Trabalho Expansão de Terriotório

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Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS - DCE


Curso de Economia

OCUPAÇÃO DO INTERIOR

Armando Silva Neto

Ilhéus, BA
Janeiro / 2020
Cap 9 . Ocupação do Interior
MENDONÇA, Marina. Formação Econômica do Brasil, São
Paulo, Pioneira, 2002.

Como se deu o avanço da ocupação do território brasileiro além da


fronteira do tratado de Tordesilhas. É possível identificar pontos
convergentes com a contemporaneidade brasileira?

Bom no capítulo em questão Marina relata como se deu todo o avanço


português, por toda extensão das terras brasileiras passando e muito dos
limites do Tratado de Tordesilhas. Vale primeiramente ressaltar que desde o
início os limites impostos pelo tratado não foram respeitados por parte de
Portugal, que já se lançava em expedições. Vamos compreender os principais
fatores.

A expansão Bandeirante
Sua concentração partiu do litoral Paulista na baixada santista, uma vez
que o cultivo de cana na região era menos lucrativo que no Nordeste, devido as
terras inferiores e a distância maior até a Europa. Foram motivados a entrar
nesta empreitada uma vez que a Holanda que se encontrava em guerra com
Espanha, não fornecia mais a quantidade de escravos para os latifúndios
açucareiros, fazendo com que a vende de índios como escravos fosse
lucrativa. Além disso dentro destas expedições já buscavam as minas de
metais preciosos que viriam a ser encontradas posteriormente.

Ocupação do Vale Amazônico


A principal motivação para que Portugal expandisse para esta região foi
o conflito direto contra as coroas da Inglaterra, França e Holanda que já
estavam de atentos as regiões e já se organizavam na regiam para efetivar o
domínio. Contudo os portugueses que tinham capital do açúcar e a ambição de
encontrar novas terras para a produção de tal, se estimulam e expulsam os
invasores. Em 1616 é fundada Belém. Sendo o Forte do Presépio uma barreira
que permitiu Portugal controlar as extensas terras do norte, uma vez que a
fechava para entrada de imigrantes.
Economia Açucareira e a Expansão dos currais: Ocupação do Nordeste
A criação de gado se deu inicialmente como atividade acessória. Como
se tinha a a monocultura da cana de açúcar como principal atividade
econômica, a criação de gado ficou com terras menos favoráveis e sempre
mais a oeste, afasta do litoral. Com o crescimento da fronteira agrícola da
cana, cada vez mais a criação de gado se infiltrava nordeste adentro, se
estabelecendo principalmente no semiárido e no sertão. A mão de obra era
composta por indígenas e as vendas dos gados eram impulsionadas pela
demanda de couro principalmente para aq indústria do tabaco, carne e força
motriz para os engenhos.

Um outro fator que permitiu a expansão do gado pelo Nordeste, foi a


descoberta de salinas no Ceará, Rio Grande do Norte e Alagoas, assim como
os barreiros salgados nas Barrancas do Rio São Francisco. A demanda por sal
permitiu um comércio local e aumento da demanda pelo gado.

Atividade Mineradora e a Expansão da Pecuária no Centro Oeste e no Sul


Do Brasil
A ocupação da região das minas abriu uma nova fronteira para a criação
de gado. Com a alta dos preços do gado no nordeste devido ao aumento da
demanda impulsionada pelo Comércio do sal, tabaco e açúcar, incentivou a
criação de gado no interior de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul. Nesse
mesmo momento as regiões do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul já
se ocupavam por gado advindos das criações das missões Jesuítas, gado esse
que já era negociado em São Paulo, passou-se nos pampas gaúchos produzir-
se couro e charque para este comércio e para exportação ao norte da colônia.

Outro fator que contribui e criação de equinos que já haviam sido


extintos no continente, o cavalo foi reintroduzido pelos portugueses. A
produção de equinos supria a própria coroa, para fornecimento do exército. E
mulas contribuíam com o transporte de mercadorias, que além de girar esse
comércio, favoreceu todos os demais uma vez que substitui a mão de obra
indígena.
Com o aumento das tropas, surge então o tropeiro. Outro elemento que
ligou várias regiões do interior da Colônia.

Ressaltos finais
As missões Jesuíticas e a Companhia de Jesus

Durante cada processo citado anteriormente, se dava concomitante as


missões Jesuíticas. Que faziam as campanhas de expansão pelas terras
brasileiras em contraponto aos colonos capitalistas, a fim de doutrinar os
nativos quanto a religião, uma vez que após as reformas a igreja Católica
perdia força e precisava de novos fiéis. Essas missões foram de suma
importância para a interiorização do país, uma vez que as campanhas
adentravam as regiões, geralmente ajudados pelos próprios nativos e
instalavam-se, cada vez mais adentro do país, uma vez que fugiam dos locais
em desenvolvimento devido a escravização dos índios. Esses movimentos
foram citados no capítulo com mais importância na expansão do Amazonas,
São Paulo e no sul do país na bacia cisplatina.

A mão de Obra

A mão de obra dos negócios expansionistas, deixaram de ser escravista.


A pecuária e o extrativismo no Norte, foram movimentos econômicos tidos
como mais pobres, e assim efetuados por homens livres, com uso do seu
próprio capital. Desse modo estas atividades, principalmente a pecuária, não
foi oprimida pela coroa, gerando assim ascensão econômica e gerando lucros
que circulavam dentro da própria colônia.
Questão 4
Descreva as transformações eco-soc-pol ocorridas no Brasil à época da
mineração considerando como referência o ciclo do açúcar – do seu
ponto de vista dentre estas qual a mais significativa e por quê. É possível
identificar pontos convergentes com a contemporaneidade da economia
brasileira? Justifique sua resposta.

O capítulo em questão não traz total embasamento para tal questão, uma vez
que o trecho voltado para análise do ciclo da mineração é curto. Embora isso
no capítulo cujo tema central é a ocupação do interior, cita que com o advento
da descoberta das minas houve a abertura de uma nova fronteira para criação
de gado, uma vez que o gado criado no nordeste encontrava-se com alta nos
preços devido a demanda para tal produto na atividades açucareira, do tabaco
e do sal.

Desse modo houve o início da criação de gado em Minas, Goiás e Mato


Grosso do Sul. Juntamente a isso nas regiões de Santa Catarina, Paraná e Rio
Grande do Sul (pampas gaúchos), já possuíam uma crescente criação de
gado, implantada pelas Missões Jesuítas que partiram do Sul até São Paulo
que também fornecia a região das minas.

Além do gado, que fornecia couro e carne a população das regiões


mineradoras, foi impulsionado também por essa economia, a criação de
muares que foram utilizados para transporte do ouro até o Rio de Janeiro.
Todos os detalhes citados podem ser de certa forma analisado como
impulsionadores da ocupação territorial, devido a atividade mineradora.

Diante do exposto, concluímos que a atividade mineradora favoreceu a


expansão das fronteiras da colônia, uma vez que a necessidade de ser suprida
por outras cadeias produtivas, principalmente gado e muares, fez com que a
criação destes se expandisse para interior do Brasil.

Quanto a comparação com a contemporaneidade, a minha própria cidade natal


e um exemplo claro do poder da mineração. Com uma mina de Nióbio que
representa quase 90% de todo mineral consumido do mundo, a empresa é
capaz de fazer alterações no cenário econômico local. Com cerca de 3500
funcionários diretos a empresa por si movimenta boa parte da economia local,
impulsionando também outras cadeias produtivas subsidiarias a sua, neste
caso não a pecuária e sim empresas prestadoras de serviços, que geram mais
empregos e fazem o lugar prosperar.

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