Aula 3

Legislação, Ética e Conformidade Conversa Inicial

1 2
42 42

Prof. Jailson de Souza Araujo

1 2

O direito civil e o princípio da boa-fé na era

digital
O contrato eletrônico, de acordo com o
código civil
O direito civil e o princípio da boa-fé
O dever de informar e de agir com na era digital
transparência, conforme o CDC
3
42 A proteção da confiança e da boa-fé, de 4
42

acordo com o CDC

Deveres do fornecedor no comércio
eletrônico

3 4

Direito civil Novos modelos de negócios on-line

Relações entre os Serviços digitais
particulares,
Economia do
disciplinando a vida compartilhamento
das pessoas desde
Concorrência com
sua concepção, até
modelos de negócio
5 depois de sua morte 6
42 42
tradicionais
Regulamentação das Novas formas de
relações patrimoniais ARMMY PICCA/Shutterstock
negociar e de Deemerwha studio/Shutterstock

Relações contratuais contratar

5 6
1
 Proteção jurídica da confiança e da boa-fé Proteção jurídica da confiança e da boa-fé

Art. 422 do Código Civil: Os contratantes são obrigados a agir de boa-

“Os contratantes são fé em todas as etapas de uma contratação:
obrigados a guardar, A oferta deve sempre corresponder à
assim na conclusão do realidade, sem esconder fatos relevantes
7
42
contrato, como em sua 8
42 que possam interferir nas condições de
execução, os negociação, ou mesmo gerar desistência
princípios de
probidade e boa-fé” Obrigações assumidas pós-venda
chompoo/shutterstock

7 8

Negociação e contratação on-line Descrever as características, condições de

uso e limitações daquilo que anuncia
Nenhum tipo de contrato dispensa os deveres Características não devem ser distorcidas
de lealdade e boa-fé
Aspectos negativos não devem ser omitidos
A fase negocial do contrato deve ser
transparente para ambas as partes A descrição das qualidades não pode ser
Cláusulas contratuais devem ser elaboradas exagerada
9
42 de forma clara, objetiva e coerente 10
42 Interferência negativa e substancial na
Termos de uso devem permitir ao usuário avaliação, na composição do preço, ou na
compreender seu conteúdo e consequências decisão do comprador de adquirir, ou não, o
A linguagem adotada deve ser simples bem ou serviço

9 10

Descrever as características, condições de Princípios contratuais visam proteger o

uso e limitações daquilo que anuncia equilíbrio entre as partes nas contratações

Não induzir Evitar abusos que possam proporcionar, a

maliciosamente e de uma das partes, vantagens indevidas
maneira antiética o Enriquecimento sem justa causa às custas do
11
contratante ao erro 12
empobrecimento indevido da outra parte
42 42

Risco de ter o negócio Quem aufere vantagem indevida se torna

anulado em discussão obrigado a restituir aquilo que
jurídica indevidamente ganhou (art. 884, CC)
Nicoleta Ionescu/Shutterstock

11 12
2
 O contrato eletrônico

Segurança jurídica
O contrato eletrônico, de acordo
com o Código Civil Redução de despesas
Tempo real
13 14
42 42
Indiferente à distância
Ganho de eficiência
SergeyBitos/Shutterstock

13 14

Validade do contrato (CC/02) Contrato eletrônico(CC/02)

a. Presença de agente capaz Ausência de previsão legal

Aplicação dos princípios
b. Objeto lícito, possível (viável de ser
tradicionais e modernos
fornecido), determinado ou determinável
que disciplinam os
15
42 c. Que a contratação siga a forma 16
42 contratos convencionais
determinada pela lei ou de maneira que Validade jurídica do
não seja proibida pela lei contrato eletrônico Cristian Dina/shutterstock

15 16

Validade do comércio eletrônico Lei aplicável ao contrato

LINDB:
Em todas as etapas do
Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações,
negócio deve existir:
aplicar-se-á a lei do país em que se
Transparência na constituírem [...]
negociação § 2º A obrigação resultante do contrato
resulta-se constituída no lugar em que residir o
Clareza nas proponente”
17 18
42
informações 42

Fornecedor estrangeiro em site estrangeiro, lei

Boa-fé no estrangeira
comportamento das Inaplicabilidade do CDC
partes contratantes Oleksandra Klestova/Shutterstock

17 18
3
 Ética, moralidade e justiça

Amartya Sen:
O dever de informar e de agir com “Há uma interdependência entre ética e
transparência, conforme o CDC economia, sendo que a ética deve orientá-
la”
19 20
42 42
“As questões econômicas não podem se
basear apenas na eficiência, mas também
na moralidade e na justiça”
(in: Sobre ética e economia, 1999)

19 20

Vulnerabilidade do consumidor O princípio da transparência

Todo consumidor é
vulnerável
Desequilíbrio entre Obrigação do fornecedor
consumidor e fornecedor de dar ao consumidor a
Aspecto técnico oportunidade de conhecer
21 Aspecto econômico 22 os produtos e serviços
42 42

Aspecto administrativo que disponibiliza no

Complexidade técnica que mercado de consumo
Andrey Popov/adobe stock
escapa do alcance do
cidadão comum eamesBot/Shutterstock

21 22

Direito à informação Direito à informação

Art. 6, III, do CDC Educação do consumidor acerca das

Direitos básicos do consumidor: [...] circunstâncias que possam influenciar sua
III - a informação adequada e clara tomada de decisão nas relações de consumo
sobre os diferentes produtos e serviços, em que se envolve, ou em que pretende se
23
com especificação correta de 24
envolver
quantidade, características, composição,
42 42

Capacidade do consumidor de distinguir

qualidade, tributos incidentes e preço,
benefícios e malefícios no mercado de
bem como sobre os riscos que
apresentem consumo e defender seus interesses

23 24
4
 Dever de agir com transparência Proteção do consumidor

Informação deve ser clara e adequada Exige comportamentos éticos de todos os

agentes econômicos envolvidos
A transparência deve reger todas as etapas
Não expor o consumidor ao marketing abusivo
do contrato:
Direito de receber informação adequada a
Oferta (anúncio, publicidade etc.), que respeito dos serviços que utiliza e dos produtos
corresponde ao momento pré-contratual de consumo que adquire (riscos, características e
25
42
26
42 limitações)
Fase contratual (cláusulas e condições) Uso seguro
Fase pós-contratual (garantia e suporte Coibir abusos
pós-venda) Não induzir ao erro

25 26

Proteção jurídica do consumidor

Proteção da vida, saúde e segurança contra

os riscos provocados por práticas no
A proteção da confiança e da boa-fé, fornecimento de produtos e serviços
de acordo com o CDC considerados perigosos ou nocivos
27 28 Sociedade de risco, de Ulrich Beck
42 42

Produtos, serviços e práticas comerciais

são efetivamente perigosos e danosos para
os consumidores

27 28

Proteção jurídica do consumidor Proteção do consumidor contra:

Publicidade enganosa e abusiva

Educação e
divulgação sobre o Métodos comerciais coercitivos ou desleais
consumo adequado Práticas e cláusulas abusivas ou impostas no
dos produtos e fornecimento de produtos e serviços
29 serviços, asseguradas 30
42 42 A modificação das cláusulas contratuais que
a liberdade de escolha
estabeleçam prestações desproporcionais, ou
e a igualdade nas
Alexstr/Shutterstock sua revisão em razão de fatos supervenientes
contratações
que as tornem excessivamente onerosas

29 30
5
 Princípio da boa-fé
Obrigatório em todas as etapas do contrato:
Viabilizar os princípios
constitucionais da ordem a. Pré-contratual (oferta negocial, anúncios e
econômica, previstos no publicidade on-line)
art. 170 da CF/88, b. Contratual (formação do contrato,
compatibilizando tratativas por e-mail, aplicativos ou redes
31
interesses aparentemente 32
pessoais, cláusulas e condições)
42 42
contraditórios, como a
proteção do consumidor e c. Pós-contratual (execução do contrato,
o desenvolvimento garantia e suporte pós-venda on-line)
Aleksandr Simonov/Shutterstock

econômico e tecnológico

31 32

Teoria da qualidade e garantia de Boa-fé e livre concorrência

adequação
Informações divulgadas influenciam ou
Segurança e adequação, conforme o uso determinam escolhas dos consumidores
esperado na sociedade de consumo
Informações reais e honestas
Os produtos e serviços colocados no
Não criar falsas pretensões ou expectativas
mercado de consumo não acarretarão
riscos à saúde ou segurança dos Permitir uma escolha verdadeira entre as
33 34
42
consumidores 42 ofertas disponíveis

Devem ser seguros, adequados e Não pode ser omissa, ambígua, confundir ou
induzir o consumidor ao erro
corresponder às legítimas expectativas
dos consumidores Respeitar a livre concorrência

33 34

Comércio eletrônico
Atividade comercial que
acontece por processos
Deveres do fornecedor no comércio digitais realizados por meio
de uma rede (Bill Gates,
eletrônico 1999)
35
42
36
42
B2B
B2C
Bens de natureza corpórea
ABC vector/Shutterstock

Bens de natureza incorpórea

35 36
6
 Expansão do comércio eletrônico Desconfiança e comércio eletrônico
Covid-19
Barreira para expansão
Fechamento de
estabelecimentos Observância ao princípio da
comerciais boa-fé e da transparência
nos negócios
Restrição de circulação
37
42 da população 38
42
Proteção tecnológica de
dados e pagamentos digitais
Serviços de entrega
Privacidade e proteção de
Alternativa ao rfranca/Shutterstock
dados pessoais (LGPD)
carballo/Shutterstock

comércio tradicional

37 38

Decreto n. 7.962/2013 – Interpretação das informações

Proteção do consumidor no comércio
eletrônico “Homem médio”
Informações sobre bens ou serviços devem conter
orientações claras e transparentes sobre:
Dever legal de fornecer um nível adequado
de informações
Preços
Eventuais condições que restrinjam a oferta ou Manifestação de vontade baseada em
39 40
42 disponibilidade daquele bem ou serviço 42 descrições e imagens
Modalidades de pagamento e respectivos encargos Risco de não atender a expectativas legítimas
Descrição detalhada do contrato
Induzir ao erro: “gato por lebre”
Condições de cancelamento da compra

39 40

Transtornos, danos e prejuízos Medidas preventivas

Ofertas detalhadas,
Cancelamento de precisas e objetivas
pedidos Canal de atendimento
para esclarecer dúvidas
Problemas com antes da contratação:
pós-venda
41
42
42
42
Limitações e riscos
Dano à imagem Proteção da confiança
Prejuízo financeiro Desenvolvimento do
Tero Vesalainen/Shutterstock Andrey_Popov/Shutterstock
comércio eletrônico

41 42
7
43
42

43