Ok Anticoncepcionais

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FARMACOLOGIA DOS ANTICONCEPCIONAIS

Controle neuro-hormonal do sistema reprodutor feminino


Um hormônio liberador de gonadotrofina, o GnRH, é secretado por
neurônio peptidérgicos do hipotálamo. O GnRH estimula a adeno-hipófise a
liberar hormônios gonadrotróficos, o FSH (hormônio folículo estimulante) e o
LH (hormônio luteinizante). Eles atuam nos ovários para promover o
desenvolvimento de pequenos grupos de folículos, cada um contendo um
óvulo.
O FSH é o hormônio principal que estimula a liberação de estrógeno. O
LH estimula a ovulação na metade do ciclo e é o principal hormônio que
controla a secreção subsequente de progesterona pelo corpo lúteo.
Um dos folículos se desenvolve mais rápido que os outros e forma o
folículo de Graaf (FG), que secreta estrógenos, e o restante dos folículos se
degenera. Dentro do FG está o óvulo.
Os estrógenos são responsáveis pela fase proliferativa da regeneração
endometrial, que ocorre de 5 a 6 dias até a metade do ciclo. Ele controla a fase
proliferativa do endométrio e tem efeitos de retroalimentação negativa na
hipófise anterior, diminui a liberação de gonadotrofina tanto durante a
administração crônica de estrógeno como na contracepção oral. Durante essa
fase, o endométrio aumenta em espessura e vascularização, e tem no pico de
secreção de estrógeno, tem secreção de muco, que facilita a entrada de
espermatozoides. Estrogeno é responsável pela proliferação do endométrio.
A alta secreção de endógeno antes da metade do ciclo sensibiliza as
células liberadores de LH da hipófise à ação do GnRH, induzindo surto de
secreção de LH na metade do ciclo. Causa rápido inchaço e ruptura do FG,
resultando em ovulação. Se tem fertilização, o óvulo fertilizado desce as tubas
uterinas em direção ao útero, começando a se dividir.
As células do FG rompidas, estimulas pelo LH, se desenvolvem no corpo
lúteo, que secreta progesterona. A progesterona atua no endométrio preparado
pelo estrógeno, estimulando a fase secretória do ciclo, que se traduz em
endométrio suscetível à implantação do óvulo fertilizado. É responsável pela
manutenção da proliferação do endométrio. Ela faz retroalimentação negativa
no hipotálamo e na hipófise, diminuindo liberação de LH. O LH alta rompe os
folículos de Graaf, liberando o óvulo (ovulação). O corpo lúteo (FG sem óvulo),
pela ação da LH, secreta progesterona.
Quando não tem a fecundação, os níveis de progesterona caem,
fazendo o endométrio se descolar, o que inicia um novo ciclo e ocorre a
menstruação. Com a diminuição de progesterona, o endométrio não se
sustenta mais.
Se não tem a implantação de um óvulo fertilizado, a secreção de
progesterona para, endométrio descama e menstruação.
Se tem a implantação, o corpo lúteo continua a secretar progesterona, e
pelo seu efeito no hipotálamo e adeno-hipófise, previne a ovulação adicional.
Ciclo menstrual
Período entre duas ovulações: 24 a 32 dias
Menstruação: 3 a 5 dias
Fase folicular: até o 14º dia, depois é ovulação
O corpo lúteo, pela ação da LH, secreta progesterona, que mantem
endométrio uterino.

Usos clínicos dos Estrógenos e Progesteronas


- Contraceptivos: o uso do hormônio exógeno interfere na regulação do
hormônio endógeno
- Terapia de reposição: menopausa, tirada de útero e/ou ovários
- Tratamento de determinados carcinomas e de diversas disfunções do
Sistema reprodutor feminino
- Tratamento de endometriose

O período fértil começa antes da ovulação (14º dia).


Pode ter ovulação com uso de anticoncepcionais (CO) ou pode não ter.
Quando usa CO, ocorre feedback -, principalmente sobre hipófise. Para agir no
hipotálamo deve agir no SNC.
Contraceptivos – Mecanismo de Ação
A combinação de estrógeno e progesterona inibem seletivamente a
função da hipófise, inibindo então a ovulação.
Combinação de estrógeno e progesterona  inibição seletiva da função
hipofisaria  inibição da ovulação
O contraceptivo altera:
- O muco cervical Diminuem a probabilidade
de concepção e
- Endométrio uterino
implantação
- Motilidade e secreção das trompas uterinas

Ação dos contraceptivos:


- Inibição da ovulação
- Alteram o muco cervical: na 1ª fase, o muco está mais nutritivo e
menos espesso, ajuda a motilidade do espermatozoide; na 2ª fase está menos
nutritivo e mais espesso. Com CO, o muco não estará preparado para receber
o espermatozoide, não estará nutritivo.
- Endométrio uterino: com CO, o endométrio não vai vascularizar, não
vai estar adaptada para a fixação.
- Motilidade: não terá motilidade
O fluxo da menstruação diminui com o uso de anticoncepcionais, por
que diminui a vascularização do endométrio.

Contracepção Hormonal
São diferentes pela via de administração e tipos de hormônios presentes
nas formas farmacêuticas. Tem CO com estrogênio e progesterona, ou só com
progesterona, é a terapia contínua com progesterona sem estrogênio.
 Anticoncepcional hormonal injetável trimestral
Contém um progestogênio em frasco-ampola de 150 mg de acetato de
medroxiprogesterona em 1 mL.
Depo-Provera e Tricilon.
 Implante subdérmico
Implanon: 68 mg de etonogestrel.
Norplant: levonorgestrel (progestágenno). Liberado lentamente por 5
anos.
DIU – Mirena: endoceptivo, um sistema intra-uterino que libera hormônio
(levonorgestrel) diretamento no útero. É hormonal e barreira, impede o acesso
às trompas.

 Adesivo anticoncepcional transdérmico (EVRA)


Os hormônio estrogênio e progesterona são absorvidos pela pele.

 Anticoncepcional oral de emergência


Anticoncepcionais (progestogênio)  levonorgestrel 0,75 mg (Postinor-
2). Não é abortiva. O aumento de progesterona impede a maturação do óvulo,
por que vai inibir subitamente a hipófise, diminuindo a produção de FSH e LH,
interrompendo a liberação de estrogênio, não terá então proliferação do
endométrio, e diminui progesterona também, não vai ter manutenção dele, ai
menstrua. Age impedindo a concepção e a nidação.
Tem a inibição hipofisária súbita, não terá LH e não terá fecundação. Se já tiver
liberado LH, diminui sua liberação. Deve inibir a concepção em alguma etapa
do processo. Se inibi LH, diminui progesterona, o que dificulta o encontro do
espermatozoide com o óvulo. Se tiver tido a implantação no endométrio, tem a
sua desestabilização pela falta de progesterona, e ai menstrua.
Método de Yuzpe (comprimido combinado)

Efeitos farmacológicos
 Ovários
O uso crônico pode:
- deprimir a função ovariana
- ter desenvolvimento folicular mínimo
- corpos lúteo, folículos maiores, edema de estroma e outras
características morfológicos observadas em mulheres que ovulam estão
ausentes
- ovários menores
 Útero
O uso prolongado:
- colo pode exibir certo grau de hipertrofia
- formação de pólipos
-muco cervical espesso e menos abundante

 Mama
O uso prolongado:
- estimulação da mama, aumentando-a
- tendência de suprimir a lactação

 Função endócrina
- inibição da secreção hipofisária de gonadotropinas
- estrogênios alteram a estrutura e função das supre-renais
- provocam alterações no sistema angiotensina-alddosterona

 Fígado e sangue
Aumento os fatores VII, VIII, IX e X e fibrinogênio  fenômenos
tromboembólicos.

 Metabolismo dos lipidíos


Estrogênios aumentam triglicerídeos e colesterol livre e esterificado.

 Metabolismo dos carboidratos


Anticoncepcionais reduzem a taxa de absorção de carboidratos no TGI.
Progesterona aumenta níveis de insulina.

 Sistema cardiovascular
Aumento da pressão arterial.
 Pele
Anticoncepcionais aumenta a pigmentação da pele
Algumas progestinas podem aumentar a produção de sebo  acne.

Efeitos adversos discretos


Náusea, mastalgia e sangramento de escape. Mudar preparação.
Alterações nas proteínas séricas e sobre a função tireoidiana, supre-
renal ou hipofisária. Aumento da velocidade de hemossedimentação (aumenta
fibrinogênio).
Cefaleia discreta.

Efeitos adversos moderados


Sangramento de escape mais comum com progestinas isoladas
Aumento da pigmentação da pele.
Aces (progestinas).
Hirsutismo
Dilatação ureteral. Bacteriúria. Infecções vaginais.
Amenorreia.

Efeitos adversos graves


Doença tromboembólica venosa
Infarto do miocárdio
Doenças vascular cerebral
Icterícia colestática (progestinas)
Doenças da vesícula biliar (colecistite e colangite).

Mulheres que acabaram de ter bebê e voltam a usar anticoncepcionais,


devem usar só progesterona, pois o estrogênio para a produção de leite.

Mode de ação dos CO:


- o estrogênio inibe a secreção de FSH, via retroalimentação negativa na
adeno-hipofise, e assim suprime o desenvolvimento do ciclo ovariano.
- a progesterona inibe a secreção de LH e assim previne a ovulação, ela
também estimula a produção de muco cervical menos suscetível à passagem
do esperma.
- estrogênio e progesterona agem combinadamente para alterar o
endométrio de tal forma a evitar a implantação.
- podem também interferir nas contrações coordenadas do colo, útero e
tubas uterinas que facilitam a fertilização e a implantação.
A pílula combinada também: o estrógeno inibe a liberação do hormônio folículo-
estimulante, desse modo, o desenvolvimento do folículo; a progesterona inibe a
liberação do hormônio luteinizante e, assim, a ovulação, e estimula a produção
de um muco cervical inóspito para o esperma; juntos, eles mantém o
endométrio inapto para a implantação.

A pílula apenas com progesterona é tomada continuamente. Ela difere da pílula


combinado efeito contraceptivo, que à menos eficaz, e é principalmente o
resultado da alteração do muco cervical. O sangramento irregular é comum.
RESUMO
Mecanismo de Ação:
Combinação de estrogênio e progestina; Inibição seletiva da Função
hipofisária; Inibição da ovulação. Alteram o muco cervical; Endométrio uterino;
Motilidade e secreção das trompas uterinas -> Diminui a probabilidade de
concepção e implantação.
- Contracepção Hormonal:
Estrogênios e progestinas: Combinações de estrogênios e progestinas.
Terapia contínua com progestinas sem estrogênios.
DIU Mirena: endoceptivo, ou seja, um sistema intrauterino que libera
hormônio (levonorgestrel) diretamente no útero. Obstrui parcialmente as
trompas.
Anticoncepcional oral de emergência: inibição súbita da hipófise, inibindo
a liberação de hormônios hipofisários (LH e FSH). Não é abortiva.
OBS: mulheres que acabaram de ter bebê e voltam a usar
anticoncepcionais, devem usar só progesterona, pois o estrogênio para a
produção de leite.
- Função Endócrina:
Inibição da secreção hipofisária de gonadotropinas.
Estrogênios alteram a estrutura e função das supra-renais.
Provocam alterações no sistema angiotensina-aldosterona.
- METABOLISMO DOS LIPÍDIOS
Estrogênios aumenta triglicerídios e colesterol livre e esterificado.
- METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS
Anticoncepcionais reduzem a taxa de absorção de carboidratos no TGI.
Progesterona aumenta níveis de insulina.
- SISTEMA CARDIOVASCULAR: Aumento da pressão arterial.
- Fígado e Sangue: Aumenta fatores VII, VIII, IX e X e fibrinogênio;
aumenta o potencial de coagulação; fenômenos tromboembólicos.

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