Projeto TCC - Lucas Tomasi de Santana
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2022
COVID-19 E O ESTILO DE VIDA DOS LATINO-AMERICANOS: UMA
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2022
RESUMO
6. Referências................................................................................................ 12
1. INTRODUÇÃO
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mercadorias em casa (LINS; AQUINO, 2020). Devido ao medo da falta e
dificuldade da disponibilidade de alimentos, muitos brasileiros passaram a
comprar alimentos em grandes quantidades e de longa vida útil (DEMOLINER;
DALTOÉ, 2020). Este tipo de comportamento de estocagem é comum durante
período de desastres, emergências e crises (LINS; AQUINO, 2020). Por outro
lado, no chile foi percebido que as pessoas com maiores níveis de escolaridade
priorizaram a compra de alimentos frescos (GLORIA; AGUERO; MOYA-
OSORIO, 2021). Mas, o aumento dos preços de algumas frutas e vegetais,
devido a dificuldades logísticas pode ter sido um limitante do consumo de
brasileiros (FARIAS; ARAÚJO, 2020) que foram os que mais sofreram com a
inflação dos preços de alimentos no Brasil (BACCARIN; DE OLIVERA, 2021).
Os sistemas alimentares foram impactados com a COVID-19, houve
dificuldades da logística nas cadeias de suprimentos de alimentos quanto ao
abastecimento que limitaram o acesso à alimentos in natura (HALPERN et al.,
2020). A situação da pandemia trouxe diversos problemas logísticos pelo mundo,
assim foi crescente o desperdício de alimentos (PEREZ; SHANKER, 2020) que
pode ter aumentado o consumo de alimentos ultra processados (DE ARO;
PEREIRA; BERNARDO, 2021). Como o consumo de bebidas açucaradas que
levantou preocupações e seu impacto na obesidade na população ibero-
americana (MIRANDA; MARTÍNEZ; AGÜERO, 2021). No Brasil, a população
apresentou aumento no consumo de embutidos, doces e sobremesas
(MAYNARD et al., 2020) e os chilenos passaram a consumir em maiores
quantidades junk food e álcool diariamente (REYES-OLAVARRÍA et al., 2020).
Segundo a Organização mundial da Saúde (OMS), o alcoolismo é a
dependência do indivíduo ao álcool, sendo considerada pela incapacidade de
controlar o consumo de bebida alcoólica (WHO, 2009). O abuso de álcool
durante o isolamento social trouxe uma nova preocupação para saúde pública
latino-americana, podendo impactar em doenças hepáticas, violência doméstica
e até no aumento da exposição infantil (GARCIA-CERDE et al., 2021). Com um
aumento de 18% no consumo de álcool entre os latino-americanos
(BRAMBILLA, 2022), na Argentina os desempregados foram os mais “afetados”
(ALOMO et al., 2020), no Peru a população adulta aumentou em 42,51% o
consumo (PADILLA et al., 2021) e no Brasil foi percebido quantidades maiores
entre os adultos com medo da contaminação da COVID-19 (QUEIROGA et al.,
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2021).Comparado ao período anterior da pandemia, os períodos de lockdown
trouxeram para além do aumento do consumo de álcool, o do tabagismo
(VANDERBRUGGEN et al., 2020).
O tabagismo é o ato de consumir cigarro ou outros produtos que
contenham tabaco, sendo a principal causa de morte evitável no mundo (OPAS,
2021). Durante a pandemia da COVID-19, o número de cigarros consumidos
diariamente pelos brasileiros teve um aumento significativo de 34%
(MENICHELLI; DE FREITAS; GONZAGA, 2021), diferente dos argentinos que
não apresentaram uma mudança significativa quanto ao consumo de tabaco
antes e durante a pandemia (ARNAUD et al., 2021). Os chilenos, além de
apresentarem o aumento do tabagismo também demonstraram maiores níveis
de ansiedade, estresse e alterações emocionais (ARANCIBIA; ROJO, 2021).
A saúde mental do mundo todo ficou afetada. Mas os sintomas de
ansiedade e depressão foram enfatizados principalmente em mulheres
brasileiras (BARBOSA; et al., 2021) e do Panamá (ESPINOSA-GUERRA; et al.,
2021). No Paraguai não houve diferença entre os gêneros nos sintomas (RIOS-
GONZÁLEZ; PALACIOS, 2021). Mas em geral, o uso de medicamentos
psicotrópicos aumentou para minimizar os efeitos de ansiedade e depressão em
adultos brasileiros (OLIVEIRA; SANTOS; DALLAQUA, 2021). Além do aumento
da automedicação em muitos países, como no Brasil (OLIVEIRA et al., 2021).
O abuso e a automedicação durante os tempos da COVID-19 também
levantaram preocupações das autoridades mundiais. Na Colômbia, estudantes
universitários foi crescente a auto suplementação em vitaminas (CALDERÓN;
SOLER, 2020). A prática de suplementação sem prescrição de vitaminas para
aumentar imunidade baseada em pesquisas na internet foi crescente no Brasil
(BONINI; MEDINA; SILVA, 2022), como também o seu uso para prevenção da
gravidade dos sintomas da COVID-19, mesmo que não haja comprovações
cientificas (BOMFIM; GOLÇAVES, 2020).
A COVID-19 traz uma oportunidade de reflexão diante aos seus desafios
no estilo de vida da população da América Latina (LIMA; BUSS; PAES-SOUSA;
2020). Neste contexto, o intuito do presente trabalho é identificar as lições
aprendidas no cenário pandêmico quanto ao estilo de vida latino-americano.
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2. OBJETIVO
3. METODOLOGIA
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foi: Houve mudanças no estilo de vida da população latino-americana advindas
da pandemia da COVID-19?
AND
AND
9
Salvador OR Guatemala OR Haiti OR Honduras OR Mexico OR
Dominican Republic OR Peru OR Paraguay OR Panama OR
Nicaragua OR Guyan OR Surinam
Fonte: Quadro elaborado pelos autores a partir dos resultados do estudo. Nota: países
selecionados de acordo com a sintaxe de cada banco de dados.
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as suas características gerais, principais resultados e conclusões dos estudos.
Essas tabelas serão organizadas junto ao fluxo das informações no texto e
descreverá como os resultados se relacionam com os objetivos e a pergunta da
revisão.
4. RESULTADOS ESPERADOS
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Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Jul Out
2022 2022 2022 2023 2023 2023 2023 2023 2023
Entrega do
projeto para
aprovação do
conselho
Pesquisa
bibliográfica
Busca no
banco de
dados
Seleção dos
Artigos
Análise de
dados
Validação
da
Estratégia
de Busca
Redação do
artigo
Revisão da
Redação
Entrega do TCC
Apresentação
do TCC
Submissão
artigo para
revista
6. REFERÊNCIAS
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ALOMO, M; GAGLIARDI, G; PELOCHE, S; SOMERS, E; ALZINA, P;
PROKOPEZ, C. R. Efectos psicológicos de la pandemia COVID-19 en la
población general de Argentina. Rev Fac Cien Med Univ Nac C, Argentina, v.
77, n. 3, p. 176-181, 2020.
13
COSTA, C. L. A; COSTA, T. M; FILHO, V. C. B; BANDEIRA, P. F. R; SIQUEIRA,
R. C. L. Influência do distanciamento social no nível de atividade física durante
a pandemia do COVID-19. RBAFS Ceará, v. 25, n.1, p. 0123, 2020.
14
Histórico da pandemia de COVID-19 - OPAS/OMS | Organização Pan-
Americana da Saúde disponível em: https://www.paho.org/pt/covid19/historico-
da-pandemia-covid-19. Acesso em 13 de abril de 2022.
15
PADILLA, P. R; CELI-TORRES, D; MORENO-PAJUELO, A; LAMA-MARTÍNEZ,
E; ÁVALOS-PÉREZ, M; DELGADO-LÓPEZ, V. CAP-COVID: Conocimientos,
actitudes y prácticas (CAP) entorno a la alimentación durante la pandemia de
COVID-19 en las ciudades capital de Ecuador y Perú. Nutr Clín Diet Hosp, Peru,
v. 41, n. 4, p. 150 – 160, 2021.
16
and during confinement due to COVID-19 in Mexican adults). Retos, México, v.
42, p. 898–905, 2021.
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