II Arnapidosas

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Avaliação Neuropsicológica de Adultos e das Pessoas

Idosas

Conteudista: Prof.ª Dra. Priscila Juceli Romanoski


Revisão Textual: Prof.ª Dra. Selma Aparecida Cesarin

Objetivo da Unidade:

Compreender a avaliação neuropsicológica e suas particularidades no planejamento e na


prática da avaliação no adulto e na pessoa idosa.

📄 Contextualização
📄 Material Teórico
📄 Material Complementar
📄 Referências
📄 Contextualização
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Talvez você já tenha se deparado ou irá se deparar com a seguinte situação:

Joana, 86 anos, queixava-se de perda progressiva de memória há mais ou menos 5 anos, tendo se
intensificado nos últimos 6 meses antes da avaliação neuropsicológica. Esposo falecido, tem quatro filhos:
um do sexo masculino e três do sexo feminino. Reside com a mais nova, de 51 anos, em bairro de classe
socioeconômica média de uma capital. Tem ensino médio completo e realiza seu autocuidado com apoio.

Foi encaminhada para avaliação neuropsicológica.

Com o aumento da expectativa de vida e a diminuição no número de nascidos vivos, estamos na transição
demográfica de um país com mais pessoas idosas do que jovens, situação essa que nos coloca como um
país que vem enfrentando desafios na atenção a essa população e com relação à saúde neuropsicológica.

Situações como o caso descrito não são raras e um diagnóstico precoce pode trazer muitos ganhos para
possíveis alterações neurológicas. Antigamente, os estudos enfatizavam que áreas cerebrais não se
regeneram diante de comprometimentos, mas, na atualidade, esse entendimento não faz mais parte dos
ensinamentos em Neurologia. Sabemos, sim, que diante de estímulos, nosso cérebro reage e faz outras
sinapses, novos neurônios são formados e resultados são possíveis para melhorar a qualidade de vida das
pessoas adultas e idosas. É um exemplo clássico, pessoa com sequela de Acidente Vascular Cerebral que,
depois de sessões de terapia, consegue retornar movimentos dos membros afetados, fala etc.
A avaliação neuropsicológica tem papel fundamental diante de situações como essa do caso da Sra. Joana.
É por meio dessa avaliação que são detectados subsídios para o diagnóstico precoce e consequente
promoção de medidas de intervenção que podem retardar a deterioração cognitiva. A avaliação compreende
um exame detalhado e objetivo da cognição a fim de detectar possíveis alterações dos processos mentais
como memória, atenção, habilidades visoespaciais e linguagem, entre outras (FRAGA, 2018).

Diante disso, convidamos você a mergulhar nesta Unidade e conhecer mais sobre o processo de avaliação
neuropsicológica.
📄 Material Teórico
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Introdução

“ Se as velhas árvores também curam e as velhas ruas também têm encanto, não podem

também os idosos serem como elas, permanecendo belos/as ao envelhecer?”

- Ernesto Martins

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2025, o Brasil será o sexto país

do mundo em número de idosos (IBGE, 2017). Compreender esse processo e saber agir na avaliação
neuropsicológica de adultos e das pessoas idosas será um diferencial no campo de atuação profissional. A
avaliação neuropsicológica é importante auxílio na detecção de declínio das habilidades cognitivas
precocemente, realização de diagnóstico diferencial de doenças associadas ao envelhecimento e

diferenças entre senescência e senilidade.

Nesta Unidade, vamos aprender as principais doenças que atingem o cognitivo no adulto e na pessoa idosa.
Com o avanço de estudo na instrumentação psicológica, é imprescindível avançar o olhar no que diz respeito
a instrumentos de medida válidos e confiáveis para uso na prática clínica. Um teste apresenta validade
quando ele mede o que se propõe a medir, garantindo a confiança da avaliação psicométrica. Além disso,
conhecer o instrumento, a forma de aplicação e de medida fazem parte do processo de avaliação
neuropsicológica.

Entre a escolha pelo instrumento adequado e o resultado, está a aplicabilidade na prática profissional.

Assim, nesta Unidade, vamos estudar pontos relacionados à entrevista e à observação e sua importância na
aplicação de instrumentos/questionários utilizados na avaliação da pessoa adulta e idosa.

Você irá conhecer diversos instrumentos e, entre eles, a avaliação da funcionalidade global que é um dos
mais importantes instrumentos de avaliação, pois fornece um panorama da independência e da autonomia

que estão relacionados ao cognitivo da pessoa. Durante toda a Unidade, você encontrará dicas e Material
Complementar que ajudarão você a compreender a avaliação neuropsicológica e suas particularidades no
planejamento e na prática. Assim, é importante que você realize um estudo aprofundado do Material, pois,
certamente, fará diferença na sua atuação profissional.

Avaliação Neuropsicológica de Adultos e das Pessoas Idosas


Com a população vivendo mais e as pessoas buscando o cuidado com sua saúde, é evidente que
avaliações neuropsicológicas se intensificam para que alterações não comprometam as atividades de vida
diária e a qualidade de vida da população. Nesse sentido, alterações cognitivas dividem o limiar entre
senescência e senilidade. É fato que o declínio cognitivo é um dos principais problemas de saúde
enfrentados pela população no envelhecimento, estando relacionado entre os domínios da memória,
funções executivas, habilidades visuoespaciais, linguagem, comportamento e demência. Essas alterações
interferem nas atividades de vida social, incluindo trabalho, autonomia e autocuidado. Altas taxas de
prevalência de demência aumentam com o avanço da idade, além do baixo nível educacional, considerado
um fator de risco de demência (FRAGA, 2018).

A avaliação da funcionalidade global é a principal ferramenta de avaliação no que se refere ao cuidado com a
pessoa idosa, seja no âmbito físico, seja no cognitivo. É por meio dessa avaliação que estratificamos uma

pessoa, independentemente da idade cronológica em si, mas que apresenta sinais de declínio cognitivo.
Nessa avaliação, conseguimos identificar o comprometimento cognitivo leve, que separa o idoso hígido com
envelhecimento normal e a demência (FRAGA, 2018; MORAES, 2012).
Identificar uma pessoa com comprometimento cognitivo leve pode ser o ponto chave para a Neuropsicologia
interferir e postergar complicações demenciais e outros processos degenerativos. É importante ressaltar
que essa avaliação é complexa, requer várias interlocuções e, entre elas, o número de funções acometidas

e o comprometimento ou não da memória.

A seguir, vamos aprender sobre algumas doenças prevalentes no envelhecimento e que se beneficiam da
avaliação neuropsicológica e suas intervenções.

Doença de Alzheimer
A Doença de Alzheimer é a demência neurodegenerativa mais comum em pessoas idosas. Tem causa
desconhecida, com alguns estudos enfatizando que pode ter questões genéticas envolvidas. Instala-se em
pessoas quando ocorrem alterações no processamento de determinadas proteínas do Sistema Nervoso
Central, ocasionando toxicidade dentro do neurônio em certas regiões do cérebro, a exemplo do hipocampo,
responsável pelo controle da memória ou, ainda, no córtex cerebral, que coordena a linguagem e o raciocínio,
memória, reconhecimento de estímulos sensoriais (BRASIL, 2011).

Mesmo sendo a demência mais prevalente, ainda é considerado um alto índice de subdiagnóstico (FRAGA,

2018). É uma demência que tem sintomas divididos em cognitivos e não cognitivos, que são chamados de
sintomas neuropsiquiátricos. De evolução lenta, com média de sobrevida após o diagnóstico de 8 a 10 anos,
dividido em estágios (BRASIL, 2011):

No estágio 1 ou forma inicial: ocorrem alterações de memória, na personalidade e nas


habilidades visuais e espaciais;

No estágio 2 ou forma moderada: o quadro evolui para apraxia, déficit no autocuidado, agitação e
insônia;

No estágio 3 ou forma grave: ocorre o comprometimento com resistência a executar as tarefas


diárias, incontinência esfincteriana, disfagia, deficiência motora progressiva;

No estágio 4 ou fase terminal: a pessoa está acamada, mutismo e infecções recorrentes são
comuns.
Atualmente, um estudo com 1.203 participantes destaca a importância do tempo de escolaridade para
mitigar os efeitos das lesões cerebrais na diminuição de habilidades cognitivas, incluindo memória,
atenção, função executiva e linguagem (SUEMOTO et al., 2022).

Demência Fronto-temporal
Importante causa de demência que antecede o período pré-senil, entre 45 e 65 anos de idade. É
caracterizada por alterações importantes na personalidade e no comportamento, no entanto, com avaliação

cognitiva praxia, gnosia e memória preservada ou relativamente preservada por testes psicométricos.
Apresenta atrofia cerebral ou circunscrita aos lobos temporais e frontais. Ao início dos sintomas, é
observado prejuízo na tomada de decisão e em ações de aprendizagem reversa. São comuns sintomas de
apatia, desinibição e comportamentos preservativos ou estereotipados e, com isso, a busca por tratamento
psiquiátrico é frequente (TEIXEIRA-JR.; SALGADO, 2006).

Em casos como esse, é comum o isolamento social, inflexibilidade, impulsividade e déficit na higiene
pessoal (FRAGA, 2018). Assim, o cuidado apoiado se faz necessário e instituir uma rotina pode auxiliar a
pessoa a se lembrar das atividades.

Demência Vascular
As doenças cardiovasculares são uma importante causa de morte entre as condições crônicas não
transmissíveis, e quando não levam à morte, ocasionam sequelas que afetam a qualidade de vida da

pessoa e da família, além de ser um gasto alto aos cofres públicos. Tal demência está relacionada ao
Acidente Vascular Cerebral, seja obstrutivo, seja hemorrágico, que afetam as artérias que levam oxigênio ao
Sistema Nervoso Central. Esse interrompimento de irrigação em determinados pontos neurológicos provoca
déficits neurológicos focais (paresias), linguagem (disfasias, disartrias), alterações na coordenação e
visuais. É importante salientar que as alterações cognitivas podem ocorrer devido ao descuido ou à falta de

adesão ao tratamento frente aos fatores de risco, como diabetes e tabagismo (FRAGA, 2018). Ressaltamos
aqui que tabagismo está relacionado a qualquer prática de cigarro e, como exemplo atual, podemos citar o
cigarro eletrônico.
Relacionado ao ataque isquêmico transitório, popularmente chamado de “mini AVC”, tem deixado sequelas e
antecede a um acidente vascular cerebral isquêmico com possibilidade de sequelas que se beneficiam de
tratamento neuropsicológico.

Demência com Corpúsculos de Lewy


Tem como principal característica o declínio cognitivo progressivo, que impacta as atividades de vida social
e laboral. Tem como sintomas as alterações de memória proeminentes ou persistentes que podem não

ocorrer nos estágios iniciais, mas se tornam evidentes com a progressão do quadro clínico. É uma síndrome
demencial associada ao chamado parkinsonismo espontâneo (rigidez e bradicinesia), alucinações visuais
recorrentes e flutuação cognitiva (variações significativas da atenção e do nível de consciência, podendo
ocorrer em horas, dias ou meses, deixando o paciente sonolento e desatento) (FRAGA, 2018). Relacionada a
sinais parkinsonianos, vem, desde 1995, com critérios clínicos e neuropatológicos determinados que
permitem um diagnóstico adequado, pois o uso excessivo de medicações dopaminérgicas (L-dopa),
antidopaminérgicas (antipsicóticos) ou anticolinérgicas (antipsicóticos ou anti-parkinsonianos) pode
complicar o quadro, piorando sintomas cognitivos, psicóticos e extrapiramidais (TATSCH; NITRINI, LOUZÃ

NETO, 2002).

Doença de Parkinson
Ocasionada por degeneração celular das células situadas na região cerebral chamada de substância negra,

afeta os movimentos por meio de tremores, lentidão dos movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio,
alterações na fala e escrita (FRAGA, 2018). Segundo dados da Associação Brasileira de Parkinson, as
pessoas com diagnóstico relatam que alguns sinais e sintomas se mostram persistentes e antecederam o
aparecimento da doença, são eles: constipação intestinal, hiposmia (dificuldade em sentir cheiro), sono
agitado, dor, hipotensão postural, tristeza e desânimo, prejuízos da atenção e da concentração (SIMONET,

2022).

Os déficits cognitivos em pessoas com diagnóstico de Parkinson vêm ganhando atenção pela longevidade
que as pessoas apresentam com tratamentos mais adequados. É importante que pessoas com Parkinson
sejam avaliadas e questionadas sobre as alterações cognitivas, principalmente, no que diz respeito a

disfunções executivas habituais que, muitas vezes, passam despercebidas pela família (FRAGA, 2018).
Depressão
Transtorno de alta prevalência entre a população e com critérios diagnósticos similares entre adultos e
pessoas idosas. Entretanto, em pessoas idosas, pode apresentar características específicas como, por
exemplo, sintomas cognitivos que persistem mesmo após a remissão dos sintomas depressivos (COSTA et
al., 2011). Essa persistência pode estar relacionada ao efeito combinado da depressão maior com as
alterações cerebrais decorrentes do envelhecimento como atrofia e doença vascular. Essas alterações

podem ser evidenciadas por meio da redução da velocidade de processamento da informação, déficits na
evocação, na memória de reconhecimento, na memória em curto prazo e na linguagem (fluência verbal
compreensão) (COSTA et al., 2011).

O profissional de saúde ainda precisa estar atento às pessoas com outras doenças clínicas, pois as taxas

de depressão ainda são mais elevadas. Os sintomas típicos da depressão afetam o domínio do afeto e
também da cognição, e a depressão não tratada com início na terceira idade é considerada fator de risco
para surgimento de demência e pode confundir diagnósticos, por apresentar sintomas como a lentidão
cognitiva, anedonia, alterações no humor e distúrbio de sono (FRAGA, 2018).

Delirium
Acomete muitas pessoas idosas e debilitadas, apresenta-se como estado confusional agudo e é uma
alteração cognitiva definida por início agudo, curso flutuante, distúrbios da consciência, atenção, orientação,

memória, pensamento, percepção e comportamento. O tratamento farmacológico está indicado para


pessoas com agitação motora, com risco de trauma físico e que não apresentam respostas às medidas não
farmacológicas. Deve ser abordado de forma sistematizada e integrada (LÔBO et al. 2010).

Instrumentação Psicológica
A avaliação cognitiva é um instrumento útil na avaliação global das pessoas, permitindo ao profissional de
saúde obter informações sobre o diagnóstico etiológico quanto ao planejamento e à execução das medidas
terapêuticas a serem adotadas na conduta clínica. Essa prática nem sempre faz parte do rol de práticas no
atendimento às pessoas adultas e idosas nos serviços de saúde público e privado no Brasil, mas é uma

prática muito bem avaliada e recomendada com base em evidências científicas. A seguir, vamos conhecer
alguns instrumentos disponíveis e mais utilizados na avaliação neuropsicológica de adultos e das pessoas
idosas (ENDO; ROQUE, 2017).

A avaliação em adultos e pessoas idosas realiza-se por meio da observação direta (testes de desempenho)
e questionários. É por intermédio da avaliação psicológica que estudamos e avaliamos várias dimensões da
mente humana, designadamente (ENDO; ROQUE, 2017):

Personalidade;

Competências cognitivas (atenção, percepção, memória, processamento simultâneo e


sequencializado, simbolização, compreensão, inferência, planificação e produção de
estratégias, conceptualização, resolução de problemas, rechamada e expressão de
informação etc.).

Existem muitos instrumentos de medida que auxiliam os profissionais de saúde na avaliação cognitiva. Para
a escolha de instrumentos de medida ou escalas, é importante que o profissional use instrumentos
psicológicos que passaram por validação e são confiáveis ao que se destinam medir (ECHEVARRÍA-

GUANILO; GONÇALVES; ROMANOSKI, 2018), ou seja, passaram por testes estatísticos que
comprovadamente medem o que se propõem a medir.

A instrumentação psicológica é uma vertente da Ciência que possibilita a avaliação de instrumentos de medida
e garante, de maneira estatística, que aquele instrumento mede o que se propõe a medir. Além disso,

permite a criação de novos instrumentos ou a validação para uso em diferentes lugares do mundo, levando
em consideração aspectos da população que foi validada para uso (ECHEVARRÍA-GUANILO, GONÇALVES,
ROMANOSKI, 2018). Do contrário, quem for avaliar corre o risco de fazer interpretações errôneas, a partir de
indicadores que não sejam confiáveis, levando consequentemente a decisões equivocadas (CANXIETA;

FERREIRA, 2012).

Nesse aspecto, precisamos conhecer dois conceitos: Confiabilidade e Validade.

A confiabilidade refere-se ao grau de consistência com que os itens do instrumento medem o


atributo proposto livre de erro de medida e também o grau em que o instrumento permite a
reprodução e a obtenção de resultados consistentes, quando aplicados em diferentes
ocasiões. Se há ausência de erros na medida ou se eles estão minimizados, a medida seria
considerada confiável (ECHEVARRÍA-GUANILO, GONÇALVES, ROMANOSKI, 2018);

A validação de instrumentos diz respeito ao grau em que um instrumento realmente mede o que
se propõe a medir naquela população específica (ECHEVARRÍA-GUANILO, GONÇALVES,
ROMANOSKI, 2018).

Talvez esse seja seu primeiro contato sobre o assunto, e o que podemos afirmar é que ele é amplo,
complexo e necessário para nossa próxima etapa, quando vamos conhecer alguns instrumentos de medida
disponíveis para aplicar à nossa prática.

Em Síntese
Vamos citar um exemplo: suponhamos que existe um instrumento criado no Canadá para
avaliar depressão em idosos e você quer aplicar aqui, no Brasil. Sem dúvida, um

instrumento que já foi pensado fica mais fácil em questão de tempo e orçamento, e sua
tradução para a Língua que pretende ser utilizada. Nesse caso, o pesquisador faz contato
com o autor de origem e inicia um processo chamado Adaptação Transcultural do
instrumento. Além da adaptação transcultural, é avaliada sua confiabilidade e validade.

Contudo, é importante ressaltar que instrumentos de medida psicológicos precisam ter a


segurança por meio de estudos antes de serem aplicados na prática.
Mini Exame do Estado Mental (MEEM)
O Mini Exame do Estado Mental (MEEM) é uma ferramenta de triagem usada para avaliar brevemente o
estado cognitivo e emocional de uma pessoa. Ele envolve uma série de perguntas e tarefas simples. Embora
as perguntas possam variar, o MEEM, geralmente, inclui questões sobre a orientação temporal (como data e
estação do ano), a orientação espacial (como localização atual), a memória imediata (lembrar de uma lista
de palavras ou instruções) e a capacidade de realizar cálculos ou tarefas simples de raciocínio.

Além disso, o MEEM também pode abordar questões de linguagem (como nomear objetos ou repetir frases)
e habilidades visuoespaciais (como copiar um desenho geométrico). Cada resposta correta recebe uma
pontuação e, no final, a pontuação total é calculada para ajudar a avaliar o estado mental geral da pessoa.

O MEEM é constituído de duas partes, uma que abrange orientação, memória e atenção, com pontuação

máxima de 21 pontos, e outra que aborda habilidades específicas como nomear e compreender, com
pontuação máxima de 9 pontos, totalizando um escore de 30 pontos. Os valores mais altos do escore
indicam maior desempenho cognitivo.

Significado dos domínios do Mini Exame do Estado Mental (BRUCKI et al., 2003):

Orientação: memória recente, atenção e orientação têmporo-espacial;

Memória: atenção e memória imediata (de curto prazo ou primária), que tem duração de,
aproximadamente, 30 segundos e capacidade limitada a 10 itens;

Atenção e cálculo: capacidade de cálculo, atenção e memória imediata e operacional (pré-


requisito necessário para realização de cálculos matemáticos);

Retenção de dados (Evocação): memória recente (secundária), que dura de minutos a semanas ou
meses;

Linguagem: fala espontânea, compreensão oral, repetição, nomeação, leitura e escrita;

Nomeação: capacidades de nomeação, compreensão e entendimento (afasia nominativa ou, na


verdade, agnosia visual);
Repetição: discriminação auditiva, memória imediata e atenção;

Comando verbal: compreensão oral, devendo-se sempre excluir hipoacusia. Também se testam
a memória imediata, a praxia, a coordenação e a motricidade;

Leitura, ordem e escrita: capacidade de leitura do paciente, compreensão, memória;

Cópia de desenho: orientação visuoespacial, programação motora e apraxia construtiva.

Baterias Neuropsicológicas
As baterias neuropsicológicas é uma sequência de testes e avaliações podendo ser padronizadas
(compostas pelos mesmo teste) ou flexíveis (compostas por testes agrupados de acordo com a

necessidade) usadas para avaliar o funcionamento cognitivo e neuropsicológico de uma pessoa, e


colaboram para um diagnóstico diferencial, em condições que envolvam prejuízos cognitivos.

Elas são frequentemente utilizadas para estabelecimento de funções cognitivas, como memória, atenção,
linguagem, habilidades visuoespaciais, raciocínio e habilidades executivas. A Bateria CERAD (Consortium to

Establish a Registry for Alzheimer's Disease) é uma bateria neuropsicológica desenvolvida para auxiliar na
avaliação de indivíduos com suspeita de comprometimento cognitivo, incluindo a Doença de Alzheimer. Foi
criada pelo Consórcio CERAD, uma colaboração entre pesquisadores de várias Instituições, com o objetivo
de padronizar e fornecer uma avaliação abrangente do desempenho cognitivo. A Bateria CERAD é composta

por uma série de testes neuropsicológicos que avaliam diferentes domínios cognitivos, incluindo memória,
linguagem, habilidades visuoespaciais e funções executivas.

Alguns dos testes incluídos são:

Teste de Retenção Seletiva de Audição (SRT): avalia a memória episódica verbal;

Teste de Nomeação de Boston (BNT): avalia a habilidade de nomear objetos;

Teste de Fluência Verbal: avalia a produção verbal espontânea;


Praxia Construtiva: avalia habilidades visuoespaciais e de construção;

Teste de Reconhecimento de Palavras (WRT): avalia a memória de reconhecimento de palavras;

Teste de Rastreamento de Símbolos (TMT): avalia a atenção e a velocidade de processamento.

Além desses testes, a Bateria CERAD também inclui uma avaliação do estado funcional e uma entrevista
com a pessoa e um informante próximo para obter informações sobre o funcionamento diário e os sintomas

comportamentais.

Avaliação da Funcionalidade Global

Importante!
A Classificação Clínico-funcional da pessoa idosa é o ponto de partida para a avaliação
cognitiva, pois vamos compreender se a pessoa tem ausência de declínio funcional, declínio

funcional iminente ou estabelecido. Na prática clínica, vamos ver se há comprometimento


das Atividades de Vida Diária por meio da avaliação cognitiva.

Um dos fatores importantes para identificar as necessidades de saúde da pessoa idosa é avaliar sua
capacidade funcional, relacionada aos atributos do que é importante para a pessoa. Nela, está contida a
avaliação das Atividades de vida diária que envolvem habilidades para gerenciar o ambiente e favorecem a
integração, a participação e o convívio familiar, social e comunitário. Por exemplo, fazer compras, gerenciar
tempo, tomar os medicamentos na dose e hora certas, administrar as próprias finanças, ir e vir com

autonomia.

Vídeo
Como Serão seus Últimos 10 Anos

Se você já viu o vídeo a seguir, vale a pena relembrar. Se não viu, vale a pena ver para
entender sobre o que estamos estabelecendo entre vitalidade e fragilidade.

Como serão seus últimos 10 anos? Legendado PT-BR


Vamos estudar o que é considerado Cognitive aging “normal do envelhecimento”. Nesse processo,
precisamos compreender quatro janelas de alterações ao longo do envelhecimento:

Cognitivo normal: ausência de declínio funcional;

Declínio cognitivo subjetivo: possível fator de risco para comprometimento cognitivo leve, que
cada vez mais vem sendo considerados pelos profissionais de saúde;

Comprometimento cognitivo leve: alterações bem definidas relacionadas à sarcopenia,


comorbidades múltiplas e comprometimento cognitivo leve indicando um declínio funcional
iminente. Na prática, é aquela pessoa idosa que tem testagem neurocognitiva afetada que
pode predizer uma demência;

Demência: pertencente ao declínio funcional estabelecido, em que estão comprometidas as


atividades de vida diária instrumentais (dependência parcial e dependência cognitiva) e
básicas (semidependência, dependência incompleta e dependência completa).
Figura 1 – Alterações cognitivas da pessoa idosa
Fonte: Adaptada de MORAES, 2023

#ParaTodosVerem: na Figura, existe um retângulo dividido verticalmente por 10 pontos que


separam em tons de azul. O escuro do lado inferior esquerdo representa a vitalidade e o
azul claro no lado superior direito a fragilidade da pessoa idosa. Abaixo, há uma linha com
cores gradativas também em tons de azul. O lado esquerdo inicia em azul escuro
(envelhecimento saudável – senescência) e finaliza no lado direito em azul claro
(envelhecimento patológico – senilidade). Abaixo, está a avaliação clínico-funcional até a
demência, demonstrando as fases das alterações cognitivas. Fim da descrição.

Após compreender as alterações da senescência, vamos apresentar o instrumento Índice de


Vulnerabilidade Clínico Funcional (IVCF-20), que foi validado em 2016, seguindo o Modelo Multidimensional
de Saúde do Idoso, que avalia a capacidade funcional, representada pela autonomia (decisão) e
independência (execução) na realização das Atividades de Vida Diária (AVD) resultando na avaliação global
da pessoa idosa (MORAES et al., 2016).

O instrumento contempla aspectos multidimensionais da condição de saúde do idoso, sendo constituído por
20 questões distribuídas em oito seções: idade (1 questão), autopercepção da saúde (1 questão),
incapacidades funcionais (4 questões), cognição (3 questões), humor (2 questões), mobilidade (6
questões), comunicação (2 questões) e comorbidades múltiplas (1 questão). Cada seção tem pontuação
específica que perfazem um valor máximo de 40 pontos. Quanto mais alto o valor obtido, maior é o risco de
vulnerabilidade clínico-funcional do idoso (MORAES et al., 2016).

Leitura
Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional-20 (IVCF-20): Reconhecimento Rápido do Idoso
Frágil
Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

Em relação à autonomia e à independência, também temos dois instrumentos clássicos, apresentados a


seguir:

A Escala de Katz foi desenvolvida para avaliar o grau de dependência do idoso baseado na
necessidade ou não de auxílio para realizar atividades básicas da vida diária. Nela, as pessoas
idosas são classificadas em independentes, parcialmente dependentes ou dependentes. A
escala prevê um índice de independência para as atividades básicas de vida diária em oito
níveis: (A) Independente para todas as atividades; (B) Independente para todas as atividades
menos uma; (C) Independente para todas as atividades menos banho e mais uma adicional;
(D) Independente para todas as atividades menos banho, vestir-se e mais uma adicional; (E)
Independente para todas as atividades menos banho, vestir-se, ir ao banheiro e mais uma
adicional; (F) Independente para todas as atividades menos banho, vestir-se, ir ao banheiro,
transferência e mais uma adicional; (G) Dependente para todas as atividades; Outro:
Dependente em pelo menos duas funções, mas que não se classifica em C, D, E e F (DUARTE,
2007);

Escala de Lawton: avalia o desempenho do idoso em relação às atividades instrumentais a fim


de verificar a sua independência funcional. É muito utilizada e tem uma pontuação relacionada
ao nível de ajuda que a pessoa precisa para executar algo: sem ajuda, com ajuda parcial e não
consegue executar. A pontuação máxima é de 27 pontos e a mínima é de 9.

Planejamento e Prática da Avaliação Neuripsicológica


Trocando Ideias...
Diante de tanto conhecimento teórico, é preciso se organizar para colocar em prática esse
conhecimento, não é mesmo?! O planejamento e prática em avaliação neuropsicológica diz
respeito a demandas que precisam ser consideradas na aplicabilidade dos instrumentos e na
avaliação dos fatores que podem facilitar ou interferir no resultado, como a entrevista em si,
a observação complementar e a necessidade de validar as informações com acompanhante,
quando necessário. Vamos conversar sobre isso?

Como vimos até aqui, a Neuropsicologia é a Ciência que estuda as habilidades cognitivas e comunicativas e
sua relação com o comportamento e com o funcionamento cerebral. E, no processo de avaliação
neuropsicológica, requer a comunicação como um fator ímpar para compreender o desenvolvimento do
funcionamento cognitivo em condições normais ou em disfunções neurológicas. É por meio da avaliação
neuropsicológica que se investigam funções cognitivas como atenção, percepção, memória, linguagem e
habilidades aritméticas, entre outras, e se contribui para o diagnóstico, o prognóstico e o planejamento de
um programa de reabilitação (MÄDER, 1996).

Lefèvre, em 1983, já enfatizava que testes psicológicos podem decidir sobre a presença ou a ausência de
doenças cerebrais, bem como ampliar a observação clínica durante a sua aplicabilidade. Estudar as
atividades nervosas requer habilidades que vão além de estudar as funções cerebrais, qualificam as
alterações, e não somente as classificam. Além do mais, a identificação contribui para a reeducação do
paciente e assegura desempenho na melhora do sistema funcional (CANXIETA; FERREIRA, 2012).

Sistematização do Exame Neurológico


A Entrevista
A entrevista na avaliação neuropsicológica, como em outras entrevistas ou consultas clínicas, requer uma
preparação de ambiente e de instrumentos para seguir. O ambiente influencia a conversa com a pessoa e,
consequentemente, a resposta aos instrumentos utilizados. O ambiente deve ser sereno, silencioso e
aconchegante. Deve-se evitar interrupções, é imprescindível criar uma aliança afetiva, na intenção de
facilitar a colaboração na aplicação dos instrumentos (CANXIETA; FERREIRA, 2012).

Por exemplo, um consultório com muitas informações pode distrair ou direcionar o foco para outra
informação. Outro ponto de destaque é o barulho. Muitas pessoas idosas apresentam audição diminuída e,
por mais que uma música ambiente seja agradável para deixar o ambiente acolhedor, na maioria dos casos,
atrapalha o entendimento do que é perguntado para o paciente. Isso serve para sons externos vindos da rua,

por exemplo. Nesses casos, é importante preparar um ambiente aconchegante e acolhedor mais limpo de
informações, preferencialmente, sem tapetes ou com tapetes antiderrapantes.

É importante programar a aplicação dos testes, quanto ao tempo e ao ambiente. Alguns testes requerem
espaço para a pessoa andar, pegar um objeto etc. Pessoas com dificuldades respiratórias ou que cansam
com facilidade devem iniciar por instrumentos mais complexos, deixando os mais simples para o final. Já
pessoas que são muito empolgadas devem seguir o contrário. Aplicar os testes mais fáceis e os mais
complexos posteriormente (CANXIETA; FERREIRA, 2012).

A Observação
A observação, por si só, é um elemento fundamental que requer habilidade em qualquer atuação clínica, não
sendo diferente na avaliação neuropsicológica. No caso, é ainda mais importante que o relato verbal. Ela
deve acompanhar desde o momento que a pessoa entra na sala de avaliação. Deve ser observada a postura
para levantar-se, sentar-se, se precisa de apoio ou não, se anda firme ou inseguro, se estabelece uma
interação desde o início ou se observa o ambiente ao redor, ou seja, situações que permitam estabelecer o
nível de independência (CANXIETA; FERREIRA, 2012).

Com pessoas com alterações neurológicas, é comum a entrevista com acompanhante e nesses momentos
a relação entre ambos pode ser observada. Podemos observar quem toma a iniciativa para responder, se o

paciente responde com segurança aos questionamentos, observamos mudanças de comportamentos


quando o paciente está sozinho na sala ou com acompanhante. Não é raro que pessoas modifiquem sua
postura quando acompanhadas ou sozinhas. Para aplicação de instrumentos, a observação pode auxiliar na
avaliação qualitativa, ou seja, sempre é importante avaliar o modo de colaboração, concentração, presença
de verbalizações não pertinentes e grau de iniciativa (CANXIETA; FERREIRA, 2012). Também é importante
avaliar como a pessoa reage ao final da aplicação do instrumento, se fica ansioso, se quer saber o
resultado, se é indiferente. No retorno para a sala, é importante observar o retorno para com o
acompanhante e identificar condutas que complementem a relação paciente-família-cuidador.

Na prática, a entrevista e a observação não diferem tanto da Psicologia Clínica, apenas enfatizam aspectos
que melhoram nossa compreensão sobre a Neuropsicologia

A pergunta verbal pode induzir uma resposta pronta e prática, mas a observação pode trazer situações que
precisam ser melhor analisadas.

Reflita
Vamos imaginar um exemplo: ao questionar se a pessoa consegue realizar suas atividades
de vida diária e sociais, a pessoa responde positivamente, mas a observação de entrar no
Consultório, sentar-se, caminhar até a mesa, assinar um documento, a pessoa apresenta
alterações visíveis e importantes. O que você consideraria?
Situações como essa estão relacionadas ao declínio funcional e à memória, e requerem uma análise com
um acompanhante para melhor esclarecer os fatos antes de finalizar a avaliação. Cabe destacar que a
avaliação neuropsicológica precisa resultar num laudo e que, por conseguinte, nem sempre pode ser
fornecido em uma única avaliação.

Importante!
A anamnese e a observação são pontos importantes e indissociáveis da aplicação dos testes

neuropsicológicos e também, em muitos casos, pelas limitações e necessidades de cada


pessoa precisamos adequar ambientes, formas de aplicabilidade de instrumentos e garantir
que o diagnóstico não fique engessado na pontuação de testes formais.

Escolha dos Testes


Entre os autores, não existe um consenso, mas sim um debate sobre quais testes ou baterias
neuropsicológicas devem ser aplicados. De maneira geral, defendem o uso de baterias fixas ou flexíveis. As

baterias fixas dizem respeito a uma gama de habilidades que compõem as funções neurológicas ou, ainda,
protocolos pré definidos e centrados nas funções associadas aos principais sintomas de cada doença. As
baterias flexíveis dizem respeito a baterias não extensas e nem pré-definidas e são determinadas conforme
cada caso, obedecendo a escolha de uma hipótese inicial, elencada diante da anamnese e da observação,
exigindo certas habilidades e experiência do psicólogo (CANXIETA; FERREIRA, 2012).

Na prática, podemos utilizar um teste de triagem mais abrangente e outro mais específico = Bateria básica e

bateria específica.

Assim, diante de uma habilidade sem alteração, não é necessário aprofundar testes voltados àquela
investigação.

Interpretação de Resultados
Como dito, a avaliação neurológica não pode se basear unicamente na pontuação de um instrumento de
medida. É preciso um conjunto de sinais e sintomas desenvolvidos em todo o processo avaliativo, além do
que, em muitos casos, mais de um contato e avaliação. Vamos dar um exemplo na prática clínica: na
avaliação visual-espacial, a pessoa não conseguiu resolver o instrumento de medida, tendo, portanto, uma
pontuação baixa que indica alteração no sistema cognitivo. No entanto, a dificuldade de discriminar a
posição está relacionada a estímulos visuais alterados que induzem ao erro pela dificuldade de visão
associada à senescência. Esses pontos precisam ser considerados, pois a clínica deve ser levada em
consideração. Para isso, o raciocínio neuropsicológico baseia-se na capacidade de analisar todos os
fatores no seu conjunto e assim chegar a um diagnóstico seguro (CANXIETA; FERREIRA, 2012).
Em Síntese
Com o envelhecimento da população, o número de casos de demência tem aumentado
progressivamente, principalmente, nos países de média e baixa renda, elevando os gastos
do sistema de saúde, com cuidados e tratamento. Dessa forma, medidas de detecção do
transtorno em estágios iniciais, prevenção e tratamento poderiam ser úteis e importantes na
tentativa de amenizar os prejuízos e diminuir o número de casos.

A avaliação neuropsicológica permite a identificação precoce dos distúrbios cognitivos, sua


classificação e seguimento natural da doença ou tratamento adequado de cada caso. Ao
final desta Unidade, você deve ser capaz de sintetizar sobre o processo de avaliação
neuropsicológica, diferenciando os aspectos normais do envelhecimento do processo
patológico. Inicialmente, aprendemos que a importância da avaliação neuropsicológica é
importante para o auxílio da detecção de declínio das habilidades cognitivas precocemente,
realização de diagnóstico diferencial de doenças associadas ao envelhecimento e
diferenças entre senescência e senilidade.

Em se tratando de senilidade, nesta Unidade, abordamos Doença de Alzheimer, Demência


Fronto-temporal, Doença Vascular, Demência de Corpúsculo de Levy, Doença de Parkinson,
Depressão e Delirium e seu impacto na vida das pessoas. Ainda, diante da grande
quantidade de publicações de instrumentos de medida seguros e confiáveis e que a
avaliação neuropsicológica da pessoa adulta e idosa tem como ferramenta principal
instrumentos psicológicos, nesta Unidade, você aprendeu sobre confiabilidade e validação
de instrumentos de medida. Essa etapa do estudo irá instrumentalizar você, profissional de
saúde, a selecionar instrumentos de medida que garantam a medida do que se propõem a
medir, resultando em uma abordagem ímpar no atendimento clínico.
Vimos, ainda, quais instrumentos de medida são mais utilizados na avaliação
neuropsicológica e, entre eles, o Mini Exame do Estado Mental, as baterias

neuropsicológicas, a avaliação da funcionalidade global, a escala de Katz e de Lawton.

E, por fim, abordamos questões relacionadas à aplicabilidade do instrumento, à entrevista e


à observação. Esperamos que você siga com a leitura complementar e se aproprie dos
instrumentos.
📄 Material Complementar
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Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Site

IVCF-20
Conheça o site e a aplicação do instrumento de Índice de Vulnerabilidade Clínico
Funcional – 20.

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ACESSE

Leitura

Impactos da Intervenção Neuropsicológica em Idosos com Comprometimento


Cognitivo Leve
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ACESSE

Fluxograma de Declínio Cognitivo em Idosos: Revisão de Literatura e


Desenvolvimento de um Protocolo Institucional

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ACESSE

Da Demência ao Transtorno Neurocognitivo Maior: Aspectos Atuais

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ACESSE
📄 Referências
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BRASIL. Ministério da Saúde. Doença de Alzheimer. Biblioteca Virtual da Saúde. Brasília: ME, 2011. Disponível
em: <https://bvsms.saude.gov.br/doenca-de-alzheimer-3/>. Acesso em: 22/05/2023.

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TEIXEIRA-JR, A. L.; SALGADO, J. V. Demência fronto-temporal: aspectos clínicos e terapêuticos. Revista de


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