Legislação Basica para o Exerccio Profissional Da - Enfermagem - Coren-PR - 2023
Legislação Basica para o Exerccio Profissional Da - Enfermagem - Coren-PR - 2023
Legislação Basica para o Exerccio Profissional Da - Enfermagem - Coren-PR - 2023
Rita Franz
Presidente do Coren-PR
2
ÍNDICE
Lei nº 5.905/73..............................................................04
Lei nº 7.498/86..............................................................12
Decreto nº 94.406/87....................................................22
Lei nº 8.967/94..............................................................32
3
LEI Nº 5.905/73
O Presidente da República,
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
4
portadores de diploma de curso de enfermagem de nível
superior.
Art. 6º - Os membros do Conselho Federal e respectivos
suplentes serão eleitos por maioria de votos, em escrutínio
secreto, na Assembleia dos Delegados Regionais.
Art. 7º - O Conselho Federal elegerá dentre seus
membros, em sua primeira reunião, o Presidente, o Vice-
Presidente, o Primeiro e o Segundo Secretários e o
Primeiro e Segundo Tesoureiros.
Art. 8º - Compete ao Conselho Federal:
I - aprovar seu regimento interno e os dos Conselhos
Regionais;
lI - instalar os Conselhos Regionais;
III - elaborar o Código de Deontologia de Enfermagem e
alterá-lo, quando necessário, ouvidos os Conselhos
5
IX - aprovar anualmente as contas e a proposta
orçamentária da autarquia, remetendo-as aos órgãos
competentes;
X - promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento
profissional;
XI - publicar relatórios anuais de seus trabalhos;
XII - convocar e realizar as eleições para sua diretoria;
XIII - exercer as demais atribuições que lhe forem
conferidas por lei.
Art. 9º - O mandato dos membros do Conselho Federal
será honorífico e terá a duração de três anos, admitida uma
reeleição.
Art. 10 - A receita do Conselho Federal de Enfermagem
será constituída de:
I - um quarto da taxa de expedição das carteiras
Coren/PR - Legislação Básica
profissionais;
lI - um quarto das multas aplicadas pelos Conselhos
Regionais;
III - um quarto das anuidades recebidas pelos Conselhos
Regionais;
IV - doações e legados;
V - subvenções oficiais;
VI - rendas eventuais.
Parágrafo único. Na organização dos quadros distintos
para inscrição de profissionais o Conselho Federal de
Enfermagem adotará como critério, no que couber, o
6
disposto na Lei nº 2.604, de 17 de setembro de 1955.
Art. 11 - Os Conselhos Regionais serão instalados em
suas respectivas sedes, com cinco a vinte e um membros e
outros tantos suplentes, todos de nacionalidade brasileira,
na proporção de três quintos de enfermeiros e dois quintos
de profissionais das demais categorias de pessoal de
enfermagem reguladas em lei.
Parágrafo único. O número de membros dos Conselhos
Regionais será sempre ímpar, e a sua fixação será feita
pelo Conselho Federal em proporção ao número de
profissionais inscritos.
Art. 12 - Os membros dos Conselhos Regionais e
respectivos suplentes serão eleitos por voto pessoal
secreto e obrigatório em época determinada pelo
Conselho Federal em Assembleia Geral especialmente
convocada para esse fim.
7
Art. 14 - O mandato dos membros dos Conselhos
Regionais será honorífico e terá a duração de três anos
admitida uma reeleição.
Art. 15 - Compete aos Conselhos Regionais:
I - deliberar sobre inscrição no Conselho e seu
cancelamento;
II - disciplinar e fiscalizar o exercício profissional,
observadas as diretrizes gerais do Conselho Federal;
III - fazer executar as instruções e provimentos do
Conselho Federal;
IV - manter o registro dos profissionais com exercício na
respectiva jurisdição;
V - conhecer e decidir os assuntos atinentes à ética
profissional impondo as penalidades cabíveis;
VI - elaborar a sua proposta orçamentária anual e o projeto
Coren/PR - Legislação Básica
8
XI - fixar o valor da anuidade;
XII - apresentar sua prestação de contas ao Conselho
Federal, até o dia 28 de fevereiro de cada ano;
XIII - eleger sua diretoria e seus delegados eleitores ao
Conselho Federal;
XIV - exercer as demais atribuições que lhes forem
conferidas por esta Lei ou pelo Conselho Federal.
Art. 16 - A renda dos Conselhos Regionais será
constituída de:
I - três quartos da taxa de expedição das carteiras
profissionais;
II - três quartos das multas aplicadas;
III - três quartos das anuidades;
IV - doações e legados;
9
II - multa;
III - censura;
IV - suspensão do exercício profissional;
V - cassação do direito ao exercício profissional.
§ 1º As penas referidas nos incisos I, II, III e IV deste artigo
são da alçada dos Conselhos Regionais e a referida no
inciso V, do Conselho Federal, ouvido o Conselho
Regional interessado.
§ 2º O valor das multas, bem como as infrações que
implicam nas diferentes penalidades, serão disciplinados
no Regimento do Conselho Federal e dos Conselhos
Regionais.
Art. 19 - O Conselho Federal e os Conselhos Regionais
terão tabela própria de pessoal, cujo regime será o da
Consolidação das Leis do Trabalho.
Coren/PR - Legislação Básica
10
Conselho Federal, até noventa dias antes do término do
seu mandato.
Art. 22 - Durante o período de organização do Conselho
Federal de Enfermagem, o Ministério do Trabalho e
Previdência Social lhe facilitará a utilização de seu
próprio pessoal, material e local de trabalho.
Art. 23 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.
11
LEI Nº 7.498/86
O Presidente da República,
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte lei:
12
LEI Nº 7.498/86
Art. 6º - São enfermeiros:
I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por
instituição de ensino, nos termos da lei;
II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de
Enfermeira Obstétrica, conferido nos termos da lei;
III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a
titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obstétrica
ou de Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola
estrangeira segundo as leis do país, registrado em virtude
de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil
como diploma de Enfermeiro, de Enfermeira Obstétrica
ou de Obstetriz;
IV - aqueles que, não abrangidos pelos incisos anteriores,
obtiverem título de Enfermeiro conforme o disposto na
alínea d do art. 3º do Decreto nº 50.387, de 28 de março de
1961.
13
registrado no órgão competente;
II - o titular de diploma a que se refere a Lei nº 2.822, de 14
de junho de 1956;
III - o titular do diploma ou certificado a que se refere o
inciso III do art. 2º da Lei nº 2.604, de 17 de setembro de
1955, expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de 20 de
dezembro de 1961;
IV - o titular de certificado de Enfermeiro Prático ou
Prático de Enfermagem, expedido até 1964 pelo Serviço
Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, do
Ministério da Saúde, ou por órgão congênere da Secretaria
de Saúde nas Unidades da Federação, nos termos do
Decreto-lei nº 23.774, de 22 de janeiro de 1934, do
Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, e da Lei nº
3.640, de 10 de outubro de 1959;
V - o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem,
Coren/PR - Legislação Básica
14
equivalente, conferido por escola ou curso estrangeiro,
segundo as leis do país, registrado em virtude de
intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil, até 2 (dois)
anos após a publicação desta lei, como certificado de
Parteira.
Art. 10 - (VETADO).
Art. 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de
enfermagem, cabendo-lhe:
I - privativamente:
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura
básica da instituição de saúde, pública e privada, e chefia
de serviço e de unidade de enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de
suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas
prestadoras desses serviços;
15
risco de vida;
m) cuidados de enfermagem de maior complexidade
técnica e que exijam conhecimentos de base científica e
capacidade de tomar decisões imediatas;
II - como integrante da equipe de saúde:
a) participação no planejamento, execução e avaliação da
programação de saúde;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos
planos assistenciais de saúde;
c) prescrição de medicamentos estabelecidos em
programas de saúde pública e em rotina aprovada pela
instituição de saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de
unidades de internação;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar
Coren/PR - Legislação Básica
16
a) assistência à parturiente e ao parto normal;
b) identificação das distocias obstétricas e tomada de
providências até a chegada do médico;
c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de
anestesia local, quando necessária.
Art. 12 - O Técnico de Enfermagem exerce atividade de
nível médio, envolvendo orientação e acompanhamento
do trabalho de enfermagem em grau auxiliar, e
participação no planejamento da assistência de
enfermagem, cabendo-lhe especialmente:
a) participar da programação da assistência de
enfermagem;
b) executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as
privativas do Enfermeiro, observado o disposto no
parágrafo único do art. 11 desta lei;
17
d) participar da equipe de saúde.
Art. 14 - (VETADO).
Art. 15 - As atividades referidas nos arts. 12 e 13 desta lei,
quando exercidas em instituições de saúde, públicas e
privadas, e em programas de saúde, somente podem ser
desempenhadas sob orientação e supervisão de
Enfermeiro.
18
nos termos da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
será de R$ 4.750,00 (quatro mil setecentos e cinquenta
reais) mensais. (Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022)
19
II - 50% (cinquenta por cento) para o Auxiliar de
Enfermagem e para a Parteira. (Incluído pela Lei nº
14.434, de 2022)
20
Federal de Enfermagem, a exercer atividades elementares
de enfermagem, observado o disposto no art. 15 desta lei.
Parágrafo único. A autorização referida neste artigo, que
obedecerá aos critérios baixados pelo Conselho Federal
de Enfermagem, somente poderá ser concedida durante o
prazo de 10 (dez) anos, a contar da promulgação desta lei.
Parágrafo único. É assegurado aos atendentes de
enfermagem, admitidos antes da vigência desta lei, o
exercício das atividades elementares da enfermagem,
observado o disposto em seu artigo 15. (Redação dada
pela Lei nº 8.967, de 1986)
Art. 24 - (VETADO).
Parágrafo único.(VETADO).
Art. 25 - O Poder Executivo regulamentará esta lei no
prazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da data de sua
21
DECRETO Nº 94.406/87
respectiva Região.
Art. 2º - As instituições e serviços de saúde incluirão a
atividade de enfermagem no seu planejamento e
programação.
Art. 3º - A prescrição da assistência de enfermagem é
parte integrante do programa de enfermagem.
Art. 4º - São Enfermeiros:
I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por
instituição de ensino, nos termos da lei;
II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de
Enfermeira Obstétrica, conferido nos termos da lei;
22
III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a
titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obstétrica
ou de Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola
estrangeira segundo as respectivas leis, registrado em
virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado
no Brasil como diploma de Enfermeiro, de Enfermeira
Obstétrica ou de Obstetriz;
IV - aqueles que, não abrangidos pelos itens anteriores,
obtiveram título de Enfermeiro conforme o disposto na
letra d do art. 3º do Decreto nº 50.387, de 28 de março de
1961.
Art. 5º - São Técnicos de Enfermagem:
I - o titular do diploma ou do certificado de Técnico de
Enfermagem, expedido de acordo com a legislação e
registrado no órgão competente;
II - o titular do diploma ou do certificado legalmente
23
dezembro de 1961;
IV - o titular do certificado de Enfermeiro Prático ou
Prático de Enfermagem, expedido até 1964 pelo Serviço
Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, do
Ministério da Saúde, ou por órgão congênere da Secretaria
de Saúde nas Unidades da Federação, nos termos do
Decreto nº 23.774, de 22 de janeiro de 1934, do Decreto-
lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, e da Lei nº 3.640, de
10 de outubro de 1959;
V - o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem,
nos termos do Decreto-lei nº 299, de 28 de fevereiro de
1967;
VI - o titular do diploma ou certificado conferido por
escola ou curso estrangeiro, segundo as leis do país,
registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural
ou revalidado no Brasil como certificado de Auxiliar de
Coren/PR - Legislação Básica
Enfermagem.
Art. 7º - São Parteiros:
I - o titular do certificado previsto no art. 1º do Decreto-lei
nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, observado o disposto
na Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;
II - o titular do diploma ou certificado de Parteiro, ou
equivalente, conferido por escola ou curso estrangeiro,
segundo as respectivas leis, registrado em virtude de
intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil até 26 de
junho de 1988, como certificado de Parteiro.
Art. 8º - Ao Enfermeiro incumbe:
I - privativamente:
24
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura
básica da instituição de saúde, pública ou privada, e chefia
de serviço e de unidade de enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de
suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas
prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e
avaliação dos serviços da assistência de enfermagem;
d) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre
matéria de enfermagem;
e) consulta de enfermagem;
f) prescrição da assistência de enfermagem;
g) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves
com risco de vida;
h) cuidados de enfermagem de maior complexidade
25
unidades de internação;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar,
inclusive como membro das respectivas comissões;
f) participação na elaboração de medidas de prevenção e
controle sistemático de danos que possam ser causados
aos pacientes durante a assistência de enfermagem;
g) participação na prevenção e controle das doenças
transmissíveis em geral e nos programas de vigilância
epidemiológica;
h) prestação de assistência de enfermagem à gestante,
parturiente, puérpera e ao recém-nascido;
i) participação nos programas e nas atividades de
assistência integral à saúde individual e de grupos
específicos, particularmente daqueles prioritários e de alto
risco;
Coren/PR - Legislação Básica
26
p) participação na elaboração e na operacionalização do
sistema de referência e contrarreferência do paciente nos
diferentes níveis de atenção à saúde;
q) participação no desenvolvimento de tecnologia
apropriada à assistência de saúde;
r) participação em bancas examinadoras, em matérias
específicas de enfermagem, nos concursos para
provimento de cargo ou contratação de Enfermeiro ou
pessoal técnico e Auxiliar de Enfermagem.
Art. 9º - Às profissionais titulares de diploma ou
certificados de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica,
além das atividades de que trata o artigo precedente,
incumbe:
I - prestação de assistência à parturiente e ao parto normal;
II - identificação das distocias obstétricas e tomada de
providência até a chegada do médico;
27
geral em programas de vigilância epidemiológica;
d) na prevenção e no controle sistemático da infecção
hospitalar;
e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos
que possam ser causados a pacientes durante a assistência
de saúde;
f) na execução dos programas referidos nas letras i e o do
item II do art. 8º;
II - executar atividades de assistência de enfermagem,
excetuadas as privativas do enfermeiro e as referidas no
art. 9º deste Decreto;
III - integrar a equipe de saúde.
Art. 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades
auxiliares, de nível médio, atribuídas à equipe de
enfermagem, cabendo-lhe:
Coren/PR - Legislação Básica
28
enema e calor ou frio;
e) executar tarefas referentes à conservação e aplicação de
vacinas;
f) efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em
doenças transmissíveis;
g) realizar testes e proceder à sua leitura, para subsídio de
diagnóstico;
h) colher material para exames laboratoriais;
i) prestar cuidados de enfermagem pré e pós-operatórios;
j) circular em sala de cirurgia e, se necessário,
instrumentar;
l) executar atividades de desinfecção e esterilização;
IV - prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e
zelar por sua segurança, inclusive:
29
pacientes;
VIII - participar dos procedimentos pós-morte.
Art. 12 - Ao Parteiro incumbe:
I - prestar cuidados à gestante e à parturiente;
II - assistir ao parto normal, inclusive em domicílio; e
III - cuidar da puérpera e do recém-nascido.
Parágrafo único. As atividades de que trata este artigo
são exercidas sob supervisão de Enfermeiro Obstetra,
quando realizadas em instituições de saúde, e, sempre que
possível, sob controle e supervisão de unidade de saúde,
quando realizadas em domicílio ou onde se fizerem
necessárias.
Art. 13 - As atividades relacionadas nos arts. 10 e 11
somente poderão ser exercidas sob supervisão, orientação
e direção de Enfermeiro.
Coren/PR - Legislação Básica
30
Parágrafo único. Os órgãos e entidades compreendidos
neste artigo promoverão, em articulação com o Conselho
Federal de Enfermagem, as medidas necessárias à
adaptação das situações já existentes com as disposições
deste Decreto, respeitados os direitos adquiridos quanto a
vencimentos e salários.
Art. 16 - Este Decreto entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 17 - Revogam-se as disposições em contrário.
31
LEI Nº 8.967/94
O Presidente da República,
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e
eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º - O parágrafo único do art. 23 da Lei nº 7.498, de
25 de junho de 1986, passa a vigorar com a seguinte
redação:
"Art. 23 - .........................................................................
Parágrafo único. É assegurado aos atendentes de
enfermagem, admitidos antes da vigência desta lei, o
exercício das atividades elementares da enfermagem,
Coren/PR - Legislação Básica
32
RESOLUÇÃO COFEN Nº 358/2009
33
tornando possível a operacionalização do processo de
Enfermagem;
CONSIDERANDO que o processo de Enfermagem é um
instrumento metodológico que orienta o cuidado
profissional de Enfermagem e a documentação da prática
profissional;
CONSIDERANDO que a operacionalização e
documentação do Processo de Enfermagem evidencia a
contribuição da Enfermagem na atenção à saúde da
população, aumentando a visibilidade e o reconhecimento
profissional;
CONSIDERANDO resultados de trabalho conjunto
havido entre representantes do COFEN e da Subcomissão
da Sistematização da Prática de Enfermagem e Diretoria
da Associação Brasileira de Enfermagem, Gestão 2007-
2010;
Coren/PR - Legislação Básica
34
§ 2º – quando realizado em instituições prestadoras de
serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas,
associações comunitárias, entre outros, o Processo de
Saúde de Enfermagem corresponde ao usualmente
denominado nesses ambientes como Consulta de
Enfermagem.
Art. 2º - O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco
etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes:
I – Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de
Enfermagem) – processo deliberado, sistemático e
contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas
variadas, que tem por finalidade a obtenção de
informações sobre a pessoa, família ou coletividade
humana e sobre suas respostas em um dado momento do
processo saúde e doença.
II – Diagnóstico de Enfermagem – processo de
35
identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem.
IV – Implementação – realização das ações ou
intervenções determinadas na etapa de Planejamento de
Enfermagem.
V – Avaliação de Enfermagem – processo deliberado,
sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas
respostas da pessoa, família ou coletividade humana em
um dado momento do processo saúde doença, para
determinar se as ações ou intervenções de enfermagem
alcançaram o resultado esperado; e de verificação da
necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do
Processo de Enfermagem.
Art. 3º - O Processo de Enfermagem deve estar baseado
num suporte teórico que oriente a coleta de dados, o
estabelecimento de diagnósticos de enfermagem e o
planejamento das ações ou intervenções de enfermagem;
Coren/PR - Legislação Básica
36
Art. 5º - O Técnico de Enfermagem e o Auxiliar de
Enfermagem, em conformidade com o disposto na Lei nº
7.498, de 25 de junho de 1986, e do Decreto 94.406, de 08
de junho de 1987, que a regulamenta, participam da
execução do Processo de Enfermagem, naquilo que lhes
couber, sob a supervisão e orientação do Enfermeiro.
Art. 6º - A execução do Processo de Enfermagem deve ser
registrada formalmente, envolvendo:
a) um resumo dos dados coletados sobre a pessoa, família
ou coletividade humana em um dado momento do
processo saúde e doença;
b) os diagnósticos de enfermagem acerca das respostas da
pessoa, família ou coletividade humana em um dado
momento do processo saúde e doença;
c) as ações ou intervenções de enfermagem realizadas
face aos diagnósticos de enfermagem identificados;
37
Brasília-DF, 15 de outubro de 2009.
MANOEL CARLOS NERI DA SILVA
COREN-RO nº 63.592
Presidente
GELSON LUIZ DE ALBUQUERQUE
COREN-SC nº. 25.336
Primeiro-Secretário
38
CONSIDERANDO a Declaração Universal dos Direitos
Humanos, promulgada pela Assembleia Geral das Nações
Unidas (1948) e adotada pela Convenção de Genebra
(1949), cujos postulados estão contidos no Código de
Ética do Conselho Internacional de Enfermeiras (1953,
revisado em 2012);
CONSIDERANDO a Declaração Universal sobre
Bioética e Direitos Humanos (2005);
CONSIDERANDO o Código de Deontologia de
Enfermagem do Conselho Federal de Enfermagem
(1976), o Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem (1993, reformulado em 2000 e 2007), as
normas nacionais de pesquisa (Resolução do Conselho
39
dos Profissionais de Enfermagem, instituída pela Portaria
Cofen nº 1.351/2016;
CONSIDERANDO a Lei nº 11.340, de 07 de agosto de
2006 (Lei Maria da Penha) que cria mecanismos para
coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher,
nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal e a
Lei nº 10.778, de 24 de novembro de 2003, que estabelece
a notificação compulsória, no território nacional, nos
casos de violência contra a mulher que for atendida em
serviços de saúde públicos e privados;
CONSIDERANDO a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990,
que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente;
CONSIDERANDO a Lei nº. 10.741, de 01 de outubro de
Coren/PR - Legislação Básica
40
Assembleia Extraordinária de Presidentes dos Conselhos
Regionais de Enfermagem, ocorrida na sede do Cofen, em
Brasília, Distrito Federal, no dia 18 de julho de 2017, e
CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do
Conselho Federal de Enfermagem em sua 491ª Reunião
Ordinária,
RESOLVE:
Art. 1º - Aprovar o novo Código de Ética dos Profissionais
de Enfermagem, conforme o anexo desta Resolução, para
observância e respeito dos profissionais de Enfermagem,
que poderá ser consultado através do sítio de internet do
Cofen (www.cofen.gov.br).
Art. 2º - Este Código aplica-se aos Enfermeiros, Técnicos
41
Conselhos Regionais, sob a coordenação geral do
Conselho Federal de Enfermagem, em formato de
Conferência Nacional, precedida de Conferências
Regionais.
Art. 5º - A presente Resolução entrará em vigor 120 (cento
e vinte) dias a partir da data de sua publicação no Diário
Oficial da União, revogando-se as disposições em
contrário, em especial a Resolução Cofen nº 311/2007, de
08 de fevereiro de 2007.
COREN-RO N° 63592
Presidente
MARIA R. F. B. SAMPAIO
COREN-PI N° 19084
Primeira-Secretária
42
CÓDIGO DE ÉTICA DOS
PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
PREÂMBULO
O Conselho Federal de Enfermagem, ao revisar o Código
de Ética dos Profissionais de Enfermagem – CEPE,
norteou-se por princípios fundamentais, que representam
imperativos para a conduta profissional e consideram que
a Enfermagem é uma ciência, arte e uma prática social,
indispensável à organização e ao funcionamento dos
serviços de saúde; tem como responsabilidades a
promoção e a restauração da saúde, a prevenção de
agravos e doenças e o alívio do sofrimento; proporciona
43
distinção de classe social, geração, etnia, cor, crença
religiosa, cultura, incapacidade, deficiência, doença,
identidade de gênero, orientação sexual, nacionalidade,
convicção política, raça ou condição social.
Inspirado nesse conjunto de princípios é que o Conselho
Federal de Enfermagem, no uso das atribuições que lhe
são conferidas pelo Art. 8º, inciso III, da Lei nº 5.905, de
12 de julho de 1973, aprova e edita esta nova revisão do
CEPE, exortando os profissionais de Enfermagem à sua
fiel observância e cumprimento.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
A Enfermagem é comprometida com a produção e gestão
Coren/PR - Legislação Básica
44
com ênfase nas políticas de saúde que garantam a
universalidade de acesso, integralidade da assistência,
resolutividade, preservação da autonomia das pessoas,
participação da comunidade, hierarquização e
descentralização político-administrativa dos serviços de
saúde.
O cuidado da Enfermagem se fundamenta no
conhecimento próprio da profissão e nas ciências
humanas, sociais e aplicadas e é executado pelos
profissionais na prática social e cotidiana de assistir,
gerenciar, ensinar, educar e pesquisar.
45
da dignidade profissional, do exercício da cidadania e das
reivindicações por melhores condições de assistência,
trabalho e remuneração, observados os parâmetros e
limites da legislação vigente.
Art. 4º - Participar da prática multiprofissional,
interdisciplinar e transdisciplinar com responsabilidade,
autonomia e liberdade, observando os preceitos éticos e
legais da profissão.
Art. 5º - Associar-se, exercer cargos e participar de
Organizações da Categoria e Órgãos de Fiscalização do
Exercício Profissional, atendidos os requisitos legais.
Art. 6º - Aprimorar seus conhecimentos técnico-
científicos, ético-políticos, socioeducativos, históricos e
Coren/PR - Legislação Básica
46
presente Código, a Legislação do Exercício Profissional e
as Resoluções, Decisões e Pareceres Normativos
emanados pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais de
Enfermagem.
Art. 10 - Ter acesso, pelos meios de informação
disponíveis, às diretrizes políticas, normativas e
protocolos institucionais, bem como participar de sua
elaboração.
Art. 11 - Formar e participar da Comissão de Ética de
Enfermagem, bem como de comissões interdisciplinares
da instituição em que trabalha.
Art. 12 - Abster-se de revelar informações confidenciais
de que tenha conhecimento em razão de seu exercício
47
instrumento metodológico para planejar, implementar,
avaliar e documentar o cuidado à pessoa, família e
coletividade.
Art. 15 - Exercer cargos de direção, gestão e coordenação,
no âmbito da saúde ou de qualquer área direta ou
indiretamente relacionada ao exercício profissional da
Enfermagem.
Art. 16 - Conhecer as atividades de ensino, pesquisa e
extensão que envolvam pessoas e/ou local de trabalho sob
sua responsabilidade profissional.
Art. 17 - Realizar e participar de atividades de ensino,
pesquisa e extensão, respeitando a legislação vigente.
Art. 18 - Ter reconhecida sua autoria ou participação em
Coren/PR - Legislação Básica
48
mídias sociais durante o desempenho de suas atividades
profissionais.
Art. 22 - Recusar-se a executar atividades que não sejam
de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que
não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à
família e à coletividade.
Art. 23 - Requerer junto ao gestor a quebra de vínculo da
relação profissional/usuários quando houver risco à sua
integridade física e moral, comunicando ao Coren e
assegurando a continuidade da assistência de
Enfermagem.
49
Art. 27 - Incentivar e apoiar a participação dos
profissionais de Enfermagem no desempenho de
atividades em organizações da categoria.
Art. 28 - Comunicar formalmente ao Conselho Regional
de Enfermagem e aos órgãos competentes fatos que
infrinjam dispositivos éticos-legais e que possam
prejudicar o exercício profissional e a segurança à saúde
da pessoa, família e coletividade.
Art. 29 - Comunicar formalmente, ao Conselho Regional
de Enfermagem, fatos que envolvam recusa e/ou
demissão de cargo, função ou emprego, motivado pela
necessidade do profissional em cumprir o presente Código
e a legislação do exercício profissional.
Coren/PR - Legislação Básica
50
Art. 33 - Manter os dados cadastrais atualizados junto ao
Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição.
Art. 34 - Manter regularizadas as obrigações financeiras
junto ao Conselho Regional de Enfermagem de sua
jurisdição.
Art. 35 - Apor nome completo e/ou nome social, ambos
legíveis, número e categoria de inscrição no Conselho
Regional de Enfermagem, assinatura ou rubrica nos
documentos, quando no exercício profissional.
§ 1º É facultado o uso do carimbo, com nome completo,
número e categoria de inscrição no Coren, devendo
constar a assinatura ou rubrica do profissional.
§ 2º Quando se tratar de prontuário eletrônico, a assinatura
51
assistência e segurança do paciente.
Art. 39 - Esclarecer à pessoa, família e coletividade, a
respeito dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências
acerca da assistência de Enfermagem.
Art. 40 - Orientar à pessoa e família sobre preparo,
benefícios, riscos e consequências decorrentes de exames
e de outros procedimentos, respeitando o direito de recusa
da pessoa ou de seu representante legal.
Art. 41 - Prestar assistência de Enfermagem sem
discriminação de qualquer natureza.
Art. 42 - Respeitar o direito do exercício da autonomia da
pessoa ou de seu representante legal na tomada de decisão,
livre e esclarecida, sobre sua saúde, segurança,
Coren/PR - Legislação Básica
52
Art. 44 - Prestar assistência de Enfermagem em condições
que ofereçam segurança, mesmo em caso de suspensão
das atividades profissionais decorrentes de movimentos
reivindicatórios da categoria.
Parágrafo único. Será respeitado o direito de greve e, nos
casos de movimentos reivindicatórios da categoria,
deverão ser prestados os cuidados mínimos que garantam
uma assistência segura, conforme a complexidade do
paciente.
Art. 45 - Prestar assistência de Enfermagem livre de
danos decorrentes de imperícia, negligência ou
imprudência.
Art. 46 - Recusar-se a executar prescrição de
53
de urgência e emergência e regulação, conforme
Resolução vigente.
Art. 47 - Posicionar-se contra, e denunciar aos órgãos
competentes, ações e procedimentos de membros da
equipe de saúde, quando houver risco de danos
decorrentes de imperícia, negligência e imprudência ao
paciente, visando a proteção da pessoa, família e
coletividade.
Art. 48 - Prestar assistência de Enfermagem promovendo
a qualidade de vida à pessoa e família no processo do
nascer, viver, morrer e luto.
Parágrafo único. Nos casos de doenças graves incuráveis
e terminais com risco iminente de morte, em consonância
Coren/PR - Legislação Básica
54
responsável legal, ou decisão judicial.
Parágrafo único. Ficam resguardados os casos em que
não haja capacidade de decisão por parte da pessoa, ou na
ausência do representante ou responsável legal.
Art. 51 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas
atividades profissionais, independentemente de ter sido
praticada individual ou em equipe, por imperícia,
imprudência ou negligência, desde que tenha participação
e/ou conhecimento prévio do fato.
Parágrafo único. Quando a falta for praticada em equipe,
a responsabilidade será atribuída na medida do(s) ato(s)
praticado(s) individualmente.
Art. 52 - Manter sigilo sobre fato de que tenha
55
prestação da assistência.
§ 3º O profissional de Enfermagem intimado como
testemunha deverá comparecer perante a autoridade e, se
for o caso, declarar suas razões éticas para manutenção do
sigilo profissional.
§ 4º É obrigatória a comunicação externa, para os órgãos
de responsabilização criminal, independentemente de
autorização, de casos de violência contra: crianças e
adolescentes; idosos; e pessoas incapacitadas ou sem
condições de firmar consentimento.
§ 5º A comunicação externa para os órgãos de
responsabilização criminal em casos de violência
doméstica e familiar contra mulher adulta e capaz será
Coren/PR - Legislação Básica
56
Enfermagem sob sua supervisão e coordenação.
Art. 55 - Aprimorar os conhecimentos técnico-científicos,
ético-políticos, socioeducativos e culturais, em benefício
da pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da
profissão.
Art. 56 - Estimular, apoiar, colaborar e promover o
desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e
extensão, devidamente aprovados nas instâncias
deliberativas.
Art. 57 - Cumprir a legislação vigente para a pesquisa
envolvendo seres humanos.
Art. 58 - Respeitar os princípios éticos e os direitos
autorais no processo de pesquisa, em todas as etapas.
57
da Enfermagem.
Art. 62 - Executar atividades que não sejam de sua
competência técnica, científica, ética e legal ou que não
ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à
coletividade.
Art. 63 - Colaborar ou acumpliciar-se com pessoas físicas
ou jurídicas que desrespeitem a legislação e princípios que
disciplinam o exercício profissional de Enfermagem.
Art. 64 - Provocar, cooperar, ser conivente ou omisso
diante de qualquer forma ou tipo de violência contra a
pessoa, família e coletividade, quando no exercício da
profissão.
Art. 65 - Aceitar cargo, função ou emprego vago em
Coren/PR - Legislação Básica
58
pessoa, família e coletividade, além do que lhe é devido,
como forma de garantir assistência de Enfermagem
diferenciada ou benefícios de qualquer natureza para si ou
para outrem.
Art. 68 - Valer-se, quando no exercício da profissão, de
mecanismos de coação, omissão ou suborno, com pessoas
físicas ou jurídicas, para conseguir qualquer tipo de
vantagem.
Art. 69 - Utilizar o poder que lhe confere a posição ou
cargo, para impor ou induzir ordens, opiniões, ideologias
políticas ou qualquer tipo de conceito ou preconceito que
atentem contra a dignidade da pessoa humana, bem como
dificultar o exercício profissional.
59
Art. 72 - Praticar ou ser conivente com crime,
contravenção penal ou qualquer outro ato que infrinja
postulados éticos e legais, no exercício profissional.
Art. 73 - Provocar aborto, ou cooperar em prática
destinada a interromper a gestação, exceto nos casos
permitidos pela legislação vigente.
Parágrafo único. Nos casos permitidos pela legislação, o
profissional deverá decidir de acordo com a sua
consciência sobre sua participação, desde que seja
garantida a continuidade da assistência.
Art. 74 - Promover ou participar de prática destinada a
antecipar a morte da pessoa.
Art. 75 - Praticar ato cirúrgico, exceto nas situações de
Coren/PR - Legislação Básica
60
iminente risco de morte.
Art. 78 - Administrar medicamentos sem conhecer
indicação, ação da droga, via de administração e
potenciais riscos, respeitados os graus de formação do
profissional.
Art. 79 - Prescrever medicamentos que não estejam
estabelecidos em programas de saúde pública e/ou em
rotina aprovada em instituição de saúde, exceto em
situações de emergência.
Art. 80 - Executar prescrições e procedimentos de
qualquer natureza que comprometam a segurança da
pessoa.
Art. 81 - Prestar serviços que, por sua natureza, competem
61
qualquer natureza, contra pessoa, família, coletividade ou
qualquer membro da equipe de saúde, seja por meio de
atos ou expressões que tenham por consequência atingir a
dignidade ou criar condições humilhantes e
constrangedoras.
Art. 84 - Anunciar formação profissional, qualificação e
título que não possa comprovar.
Art. 85 - Realizar ou facilitar ações que causem prejuízo
ao patrimônio das organizações da categoria.
Art. 86 - Produzir, inserir ou divulgar informação
inverídica ou de conteúdo duvidoso sobre assunto de sua
área profissional.
Parágrafo único. Fazer referência a casos, situações ou
Coren/PR - Legislação Básica
62
documentos a terceiros que não estão diretamente
envolvidos na prestação da assistência de saúde ao
paciente, exceto quando autorizado pelo paciente,
representante legal ou responsável legal, por
determinação judicial.
Art. 90 - Negar, omitir informações ou emitir falsas
declarações sobre o exercício profissional quando
solicitado pelo Conselho Regional de Enfermagem e/ou
Comissão de Ética de Enfermagem.
Art. 91 - Delegar atividades privativas do(a)
Enfermeiro(a) a outro membro da equipe de Enfermagem,
exceto nos casos de emergência.
Parágrafo único. Fica proibido delegar atividades
63
Art. 94 - Apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel ou
imóvel, público ou particular, que esteja sob sua
responsabilidade em razão do cargo ou do exercício
profissional, bem como desviá-lo em proveito próprio ou
de outrem.
Art. 95 - Realizar ou participar de atividades de ensino,
pesquisa e extensão, em que os direitos inalienáveis da
pessoa, família e coletividade sejam desrespeitados ou
ofereçam quaisquer tipos de riscos ou danos previsíveis
aos envolvidos.
Art. 96 - Sobrepor o interesse da ciência ao interesse e
segurança da pessoa, família e coletividade.
Art. 97 - Falsificar ou manipular resultados de pesquisa,
Coren/PR - Legislação Básica
64
não publicadas, sem referência do autor ou sem a sua
autorização.
Art. 101 - Apropriar-se ou utilizar produções técnico-
científicas, das quais tenha ou não participado como autor,
sem concordância ou concessão dos demais partícipes.
Art. 102 - Aproveitar-se de posição hierárquica para fazer
constar seu nome como autor ou coautor em obra técnico-
científica.
65
contribuir para sua prática, e, quando cometida(s) por
outrem, dela(s) obtiver benefício.
Art. 106 - A gravidade da infração é caracterizada por
meio da análise do(s) fato(s), do(s) ato(s) praticado(s) ou
ato(s) omissivo(s), e do(s) resultado(s).
Art. 107 - A infração é apurada em processo instaurado e
conduzido nos termos do Código de Processo Ético-
Disciplinar vigente, aprovado pelo Conselho Federal de
Enfermagem.
Art. 108 - As penalidades a serem impostas pelo Sistema
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, conforme o
que determina o art. 18, da Lei n° 5.905, de 12 de julho de
1973, são as seguintes:
Coren/PR - Legislação Básica
I – Advertência verbal;
II – Multa;
III – Censura;
IV – Suspensão do Exercício Profissional;
V – Cassação do direito ao Exercício Profissional.
§ 1º A advertência verbal consiste na admoestação ao
infrator, de forma reservada, que será registrada no
prontuário do mesmo, na presença de duas testemunhas.
§ 2º A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de
01 (um) a 10 (dez) vezes o valor da anuidade da categoria
66
profissional à qual pertence o infrator, em vigor no ato do
pagamento.
§ 3º A censura consiste em repreensão que será divulgada
nas publicações oficiais do Sistema Cofen/Conselhos
Regionais de Enfermagem e em jornais de grande
circulação.
§ 4º A suspensão consiste na proibição do exercício
profissional da Enfermagem por um período de até 90
(noventa) dias e será divulgada nas publicações oficiais do
Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem,
jornais de grande circulação e comunicada aos órgãos
empregadores.
§ 5º A cassação consiste na perda do direito ao exercício da
67
cassação, após o processo de reabilitação.
Art. 109 - As penalidades, referentes à advertência verbal,
multa, censura e suspensão do exercício profissional, são
da responsabilidade do Conselho Regional de
Enfermagem, serão registradas no prontuário do
profissional de Enfermagem; a pena de cassação do direito
ao exercício profissional é de competência do Conselho
Federal de Enfermagem, conforme o disposto no art. 18,
parágrafo primeiro, da Lei n° 5.905/73.
Parágrafo único. Na situação em que o processo tiver
origem no Conselho Federal de Enfermagem e nos casos
de cassação do exercício profissional, terá como instância
superior a Assembleia de Presidentes dos Conselhos de
Coren/PR - Legislação Básica
Enfermagem.
Art. 110 - Para a graduação da penalidade e respectiva
imposição consideram-se:
I – A gravidade da infração;
II – As circunstâncias agravantes e atenuantes da infração;
III – O dano causado e o resultado;
IV – Os antecedentes do infrator.
Art. 111 - As infrações serão consideradas leves,
moderadas, graves ou gravíssimas, segundo a natureza do
ato e a circunstância de cada caso.
68
§ 1º São consideradas infrações leves as que ofendam a
integridade física, mental ou moral de qualquer pessoa,
sem causar debilidade ou aquelas que venham a difamar
organizações da categoria ou instituições ou ainda que
causem danos patrimoniais ou financeiros.
§ 2º São consideradas infrações moderadas as que
provoquem debilidade temporária de membro, sentido ou
função na pessoa ou ainda as que causem danos mentais,
morais, patrimoniais ou financeiros.
§ 3º São consideradas infrações graves as que provoquem
perigo de morte, debilidade permanente de membro,
sentido ou função, dano moral irremediável na pessoa ou
ainda as que causem danos mentais, morais, patrimoniais
69
ameaça;
IV – Realizar atos sob emprego real de força física;
V – Ter confessado espontaneamente a autoria da
infração;
VI – Ter colaborado espontaneamente com a elucidação
dos fatos.
Art. 113 - São consideradas circunstâncias agravantes:
I – Ser reincidente;
II – Causar danos irreparáveis;
III – Cometer infração dolosamente;
IV – Cometer a infração por motivo fútil ou torpe;
V – Facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a
impunidade ou a vantagem de outra infração;
Coren/PR - Legislação Básica
70
CAPÍTULO V – DA APLICAÇÃO DAS
PENALIDADES
Art. 114 - As penalidades previstas neste Código somente
poderão ser aplicadas, cumulativamente, quando houver
infração a mais de um artigo.
Art. 115 - A pena de Advertência verbal é aplicável nos
casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 26,
28, 29, 30, 31, 32, 33, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 46,
48, 47, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57,58, 59, 60, 61, 62,
65, 66, 67, 69, 76, 77, 78, 79, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88,
89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 98, 99, 100, 101 e 102.
Art. 116 - A pena de Multa é aplicável nos casos de
infrações ao que está estabelecido nos artigos: 28, 29, 30,
71
Art. 118 - A pena de Suspensão do Exercício Profissional
é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido
nos artigos: 32, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 59, 61, 62,
63, 64, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78,79, 80, 81,
82, 83, 85, 87, 89, 90, 91, 92, 93, 94 e 95.
Art. 119 - A pena de Cassação do Direito ao Exercício
Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que está
estabelecido nos artigos: 45, 64, 70, 72, 73, 74, 80, 82, 83,
94, 96 e 97.
72
O CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM -
COFEN, no uso das atribuições que lhe são conferidas
pela Lei nº. 5.905, de 12 de julho de 1973, e pelo
Regimento Interno da Autarquia, aprovado pela
Resolução Cofen nº 421, de 15 de fevereiro de 2012;
CONSIDERANDO os estudos realizados pela Comissão
de Reformulação do Código de Processo Ético do Sistema
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, instituída
por meio da Portaria Cofen nº 1229, de 21 de agosto de
2018, e as sugestões enviadas pelos Conselhos Regionais
de Enfermagem;
CONSIDERANDO a Lei nº 13.726/2018, que dispõe
sobre a autenticidade dos documentos;
73
CONSIDERANDO o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de
outubro de 1941, que dispõe sobre o Código de Processo
Penal;
CONSIDERANDO o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 – Código Penal Brasileiro;
CONSIDERANDO o Código de Ética dos Profissionais
de Enfermagem, aprovado por Resolução do Conselho
Federal de Enfermagem;
CONSIDERANDO tudo o mais que consta no Processo
Administrativo Cofen nº 0560/2021 e a deliberação do
Plenário em sua 9ª Reunião Extraordinária, ocorrida nos
dias 21 e 22 de julho de 2022;
RESOLVE:
Coren/PR - Legislação Básica
74
Brasília, 25 de julho de 2022.
BETÂNIA Mª P. DOS SANTOS
COREN-PB Nº 42725
Presidente
SILVIA MARIA NERI PIEDADE
COREN-RO Nº 92597
Primeira-Secretária
CAPÍTULO I
75
razoabilidade, proporcionalidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica e interesse público.
Art. 3º - O sistema de apuração e decisão das infrações
éticas dos Conselhos de Enfermagem se divide em duas
instâncias conforme o art. 6º deste código.
Art. 4º - Inscrito o profissional em mais de um Conselho, a
competência de julgamento e aplicação da penalidade
disciplinar será do Conselho Regional do lugar em que
ocorreu a infração.
Art. 5º - O processo e julgamento das infrações previstas
no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem são
independentes, não estando, em regra, vinculados a
processos judiciais sobre os mesmos fatos.
Coren/PR - Legislação Básica
CAPÍTULO II
DO SISTEMA DE APURAÇÃO E DECISÃO DAS
INFRAÇÕES ÉTICAS
Art. 6º - Constituem o sistema de apuração e decisão
76
das infrações éticas:
I – Como órgão de admissibilidade em primeira
instância:
a) a Câmara de Ética do Conselho Regional de
Enfermagem;
b) o Plenário do Conselho Regional, no impedimento
e/ou suspeição da maioria absoluta da Câmara de Ética;
c) o Plenário do Conselho Federal, quando se tratar de
Conselheiro Efetivo ou Suplente, Federal ou Regional,
ou membro de junta interventora ou governativa,
enquanto durar o mandato.
Parágrafo único. No caso da alínea “c” deste inciso,
cessado o exercício do mandato, deixa o profissional de
77
suspeição da maioria absoluta do Plenário do Conselho
Regional;
d) o Plenário do Conselho Federal nos casos de
indicação de cassação pelo Conselho Regional (art. 18,
v, § 1º, da Lei nº 5.905/1973).
III – como órgão julgador de segunda instância:
a) o Plenário do Conselho Regional, referente aos
recursos das decisões de não admissibilidade proferidas
pela Câmara de Ética do Coren;
b) o Plenário do Conselho Federal nas decisões
proferidas pelo Plenário do Coren;
CAPÍTULO III
Coren/PR - Legislação Básica
78
uma Câmara de Ética.
§ 2º Compete à Câmara de Ética:
a) decidir sobre a admissibilidade de denúncia ética;
b) atuar como órgão conciliador;
c) promover a suspensão cautelar do exercício da
profissão.
SEÇÃO II
DA COMISSÃO DE INSTRUÇÃO DO PROCESSO
ÉTICO (CIPE)
Art. 8º - A CIPE será constituída por 03 (três) membros,
designados pelo Presidente do respectivo Conselho,
dentre os empregados públicos e/ou colaboradores, todos
profissionais de enfermagem, cujos integrantes deverão
79
parecer conclusivo.
Parágrafo único. O relatório final da CIPE não poderá
conter a indicação de penalidade ou absolvição.
Art. 10 - A CIPE terá o prazo de 120 (cento e vinte) dias
para concluir seus trabalhos, podendo ser prorrogado por
igual período desde que justificado e autorizado pelo
Presidente do Conselho.
Parágrafo único. Após a conclusão dos trabalhos da
CIPE, em até 05 (cinco) dias, as partes poderão apresentar
alegações finais.
CAPÍTULO IV
DO PROCESSO
SEÇÃO I
Coren/PR - Legislação Básica
DO INÍCIO DO PROCESSO
Art. 11 - A denúncia poderá ser apresentada de ofício, ou
mediante denúncia escrita ou verbal, fundamentada,
protocolada por pessoa física ou jurídica.
§ 1º Inicia-se de ofício quando o Presidente do Conselho
vier a saber, através de auto de infração, ou por qualquer
meio idôneo, de fato que tenha característica de infração
ética.
§ 2º A denúncia verbal deverá ser tomada a termo por
empregado público ou Conselheiro e dirigida ao Conselho
80
Regional (Coren) ou Conselho Federal (Cofen), conforme
o caso.
§ 3º O denunciante poderá optar por receber e praticar
todos os atos processuais, virtualmente e, para tanto,
necessário se faz a indicação do seu correio eletrônico ou
número do WhatsApp, devendo ficar registrado nos autos
a opção.
SEÇÃO II
DA ADMISSIBILIDADE
Art. 12 - A denúncia deverá ser encaminhada à Câmara de
Ética do Coren, a qual examinará o atendimento aos
requisitos de admissibilidade.
§ 1º Recebida a denúncia o Coordenador da Câmara de
81
para melhor juízo de admissibilidade, no prazo
improrrogável de 30 (trinta) dias, ou realizar audiência de
conciliação.
§ 4º Não havendo a conciliação entre as partes, o relator
terá o prazo de 20 (vinte) dias para emitir parecer de
admissibilidade.
§ 5º Finalizado o parecer, a Câmara de Ética deliberará e
votará sobre a admissibilidade ou não da denúncia, com
decisão da maioria dos membros efetivos.
§ 6º O resultado ficará registrado em ata, com votação
nominal, e constará dos autos processuais com o parecer e
a decisão.
Art. 13 - São requisitos de admissibilidade:
Coren/PR - Legislação Básica
82
VII – não ter ocorrido a decadência.
§ 1º A denúncia não será admitida quando não preencher
os requisitos mínimos previstos neste artigo.
§ 2º Caso a denúncia esteja deficiente a ponto de
comprometer sua exata compreensão, em relação aos
fatos e provas, a Câmara de Ética poderá conceder ao
denunciante prazo de 10 (dez) dias para aditamento.
§ 3º Se o denunciante não cumprir o disposto no parágrafo
anterior, a denúncia não será admitida.
Art. 14 - Preenchendo a denúncia os requisitos essenciais
de admissibilidade, bem como se contiver os elementos
necessários à formação de convicção sobre a existência de
infração, a Câmara de Ética decidirá pela instauração do
DA SEÇÃO III
DA SUSPENSÃO CAUTELAR DO EXERCÍCIO
DA PROFISSÃO
83
Art. 15 - A suspensão cautelar do exercício da profissão
poderá ser aplicada em qualquer fase do processo ético,
pela Câmara de Ética do Coren ou pelo Plenário do
Conselho, desde que existam elementos de comprovação
que indiquem a autoria e a materialidade de
procedimentos danosos a indicar a veracidade da
acusação, e haja fundado receio de dano irreparável ou de
difícil reparação ao paciente, à população e a dignidade da
profissão, caso ele continue a exercer a enfermagem.
§ 1º A decisão que determinar a suspensão cautelar,
indicará, de modo fundamentado e preciso, as razões da
suspensão.
§ 2º Os processos com suspensão cautelar devem ter
Coren/PR - Legislação Básica
84
ou, em grau de recurso, pelo Plenário do Conselho
competente, em decisão fundamentada.
§ 6º O Presidente do Coren, ad referendum do Plenário,
poderá rever a decisão da Câmara de Ética que promoveu
a suspensão cautelar.
Art. 16 - O profissional de enfermagem suspenso
cautelarmente do exercício da enfermagem será
notificado da decisão, sendo contado o prazo recursal de
15 (quinze) dias, conforme artigo 26, sem efeito
suspensivo.
Art. 17 - Recebido o recurso, o Presidente do Conselho
competente designará imediatamente um relator que terá
20 (vinte) dias para elaborar seu parecer que deverá ser
85
Art. 20 - O Presidente do Conselho determinará a
autuação do processo ético por empregado público,
contendo o número do processo, os nomes das partes e a
data do seu início.
Art. 21 - O processo, em regra, poderá ser digital e terá a
forma de autos judiciais, devendo os termos de juntada,
pedido de vistas, conclusão e outros atos processuais
semelhantes constarem de notas datadas e rubricadas.
§ 1º Os documentos devem ser juntados ao processo em
ordem cronológica e as folhas numeradas
sequencialmente e rubricadas, sendo facultado às partes,
aos procuradores, aos fiscais e às testemunhas rubricarem
as folhas correspondentes aos atos nos quais intervierem.
Coren/PR - Legislação Básica
86
Parágrafo único. Serão praticados ou concluídos depois do
horário normal os atos cujo adiamento prejudiquem o curso
regular do procedimento ou causem dano ao interessado ou,
ainda, aos Conselhos Federal ou Regionais de Enfermagem.
Art. 23 - Os atos do processo serão realizados em caráter
reservado e sigiloso.
Art. 24 - O direito de consultar os autos e de pedir
certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus
procuradores, sendo facultado a terceiros, que
demonstrem e justifiquem o interesse jurídico no feito.
CAPÍTULO VI
DA CONCILIAÇÃO
Art. 25 - Se a denúncia preencher os requisitos de
87
pessoas do denunciante e do denunciado, ensejando o
arquivamento da denúncia mediante retratação ou
ajustamento de conduta, inclusive quando se tratar de
denúncia de ofício.
§ 3º A conciliação não poderá ser realizada quando o fato
envolver infrações caracterizadas como gravíssimas, nos
termos do Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem.
§ 4º Havendo a conciliação pelas partes, o Conselheiro
Relator lavrará o termo conciliatório que deverá ser
homologado pela Câmara de Ética, ato contra o qual não
caberá recurso.
§ 5º Não havendo o comparecimento de qualquer uma das
partes, ou de seus representantes legais, a conciliação
Coren/PR - Legislação Básica
restará prejudicada.
§ 6º A conciliação poderá ocorrer em qualquer fase do
processo por manifestação expressa das partes, devendo
ser conduzida pelo Conselheiro Relator.
§ 7º Estando o processo em fase de instrução, a
conciliação será realizada pelo Conselheiro Relator da
Câmara de Ética, a quem cabe homologar o termo de
conciliação.
88
CAPÍTULO VII
DOS PRAZOS
Art. 26 - Salvo disposição em sentido diverso, considera-
se dia do começo do prazo:
I – da data da remessa, quando a intimação for eletrônica;
II – a data de juntada aos autos do aviso de recebimento-
AR, quando a notificação ou a intimação for por via postal;
III – da data de juntada aos autos da notificação ou
intimação cumprida, quando realizada por empregado
público do Conselho;
IV – da data da publicação do edital; e
V – da data de ocorrência da ciência, na hipótese de
comparecimento espontâneo.
89
CAPÍTULO VIII
DA INSTRUÇÃO
SEÇÃO I
DA CITAÇÃO DO DENUNCIADO
Art. 27 - Citação é o ato pelo qual o denunciado é
convocado para integrar a relação processual, garantindo
a oportunidade para se defender, indispensável para a
validade do processo ético.
Art. 28 - O denunciado será citado para apresentar defesa
no prazo de 15 (quinze) dias, contados na forma do art. 26.
Parágrafo único. A citação de que trata o caput deste
artigo será realizada:
a) preferencialmente por meio digital para o endereço
Coren/PR - Legislação Básica
90
eletrônico do respectivo Conselho e/ou, ainda, em jornal
de grande circulação, quando frustradas as hipóteses
anteriores.
Art. 29 - O denunciado, após a citação, poderá optar por
receber e praticar todos os atos processuais, virtualmente
e, para tanto, necessário se faz a indicação do seu correio
eletrônico ou número do WhatsApp, devendo ficar
registrado nos autos a opção.
Art. 30 - A citação para apresentação de defesa prévia será
remetida com cópia integral do processo físico ou digital e
conterá obrigatoriamente as seguintes informações:
I – identificação do denunciante e do denunciado, nos
processos éticos iniciados por denúncia;
91
Art. 31 - O desatendimento da citação, ou a renúncia pela
parte ao direito de defesa e à prática dos atos processuais
não importam em reconhecimento da verdade dos fatos.
§ 1º O processo ético seguirá sem a presença do
denunciado quando, regularmente citado ou intimado para
qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo
justificado.
§ 2º No prosseguimento do processo, será garantido às
partes o direito à ampla defesa e o contraditório.
§ 3º O comparecimento espontâneo do denunciado ao
processo supre a falta ou nulidade da citação.
SEÇÃO II
DA DEFESA
Coren/PR - Legislação Básica
92
ainda, ser acompanhado de procuração, quando subscrita
por advogado.
Art. 34 - Decorrido o prazo para apresentação da defesa,
sem que haja manifestação, será designado pelo
Presidente do Conselho a pedido do Coordenador da
CIPE, um Defensor Dativo para que, no prazo de 15
(quinze) dias a contar da sua nomeação, apresente defesa
escrita.
§1º O Defensor Dativo deverá ser profissional de
enfermagem regularmente inscrito, no mínimo da mesma
categoria do denunciado ou advogado.
§2º Os Conselheiros Efetivos e Suplentes e empregados
públicos do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de
SEÇÃO III
DA INTIMAÇÃO
Art. 35 - Na intimação das partes, testemunhas e demais
pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato,
93
será observado, no que for aplicável, o disposto para as
citações, devendo conter, além dos requisitos previstos
nos incisos I, II, III e IV do art. 30, o seguinte:
I – finalidade da intimação;
II – data, hora e local em que deve comparecer;
III – se o intimado deve comparecer ou fazer-se
representar;
IV – informação da continuidade do processo
independentemente do seu comparecimento.
§ 1º A intimação observará a antecedência mínima de 3
(três) dias úteis para o ato processual.
§ 2º As intimações serão nulas quando feitas sem
observância das prescrições deste código, mas o
Coren/PR - Legislação Básica
94
relativamente à instrução processual.
Art. 38 - É facultada às partes arrolar testemunhas,
limitadas a 3 (três), que deverão ser qualificadas com
nome e endereço completo.
Art. 39 - O Coordenador da CIPE, mediante decisão
fundamentada, poderá determinar a produção de provas
que julgar necessárias, bem como indeferir o pedido de
produção de provas que considerar protelatórias ou
desnecessárias à instrução processual.
Parágrafo único. O ônus decorrente da produção de
provas será suportado pela parte que a requerer, inclusive
a prova pericial.
Art. 40 - As partes poderão apresentar documentos em
95
Parágrafo único. Uma vez solicitada prova pericial, o perito
será designado pelo Coordenador da Comissão de Instrução
de Processo Ético.
Art. 42 - O Coordenador da CIPE fixará o dia, hora e local
em que será realizada a perícia, o prazo para a entrega do
laudo, determinando a intimação das partes para,
querendo, indicar assistentes técnicos e apresentar
quesitos.
§ 1º A perícia poderá ser realizada fora da cidade Sede do
Conselho, a critério da Comissão de Instrução de Processo
Ético.
§ 2º O pagamento da perícia deve ser efetuado mediante
recibo, pela parte que requerer a perícia.
Art. 43 - São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas
Coren/PR - Legislação Básica
96
Art. 46 - A testemunha, devidamente qualificada, fará
compromisso de dizer a verdade do que souber e lhe for
perguntado.
Art. 47 - O depoimento será prestado oralmente, não
sendo, entretanto, vedada à testemunha breve consulta a
apontamentos.
Art. 48 - O Coordenador da Comissão de Instrução,
quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas além das indicadas pelas partes.
Art. 49 - As testemunhas serão inquiridas de modo que
uma não saiba nem ouça os depoimentos das outras.
Art. 50 - Se o Coordenador da CIPE reconhecer que
alguma testemunha, quando profissional de enfermagem,
97
§ 1º Deverão constar na ata da audiência as perguntas que
a testemunha deixar de responder, com as razões de sua
abstenção.
§ 2º O procurador das partes poderá assistir ao
interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas,
sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, mas
facultado reinquiri-las, diretamente ou por intermédio do
Coordenador da Comissão.
Art. 52 - O Coordenador da CIPE não permitirá que a
testemunha manifeste suas apreciações pessoais, salvo
quando inseparáveis da narrativa do fato.
Art. 53 - Antes de iniciado o depoimento, as partes
poderão arguir circunstâncias ou defeitos que tornem a
testemunha suspeita de parcialidade ou indigna de fé.
Coren/PR - Legislação Básica
98
Art. 56 - Os Conselheiros Federais e Regionais, efetivos
ou suplentes, tanto quanto as autoridades públicas,
quando arrolados como testemunhas, serão inquiridos em
local, dia e hora, previamente ajustados entre eles e o
coordenador da Comissão de Instrução, e poderão optar
pela prestação de depoimento, por escrito, caso em que as
perguntas formuladas pelas partes lhes serão transmitidas
por ofício.
Art. 57 - A testemunha poderá ser ouvida em seu
domicílio, ou outro local previamente indicado,
preferencialmente por videoconferência.
CAPÍTULO IX
99
testemunha ou representante ou se tais situações ocorrem
quanto ao cônjuge, companheiro, ou parente e afins até o
terceiro grau
IV – tenha atuado na primeira instância, pronunciando-se
de fato ou de direito sobre a matéria discutida no processo.
Art. 59 - Aquele que incorrer em impedimento deve
comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de
atuar.
Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o
impedimento constitui falta grave, para efeitos
disciplinares.
Art. 60 - O impedimento poderá ser arguido e
reconhecido em qualquer fase do processo, antes do
trânsito em julgado da decisão, em petição específica, na
Coren/PR - Legislação Básica
SEÇÃO II
DA SUSPEIÇÃO
Art. 61 - Pode ser arguida a suspeição de membro do
Plenário, membros da Câmara de Ética, membros da
Comissão de Instrução de Processo Ético que tenha
amizade íntima ou inimizade notória com algum dos
100
interessados ou com os respectivos cônjuges,
companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.
SEÇÃO III
PROCESSAMENTO DA SUSPEIÇÃO E DO
IMPEDIMENTO
Art. 62 - Arguido o impedimento ou a suspeição pela
parte, o membro da Câmara de Ética ou da CIPE, de forma
justificada, deverá se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias
sobre o reconhecimento ou não da arguição.
Parágrafo único. Do não reconhecimento, pelo membro
arguido, da suspeição/impedimento, ou indeferida tal
alegação, a arguição será remetida ao Plenário do
101
dissolução do respectivo vínculo entre os cônjuges ou
companheiros, salvo sobrevindo descendente.
CAPÍTULO X
DAS NULIDADES
Art. 65 - Os atos praticados poderão ser considerados de
nulidade absoluta ou de nulidade relativa.
SEÇÃO I
DAS NULIDADES ABSOLUTAS
Art. 66 - Caracterizam-se pela falta de algum elemento
substancial do ato do Processo Ético, não sendo admitida a
convalidação ou retificação.
Art. 67 - São nulidades absolutas:
Coren/PR - Legislação Básica
102
ex ofício, com as consequências decorrentes.
SEÇÃO II
DAS NULIDADES RELATIVAS
Art. 68 - A nulidade relativa admite convalidação com
possibilidade de correção do vício, sendo de interesse das
partes a sua alegação.
§ 1º A nulidade relativa ocorrerá nos seguintes casos:
I – por falta da intimação das testemunhas arroladas pelas
partes;
II – por suspeição declarada de qualquer dos membros do
Plenário, da Câmara de Ética ou da Comissão de Instrução
do Processo Ético;
III – por falta de cumprimento das formalidades legais
103
II – se praticado por outra forma, o ato tiver atingindo seu
fim;
III – se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus
efeitos;
IV – se não causar prejuízo para as partes ou não houver
influído na apuração da verdade ou na decisão da causa.
§ 1º O Coordenador da Camara de Ética, o Coordenador
da Comissão de Instrução de Processo Ético, o
Conselheiro Relator ou o Plenário, quando pronunciar a
nulidade, declarará os atos a que ela se estende.
§ 2º A nulidade uma vez declarada, ela só deve alcançar o
ato inválido e os que decorrem ou dependem como efeito,
permanecendo os restantes íntegros.
Coren/PR - Legislação Básica
104
prescreve em 5 (cinco) anos, contados da data do efetivo
conhecimento do fato pelo Conselho.
Art. 72 - O conhecimento expresso ou a notificação do
denunciado interrompe o prazo prescricional de que trata
o artigo anterior.
Parágrafo único. O conhecimento expresso ou
notificação de que trata este artigo ensejará defesa escrita
ou a termo, a partir de quando fluirá novo prazo
prescricional.
Art. 73 - Todo processo ético paralisado há mais de 3
(três) anos pendente de despacho ou julgamento, será
arquivado ex offício, ou a requerimento da parte
interessada, sem prejuízo da apuração da
SEÇÃO II
DA DECADÊNCIA
Art. 74 - É de 5 (cinco) anos, contado a partir da
ocorrência do fato, o prazo de decadência para
apresentação de denúncia ética no respectivo conselho.
Parágrafo único. Passado esse prazo, havendo denúncia
esta será arquivada liminarmente pelo órgão competente.
105
CAPÍTULO XII
DO JULGAMENTO
SEÇÃO I
DO JULGAMENTO DO PROCESSO ÉTICO
Art. 75 - Recebido o processo da Comissão de Instrução
de Processo Ético – CIPE com o relatório final, o
Presidente do Conselho de Enfermagem designará, em 5
(cinco) dias, Conselheiro Relator para emissão de parecer
conclusivo, por distribuição.
Parágrafo único. Todos os Conselheiros, efetivos ou
suplentes, estão aptos a relatar processos,
independentemente da categoria profissional da parte
denunciada.
Art. 76 - O Relator emitirá o parecer conclusivo no prazo
Coren/PR - Legislação Básica
106
contar da data de recebimento do processo, devolvê-lo à
Comissão de Instrução de Processo Ético, para novas
diligências, especificando as que julgar necessárias e
estabelecendo prazo improrrogável de 30 (dias) para o seu
cumprimento.
§ 3º Ocorrendo o previsto no § 2º deste artigo, o prazo para a
emissão de parecer conclusivo pelo Conselheiro Relator será
interrompido, iniciando-se nova contagem a partir da data do
recebimento do processo da Comissão de Instrução de
Processo Ético.
§ 4º Cumpridas as diligências especificadas a Comissão de
Instrução de Processo Ético concederá vistas às partes,
pelo prazo de 05 (cinco) dias, para se manifestarem.
§ 5º Transcorrido o prazo para manifestação das partes, o
coordenador da Comissão de Instrução de Processo Ético
107
julgamento, preferencialmente, em ordem cronológica de
idade, considerando a data inicial da autuação processual, os
prazos prescricionais, as prioridades legais e a prioridade
definida pela suspensão cautelar.
Art. 78 - O julgamento, excepcionalmente, poderá ser
secreto quando houver deliberação nesse sentido, garantida a
participação das partes e de seus procuradores.
Parágrafo único. Assessorias jurídicas do Conselho
poderão participar, no que lhe couber, da sessão de
julgamento.
Art. 79 - Declarada aberta a sessão de julgamento, o
Presidente do Conselho de Enfermagem apregoará o
número do processo e os nomes das partes e/ou procurador
do denunciante e do denunciado.
Art. 80 - Será, imediatamente, dada a palavra ao
Coren/PR - Legislação Básica
108
§ 4º Após as sustentações orais das partes, o Presidente do
Conselho de Enfermagem retornará a palavra ao Relator que
apresentará a análise das preliminares, seu pronunciamento
de mérito e a conclusão com o voto.
Art. 81 - Cumpridas as disposições do artigo anterior,
aberta para discussão, o Presidente do Conselho de
Enfermagem dará a palavra, pela ordem, ao conselheiro
que a solicitar, que poderá pedir a palavra para:
I – esclarecer dúvidas acerca dos fatos constantes do
processo, debater o mérito, podendo ter acesso aos autos
para verificação;
II – pedir vista aos autos até a próxima reunião Plenária;
III – requerer a conversão do julgamento em diligência,
com aprovação do Plenário, caso em que determinará as
109
manifestação, devendo o processo ser incluído na pauta da
primeira reunião Plenária subsequente.
§ 3º O Conselheiro Relator poderá requerer adiamento de
julgamento, mediante pedido fundamentado contendo
justificativas plausíveis.
SEÇÃO II
DA DECISÃO
Art. 83 - A deliberação do Plenário terá início após o
Conselheiro Relator emitir seu voto.
Art. 84 - Em seguida o Presidente tomará os votos dos
demais conselheiros, nominalmente, procedimento esse a
ser adotado em todos os julgamentos, consignando-se em
Coren/PR - Legislação Básica
ata o resultado.
Parágrafo único. O Presidente da sessão votará e,
sequencialmente, os demais conselheiros. Havendo
empate, proferirá o voto de qualidade.
Art. 85 - A deliberação do Plenário deverá ser redigida, no
prazo de até 5 (dias), pelo Conselheiro Relator ou pelo
Conselheiro condutor do voto vencedor, sob forma de
decisão, que assinará com Presidente do Conselho de
Enfermagem.
Parágrafo único. No caso de decisão absolutória, no
110
processo instaurado de ofício, o presidente declarará, ao final
do julgamento, o trânsito em julgado da decisão.
Art. 86 - As partes ou seus procuradores, bem como o
defensor dativo, se houver, serão intimados da decisão nos
termos do art. 35.
Parágrafo único. A decisão conterá:
I – o número do processo;
II – o número do parecer aprovado pelo órgão julgador;
III – o nome das partes e, em havendo, o número da
inscrição profissional;
IV- a absolvição ou a penalidade imposta, a conduta
cometida com os artigos do Código de Ética infringidos; e
V – a data e as assinaturas do presidente do órgão julgador
e do Conselheiro relator ou condutor do voto vencedor.
111
elaborar o parecer, contados do prazo de recebimento do
processo.
Art. 89 - Na hipótese de o Conselho Federal discordar da
pena máxima proposta pelo Conselho Regional, poderá
absolver ou aplicar outra penalidade ao denunciado.
CAPÍTULO XIII
DOS RECURSOS
SEÇÃO I
RECURSO AO PLENÁRIO DO COFEN
Art. 90 - Caberá recurso administrativo ao Plenário do
Cofen, contra as decisões em primeira instância proferidas
pelo Plenário do Coren, com efeito suspensivo, contendo
Coren/PR - Legislação Básica
112
Presidente do Conselho determinará a lavratura do trânsito
em julgado do processo, sem encaminhamento à instância
superior, dando ciência às partes.
§ 4º Recebido o recurso tempestivamente, intima-se a
outra parte para, querendo, apresentar contrarrazões, no
prazo de 15 dias, a contar da ciência.
Art. 91 - O julgamento no âmbito do Cofen, seguirá, no
que couber, as previsões do Capítulo XII deste Código, e a
decisão será lavrado na forma de acórdão.
Art. 92 - Havendo recurso interposto unicamente pelo
denunciado, deve ser observado o princípio do “non
reformatio in pejus”, que consiste na impossibilidade de
tratamento mais severo do que o registrado na decisão
recorrida.
113
profissional transferido sua inscrição, caberá ao novo
Conselho Regional a execução da pena.
Art. 94 - As decisões que contemplem as penas previstas
nos incisos III, IV e V do art. 18 da Lei nº 5.905/73, serão
publicadas:
I- no Diário Oficial do Estado ou da União; e
II- no sítio eletrônico do Coren.
Art. 95 - A execução das penas impostas pelos Conselhos
Regionais ou pelo Conselho Federal de Enfermagem se
processará na forma estabelecida nas decisões ou
acórdãos, respectivamente, sendo registradas no
prontuário do profissional infrator.
§ 1º As penas aplicadas se estendem a todas as inscrições
Coren/PR - Legislação Básica
114
instituição empregadora do infrator.
§4º No caso de cassação do exercício profissional, além da
publicação dos editais e das comunicações endereçadas às
autoridades interessadas no assunto, será apreendida a
carteira profissional do infrator, procedendo-se ao
cancelamento do respectivo registro no Conselho.
Art. 96 - Impossibilitada a execução da pena, esta ficará
suspensa até seu efetivo cumprimento, sem prejuízo das
anotações nos prontuários e publicações dos editais,
quando for o caso.
Parágrafo único. O não pagamento da pena de multa
importará na sua inscrição em dívida ativa para posterior
execução.
SEÇÃO II
DA REVISÃO DA PENA
Art. 98 - A qualquer tempo, a contar do trânsito em
julgado da decisão, poderá ser requerido revisão da pena
ao Conselho Federal ou Regional de Enfermagem, com
base em fato novo ou na hipótese de a decisão
115
condenatória ter sido fundada em prova testemunhal, exame
pericial ou documento cuja falsidade vier a ser comprovada.
§ 1º Poderá requerer a revisão da pena o próprio
profissional, por si ou por procurador legalmente
habilitado, ou, em caso de sua morte, seu cônjuge, o
companheiro, ascendente, descendente ou irmão,
independentemente de ordem de nomeação.
§ 2º Considera-se fato novo aquele que o punido conheceu
somente após o trânsito em julgado da decisão e que dê
condição, por si só, ou em conjunto com as demais provas
já produzidas, de criar nos julgadores uma convicção
diversa daquela já firmada.
Art. 99 - A revisão terá início por petição dirigida à
Coren/PR - Legislação Básica
116
§ 3º O processo revisional seguirá, no que couber, as normas
previstas neste Código.
Art. 100 - A decisão no processo revisional poderá reduzir
ou extinguir a pena, sendo vedado o seu agravamento.
§1º A absolvição implicará no restabelecimento de todos
os direitos perdidos em virtude de punição anteriormente
aplicada.
§2º A revisão da pena somente surtirá efeito após o seu
trânsito em julgado.
Art. 101 - Da decisão no processo revisional caberá
recurso ao Plenário do Cofen com efeito devolutivo.
CAPÍTULO XV
117
penalidade de suspensão ou cassação.
§ 2º A reabilitação não exclui a reincidência, que poderá se
dar no prazo de cinco anos entre a data do cumprimento ou
extinção da pena e a infração posterior.
Art. 103 - O requerimento de reabilitação será
encaminhado ao Regional que aplicou a pena, e deverá ser
instruído com:
I – certidões comprobatórias de não ter o requerente sido
punido em processo ético-disciplinar, em quaisquer das
jurisdições dos Conselhos Regionais em que houver sido
inscrito desde a condenação motivo do pedido de
reabilitação;
II – comprovação de que teve o requerente, durante o
Coren/PR - Legislação Básica
118
Art. 104 - O Conselho poderá ordenar as diligências
necessárias para a apreciação do pedido, cercando-as de
sigilo.
Art. 105 - Da decisão denegatória do Conselho Regional
que apreciar o pedido de reabilitação caberá recurso ao
Conselho Federal.
Art. 106 - Concedida a reabilitação, a pena não mais será
mencionada em certidões ou outros documentos
expedidos pelo Conselho, permanecendo, no entanto, as
anotações constantes do prontuário para análise da prática
da reincidência.
Art. 107 - Indeferida a reabilitação, o profissional
interessado, poderá reapresentar o pedido, a qualquer
tempo, desde que seja instruído com novos elementos
119
CAPÍTULO XVI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 109 - É vedada vista dos autos do processo físico fora
das instalações do Conselho, porém as partes poderão, a
qualquer tempo, acessá-los, inclusive obter cópia de
peças, por meio de requerimento formulado ao Presidente
do Conselho ou de Comissão de Instrução.
Art. 110 - Em qualquer fase do processo, poderá ser
solicitada a manifestação da assessoria jurídica do
Conselho.
Art. 111 - Os julgamentos dos processos éticos, as oitivas
das partes e testemunhas poderão ser realizadas por
Sistema de Deliberação Remota.
Coren/PR - Legislação Básica
120
Sede
Curitiba-PR
Rua Professor João Argemiro Loyola, 74 - Seminário
Subseções
Cascavel-PR
Rua Alexandre de Gusmão, 1.152 - Maria Luiza
Londrina-PR
Rua Leonardo da Vinci, 396 - Jardim Caravelle
Maringá-PR
Av. João Paulino Vieira Filho, 133 - Zona 1
Ponta Grossa-PR
Av. Anita Garibaldi, 1.226, Órfãs
121