Impactos Ambientais
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Impactos Ambientais
RESUMO
O presente estudo analisa os impactos ambientais na produção de energia gerada através
dos recursos hídricos no Brasil, a partir de uma metodologia descritiva e investigação de
cunho bibliográfico e documental, utilizando múltiplas fontes de evidências, como
documentos e publicações (textos, artigos, relatórios entre outros) relacionados aos
impactos causados resultantes desta fonte de produção de energia elétrica. A pesquisa
apresenta um breve histórico das diferentes fontes de energia; descreve aspectos técnicos
sobre projetos de construção de hidrelétrica; relata os resultados de impactos ambientais
quando da construção destas usinas. Apesar da geração de energia elétrica a partir
construção de usinas hidrelétricas serem consideradas uma fonte de “energia limpa”, do
ponto de vista ambiental não podem ser caracterizada como uma ótima solução ecológica.
A construção destas usinas interferem drasticamente no meio ambiente devido à formação
de grandes áreas de represamento de água, provocam a inundações imensas de matas e
florestas, interferem no fluxo de rios, destroem espécies vegetais, prejudicam a fauna, e
interferem de forma significativa na ocupação humana. No Brasil, a construção de usinas
hidrelétricas na Amazônia, esta sendo amplamente discutida devido ao grande numero de
problemas ambientais que poderão causar com a instalação destes empreendimentos, ao
mesmo tempo em que a necessidade de ampliação da oferta energia elétrica torna-se
necessário devido ao aumento do consumo, a implantação de novos empreendimentos
industriais, nacionalização das fontes geradoras de energia e a confiabilidade da matriz
energética são prerrogativas emergentes. Os impactos ambientais gerados pela obtenção de
energia hidroelétrica interferem no desenvolvimento sustentável, e o entendimento destes
problemas se fazem necessários para a implementação de projetos e planejamentos
energéticos.
PALAVRAS-CHAVE: Produção de energia. Energia hidrelétrica. Impactos ambientais.
ABSTRACT
Revista Campo do Saber – ISSN 2447-5017 P á g i n a 107
Volume 4 - Número 4 - ago/set de 2018
This study examines the environmental impacts of energy production generated by water
resources in Brazil, from a descriptive analysis and investigation of bibliographical and
documentary, using multiple sources of evidence such as documents and publications
(texts, articles, reports from others) related to the impacts resulting from this source of
electric power production. The research presents a brief history of different energy sources,
describing the technical aspects of construction of hydroelectric projects, reports the results
of environmental impacts during the construction of power plants. Despite the generation
of electricity from hydroelectric plants are considered a source of clean energy, the
environmental point of view can not be characterized as a great green solution. The
construction of these plants drastically affect the environment due to the formation of large
areas of water impoundment, floods cause immense woods and forests, affect the flow of
rivers, destroy species, harm wildlife, and interfere significantly in the occupation human.
In Brazil, the construction of hydroelectric plants in the Amazon, is being widely discussed
because of the large number of environmental problems that may cause the installation of
these businesses, while the need for expanding the supply of electricity becomes necessary
due to increased consumption, the deployment of new industrial enterprises,
nationalization of sources of energy and reliability of energy sources are emerging powers.
The environmental impacts generated by obtaining interfere in hydropower development,
and understanding of these problems are necessary for the implementation of projects and
energy planning.
1. INTRODUÇÃO
O projeto de construção das usinas hidrelétricas no Território Nacional, cujo
objetivo é incrementar a matriz energética e atender o aumento da demanda, tem gerado
inúmeras discussões no que se refere aos impactos ambientais que poderá causar às
comunidades indígenas, alterações ambientais na fauna, flora e em todo o ecossistema
como um todo. O governo federal planeja ampliar a oferta de energia instalando várias
usinas de grande porte na Bacia Amazônica, porem, estes empreendimentos tem causado
grande discussão no que trata a necessidade de aumentar a capacidade de geração de
energia e os impactos ambientais em larga escala que serão observados com a implantação
destes projetos. Exemplo destes empreendimentos é UHE Belo Monte, em instalação da
Bacia Amazônica. Sua potência instalada será de 11.233 MW, em um lago de 516 km² e
duas casas de força, o que fará com que seja a maior usina hidrelétrica inteiramente
brasileira, visto que a Usina Hidrelétrica de Itaipu está localizada na fronteira entre Brasil e
Paraguai. A construção da UHE Belo Monte, não está sendo vista com bons olhos por
ambientalista e até órgãos voltados para a fiscalização, monitoramento e controle
ambiental. A usina resolverá em parte o problema da geração de energia em sua área de
cobertura, mas causará o desequilíbrio no meio ambiente pela relocação de comunidades
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indígenas e destruição da flora e fauna até então ainda intocáveis nesta região, pela
exploração humana.
A nacionalização da produção de energia é, sem sobra de dúvidas, uma necessidade
urgente devido à inconsistente relação com os Países visinhos e parceiros em alguns
empreendimentos de geração. Na realidade sempre existiu esse tipo de procedimento
quando da construção de usinas hidrelétrica. Antes, a preocupação com o controle
ambiental praticamente não existia; não se debatia qualquer ação que por ventura causasse
algum impacto ao meio ambiente. Só a partir de 1972, com a realização de diversos
eventos mundiais promovidos pelas Organizações das Nações Unidas, entre eles a
Conferência sobre o Meio Ambiente, em Estocolmo na Suécia e, a Conferência sobre o
Meio Ambiente Humano e Desenvolvimento no Rio de Janeiro em 1992, a questão
ambiental passou a ser tratada como urgente e de extrema relevância para a sobrevivência
da humanidade. A partir de então, algumas decisões que incidam em uma ação
danificadora ao meio ambiente passaram a percorrer o caminho de uma burocracia
caracterizada pelo requerimento do desenvolvimento sustentado.
Sob tal premissa é que se propõe a realização do presente estudo, o qual vai além de
uma exigência acadêmica e, sim conforme supracitado anteriormente, um aprofundamento
de cunho científico sobre os impactos ambientais na produção de energia para que o tema
seja amplamente e continuamente estudado, disseminado para além da população
acadêmica. Será representado um breve histórico das diferentes fontes de energia, os
aspectos técnicos de um projeto de construção de uma hidroelétrica e os resultados dos
impactos ambientais causados, confirmando a necessidade de se repensar em se planejar
criteriosamente as obras que provocam danos ambientais ao planeta Terra (Figura 1), lugar
onde o ideal é que deveria existir harmonia entre todos os seres que nela vivem.
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maior intensidade, com a construção da Usina Serra da Mesa (GO), no rio Tocantins
(ANEEL, 2008).
Tabela 3 - As dez maiores usinas em operação, região e potência
Classificação
• Mini-
Mini-centrais:
Até
Até 1MW
• Pequenas centrais – PCH:
De 1MW até
até 30MW
• Usinas hidrelé
hidrelétricas – UHE:
Acima de 30MW
energia pode ser aproveitada na propriedade rural. A Micro Usina geradora de energia
pode fornecer energia elétrica para sítios, fazendas, comunidades rurais ou agro indústrias.
4,5%
70,3%
Figura 7 Esquema de uma PCH na geração de energia elétrica através da força hidráulica .
Figura 8 Inicio de construção de uma Subestação com 25 mva/138kv e tomada d´água PCH em
São Thadeu. Santo Antonio Leverger–MT.
As PCHs podem ser ainda classificadas quanto à potência instalada e quanto à
queda de projeto, conforme demonstra (Tabela 4), considerando-se os dois parâmetros
conjuntamente, uma vez que um ou outro isoladamente não permite uma classificação
adequada.
Tabela 4 - Classificação das PCH´s quanto à Potência e quanto à Queda de Projeto
MINI 100 < P < 1.000 Hd < 20 20 < Hd < 100 Hd > 100
PEQUENAS 1.000 < P < 30.000 Hd < 25 25 < Hd < 130 Hd > 130
Figura 13 População ribeirinha afetada pela Construção da UHE Belo Monte no Rio Xingu – Pará
– Brasil.
As Figuras 14 e 15, dão uma idéia da dimensão da obra e dos impactos territoriais
relacionados à fauna e a flora que causará.
Figura 15 - Área de cobertura da Usina Belo Monte no Rio Xingu –Pará –Brasil.
3. METODOLOGIA
Toda e qualquer classificação de pesquisa se faz mediante algum critério. Assim, é
usual a classificação de pesquisas com base em seus objetivos gerais, podendo ser
classificadas em três grandes grupos: exploratória, descritiva e explicativa (LAKATOS,
MARCONI; 2001).
O presente estudo caracteriza como descritivo e a investigação de cunho
bibliográfico e documental, utilizando assim múltiplas fontes de evidências, como
documentos e bibliografias (textos, artigos, relatórios entre outros) relacionados aos
impactos ambientais causados pela produção de energia.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os impactos ambientais na produção de energia no Brasil utilizando múltiplas
fontes de evidências, como documentos e bibliografias (textos, artigos, relatórios entre
outros) relacionados aos impactos ambientais causados pela produção de energia,
considera que, apesar das hidrelétricas serem uma fonte de “energia limpa”, do ponto de
vista ambiental não pode ser considerado uma ótima solução ecológica. Interferem
drasticamente no meio ambiente devido à construção das represas, que provocam
inundações em imensas áreas de matas, interfere no fluxo de rios, destroem espécies
vegetais, prejudicam a fauna, e interferem na ocupação humana. E é o que vem
acontecendo no Brasil, com a construção de usinas hidrelétricas na Amazônia que vem
degradando enormemente a floresta. Além disso, o desmatamento é o principal fator da
redução pluviométrica nas cabeceiras dos rios que abastecem as represas.
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AGRADECIMENTO
Este artigo é dedicado a EDMUNDO PEREIRA DE ASSIS NETO (In
memorian), pela competência, capacidade, esforço e dedicação desenvolvida em seu
Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do diploma Bacharelado em Engenharia
Ambiental.
REFERÊNCIAS
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Disponível em: www.aneel.gov.br.
Acesso em: 15 abr 2010.
CORTEZ, José H. Não existe Energia Limpa. Jornal Gazeta Mercantil. 24 de abril de
2002. Disponível em: http://www.camaradecultura.org/Nao%20existe% 20energia
%20limpa.pdf. Acesso em: 05 mai 2010.
D´SA, Antonette. Integrated resource planning (IRP) and power sector reform in
developing countries. Energy Policy. v. 33, p. 1271-1285, 2005.