Lei 6316

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Lei 6316/75 | Lei no 6.

316, de 17 de dezembro de 1975


Compartilhe Cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e d outras providncias. O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPTULO I

Dos Conselhos Federal e Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional


Art. 1 So criados o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, com a incumbncia de fiscalizar o exerccio das profisses de Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional definidas no Decreto-lei n 938, de 13 de outubro de 1969. 1 Os Conselhos Federal e Regionais a que se refere este artigo constituem, em conjunto, uma autarquia federal vinculada ao Ministrio do Trabalho. 2 O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional ter sede e foro no Distrito Federal e jurisdio em todo o Pas e os Conselhos Regionais em Capitais de Estados ou Territrios. Art. 2 O Conselho Federal compor-se- de 9 (nove) membros efetivos e suplentes, respectivamente, eleitos pela forma estabelecida nesta Lei. 1 Os membros do Conselho Federal e respectivos suplentes, com mandato de 4 (quatro) anos, sero eleitos por um Colgio Eleitoral integrado de 1 (um) representante de cada Conselho Regional, por este eleito em reunio especialmente convocada. 2 O Colgio Eleitoral convocado para a composio do Conselho Federal reunir-se-, preliminarmente, para exame, discusso, aprovao e registro das chapas concorrentes, realizando as eleies 24 (vinte e quatro) horas aps a sesso preliminar. 3 Competir ao Ministro do Trabalho baixar as instrues reguladoras das eleies nos Conselhos Federal e Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Art. 3 Os membros dos Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e os respectivos suplentes, com mandato de 4 (quatro) anos, sero eleitos pelo sistema de eleio direta, atravs do voto pessoal, secreto e obrigatrio, aplicando-se pena de multa em importncia no excedente ao valor da anuidade ao membro que deixar de votar sem causa justificada.

1 O exerccio do mandato do membro do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, assim como a respectiva eleio, mesmo na condio de suplente, ficaro subordinados, alm das exigncias constantes do artigo 530 da Consolidao das Leis do Trabalho e legislao complementar, ao preenchimento dos seguintes requisitos e condies bsicas: I - cidadania brasileira; II - habilitao profissional na forma da legislao em vigor; III - pleno gozo dos direitos profissionais, civis e polticos; IV - inexistncia de condenao por crime contra a segurana nacional. Art. 4 A extino ou perda de mandato de membro do Conselho Federal ou dos Conselhos Regionais ocorrer: I - por renncia; II - por supervenincia de causa de que resulte a inabilitao para o exerccio da profisso; III - por condenao a pena superior a 2 (dois) anos, em virtude de sentena transitada em julgado; IV - por destituio de cargo, funo ou emprego, relacionada prtica de ato de improbidade na administrao pblica ou privada, em virtude de sentena transitada em julgado; V - por falta de decoro ou conduta incompatvel com a dignidade do rgo; VI - por ausncia, sem motivo justificado, a 3 (trs) sesses consecutivas ou 6 (seis) intercaladas em cada ano. Art. 5 Compete ao Conselho Federal: I - eleger, dentre os seus membros, por maioria absoluta, o seu Presidente e o VicePresidente; Il - exercer funo normativa, baixar atos necessrios interpretao e execuo do disposto nesta Lei e fiscalizao do exerccio profissional, adotando providncias indispensveis realizao dos objetivos institucionais; III - supervisionar a fiscalizao do exerccio profissional em todo o territrio nacional; IV - organizar, instalar, orientar e inspecionar os Conselhos Regionais e examinar suas prestaes de contas, neles intervindo desde que indispensvel ao restabelecimento da normalidade administrativa ou financeira ou a garantia da efetividade do princpio da hierarquia institucional;

V - elaborar e aprovar seu Regimento, ad referendum do Ministro do Trabalho; VI - examinar e aprovar os Regimentos dos Conselhos Regionais, modificando o que se fizer necessrio para assegurar unidade de orientao e uniformidade de ao; VII - conhecer e dirimir dvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais e prestar-lhes assistncia tcnica permanente; VIII - apreciar e julgar os recursos de penalidade imposta pelos Conselhos Regionais; IX - fixar o valor das anuidades, taxas, emolumentos e multas devidas pelos profissionais e empresas aos Conselhos Regionais a que estejam jurisdicionados; X - aprovar sua proposta oramentria e autorizar a abertura de crditos adicionais, bem como operaes referentes a mutaes patrimoniais; XI - dispor, com a participao de todos os Conselhos Regionais, sobre o Cdigo de tica Profissional, funcionando como Tribunal Superior de tica Profissional; XII - estimular a exao no exerccio da profisso, velando pelo prestgio e bom nome dos que a exercem; XIII - instituir o modelo das carteiras e cartes de identidade profissional; XIV - autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens imveis; XV - emitir parecer conclusivo sobre prestao de contas a que esteja obrigado; XVI - publicar, anualmente, seu oramento e respectivos crditos adicionais, ou balanos a execuo oramentria e o relatrio de suas atividades. Art. 6 Os Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional sero organizados nos moldes do Conselho Federal. Art. 7 Aos Conselhos Regionais, compete: I - eleger, dentre os seus membros, por maioria absoluta, o seu Presidente e o VicePresidente; Il - expedir a carteira de identidade profissional e o carto de identificao aos profissionais registrados; Ill - fiscalizar o exerccio profissional na rea de sua jurisdio, representando, inclusive, s autoridades competentes, sobre os fatos que apurar e cuja soluo ou represso no seja de sua alada; IV - cumprir e fazer cumprir as disposies desta Lei, das resolues e demais normas baixadas pelo Conselho Federal;

V - funcionar como Tribunal Regional de tica, conhecendo, processando e decidindo os casos que lhe forem submetidos; VI - elaborar a proposta de seu Regimento, bem como as alteraes, submetendo-a aprovao do Conselho Federal; VII - propor ao Conselho Federal as medidas necessrias ao aprimoramento dos servios e do sistema de fiscalizao do exerccio profissional; VIII - aprovar a proposta oramentria e autorizar a abertura de crditos adicionais e as operaes referentes a mutaes patrimoniais; IX - autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens imveis; X - arrecadar anuidades, multas, taxas e emolumentos e adotar todas as medidas destinadas a efetivao de sua receita, destacando e entregando ao Conselho Federal as importncias correspondentes a sua participao legal; XI - promover, perante o juzo competente, a cobrana das importncias correspondentes a anuidades, taxas, emolumentos e multas, esgotados os meios de cobrana amigvel; XII - estimular a exao no exerccio da profisso, velando pelo prestgio e bom conceito dos que a exercem; XIII - julgar as infraes e aplicar as penalidades previstas nesta Lei e em normas complementares do Conselho Federal; XIV - emitir parecer conclusivo sobre prestao de contas a que esteja obrigado; XV - publicar, anualmente, seu oramento e respectivos crditos adicionais, os balanos, a execuo oramentria, o relatrio de suas atividades e a relao dos profissionais registrados. Art. 8 Aos Presidentes dos Conselhos Federal e Regionais incumbe a administrao e a representao legal dos mesmos facultando-se-lhes suspender o cumprimento de qualquer deliberao de seu Plenrio que lhes parea inconveniente ou contrria aos interesses da instituio, submetendo essa deciso autoridade competente do Ministrio do Trabalho ou ao Conselho Federal, respectivamente. Art. 9 Constitui renda do Conselho Federal: I - 20% (vinte por cento) do produto da arrecadao de anuidades, taxas, emolumentos e multas de cada Conselho Regional; II - legados, doaes e subvenes; III - rendas patrimoniais. Art. 10. Constitui renda dos Conselhos Regionais:

I - 80% (oitenta por cento) do produto da arrecadao de anuidades, taxas, emolumentos e multas; II - legados, doaes e subvenes; III - rendas patrimoniais. Art. 11. A renda dos Conselhos Federal e Regionais s poder ser aplicada na organizao e funcionamento de servios teis fiscalizao do exerccio profissional, bem como em servios de carter assistencial, quando solicitados pelas Entidades Sindicais. CAPTULO II

Do Exerccio Profissional
Art. 12. O livre exerccio da profisso de Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional, em todo territrio nacional, somente permitido ao portador de Carteira Profissional expedida por rgo competente. Pargrafo nico. obrigatrio o registro nos Conselhos Regionais das empresas cujas finalidades estejam ligadas fisioterapia ou terapia ocupacional, na forma estabelecida em Regulamento. Art. 13. Para o exerccio da profisso na administrao pblica direta e indireta, nos estabelecimentos hospitalares, nas clnicas, ambulatrios, creches, asilos ou exerccio de cargo, funo ou emprego de assessoramento, chefia ou direo ser exigida como condio essencial, a apresentao da carteira profissional de Fisioterapeuta ou de Terapeuta Ocupacional. Pargrafo nico. A inscrio em concurso pblico depender de prvia apresentao da Carteira Profissional ou certido do Conselho Regional de que o profissional est no exerccio de seus direitos. Art. 14. O exerccio simultneo, temporrio ou definitivo, da profisso em rea de jurisdio de dois ou mais Conselhos Regionais submeter o profissional de que trata esta Lei s exigncias e formalidades estabelecidas pelo Conselho Federal. CAPTULO III

Das Anuidades
Art. 15. O pagamento da anuidade ao Conselho Regional da respectiva jurisdio constitui condio de legitimidade do exerccio da profisso. Pargrafo nico. A anuidade ser paga at 31 de maro de cada ano, salvo a primeira, que ser devida no ato do registro do profissional ou da empresa. CAPTULO IV

Das Infraes e Penalidades


Art. 16. Constitui infrao disciplinar: I - transgredir preceito do Cdigo de tica Profissional; II - exercer a profisso quando impedido de faz-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exerccio aos no registrados ou aos leigos; III - violar sigilo profissional; IV - praticar, no exerccio da atividade profissional, ato que a Lei defina como crime ou contraveno; V - no cumprir, no prazo assinalado, determinao emanada de rgo ou autoridade do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, em matria de competncia deste, aps regularmente notificado; VI - deixar de pagar, pontualmente, ao Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, as contribuies a que est obrigado; VII - faltar a qualquer dever profissional prescrito nesta Lei; VIII - manter conduta incompatvel com o exerccio da profisso. Pargrafo nico. As faItas sero apuradas, levando-se em conta a natureza do ato e as circunstncias de cada caso. Art. 17. As penas disciplinares consistem em: I - advertncia; Il - repreenso; III - multa equivalente a at 10 (dez) vezes o valor da anuidade; IV - suspenso do exerccio profissional pelo prazo de at 3 (trs) anos, ressalvada a hiptese prevista no 7; V - cancelamento do registro profissional. 1 Salvo os casos de gravidade manifesta ou reincidncia, a imposio das penalidades obedecer gradao deste artigo, observadas as normas estabelecidas pelo Conselho Federal para disciplina do processo de julgamento das infraes. 2 Na fixao da pena sero considerados os antecedentes profissionais do infrator, o seu grau de culpa, as circunstncias atenuantes e agravantes e as conseqncias da infrao.

3 As penas de advertncia, repreenso e multa sero comunicadas pelo Conselho Regional, em ofcio reservado, no se fazendo constar dos assentamentos do profissional punido, seno em caso de reincidncia. 4 Da imposio de qualquer penalidade caber recurso com efeito suspensivo, ao Conselho Federal: I - voluntrio, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da cincia da deciso; II - "ex officio", nas hipteses dos incisos IV e V deste artigo, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da deciso. 5 As denncias somente sero recebidas quando assinadas, declinada a qualificao do denunciante e acompanhada da indicao dos elementos comprobatrios do alegado. 6 A suspenso por falta de pagamento de anuidades, taxas ou multas s cessar com a satisfao da dvida, podendo ser cancelado o registro profissional, aps decorridos 3 (trs) anos. 7 lcito ao profissional punido requerer, instncia superior, reviso do processo, no prazo de 30 (trinta) dias contados da cincia da punio. 8 Das decises do Conselho Federal ou de seu Presidente, por fora de competncia privativa, caber recurso em 30 (trinta) dias, contados da cincia para o Ministro do Trabalho . (Revogado pela Lei n 9.098, de 1995) 9 As instncias recorridas podero reconsiderar suas prprias decises. 10. A instncia ministerial ser ltima e definitiva, nos assuntos relacionados com a profisso e seu exerccio . (Revogado pela Lei n 9.098, de 1995) Art. 18. O pagamento da anuidade fora do prazo sujeitar o devedor multa prevista no ReguIamento. CAPTULO V

Disposies Gerais
Art. 19. Os membros dos Conselhos faro jus a uma gratificao, por sesso a que comparecerem, na forma estabelecida em legislao prpria. Art. 20. Aos servidores dos Conselhos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional aplica-se o regime jurdico da Consolidao das Leis do Trabalho. Art. 21. Os Conselhos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional estimularo, por todos os meios, inclusive mediante concesso de auxlio, segundo normas aprovadas pelo Conselho Federal, as realizaes de natureza cultural visando ao profissional e classe. Art. 22. Os estabelecimentos de ensino superior, que ministrem cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, devero enviar, at 6 (seis) meses da concluso dos mesmos, ao

Conselho Regional da jurisdio de sua sede, ficha de cada aluno a que conferir diploma ou certificado, contendo seu nome, endereo, filiao, e data da concluso. CAPTULO VI

Disposies Transitrias
Art. 23. A carteira profissional de que trata o Captulo II somente ser exigvel a partir de 180 (cento e oitenta) dias contados da instalao do respectivo Conselho Regional. Art. 24. O primeiro Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional ser constitudo pelo Ministro do Trabalho. Art. 25. Esta Lei entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio. Braslia, 17 de dezembro de 1975; 154 da Independncia e 87 da Repblica. ERNESTO GEISEL Ney Braga Arnaldo Prieto Paulo de Almeida Machado Este texto no substitui o publicado no D.O.U. de 18.12.1975

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