PG - PPGCC - M - Arevalos Villalba, Ramon Damian
PG - PPGCC - M - Arevalos Villalba, Ramon Damian
PG - PPGCC - M - Arevalos Villalba, Ramon Damian
PONTA GROSSA
2023
RAMON DAMIAN AREVALOS VILLALBA
Model to Ensure the Maximum Delay for VoIP Connections in an ODL SDN
Network
PONTA GROSSA
2023
Traditional networks work in a distributed manner, where each element has a control
plane. They have disadvantages such as: decision-making is distributed across
several network components and equipment from different manufacturers each has its
own configuration interface, increasing the complexity and time of equipment
configuration. To solve these problems, SDN networks emerged, where the data plane,
responsible for forwarding data, is separated from the control plane, responsible for
configuring and managing the network elements, being represented by a controller.
For communication between the controller and network components, the OpenFlow
protocol is used. As with traditional networks, SDN networks need to provide QoS to
users, which is a mechanism to improve performance in a communication network and
manage network resources more efficiently. An SDN network can provide QoS through
two tools that have been implemented until the moment of the development of this
work: meter and queue. Meter is a mechanism used at the network entrance to limit
the data rate and queue is used at the network exit where multiple queues can be
configured to separate the traffic. As there is still no defined model using these two
mechanisms to provide QoS in a network with different traffics, in this work a model
was developed to determine the queue size as a function of the number of users and
the maximum delay for VoIP connections (Voice Over Internet Protocol) over an SDN
network. The proposal was validated through simple and multiple linear regression and
the results with the developed equation were compared with simulations in the mininet
simulation environment with ODL controller. The results show that the queue size is
directly proportional to the number of VoIP connections and the theoretical values are
close to the values obtained through the simulation.
1 INTRODUÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.1 Objetivos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.1.1 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.1.2 Objetivos Específicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.2 Estrutura da dissertação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2 REFERENCIAL TEÓRICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.1 Rede Definida por Software . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.2 Arquitetura SDN. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.3 Controlador ODL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.4 OpenFlow . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.4.1 Versões OpenFlow. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.5 OVSDB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.6 QoS – IntServ – DiffServ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.7 Métricas para Medição de QoS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.8 QoS em uma Rede SDN. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.8.1 Filas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.8.2 Medidor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
2.9 VoIP. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.9.1 RTP e RTCP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
2.9.2 Codecs de voz. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
2.10 Trabalhos Relacionados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3 REGRESSÃO LINEAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.1 Regressão Linear Simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.2 Regressão Linear Múltipla . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
4 DESENVOLVIMENTO DO MODELO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.1 Tráfegos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.2 Criação das Filas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
4.3 Fluxograma. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
4.4 Cálculo do Tamanho da Fila. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
5 RESULTADOS EXPERIMENTAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
5.1 Descrição do Ambiente de Simulação. . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
5.2 Topologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
5.3 Simulações e Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
5.3.1 Simulação para mostrar o problema. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
5.3.2 Simulação com número diferente de switches . . . . . . . . . . . . . 56
5.3.3 Simulação que relaciona atraso máximo com número de
usuários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
5.3.4 Previsão da fila em função do atraso e número de usuários. . . 60
6 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
REFERÊNCIAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
13
1 INTRODUÇÃO
por outro protocolo como, por exemplo, OVSDB ou OF-Config. As operações de OVS
(OpenvSwitch), como criação de interfaces, definição de políticas de QoS ou
desligamento de uma porta física, são gerenciados pelo OVSDB (HKRISHNA, 2016).
Assim como nas redes tradicionais, as redes SDN precisam prover QoS para
os usuários. QoS é um mecanismo para melhorar o desempenho em uma rede de
comunicação e administrar os recursos da rede com mais eficiência. Uma rede SDN
pode prover QoS através de duas ferramentas: medidor e fila. Medidor é um
mecanismo usado na entrada da rede para limitar a taxa de dados e fila é usado na
saída da rede onde podem ser configuradas várias filas para separar o tráfego
(BOLEY, 2016). O medidor é implementado através do algoritmo do balde furado, que
tem a principal função de limitar o tráfego que entra na rede. Existem vários algoritmos
de enfileiramento, neste trabalho será utilizado o algoritmo Hierarchical Token Bucket
(HTB), pois é um dos mais utilizado na literatura para controle de fluxos em redes SDN
(B. HUBERT, 2022).
A arquitetura SDN não define como usar o medidor e a fila para prover QoS em
uma rede com diferentes tráfegos. Então, o objetivo desde trabalho é propor um
modelo para determinar o tamanho da fila em função do número de usuários e do
atraso máximo para conexões VoIP em rede SDN. A proposta será validada através
de regressão linear simples e múltiplas para encontrar uma equação e comparar com
os dados obtidos no ambiente de simulação mininet com controlador ODL.
1.1 Objetivos
Desenvolver um modelo para garantir atraso máximo para conexões VoIP em rede
SDN ODL.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.4 OpenFlow
2.5 OVSDB
IntServ fornece uma garantia rígida e pode ser usado para fornecer diferenciação de
classe de serviço (BRADEN, 1994).
O modelo de Serviços Diferenciados (Differentiated Services - DiffServ) foi
introduzido para resolver o problema de escalabilidade do IntServ, pois enquanto o
IntServ trata o tráfego de ponta a ponta, o DiffServ aplica políticas em cada salto, o
que é chamada como Comportamento Per-Hop (PHB). O DiffServ não trabalha por
fluxo individual, ele funciona em fluxos agregados. Os pacotes podem ser
classificados usando bits de acordo com o ponto de código de serviços diferenciados
(DSCP) contidos no cabeçalho do pacote. Independendo do fluxo que fazem parte,
todos os pacotes com mesmo cabeçalho recebem o mesmo tratamento. Quando os
pacotes são classificados, os PHBs (agendamento, enfileiramento, entre outros)
correspondentes são aplicados àqueles pacotes. Por ser mais escalonável que o
IntServ, o DiffServ é usado na Internet, para que seja dado prioridade a uma classe
de fluxos para outra (BLACK, 2015).
Neste trabalho é usado o método flexível DiffServ pois garante os requisitos de
QoS para vários fluxos juntos que neste caso são as conexões VoIP.
Atraso também chamado de atraso fim a fim é o tempo que o pacote leva para
percorrer o caminho desde a sua origem até o destino. No VoIP, o atraso é o tempo
que os pacotes de voz levam para sair da fonte até o destino. Caso o valor do atraso
seja alto, ele influenciará na qualidade da chamada, sendo recomendado não exceder
150ms (SINGH, 2014). Ao longo da transmissão os pacotes podem sofrer vários tipos
de atraso como processamento, fila, transmissão e propagação.
• Atraso de processamento: se refere ao tempo necessário para o equipamento
examinar o cabeçalho do pacote e decidir para onde encaminhar o pacote.
Outros fatores também podem influenciar como o tempo requerido para
verificar se há erros que ocorreram eventualmente ao transmitir o pacote do
equipamento a outro na rede. Estes atrasos estão na ordem de
microssegundos ou menos.
• Atraso de fila: quando o pacote está na fila ele sofre um atraso de enfileiramento
ao esperar ser enviado ao próximo nó da rede. Esse atraso depende do
congestionamento na rede. Se a fila está vazia, o atraso é zero, porém, se
muitos outros pacotes estiverem esperando para serem transmitidos, o atraso
aumenta.
• Atraso de transmissão: depende da largura de banda (velocidade) do enlace.
É o tempo necessário para transportar todos os bits de dentro do equipamento
para o meio de transmissão e é da ordem de alguns micros a milissegundos.
• Atraso de propagação: quando um bit é enviado no enlace, ele irá se deslocar
para o roteador seguinte. Este tempo gasto para se propagar do começo do
link até o outro equipamento é o atraso de propagação. Este tempo depende
do meio físico do link (fibra ótica, cabo coaxial, cabo par-trançado e outros)
(KUROSE, 2013).
Uma rede SDN pode prover QoS através de duas ferramentas: Medidores
(Meters) e Filas (Queues) como pode ser visto na Figura 6.
Medidor é um mecanismo usado na entrada da rede para limitar a taxa de
dados e a fila é usado na saída da rede onde podem ser configuradas várias filas para
separar o tráfego (BOLEY, 2016).
2.8.1 Filas
Não obrigatório
Obrigatório
- Priority: Define a prioridade da classe. As classes com prioridade mais alta (prio 0
tem a prioridade mais alta);
- Rate: usado para definir a transmissão mínima que a classe poderá atingir;
- Ceil: usado para definir a transmissão máxima que a classe poderá atingir;
- Burst: este é o tamanho do balde de rate. Define quantos bytes poderão ser
transmitidos em rajadas;
- Cburst: este é o tamanho do balde de ceil. Determina quantos bytes poderão ser
enviados na capacidade máxima do dispositivo durante uma rajada (DEVERA, 2022).
HTB estende o sistema de modelagem de tráfego de token bucket com um
modelo de empréstimo de token. Usando este modelo de empréstimo, quando uma
classe usa menos largura de banda do que a quantidade atribuída, a largura de banda
ociosa fica disponível para qualquer outra classe usar. É importante notar que o termo
“emprestar” não é totalmente preciso, uma vez que a classe que toma emprestado
não tem nenhuma obrigação de devolver o recurso que foi emprestado.
Quando a taxa de uma classe filha é excedida, é permitido tomar emprestados
tokens de sua classe pai até atingir o teto (taxa máxima permitida). Quando atingir o
teto, o sistema começará a enfileirar os pacotes. Na fila, os pacotes serão retirados
da fila se houver tokens suficientes ou descartados quando a fila estiver cheia. Na
Figura 7, as classes 1: 1, 1: 2 e 1: 3 podem “emprestar” tokens da classe raiz, enquanto
a classe 1:12 pode emprestar de 1: 1 (KRISHNA, 2016).
2.8.2 Medidor
A tabela medidor foi introduzida no OpenFlow 1.3 como um novo recurso para
prover QoS. Ela permite monitorar a taxa de ingresso de um fluxo e, em seguida,
executa as operações com base na taxa do fluxo. O medidor é conectado às entradas
de fluxo e é uma propriedade de uma porta de switch. Uma tabela de medidores é
composta por um identificador medidor, bandas de medidor e contador. Quando a taxa
do fluxo é maior do que a taxa da banda especificada, a operação especificada no tipo
de banda será realizada para o fluxo. Existem dois tipos de operação de banda que
definem como os pacotes são processados: “drop” que descarta pacotes que
excedem o especificado na taxa da banda e é parecido com o min_rate de uma fila, e
também se tem o “dscp remark”, que aumenta a precedência do campo DSCP
30
2.9 VoIP
• Bit Rate (Kbps) é o número de bits por segundo necessários para serem
transmitidos. Ele é calculado da seguinte forma: bit rate = sample size / sample
interval.
34
Na pesquisa Cardoso (2015), foi proposto a criação de uma rede lógica que
possibilitasse assegurar qualidade de serviço a certos fluxos, utilizando métodos que
necessitassem de baixas capacidades de processamento, de modo a aumentar a
escalabilidade, e garantisse a maximização da utilização dos recursos da rede. Para
isso foram desenvolvidas duas lógicas de processamento para controladores SDN
utilizando o Floodlight, sendo uma destinada à zona de ingresso da rede e outra à
zona central. São atribuídas garantias a determinados fluxos, sem a necessidade de
classificação e independentemente do tipo de tráfego que transportam. A qualidade
de serviço é mantida até que o fluxo deixe de existir, independentemente das
condições pelas quais a rede passe. Diferentes simulações foram usadas para
verificar as características de um determinado pacote em diferentes condições da
rede, quando ela está sobrecarregada e normal. As métricas consideradas foram:
número de pacotes perdidos pelas diferentes classes, o jitter e atraso dos pacotes.
Para a criação de uma rede simulada foi utilizado o Mininet na sua versão 2.1.0p2.,
que possuía pré-instalados switches do OVS que suportam a maior parte das
funcionalidades do OpenFlow 1.3. O programa utilizado para gerar tráfego foi o iperf3,
que permite a limitação de largura de banda em tráfegos TCP e UDP, SIPp - Simulador
de chamadas SIP, para recriar chamadas VoIP (Voz sobre IP), ping – que testa o RTT
de um host para outro, utilizando o protocolo Internet Control Message Protocol
(ICMP), para obter os valores de atraso dos fluxos, PackETH - Gerador de pacotes
com uma interface gráfica. Como resultado no caso do tráfego P2P, que tem como
características ser um tráfego que cria uma grande quantidade de fluxos, estes
entraram em competição consigo mesmo, pois um fluxo criado por um host, tenta obter
garantias tais como outros fluxos oriundos do mesmo host. Já o tráfego de voz teve
suas garantias atendidas, independentemente de qualquer que seja o estado da rede.
Assim um fluxo deste tipo é assegurado que nunca será afetado por aumentos dos
valores de atraso dos pacotes ou aumentos da taxa de perda de pacotes. Mesmo
durante o pico de utilização da rede, todos os fluxos decorreram com valores de atraso
dentro dos parâmetros de tempo de atraso propostos. Foi observado que a taxa de
ocupação das ligações protegidas foi elevada, acima dos 93%, o que permite que um
controlador assegure um maior volume de tráfego com qualidade de serviço do que
aquele que supostamente é suportado pelo switch e existiu um aumento de 20% de
largura de banda com garantidas, em comparação com uma rede onde esta técnica
não seria utilizada, portanto obteve-se uma rede mais eficiente.
36
3 REGRESSÃO LINEAR
𝛾𝑖 = 𝛽0 + 𝛽1 𝑥𝑖 + 𝜀𝑖 , 𝑖 = 1, … , 𝑛 (1)
onde:
• 𝛾𝑖 representa o valor da variável chamada variável dependente (Y);
• 𝑥𝑖 representa o valor da variável chamada variável independente (X);
• 𝜀𝑖 , 𝑖 = 1, … , 𝑛 são variáveis aleatórias que correspondem ao erro;
• 𝛽0 e 𝛽1 correspondem aos parâmetros do modelo.
𝛽1
𝛽0
𝑥 𝑥+1 𝑥
onde:
• 𝛾𝑖 representa o valor da variável resposta 𝑖; 𝑖 = 1, … , 𝑛;
• 𝑥𝑖1 , 𝑥𝑖2 , … , 𝑥𝑖𝑝 , 𝑖 = 1, . . . , 𝑛 são os valores da 𝑖-ésima observação das 𝑝
variáveis independentes;
• 𝛽0 , 𝛽1 , 𝛽2 , … , 𝛽𝑝 são os coeficientes de regressão;
• 𝜀𝑖 , 𝑖 = 1, … , 𝑛 são variáveis aleatórias que correspondem ao erro.
𝛾 𝛾𝑖
Superfície
de resposta
𝜀𝑖
𝑥2
𝛽0
𝑥1
∑(𝛾̂𝑖 − 𝛾̅ )2
𝑖=1
ℛ2 = 𝑛
(3)
∑(𝛾𝑖 − 𝛾̅ )2
𝑖=1
onde:
• 𝛾̂𝑖 valores estimados;
• 𝛾𝑖 valores observados;
• 𝛾̅𝑖 média dos valores 𝛾𝑖 .
41
4 DESENVOLVIMENTO DO MODELO
4.1 Tráfegos
Neste modelo, existem dois tipos de tráfego: tráfego de melhor esforço e tráfego
de Qos. Um tráfego de melhor esforço é um tráfego sem reservas e garantias de
largura de banda comprometendo o atraso nas conexões, enquanto que um tráfego
QoS é um tráfego com largura de banda garantida, já que é possível criar filas
exclusivas para as conexões.
Por padrão os switches contêm uma fila única usada para todo tipo de dados,
onde os dados têm as mesmas prioridades e competem a largura de banda que não
são reservadas, desta forma a QoS não é garantido nas conexões VoIP. Como
objetivo é determinar o tamanho da fila em função do número de usuário e do atraso
máximo nas conexões, é necessário implementar filas com QoS para cada tipo de
dados. As filas são implementadas na saída de um switch conforme mostrado na
Figura 13.
O objetivo do uso da fila é fazer que seja possível determinar o tamanho da fila
em função do número de usuários e do atraso máximo na rede, através da regressão
linear como será mostrado no capítulo 5.
Dados dos
Usuários switch
Saída de Dados
Fila VoIP
VoIP
Entrada
de
Dados
Outra fila Saída de
Outros Dados
Número de Definição
Usuários tamanho
Criar da fila
Filas
Atraso
150ms
4.3 Fluxograma
𝛾 Atraso
𝛾𝑖 = 𝛽0 + 𝛽1 𝑥𝑖
A seguir será mostrado como foram usados os dados das simulações para
obter o tamanho da fila em função do número de usuários e do atraso máximo de
150ms. Na Tabela 2 tem-se 3 colunas que contém as 3 variáveis do modelo que foram
obtidos das simulações que vão ser detalhadas no Capítulo 5.
140
120
Atraso máximo (ms)
100
80
60
40
20
0
7 8 9 10 11
Tamanho da fila (Mbps)
180
160
140
Atraso máximo (ms)
120
100
80
60
40
20
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Número de usuários
Coeficientes
𝛾𝑖 = 𝛽0 + 𝛽1 𝑥1 + 𝛽2 𝑥2
𝛽0 + 𝛽1 𝑥1 + 𝛽2 𝑥2 = 𝛾1 1 𝑥1 𝑥2
𝛾1
𝛽0 + 𝛽2 𝑥2 + 𝛽3 𝑥3 = 𝛾2 1 𝑥2 𝑥3 𝛽0
𝛾2
↭ 𝛽1 = (6)
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮
𝛽2
𝛾𝑘
𝛽0 + 𝛽𝑘 𝑥𝑘 + 𝛽𝑘 𝑥𝑘 = 𝛾𝑘 1 𝑥𝑘 𝑥𝑘
1 8 5 18,040
1 8 10 49,453
1 8 15 81,828
1 8 20 114,461
1 8 25 139,903
1 8 30 164,862
1 9 5 17,624
1 9 10 𝛽0 43,994
1 9 15 𝛽1 = 69,408 ↭ Α𝑥⃗ = 𝛽⃗ (7)
1 9 20 95,793
1 9 25
𝛽2 125,456
1 9 30 155,483
1 10 5 16,483
1 10 10 39,215
1 10 15 58,201
1 10 20 83,147
1 10 25 108,587
1 10 30 137,342
𝛽0 ≃ 84,066
𝛽1 ≃ −10,464
𝛽2 ⋍ 5,401
Observa-se que o atraso previsto ficou em 152,254ms, isso significa que foi
inserido mais dois usuários na rede que tem o tamanho de fila de 10Mbps, o atraso
máximo passa do limite máximo de 150ms. Para avaliar se os dados tem correlação
calculou-se o ℛ2 e obteve-se a porcentagem de 98% que representa a proporção da
variabilidade na variável dependente pela variável independente.
O Gráfico 3 mostra a regressão linear múltipla para os dados das 3 variáveis
apresentadas na Tabela 2. A superfície de resposta é um hiperplano no espaço p-
dimensional para as variáveis número de usuários e tamanho da fila em função do
atraso máximo. Os pontos na cor preto são valores acima da superfície de resposta,
enquanto os pontos na cor cinza estão abaixo.
Superfície de
resposta
Atraso máximo (ms)
Número de usuários
5,401. 𝑥2 + 84,066 − 𝛾
𝑥1 ⋍ (9)
10,464
5 RESULTADOS EXPERIMENTAIS
• Mininet - é capaz de emular redes e cria uma rede virtual composta por hosts,
links, switchs e controladores (MININET, 2022).
• D-ITG - o software Distributed Internet Traffic Generator (D-ITG) é uma
ferramenta que gera tráfegos IPv4 e IPv6, também consegue mensurar
métricas de desempenho em nível de pacote através de relatórios, como por
exemplo taxa de transferência, atraso, jitter. Alem disso, a ferramenta suporta
protocolo TCP quanto o UDP. Essa ferramenta consegue simular tráfegos do
tipo ICMP e VoIP. Na arquitetura do D-ITG os recursos são gerados pelos
comandos, ITGSend e ITGRecv. O ITGSend se comunica com o ITGRecv
reproduzindo tráfegos realizando uma comunicação do tipo cliente/servidor. O
ITGSend pode encaminhar diversos tráfego em paralelo para diversas
instâncias do ITGRecv, isso depende da configuração implementada pelo
usuário. O comando ITGLog é utilizado para coletar as informações dos testes
de desempenho e o ITGDec serve para analisar esses dados que foram
coletados (D-ITG, 2022).
5.2 Topologia
Figura 19 – Topologia 1
Figura 20 – Topologia 2
700
600
500
400
300
200
100
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Número de usuários
Para simular uma rede mais real, foi realizada simulação com a topologia 2
aumentando a quantidade de switches em até 10, posicionados em serie e com a fila
VoIP em 5Mbps. Os resultados são mostrados no Gráfico 5.
250
Atraso máximo (ms)
200
150
100
50
0
5 10 15 20 25 30
Número de usuários
160
Teórico
140
Atraso máximo (ms)
120
100
Simulado
80
60
40
20
0
0 5 10 15 20 25 30 35
Número de usuários
800
700
Atraso máximo (ms)
600
500
400
300
200
100
0
5 10 15 20 25 30
Número de usuários
Para que o valor do erro percentual seja menor é necessário usar uma
quantidade maior de dados.
Superfície de
resposta
Atraso máximo (ms)
Número de usuários
Tabela 7 – Erro percentual entre tamanho da fila, atraso máximo e número de usuários
Tamanho da fila (Mbps) Número de usuários Modelo teórico (ms) Simulado (ms) Erro %
8 3 6,555 6,477 1
8 7 38,158 27,664 27
8 12 65,163 55,016 15
8 17 92,168 83,957 8
8 22 119,173 113,612 4
8 27 146,178 139,856 4
9 3 6,090 5,913 2
9 7 27,694 24,138 12
9 12 54,699 44,083 19
9 17 81,704 71,302 12
9 22 108,709 100,850 7
9 27 135,714 118,426 12
10 3 4,374 4,993 14
10 7 17,230 21,956 27
10 12 44,235 42,287 4
10 17 71,240 65,458 8
10 22 98,245 88,361 10
10 27 125,249 108,137 13
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
COSTA, L. R. et al. Asterisk pbx capacity evaluation. In: IEEE International Parallel
and Distributed Processing Symposium Workshop, P. 519–524, 2015.
HASROUTY, C. A. et al. Sdn-driven multicast streams with adaptive bitrates for voip
conferences. In: IEEE International Conference on Communications (ICC), P. 1–
7. 2016.
MEHTA, P.; UDANI, S. Voice over ip. IEEE Potentials, [New York, NY]: Institute of
Electrical and Electronics Engineers, P. 36-40. v. 20. n. 4. Oct 2001.
MININET, An Instant Virtual Network on your Laptop (or other PC). Disponível em:
<https://www.mininet.org>. Acesso em: 03 fev. 2022.
ONF, Open Networking Foundation – Version 1.3.5., 2015. Disponível em: <
https://opennetworking.org/wp-
content/uploads/2013/07/OpenFlow1.3.4TestSpecification-Basic.pdf>. Acesso em:
10 fev. 2022.
SINGH, H. P. et al. Voip: State of art for global connectivity—a critical review.
Journal of Network and Computer Applications, v. 37, p. 365 – 379, 2014. ISSN
1084-8045.