LMNC (3° Bimestre)
LMNC (3° Bimestre)
LMNC (3° Bimestre)
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Capítulo 1
Atividade 1:
Tente fazer a seguinte questão:
Resposta:
(OBMEP 2022) Admita que sejam válidas ambas as seguintes sentenças:
Depois de um tempo, propor um painel com as resoluções dos estudantes, sem foco na resposta correta, mas sim
porque as outras quatro afirmações são falsas. Destacar a importância do raciocínio lógico dedutivo para a
compreensão de conclusões a partir de algumas informações que podem confundir ou induzir a interpretações
equivocadas. Resposta para acompanhar as resoluções dos estudantes:
Como Pinóquio mente, a frase “Todos os meus chapéus são verdes” deve ser falsa. Logo, existe pelo menos um
chapéu de Pinóquio que não é verde. Podemos concluir, então, que Pinóquio tem pelo menos um chapéu (que não é
verde).
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Raciocínio Dedutivo e indutivo
O raciocínio dedutivo parte de premissas gerais para chegar a uma conclusão específica. Ele é
baseado na lógica formal, onde se as premissas são verdadeiras, a conclusão necessariamente também será
verdadeira. É um processo de pensamento "de cima para baixo".
Raciocínio Indutivo
O raciocínio indutivo, por outro lado, parte de observações específicas para chegar a uma conclusão
geral. Ele é baseado na probabilidade e na observação empírica. Diferente do raciocínio dedutivo, a
conclusão do raciocínio indutivo não é garantida, mesmo que as premissas sejam verdadeiras.
Neste exemplo, a conclusão (O sol sempre nasce no leste) é baseada em observações repetidas, mas
não é garantida com 100% de certeza, pois é possível que haja uma exceção no futuro, mesmo que seja
altamente improvável.
Diferenças Principais
1. Base de Lógica:
o Dedutivo: Parte de premissas gerais para uma conclusão específica.
o Indutivo: Parte de observações específicas para uma conclusão geral.
2. Certeza da Conclusão:
o Dedutivo: A conclusão é necessariamente verdadeira se as premissas forem verdadeiras.
o Indutivo: A conclusão é provável, mas não garantida, mesmo se as premissas forem
verdadeiras.
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3. Método de Aplicação:
o Dedutivo: Usado frequentemente em matemática e lógica formal.
o Indutivo: Usado frequentemente em ciências empíricas e na formulação de hipóteses.
Exemplos Adicionais
Raciocínio Dedutivo:
Raciocínio Indutivo:
• Observação: Toda vez que deixo uma maçã cair, ela cai no chão.
• Conclusão: Todas as maçãs caem no chão quando soltas.
1. (IMPARH, 2023) Qual das alternativas traz um raciocínio dedutivo correto, do ponto de vista da
lógica formal?
A) Todo carro na minha cidade é azul. Nenhum carro da minha cidade é grande. Logo, todo carro azul
não é grande.
B) Todo carro na minha cidade é azul. Nenhum carro azul é grande. Logo, todo carro da minha cidade
não é grande.
C) Todo carro na minha cidade é azul. Maria tem um carro azul. Logo, Maria mora na minha cidade.
D) Nenhum carro na minha cidade é azul. Maria tem um carro verde. Logo, Maria mora na minha
cidade.
Resposta: LETRA B
A) Todo carro na minha cidade é azul. Nenhum carro da minha cidade é grande. Logo, todo carro azul
não é grande. (ERRADA, não podemos afirmar que todos os carros azuis não são grandes, somente
os da cidade.)
B) Todo carro na minha cidade é azul. Nenhum carro azul é grande. Logo, todo carro da minha cidade
não é grande (CORRETA)
C) Todo carro na minha cidade é azul. Maria tem um carro azul. Logo, Maria mora na minha cidade.
(ERRADA, Maria pode morar em outra cidade e ter carro azul).
D) Nenhum carro na minha cidade é azul. Maria tem um carro verde. Logo, Maria mora na minha
cidade. (Não é possível concluir isso).
2. (IMPARH, 2023) Qual das alternativas traz um raciocínio dedutivo correto, do ponto de vista da
lógica formal?
A) Todos os homens precisam de uma casa. Toda casa do meu bairro possui varanda. Logo, todos os
homens precisam de uma varanda.
B) Todos os dias Ana vai à praia. Hoje, Ana não tomou café da manhã. Logo, Ana não foi à praia.
C) Todo estudante é esforçado. João é esforçado. Logo, João é estudante.
D) Todo esportista é muito dedicado. Carlos é um esportista. Logo, Carlos é muito dedicado.
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Resposta: LETRA D (Vai do geral (esportista) para o específico (Carlos).
3. (UFU – MG, 2012) No conjunto de sentenças abaixo, encontram-se diversas premissas e, ao final,
uma Lei Geral:
João é racional.
João é um ser humano.
Isabella é racional.
Isabella é um ser humano.
Guilherme é racional.
Guilherme é um ser humano.
Analisando esses dados, é correto afirmar que a linha de raciocínio adotada acima é de caráter:
( ) dedutivo.
( ) indutivo.
Resposta: INDUTIVO
4. (IBFC, 2023) Reflita sobre o seguinte processo lógico de pensamento: REGRA: Todos os feijões deste
saco são brancos. CASO: Estes feijões são deste saco. RESULTADO: Estes feijões são brancos. Sobre
como se nomeia na lógica esse tipo de raciocínio, assinale a alternativa correta.
( ) dedutivo.
( ) indutivo
Resposta: DEDUTIVO (Vai do geral (todos os feijões) para o específico (feijões que do saco)
( ) dedutivo.
( ) indutivo
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Resposta: DEDUTIVO (Vai do geral (homens) para o específico (Afonso)
6. (IBFC, 2019) Analise as afirmativas abaixo, dê valores verdadeiro (V) ou falso (F).
I. O raciocínio por indução parte de particularidades para se obter uma conclusão geral.
II. O raciocínio por dedução utiliza-se de uma regra geral para se analisar casos particulares.
III. Raciocínio indutivo e dedutivo são tipos de raciocínios diferentes.
A) V, F, F
B) V, F, V
C) V, V, V
D) F, F, V
Resposta: LETRA C
Contexto: Em uma pesquisa sobre o impacto do consumo de café na produtividade, um cientista observou
que em um grupo de 100 trabalhadores, aqueles que bebiam café tendiam a relatar maior produtividade.
Pergunta: Qual tipo de raciocínio o cientista está utilizando para sugerir que o consumo de café pode
aumentar a produtividade?
a) Dedutivo, porque ele está aplicando uma regra geral a um caso específico.
b) Dedutivo, porque ele está garantindo a verdade da conclusão a partir de premissas verdadeiras.
c) Indutivo, porque ele está generalizando a partir de observações específicas.
d) Indutivo, porque ele está aplicando uma regra específica a um grupo específico.
Contexto: Um médico sabe que se um paciente tem uma determinada infecção, então ele apresentará
sintomas específicos como febre e dor de garganta. Ao verificar que um paciente apresenta esses sintomas,
o médico conclui que o paciente tem a infecção.
a) Dedutivo, porque ele concluiu sobre um caso específico baseado em uma regra geral.
b) Dedutivo, porque ele está usando observações de muitos pacientes para chegar a uma conclusão geral.
c) Indutivo, porque ele está inferindo a partir de uma observação específica para uma regra geral.
d) Indutivo, porque ele está aplicando uma observação geral a um caso específico.
Resposta: a) Dedutivo, porque ele concluiu sobre um caso específico baseado em uma regra geral.
Explicação: O médico aplicou uma regra geral (pacientes com a infecção apresentam certos sintomas)
para diagnosticar um caso específico.
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9. Questão 3: Desenvolvimento de Produto
Contexto: Uma empresa de tecnologia testou um novo modelo de smartphone com um grupo de 50
usuários e descobriu que a maioria deles estava satisfeita com a duração da bateria. A empresa decide
lançar o produto com base nesses testes.
Pergunta: Qual tipo de raciocínio a empresa utilizou para decidir lançar o produto?
a) Dedutivo, porque eles aplicaram uma regra geral para um grupo específico.
b) Dedutivo, porque eles garantiram a verdade da conclusão a partir de premissas verdadeiras
c) Indutivo, porque eles generalizaram os resultados de um pequeno grupo para um grupo maior.
d) Indutivo, porque eles aplicaram uma regra específica a um grupo específico.
Resposta: c) Indutivo, porque eles generalizaram os resultados de um pequeno grupo (50 usuários) para
um grupo maior.
Explicação: A empresa usou os resultados positivos de um grupo específico de usuários para inferir que o
produto será bem aceito no mercado em geral.
Contexto: Pedro planeja uma viagem de fim de semana para uma cidade conhecida por suas belas praias.
Ele verifica a previsão do tempo e vê que os últimos três fins de semana foram ensolarados e sem chuvas.
Pergunta: Que tipo de raciocínio Pedro está usando para prever que terá bom tempo em sua viagem?
a) Dedutivo, porque ele está aplicando uma regra geral de que todos os fins de semana são ensolarados.
b) Dedutivo, porque ele está concluindo que terá bom tempo com base em uma observação específica.
c) Indutivo, porque ele está generalizando a partir de uma observação de que os últimos fins de semana
foram ensolarados.
d) Indutivo, porque ele está aplicando uma regra específica a um grupo específico.
Resposta: c) Indutivo, porque ele está generalizando a partir de uma observação de que os últimos fins de
semana foram ensolarados.
Explicação: Pedro está usando observações de padrões recentes (os últimos fins de semana foram
ensolarados) para inferir que sua viagem também será em um fim de semana ensolarado.
Texto: Uma analista de mercado observa que, nos últimos cinco anos, a demanda por veículos
elétricos aumentou constantemente em 20% ao ano. Com base nisso, ela prevê que a demanda
continuará a crescer nos próximos anos.
Premissas:
1. Nos últimos cinco anos, a demanda por veículos elétricos aumentou 20% anualmente.
2. A analista prevê que a tendência de crescimento continuará.
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a) Dedutivo, porque ela baseou sua previsão em uma regra matemática precisa.
b) Dedutivo, porque a conclusão segue necessariamente das premissas.
c) Indutivo, porque ela baseou sua conclusão em uma observação de um fenômeno natural.
d) Indutivo, porque ela usou dados passados para prever um comportamento futuro.
Resposta: d) Indutivo, porque ela usou dados passados para prever um comportamento futuro.
Texto: Um médico observa que, quando pacientes têm a bactéria X, eles geralmente apresentam
sintomas de febre alta e dor de cabeça intensa. Hoje, ele encontrou um paciente com esses sintomas
e concluiu que o paciente provavelmente tem a bactéria X.
Premissas:
Pergunta: Que tipo de raciocínio o médico usou para chegar a sua conclusão?
a) Dedutivo, porque ele concluiu que o paciente tem a bactéria X com base em uma regra geral.
b) Dedutivo, porque ele fez uma observação específica e chegou a uma conclusão geral.
c) Indutivo, porque ele usou uma regra específica para diagnosticar o paciente.
d) Indutivo, porque ele inferiu uma regra geral a partir de uma observação específica.
Resposta: a) Dedutivo, porque ele concluiu que o paciente tem a bactéria X com base em uma
regra geral.
Texto: Uma pesquisadora realiza um estudo com 200 estudantes e observa que 85% deles preferem estudar
à noite em vez da manhã. Ela conclui que a maioria dos estudantes, em geral, prefere estudar à noite.
Premissas:
Pergunta: Que tipo de raciocínio a pesquisadora utilizou para chegar à sua conclusão?
Resposta: b) Indutivo, porque ela generalizou os resultados de um grupo específico para todos os
estudantes.
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14. Questão: Predição Climática
Texto: Um climatologista observa que, nos últimos 30 anos, sempre que houve um aumento significativo
nas temperaturas globais, houve também um aumento na frequência de tempestades tropicais. Ele
conclui que se as temperaturas globais continuarem a subir, a frequência de tempestades tropicais
também aumentará.
Premissas:
Resposta: c) Indutivo, porque ele usou observações passadas para prever um comportamento futuro.
Texto: Um farmacêutico nota que um novo medicamento tem sido eficaz em 90% dos pacientes que o
utilizaram para tratar uma condição específica. Com base nessa informação, ele sugere que o
medicamento é eficaz para tratar essa condição em geral.
Premissas:
Pergunta: Que tipo de raciocínio o farmacêutico utilizou para chegar à sua sugestão?
a) Dedutivo, porque ele concluiu a eficácia do medicamento com base em uma regra geral.
b) Dedutivo, porque a eficácia do medicamento foi observada em todos os pacientes.
c) Indutivo, porque ele generalizou a eficácia observada em um grupo para uma população maior.
d) Indutivo, porque ele aplicou uma regra específica a um caso específico.
Resposta: c) Indutivo, porque ele generalizou a eficácia observada em um grupo para uma população
maior.
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Capítulo 2
Problemas Lógicos – Aplicação de Raciocínio Lógico
Conjunção
p q P^q
V V V
V F F
F V F
F F F
Disjunção exclusiva
p q p˅q
V V V
V F V
F V V
F F F
Disjunção exclusiva
p q p˅q
V V F
V F V
F V V
F F F
Condicional
p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V
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Bicondicional
p q p ↔q
V V V
V F F
F V F
F F V
A) Carolina é médica.
B) Ana trabalha no turno da tarde.
C) Sofia trabalha no turno da noite.
D) Sofia é médica.
E) Carolina trabalha de noite.
Resposta: LETRA A
Amigas:
• Ana (Engenheira)
• Sofia (Arquiteta)
• Carolina (Médica)
Profissões:
• Engenheira (Ana)
• Arquiteta (Sofia)
• Médica (Carolina)
Turnos:
• Manhã (Carolina)
• Tarde (Sofia)
• Noite (Ana)
Conclusões:
Se Ana é engenheira, a médica trabalha de manhã e Sofia trabalha na parte da tarde, podemos
concluir que Carolina é a médica.
A partir dessa conclusão podemos confirmar que quem trabalha de noite é a Ana e que Sofia é a
arquiteta.
2. (INSTITUTO CONSULPLAN, 2024) Ana, Bárbara e Clarice acabaram de se conhecer em uma festa e
conversaram sobre vários assuntos. Elas concluíram que Ana e Bárbara são advogadas e Clarice não
é advogada. Assim, dentre as afirmações a seguir, a única verdadeira é:
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A) Ana não é advogada e Clarice é advogada.
B) Bárbara não é advogada e Clarice é advogada.
C) Se Clarice é advogada, então Ana não é advogada.
D) Se Bárbara é advogada, então Ana não é advogada.
Resposta: LETRA C
Pessoas:
Ana (advogada)
Bárbara (advogada)
p q p^q
F F F
p q p^q
F F F
p q p→q
F F V
p q p^q
V F F
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Assim, pode-se concluir que:
Resposta: LETRA C
Pessoas:
• Tales
• Tereza
• Ticiana (João Pessoa)
• Túlio
Cidades:
• Maceió
• João Pessoa – Ticiana
• Recife
• Natal
Se Ticiana mora em João Pessoa (VERDADE), então Túlio não mora em Maceió (VERDADE) = VERDADE
As duas preposições serão verdadeiras, para que a preposição composta seja verdadeira.
p q p→q
V F F
V V V
Se Tereza mora em Natal (FALSA), então Túlio mora em Maceió (FALSA) = VERDADE.
p q p→q
V F F
V V V
F V V
F F V
Túlio vai morar em Natal ou em Recife e Tereza vai morar em Recife ou Maceió,
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p q pVq
V F V
Conclusões:
A) Tereza mora em Natal (FALSO) e Túlio mora em Maceió (FALSO) = FALSO.
B) Tales não mora em Recife (VERDADEIRO) e Tereza mora em Natal (FALSO) = FALSO.
C) Tales mora em Recife (VERDADE) e Tereza não mora em Natal (VERDADEIRO) = VERDADE.
D) Ticiana mora em João Pessoa (VERDADE) e Túlio mora em Maceió (FALSO) = FALSO.
E) Túlio mora em Maceió (FALSO) e Tales mora em Recife (FALSO) = FALSO.
4. (CPCON, 2023) Jáder, Jorge e Juliana são irmãos que cursam, em alguma ordem, Direito, Pedagogia e
Jornalismo e estão em semestres diferentes do curso. Eles estão cursando, em alguma ordem, o
primeiro, o quarto e o oitavo semestres de seu respectivo curso.
Sabemos que: quem faz direito está no primeiro semestre; Jorge cursa Pedagogia; quem está no
quarto semestre não é Jorge; Jáder não cursa Direito.
Deste modo, quem está cursando o primeiro, o quarto e o oitavo semestre, nesta ordem?
Resposta: LETRA A
Pessoas:
Cursos:
• Direito (Primeiro)
• Pedagogia (Oitavo)
• Jornalismo (Quarto)
5. (CONSULPLAN, 2023) Considere que na corrida rústica de determinado município os cinco atletas
que estavam disputando o pódio masculino eram: Alan; Bruno; Carlos; Douglas; e, Evaldo. Sobre a
posição que cada um deles chegou ao final da corrida, analise as afirmativas a seguir.
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Podemos afirmar que o vencedor da corrida rústica foi:
A) Alan.
B) Carlos.
C) Evaldo.
D) Douglas.
Resposta: LETRA D
Analisando:
6. (FUNDATEC, 2023) André é pai de Laura, que é irmã de João e Pedro. Laura, João e Pedro são filhos
de Ana. Ana é casada com André. Janaína é namorada de Pedro, filho mais velho de André. João está
fazendo cursinho pré-vestibular e Laura está no 6º ano do Ensino Fundamental II. Diante dessas
informações, assinale a alternativa correta.
Resposta: LETRA D
7. (FCC, 2017) Alexandre, Breno, Cleide e Débora saíram vestindo camisas do seu time de futebol. Sabe-
se que cada pessoa torce por um time diferente, e que os times são: Flamengo, Corinthians, São
Paulo, Vasco, não necessariamente nessa ordem. Cleide é corintiana, Breno não torce pelo Flamengo
nem pelo São Paulo, Débora é são-paulina. Sendo assim, conclui-se que Alexandre e Breno,
respectivamente, torcem para:
A) Flamengo e Corinthians.
B) Vasco e Flamengo.
C) São Paulo e Vasco.
D) Flamengo e Vasco.
E) Vasco e Corinthians.
Resposta: LETRA D
Pessoas:
• Alexandre
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• Breno
• Cleide
• Débora
Times:
• Flamengo
• Corinthians
• São Paulo
• Vasco
Conclusões:
Pessoas:
• Alexandre → Flamengo
• Breno → Vasco
• Cleide → Corinthians
• Débora → São Paulo
8. (CPCON, 2023) Patrícia, Penélope e Poliana são casadas, não necessariamente nesta ordem, com Rafael,
Renato e Roberto. Um dos casais tem apenas 1 filho, o outro exatamente 2 filhos e o outro exatamente três
filhos. Patrícia e seu marido têm apenas 1 filho; O marido de Poliana é Roberto; Penélope e o marido não
têm exatamente 2 filhos e o marido de Penélope não é Rafael. Qual alternativa tem o número exato de filhos
de Rafael, Renato e Roberto, nesta ordem?
A) 3, 1 e 2.
B) 1, 2 e 3.
C) 1, 3 e 2.
D) 3, 2 e 1.
E) 2, 3 e 1.
Resposta: LETRA C
Maridos:
• Rafael
• Renato
• Roberto
Esposas:
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9. (INSTITUTO CONSULPLAN, 2023) Ricardo, Sabrina e Tais foram juntos comprar cartolina para
trabalhos escolares de três disciplinas: matemática, ciências e história. Para organizar os trabalhos,
cada um dos três foi designado para escrever em uma das cartolinas, sendo cada cartolina de uma
das seguintes cores: branco, azul ou amarelo. Sabe-se que cada um dos três ficou responsável por
uma disciplina e que:
Resposta: LETRA A
Conclusões:
Ricardo → História → amarela
Taís → Ciências → azul
Sabrina → Matemática → branca
10.
Se Mariana cozinhou risoto, então Marcelo comeu abacaxi.
Se Marcelo comeu abacaxi, então Carolina foi à academia.
Se Carolina foi à academia, então Vítor não tocou violão.
Se Vítor não tocou violão, então Camila foi ao teatro.
Se Camila foi ao teatro, então Melissa não estudou para a prova.
Se Melissa não estudou para a prova, então Raí jogou futebol.
Resposta: LETRA A
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1° passo: Fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras, como temos certeza que Raí não
jogou futebol vamos começar pela última premissa.
Se Melissa não estudou para a prova (FALSO), então Raí jogou futebol (FALSO) = VERDADE.
Se Camila foi ao teatro (FALSO), então Melissa não estudou para a prova (FALSO) = VERDADE
Se Vítor não tocou violão (FALSO), então Camila foi ao teatro (FALSO) = VERDADE.
Se Carolina foi à academia (FALSO), então Vítor não tocou violão (FALSO) = VERDADE.
Se Marcelo comeu abacaxi (FALSO), então Carolina foi à academia (FALSO) = VERDADE.
Se Mariana cozinhou risoto (FALSO), então Marcelo comeu abacaxi (FALSO) = VERDADE.
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Capítulo 3
Informações numéricas, percentuais na geração de falácias em mídias diversas;
Como Calcular Porcentagem e Taxa Percentual
O Que é Porcentagem?
Porcentagem é uma forma de expressar uma fração ou um número como uma parte de 100. É representada
pelo símbolo "%". Por exemplo, 25% significa 25 de cada 100 partes, ou simplesmente 25 dividido por 100.
Para calcular a porcentagem de um número, você multiplica esse número pela porcentagem desejada e
divide o resultado por 100. A fórmula geral é:
Exemplo 1:
Se você quiser saber qual é 20% de 150, você faria o seguinte cálculo:
20 𝑥 150
Porcentagem = = 30
100
Exemplo 2:
35 𝑥 200
Porcentagem = = 70
100
Para converter uma fração ou decimal em porcentagem, você multiplica o número por 100 e adiciona o
símbolo "%".
20
Exemplo:
0,75×100=75%
A taxa percentual, ou taxa de variação percentual, é usada para expressar a mudança percentual entre dois
valores ao longo do tempo. É uma medida importante para analisar o crescimento ou a diminuição relativa
de um valor.
Exemplo:
Se um produto custava R$ 50 e agora custa R$ 70, para encontrar a taxa percentual de aumento, você faz:
20
= 0,4
50
0,4×100=40%
Exemplo de Diminuição:
20
= 0,25
80
21
Diferença Entre Porcentagem e Taxa Percentual
Compreender e calcular porcentagens e taxas percentuais é crucial para diversas áreas, como economia,
estatística e finanças pessoais. Elas ajudam a:
22
Atividade 1:
1° Parte:
Após apresentar o componente e seus objetivos e habilidades que pretendem ser trabalhados com a turma, orientar
o olhar dos estudantes sobre como quantificações, gráficos, índices e tantas outras informações dadas em linguagem
matemática são apresentadas na mídia e suas finalidades. Para isso, é possível apresentar aos estudantes uma notícia,
com informações referentes à cidadania global de fontes jornalísticas, para que notem se a apresentação contempla
utilização de dados matemáticos e qual a importância desses dados para a compreensão dos fatos no contexto da
notícia.
“O número de vítimas de feminicídio — assassinato de mulheres cometido em razão do gênero — caiu 1,7% no país
em 2021, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública";
2° Parte:
• Qual a intenção desse título? Os valores apresentados nesta notícia são considerados alto ou baixo,
significativos ou irrelevantes?
• Qual o real quantitativo por trás do valor 1,7%? Em seguida, propor aos estudantes que reescrevam essa
informação com os dados em números reais da situação apresentada e promover uma conversa sobre a
questão do feminicídio em si e possíveis ações humanas ou políticas públicas para que o dado apresentado na
notícia aumente ou diminua.
Resposta:
• Qual a intenção desse título? Os valores apresentados nesta notícia são considerados alto ou baixo,
significativos ou irrelevantes?
• Intenção do Título: O título visa informar ao público que houve uma redução no número de feminicídios no
Brasil em 2021. Ele destaca a queda de 1,7%, sugerindo uma possível melhora na segurança para mulheres e
uma diminuição na violência de gênero. A menção ao Anuário Brasileiro de Segurança Pública confere
credibilidade à informação.
• Significado dos Valores Apresentados: A redução de 1,7% pode parecer pequena em termos percentuais, mas
qualquer diminuição no número de feminicídios é significativa. No contexto da luta contra a violência de
gênero, mesmo pequenas reduções representam progressos e vidas salvas. Comparado com a quantidade
absoluta de casos, como mostrado na tabela, essa porcentagem reflete uma leve melhora, mas ainda aponta
para um problema grave e persistente. Analisando os números absolutos são 13 casos a menos em 2021,
porém os resultados poderiam ser melhores.
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• Qual o real quantitativo por trás do valor 1,7%? Em seguida, propor aos estudantes que reescrevam essa
informação com os dados em números reais da situação apresentada e promover uma conversa sobre a
questão do feminicídio em si e possíveis ações humanas ou políticas públicas para que o dado apresentado na
notícia aumente ou diminua.
Exemplo de Reescrita: “Em 2021, o Brasil registrou 1.341 casos de feminicídio, uma redução de 13 casos em relação
aos 1.354 registrados em 2020, representando uma diminuição de 1,7%, conforme dados do Anuário Brasileiro de
Segurança Pública."
Os dados sobre feminicídio são cruciais para entender a gravidade da violência contra mulheres e orientar a
formulação de políticas públicas eficazes. A redução de casos, mesmo que pequena, indica que medidas de combate
à violência de gênero podem estar surtindo efeito, mas também destaca a necessidade de continuar e intensificar
esses esforços.
Para que os números de feminicídios continuem a diminuir, é essencial adotar e fortalecer várias ações:
1. Educação e Conscientização:
o Promover campanhas educativas sobre igualdade de gênero e respeito aos direitos das mulheres.
o Implementar programas de conscientização nas escolas e comunidades sobre a gravidade da
violência de gênero.
2. Fortalecimento das Leis:
o Aumentar a eficácia e a aplicação das leis existentes que protegem as mulheres contra a violência.
o Criar novas legislações que garantam maior proteção e apoio às vítimas.
3. Apoio e Proteção às Vítimas:
o Ampliar o acesso a serviços de apoio psicológico e social para mulheres em situação de risco.
o Estabelecer e manter redes de abrigo e proteção para vítimas de violência.
4. Investimento em Segurança Pública:
o Melhorar os sistemas de segurança e resposta rápida para casos de violência doméstica e
feminicídio.
o Capacitar e treinar as forças de segurança para lidar de forma sensível e eficaz com casos de
violência contra a mulher.
3° Parte:
Em pequenos grupos, solicitar aos estudantes a busca de uma informação, em fonte diferente da anterior, que
apresente índices como título, para que analisem criticamente o uso da linguagem matemática da notícia e de que
forma ela é dada.
Opções de resposta:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/seguranca/audio/2022-06/tres-mulheres-morrem-por-dia-
no-brasil-por-
feminicidio#:~:text=O%20n%C3%BAmero%20de%20v%C3%ADtimas%20de,secretarias%20estaduais%20de%20segur
an%C3%A7a%20p%C3%BAblica.
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2022/06/28/numero-de-feminicidios-cai-17percent-em-2021-mas-
outras-violencias-contra-mulheres-crescem-mostra-anuario.ghtml
24
https://agenciapatriciagalvao.org.br/violencia/numero-de-feminicidios-cai-17-em-2021-mas-outras-violencias-
contra-mulheres-crescem-mostra-anuario/?doing_wp_cron=1717522766.3725728988647460937500
https://forumseguranca.org.br/publicacoes/anuario-brasileiro-de-seguranca-publica/
https://pvmulher.com.br/numero-de-feminicidios-cai-17-em-2021-mas-outras-violencias-contra-mulheres-crescem-
mostra-anuario/
https://www.aleam.gov.br/comissao-da-mulher-da-assembleia-legislativa-quer-punicao-rigorosa-para-feminicida-
de-presidente-figueiredo/
25
Capítulo 4
Análise crítica de falácias
Atividade 1
Propor a leitura compartilhada, com paradas reflexivas, do texto que se encontra no site Observatório da imprensa,
“Falácias matemáticas''.
Link: https://www.observatoriodaimprensa.com.br/armazem-literario/ed700-falacias-matematicas/
Falácias Matemáticas
“A mentalidade americana parece extremamente vulnerável à crença de que qualquer conhecimento exprimível em
números na verdade é tão definitivo e exato quanto as cifras que o expressam” (Richard Hofstadter, Anti-
Intellectualism in American Life)
“Em minha opinião, o Departamento de Estado, um dos mais importantes do governo, está totalmente
infestado de comunistas.” Mas não foram essas as palavras que, pronunciadas diante de um pequeno grupo de
mulheres do estado da Virgínia Ocidental, projetaram o desconhecido senador do Wisconsin para o centro das
atenções públicas. Foi a frase que vinha logo a seguir. Brandindo um maço de papéis, o carrancudo Joseph McCarthy
conquistou seu lugar nos livros de história com uma afirmação impudente: “Tenho aqui em minhas mãos uma lista de
205… Uma lista de nomes, de conhecimento do secretário de Estado, que são membros do Partido Comunista e, apesar
disso, continuam trabalhando e ditando os rumos no Departamento de Estado.”
Aquele número – 205 – foi como uma descarga elétrica que levou Washington a agir contra os comunistas
infiltrados. Pouco importa que fosse mentira. A conta chegou a 207 e voltou a cair no dia seguinte, quando McCarthy
escreveu ao presidente Truman dizendo: “Conseguimos compilar uma lista de 57 comunistas no Departamento de
Estado.” Alguns dias depois, o número se estabilizou em 81 “riscos à segurança”. McCarthy fez um longo discurso no
Senado, fornecendo mais detalhes sobre grande número de casos (menos de 81), mas não revelou dados suficientes
para que se checassem as afirmações.
Mentiras eficientes
De fato, não importava se a lista tinha 205, 57 ou 81 nomes. O simples fato de McCarthy associar um número
às acusações lhes conferia uma aura de verdade. Será que o senador faria declarações tão específicas se não tivesse
provas? Ainda que as autoridades da Casa Branca desconfiassem de um blefe, os números faziam com que elas
duvidassem de si mesmas. As cifras davam peso às acusações de McCarthy; eram muito sólidas, específicas demais
para serem ignoradas. O Congresso foi obrigado a realizar audiências na tentativa de salvar a reputação do
Departamento de Estado – e do governo Truman.
O fato é que McCarthy mentia. O senador não fazia a menor ideia se o Departamento de Estado abrigava 205,
57 ou um só comunista; atirava a esmo e sabia que as informações em que se baseava de nada valiam. Porém, de uma
hora para outra, depois de tornar pública a acusação e de o Senado declarar que realizaria audiências sobre o assunto,
precisava encontrar alguns nomes. Assim, procurou o magnata da imprensa William Randolph Hearst, anticomunista
inflamado, para ajudá-lo a compor uma lista. Como se recorda Hearst: “Joe nunca teve nenhum nome. Ele nos
procurou. ‘O que eu vou fazer? Vocês precisam me ajudar.’ Então, demos a ele um punhado de bons repórteres.”
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Nem o auxílio de meia dúzia de repórteres e colunistas de Hearst pôde dar alguma substância à lista de
McCarthy. Quando começaram as audiências, em março de 1950, ele não foi capaz de apresentar o nome de um só
comunista a serviço do Departamento de Estado. Isso não fazia a menor diferença. As acusações numéricas de
McCarthy haviam chegado no momento certo. A China acabava de se tornar comunista e, no final das audiências, a
Coreia do Norte invadiu a do Sul. Os Estados Unidos estavam aterrorizados com a crescente onda comunista no mundo
e o blefe do parlamentar o transformou, quase do dia para a noite, num símbolo de resistência. Um obscuro senador
do baixo clero havia se tornado uma das figuras políticas mais famosas e polêmicas. Seu discurso sobre os 205
comunistas foi uma das mentiras mais eficientes da história americana.
Falácias matemáticas
A força do discurso de McCarthy vinha de um número. Embora fosse uma ficção, aquilo conferia credibilidade
às mentiras do senador, sugerindo que o maço de papéis em suas mãos estava cheio de fatos incriminadores sobre
funcionários específicos do Departamento de Estado. O número 205 parecia uma “prova” sólida de que as acusações
do parlamentar deviam ser levadas a sério.
Como sabia McCarthy, os números podem ser uma arma poderosa. Em mãos ágeis, dados adulterados,
estatísticas fajutas e matemática ruim podem dar aparência de verdade à ideia mais fantasiosa, à falsidade mais
acintosa. Podem ser usados para oprimir os inimigos, destruir os críticos e pôr fim à discussão. Algumas pessoas, aliás,
desenvolveram uma habilidade extraordinária no uso de números forjados para provar falsidades. Tornaram-se
mestres da falácia matemática: a arte de empregar argumentos matemáticos enganosos para provar algo que nosso
coração diz ser verdade – ainda que não seja.
Nossa sociedade hoje está submersa em falsidades numéricas. Usando um punhado de técnicas poderosas,
milhares de pessoas forjam números sem fundamentos e nos fazem engolir inverdades. Anunciantes adulteram
números para nos convencer a comprar seus produtos, políticos manipulam dados para se reeleger. Gurus e profetas
usam cálculos fraudulentos para nos fazer acreditar em previsões que parecem nunca se realizar. Negociantes usam
argumentos matemáticos enganosos para tomar nosso dinheiro. Pesquisas de opinião fingem ouvir o que temos a
dizer e usam falácias matemáticas para nos dizer em que acreditar.
Verdades encobertas
Às vezes, essa gente recorre a essas técnicas para tentar nos convencer de bobagens e absurdos. Algumas
pessoas, inclusive cientistas, já lançaram mão de números falsos para mostrar que, um dia, os velocistas olímpicos vão
romper a barreira do som e que existe uma fórmula exata para determinar quem tem a bunda perfeita. Não há limites
para o grau de absurdo das falácias matemáticas.
Ao mesmo tempo, esses truques têm consequências gravíssimas. Invalidam eleições, coroando vencedores
sem legitimidade – tanto republicanos quanto democratas. Pior ainda, são usados para manipular os resultados de
eleições futuras; políticos e juízes empregam cálculos distorcidos para influenciar distritos eleitorais e comprometer o
recenseamento que determina quais americanos serão representados no Congresso. As falsificações numéricas, em
grande medida, são responsáveis pela quase destruição de nossa economia – e pelo desaparecimento de mais de US$
1 trilhão do Tesouro, que desceram pelo ralo. Promotores e magistrados recorrem a números enganosos para
inocentar culpados e condenar inocentes – e até para sentenciá-los à morte. Em suma, a matemática ruim está
solapando a democracia nos Estados Unidos.
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A ameaça vem tanto da direita quanto da esquerda. Aliás, algumas vezes parece que a falácia matemática é a
única coisa que une republicanos e democratas. Contudo, é possível reagir a ela. Quem já aprendeu a reconhecê-la
consegue identificá-la em quase toda parte, enredando o público numa teia de falsidades evidentes. Os mais atentos
encontram nesses truques uma fonte diária da maior diversão – e da mais negra indignação.
Com meia dúzia de números, nos convencemos de qualquer coisa, desde o resultado de uma eleição duvidosa
a teses que de outra maneira nos pareceriam absurdas. Números são o meio de propaganda mais eficaz quando se
trata de desarmar os céticos, confundir a imprensa e enganar o público.
Falácias matemáticas já foram utilizadas para promover ou derrubar candidatos em eleições. Elas
desequilibram a balança da Justiça e ajudam a condenar inocentes. Imprecisões são difundidas em artigos da mídia e
sacramentam opiniões sem qualquer base na realidade.
Em Os números (não) mentem, o jornalista e matemático Charles Seife revela como funciona esse perigoso
mecanismo de persuasão. Analisando informações veiculadas pela imprensa, divulgadas por fabricantes, censos
populacionais, números ocultados pelos bancos ou produzidos nos tribunais, ele nos ensina a desenvolver o ceticismo
necessário para saber de onde surgem os dados que chegam até nós.
Comentando com bom humor casos que não podem ser de fato provados – como a afirmação de que mulheres
de quadris largos têm maior probabilidade de gerar filhos homens ou o fato de pessoas louras estarem sumindo do
planeta –, Seife lança um alerta: ou aprendemos a lutar contra os argumentos enganadores, ou continuaremos
vulneráveis a muitos males, entre eles a derrocada da democracia.
Fonte: https://www.observatoriodaimprensa.com.br/armazem-literario/ed700-falacias-matematicas/
1. Qual foi a principal falácia matemática utilizada por Joseph McCarthy em suas acusações sobre comunistas no
Departamento de Estado dos EUA?
Resposta: McCarthy utilizou números específicos e variáveis sem qualquer base factual para dar credibilidade a suas
acusações.
“A força do discurso de McCarthy vinha de um número. Embora fosse uma ficção, aquilo conferia credibilidade
às mentiras do senador, sugerindo que o maço de papéis em suas mãos estava cheio de fatos incriminadores sobre
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funcionários específicos do Departamento de Estado. O número 205 parecia uma “prova” sólida de que as acusações
do parlamentar deviam ser levadas a sério.”
2. Como a precisão dos números pode afetar a percepção pública sobre a veracidade de uma informação, conforme
discutido no artigo?
Resposta: Números específicos, mesmo que falsos, podem fazer com que informações pareçam mais corretas e difíceis
de contestar.
3. Quais foram as consequências políticas e sociais das acusações falsas de McCarthy baseadas em falácias
matemáticas?
Resposta: As acusações levaram a uma paranoia anticomunista, audiências no Senado e uma grande pressão sobre o
governo, apesar de carecerem de qualquer prova concreta.
4. De que maneira o artigo aborda o uso de falácias matemáticas em diferentes áreas da sociedade moderna?
Resposta: O texto explora como números adulterados são utilizados por políticos, publicitários e até cientistas para
manipular opiniões e influenciar decisões.
“Falácias matemáticas já foram utilizadas para promover ou derrubar candidatos em eleições. Elas
desequilibram a balança da Justiça e ajudam a condenar inocentes. Imprecisões são difundidas em artigos da mídia e
sacramentam opiniões sem qualquer base na realidade.”
5. Como Charles Seife descreve o impacto das falácias matemáticas na democracia dos EUA?
Resposta: Ele argumenta que essas falácias podem manipular eleições, decisões judiciais e políticas públicas, minando
a integridade democrática.
“Falácias matemáticas já foram utilizadas para promover ou derrubar candidatos em eleições. Elas
desequilibram a balança da Justiça e ajudam a condenar inocentes. Imprecisões são difundidas em artigos da mídia e
sacramentam opiniões sem qualquer base na realidade.”
6. Quais são alguns exemplos fornecidos pelo artigo de como números falsos são usados para validar ideias
absurdas?
Resposta: Seife menciona, por exemplo, a alegação infundada de que velocistas olímpicos podem romper a barreira
do som ou a existência de uma fórmula para determinar a bunda perfeita.
7. Como o artigo sugere que os leitores podem se proteger contra a influência de falácias matemáticas?
Resposta: O texto recomenda desenvolver ceticismo e aprender a identificar técnicas de manipulação de dados para
discernir a verdade por trás das cifras.
8. Quais são as principais técnicas mencionadas no artigo que são utilizadas para criar falácias matemáticas?
Resposta: Técnicas incluem a adulteração de estatísticas, a manipulação de dados e a apresentação de números sem
contexto adequado.
9. Como Seife relaciona a utilização de falácias matemáticas a problemas econômicos graves, como a perda de US$
1 trilhão do Tesouro americano?
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Resposta: Ele sugere que falsificações numéricas em grande escala contribuíram para a quase destruição da economia
americana, como no caso da crise financeira.
“As falsificações numéricas, em grande medida, são responsáveis pela quase destruição de nossa economia –
e pelo desaparecimento de mais de US$ 1 trilhão do Tesouro, que desceram pelo ralo. Promotores e
magistrados recorrem a números enganosos para inocentar culpados e condenar inocentes – e até para
sentenciá-los à morte. Em suma, a matemática ruim está solapando a democracia nos Estados Unidos.”
10. Quais são os exemplos dados pelo autor de como falácias matemáticas podem afetar decisões judiciais?
Resposta: Seife menciona que números enganosos podem ser usados para condenar inocentes ou absolver
culpados, incluindo casos de sentenças de morte.
Atividade 3:
1. No artigo, Charles Seife explora como Joseph McCarthy utilizou números falsos para dar credibilidade a suas
acusações durante o período do McCarthyismo. Discuta como a apresentação de números sem uma base
factual pode influenciar a opinião pública e a tomada de decisões políticas. Qual é a sua opinião sobre a
responsabilidade dos líderes e da mídia em verificar a autenticidade das informações antes de divulgá-las?
Orientação para Resposta: Os alunos devem explorar como números específicos, mesmo que falsos, podem dar uma
aparência de precisão e autoridade aos argumentos, influenciando a percepção pública e a confiança nas decisões
políticas. Eles devem também refletir sobre a responsabilidade ética dos líderes e da mídia em assegurar que os dados
apresentados ao público sejam verificados e precisos.
2. O artigo menciona que as falácias matemáticas podem minar a integridade democrática ao manipular eleições
e políticas públicas. Em sua opinião, quais são os possíveis efeitos a longo prazo dessas práticas na confiança
do público nas instituições democráticas? Você pode pensar em algum exemplo recente onde a confiança
pública foi abalada devido ao uso inadequado de dados?
Orientação para Resposta: Os alunos devem considerar como a manipulação de números pode levar à desconfiança
nas instituições e nas lideranças políticas, o que pode resultar em desestabilização social e falta de participação
democrática. Eles podem citar casos recentes, como debates sobre mudanças climáticas ou políticas de saúde pública,
onde a má interpretação de dados gerou controvérsias e desconfiança.
3. De acordo com o texto, números enganosos podem influenciar decisões judiciais, resultando em condenações
injustas ou absolvições equivocadas. Como você avalia a importância de uma análise rigorosa de dados e
estatísticas nos processos judiciais? Dê sua opinião sobre as implicações éticas e legais de utilizar dados
incorretos em julgamentos.
Orientação para Resposta: Os alunos devem discutir a importância de uma análise precisa e rigorosa dos dados nas
decisões judiciais para garantir que a justiça seja feita. Eles podem refletir sobre as consequências éticas e legais de se
basear em dados incorretos, incluindo a possibilidade de condenar inocentes ou permitir que culpados escapem da
punição, o que compromete a confiança no sistema judicial.
1° Parte: Pesquise outros casos onde falácias matemáticas influenciaram significativamente eleições ou decisões
judiciais. Busque notícias ou manchetes em locais para buscar informações e verificar se há alguma forma de “falácia”,
ou seja, utiliza um raciocínio que parece lógico e verdadeiro, porém existe alguma falha que o torna falso.
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Descreva um caso específico, explicando como os dados falsos ou manipulados foram utilizados e quais foram as
consequências para a sociedade e para o processo democrático.
Orientação para Pesquisa: Os alunos devem buscar exemplos históricos ou recentes onde números falsos ou
manipulados tiveram um impacto significativo em contextos eleitorais ou judiciais. Eles podem explorar casos como a
manipulação de dados em eleições para justificar fraudes eleitorais ou o uso de estatísticas distorcidas em julgamentos
que resultaram em decisões injustas. Exemplos incluem a manipulação de dados sobre fraudes eleitorais em diferentes
países ou a utilização de análises estatísticas imprecisas em julgamentos criminais.
Sugestões de respostas:
• Contexto: Durante o surto de gripe suína em 2009, houve uma previsão de que o vírus H1N1 poderia causar
até 90.000 mortes nos EUA.
• Falácia Matemática: A mídia divulgou amplamente números baseados em modelos matemáticos que
superestimaram drasticamente o impacto da gripe, criando um pânico desnecessário.
• Impacto: A divulgação dessas previsões alarmantes levou a um estado de pânico, resultando em medidas
drásticas que não se justificaram com base nos números reais de casos e mortes que se seguiram.
• Fonte: New York Times
• Contexto: Durante a eleição presidencial dos EUA em 2020, várias alegações de fraude eleitoral foram feitas,
muitas das quais foram baseadas em estatísticas e números imprecisos.
• Falácia Matemática: Alguns meios de comunicação e personalidades políticas citaram números exagerados
de votos ilegais e manipulação de urnas, sem base em evidências concretas.
• Impacto: Essas alegações levaram a uma desconfiança generalizada no sistema eleitoral e a uma série de
processos judiciais e investigações, que, em sua maioria, não encontraram provas substanciais de fraude.
• Fonte: Washington Post
• Contexto: Em algumas campanhas contra a violência sexual, números inflacionados de vítimas de estupro
foram utilizados para chamar atenção ao problema.
• Falácia Matemática: Algumas estatísticas foram amplamente divulgadas sem base sólida ou foram exageradas
para maximizar o impacto emocional da mensagem.
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• Impacto: Embora a intenção fosse aumentar a conscientização, a divulgação de números não confiáveis
prejudicou a credibilidade das campanhas e gerou críticas sobre a veracidade das estatísticas apresentadas.
• Fonte: The Atlantic
• Contexto: Nos anos 1960 e 1970, havia uma forte preocupação de que a população mundial estava crescendo
a um ritmo insustentável, levando à crença em uma iminente crise de fome global.
• Falácia Matemática: Modelos de crescimento populacional e de consumo de recursos foram mal
interpretados, levando a previsões catastróficas de fome global, apesar de não levar em conta inovações
tecnológicas e mudanças nos padrões de consumo.
• Impacto: Essas previsões criaram um pânico desnecessário e influenciaram políticas de controle populacional
que, em alguns casos, resultaram em práticas questionáveis, como esterilizações forçadas.
• Fonte: The Guardian
• Contexto: Durante os anos 1980 e 1990, o Brasil enfrentou uma inflação galopante. Algumas previsões da
mídia sobre a inflação e as taxas de juros eram extremamente alarmistas, utilizando cálculos que exageravam
a gravidade da situação.
• Falácia Matemática: Muitos relatórios apresentavam previsões de inflação baseadas em modelos
inadequados ou sem considerar fatores econômicos críticos, criando uma imagem de hiperinflação iminente.
• Impacto: Isso contribuiu para uma incerteza econômica generalizada, pânico no mercado financeiro e decisões
precipitadas de investidores e consumidores.
• Fontes: Folha de S.Paulo, O Globo
• Contexto: No início dos anos 2000, alguns estudos e reportagens destacavam que certas regiões do Brasil
tinham índices de homicídios extremamente elevados, citando números que, muitas vezes, eram inflacionados
ou descontextualizados.
• Falácia Matemática: A manipulação de estatísticas, como a utilização de números absolutos sem ajuste
proporcional à população, levou a uma percepção distorcida da violência em algumas áreas, gerando pânico
e medo desnecessários.
• Impacto: Esses relatos influenciaram políticas públicas e ações de segurança que, em alguns casos, foram
desproporcionais à realidade dos fatos.
• Fontes: BBC Brasil, Estadão.
8. Campanhas Anti-Tabagismo
• Contexto: Em campanhas anti-tabagismo, foram divulgados números que sugeriam que o tabaco causava uma
quantidade excessiva de mortes por ano, baseando-se em extrapolações que não consideravam outros fatores
de risco e comorbidades.
• Falácia Matemática: As estatísticas divulgadas frequentemente inflacionavam o número de mortes atribuídas
ao tabagismo, sem distinguir entre mortes diretamente causadas pelo tabaco e aquelas influenciadas por
múltiplos fatores de risco.
• Impacto: Embora a intenção fosse promover a saúde pública, a manipulação dos números levou a uma
percepção exagerada do risco, gerando alarmismo.
• Fontes: Jornal do Brasil, G1
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• Contexto: Em várias ocasiões, reportagens na mídia brasileira apresentaram estatísticas sobre pobreza e
desigualdade que eram exageradas ou mal interpretadas, muitas vezes para sustentar uma narrativa política
específica.
• Falácia Matemática: Dados foram frequentemente apresentados sem o devido contexto, como a comparação
de números absolutos de pobreza em diferentes regiões ou épocas sem considerar a inflação, o crescimento
populacional ou mudanças nas metodologias de coleta de dados.
• Impacto: Isso levou a debates públicos polarizados e a políticas que, em alguns casos, não abordavam
adequadamente as causas subjacentes da pobreza e desigualdade.
• Fontes: O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo
• Contexto: Em períodos de crise econômica, como a recessão brasileira de 2015-2016, algumas previsões de
desemprego eram apresentadas de forma alarmista pela mídia.
• Falácia Matemática: Relatórios utilizaram projeções que extrapolavam as taxas de desemprego sem
considerar medidas de recuperação econômica ou mudanças estruturais no mercado de trabalho.
• Impacto: Essas previsões contribuíram para um pessimismo generalizado e a incerteza econômica, afetando
tanto as decisões de consumo quanto de investimentos.
• Fontes: UOL Economia, G1
• Contexto: Em diversas eleições, incluindo a de 2018, surgiram alegações de que milhões de eleitores "mortos"
estavam registrados para votar, sugerindo uma possibilidade de fraude massiva.
• Falácia Matemática: Os números citados muitas vezes se baseavam em registros antigos ou duplicados, que
não necessariamente indicavam fraude, mas problemas no sistema de atualização de dados dos eleitores.
• Impacto: Essas alegações alimentaram teorias de conspiração e criaram desconfiança no processo eleitoral,
mesmo sem evidências substanciais para apoiar as acusações.
• Fontes: Folha de S.Paulo, UOL.
• Contexto: Durante a eleição presidencial de 2018, várias alegações surgiram de que urnas eletrônicas haviam
sido fraudadas para favorecer determinados candidatos.
• Falácia Matemática: Alegações foram feitas com base em cálculos errôneos sobre a porcentagem de urnas
suspeitas, que não consideravam a totalidade das urnas utilizadas nem a margem de erro natural em processos
de contagem.
• Impacto: As alegações sem fundamento concreto minaram a confiança nas urnas eletrônicas e no sistema
eleitoral brasileiro como um todo.
• Fontes: G1, Estadão
• Contexto: Em várias eleições, incluindo as de 2014 e 2018, foi argumentado que um aumento no número de
eleitores ausentes indicava uma insatisfação generalizada com o sistema político.
• Falácia Matemática: A interpretação desses números ignorava fatores contextuais como a mobilidade
urbana, dificuldades logísticas de votação e mudanças nas regras eleitorais que poderiam afetar a
participação.
• Impacto: Essa falácia foi usada para justificar críticas ao sistema eleitoral e questionar a legitimidade das
eleições, apesar de não refletir uma análise detalhada dos motivos das ausências.
• Fontes: BBC Brasil, UOL
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• Contexto: Durante a campanha eleitoral de 2010, houve alegações de que certos partidos políticos estavam
crescendo exponencialmente em termos de número de filiados e apoio popular, baseando-se em dados de
filiação partidária e pesquisas de intenção de voto.
• Falácia Matemática: Muitas dessas projeções se baseavam em amostras não representativas ou
extrapolações inadequadas de dados parciais, que não consideravam a complexidade do comportamento
eleitoral.
• Impacto: Isso levou a uma falsa percepção de que determinados partidos tinham um apoio maior do que
realmente tinham, influenciando as estratégias de campanha e as percepções dos eleitores.
• Fontes: Valor Econômico, O Globo
• Contexto: Em eleições passadas, houve alegações de que um grande número de "votos irregulares" (como
votos de pessoas não elegíveis) estava influenciando o resultado das eleições.
• Falácia Matemática: As alegações frequentemente se baseavam em números exagerados e sem evidências,
como a suposta existência de milhões de votos de pessoas que não estavam qualificadas para votar.
• Impacto: Essas alegações alimentaram uma narrativa de fraude generalizada e foram usadas para contestar
os resultados eleitorais, mesmo sem provas concretas.
• Fontes: Jornal do Brasil, CNN Brasil
2° Parte: Orientar a apresentação de cada grupo sobre a falácia encontrada, mas para evitar uma avaliação subjetiva
dos colegas, sugerir a construção com os jovens de rubricas para análise e possíveis contribuições para
aperfeiçoamento da apresentação do grupo. Algumas das rubricas possíveis são:
A notícia ou manchete apresentada corresponde a uma falácia? A apresentação dos colegas foi convincente sobre o
equívoco na lógica do texto apresentado? O grupo cuidou de confrontar a notícia com fontes confiáveis? O que o
grupo poderia explorar mais em sua apresentação?
Os resultados dessas apresentações podem gerar nova contribuição dos estudantes para o Observatório das Mídias,
no componente Cultura e cidadania, trazendo o conhecimento matemático como ferramenta para verificação da
inconsistência lógica de argumentos ou o uso de dados numéricos, percentuais ou gráficos que induzem a conclusões
equivocadas.
3° Parte: Para finalizar propor uma autoavaliação do estudante sobre o percurso realizado neste bimestre,
relacionando com os perfis que ele segue na internet em suas buscas diárias por informações.
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