade do Sul de Santa Catarina
54
História da Filosofia III
Unidade 2 55
Universidade do Sul de Santa Catarina
56
História da Filosofia III
Unidade 2 57
Universidade do Sul de Santa Catarina
58
História da Filosofia III
Unidade 2 59
Universidade do Sul de Santa Catarina
60
História da Filosofia III
Por isso, entende-se a razão pela qual ele usava talismãs, que
confeccionava a partir de diversos materiais – plantas, metais,
sementes etc. Albertini (2003, p. 110), ao se referir a Ficino,
afirma:
Unidade 2 61
Universidade do Sul de Santa Catarina
Figura 2.8 - Parte de uma tabuleta babilônica de Sippar, feita em 870 a.C., Doutrina da transmigração
atualmente no Museu Britânico. Representa uma cerimônia de evocação do deus-Sol Shamash.
da alma; movimento cíclico
Fonte: Portal São Francisco [200-].
por meio do qual um mesmo
espírito, após a morte de
Os Hinos Órficos constituíram outra marcante influência seu antigo corpo, retorna
vinda do paganismo para a Renascença. Eles derivam, em sucessivamente à vida,
parte, do orfismo, tradição antiga que havia influenciado animando outra estrutura
Platão e Pitágoras, especialmente no que se refere à crença na viva, seja essa vegetal,
metempsicose. O Orfismo era uma religião de mistérios no mineral ou animal, não
necessariamente nessa ordem.
antigo mundo grego, difundido a partir dos séculos VII e VI
a.C. Seu fundador teria sido o poeta mítico Orfeu, que desceu
ao inferno e retornou.
Unidade 2 63
Universidade do Sul de Santa Catarina
64
História da Filosofia III
Unidade 2 65
Universidade do Sul de Santa Catarina
66
História da Filosofia III
Até aquela data não havia, além de umas poucas traduções livres,
nenhum conjunto adequado dos escritos de Platão em língua
latina. Essa observação foi feita pelo cardeal Bessarion em 1439,
mostrando que, antes mesmo do trabalho feito por Ficino, já se
discutia o significado da obra de Platão.
Unidade 2 67
Universidade do Sul de Santa Catarina
68
História da Filosofia III
Unidade 2 69
Universidade do Sul de Santa Catarina
70
História da Filosofia III
Unidade 2 71
Universidade do Sul de Santa Catarina
72
História da Filosofia III
Unidade 2 73
Universidade do Sul de Santa Catarina
74
História da Filosofia III
Unidade 2 75
Universidade do Sul de Santa Catarina
76
História da Filosofia III
Unidade 2 77
Universidade do Sul de Santa Catarina
78
História da Filosofia III
Unidade 2 79
Universidade do Sul de Santa Catarina
80
História da Filosofia III
Unidade 2 81
Universidade do Sul de Santa Catarina
O Ceticismo
Durante a Idade Média, a tradição filosófica praticamente
desconsiderou qualquer corrente antiga que não contribuísse para
a tentativa de conciliação entre fé e razão. André Verdan (1998)
afirma, entretanto, que no século XIV filósofos como Guilherme
de Ockam e outros apresentaram uma atitude cética com relação
ao dogmatismo metafísico assumido pelas doutrinas oficiais
sustentadas pela igreja.
82
História da Filosofia III
Unidade 2 83
Universidade do Sul de Santa Catarina
84
História da Filosofia III
Unidade 2 85
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
86
História da Filosofia III
Atividades de autoavaliação
Unidade 2 87
Universidade do Sul de Santa Catarina
88
História da Filosofia III
Saiba mais
Para aprofundar seus estudos sobre o Renascimento e
Humanismo, sugerimos as seguintes leituras:
Unidade 2 89
Universidade do Sul de Santa Catarina
Figura 2.13 - Monumento erguido em 1889 por círculos maçônicos italianos, no local onde
Giordano Bruno foi executado. Campo de Fiori, Roma, Itália
Fonte: Bamman (2010).
90
História da Filosofia III
Unidade 2 91
3
UNIDADE 3
Objetivos de aprendizagem
Estudar o contexto histórico que antecedeu
a Reforma Protestante
Analisar as principais ideias que impulsionaram
a Reforma
Entender aspectos da Contrarreforma
Seções de estudo
Seção 1 A Reforma Protestante
Seção 2 A Revolução Científica
Universidade do Sul de Santa Catarina
94
História da Filosofia III
Antecedentes da Reforma
Durante a Idade Média não faltaram exemplos de reformismos
dentro das próprias ordens religiosas, algumas delas fundadas
com um caráter completamente diverso ao da igreja. Exemplos
disso são os franciscanos e dominicanos, cuja dedicação à
doutrina, aos princípios menos hierárquicos e à simplicidade,
representava uma reação contra o abuso do poder e das riquezas
da maior parte do clero.
Unidade 3 95
Universidade do Sul de Santa Catarina
96
História da Filosofia III
Figura 3.1 - Hilas e as ninfas (1896), de John William Waterhouse, que retrata um
dos contos de O Decamerão, de Boccaccio
Fonte: Frakturfreund (2009).
Unidade 3 97
Universidade do Sul de Santa Catarina
98
História da Filosofia III
Unidade 3 99
Universidade do Sul de Santa Catarina
100
História da Filosofia III
Unidade 3 101
Universidade do Sul de Santa Catarina
O pensamento reformista
Como você acabou de ver, a Reforma Protestante foi um
movimento resultante do inconformismo ante a atuação da
igreja e das novas condições sociais e econômicas da Europa. O
fato é que as questões trazidas pelo Renascimento propiciaram
o desenvolvimento de uma nova relação do homem com Deus.
Em certo sentido, pode-se dizer que os filósofos humanistas,
ao redescobrirem o homem no século XVI, estavam também
redescobrindo Deus.
102
História da Filosofia III
Você sabia?
Por esta postura questionadora, algumas de suas obras
foram colocadas em um índice de livros proibidos pela
igreja, do qual falaremos adiante.
Unidade 3 103
Universidade do Sul de Santa Catarina
104
História da Filosofia III
Unidade 3 105
Universidade do Sul de Santa Catarina
106
História da Filosofia III
Unidade 3 107
Universidade do Sul de Santa Catarina
A Contrarreforma
Do século XVI em diante, a história do pensamento europeu
sofreu constante influência da tensão estabelecida entre a
Reforma e a Contrarreforma Católica. Como estudamos,
tendo numerosas causas, a Reforma foi um movimento
complexo e multiforme que ocasionou a quebra da referência
única de cristandade, sua fé, dogmas e consagração e,
especialmente, o questionamento da autoridade do Papa,
essenciais à igreja medieval.
108
História da Filosofia III
Unidade 3 109
Universidade do Sul de Santa Catarina
110
História da Filosofia III
Unidade 3 111
Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabia?
Ao contrário do que se pensa comumente, o Tribunal
do Santo Ofício era responsável apenas por interrogar
(ou inquirir, daí o termo “inquisição”) e julgar os
acusados de heresia, ou seja, os acusados de qualquer
contrassenso moral em relação às determinações da
igreja. A execução da pena, fosse ela a privação da
liberdade ou da vida, cabia aos mandatários do rei ou
do senhor feudal.
112
História da Filosofia III
Unidade 3 113
Universidade do Sul de Santa Catarina
Figura 3.5 - Amor Sacro e Amor Observe a figura anterior. Nessa famosa obra do Renascimento,
Profano (1514), de Ticiano Ticiano representa as personagens mitológicas de Vênus e do
Fonte: Ronchetti (2005). Cupido. Perceba como a figura enigmática da jovem vestida
parece encarar o observador indiferente às outras personagens.
Acredita-se que essa indiferença esteja ligada ao rompimento
entre o homem e a natureza, motivado nesse período. Se na
cultura clássica o homem compreende-se como parte integrante
da Physis (natureza) e na cultura medieval como criatura ou
produto da obra divina (tal como o restante da natureza), a
partir do Renascimento a figura humana passa a ocupar um
lugar próprio; nem plenamente subordinado ao divino, nem
somente natural.
114
História da Filosofia III
Unidade 3 115
Universidade do Sul de Santa Catarina
116
História da Filosofia III
Unidade 3 117
Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabia?
A confirmação do sistema copernicano por Galileu
deixou a igreja Católica enfurecida. O Papa Urbano VIII
chegou a colocá-lo em prisão domiciliar em sua casa
na Itália, em 1633. Ele não foi aprisionado em função
da idade avançada e da saúde debilitada. Nessa época
da vida, ele estava cego e quase imóvel. Galileu morreu
em sua casa, em 1642.
118
História da Filosofia III
Unidade 3 119
Universidade do Sul de Santa Catarina
120
História da Filosofia III
Unidade 3 121
Universidade do Sul de Santa Catarina
122
História da Filosofia III
Unidade 3 123
Universidade do Sul de Santa Catarina
124
História da Filosofia III
Unidade 3 125
Universidade do Sul de Santa Catarina
126
História da Filosofia III
Unidade 3 127
Universidade do Sul de Santa Catarina
128
História da Filosofia III
Unidade 3 129
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
130
História da Filosofia III
Atividades de autoavaliação
Unidade 3 131
Universidade do Sul de Santa Catarina
132
História da Filosofia III
Saiba mais
Unidade 3 133
4
UNIDADE 4
Descartes e o Racionalismo
Moderno
Dante Carvalho Targa
Objetivos de aprendizagem
Conhecer o pensamento de René Descartes
e o contexto cultural a partir do qual emerge
sua filosofia.
Acompanhar a argumentação das
Meditações Metafísicas de René Descartes
e compreender a nova concepção de
racionalidade que marca o início da
Filosofia Moderna.
Conhecer o Racionalismo, uma das principais
correntes da filosofia moderna e alguns de
seus expoentes, além do próprio Descartes,
como Spinoza e Leibniz.
Seções de estudo
Seção 1 Descartes e o nascimento da
filosofia moderna
Seção 2 As Meditações e o surgimento de uma
metafísica da subjetividade pensante
Seção 3 Os cartesianos e outros racionalistas
Universidade do Sul de Santa Catarina
138
História da Filosofia III
Unidade 4 139
Universidade do Sul de Santa Catarina
140
História da Filosofia III
Unidade 4 141
Universidade do Sul de Santa Catarina
142
História da Filosofia III
Unidade 4 143
Universidade do Sul de Santa Catarina
144
História da Filosofia III
O Discurso do Método
Regra da evidência
Não se deve tomar por verdadeira nenhuma proposição que não seja
diretamente evidente. “Evidente”, aqui, significa aquilo que se apresenta
ao pensamento de forma clara e distinta. “Claro” é aquilo que se deixa
conhecer nele próprio. “Distinto” corresponde ao que mostra em si
mesmo as suas diferenças em relação aos demais, não se deixando
confundir.
Regra da análise
Nem sempre nossas ideias se apresentam com clareza e distinção. Uma
vez que as proposições de conhecimento só podem ser aceitas quando
se mostrarem evidentes ao intelecto, é preciso dividir os problemas
complexos em partes menores, para então compreendê-las melhor e
resolver a questão.
Regra da síntese
Uma vez feita a análise, tem-se um conjunto de reflexões dispersas,
relativas a cada parte do objeto ou problema em questão. O próximo
passo consiste então na recomposição dos elementos antes separados,
agora mediante a organização das reflexões e descobertas realizadas
sobre cada um deles. O processo de síntese exige que se inicie dos
raciocínios mais simples chegando aos mais complexos, segundo uma
ordem de coerência lógica.
Regra da enumeração
Finalmente, é preciso rever todo o processo a fim de garantir a
certeza do conhecimento obtido. Trata-se de enumerar todos os
elementos analisados e refletir sobre a validade das sínteses realizadas,
considerando a coerência do resultado.
Unidade 4 145
Universidade do Sul de Santa Catarina
146
História da Filosofia III
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História da Filosofia III
— Eu duvido.
— Posso duvidar de tudo, menos do fato de que estou duvidando.
— Ora, duvidar é pensar.
— Logo, penso.
—————————————————————————————
E se penso, logo existo.
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Por fim, eis que cheguei aonde queria; porque, por ser
coisa atualmente conhecida por mim que só concebemos
os corpos por intermédio da capacidade de entender que
há em nós e não por intermédio da imaginação nem dos
sentidos, e que não os reconhecemos pelo fato de os ver
ou tocá-los, mas apenas por concebê-los por meio do
pensamento, reconheço com clareza que nada existe que
me seja mais fácil de conhecer do que meu espírito.
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História da Filosofia III
Pergunta Resposta
A ideia de Deus não poderia ter sua origem no A substância finita não é capaz de produzir
próprio eu pensante? Não seria fruto de sua uma representação de algo infinito.
imaginação?
Há mais realidade na substância infinita.
Mas a noção de infinito não pode surgir “De alguma forma, tenho em mim a noção
simplesmente como o conceito inverso de do infinito anteriormente à noção do finito”.
nossa experiência da finitude? (DESCARTES, 1999, p. 282).
Esta representação possui realidade objetiva
A ideia de Deus não poderia ser gerada a partir maior do que qualquer coisa; portanto é clara
do nada? e distinta, não podendo originar-se da noção
de privação.
É possível supor inicialmente que o objeto
representado por ela (Deus) não existe.
Entretanto, não é possível negar que a própria
De que modo eu posso ter certeza de que a representação de Deus não exista no eu
ideia de Deus é verdadeira? pensante. (afinal, Descartes a está analisando!)
E como, neste caso específico, a essência supõe
a existência, somente o próprio Deus pode ser
a fonte de tal representação.
Por que tudo o que o espírito concebe como
E por que a ideia de Deus é clara e distinta? claro e distinto encontra-se, de antemão,
contido na ideia de Deus.
E não poderá o próprio eu pensante ter essas De fato o eu pensante tem a qualidade de se
perfeições atribuídas a Deus, sem que ele aperfeiçoar gradualmente em conhecimento.
saiba? Nesse caso, o eu pensante poderia ser Mas Deus deve ter a perfeição completa
a causa da representação de Deus; ainda que atualmente, isto é, de uma só vez. Isso não é
desconheça que detém tais qualidades. possível ao sujeito finito.
A representação de Deus não veio de fora, nem
se impôs ao sujeito por meio dos sentidos. Não
é também fruto da imaginação, “porque não
possuo o poder de lhe diminuir ou acrescentar
Como a subjetividade pensante adquiriu essa coisa alguma”.
ideia de Deus?
Portanto: “Ela nasceu e foi produzida comigo
desde o instante em que fui criado”. (1999,
p. 288). Em outras palavras, trata-se de uma
ideia inata.
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1º argumento
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2º argumento
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3º argumento
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Uma vez que a alma não pode agir sobre o corpo e vice-versa,
somente Deus possibilitará essa interação. Para os ocasionalistas,
a alma somente tem contato com Deus e a partir dessa relação
é que ela pode conhecer todas as coisas. No lugar da obscura
hipótese cartesiana da interação da alma nas atividades
corpóreas por meio da glândula pineal, Malebranche recorre
a Deus como a única causa da relação recíproca entre as duas
classes de substância.
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Universidade do Sul de Santa Catarina
As Mônadas
Tudo o que existe, da natureza ao homem e Deus, são substâncias
simples ou compostos de substâncias simples; as mônadas.
A realidade que percebemos, como os corpos e as coisas, são
compostos ou agregações de mônadas, que são consideradas por
Leibniz como “os verdadeiros átomos da natureza” ou elementos
das coisas. Tais “átomos”, entretanto, não são materiais. Trata-se
de unidades metafísicas que se compõem em agregação formando
todas as coisas. Acompanhe as primeiras palavras do autor na
Monadologia:
190
História da Filosofia III
Percepções
As mônadas não podem ser mudadas em seu interior por
qualquer agente externo, nem é concebível que algo diferente
delas mesmas lhe possa desencadear algum movimento interno.
Entretanto, como substância autossuficiente, cada mônada
experimenta um tipo de mudança a partir da ação de dois
princípios internos: as percepções e a apetição.
Unidade 4 191
Universidade do Sul de Santa Catarina
Os graus monádicos
Ainda que todas as mônadas sejam expressivas, Leibniz
argumenta que tais percepções podem ter maior ou menor
clareza. A partir dos diferentes graus de percepção nas mônadas
o filósofo elabora uma hierarquia entre as substâncias criadas.
Quando perdemos a consciência em um desmaio, por exemplo,
apenas temos percepções confusas; sem nenhuma clareza. Tal
seria o estado primordial das mônadas, que se faz constante nas
“mônadas nuas” ou enteléquias.
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História da Filosofia III
Unidade 4 193
Universidade do Sul de Santa Catarina
Teoria da entreexpressão
A perspectiva cosmológica presente na Monadologia apresenta
um universo pleno, cheio de vida até a mínima porção de
matéria. Leibniz concebe as mônadas como os verdadeiros
átomos da natureza, substâncias imateriais e indivisíveis. Nesse
sentido, as substâncias simples se encontram além da nossa
percepção sensível. Tudo o que podemos perceber são compostos
de mônadas, mesmo no que se refere ao nosso próprio corpo.
194
História da Filosofia III
Corpo e Alma
Com a teoria das mônadas Leibniz altera drasticamente a
concepção cartesiana de corpo e alma. Em lugar de um dualismo,
o filósofo propõe um domínio ontológico unificado, cuja
diversidade se deve à variação dos graus perceptivos, mas não
à existência de diversos tipos de substância. Assim, não mais
se trata de duas substâncias distintas (res cogitans e res extensa),
coexistindo de forma dual no ser humano. Antes, é preciso
compreender o homem como uma mônada (espírito racional)
presente em um corpo, que, por sua vez, é também um agregado
de mônadas.
Unidade 4 195
Universidade do Sul de Santa Catarina
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História da Filosofia III
Unidade 4 197
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Síntese
Unidade 4 199
Universidade do Sul de Santa Catarina
200
História da Filosofia III
Atividades de autoavaliação
Unidade 4 201
Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba mais
202
Para concluir o estudo
Um abraço,
Professores Cesar Augusto Jungblut,
Lucésia Pereira e Dante Targa.
204
Referências
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História da Filosofia III
207
Universidade do Sul de Santa Catarina
208
História da Filosofia III
209
Universidade do Sul de Santa Catarina
210
História da Filosofia III
211
Universidade do Sul de Santa Catarina
UBIETA, José Raúl. Jehová ¿un Dios pequeño para un cosmos infinito?.
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WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo:
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______. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo:
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212
Sobre os professores conteudistas
Lucésia Pereira
Graduada em História, pela Udesc – Universidade do
Estado de Santa Catarina. Fez mestrado na UFSC –
Universidade Federal de Santa Catarina –, onde, desde
março de 2009, cursa o doutorado na área de “Políticas
da escrita, da imagem e da memória”. Durante seis anos,
atuou em cursos de graduação nas áreas de Arte, Cultura
e Estética. Atuou também em cursos de pós-graduação
nas áreas de História e Pedagogia. Atualmente trabalha
como designer instrucional e como professora das
disciplinas Filosofia e Ciência Política na UnisulVirtual.
Universidade do Sul de Santa Catarina
214
Respostas e comentários das
atividades de autoavaliação
Unidade 1
Unidade 2
1) Você deve ter indicado que os humanistas fizeram uma leitura
renovada dos clássicos antigos, porque eles estavam imbuídos
de uma atitude renovadora e crítica se comparada à maior
parte das interpretações feitas na Idade Média.
2) Foi no Humanismo que o homem e seu potencial criador
ganharam destaque, como ilustram as muitas pesquisas sobre
o corpo humano e o mundo natural, visando a compreender o
seu funcionamento, a exemplo do que fez Leonardo da Vinci.
A civilização do Renascimento é, portanto, voltada para a
capacidade realizadora do homem e, especialmente no século
XVI, essas realizações foram canalizadas para a vida prática.
Universidade do Sul de Santa Catarina
Unidade 3
1) Martinho Lutero crítica a ideia de livre arbítrio e defende a
predestinação. Para ele, a salvação dependia exclusivamente
da vontade de Deus. As boas obras não poderiam constituir um
caminho garantido para a salvação. Apenas pela fé o homem
poderia chegar a Deus.
2) Galileu radicalizou o uso da observação para a obtenção do
conhecimento, algo que não era comum na filosofia, e conferiu rigor
extremo a esse método, o que não havia na magia e em outras formas
vulgares de conhecimento. Entre suas inovações, podemos destacar:
observação imediata do fenômeno na sua complexidade – as
observações cuidadosas;
a resolução desse enredamento nos elementos mais simples,
traduzíveis em relações quantitativas, ou em linguagem matemática;
a formulação de uma hipótese explicativa;
a averiguação da hipótese como cálculo e experimento –
a experimentação.
216
História da Filosofia III
Unidade 4
1) Gabarito: 2 ; 1 ; 5 ; 3 ; 4.
217
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