NBR 06812 - Fios e Cabos Eletricos - Queima Vertical (Fogueira)

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ABR 1995 NBR 6812


Fios e cabos elétricos - Queima vertical
(fogueira)
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
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NORMATÉCNICA Método de ensaio
Origem: Projeto 03:020.06-111/1992
CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03:020.06 - Comissão de Estudo de Métodos de Ensaio de Cabos Elétricos
NBR 6812 - Electric wire and cables - Vertical tray flame test on bunched and
cables - Method of test
Descriptors: Electric wire. Electric cable
Esta Norma foi baseada na IEC 332-3
Copyright © 1995, Esta Norma substitui a NBR 6812/1986
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas Válida a partir de 29.05.1995
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Fio elétrico. Cabo elétrico 15 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO 2 Documentos complementares


1 Objetivo
2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
3 Definições
4 Aparelhagem NBR 5471 - Condutores elétricos - Terminologia
5 Execução do ensaio
6 Resultados NBR 5598 - Eletroduto rígido de aço-carbono com re-
ANEXO A - Figuras vestimento protetor, com rosca NBR 6414 - Especifi-
ANEXO B - Tabela 2 cação

3 Definições
1 Objetivo
Os termos técnicos utilizados nesta Norma estão definidos
1.1 Esta Norma prescreve o método de ensaio de queima
na NBR 5471.
vertical (fogueira) de fios e cabos elétricos, para verificar
sua resistência à propagação do fogo em condições defini-
4 Aparelhagem
das, quando dispostos em feixes e em posição vertical.
A aparelhagem necessária à execução do ensaio é descrita
1.2 Esta Norma é aplicável a cabos em geral, independen-
em 4.1 a 4.6.
temente de sua aplicação (potência, controle, instrumen-
tação, telecomunicações, incluindo transmissões de dados
4.1 Câmara de ensaio
e cabos óticos, etc.).
4.1.1 A câmara de ensaio deve possuir, internamente, largura
1.3 Nesta Norma são definidas três categorias de ensaio,
de (1000 ± 100) mm, profundidade de (2000 ± 100) mm e al-
pelas quais os cabos podem ser classificados em função
tura de (4000 ± 100) mm.
do volume de material não metálico contido nos corpos-de-
prova. Os detalhes referentes às condições de montagem
O piso da câmara deve situar-se acima do nível do solo.
das categorias e designações encontram-se na Tabela 1.
A câmara deve ser vedada, em todas as suas paredes,
Nota: Os níveis de segurança em instalações reais de cabos não contra a entrada de ar, sendo prevista uma admissão de
estão relacionados somente com as categorias de ensaio, ar em seu piso, através de uma abertura de
dependendo também de outros fatores. (800 ± 20) mm x (400 ± 10) mm, situada a (150 ± 10) mm da
parede frontal da câmara. Deve ser prevista uma saída de
1.4 A categoria e designação do ensaio, para cada tipo de ar, na parte posterior do teto da câmara, de dimensões
cabo, devem ser estabelecidas na respectiva especificação. (1000 ± 100) mm x (300 ± 5) mm.
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Tabela 1 - Sumário das condições de ensaio

Categoria e designação A F/R AF BF CF

Gama de seções dos condutores >35(A) ≤ 35(B) > 35(A) ≤ 35(B) > 35(A) ≤ 35(B) > 35(A)
(mm2)

Volume de material não metálico por 7 7 3,5 1,5


metro linear dos corpos-de-prova
(dm3)

Tempo de aplicação da chama (min) 40 40 40 20

Número de camadas:
Para a bandeja-padrão:
Máxima largura ocupada pelos 2 ≤1 1 - ≤1 1 ≤1 1
corpos-de-prova: 300 MM (frontal
posterior)
Para a bandeja ampliada:
Máxima largura ocupada pelos - - - 1 - - - -
corpos-de-prova: 600 mm

Posicionamento dos corpos-de-prova espaçados em contacto espaçados em contacto espaçados em contacto espaçados

Número de queimadores 1 1 1 2 1 1 1 1

(A)
No mínimo um condutor de seção superior a 35 mm2.

(B)
Nenhum condutor de seção superior a 35 mm2.

4.1.2 As paredes laterais e de fundo devem ser termicamente rada, perfazendo 242 orifícios com diâmetro de 1,32 mm
isoladas, de modo a dar um coeficiente de transferência de cada, com espaçamento (centro a centro) entre eles de
calor de aproximadamente 0,7 W/(m2 . K). Por exemplo, um 3,2 mm. Os orifícios devem estar dispostos na parte central
revestimento de chapa de aço de 1,5 mm a 2,0 mm de es- da chapa em três fileiras, sendo a fileira central com 80 orifí-
pessura, com 65 mm de lã mineral e com uma proteção ex- cios e as demais com 81 orifícios, formando uma superfície
terna adequada, é satisfatório. de 257 mm de comprimento por 4,5 mm de largura. Adicional-
mente, uma fileira de pequenos orifícios pode ser perfurada
4.1.3 Nas Figuras 1 e 2 do Anexo, são dados detalhes da em cada lado da chapa do queimador para servir de orifícios-
câmara, bem como da isolação térmica das paredes. piloto, com função de manter a chama acesa.

4.2 Bandeja vertical Nota: Como a chapa pode ser perfurada sem o uso de gabarito, os
espaçamentos entre furos podem variar ligeiramente.
4.2.1 São previstos dois tipos de bandeja. A bandeja-padrão
deve consistir em uma estrutura metálica vertical para 4.3.2 Nas Figuras 5 e 6 do Anexo A, são dados detalhes do
apoio dos corpos-de-prova, tendo (500 ± 5)mm de largura e queimador, com as respectivas dimensões.
(3500 ± 10) mm de comprimento. Deve possuir degraus de
tubo de aço, medindo (26,9 ± 0,4) mm de diâmetro, fixados 4.3.3 Para controle de chama de cada queimador, são neces-
em dois tubos verticais (montantes) de (33,7 ± 0,5)mm. Es- sários:
tes degraus devem ser espaçados de (407 ± 10) mm um
do outro. A bandeja ampliada deve ter largura de a) dois fluxômetros, um para medir a vazão do ar e ou-
(800 ± 10) mm. tro para medir a vazão do gás, calibrados à pressão
atmosférica ao nível do mar (101,325 kPa) e à tem-
4.2.2 A bandeja deve ser firmemente montada internamen-
peratura de 20ºC;
te na parte posterior da câmara, de modo que a distância
entre a bandeja e a parede de fundo seja de (150 ± 10) mm,
b) dois manômetros na saída dos fluxômetros, um pa-
e a distância entre o degrau inferior e o piso da câmara seja
ra o ar e outro para o gás;
de (400 ± 5) mm.

4.2.3 Nas Figuras 3 e 4 do Anexo A, são dados detalhes c) dois manômetros na entrada do queimador, um pa-
das bandejas, com as respectivas dimensões e tolerâncias. ra o ar e outro para o gás.

4.3 Queimador 4.3.3.1 Os dispositivos de controle da chama são mostra-


dos na Figura 7 do Anexo A.
4.3.1 Devem ser utilizados um ou dois queimadores a gás
propano, tipo fita, cuja superfície geradora de chama consiste 4.3.4 O ar comprimido utilizado deve possuir ponto de or-
em uma chapa metálica de superfície plana, com 341 mm valho não superior a 0ºC. O gás deve ser o propano natu-
de comprimento por 30 mm de largura. Esta chapa é perfu- ral de pureza superior a 94%.
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4.4 Registrador ou indicador de temperatura (opcional) 5.2.6 O volume (Vi), em litros por metro linear de cabo, de
cada material não metálico (Ci), deve ser calculado conforme
4.4.1 O registrador ou indicador de temperatura deve ser a seguir:
capaz de operar na faixa aproximada de 800ºC a 1200ºC. A
temperatura é medida por meio de um termopar Platina-
mi
Rhódio (10%) - Platina (termopar tipo S). Alternativamente, Vi =
ρi l
pode-se utilizar um termopar Chromel - Alumel (termopar
tipo k).
Onde:
4.4.2 A junta de medição do termopar deve estar disposta a
75 mm da borda da superfície geradora da chama e a Mi = massa do material não metálico Ci, em kg
30 mm acima do ponto central da superfície que contém os
orifícios. ρi = densidade de massa do material não metálico
Ci, em kg/dm3
4.5 Cronômetro
l = comprimento da porção de cabo, em m
Deve ser usado cronômetro com resolução de 1 s.
5.2.7 O volume total (V) de material não metálico, contido
4.6 Exaustor em 1 m de cabo, é igual à soma dos volumes individuais
V1, V2, etc.
Devido aos materiais orgânicos desprenderem gases tóxi-
cos, quando queimados, deve-se utilizar exaustor provido 5.2.8 O número de corpos-de-prova a serem montados é
de um sistema neutralizador desses gases, para impedi-los obtido pelo quociente entre o volume por metro especifica-
de sair ao meio ambiente. Este exaustor não deve interferir do, para a categoria, e o volume total (V), obtido conforme
na vazão do ar especificada em 5.5.4. 5.2.7, arredondado ao número inteiro mais próximo (0,5 ou
mais, correspondendo a 1).
5 Execução do ensaio
5.3 Guia para seleção dos cabos para o ensaio de tipo
5.1 Corpos-de-prova
5.3.1 Critério geral
Os corpos-de-prova devem ser constituídos por comprimen-
to de fios ou cabos completos de uma determinada seção 5.3.1.1 A escolha da seção do condutor para o ensaio deve
de condutor, de 3500 mm cada. O número de corpos-de- ser estabelecida mediante acordo entre fabricante e com-
prova deve ser adequado para perfazer, na bandeja, a quan- prador, porém respeitando-se as restrições contidas em
tidade de material não metálico por metro linear, conforme 5.3.2 a 5.3.5.
estabelecido em 1.3, em função da categoria do cabo.
5.3.1.2 A capacidade limitada das bandejas requer conside-
5.2 Determinação do número de corpos-de-prova ração sobre a seção de condutor a ser escolhida, de modo
a assegurar que o volume de material não metálico possa
Nota: Ver Tabela 2 do Anexo B. ser acomodado, levando-se em conta o método de montagem
estabelecido. Além disto, não é recomendado o ensaio com
5.2.1 Para calcular o número apropriado de corpos-de-prova, um único corpo-de-prova.
é necessário determinar o volume por metro de material
não metálico de um corpo-de-prova. 5.3.2 Categoria A, designação F/R

5.2.2 Uma porção de cabo de comprimento não inferior a Para cabos com pelo menos um condutor com seção
300 mm deve ser cortada cuidadosamente, de modo a superior a 35 mm2, a escolha do cabo não deve requerer a
assegurar que as superfícies de corte sejam perpendicula- colocação em cada face da bandeja de mais de uma camada
res ao eixo do cabo, permitindo assim a medição exata do de largura máxima total de 300 mm, observando-se o espa-
seu comprimento. çamento entre cabos de meio diâmetro externo, ou no má-
ximo 20 mm.
5.2.3 Cada material não metálico (Ci) deve ser retirado da
porção de cabo e pesado. Qualquer componente do cabo 5.3.3 Categoria A, designação F
que corresponda a menos de 5% do total de material não
metálico deve ser desprezado. Para cabos com pelo menos um condutor com seção su-
perior a 35 mm2, a escolha do cabo não deve requerer a co-
5.2.4 Quando camadas semicondutoras não puderem ser locação na face frontal da bandeja de corpos-de-prova,
removidas da isolação, devem ser consideradas como par- excedendo a quantidade suficiente para formar uma cama-
tes integrantes desta para efeito de medição e densidade da de no máximo 600 mm de largura total, observando-se o
da massa. espaçamento entre cabos de meio diâmetro externo, ou no
máximo 20 mm.
5.2.5 A densidade de massa de cada material não metálico,
incluindo materiais celulares, quando existirem, deve ser 5.3.4 Categoria B, designação F
determinada conforme método de ensaio apropriado, de mo-
do a se obterem valores expressos até a segunda casa Para cabos com pelo menos um condutor com seção su-
decimal. A densidade de massa de fitas e materiais fibrosos perior a 35 mm2, a escolha do cabo não deve requerer a co-
deve ser considerada igual a 1 kg/dm3. locação na face frontal da bandeja de corpos-de-prova,
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excedendo a quantidade suficiente para formar uma cama- tendo a largura máxima de 300 mm. Deve haver
da de no máximo 300 mm de largura total, observando-se o uma distância mínima de 50 mm entre a borda da
espaçamento entre cabos de meio diâmetro externo, ou no camada e o lado interno do montante da bandeja;
máximo 20 mm.
b) para ensaios com designação F, os corpos-de-pro-
Nota(1): A fim de ampliar a gama de cabos possíveis de serem va devem ser fixados em camada única à parte
ensaiados, é sugerida a disposição dos cabos montados frontal da bandeja, mantendo o espaçamento de meio
em trifólio, espaçados de meio diâmetro de cabo, ou no diâmetro ou no máximo 20 mm. A bandeja a ser
máximo 20 mm entre si, quando não for possível atender
utilizada deve ser a padrão, para cabos de categoria
ao disposto anteriormente.
B ou C, ou a bandeja-padrão ou ampliada, para cabos
de categoria A, dependendo da necessidade de
5.3.5 Categoria C, designação F
assegurar a distância mínima de 50 mm entre o cor-
po-de-prova externo e o montante da bandeja.
O cabo escolhido deve requerer a montagem de pelo menos
dois corpos-de-prova.
5.5 Ensaio
5.4 Montagem dos corpos-de-prova
5.5.1 O ensaio somente deve ser realizado, se a velocidade
do vento, medida por meio de anemômetro, colocado no to-
Nota: Ver Figuras 8 a 13 do Anexo A.
po da câmara, for inferior a 8 m/s e se a temperatura ambien-
5.4.1 Método de fixação
te dentro da câmara for superior a 5ºC e inferior a 40ºC,
medida em um ponto a 1500 mm acima do piso, a 50 mm de
uma parede lateral e a 1000 mm da porta. Os corpos-de-
5.4.1.1 Para cabos com pelo menos um condutor com seção
superior a 35 mm2, cada corpo-de-prova deve ser fixado in- prova devem ser condicionados a (23 ± 5)ºC por pelo menos
16 h antes do início do ensaio. A câmara de ensaio deve
dividualmente em cada degrau da bandeja, por meio de
estar seca e a porta fechada, durante a realização do ensaio.
amarração de fio de aço ou de cobre de diâmetro entre
0,5 mm e 1,0 mm.
5.5.2 A disposição dos corpos-de-prova, indicada em 5.4.2,
Nota: O mesmo critério deve ser adotado para cabos montados deve ser uniforme e centralizada em relação às barras ver-
em trifólio. ticais da bandeja. A distância entre os corpos-de-prova e o
piso deve ser de aproximadamente 100 mm.
5.4.1.2 Para cabos com condutores com seção igual ou
inferior a 35 mm2, deve-se utilizar o mesmo método de 5.4.1.1, 5.5.3 Após dispor os corpos-de-prova na posição do ensaio,
quando a montagem constituir-se em uma única camada. deve-se calibrar a chama do queimador conforme 5.6. Após
Se mais de uma camada for necessária, os corpos-de- a chama ter sido calibrada, aproxima-se a superfície ge-
prova devem ser amarrados em feixes discretos de largura radora de chama do queimador, disposto horizontalmente,
igual a cinco diâmetros de cabo, usando o mesmo fio de a uma distância de (75 ± 5) mm dos corpos-de-prova e cen-
5.4.1.1, sendo cada feixe fixado ao adjacente através do tralizado em relação à bandeja e a dois degraus desta.
corpo-de-prova externo. Para maior consistência do ensaio, Neste instante, aciona-se o cronômetro. O eixo central do
recomenda-se que cada feixe discreto, em contato entre si, queimador deve estar a uma distância de (500 ± 5) mm aci-
seja fixado em conjunto a cada degrau da bandeja. ma da extremidade inferior dos corpos-de-prova.

5.4.2 Posicionamento dos corpos-de-prova 5.5.4 Durante o ensaio, deve-se manter um fluxo de ar, atra-
vés da abertura no piso, regulado para uma vazão constan-
5.4.2.1 Para cabos com condutores com seção igual ou in- te de (5,0 ± 0,5) m3/min, a uma temperatura de (20 ± 10)ºC.
ferior a 35 mm2, somente a designação F é aplicável. Os Estas condições, de preferência, devem ser ajustadas
corpos-de-prova devem ser posicionados em contato entre durante todo o ensaio e a medição do fluxo de ar deve ser
si, na parte frontal da bandeja-padrão, em uma ou mais feita ao lado da admissão ou da saída do ar, antes do início
camadas, de modo que a largura total da(s) camada(s) não do ensaio.
exceda 300 mm. Deve haver uma distância mínima de
50 mm entre a borda da camada e o lado interno do montan- 5.5.5 A duração do ensaio deve ser de 40 min, para as
te da bandeja. categorias A e B, e de 20 min para a categoria C. Durante o
ensaio, as condições da chama descritas em 5.6.1 devem
5.4.2.2 Para cabos com pelo menos um condutor com se- permanecer constantes. Recomenda-se registrar a tempe-
ção superior a 35 mm2, são previstas duas alternativas de ratura da chama ao longo do ensaio para verificar o com-
montagem: portamento da queima do material não metálico. Decorrido
o tempo de ensaio, a chama do queimador deve ser desliga-
a) para ensaios com designação F/R, os corpos-de- da e deve ser registrado o tempo até a extinção completa
prova devem ser fixados à parte frontal da bandeja- da chama nos corpos-de-prova.
padrão, em uma única camada, até a largura total de
300 mm, mantendo o espaçamento de meio diâme- 5.6 Calibração da chama
tro, ou no máximo de 20 mm. Os corpos-de-prova
remanescentes devem ser montados no lado 5.6.1 A chama deve ser regulada para um fluxo de gás cor-
posterior da bandeja, começando pelo centro e man- respondente a (73,71 ± 1,68) MJ/h e uma vazão de ar de

(1)
Não consta na IEC 332-3.
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(4,60 ± 0,28) m3/h. Para gás propano, a vazão correspon- Po = pressão na saída do fluxômetro em relação à
dente é de 4,08 x 10-4 kg/s (1,47 kg/h). pressão atmosférica, em Pa

Nota: A regulagem do fluxo de ar e do gás pode ser feita com o t = temperatura ambiente, em ºC
queimador fora da posição de ensaio. Quando forem utilizados
dois queimadores, em combinação com a bandeja ampliada,
estes devem ser posicionados conforme a Figura 6 do 6 Resultados
Anexo A.
6.1 Mede-se a distância entre o eixo central do queimador
5.6.2 Se os fluxômetros forem calibrados em condições de até o ponto mais distante de carbonização do material não
pressão e temperatura diferentes das citadas em 4.3, deve- metálico nos corpos-de-prova. O ponto mais distante de
se obter valores de fluxos de ar e gás indicados nos fluxô- carbonização nos corpos-de-prova é determinado limpando-
metros, de acordo com a seguinte equação: os com um pano seco, para retirar os resíduos de carboniza-
ção (fuligens), após os corpos-de-prova e a bandeja terem
Wr sido resfriados à temperatura ambiente.
Wo =
fp . ft
6.1.1 Não devem ser consideradas porções de material não
metálico simplesmente deformadas pela elevação de tempe-
Po + 101325 293 ratura na parte superior do feixe.
sendo: fp = ft =
101325 273 + t
6.2 A máxima tensão dos danos é medida a partir da face
inferior do queimador até a parte carbonizada mais distante,
Onde:
através do pressionamento contra a superfície do cabo com
um objeto agudo, como, por exemplo, a lâmina de uma faca.
Wo = vazão do ar ou gás lida no fluxômetro calibrado
O ponto de transição de resiliente para quebradiço corres-
nas condições locais de pressão e temperatura,
ponde ao final da queima.
em kg/h

Wr = vazão do ar ou gás lida no fluxômetro calibrado 6.3 A definição da categoria do cabo e o valor do comprimen-
na temperatura de 20ºC e pressão atmosférica to máximo da parte carbonizada dos corpos-de-prova são
ao nível do mar, em kg/h (4,6 m3/h para o ar e dados nas respectivas especificações dos cabos. Caso
4,08 x 10-4 kg/s para o gás propano) contrário, o comprimento máximo deve ser 2,5 m.

fp = fator de correção para a condição de pressão 6.4 O comprimento da parte carbonizada deve satisfazer
local ao valor máximo especificado. Em caso de resultado duvi-
doso, dois novos ensaios devem ser realizados nas mesmas
ft = fator de correção para a condição de tempera- condições, devendo ambos satisfazer os requisitos da
tura local especificação.

/ANEXO A
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ANEXO A - Figuras

Unid.: mm

Figura 1 - Câmara de ensaio


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Unid.: mm

Figura 2 - Isolação térmica das paredes laterais de fundo


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Unid.: mm Unid.: mm

Nota: Tubos conforme a NBR 5598. Nota: Tubos conforme a NBR 5598.

Figura 3 - Bandeja-padrão Figura 4 - Bandeja ampliada


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Unid.: mm

Notas: a) Três linhas de furos: a superior com 81 furos, a intermediária com 80 furos e a inferior com 81 furos; cada furo com φ = 1,32 mm.
b) Nas bordas superior e inferior da fita perfurada há “furos retangulares” de 1,5 mm x 0,5 mm.

Figura 5 - Queimador tipo fita


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Unid.: mm

Figura 6 - Queimadores justapostos


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Simbologia

a - Entrada do propano
b - Entrada de ar
c - T de redução
d - Válvula on/off
e - Regulador de pressão
f - Filtro
g - Manômetro
h - Válvula de controle
r - Fluxômetro (rotâmetros)
v -Válvula solenóide
p - Linha piloto (opcional)

Nota: Para as linhas de conexão do fluxômetro e chama-piloto, são adequados diâmetros de 6 mm a 8 mm. Para as linhas de ar e gás
propano de ligação ao queimador, é adequado o diâmetro de 15 mm. Ignitor e dispositivo de proteção para válvula solenóide
complementam o circuito.

Figura 7 - Exemplo típico de controles de gás e ar


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Unid.: mm

Figura 8 - Arranjo dos corpos-de-prova na bandeja


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Figura 9 - Cabos espaçados montados usando o lado


frontal da bandeja-padrão

Figura 10 - Cabos espaçados montados usando o


lado frontal da bandeja ampliada
(AF > 35 mm2)

Figura 11 - Cabos espaçados montados usando


ambos os lados da bandeja-padrão
(AF / R > 35 mm2)

Figura 12 - Cabos de seção < 35 mm2 montados no


lado frontal da bandeja-padrão (ex.: Af,
com feixes discretos em contato)

Figura 13 - Cabos montados em trifólios espaçados


usando o lado frontal da bandeja
ampliada (AF > 35 mm2)

/ANEXO B
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ANEXO B - Tabela 2

Tabela 2 - Guias para escolha do cabo para o ensaio de tipo

Condutores ≤ 35 mm2
Seção do condutor do
e cabos para No mínimo um condutor > 35 mm2
cabo
telecomunicações

Categoria e
designação AF BF CF A F/R AF BF CF

Limitações na No mínimo dois No máximo duas No máximo uma No máximo uma No máximo uma
escolha do cabo para corpos-de-prova camadas (frontal camada, com camada, com camada, com
satisfazer o volume e posterior), com largura de largura de largura de
nominal de material largura de 600 mm, 300 mm, 300 mm,
não metálico 300 mm, incluindo incluindo incluindo
incluindo espaçamentos espaçamentos espaçamentos
espaçamentos especificados especificados especificados
especificados
No mínimo No mínimo
dois corpos-de- dois corpos-de-
prova prova

Nota: Exemplos de escolha para Categoria A, designação F:

exemplo 1: Cabo unipolar, 70 mm2, diâmetro externo 17 mm e 0,2 dm3/m de material não metálico.

Largura máxima disponível para os corpos-de-prova = 600 mm. Para atingir 7 dm3/m são requeridos 35 corpos-
de-prova, resultando uma largura total de 35 mm x 17 mm + 34 mm x 8,5 mm = 884 mm.

Este cabo não atende às limitações de escolha. O ensaio de tipo deve ser, portanto, objeto de acordo entre fabricante,
comprador ou autoridade competente, podendo-se levar em consideração a sugestão contida na nota de 5.3.4.

exemplo 2: Cabo tripolar, 50 mm2, diâmetro externo 29 mm e 0,55 dm3/m de material não metálico.

Largura máxima disponível para os corpos-de-prova = 600 mm. Para atingir 7 dm3/m são requeridos 12,7 corpos-
de-prova, 13 corpos-de-prova correspondem a uma largura total de 13 mm x 29 mm + 12 mm x 14,5 mm = 551 mm.

Este cabo atende às limitações de escolha.

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