1 - Teoria Dos Conjuntos e Princípios de Contagem
1 - Teoria Dos Conjuntos e Princípios de Contagem
1 - Teoria Dos Conjuntos e Princípios de Contagem
Apresentação da Teoria dos Conjuntos como uma linguagem essencial para a descrição
de temas matemáticos, e os principais métodos e estratégias combinatórias de
contagem.
PROPÓSITO
Apresentar os conceitos básicos envolvendo conjuntos e a sua importância para a
adequada compreensão de qualquer literatura matemática.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar este conteúdo, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora
científica, ou use a calculadora de seu smartphone/computador.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 3
MÓDULO 1
REPRESENTAÇÃO DE CONJUNTOS
O conceito intuitivo de conjunto é estabelecido desde que somos ainda muito crianças:
O conjunto dos meus brinquedos, o conjunto das pessoas de minha família, o conjunto
de meus amigos de turma, e assim por diante.
Assim, temos:
A = { 1, 2, 3, 4 }
Observe que, usando o separador vírgula, não podemos distinguir se os objetos do
conjunto são os inteiros de 1 a 4 ou os dois números decimais 1,2 e 3,4, por exemplo.
Por essa razão, em português, sempre que houver possibilidade de dúvida, preferimos
utilizar o separador ponto e vírgula.
B = { 1; 3; 9; 7; 5 }
Conjunto cujos elementos (objetos) que o compõem são os números ímpares entre 0 e
10.
Note que em um conjunto não existe o conceito de ordem. Fazendo uma analogia:
Tudo se passa como se tivéssemos os objetos de um conjunto em uma caixa e os
listássemos em qualquer ordem, entre o par de chaves. Mas sempre que fizer sentido
listá-los em ordem crescente ou decrescente (quando seus objetos são números, por
exemplo), facilitará a percepção de seus elementos, caso haja alguma lei de formação
que os descreva.
SÍMBOLO DE PERTINÊNCIA
Caso x não seja um dos objetos do conjunto P , dizemos que x não pertence a P e
escrevemos: x ∉ P .
EXEMPLO
Perceba, em cada item, que cada pertinência indicada é, como assinalado, uma
assertiva verdadeira (V) ou falsa (F).
EXEMPLO
Observe que conjuntos podem, por sua vez, serem também objetos de conjuntos. Uma
analogia curiosa, porém, extremamente útil, é imaginar uma sacola de compras, em que
o objeto nela colocado diretamente é entendido como um de seus elementos.
1 ∈ { 1; 2; {3, 4}; 5; 6 }
3 ∉ { 1; 2; {3, 4}; 5; 6 }
A chamada notação implícita de conjuntos utiliza outra estratégia para se referir a seus
elementos: exige que seja explicitada uma propriedade (chamada, na lógica, de
sentença aberta) que descreva os objetos nos quais temos interesse. A forma usual é a
que se segue, embora sejam utilizadas algumas variantes semelhantes:
A ={x | p(x)}
O conjunto dos objetos x tais que p(x) se torna uma proposição verdadeira.
1. F ={x∣
∣x
2
= 9}
RESOLUÇÃO
Ora, os valores cujo quadrado igualam 9 são exatamente 3 e -3, e apenas eles. Na
verdade, é fácil perceber isso algebricamente. Veja:
x
2 2
= 9 ⇔ x – 9 = 0 ⇔ (x– 3)(x + 3) = 0 [um produto notável].
Mas o produto de dois números só vale zero, exatamente quando um deles é nulo, ou
seja:
(x– 3)(x + 3) = 0 ⇔ x − 3 = 0 ou x + 3 = 0 ⇔ x = 3 ou x = −3
RESOLUÇÃO
Como estamos restringindo x a ser, explicitamente, um número inteiro (a primeira das
duas condições), é usual declararmos tal restrição escrevendo essa limitação antes do
sinal da barra vertical. Usando, como usual, a letra Z para indicar o conjunto dos
números inteiros (incluindo os negativos), podemos escrever:
{x ∈ Z ∣
∣x
2
< 9} ,
Figura 2
Essa situação é matematicamente representada pela relação de inclusão entre dois
conjuntos, em que dizemos que “X está contido em Y” ou que “Y contém X”.
X ⊂ Y ou Y ⊃ X ,
que se lê: “X está contido em Y” ou “X é parte de Y”, no primeiro caso e, “Y contém X”,
no segundo caso.
EXEMPLO 01
EXEMPLO 02
EXEMPLO 03
EXEMPLO 04
EXEMPLO 05
IGUALDADE E DE DESIGUALDADE:
a = b ea ≠ b .
r ∥ s er ∦ s .
PERTINÊNCIA E NÃO PERTINÊNCIA:
x ∈ X ex ∉ X .
X ⊂ Y eX ⊄ Y .
Y ⊃ X eY ⊅ X .
EXEMPLO
{ 1 ; 5 } ⊂ { 1 ; 2; 5; 6 }.
Porque todo elemento do conjunto { 1; 5 } – os números 1 e 5 são, também,
elementos do conjunto { 1 ; 2; 5; 6 }.
{ 1 } ⊂ { 0; 1; 6 }.
Porque o único elemento do conjunto { 1 }, que é o número 1 é, ele também, um
elemento do conjunto { 0; 1; 6 }.
{ 1; 3 } ⊄ { 1 ; 2; {3, 4}; 5; 6 }.
Embora o número 1, elemento do conjunto { 1; 3 }, seja também objeto do conjunto
{ 1 ; 2; {3, 4}; 5; 6 }, o número 3, o outro elemento do conjunto { 1; 3 } não é
elemento do conjunto
{ 1 ; 2; {3, 4}; 5; 6 }.
O CONJUNTO VAZIO
É extremamente útil para a Teoria dos Conjuntos, como veremos adiante, imaginar um
conjunto sem elementos, o conjunto vazio.
Designamos tal conjunto pela letra “O” cortada, assim: ∅. Ou, alternativamente, { }.
Embora a justificativa formal para essa relação seja pouco natural, podemos
argumentar, intuitivamente, que, como não há elementos no conjunto ∅, é razoável
supor que a afirmativa: todo elemento de ∅ é também um elemento de X, não é
contrariada... Portanto, é lícito admitir que, para qualquer conjunto X, ∅ ⊂ X .
INTERVALOS NA RETA NUMÉRICA E
VALOR ABSOLUTO
No estudo de conjuntos, dedicamos importância especial aos conjuntos numéricos,
entre os quais os conjuntos básicos que se seguem:
É importante ressaltar que alguns autores incluem o zero como número natural, mas
outros, preferem omiti-lo.
Figura 3
Tais conjuntos são exatamente os chamados intervalos, cujas convenções utilizadas nas
representações gráficas e textuais relativas à inclusão ou não das extremidades estão
descritas a seguir:
Inclui Representação no
Nomenclatura Na notação escrita
extremidade? gráfico
Intervalo fechado
Sim Círculo cheio Colchetes
nessa extremidade
Inclui Representação no
Nomenclatura Na notação escrita
extremidade? gráfico
Círculo Parênteses ou
Intervalo aberto
Não vazado ou colchetes
nessa extremidade
seta invertidos
Representação
Representação Implícita Representação Gráfic
como intervalo
(a; b) ou
{x ∈ R|a < x < b}
]a; b[
[a; b) ou
{x ∈ R|a ≤ x < b}
[a; b[
[a; +∞)
{x ∈ R|x ≥ a} ou
[a; +∞[
Representação
Representação Implícita Representação Gráfic
como intervalo
(−∞; b)
{x ∈ R|x < b} ou
]−∞; b[
VALOR ABSOLUTO
Analisando a figura adiante, percebemos que a distância entre pontos associados a dois
números na reta real pode ser calculada subtraindo-se o menor do maior.
Figura 4
a – o = 1– 0 = 1
CED
c – d = (−1)– (−2) = 1
CEA
a – c = 1– (−1) = 2
Essa distância é chamada de módulo do número x, e é representada por |x|. Claro que
|x| tem que ser um valor positivo, por ser uma distância. Então, para evitar a situação
de número negativo nas diferenças x − 0 ou 0 − x, podemos usar duas possíveis
expressões algébricas que tornam as diferenças (seja x ou -x) sempre positivas:
∣x ∣ = √ x 2
∣ ∣
ou
|x| = x
se
x ≥ 0
|x| = −x
se
x < 0
EXEMPLO
|x– 1| = 3
Ora, note que a expressão modular |x– 1| corresponde a distância, na reta real,
entre x e 1. Então, a nova pergunta é: Quais dos pontos do eixo distam 3 unidades
de 1? Ora, à direita de 1, é o valor 1 + 3 = 4; e à esquerda de 1 é o valor 1 – 3 =
-2. Então, o conjunto-solução dessa desigualdade é S = { 4; -2 }. Desenhe a reta
real (Figura 3) para visualizar essa discussão.
|2x– 4| < 3
Inicialmente, convém dividir toda expressão por 2; obtemos |x– 2| < 3/2
Operação entre objetos matemáticos não são novidade: por exemplo, operações de
adição e multiplicação de números reais; adição de vetores, composta de funções, e
assim por diante. Para estudar as operações entre conjuntos é útil representá-los
graficamente, utilizando os chamados Diagramas de Venn.
DIAGRAMAS DE VENN
Uma particular discussão envolvendo conjuntos está, em geral, restrita a certa categoria
de objetos, em um certo universo de discussão. Tal conjunto de objetos é chamado,
apropriadamente de conjunto Universo (U) e, nesses casos, todos os conjuntos em
discussão são, naturalmente, subconjuntos de U.
Quando resolvemos uma equação, estamos sempre com algum conjunto universo em
mente: o conjunto dos números naturais; dos números racionais etc. Ou seja, nada fora
do universo de discussão tem interesse naquele momento. Assim, se você encontrar,
algebricamente, uma raiz igual a -4, para uma equação, mas o universo da discussão for
o conjunto dos números naturais, tal raiz deve ser descartada. Ela é chamada de raiz
estranha ao universo.
X = { a; b; c; d; e; f; g } e
Y = { e; f; g; h; i; j; k},
Figura 5
A Figura 7, entretanto, destaca em verde a totalidade dos objetos que pertencem a pelo
menos um dos conjuntos X ou Y, podendo, eventualmente, pertencer a ambos. O
conjunto constituído por tais objetos é designado por união de X e Y e é representado
por X ∪ Y .
Como essa situação lembra o ato de retirar (no sentido de subtrair) de um dos
conjuntos os objetos do outro, chamamos essa operação de diferença entre os
conjuntos e, no exemplo, as representamos, respectivamente por X– Y (e Y − X ).
Figuras 8 e 9
Finalmente, é útil referenciar os objetos que não estão em dado conjunto, ou seja,
objetos que estão fora do conjunto X (ou de Y) – mas, é claro, pertencem ao conjunto
universo. Ora, essas situações, descritas nas Figuras 10 e 11, nada mais representam
que as diferenças U – X e U – Y .
Figuras 10 e 11
A ∩ B = {x ∈ ∪|x ∈ A ex ∈ B}
A ∪ B = {x ∈ U |x ∈ A ou x ∈ B}
A − B = {x ∈ U |x ∈ A ex ∉ B}
A’ ={x ∈ U |x ∉ A}
EXEMPLO
Determine, para cada um dos pares de conjuntos A e B indicados, os conjuntos união,
interseção e as diferenças entre ambos:
A =] – 1; 3 ] e B = ] −∞; 1 [.
SOLUÇÃO (IMEDIATA)
a) A ∩ B = { 1; 3 }
A ∪ B = { 1; 2; 3; -1; - 5; -3, -2 }
A − B = { 2; -1; -5 }
B − A = { -3; -2 }
A ∩ B = [−1; 1[
A ∪ B =] − ∞; 3[
A − B = [1; 3[ e
B − A =] − 1; 1[
Figura 12
MÃO NA MASSA
TEORIA NA PRÁTICA
Resolver um sistema de equações/inequações é, conceitualmente, encontrar as
soluções comuns a todas as equações/inequações que compõem o sistema. Então,
resolver um sistema é determinar a interseção dos conjuntos solução de cada uma das
equações. Assim, iremos resolver o sistema indicado.
2
x − 1 > 4
{
|2x − 7| ≤ 2
RESOLUÇÃO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
Princípios de Contagem
INTRODUÇÃO
ATENÇÃO
Se n pombos devem ser colocados em m casas, com n > m, então pelo menos uma
casa deverá conter mais do que um pombo.
Ilustração desse princípio, para n = 10 e m = 9
EXEMPLO 1
Mostre que, em uma cidade de um milhão de habitantes (por exemplo), pelo menos dois
habitantes possuem o mesmo número de fios de cabelo.
RESOLUÇÃO
Uma rápida consulta à web informa que o número de fios de cabelo de uma pessoa é
por volta de 150.000, não ultrapassando 200.000. Ora, imagine 200.000 casas,
numeradas de 1 a 200.000, onde as pessoas com m fios de cabelo serão colocadas na
casa m.
EXEMPLO 2
Dados 12 números inteiros, mostre que, necessariamente, a diferença entre dois deles
tem que ser divisível por 11.
RESOLUÇÃO
Imagine os restos da divisão de cada um dos 12 números por 11. Como na divisão por
11 os restos são, necessariamente, números entre 0 e 10, então há apenas 11 restos
diferentes (que serão associados a 11 casas, uma para cada resto). Logo, dois desses
12 números (os pombos, como no princípio) devem estar na mesma casa (mesmo resto
quando divididos por 11). Mas se esses dois números deixam o mesmo resto quando
divididos por 11, sua diferença é divisível por 11.
EXEMPLO 3
Mostre que, se em quadrado de lado igual a 2cm há 5 pontos em seu interior, dois deles,
necessariamente, distam menos do que √2.
RESOLUÇÃO
Esse é um problema curioso e clássico. Veja a Figura 13, em que dividimos o quadrado
de lado 2cm em 4 quadrados iguais, de 1cm de lado cada um. Pelo Princípio da Casa
dos Pombos, certamente 2 dos 5 pontos devem estar em um desses 4 quadrados
menores, como sugerem os pontos P1 e P2.
Figura 13
Além disso, como a maior distância entre dois pontos do quadrado menor é √2 (sua
diagonal), o enunciado está provado.
PRINCÍPIO DA ADIÇÃO
O chamado Princípio da Adição, na sua forma mais simples, relaciona os quantitativos
de elementos de dois conjuntos finitos com o quantitativo de elementos da sua união e
de sua interseção.
Figura 14
Se A ∩ B = ∅ , então obtemos a versão mais comum do Princípio da Adição, que diz
que, se dois conjuntos não possuem elementos em comum, vale a igualdade.
Figura 15
EXEMPLO
Em uma escola de idiomas, 200 são os alunos matriculados em algum dos idiomas
inglês, alemão e mandarim. Desses, 50 estudam inglês e alemão; 60 estudam inglês e
mandarim; 70 estudam alemão e mandarim e 20 estudam os três idiomas. Quantos
alunos estudam apenas um dentre os três idiomas?
RESOLUÇÃO
Chamando as quantidades de alunos de cada parte do diagrama de m, n, o, p, q, r e s,
note que o enunciado informa diretamente a quantidade de elementos na interseção dos
três conjuntos, ou seja, s = 20; analisando as diversas regiões do diagrama, podemos
concluir, sucessivamente, que:
s= 20
q + s = 50 ⇒ q = 30
p + s = 60 ⇒ p = 40
r + s = 70 ⇒ r = 50
Mas a soma de todas as partes do diagrama (união dos três conjuntos) vale 200. Como
desejamos calcular m + n + o, o resultado é imediato:
m + n + o = 200 – (p + q + r + s) = 200 – ( 40 + 30 + 50 + 20) = 60.
Figura 16
PRINCÍPIO DA MULTIPLICAÇÃO
VOCÊ SABIA
É importante perceber, nesse exemplo, que a escolha de uma calça e a escolha de uma
camisa são ações independentes, no sentido de que a escolha de cada uma delas não
interfere na escolha da outra – são chamadas de ações independentes.
Figura 17
O USO DO FATORIAL
1.2.3.4.5.6.7.8.9
10 × 11 × 12 × 13 × 14 = × 10.11.12.13.1
1.2.3.4.5.6.7.8.9
EXEMPLO
RESOLUÇÃO
Nossa senha possui 6 algarismos: 1º 2º 3º 4º 5º 6º. A escolha de qualquer um
desses algarismos pode ser, sem restrição, qualquer um dos 10 algarismos (de 0 a
9). Portanto, pelo Princípio da Multiplicação, a quantidade de senhas é
simplesmente o produto das escolhas de cada um dos dígitos da senha: 10 x 10 x
10 x 10 x 10 x 10 = um milhão.
Uma outra forma de pensar a solução desse problema, é que as possíveis senhas
são, na verdade, todos os números que podemos escrever de 000000 até 999999.
Ou seja, um milhão de senhas.
EXEMPLO
RESOLUÇÃO
Nosso número possui 4 algarismos: M C D U. Então, devemos realizar 4 ações:
Escolher um algarismo para milhar (M), um para a centena (C), um para a dezena (D) e
um para unidade (U). Façamos as escolhas na ordem M, C, D e U.
SOLUÇÃO
Nesse caso, temos 5 lugares a preencher: 1º lugar ao 5º lugar da fila. Ora, para escolher
o 1º da fila dispomos dos 12 alunos; logo, há 12 escolhas possíveis; para o 2º lugar da
fila só há, agora, 12 – 1 = 11 alunos; continuando o raciocínio, é fácil perceber que o
número total de filas será, pelo Princípio da Multiplicação, o produto das quantidades de
escolhas para cada um dos 5 lugares na fila, ou seja:
A quantidade de situações a ser calculada pode ser expressa de duas maneiras. Veja:
AGRUPAMENTO PERMUTAÇÃO
ATENÇÃO
PRATO
OAPTR
EXEMPLO
AGRUPAMENTO COMBINAÇÃO
SOLUÇÃO
Os últimos exemplos abordados tratam, basicamente, de ordenar objetos. Mas há
situações em que a ordem dos objetos não é relevante. Esse exemplo é uma dessas
situações, pois as notações { a, b, c } e { a, c, b }, { b, c, a }, { b, a, c }, { c, a, b } e { c, b,
a } representam o mesmo conjunto, cujos elementos são a, b e c.
Mas de cada três objetos escolhidos estamos contando 3! = 6 vezes o mesmo conjunto!
Então, para ajustar nosso resultado devemos dividir o resultado anterior por 3! = 6.
Logo, podemos formar 210/3! = 35 subconjuntos de 3 elementos a partir de um conjunto
com 7 elementos.
n
Representando o número de combinações de n, p a p por Cpn ou ( ) , temos:
p
n
Ap
n n!
Cp = =
p! ( n−p ) !p!
MÃO NA MASSA
TEORIA NA PRÁTICA
Dos 20 funcionários de uma empresa, 13 são homens e 7 são mulheres. Desejamos
formar uma comissão constituída por 3 homens e 5 mulheres. Quantas são as possíveis
comissões?
RESOLUÇÃO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
AGRUPAMENTOS COMBINATÓRIOS
A análise dos diversos tipos de problemas de contagem sugere que há padrões úteis, e
que é possível, em casos mais simples, usar uma tipologia agrupamentos para tipificar
inúmeros problemas. Destacamos a família dos arranjos, das permutações e a das
combinações. No módulo anterior já abordamos algumas dessas situações utilizando os
chamados arranjos, permutações e combinações simples, em que as duas situações a
seguir são claramente percebidas:
Mas há situações adicionais, quando podemos repetir objetos nos agrupamentos. Por
exemplo, determinar o número de anagramas de uma palavra, em que haja letras
repetidas; ou, por exemplo, escolher um sorvete “casquinha” em que podemos escolher
3 dentre os 5 sabores disponíveis, sendo permitido repetir um sabor. Nesse módulo,
trataremos de algumas dessas situações, em especial, as situações de agrupamentos
com repetição.
AGRUPAMENTOS ESPECIAIS
Agrupamentos que apresentam repetições de elementos. Vamos apresentá-los:
Ora, para escolher o primeiro dos objetos, dispomos dos n objetos originais. Mas na
escolha dos demais objetos, como pode haver repetição, há sempre n objetos
disponíveis. Ou seja:
n p
ARp = n × n × … × n = n
planeta).
PERMUTAÇÃO COM REPETIÇÃO
Uma situação típica que esse agrupamento descreve são anagramas de uma palavra,
quando a palavra original possui letras repetidas.
EXEMPLO
Note que, nas situações em que há objetos repetidos, podemos imaginar, inicialmente,
que as letras repetidas são diferentes e analisar a consequência dessa abordagem.
Imaginemos que as letras da palavra ARARAQUARA são, na verdade,
A1 R1 A2 R2 A3 QU A4 R3 A5 .
Mas, na verdade, muitos desses agrupamentos formados são o mesmo anagrama. Isso
porque as letras A1 até A5 , por exemplo, são, na verdade, a mesma letra A. Então,
imagine tais letras em suas posições nos anagramas anteriores.
Se você trocar de posição qualquer uma delas entre si (nas 5 posições que elas
ocupam), você continuará com o mesmo anagrama. Então, é necessário dividir o total
de 10! por P5 = 5! para evitar contagem múltipla. Da mesma forma, devemos dividir o
total anterior por 3! (repetições da letra R).
10! 6.7.8.9.10
= = 7.8. 9.10 = 5040
5!3! 3!
Esse tipo de situação é chamado Permutação com Repetição.
n n!
PR =
p, q, r, ..t p!×q!×…×t!
Há duas letras M, três letras A e duas letras T na palavra matemática (E, I e C ocorrem
apenas uma vez). Logo, a quantidade desejada é:
10 10!
PR = = = 5. 9.8. 7.5. 4.3 = 151.200
2, 3,2 2!×3!×2! (1.2) (1.2.3) (1.2)
10 .9.8.7. 6 .5.4.3. 2.1
PERMUTAÇÃO CIRCULAR
Figura 18
n!
P Cn = =(n − 1)!
n
ATENÇÃO
São caracterizados por serem formados com p objetos, a partir de n objetos disponíveis,
em que a ordem não é relevante e não há repetição de nenhum objeto no mesmo
agrupamento.
Vamos analisar um exemplo curioso: Suponha que uma loja possui tabletes (barras) de
chocolate de três marcas diferentes e você deseja comprar oito tabletes. De quantas
formas diferentes podem ser escolhidos os tabletes em sua compra? Vejamos alguns
exemplos de “escolhas” diferentes:
Figura 19
A estratégia clássica para realizarmos a contagem total de agrupamentos desse tipo é
muito interessante. Dispomos de dois tipos de objetos: O sinal de adição (usado 2
vezes – porque há 3 tipos de tabletes) e quadradinhos que simbolizam os tabletes de
chocolate de qualquer tipo. Então, cada sequência de sinais de adição e de
quadradinhos representa uma situação de compra. Veja:
8 10 10!
CR = PR = = 45
5 2,8 2!8!
n n+p−1
CRp = P R
n,p−1
Tipo de
Subtipo Notação / Cálculo
agrupamento
n!
Simples n
Ap = n(n − 1)…(n − p + 1)=
( n−p ) !
Arranjos
Com
n p
ARp = n
Repetição
Com n n!
Pp, q, …., s =
p!q!…r!
Repetição
n
Ap
n!
Simples Cp
n
=
p!
=
( n−p ) !p!
Combinações
Com n n+p−1 n+p−1
CRp = P = C
n−1,p n−1
repetição
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
MÃO NA MASSA
TEORIA NA PRÁTICA
De quantas maneiras podemos dividir entre três herdeiros, uma herança de 20 moedas
idênticas de ouro?
RESOLUÇÃO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A abordagem adotada no módulo 1, chamada de teoria ingênua dos conjuntos, enfatiza
os aspectos gerais e básicos da representação de conjuntos, bem como suas principais
operações. Os principais subconjuntos do conjunto dos números reais, em particular, os
chamados intervalos, foram abordados nos aspectos de notação, de suas
representações na reta real e das operações gerais sobre conjuntos.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
HALMOS, P. Teoria Ingênua dos Conjuntos. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2001.
CONTEUDISTA
Carlos Eddy Esaguy Nehab
CURRÍCULO LATTES