Aula 11 - Pneumotórax 22 PDF

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 31

PNEUMOLOGIA

SORAYA ALMEIDA
ERVAL REZENDE
PNEUMOTÓRAX
Prof.ª Soraya Almeida
Prof. Erval Rezende
6° Período medicina
Pneumologia
DEFINIÇÃO
Acúmulo de ar livre na cavidade pleural, levando ao aumento da pressão intratorácica
(a pressão intratorácica tende a se igualar ao meio externo), com colapso do tecido pulmonar ipsilateral,
resultando em grave anormalidade da relação ventilação-perfusão, redução da capacidade vital, do
retorno venoso, levando à hipóxia.
EPIDEMIOLOGIA

- A incidência de pneumotórax espontâneo é de : 24 casos por 100 mil/ano para homens e


9,8 casos por 100 mil/ano para mulheres.

- Metade das ocorrências dessa condição é de pneumotórax primário;

- Mais comum em homens;

- O pneumotórax espontâneo primário ocorre em pacientes do sexo masculino, longilíneos, entre 10 e 30


anos, e raramente após os 40 anos de idade.

- A taxa de mortalidade do pneumotórax secundário, é de aproximadamente 1%.


FISIOPATOLOGIA
CLÍNICA

- DIPNÉIA

- DOR TORÁCICA

- TOSSE

- Pode ser assintomático.

- Sintomas são de início súbito.

- Uma minoria pode apresentar na admissão o pneumotórax hipertensivo, necessitando de


tratamento imediato.
EXAME FÍSICO

- Diminuição da expansibilidade torácica.

- Timpanismo à percussão

- Diminuição do murmúrio vesicular.

- Enfisema subcutâneo –> RARO.

Instabilidade hemodinâmica: Hipertensivo

A conduta neste caso não requer confirmação


diagnóstica com RX!!!
EXAMES COMPLEMENTARES
- RX de tórax –> É suficiente para confirmação diagnóstica.

- TC de tórax –> Permite identificar bolhas apicais subpleurais, blebs, além de estimar o tamanho do
pneumotórax de forma mais precisa.
CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
1. PNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO – PRIMÁRIO

- Ocorre em pacientes sem doença pulmonar evidente; + jovens;


- Tabagismo está associado ao surgimento e recorrência do PEP.
- Acredita-se que o PEP decorre da ruptura de pequenos “blebs” subpleurais.
CLASSIFICAÇÃO
1. PNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO – PRIMÁRIO
TRATAMENTO
- Pacientes assintomáticos, hígidos e com pneumotórax pequeno (< 3 cm da cúpula do pulmão até o
ápice da cavidade) = tratº Conservador + observar 24h.

- Punção: não se faz em pneumotórax pequeno/moderado.

- Punção de alívio

- OBS: Pneumotórax moderado-grande drenagem em selo d’água (toracostomia).

- Drenagem pleural em selo d’água:

- Utilizado em pneumotórax moderado/grande.


TRATAMENTO
CLASSIFICAÇÃO
2. PNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO - SECUNDÁRIO

- Decorre de doenças pulmonares e sistêmicas que levam ao acúmulo de ar no espaço pleural.

- A principal causa é DPOC.

- O tratamento é semelhante ao do PEP.


Pneumotórax Secundário
Pneumotórax Secundário
CLASSIFICAÇÃO
3. PNEUMOTÓRAX ADQUIRIDO – TRAUMÁTICO( PAT)

- Ocorre após a violação do espaço pleural, o que possibilita a saída de ar dos pulmões após lesão
pulmonar ou entrada de ar do meio externo por meio de defeito na parede torácica.

- ABERTO= CAUSA: Trauma penetrante no tórax

- FECHADO= CAUSA: é mais comumente devido a fraturas de costela.

- Ocorre em 50% dos pacientes vítimas de trauma torácico.


TRATAMENTO
- Imediato: Curativo em 3 pontas*.

- DEFINITIVO: Toracostomia

- Drenagem Pleural: 80% dos pacientes tem resolução do escape aéreo em até 12h.

- Tratamento cirúrgico se:


- Escape aéreo persistente, por mais de 72h.
- Falha na reexpansão pulmonar.
CLASSIFICAÇÃO
4. PNEUMOTÓRAX ADQUIRIDO – HIPERTENSIVO

- Pneumotórax que ocorre quando o ar penetra na cavidade pleural de forma contínua e um mecanismo
valvular o impede de sair;

- Trauma torácico fechado ou aberto.

- Causa + comum: 1)ventilação com pressão positiva (VPP) em pacientes com lesões
pleuropulmonares prévias despercebidas.

2)Trauma torácico penetrante

3)Trauma fechado c/ fratura de costela

- Trauma fechado: ruptura súbita alveolar em “saco de papel”.


CLASSIFICAÇÃO
A entrada de ar gera um colapso do pulmão ipsilateral, com desvio do mediastino, comprimindo o pulmão
contralateral.

Pneumotórax D, c/ parênquima pulmonar retraído.


CLASSIFICAÇÃO
4. PNEUMOTÓRAX ADQUIRIDO – HIPERTENSIVO
CLÍNICA- Ex Físico
- Desvio da traquéia

- Turgência jugular patológica

- Timpanismo à percussão ipsilateral

- Dispnéia

- Enfisema subcutâneo

- MV abolido ou reduzido ipsilateral

- Insuficiência respiratória associada a alterações hemodinâmicas (hipotensão ou choque).

- DIAGNÓSTICO: CLÍNICO
CONDUTA
- IMEDIATA: Toracocentese de alívio

- Drenagem do tórax de urgência,c/ jelco 16, no 5º espaço intercostal linha axilar média, anterior.

- DEFINITIVA: Toracostomia( Drenagem de tórax fechada)

- Drenagem do tórax sob selo d’água no 5º espaço intercostal linha axilar média.
CLASSIFICAÇÃO
5. PNEUMOTÓRAX ADQUIRIDO- IATROGÊNICO

- É secundário a algum procedimento médico invasivo, como por exemplo, toracocentese e biópsias
transtorácicas.

- É uma condição frequente e crescente –> ⇧ procedimentos invasivos e ventilação mecânica.

- Pode evoluir para quadros graves com pneumotórax hipertensivo.


DIAGNÓSTICO
- Piora ventilatória ou hemodinâmica após procedimento que possa gerar pneumotórax.

- Pode ser solicitado RX, TC e USG.


TRATAMENTO
- Igual ao pneumotórax traumático (drenagem/cirurgia).

⇧ procedimentos invasivos e ventilação mecânica.

Você também pode gostar