1.curso Sobre Os Dogmas Marianos
1.curso Sobre Os Dogmas Marianos
1.curso Sobre Os Dogmas Marianos
“Os dogmas são luzes no caminho da nossa fé, que o ilumina e o torna
seguro.” (cf. CIC 89).
Uma vez proclamado, o dogma não pode ser negado ou revogado, nem mesmo
pelo Sumo Pontífice ou por algum Concílio.
43 são os principais dogmas proclamados pela Igreja, que se dividem em 8
categorias:
“…já que o ilustre Nestório também não quis ouvir o nosso convite para
acolher os santíssimos e piedosos bispos por nós enviados, tivemos,
necessariamente, que proceder ao exame das suas expressões ímpias.
Tendo constatado a partir do exame de suas cartas, dos escritos que foram
lidos, das suas recentes declarações feitas nesta metrópole e confirmadas por
testemunhas, que ele pensa e prega impiamente, movido pelos cânones da
carta de nosso santíssimo padre e colega no ministério, Celestino, bispo da
igreja de Roma, tivemos que chegar, muitas vezes com lágrimas nos olhos, a
esta dolorosa condenação contra ele.
O próprio Jesus Cristo, nosso Senhor, blasfemado por ele, definiu pela boca
deste santíssimo concílio que o mesmo Nestório está excluído da dignidade
episcopal e de qualquer colégio sacerdotal”.
A partir do Concílio de Éfeso, a maternidade divina de Maria é
doutrina constante e unânime na Igreja.
Diversos santos e Padres da Igreja afirmavam a maternidade
divina de Maria.
O anjo disse a São José que “o que foi gerado nela vem do Espírito
Santo” (Mt 1,20). É o cumprimento da promessa divina dada pelo
profeta Isaías: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho.”
(Is 7,14).
Maria permaneceu Virgem também durante e após o parto
de Jesus; foi um parto milagroso que não se pode entender
pela biologia.
“Convinha que aquele que é Filho único de Deus (…), fosse virginalmente
concebido ao se fazer carne; para que a natureza humana do Salvador fosse
isenta do pecado original, ficava bem que não fosse formado como de ordinário
pela via seminal, mas pela concepção virginal; nascendo segundo a carne de uma
virgem, Cristo mostrava que seus membros deviam nascer segundo o espírito
dessa Virgem, sua esposa espiritual, que é a Igreja. O nascimento virginal é de
todo conveniente, pois o Verbo que é eternamente concebido e procede do Pai
sem nenhuma corrupção deve, se ele se faz carne, nascer de uma mãe virgem,
conservando-lhe sua virgindade; Aquele que vem para retirar toda a corrupção
não deve, ao nascer, destruir a virgindade daquela que lhe deu à luz.”.
A Virgindade Perpétua na Patrística
Para os Padres da Igreja a conceição virginal era o “sinal” de que foi
verdadeiramente o Filho de Deus que assumiu a nossa humanidade.
Os Santos Padres não se cansavam de exaltar a virgindade de Maria:
“Virgem que gerou a Luz, sem ficar com nenhum sinal, como outrora
a sarça (de Moisés) que ardia em fogo sem se consumir.” (Santo
Efrém).
“Virgem ainda mais pura depois do parto.” (Santo Epifânio).
“Virgem que permaneceu Virgem, mesmo sendo verdadeiramente
mãe.” (São João Crisóstomo).
Santo Agostinho afirma que:
“Cristo nasceu com efeito da Mãe que embora sem contato com
varão concebeu intacta, e sempre intacta permaneceu, concebeu
virgem, dando à luz virgem, virgem morrendo, embora fosse
desposada com o carpinteiro, extinguiu todo orgulho da nobreza
carnal”.
E ainda:
“Uma virgem concebe, virgem leva o fruto, uma virgem dá à luz e
permanece perpetuamente virgem.”.
São Cirilo de Alexandria
dizia que assim como a
luz atravessa de um lado
para outro a vidraça sem
quebrar-lhe, da mesma
forma o Verbo pôde
entrar e sair do ventre de
sua Mãe sem lhe rasgar as
paredes.
A Virgindade Perpétua no Magistério
No II Concílio de Constantinopla, em 553 d.C., Maria recebeu
oficialmente o título de “sempre Virgem”. Um século depois, o Papa
Martinho I esclareceu que, com isso, a Igreja quer dizer que Maria foi
virgem antes, durante e depois do nascimento de Cristo (ante
partum, in partu, et post partum).
A Virgem Maria não teve outros filhos; em nenhum lugar dos Evangelhos se pode
encontrar alguém chamado de “filho de Maria”, a não ser Jesus.