Aula - Disturbios - Hemodinamicos
Aula - Disturbios - Hemodinamicos
Aula - Disturbios - Hemodinamicos
Distúrbios hemodinâmicos
Edema
Congestão
Hemostasia anormal
Hemorragia
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA
A circulação do sangue e distribuição de líquidos se dá pela ação bombeadora do coração, sendo que as artérias
conduzem o sangue aos tecidos; na microcirculação ocorrem as trocas metabólicas; as veias retornam o sangue ao
coração, cabendo aos vasos linfáticos o papel de reabsorver o excesso de líquido filtrado na microcirculação.
Nas artérias os leucócitos e as hemácias caminham no centro do vaso, e o plasma flui próximo às paredes.
A microcirculação é responsável pela oxigenação, nutrição e remoção dos produtos finais do catabolismo celular.
DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS
2/3 1/3
intracelular extracelular
5% intravascular
EDEMA
Edema é definido como o acúmulo anormal de líquido intersticial nos tecidos, nas cavidades corporais, como na
cavidade pleural -hidrotórax, na cavidade pericárdica – hidropericárdio, ou na cavidade peritoneal – hidroperitônio
ou ascite, e nas articulações.
Normalmente, a entrada e saída de líquidos dos capilares ocorre por diferença entre a pressão hidrostática, que o
sangue exerce sobre a parede do vaso, e a pressão coloidosmótica do plasma, exercida pelas proteínas plasmáticas
sobre a água.
Na extremidade arterial, há um predomínio da primeira HIDROSTÁTICA, e na extremidade venosa, um
predomínio da pressão COLOIDOSMÓTICA.
A diferença entre o que é perdido pela extremidade arterial e o que é retido pela extremidade venosa é drenado
pelos vasos linfáticos.
O acúmulo ou a diferença neste equilíbrio entre estas forças é o que caracteriza o edema.
EDEMA
ROBBINS, 2005
EDEMA
Logo, alterações desta dinâmica da microcirculação levaram à formação de edema, principalmente por estes
mecanismos:
Fisiopatogenia do Edema
Obstrução linfática
Linfedema – obstrução linfática (processos de cicatrização, tumores ou determinadas infecções)
Retenção de sódio
Aumento pressão hidrostática e diminuição pressão osmótica coloidal vascular (Ex. Insuficiência renal)
Inflamação
Aumento da permeabilidade vascular
EDEMA
Quanto à extensão:
Localizados: são causados por processos inflamatórios, aumento da permeabilidade vascular e trombose venosa
profunda.
Generalizados: geralmente de causas sistêmicas, causam acúmulo de líquido em todo o corpo.
EDEMA
GENERALIZADOS
EDEMA
LOCALIZADOS
EDEMA
ICC
CIRROSE HEPÁTICA
EDEMA PULMONAR
EDEMA CEREBRAL
ASCITE
EDEMA
EDEMA
INFLAMAÇÃO
TROMBOSE
LINFEDEMA CIRÚRGICO
EDEMA
OBSTRUÇÃO LINFÁTICA
Costumam ser localizados
Podem advir de obstrução inflamatória ou neoplásica
Linfedema
Elefantíase
EDEMA
OBSTRUÇÃO LINFÁTICA
EDEMA
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS
Retenção de Na+ e H20
Contribuem ou podem ser causa do edema
Causam tanto aumento da pressão hidrostática quanto a diminuição da pressão coloidosmótica.
Pode ocorrer na redução aguda da função renal: glomerulonefrite pós-estreptocócica e insuficiência renal
aguda
EDEMA
Morfologia do Edema
Olho nu
Microscopia ótica: tumefação celular sutil, com empalidecimento e separação dos elementos da matriz
extracelular
Podem ocorrer em qualquer lugar, porém, mais comum em tecidos frouxos como:
Tecido Subcutâneo, pulmão e cérebro;
EDEMA
HIPOALBUMINEMIA
SÍNDROME NEFRÓTICA
KWASHIOKOR
EDEMA
OBSTRUÇÃO LINFÁTICA
HIPEREMIA E CONGESTÃO
Hiperemia e congestão podem ser definidos como aumento de volume sanguíneo em um tecido, mas acontecem
por diferentes mecanismos.
Hiperemia é um processo ativo decorrente da dilatação arteriolar e do aumento do influxo sanguíneo. Ocorre
em locais de inflamação e, fisiologicamente, no músculo esquelético devido a exercício físico. Os tecidos com esse
processo podem ser caracterizados como hiperemiados e aparentam mais avermelhados que o comum, devido ao
acúmulo de sangue oxigenado nos vasos.
HIPEREMIA CONGESTÃO
PROCESSO ATIVO PROCESSO PASSIVO
AUMENTO DO FLUXO SANGUÍNEO (DILATAÇÃO DIMINUIÇÃO DA DRENAGEM (OBSTRUÇÃO
DAS ARTÉRIAS) VENOSA)
SANGUE “VERMELHO” (RICO EM O2) SANGUE CIANÓTICO (POBRE EM O2)
MÚSCULO NO EXERCÍCIO, INFLAMAÇÃO VARIZES,TROMBOSE, HIPERTENSÃO PORTA
HIPEREMIA
Aumento do volume sanguíneo localizado em um órgão ou parte dele, com conseqüente dilatação vascular.
Ocorre por alteração no sistema:
Pressão arterial X Resistência Pré e Pós capilar
Classificação da Hiperemia:
Hiperemia Ativa ou Arterial: Aumento do fluxo sangüíneo arterial por aumento da pressão arterial e/ou
diminuição da resistência pré capilar
Divide-se em:
Hiperemia Ativa Fisiológica
Hiperemia Ativa Patológica
Hiperemia Passiva: Diminuição da drenagem venosa por aumento da resistência pós Capilar.
HIPEREMIA
HIPEREMIA CONJUNTIVAL
HIPEREMIA
RUBOR FACIAL
HIPEREMIA
Hiperemia Ativa Patológica: Aumento do fluxo sanguíneo devido à liberação local de mediadores inflamatórios (devido a
agressão ao tecido), com relaxamento de esfíncteres pré-capilares e diminuição da resistência pré-capilar. Do mesmo
modo que na hiperemia fisiológica, ocorre expansão do leito vascular, com os vasos de reserva se tornando funcionais.
Injúria térmica (queimaduras ou congelamento)
Irradiações intensas
Infecções
Inflamação aguda
Na hiperemia Ativa Patológica ocorre a liberação de mediadores inflamatórios ou químicos, que vão fazer com que o
vaso se dilate. Esses mediadores químicos são liberados quando o tecido é lesionado, como por exemplo, por bactérias.
Na inflamação, esses mediadores químicos fazem com que as valvulas do vaso fiquem relaxadas, e o sangue irá fluir
completamente enchendo o leito capilar onde ocorreu a inflamação.
Exemplos de mediadores químicos são: histamina, heparina, TNF- α (Fator de Necrose Tumoral), IL (Interleucinas), etc.
Mas, porque isso ocorre? Essa liberação de mediadores químicos, que irá resultar em todo esse processo descrito
anteriormente, ocorre para chegar mais células de defesa ao local.
HIPEREMIA
INFLAMAÇÃO
CONGESTÃO
Diminuição da drenagem venosa por aumento da resistência pós Capilar. Está relacionado com a parada, ou com
estrangulação venosa.
É quando a válvula do capilar se fecha e o sangue não sai do capilar, consequentemente não indo para veia.
Quando crônica, a congestão leva a perfusão tecidual inadequada e a hipóxia persistente, desencadeando morte
celular parenquimatosa e fibrose secundária. Além disso, as pressões intravasculares elevadas resultantes do
acúmulo de sangue, levam à formação de edema ou a rupturas capilares, causando hemorragias focais.
CONGESTÃO CRÔNICA
Degeneração
ou morte das Fagocitose dos Macrófagos
Congestão Focos de
Pouco O2 Hipóxia céls e ruptura restos dos com
Crônica Hemorragia
dos capilares eritrócitos hemossiderina
locais
CONGESTÃO CRÔNICA
Congestão Pulmonar
Tanto a congestão pulmonar aguda como a congestão pulmonar crônica ocorrem por aumento do volume
sanguíneo por diminuição do retorno venoso. No caso da manifestação aguda, os septos alveolares ficam
edemaciados e pode haver hemorragia alveolar.
Congestão Hepática
Ocorre devido a aumento do volume sanguíneo nas veias centrolobulares e nos sinusóides hepáticos. Sua
manifestação aguda é caracterizada por degeneração e morte dos hepatócitos próximos à veia centrolobular e
esteatose dos hepatócitos periféricos.
A manifestação crônica caracteriza-se por fibrose das áreas centrais (cirrose) e formação de nódulos
regenerativos nas áreas periféricas. O fígado também tem volume e peso aumentados, bem como coloração
mais acentuada.
CONGESTÃO HEPÁTICA
HEMORRAGIA
TIPO:
Venosa
Arterial
Capilar
HEMORRAGIA
Internas com fluxo externo (prefixo + rragia): origem interna com exteriorização para o meio externo. Ex:
Otorragia – Oto (ouvido)+rragia
Ocultas (sem fluxo externo): origem interna sem exterioração, podem ser viscerais ou Cavitárias (Hemo +
sufixo). Ex.: Hemotórax
HEMORRAGIAS
Quanto à morfologia:
Petéquias (1 a 2mm): Hemorragias minúsculas pele, mucosas ou superfícies serosas (aumento pressão
intravascular; trombocitopenia; defeitos da função plaquetária – uremia;
Púrpuras (~1cm): Hemorragias levemente maiores (trauma, vasculite, aumento fragilidade vascular - ex.
amiloidose);
PETÉQUIAS
HEMORRAGIAS
PÚRPURA
HEMORRAGIAS
EQUIMOSE
HEMORRAGIAS
HEMATOMA
HEMORRAGIA
A hemorragia poderá ser leve à grave, na dependência do local acometido, volume perdido e a velocidade da
perda.
Local
Volume
Velocidade de perda
Grave: Quando afeta órgão essencial ou leva à perda rápida de grande volume de sangue, podendo ocasionar
risco de morte.
OBRIGADO!
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