Arquivo Av1
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do Direito
a) O Direito busca alcançar a Justiça (o seu ideal) e para isso tenta criar um ambiente de
segurança e ordem, indispensáveis para que as pessoas possam alcançar o
desenvolvimento e progresso no plano individual, pessoal, profissional, científico e
tecnológico, ampliando os seus saberes, competências e habilidades, aumentando os
seus poderes (capacidade de fazer mais e melhor).
b) A moral visa o aperfeiçoamento do ser humano, o seu crescimento interior, tornar a sua
consciência mais sensível e desperta para o mundo que lhe rodeia, para a sua vida e para
a vida dos outros, impondo-lhe deveres para consigo e para com o próximo (Se não é o
“amar a Deus sobre todas as coisas”, próprio da religião; é o “amar ao próximo como a si
mesmo”).
• Quanto aos seus conteúdos, surgem 4 posições:
1. Teoria dos círculos concêntricos: por esta visão haveria dois círculos,
sendo que um está inserido no outro. O maior pertenceria à moral,
enquanto que o menor pertenceria ao Direito. Isso significa que a moral é
maior que o Direito, e que o Direito dela faz parte; e que o Direito se
subordina às regras morais. JEREMIAS BENTHAM, inglês.
2. Teoria do mínimo ético: segundo esta visão o Direito deve conter somente
as normas morais mais significativas e indispensáveis ao equilíbrio das
relações entre as pessoas. O direito cuidaria, assim, apenas do “núcleo
duro” da moral, aquilo que a sociedade acha que não pode abrir mão,
flexibilizar. O direito, por causa da sua coercibilidade especial, tende a
tensionar a vida social em demasia, não se pode exagerar no seu uso.
GEORG JELLINEK, alemão.
3. Teoria do máximo ético: o Direito deve conter tudo o que a moral
considera importante, protegendo, com a sua coercibilidade especial,
bancada pelo Estado, os valores que a sociedade estabelece. Gustav Von
Schmoller, alemão.
4. Teoria dos círculos secantes: por essa teoria haveria dois círculos que se
cruzam até um determinado ponto, apenas. O Direito e a moral possuem
um ponto comum, sobre o qual ambos têm competência para atuar, mas
deverá haver uma área delimitada e particular para cada um, pois, há
assuntos que um não poderá interferir na esfera do outro,
estabelecendo-se, assim, duas áreas específicas e uma comum. DU
PASQUIER, francês.
5. Teoria da independência: Para esta teoria o Direito é autônomo e a
validade de suas normas nada têm a ver com as regras morais. Teme-se
que essa posição gere um tecnicismo exagerado que rebaixe a qualidade
da justiça que se pratica. Haveria dois grandes círculos, completamente
independentes um do outro. KELSEN, Alemão.
Introdução ao Estudo
do Direito
• A separação entre a religião e o direito foi fortalecida durante o séc. XVIII. Na França
começou a ocorrer antes de sua famosa “Revolução Francesa”.