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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DO AMAZONAS

NATHASHA LARISSA SILVA DE ALMEIDA

DIREITOS POLÍTICOS, SOCIAIS E CIVIS;


MOVIMENTOS SOCIAIS.

Manaus – Amazonas
2024
Nathasha Larissa Silva de Almeida
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DO AMAZONAS
NATHASHA LARISSA SILVA DE ALMEIDA
2°4

DIREITOS POLÍTICOS, SOCIAIS E CIVIS;


MOVIMENTOS SOCIAIS.

Este trabalho pedido pelo Professor Lucas


Duque para a obtenção de nota para o 2°
bimestre.

Manaus – AM
2024
INTRODUÇÃO

Os direitos humanos são direitos inerentes a qualquer ser humano, sem distinção de qualquer
espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem
nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.

Enquanto os movimentos sociais são ações coletivas mantidas por grupos organizados da
sociedade que visam lutar por alguma causa social. Esses movimentos sociais representam a
voz de pessoas excluídas do processo democrático, que buscam ocupar os espaços de direito
na sociedade.
Direitos Políticos, Sociais e Civis

A cidadania estabelece um estatuto de pertencimento de um indivíduo a uma comunidade


(país) e lhe atribui um conjunto de direitos e obrigações.
O termo cidadania tem origem etimológica no latim civitas, que significa "cidade". Estabelece
um estatuto de pertencimento de um indivíduo a uma comunidade politicamente articulada –
um país – e que lhe atribui um conjunto de direitos e obrigações, sob vigência de uma
Constituição. Ao contrário dos direitos humanos, que tendem à universalidade dos direitos do
ser humano na sua dignidade, a cidadania moderna, embora influenciada por aquelas
concepções mais antigas, possui um caráter próprio e possui duas categorias: formal e
substantiva.

Cidadania formal vs. Cidadania Substantiva

A cidadania formal é, conforme o direito internacional, indicativo de nacionalidade, de


pertencimento a um Estado-Nação, por exemplo, uma pessoa portadora da cidadania
brasileira. Em segundo lugar, na ciência política e sociologia, o termo adquire sentido mais
amplo. A cidadania substantiva é definida como a posse de direitos civis, políticos e sociais.
Essa última forma de cidadania é a que nos interessa.
A compreensão e ampliação da cidadania substantiva ocorrem a partir do estudo clássico de
T.H. Marshall – Cidadania e classe social, de 1950 –, que descreve a extensão dos direitos
civis, políticos e sociais para toda a população de uma nação. Esses direitos tomaram corpo
com o fim da 2ª Guerra Mundial, após 1945, com o aumento substancial dos direitos sociais
por meio da criação do Estado de Bem-Estar Social (Welfare State), que estabeleceu
princípios mais coletivistas e igualitários. Os movimentos sociais e a efetiva participação da
população em geral foram fundamentais para que houvesse uma ampliação significativa dos
direitos políticos, sociais e civis, alçando um nível geral suficiente de bem-estar econômico,
lazer, educação e político.
A cidadania esteve e está em permanente construção. É um referencial de conquista da
humanidade por meio daqueles que sempre buscam mais direitos, maior liberdade, melhores
garantias individuais e coletiva e não se conformando frente às dominações, seja do próprio
Estado, seja de outras instituições.
Cidadania no Brasil

No Brasil, ainda há muito que fazer em relação à questão da cidadania, apesar das
extraordinárias conquistas dos direitos após o fim do regime militar (1964-1985). Mesmo
assim, a cidadania está muito distante de muitos brasileiros, pois a conquista dos direitos
políticos, sociais e civis não consegue ocultar o drama de milhões de pessoas em situação de
miséria, altos índices de desemprego, taxa significativa de analfabetos e semianalfabetos; sem
falar do drama nacional das vítimas da violência particular e oficial.
Conforme sustenta o historiador José Murilo de Carvalho, no Brasil, a trajetória dos direitos
seguiu lógica inversa daquela descrita por T.H. Marshall. Primeiro “vieram os direitos sociais,
implantados em período de supressão dos direitos políticos e de redução dos direitos civis por
um ditador que se tornou popular (Getúlio Vargas). Depois vieram os direitos políticos... a
expansão do direito do voto deu-se em outro período ditatorial, em que os órgãos de repressão
política foram transformados em peça decorativa do regime militar... A pirâmide dos direitos
no Brasil foi colocada de cabeça para baixo”.

Tipos de Direito e Cidadania

Nos países ocidentais, a cidadania moderna constituiu-se por etapas. T. H. Marshall afirma
que a cidadania só é plena se dotada de todos os três tipos de direito:
1. Civil: direitos inerentes à liberdade individual, liberdade de expressão e de pensamento;
direito de propriedade e de conclusão de contratos; direito à justiça; que foi instituída no
século 18;

2. Política: direito de participação no exercício do poder político, como eleito ou eleitor, no


conjunto das instituições de autoridade pública, constituída no século 19;

3. Social: conjunto de direitos relativos ao bem-estar econômico e social, desde a segurança


até ao direito de partilhar do nível de vida, segundo os padrões prevalecentes na sociedade,
que são conquistas do século 20."

Movimentos Sociais
Os movimentos sociais são ações coletivas mantidas por grupos organizados da sociedade que
visam lutar por alguma causa social. Em geral, o grito levantado pelos movimentos sociais
representa a voz de pessoas excluídas do processo democrático, que buscam ocupar os
espaços de direito na sociedade.
Os movimentos sociais são de extrema importância para a formação de uma sociedade
democrática ao tentarem possibilitar a inserção de cada vez mais pessoas na sociedade de
direitos. Os primeiros movimentos sociais visavam resolver os problemas de classes sociais e
políticos, como a ampliação do direito ao voto. Hoje, os movimentos sociais baseiam-se, em
grande parte, nas pautas identitárias que representam categorias como gênero, raça e
orientação sexual.

Características dos movimentos sociais

Ao pensar-se nos movimentos sociais à luz de pensadores da filosofia e da sociologia, é


impossível apontar um consenso. O cientista político italiano Gianfranco Pasquino aponta a
impossibilidade de estabelecer-se uma linha conciliatória entre os que tratam dos movimentos
sociais, tendo-se em vista um horizonte de pensadores clássicos.
Nesse sentido e como exemplos, os sociólogos Marx, Weber e Durkheim veem nos
movimentos sociais a sustentação de uma revolução, a institucionalização de um novo poder
burocrático e até a maior coesão social, respectivamente.
Por outro lado, temos pensadores ligados ao conservadorismo, como o polímata francês
Gustave Le Bon, o filósofo, sociólogo e criminologista francês Gabriel de Tarde e o filósofo e
jornalista espanhol José Ortega y Gasset, que viam nos movimentos sociais um perigo
iminente. Para esse grupo, os movimentos sociais, como movimentos de massa, tendem a
seguir caminhos irracionais que perturbam a ordem vigente.
Apesar das divergências, existe uma convergência sobre os movimentos sociais: a constatação
de tensões sociais e a iminente ruptura de uma mudança social. De qualquer modo, faz-se
necessário perceber que há uma antiga história de tensões que representam grandes
movimentos sociais do mundo moderno.
Talvez o mais antigo movimento de massas que nós podemos destacar como um princípio de
movimento social tenha sido a Queda da Bastilha, que marcou a Revolução Francesa em 1789
e foi responsável pela queda da monarquia absolutista francesa. Outro grande movimento de
massa que se tornou um movimento social organizado foi o movimento sufragista,
considerado parte da primeira onda do feminismo, movimento organizado por mulheres que
reivindicavam o seu direito ao voto e à participação cidadã na política.

Origem dos movimentos sociais

Na passagem do século XIX para o século XX, os sindicatos institucionalizaram-se como


coletivos que visavam defender os trabalhadores da exploração patronal, inspirados,
principalmente, pelos ideais marxistas. Nesse sentido, surgiu em vários cantos do mundo
movimentos sociais em defesa dos trabalhadores, das classes sociais mais baixas, e
movimentos socialistas e anarquistas, que visavam uma completa revolução e dissolução da
ordem social capitalista.
Na década de 1960, devido às sequelas deixadas pela Segunda Guerra Mundial e ao clima de
polarização mundial causado pela Guerra Fria, novos coletivos, ações e movimentos surgiram
por todo o mundo. As pautas dos movimentos sociais passaram a diversificar-se a partir desse
momento. Nos Estados Unidos e na África do Sul, a população negra revoltou-se contra o
injusto sistema de segregação racial que garantia privilégios à população branca e retirava os
direitos da população negra, tratando esta camada como uma horda de cidadãos inferiores.
As mulheres também se organizaram em coletivos para lutar por seus direitos, buscando a
liberdade sexual e o tratamento igualitário entre os gêneros (essa ficou conhecida como a
segunda onda do movimento feminista).
A população LGBTQ+ também entrou em cena para reivindicar o direito de expressar-se
livremente e de não ser julgada ou segregada por isso. Um episódio marcado por um
espontâneo movimento de massa que gerou um grande movimento social foi o ocorrido no
bar Stonnewall Inn, em Nova Iorque, que resultou em confronto com a polícia e deu origem à
Parada do Orgulho Gay, hoje chamada de Parada do Orgulho LGBTQ+, que ocorre em várias
cidades pelo mundo.
O mundo passou por severas mudanças a partir da década de 1960, período em que as
minorias saíram às ruas para lutarem por seus direitos. A partir daí, vários movimentos sociais
começam a eclodir pelo mundo, sempre em busca de uma organização que visasse a inclusão
de pessoas excluídas e sempre se diferenciando de acordo com as especificidades de cada
local.

 No Brasil
Um exemplo de localidade da luta social ocorre no Brasil com movimentos como o MTST
(Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra, conhecido como Movimento dos Sem-Terra). O Brasil é um país que, ao contrário
dos países desenvolvidos, nunca produziu uma eficaz reforma agrária.
O número de pessoas que não têm acesso à terra para o trabalho rural ou não têm o seu direito
à moradia garantido é gigantesco, o que torna a pauta desses movimentos uma questão
emergente por aqui. Nesse sentido, tendo em vista as demandas específicas de nosso país,
criaram-se movimentos organizados para lutar-se pelas demandas que nosso povo enfrenta.

Como os movimentos sociais funcionam

É impossível estabelecer uma fórmula única de funcionamento dos movimentos sociais, visto
que eles são diversos, defendem pautas distintas e têm diferentes demandas de acordo com a
sua localidade geográfica e seu tempo histórico. No entanto, algumas características podem
ser elencadas como modos comuns de funcionamento deles.
 Muitos movimentos sociais eclodem de movimentos e rebeliões de massa, como foi o
caso do movimento LGBTQ+, de grupos do movimento negro, como os Panteras
Negras, nos Estados Unidos, e do MST, no Brasil.

 Eles podem ser constituídos por diversos grupos que lutam pela mesma causa, como o
movimento feminista, que tem vertentes diferentes, o movimento negro, que é
formado por um amplo conjunto de coletivos, e o movimento LGBTQ+. No entanto,
cada grupo ou célula desses movimentos tem suas formas de organizar-se para
promover a militância social.

 Eles unem as pessoas em torno de uma causa comum.

 Eles visam uma reestruturação social que inclua os seus interessados no poder comum
e garanta-os seus direitos de cidadãos.

Exemplos de movimentos sociais

 Movimento dos trabalhadores rurais sem terra


 Movimentos feministas

 Movimentos antirracistas

 Movimentos ambientalistas (como o WWF e o Greenpeace)

 Movimentos de união de comunidades e periferia, como o Nós do Morro — que luta


contra o racismo, a desigualdade social e a exclusão dos moradores de periferias.

 Movimentos de luta contra a homofobia e a transfobia, como o movimento LGBTQ+"

CONCLUSÃO

Em conclusão, os direitos políticos, sociais e civis formam a base essencial de uma sociedade
justa e equitativa, garantindo a participação ativa dos cidadãos na vida pública, protegendo
suas liberdades individuais e promovendo a igualdade de oportunidades para todos. Os
movimentos sociais desempenham um papel crucial na defesa e ampliação desses direitos,
mobilizando a sociedade para a mudança e promovendo a conscientização sobre questões
fundamentais. A contínua luta por direitos é um processo dinâmico e essencial para a
construção de uma sociedade mais democrática e inclusiva.
REFERÊNCIAS

1. https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cidadania-ou-estadania.htm

2. https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/movimentos-sociais-breve-definicao.html
ANEXOS

https://th.bing.com/th/id/OIP.srg8u96tsTCuPmYiCqXKDQHaD8?rs=1&pid=ImgDetMain
https://th.bing.com/th/id/OIP.bZta7vmP5KRz5Xq3hhbaZAAAAA?w=236&h=235&rs=1&pid=ImgDetMain

https://th.bing.com/th/id/OIP.reIQ15Iw3EI5IMc37LsS0AHaE7?rs=1&pid=ImgDetMain

https://mlbtbcqppupm.i.optimole.com/cb:II15~5a0ea/w:1000/h:592/q:90/https://blog.newtonpaiva.br/wp-
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