Universidade Licungo Faculdade de Educação Curso de Licenciatura em Ensino de Física Com Habilitaçãoem Energias Renováveis

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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE FÍSICA COM

HABILITAÇÃOEM ENERGIAS RENOVÁVEIS

JOSEFINA AMÉRICO JAMISSONE JOSÉ

ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS PARA CONVERSÃO DE


UNIDADES DAS GRANDEZAS FISICAS. CASO DE ESTUDO:
ALUNOS DA 9ª CLASSE DA ESCOLA SECUNDÁRIA GERAL 25 SE
SETEMBRO

QUELIMANE
2024
JOSEFINA AMÉRICO JAMISSONE JOSÉ

ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS PARA CONVERSÃO DE


UNIDADES DAS GRANDEZAS FISICAS. CASO DE ESTUDO:
ALUNOS DA 9ª CLASSE DA ESCOLA SECUNDÁRIA GERAL 25 SE
SETEMBRO

Projecto apresentado ao curso de Licenciatura em


Ensino de Física com Habilitações em Energias
Renováveis da Faculdade de Educação, como
requisito para obtenção do título de licenciatura.
Supervisor: Dr. Adérito Sadiga

QUELIMANE

2024
Sumário
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO........................................................................................3
1.1 Contextualização.........................................................................................................3
1.2 Delimitação do tema....................................................................................................4
1.3 Problematização..........................................................................................................4
1.4 Hipóteses.....................................................................................................................6
1.5 Objectivos....................................................................................................................6
1.5.1 Objetivo Geral:.........................................................................................................6
1.5.2 Objetivos Específicos:..............................................................................................6
1.6 Justificativa..................................................................................................................6
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA...............................................................8
2.1 Conceitos fundamentais...............................................................................................8
2.1.1 Conversão de unidades.............................................................................................8
2.2 Desafios Comuns na Aprendizagem de Conversão de Unidades................................8
2.3 Desenvolvimento Cognitivo e Aprendizagem.............................................................9
CAPÍTULO III: METODOLOGIA DA PESQUISA......................................................10
3.1 Classificação da pesquisa..........................................................................................10
3.1.1 Quanto a abordagem do problema..........................................................................10
3.1.2 Quanto à natureza...................................................................................................10
3.1.3 Quanto aos objectivos.............................................................................................10
3.1.4 Quanto aos procedimentos.....................................................................................10
3.2 Delimitação da população e amostra.........................................................................11
3.2.1 População...............................................................................................................11
3.2.2 Amostra..................................................................................................................11
3.3 Técnicas de coleta de dados......................................................................................11
3.5 Técnicas de análise dos dados...................................................................................11
Cronograma de actividades.............................................................................................12
Resultados esperados.......................................................................................................12
Referências bibliográficas...............................................................................................22
Anexos.............................................................................................................................23
Anexo A: Guião de Entrevista.........................................................................................24
3

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
A conversão de grandezas físicas é um aspecto fundamental no ensino de física, pois
permite aos alunos compreenderem as relações entre diferentes unidades de medida e
aplicarem correctamente os conceitos aprendidos. Ela permite a compreensão e a
comunicação eficaz de medidas e grandezas em diferentes sistemas de unidades, facilitando a
análise e a resolução de problemas em diversos contextos. No entanto, apesar da sua
relevância, muitos estudantes enfrentam dificuldades ao realizar essa conversão, o que pode
impactar negativamente seu desempenho acadêmico e sua compreensão dos conceitos físicos.

Diante desse cenário, torna-se imperativo investigar as causas subjacentes às


dificuldades dos estudantes na conversão de unidades das grandezas físicas e desenvolver
estratégias de ensino eficazes e direcionadas que auxiliem os alunos a superar essas
dificuldades e promovam uma aprendizagem mais significativa, isso não apenas os prepara
para um sucesso académico sólido, mas também os inspira a explorar o mundo fascinante da
física. Este estudo propõe a abordar essa questão, oferecendo uma análise aprofundada das
dificuldades enfrentadas pelos estudantes e apresentando um conjunto de estratégias
pedagógicas adaptadas para promover uma aprendizagem mais efetiva e significativa nessa
área específica.

Por meio de uma abordagem metodológica cuidadosamente planejada, este estudo


busca identificar os principais desafios enfrentados pelos estudantes na conversão de unidades
das grandezas físicas, utilizando instrumentos de avaliação adequados para diagnosticar as
lacunas de conhecimento e as dificuldades conceituais. Com base nessa análise inicial, serão
desenvolvidas e implementadas estratégias de ensino adaptadas, com o objetivo de abordar de
forma direcionada as necessidades específicas dos estudantes e promover uma aprendizagem
mais eficaz e duradoura.

Ao final do processo, será realizada uma avaliação comparativa, utilizando o mesmo


instrumento de avaliação inicial, a fim de verificar a evolução dos estudantes após a
implementação das estratégias de ensino propostas. Os resultados obtidos fornecerão insights
valiosos sobre a eficácia dessas estratégias e sua contribuição para a melhoria do ensino e da
aprendizagem da física, especialmente no que diz respeito à conversão de unidades das
grandezas físicas.
4

Em termos organizacionais, o projeto esta organizado nos seguintes itens principais:


Capítulo I: consistirá na contextualização do tema, onde será apresentado o contexto
educacional atual, destacando a importância da conversão de unidades no processo de
aprendizagem dos estudantes. Além disso, serão delimitados os objetivos do estudo, que
incluem avaliar o nível de entendimento dos alunos, identificar possíveis lacunas no
conhecimento e propor estratégias eficazes para superar tais desafios. As hipóteses a serem
testadas serão formuladas com base na literatura existente e nas observações iniciais.
Capítulo II: será realizada uma ampla revisão da fundamentação teórica relacionada à
conversão de unidades, abordando conceitos-chave, teorias educacionais relevantes e
pesquisas anteriores sobre metodologias de ensino eficazes nesse contexto. Será apresentado
um panorama abrangente das abordagens pedagógicas existentes e das melhores práticas
identificadas, com o intuito de embasar as estratégias metodológicas a serem implementadas
no estudo.
Capítulo III: descreverá detalhadamente a metodologia adotada neste projeto,
incluindo os procedimentos de coleta de dados, a seleção dos participantes, a aplicação dos
testes e entrevistas iniciais, a implementação da metodologia de ensino proposta e a avaliação
dos resultados obtidos. Será explicado o plano de intervenção pedagógica, as etapas do
processo de ensino-aprendizagem e os instrumentos de avaliação que serão utilizados para
mensurar o impacto da nova abordagem no conhecimento e desempenho dos estudantes.

1.2 Delimitação do tema


Deste modo, em termos de espaço geográfico e face a dimensão territorial, a presente
pesquisa será desenvolvida na Escola Secundaria Geral 25 de Setembro, cidade de
Quelimane, província da Zambézia, pelo facto de ser nesta onde o proponente identificou o
problema. A pesquisa será realizada na 9ª classe e o período para a implementação está
previsto para Março Abril de 2024. Assim, o tema em estudo enquadra-se nas cadeiras de
Fundamentos de Pedagogia, Pratica Pedagógica Geral, Pratica Pedagógica de Física I e II,
Didáctica de Física I, II, III e IV, e Estágio Pedagógico de Física.

1.3 Problematização
O estudo da física é muito importante, pois coloca os estudantes frente a situações
concretas e reais, situações essas que os princípios físicos podem responder, ajudando a
compreendermos a natureza e nutrindo o gosto pela ciência.
5

Porém, algumas dificuldades são enfrentadas no ensino dessa área do saber. Uma das
grandes dificuldades encontradas no ensino de Física esta relacionada à capacidade de
compreensão de fenómenos físicos, assim como a deficiência no conhecimento básico da
matemática por parte dos estudantes. Nestes aspectos, o que chama mais atenção é a
dificuldade no conhecimento e conversão de unidades das grandezas físicas.
Dando enfâse ao último ponto mencionado, o pesquisador observou, durante o período
do Estágio Pedagógico de Física na Escola Secundária Geral 25 de Setembro, que os
estudantes da 12ª classe enfrentam dificuldades no conhecimento e conversão das unidades de
grandezas físicas.
Numa das suas aulas, teve como tema “Vazão Volúmica ou Caudal” em que, na
resolução de exercícios, havia necessidade de converter as unidades “centímetros” para
“metros” do diâmetro de uma circunferência e os estudantes mostraram incapacidade na sua
conversão, conhecimento esse que deveria ter sido adquirido logo no primeiro ciclo.
Constatado isto, como forma estratégica, o pesquisador passou a dar exercícios que os
desafiassem a prestarem mais atenção nas unidades das grandezas físicas e suas conversões.
Apesar dos exercícios desafiadores, constatou que o problema persistia. É esta base
circunstancial que deu corpus a uma reflexão sobre as estratégias de ensino adoptadas ao
longo do percurso educacional dos alunos.
Considerando que a base para compreensão de conceitos basilares, como os da
conversão de unidades, deve ser solidificada desde cedo, torna-se crucial analisar as práticas
pedagógicas nas classes iniciais, especificamente na 9ª classe, nesta fase do ensino, os
estudantes da 9ª classe já devem ter adquirido um conjunto básico de conhecimentos e
habilidades em física, também implementar uma metodologia de ensino direcionada a
natureza de suas dificuldades e por fim procurara saber da eficiência da metodologia
implementada.
No entanto, a conversão de unidades das grandezas físicas envolve não apenas a
aplicação de fórmulas e procedimentos, mas também uma compreensão profunda dos
conceitos subjacentes e a capacidade de aplicá-los de forma flexível e contextualizada.
Portanto, é fundamental reconhecer que mesmo os alunos mais maduros e experientes podem
enfrentar dificuldades ao lidar com essa habilidade específica.
Diante desta situação, surge a seguinte questão:
 Qual é a natureza das dificuldades enfrentadas pelos estudantes da 9ª classe na
conversão de unidades de grandezas físicas, e como essas dificuldades podem ser
6

superadas por meio do desenvolvimento de estratégias de ensino eficazes e


direcionadas?

1.4 Hipóteses
A pesquisa tem-se as seguintes hipóteses:
H 0: Não há diferença significativa na habilidade dos alunos da 9ª classe na conversão
de unidades de grandezas físicas, independentemente das estratégias de ensino utilizadas.
H 1: Os alunos da 9ª classe enfrentam dificuldades na conversão de unidades de
grandezas físicas, e essas dificuldades podem ser superadas por meio do desenvolvimento de
estratégias de ensino eficazes.

1.5 Objectivos

1.5.1 Objetivo Geral:

 Analisar a eficácia das estratégias de ensino adoptadas para a melhoria do desempenho


dos alunos da 9ª classe na conversão de unidades de grandezas físicas.

1.5.2 Objetivos Específicos:


 Identificar as principais dificuldades dos alunos da 9ª classe na conversão de unidades
de grandezas físicas.
 Identificar estratégias metodológicas para a mitigação das dificuldades dos alunos da
9ª classe na conversão de unidades das grandezas físicas
 Avaliar o impacto das estratégias de ensino adaptadas no desempenho dos estudantes
da 9ª classe na conversão de unidades das grandezas físicas.

1.6 Justificativa
Considerando os professores como os maiores beneficiários, é crucial destacar que
este estudo pode oferecer uma contribuição significativa para o desenvolvimento profissional
desses educadores. Ao aprofundar o entendimento sobre estratégias eficazes para o ensino da
conversão de unidades, os professores terão a oportunidade de:

 Expandir seu repertório pedagógico: Ao adquirir conhecimentos aprofundados


sobre abordagens inovadoras e eficazes para o ensino da conversão de unidades, os
professores poderão enriquecer seu repertório pedagógico, ampliando suas opções
para promover a compreensão desse conceito fundamental.
7

 Capacitar os alunos de forma mais eficaz: Compreender as melhores práticas para o


ensino da conversão de unidades permitirá aos professores capacitar os alunos de
maneira mais eficaz, promovendo uma aprendizagem mais engajadora e significativa.

 Fomentar a criatividade e inovação: Ao incorporar estratégias pedagógicas


inovadoras, os professores podem estimular a criatividade dos alunos e promover um
ambiente de aprendizado dinâmico, onde a conversão de unidades seja abordada de
maneira envolvente e relevante.

 Alinhar-se com as demandas educacionais contemporâneas: Este estudo pode


ajudar os professores a alinhar suas práticas pedagógicas com as demandas
educacionais atuais, capacitando-os para atender às necessidades de uma educação
cada vez mais dinâmica e diversificada.

Ao considerar os benefícios diretos para os professores, é evidente que este estudo


pode desempenhar um papel fundamental no fortalecimento das habilidades docentes, na
promoção de ambientes educacionais mais estimulantes e na melhoria do processo de ensino-
aprendizagem como um todo.
8

CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA


2.1 Conceitos fundamentais
2.1.1 Conversão de unidades
A conversão de unidades é um processo fundamental no campo da matemática e das
ciências, envolvendo a transformação de uma medida de uma unidade para outra. No contexto
matemático, isso geralmente abrange a transição entre unidades de comprimento, massa,
volume, tempo e outras grandezas. Por exemplo, converter metros para quilômetros, gramas
para quilogramas ou minutos para horas.
Essa habilidade é essencial não apenas para o sucesso acadêmico, mas também para a
aplicação prática em diversas situações da vida diária e em várias disciplinas. A ausência de
proficiência na conversão de unidades pode resultar em dificuldades em compreender
problemas matemáticos mais complexos, bem como em interpretar informações em contextos
científicos e tecnológicos.
A capacidade de converter unidades está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento
do raciocínio matemático e à compreensão das relações proporcionais. Entender que 1
quilômetro é igual a 1000 metros, por exemplo, não é apenas uma manipulação de números,
mas sim uma compreensão profunda das relações entre diferentes unidades de medida.
Assim, a falta de domínio nessa habilidade pode ter impactos significativos, não
apenas no desempenho acadêmico, mas também na resolução de problemas do mundo real,
evidenciando a importância de investigar as estratégias de ensino empregadas para promover
essa competência desde os estágios iniciais da educação.

2.2 Desafios Comuns na Aprendizagem de Conversão de Unidades


A aprendizagem da conversão de unidades muitas vezes enfrenta desafios
significativos, resultando em dificuldades persistentes para os estudantes. Alguns dos desafios
comuns incluem:
 Abstração Conceitual: a conversão de unidades envolve uma transição de níveis
abstratos, exigindo que os estudantes compreendam não apenas a manipulação
numérica, mas também a relação entre diferentes medidas. A abstração conceitual
pode ser uma barreira para muitos estudantes.
 Compreensão da Proporcionalidade: a conversão de unidades frequentemente está
associada a relações proporcionais. Estabelecer e compreender essas proporções pode
ser desafiador, especialmente para estudantes que ainda estão desenvolvendo suas
habilidades matemáticas.
9

 Falta de Aplicação Prática: os estudantes podem ter dificuldade em aplicar a


conversão de unidades a situações práticas. A desconexão entre a teoria aprendida em
sala de aula e sua aplicação na vida cotidiana pode dificultar a internalização do
conceito.
 Variedade de Unidades de Medida: a diversidade de unidades de medida existentes
em diferentes contextos (metros, quilômetros, gramas, litros, entre outros.) pode
confundir os estudantes, especialmente se não houver uma compreensão clara das
relações entre elas.
 Falta de Material Concreto: a ausência de materiais concretos ou exemplos do
mundo real para facilitar a compreensão pode dificultar a visualização do processo de
conversão, tornando-o mais abstrato e menos tangível.
2.3 Desenvolvimento Cognitivo e Aprendizagem
Lajonquière (1993) afirma que a noção de “erro” na compreensão de uma actividade
escolar, por exemplo, não deve ser analisada apenas sob o prisma do desenvolvimento
cognitivo, mas sim, compreendendo- se a articulação que existe entre o “potencial intelectual”
de um aluno e a posição subjectiva (inconsciente) deste sujeito que aprende (ou não).

As dificuldades de aprendizagem de um conteúdo devem ser compreendidas numa


totalidade que considere os aspectos cognitivos e a história desejante, a qual não é parte de um
funcionamento possível de ser explicado numa lógica previsível. Nossos comportamentos, em
toda a sua diversidade de manifestações, nossas produções de sintomas, nossas acções no
mundo, aqui incluindo o nosso processo de aprendizagem, não seguem um curso aleatório em
relação à nossa história de vida.

Sendo assim, a possibilidade de aprender não pode ser pensada apenas sob a
perspectiva de um arranjo de condições externas ideais (métodos, recursos técnicos etc.). Ela
não está desconectada da compreensão de que existe uma subjectividade, uma história
particular para cada sujeito em sua trajectória na construção de conhecimentos. O desejo de
aprender move o aluno em direcção ao conhecimento, à busca constante de um saber. Esse
caminho inclui uma história subjectiva, um passado implícito num momento presente, mas
também uma actualidade, que é a relação com o outro, com o professor. E é esse intercâmbio
que permite um sentido novo à aprendizagem do aluno, sendo o conhecimento foco central
dessa relação. (Piaget. J. pg. 30, 2002).
10

CAPÍTULO III: METODOLOGIA DA PESQUISA


Esta secção consistirá em relatar o processo metodológico da pesquisa a ser feita na
escola em referência. Serão apresentados: o tipo de pesquisa, o universo pesquisado, o
instrumento para colecta de dados, as etapas para o desenvolvimento da mesma e os
procedimentos que regeram as acções do pesquisador durante a colecta, selecção e análise de
dados.
3.1 Classificação da pesquisa
3.1.1 Quanto a abordagem do problema
Pesquisa quali-quantitativa: ao adotar uma abordagem qualitativa, a pesquisa visa
explorar as percepções, experiências e práticas dos alunos em relação à conversão de unidades
das grandezas físicas, isso pode fornecer insights valiosos sobre as dinâmicas em sala de aula,
as dificuldades enfrentadas pelos alunos e as estratégias pedagógicas mais eficazes em
contextos específicos. Por outro lado, a abordagem quantitativa permitirá avaliar o impacto
das estratégias de ensino por meio de dados numéricos, como o desempenho dos alunos em
testes padronizados. Isso possibilitará uma análise comparativa mais objetiva do progresso
dos alunos e da eficácia das diferentes abordagens pedagógicas.

Portanto, a combinação dessas abordagens qualitativa e quantitativa permitirá uma


compreensão mais completa e holística do fenômeno estudado, enriquecendo a análise e as
conclusões do seu estudo sobre estratégias eficazes para o ensino da conversão de unidades.

3.1.2 Quanto à natureza


Pesquisa Aplicada: o objectivo da pesquisa será de gerar conhecimentos para
aplicação prática dirigidos à solução do problema em estudo (conversão de unidades das
grandezas fisicas).

3.1.3 Quanto aos objectivos


Pesquisa explicativa: o objectivo é explicar as dificuldades dos estudantes na
conversão de unidades das grandezas físicas, ou seja, a pesquisa busca compreender o
raciocínio lógico dos alunos quando submetidos a situações de aprendizagens enraizadas na
conversão de unidades.
3.1.4 Quanto aos procedimentos
Pesquisa de Campo: pelo facto da pesquisa ter sua etapa de implementação e colecta
de dados numa escola. A pesquisa de Campo será feita na Escola Secundaria Geral de 25 de
Setembro-Quelimane.
11

3.2 Delimitação da população e amostra


3.2.1 População
A pesquisa terá lugar na Escola Secundária 25 de Setembro, pelo facto da autora ter
desenvolvido actividades relacionadas ao Estágio Pedagógico de Física como antes
mencionado. Assim, esta contara com o Universo de 15 turmas da 9ª classe, em que cada
turma contem 70 alunos.
3.2.2 Amostra
A amostra deste estudo consistirá em 20 alunos de uma turma da 9ª classe da Escola
Secundária Geral 25 de Setembro.

3.3 Técnicas de coleta de dados


Num olhar mais detalhista, para a obtenção dos dados, fara-se em duas etapas:
A primeira consistira na aplicação de um teste com questões de natureza aberta para
garantir a contribuição de cada aluno com uma resolução de acordo com o seu entendimento.
Na segunda usar-se-á o mesmo teste, mas depois da aplicação da nova estratégia
metodológica para conversão de unidades de gradezas físicas com o objetivo de fazer-se uma
comparação do antes e depois da aplicação da mesma

3.5 Técnicas de análise dos dados


Para a análise dos dados, usar-se-á técnica de comparação, visto que, a autora pretende
comparar o rendimento dos alunos da escola em estudo antes e depois da implementação da
nova estratégia metodológica direcionada as dificuldades dos mesmos na conversão de
unidades das grandezas físicas. Utilizando testes estatísticos para verificar se as diferenças
entre as médias são estatisticamente significativas. Neste caso será usado o teste t de Student,
teste avaliara se há diferença significativa entre as médias das duas amostras (antes e depois
da intervenção). Essa abordagem permitirá uma avaliação objetiva das mudanças nas
respostas dos participantes antes e depois da intervenção, fornecendo insights valiosos sobre a
eficácia da estratégia metodológica implementada.
12

Cronograma de actividades
Período
Descrição das 2023 2024
actividades Maio Julho-Julho Agosto-Dezembro Março-abril Maio
Identificação do tema
Revisão bibliográfica
Elaboração do
projecto
Análise e
interpretação de dados
Elaboração da
monografia
Entrega da
m0onografia

Resultados esperados

Esta pesquisa visa a avaliar o conhecimento e as dificuldades dos estudantes do 9º ano


na conversão de unidades. Espera-se identificar as principais dificuldades enfrentadas pelos
estudantes, mapear as estratégias utilizadas por eles para realizar a conversão de unidades e
identificar possíveis lacunas na abordagem pedagógica. Com esses resultados, desenvolver
estratégias específicas para ajudar os estudantes a superar suas dificuldades na conversão de
unidades, contribuindo para uma melhoria no processo de ensino e aprendizagem.

Ao dominar a conversão de unidades de forma eficaz, os alunos podem desenvolver


uma base sólida para compreender conceitos mais avançados da física, uma vez que a
aplicação correta das unidades de medida é essencial para o entendimento e resolução de
problemas nessa disciplina. Portanto, ao concentrar esforços em melhorar o ensino da
conversão de unidades na física, há um potencial significativo para motivar os alunos e
estabelecer bases sólidas para o aprendizado futuro. Essa abordagem pode ser um passo
importante na busca por melhorias gerais na aprendizagem da física.
13

CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

Neste capítulo, apresentamos os dados colhidos a partir da aplicação dos instrumentos


seleccionados para esse fim, tais como o questionário aos alunos, a entrevista aos professores
e a observação directa, através da leccionação de aulas.

Como já nos referimos na Metodologia deste Trabalho, a amostra desta pesquisa é de


vinte (25) informantes, dos quais vinte (20) são alunos e cinco (5) são professores que
leccionam a disciplina de Física na Escola Secundária Geral 25 de Setembro – Quelimane. A
seguir, analisamos e interpretamos os dados colhidos a partir da aplicação dos instrumentos
acima apresentados.

4.1 Questionário aos alunos

Como já fizemos referência na metodologia, o objectivo deste instrumento de colecta de


dados era identificar as estratégias usadas pelos alunos na conversão de principais unidades de
medida.

Assim, a primeira questão deste questionário, era: Quais são as unidades de medida no
sistema internacional das seguintes grandezas físicas: a)Tempo (t ); b)Comprimento (l ); c)
Massa (m ) d)Aceleração e e) Velocidade ( v ). Aqui esperava-se que os alunos conseguissem
identificar as unidades correspondentes, pois, entende-se que para se chegar aos processos de
conversão dessas unidades de medida no sistema internacional para grandezas físicas, o
primeiro passo necessário e crucial é conhece-las teoricamente, como referem Bauer
(2013,p.33) e Kilbane (2016,p.14). Os dados colhidos a partir desta questão resumem-se na
tabela seguinte:

Tabela1: Unidades de Medida no SI

Informantes R. Acertadas R. Erradas


Ord. Opções
Nº % Nº % Nº %
Tempo (t)
01 20 100% 12 60% 8 40%
R.: segundo (s)
Comprimento (l)
02 20 100% 11 55% 9 45%
R.: Metro (m)
Massa (m)
03 20 100% 12 60% 8 40%
R.: Quilograma (kg)
Aceleração (s)
04 R.: Metro por segundo ao 20 100% 3 15% 17 85%
quadrado (m/ s2)
14

Velocidade (v)
05 20 100% 8 40% 12 60%
R.: metro por segundo (m/s)
Total 45 46% 55 54%

Para melhor visualização destes dados dispomos o seguinte:

Gráfico 1: Unidades de Medida no SI

17
18
16
14 12 12 12
11
12
9
10 8 8 8 Respostas Acertadas
8 Respostas Erradas
6
3
4
2
0
Tempo (t) Comprimento (l) Massa (m) Aceleração (s)Velocidade (v)
Fonte: Autora da Monografia (2024)

De acordo com a tabela e o gráfico 1, constatamos que 12 Alunos, correspondente a 60%


mostraram conhecer a unidade de medida do tempo (t) no SI que é o segundo (s) e 8,
correspondente a 40%, não a conhecem; Igualmente, 11 alunos, correspondente a 55%,
conseguiram indicar a unidade de medida do comprimento (l) no SI que é o metro (m) e os
restantes 9, correspondente a 45%, não a identificaram; É, ainda, notável que 12 alunos,
correspondente a 60% da nossa amostra, indicaram a unidade de medida da massa, no SI, que
é o quilograma (kg), e os restantes 8, correspondente a 40%, nem por isso; Sobre a grandeza
física da aceleração (s) no SI, 3 alunos, equivalente a 15%, conseguiram identificar a unidade
de medida correspondente que é a de metro por segundo ao quadrado (m/ s2) e 17 alunos, na
ordem percentual de 85, não conhecem. Por fim, 8 alunos, correspondente a 40%, mostraram
conhecer a unidade de medida da velocidade no SI e 12 alunos não conhecem.

Nestes dados apresentados é possível observar que a maior parte dos nossos informantes
(alunos) conhecem as unidades de medidas das grandezas físicas apresentadas. Entretanto, há
que destacar que este conhecimento se notabiliza no tempo, comprimento e massa, que são
aquelas com que trabalha diariamente e tem a consciência de estar a usa-las. Neste contexto,
ficam em causa as unidades aceleração e velocidade. Abre-se, então um precedente para as
dificuldades de conversão em contextos concretos.
15

A segunda questão deste questionário tinha que ver com a unidade de tempo. Ei-la: Se uma
aula tem duração de 1 hora e 30 minutos, quantos minutos isto representa no total? E
quantos segundos? Nesta questão, os alunos deviam demonstrar: (i) a capacidade de
conversão de 1 hora em minutos e os minutos resultantes adiciona-los a mais 30. No final, (ii)
a capacidade de conversão do total de minutos em segundos. Para todo este exercício, o aluno
precisava de conhecer o usa da regra de três simples. Assim, com esta questão, colhemos os
seguintes resultados:

Gráfico 2: Gráfico de conversão da unidade de tempo


11
12
10
8 Usando regra do tres
5 simples
6
Recorrendo a Forma
4 2 2
Fechada
2
0
Resposta Acertada Respostas Erradas
Fonte: Autora da Monografia (2024)

Como se pode observar no gráfico, dos 20, 7 informantes, correspondem a 35%, responderam
de forma acertada, sendo que 2 apenas fez a demonstração usando a regra de três simples e os
restantes deram respostas fechadas. Por seu turno, 13 alunos deram erradas e destes, 2,
correspondente a 15,3%, apresentaram recorrendo ao uso da regra de três simples e os
restantes 11, equivalente a 74.7%, deram respostas fechadas, mostrando, assim, dificuldades
em expressar seu raciocínio de forma clara e organizada, assim como as demonstrações por
meio de cálculos matemáticos.

Portanto, ao solicitar que os alunos convertam a duração da aula de horas para minutos e
segundos, testa-se o conhecimento da unidade de medida de tempo (s) e a compreensão da
fórmula ou do método de conversões, enquanto aplicação prática. Se compararmos estes
resultados e os do número anterior, podemos inferir que muitos alunos compreendem a teoria,
mas a prática é algo contraditório.

A terceira questão do questionário dirigido aos alunos tinha que ver com a unidade de medida
de comprimento. Ao aluno, pedia-se a conversão de três metros de profundidade de uma
piscina em centímetros. Esperava-se avaliar a capacidade dos alunos de identificar em realizar
16

conversões de unidades de medida de comprimento. O resultado colhido dessa questão está


disposto no gráfico abaixo:

Gráfico 3: Gráfico de conversão da unidade de comprimento


20 19

15

10

5
1
0
Respostas Acertadas Respostas Erradas

Fonte: Autora da Monografia (2024)

Nesse exercício específico, como se ilustra no gráfico 3, apenas 1 aluno, correspondente a


5%, respondeu acertadamente à questão colocada e respondeu-a usando a demonstração de
três simples. Os restantes 19 alunos, correspondente a 95, deram respostas erradas e, acima de
tudo, fechadas.

Se a distância da sua casa ao mercado Brandão é de 2 quilómetros, quantos metros você


percorre no trajecto de ida e volta? Esta é a quarta questão do nosso questionário sobre a qual
esperava-se que os alunos fossem capazes de aplicar seus conhecimentos sobre conversões de
unidades de medida de comprimento em um contexto prático. Ao responder a esta pergunta,
os alunos deviam considerar que o trajecto de ida e volta ao mercado Brandão implica
percorrer a distância duas vezes, e portanto, será necessário multiplicar a distância de ida por
dois para obter a distância total percorrida. Ademais, esperava-se que os alunos
compreendessem a relação entre quilómetros e metros para realizar a conversão
correctamente.

Assim, o gráfico abaixo ilustra as respostas dadas pelos alunos:


Gráfico 4:

12
15 8
10
5
0
Respostas Acertadas Respostas Erradas
17

Fonte: Autora da Monografia (2024)

De acordo com o gráfico acima, conseguimos identificar que 8 alunos, representando 40%
respondeu acertadamente, mas com uma reposta fechada, ou seja, sem algum tipo de
demonstração, os restantes 12 alunos, correspondente a 60%, erraram na resposta. Alguns
foram ao encontro da solução, mas não chegaram de multiplicar o resultado final por dois.
Ainda assim, isso demonstra as inúmeras dificuldades na compreensão plena da questão.

O resultado das questões 5 – 10 serão resumidos na tabela abaixo:

Tabela 2: Unidades de medida de comprimento, massa, velocidade e aceleração


Respostas Respostas
Grandeza
Ord. Questão acertadas Erradas
Física
Inf. % Inf. %
Comprimento Se a extensão do ginásio da sua escola é de 100 metros,
Q5 0 0 20 100
(m – mm) quantos milímetros ele possui?
Massa Se um saco de arroz tem 2 quilogramas, quantas gramas
Q6 0 0 20 100
(kg – g) ele possui?
Massa Se a massa de um bebé ao nascer é de 3.500
Q7 0 0 20 100
(g – kg) gramas, quantos quilogramas ele pesa?
Velocidade Um carro viaja a uma velocidade de 60km/h qual é a
Q8 0 0 20 100
(km/h – m/s) velocidade em m/s?
Velocidade Um atleta corre a uma velocidade de 8m/s.
Q9 0 0 20 100
(m/s – km/h) Qual é o valor da velocidade em km/h?
Aceleração Um carro acelera a uma taxa de 5m/s2.
Q10 0 0 20 100
(m/s2 – cm/s2) Qual é a aceleração em cm/s2
Fonte: Autora da Monografia (2024)

A tabela já ilustra que nenhum aluno conseguiu uma resposta acertada nas questões 5 – 10. Na
Q5, espera-se que os alunos sejam capazes de realizar conversões de unidades de medida de
comprimento, aplicando o conhecimento sobre a relação entre metros e milímetros. Neste
caso, a pergunta buscava avaliar a habilidade dos alunos em realizar essa conversão de forma
precisa e correcta, levando em conta a relação entre as unidades de medida e aplicando-a ao
contexto do tamanho do ginásio da escola.

Com base na tabela, é possível verificar, como dissemos, que nenhum aluno conseguiu acertar
a conversão da unidade de medida do comprimento, sendo que, alguns deixaram em branco
mostrando que nem faziam ideia do que fazer e outros as respostas foram dadas de forma
fechada, em que, apesar dos erros cometidos eles colocavam a unidade de medida de forma
verbal e não pela sua forma correcta de representar.
18

Na sexta pergunta, esperava-se que o aluno fosse capaz de realizar a conversão de unidades de
medida de massa, especificamente de quilogramas para gramas. Nas respostas à esta questão,
o aluno era obrigado a aplicar seu conhecimento sobre a relação entre quilogramas e gramas
para realizar a conversão correctamente, demonstrando compreensão da escala de medidas de
massa. No caso contrário, dos nossos informantes, debalde.

O mesmo verificou-se na questão 7, sobre a qual esperava-se que o aluno aplicasse o seu
conhecimento sobre a conversão de unidades de medida de massa, especificamente de gramas
para quilogramas, mas aqui não foi possível.

Outrossim: para responder à pergunta 8, o aluno devia aplicar seus conhecimentos sobre a
conversão de unidades de medida de velocidade, comumente medida em quilómetros por hora
(km/h) ou metros por segundo (m/s). Entretanto, ele precisava entender a relação entre essas
duas unidades para realizar a conversão de forma correcta e sem dificuldades, neste caso,
usando a fórmula de conversão entre km/h e m/s, que consiste em multiplicar a velocidade em
km/h por 5/18 para obter a velocidade em m/s. Neste caso, ao realizar essa conversão, o aluno
estaria a demonstrar compreensão sobre a relação entre as unidades de medida de velocidade
e a habilidade para aplicar conceitos matemáticos na resolução de problemas do mundo real.

Ainda, conforme se pode ver na tabela 2, a questão 9 exigia do aluno a conversão da


velocidade de metros por segundo (m/s) para quilómetros por hora (km/h), devendo, para o
efeito, multiplicar a velocidade em m/s por 3,6. Essa é a relação de conversão entre as duas
unidades de medida de velocidade. Portanto, ao responder à esta pergunta, esperava-se que o
aluno se lembrasse e utilizasse essa relação de conversão para o cálculo correcto e, assim,
obter o valor da velocidade em km/h.

Por fim, na última questão, ao aluno se pedia que convertesse a aceleração de metros por
segundo ao quadrado (m/s²) para centímetros por segundo ao quadrado (cm/s²), o aluno devia
multiplicar a aceleração em m/s² por 100, pois essa é a relação de conversão entre as duas
unidades de medida. Ao responder à essa pergunta, esperava-se que o estudante utilizasse essa
relação de conversão e efectuasse o cálculo correcto para obter o valor da aceleração em
cm/s², como uma forma de demonstrar conhecimento sobre a relação entre as unidades de
medida de aceleração e a habilidade para aplicar conceitos matemáticos na resolução de
problemas concretos.

4.2 Considerações finais


19

É evidente que primeiramente para o número um que alunos têm ate dificuldades em
identificar a unidade de medida do SI das 5 grandezas Físicas, verifica-se alta dificuldade nos
alunos tanto em identificar as unidades de medida SI das grandezas físicas vectoriais
(Velocidade e aceleração), assim como fazer suas respectivas conversões, pois pela sua
complexidade elas requerem mais atenção, pois os alunos não estão em condições de olhar
para unidade, avaliar e puxar sua unidade de medida ou converter uma em outra com ajuda
dos múltiplos e submúltiplos, regra de três simples, consoante a sua natureza.

A conversão de unidades apresenta desafios significativos para os alunos,


especialmente na aplicação da regra de três simples e familiaridade com os múltiplos e
submúltiplos das unidades do SI. Além disso, a falta de atenção na compreensão do próprio
exercício representa, também uma barreira adicional para muitos alunos, essa falta de
compreensão dificulta a capacidade dos alunos de relacionar uma unidade com a outra,
tornando a conversão de unidades um processo complexo e desafiador para eles.

Outra questão não menos importante é o facto de os alunos não conseguirem fazer a
representação correcta das grandezas físicas e das suas respectivas unidades de medida. Essas
dificuldades podem impactar significativamente seu desempenho na disciplina, que exige a
aplicação prática desses conceitos, destacando a importância de abordar essas questões de
forma clara e eficaz no processo educacional.

Diante desse cenário, torna-se essencial abordar essas questões de forma clara e eficaz
no processo educacional, garantindo que os alunos desenvolvam as habilidades necessárias
para superar esses desafios com confiança e sucesso. Neste sentido aplicar-se-á a ABP como
estratégia metodológica para conversão de unidades de grandezas físicas.

4.2.1 Aprendizagem Baseada em Problemas como Alternativa Pedagógica

A aprendizagem baseada em problemas é uma técnica que usa problemas complexos


do mundo real para incentivar a aprendizagem. O conhecimento é construído através de
debates e tem o objectivo de desenvolver habilidades como: pensamento crítico, resolução de
problemas e comunicação.

Da mesma forma, segundo Gemignani (2012), a aprendizagem baseada em problemas


é um método que utiliza a situação problema como estímulo para aprender.
20

De acordo com Pereira (2014, p. 08) “é mais que fornecer o aluno uma técnica de
como se faz. É fornecer a ele subsídios para a reflexão sobre sua própria experiência em
aprender, suas melhores opções, suas potencialidades e suas limitações”.

Portanto, esse método de aprendizagem baseada em problemas estimula o aluno a ser


pesquisador, ajudando-o a adquirir novos conhecimentos através de seu próprio aprendizado.
Também, ativa no aluno a busca pelo conhecimento, fazendo-o explorar novas áreas. Além de
aprender a trabalhar em grupo, respeitando as opiniões dos outros colegas, o educando pode
desenvolver o raciocínio crítico em relação às ideias que surgirão dentro do grupo durante o
desenvolvimento da solução para o problema recebido.

4.2.2 Adaptação da ABP para conversão de unidades

 Identificação do contexto específico

A ABP será implementada numa turma de 70 alunos da 9ª classe da Escola Secundaria


geral 25 de Setembro, sendo que apenas 20 alunos fazem parte da amostra usada mas isso não
implica que haverá priorização. Adaptar-se-á na segunda unidade- Estática dos sólidos; Ao
integrar as unidades de tempo, comprimento, massa, aceleração e velocidade na unidade
temática "Estática dos Sólidos", pode se criar situações de aprendizagem em que os alunos
precisam aplicar a conversão de unidades para resolver problemas relacionados a força,
equilíbrio e estruturas estáticas. Por exemplo, ao calcular a aceleração de um objeto em
repouso ou em movimento, ou ao analisar intervalos de tempo relevantes para fenômenos
estáticos, os alunos terão a oportunidade de compreender e aplicar as conversões de unidades
de forma prática e significativa. Isso contribuirá para uma compreensão mais profunda desses
conceitos e para o desenvolvimento de habilidades práticas no uso das unidades de medida.

 Criação de um grupo de discussão:

Dentro desse grupo, os alunos terão a oportunidade de compartilhar diferentes


abordagens para resolver problemas, discutir estratégias de conversão de unidades e colaborar
na resolução de desafios específicos relacionados a essa área da física. A troca de experiências
e a colaboração entre os membros do grupo podem enriquecer significativamente o processo
de aprendizagem e permitir que cada aluno desenvolva uma compreensão mais sólida dos
conceitos envolvidos. Além disso, trabalhar em pequenos grupos proporciona um ambiente
propício para a discussão aberta, o questionamento mútuo e o desenvolvimento das
21

habilidades de resolução de problemas, o que é fundamental para a aplicação prática dos


conhecimentos adquiridos.

 Seleção de problemas significativos

Problemas do cotidiano ou problemas reais relacionados à estática dos sólidos e à


conversão de unidades podem despertar o interesse dos alunos e demonstrar a aplicabilidade
dos conhecimentos teóricos. Os problemas são desafiadores, mas acessíveis, de modo que os
alunos possam aplicar seus conhecimentos prévios e desenvolver habilidades de resolução de
problemas. Deverão estimular a reflexão, a análise crítica e a busca por soluções através da
aplicação dos conceitos estudados e são relevantes para o contexto dos alunos, de forma a
demonstrar a importância e a utilidade prática dos conceitos abordados na unidade temática.
Isso pode ajudar a promover maior engajamento e motivação por parte dos estudantes, uma
vez que eles perceberão a aplicabilidade direta do que estão aprendendo.

 Iteração e ajustes

Os ajustes no processo de ensino-aprendizagem podem envolver a adaptação das


atividades propostas com base no feedback dos alunos, a exploração de diferentes abordagens
didáticas para elucidar conceitos mais complexos e a reavaliação das estratégias utilizadas
para promover a compreensão dos alunos. Além disso, os ajustes podem incluir a revisão e
reforço de conceitos-chave, a oferta de exemplos adicionais ou a exploração de aplicações
práticas específicas para consolidar o aprendizado.
22

Referências bibliográficas
Cervo, A. L. Bervian, P. A. (2002). Metodologia científica. 5.ed. São Paulo: Prentice Hall.

Gil, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. (5ª edição). São Paulo: Atlas.

Gil, A. C. (2008). Como Elaborar Projectos de Pesquisa. (4ª edição). São Paulo: Atlas.
MARCONI, Marina de Andrade; Fundamentos de Metodologia Científica; 5a edição; Atlas;
São Paulo; 2003.
23

Anexos
24

Anexo A: Guião de recolha de dados

UNIVERSIDADE LICUNGO
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE FÍSICA COMHABILITAÇÕES EM
ENERGIAS RENOVÁVEIS
Guião de recolha de dados a ser realizado na Escola Secundaria Geral 25 de Setembro-
Quelimane

O presente guiao é um componente crucial no processo de coleta de dados para a elaboração do


projeto de conclusão do curso de Licenciatura em Ensino de Física com Habilitações em Energias
Renováveis, com tema é "Estratégias Metodológicas para Conversão de Unidades de
Grandezas Físicas", com foco nos alunos da 9ª classe da Escola Secundária Geral 25 de
Setembro. Seu objetivo é analisar a eficácia das estratégias de ensino adotadas para melhorar o
desempenho dos alunos da 9ª classe na conversão de unidades de grandezas físicas.

Em física, Grandeza física é tudo aquilo que pode ser medido dando-nos um valor lógico e a sua
unidade no sistema internacional. Elas desempenham um papel fundamental na descrição e
compreensão dos fenómenos físicos, e são essenciais para a formulação de leis e teorias científicas.

1. Quais são as unidades de medida no sistema internacional das seguintes grandezas físicas:
a) Tempo (t)____________________________________________________________
b) Comprimento (l)_______________________________________________________
c) Massa (m)____________________________________________________________
d) Aceleração (a)_________________________________________________________
e) Velocidade (v) ________________________________________________________
2. Se uma aula tem duração de 1 hora e 30 minutos, quantos minutos isto representa no total? E
quantos segundos?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
_________________________.
3. A profundidade da piscina municipal é de 3 metros, quantos centímetros ela possui?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
25

__________________________________________________________________________________
______________________________________________.

4. Se a distância da sua casa ao mercado Brandão é de 2 quilômetros, quantos metros você


percorre no trajeto de ida e volta?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
______________________________________________.
5. Se a extensão do ginásio da sua escola é de 100 metros, quantos milímetros ele possui?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
_____________________________________________________.
6. Um saco de arroz tem 2 quilogramas, quantas gramas ele possui?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
______________________________________________.
7. Se a massa de um bebê ao nascer é de 3.500 gramas, quantos quilogramas ele pesa?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
_____________________________________________________.
8. Um carro viaja a uma velocidade de 60km/h qual é a velocidade em m/s?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________.

9. Um atleta corre a uma velocidade de 8m/s. qual é o valor da velocidade em km/h?


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________.

10. Um carro acelera a uma taxa de 5m/s2. Qual é a aceleracao em cm/s2


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________.

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