Pre-Natal - Ua1 - Fragilidade Do Pré-Natal No Brasil
Pre-Natal - Ua1 - Fragilidade Do Pré-Natal No Brasil
Pre-Natal - Ua1 - Fragilidade Do Pré-Natal No Brasil
FRAGILIDADES DO PRÉ-NATAL NO
BRASIL E DESAFIOS PARA
MELHORIA DA QUALIDADE
fonte da imagem:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sus_fotos_promocao_saude.pdf
Curso de atualização
Cuidado Pré-natal na
Atenção Primária à Saúde
Ficha técnica
Ministério da Saúde
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF)
Coordenação de Educação
Coordenação de Ações Nacionais e de Cooperação.
Conteudistas
Coordenação Geral
Carla Danielle Oberhofer Guanabens
Maria Auxiliadora de Souza Mendes Gomes
Débora Souza Beck
Lidianne Vianna Albernaz
Ana Lúcia dos Reis Lima e Silva
Gabriela Persio Gonçalves
Coordenação de Curso
Andreza Pereira Rodrigues
Revisoras técnicas
Luiza Beatriz Ribeiro Acioli de Araújo Silva
Alexandra Gouveia de Oliveira Miranda Moura
Luciana Aparecida Moraes de Souza
Coordenação de Conteúdo
Mariana Brandão Streit
Edson Borges de Souza
Melanie Noël Maia
Coordenação EaD
Orientadoras de aprendizagem
Isabelle Aguiar Prado
Luciana Aparecida Moraes de Souza
Stephanie Matos Silva
Mariana Brandão Streit
Melanie Noël Maia
Financiamento
Ministério da Saúde (MS)
Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS)
Departamento de Gestão do Cuidado Integral (DGCI)
Coordenação de Atenção à Saúde da Mulher (COSMU)
Estratégia de Qualificação da Atenção à Saúde das Mulheres
Apoio
Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente -
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Sumário
1. Definição e importância do pré-natal 05
2. Pré-natal no Brasil 06
Referências 16
1. Definição e importância do pré-natal
Tabela 1. Porcentagem de consultas de pré-natal no Brasil, evolução desde o ano 2000 até 2019
(DATASUS)
Muitos países que atingiram níveis relativamente altos de cobertura por profissional
habilitado não apresentaram redução proporcional na mortalidade maternal e
neonatal. Muitos países verificaram que existem grandes lacunas entre os padrões
internacionais, como os da FIGO, ICM, ICN, IPA, WHO, e as competências dos
profissionais que atendem parto.
Mulheres com gestações de alto risco são encaminhadas para serviços de alto risco,
para interconsulta ou transferência permanente do cuidado, embora a APS
permaneça como responsável pelo cuidado.
Transferência de cuidado é:
Na maioria das vezes, não são condições graves, mas podem ser sinais de alarme de
patologias com potencial de gravidade, como gravidez ectópica, sepse de foco
urinário, preeclampsia, etc.
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Segundo Grahan (GRAHAN, 1988), para que a avaliação de risco seja efetiva, as
seguintes condições teriam de ser atendidas:
Assim, mais do que classificar ou estratificar o risco, compete à APS, como gestora do
cuidado, fazer a gestão do risco ao longo da gravidez, já que o risco não é uma
variável categórica, nem estática, nem uniforme. Isto implica em:
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1. Identificar o risco de forma
sistemática em todos os casos
2. Conhecer as dimensões
quantitativas e qualitativas do
risco;
3. Estabelecer medidas preventivas
reconhecidamente efetivas
4. Estabelecer planos de ação para
atender o evento, caso ele ocorra e
mitigar os danos.
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Em geral, o pré natal se organiza em torno de uma dezena de condições de saúde
Infecções: toxoplasmose, HIV/Hepatite, sífilis, infecção urinária.
Intercorrências clínicas da gravidez: anemia, hipertensão, diabetes
Crescimento fetal
Por certo este modelo deu importante contribuição à melhoria dos indicadores de
saúde materna, ao longo do século XX, incluindo a redução da mortalidade materna.
Todavia, outras condições de igual relevância, devido à elevada prevalência e/ou
grande impacto sobre os resultados da gestação, não são rotineiramente
pesquisadas. Ou, quando identificadas, de forma aleatória, não são objeto de
intervenções efetivas. As condições mais importantes dessa categoria são:
obesidade, uso de substâncias ilícitas, tabagismo/etilismo, violência doméstica,
depressão no período gestacional.
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Outras publicações bastantes utilizadas são as séries de Protocolos e Diretrizes
Clínicas (PCDTs) sobre transmissão vertical de doenças infecciosas (sífilis, HIV,
hepatites virais), frequentemente atualizadas.
Não temos, no Brasil, uma Diretriz Nacional de Assistência ao Pré-natal, nos moldes da
Diretriz Nacional de Assistência ao Parto (2016) ou das diretrizes elaboradas no Reino
Unido pelo NICE (Antenatal Care, 2008; Antenatal Care, 2018). A responsabilidade de
elaborar uma diretriz de prenatal (protocolo) acaba delegada ao nível local, que
muitas vezes despende meses ou anos neste trabalho. Quando, ao cabo, o protocolo
fica pronto, já está desatualizado ou apresenta lacunas. A elaboração de diretrizes
clínicas requer metodologias adequadas, nem sempre utilizadas pelos
desenvolvedores locais. A adaptação de outras diretrizes pode ser utilizada:
CAMPBELL, Oona MR et al. Strategies for reducing maternal mortality: getting on with
what works. The lancet, v. 368, n. 9543, p. 1284-1299, 2006.
COLEMAN, Eric A.; BOULT, Chad. Improving the quality of transitional care for persons
with complex care needs. Journal of the American Geriatrics Society, v. 51, n. 4, p.
556-557, 2003.
KELLY, Brian J. et al. Shared care in mental illness: A rapid review to inform
implementation. International journal of mental health systems, v. 5, n. 1, p. 1-12, 2011.
LEAL, Maria do Carmo et al. Prenatal care in the Brazilian public health services.
Revista de saúde pública, v. 54, 2020.
LUZ, Leandro Alves da; AQUINO, Rosana; MEDINA, Maria Guadalupe. Avaliação da
qualidade da Atenção Pré-natal no Brasil. Saúde em Debate, v. 42, p. 111-126, 2018.
NICOLAIDES, Kypros H. Turning the pyramid of prenatal care. Fetal diagnosis and
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therapy, v. 29, n. 3, p. 183-196, 2011.
ROLAND, Charles G. Mayo Clinic Diet Manual. Canadian Family Physician, v. 17, n. 4, p.
69, 1971.
STEER, Philip. Rituals in antenatal care--do we need them?. BMJ: British Medical
Journal, v. 307, n. 6906, p. 697, 1993.
The ADAPTE Collaboration. The ADAPTE Process: Resources Toolkit for Guidelines
Adaptation. Version 2.0. 2009. Disponível em: http://www.g-i-n.net
WHO Making pregnancy safer: the critical role of the skilled attendant : a joint
statement by WHO, ICM and FIGO. 2004
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