Ii Dia Semiologia

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 42

DOENCAS INFECCIOSAS

RESPIRATORIAS
BRONQUITE AGUDA
É uma inflamação da árvore brônquica,
geralmente associada com uma infecção
respiratória generalizada.
É uma doença respiratória aguda, com tosse
intensa e prolongada, que persiste por mais
tempo após o desaparecimento dos outros
sintomas respiratórios.
BRONQUITE AGUDA

• A doença pode tornar a árvore brônquica


mais sensível ao ar frio e a poluentes como
a fumaça do cigarro, fazendo com que o
indivíduo tenha tosse intensa quando se
defronta com tais situações.
Agentes etiológicos

• DENTRE OS VÍRUS RESPIRATÓRIOS PODEMOS CITAR:

• adenovírus

• vírus influenza

• coronavírus

• rinovírus
DENTRE AS BACTÉRIAS ESTÃO:

• Chlamydia pneumoniae

• Bordetella pertussis

• Mycoplasma pneumoniae
• Por vezes, bactérias como o Hemophilus
influenzae e o Pneumococo podem
também invadir, secundariamente, a
árvore brônquica numa bronquite aguda.

• Fungos raramente são os causadores de


tal doença.
• As viroses que causam bronquite aguda
espalham-se pelo ar.

• Se o indivíduo sadio respirar o ar


contaminado por vírus deixado pela tosse
de um doente, poderá adquirir a doença.
• Isso também poderá acontecer se
tocarmos com a mão numa superfície
contaminada por vírus e, depois, levarmos
até o nariz ou a boca.

• A superfície contaminada pode ser a mão


de um indivíduo doente ou um objeto
tocado por ele.
QUADRO CLINICO
• O sintoma clínico principal é a tosse com
uma duração de 1-3 semanas.
Sintomas associados mais comuns incluem:
produção de escaro, febre, mal-estar,
roncos e sibilos e as vezes dispneia
Infecções causadas por bactérias atípicas
são mais associadas a síbilos do que as
virais.
• Na bronquite aguda, a tosse costuma ser
não-produtiva (seca) no início.
• Mas, depois, torna-se produtiva – com
escarro denso como uma goma.
• Mais adiante, no curso da doença, o
escarro pode ficar purulento – amarelado
ou esverdeado.
Tratamento

• A maioria dos casos de bronquite aguda


resolve-se por si própria no decorrer de
poucos dias ou numa semana.

• Sendo uma doença causada geralmente


por vírus, antibióticos normalmente não
ajudam.
Cont.

• Eles também não aliviam a tosse, nem encurtam o


tempo da doença – salvo, é claro, nos casos onde há
uma bactéria envolvida.

• Na maioria das vezes, devem ser adotadas apenas


medidas para o alívio da tosse.
Cont.
• Para isso, podem ser utilizados mucolíticos
que são medicamentos que facilitam a
expectoração do muco produzido pela
doença.
• Esses mucolíticos podem ser utilizados através
de xaropes, comprimidos (efervescentes ou
não), pó dissolvido em água ou soluções para
colocar em nebulizadores.
Cont.
• Caso o resultado do exame do escarro seja
sugestivo de infecção secundária por
bactérias, o deverá instituir o uso de
antibióticos direcionados contra o
Pneumococo e o Hemophilus influenzae.
• Também é importante lembrar que a cessação
do fumo torna a cura mais rápida.
Cont.
• Ainda em relação ao tratamento, o uso de
broncodilatadores (os mesmos usados em casos de
asma) através de nebulizadores pode ser útil no
alívio do desconforto respiratório que eventualmente
surja no curso da enfermidade.
• A pessoa nunca deve se automedicar, pois correrá o
risco de agravar sua situação clínica.
Como se previne
• A cessação do fumo é importante,
pois ele torna a mucosa dos brônquios
mais suscetível à ação danosa dos
vírus.
• Lavar as mãos frequentemente
também ajuda na prevenção
• Protegera a boca com um lenco ao
tossir
BRONQUITE CRÔNICA

DEFINICAO:
É definida quando há presença de tosse com
muco na maioria dos dias do mês, em 3 meses
do ano, por dois anos sucessivos, sem outra
doença que explique a tosse.
Cont.
• Quase todos os casos da doença ocorrem
pelo efeito nocivo do fumo nos pulmões
por vários anos, o que determina uma
inflamação da mucosa dos brônquios.

• Ela afeta pessoas de todas as idades, mas,


geralmente, aquelas com mais de 45 anos.
QUADRO CLINICO
• Tosse; Expectoração mucoide; Dispneia;
• Febre, sibilos ;
• Cianose mais comumente visualizada na
face e nas mãos;
• Edema nos pés e nas pernas.
Tratamento
• Uma medida importante para iniciar o
tratamento é eliminar os irritantes, como o
fumo ou poeiras tóxicas inaladas.
• Parar de fumar para aquelas pessoas com
uma bronquite crônica bem estabelecida,
não fará com que a doença melhore, mas,
certamente, ajudará a diminuir sua
progressão.
Cont.
• O tratamento medicamentoso é variavel
dependedo do estado clinico do paciente.
• Corticoides e broncodilatadores são
comumente usados e antibioticos em caso de
infeccao bacteriana.
Prevenção

• Entre 80% e 90% dos casos de bronquite


crônica, resultam do tabagismo.
• Assim, a principal medida preventiva é não
fumar.
• É importante a vacinação anual contra o
vírus causador da gripe, uma vez que
esta pode piorar a doença.
TUBERCULOSE PULMONAR
É uma infecção causada por um
microorganismo chamado Mycobacterium
tuberculosis, também conhecido por bacilo
de Koch.
É uma doença que afecta os pulmões mas
pode, também, ocorrer em outros órgãos
do corpo, mesmo sem causar dano
pulmonar.
Transmissão

• Geralmente, pelo ar contaminado


eliminado pelo indivíduo com a
tuberculose nos pulmões.
Cont.

• Após a transmissão do bacilo de Koch pela via inalatória,


quatro situações podem ocorrer:
1. O indivíduo, através de suas defesas, elimina o bacilo;
2. A bactéria se desenvolve, mas não causa a doença;
3. A tuberculose se desenvolve, causando a doença
chamada de tuberculose primária;
4. A ativação da doença vários anos depois, chamada de
tuberculose pós-primária (por reativação endógena).
A contagiosidade da doença depende:

• Da extensão da doença: por exemplo,


pessoas com “cavernas” no pulmão ou nos
pulmões, tem maior chance de contaminar
outras pessoas.
• Das condições do ambiente: locais com
pouca luz e mal ventilados favorecem o
contágio;
• Do tempo de exposição do indivíduo sadio
com o doente.
Factores de risco
• Morar em região de grande prevalência da
doença;
• Ser profissional da área da saúde;
• Confinamento;
• Predisposição genética;
• Idade avançada;
• Desnutrição;
Cont.
• Alcoolismo;
• Uso de drogas ilícitas;
• Uso crônico ou prolongado de corticoides;
• Doenças que fragilizam o sitema
imunológico.
Quadro clínico
• Febre
• Emagresimento
• Suor excessivo à noite
• Tosse persistente que pode estar associada
à produção de escarro.
• Anorexia
• Astenia
RX do torax
Cont.

• O exame físico pode ser de pouco auxílio


para o médico.
• Já o diagnóstico de certeza é feito através
da colecta de secreção do pulmão.
• O escarro (catarro) pode ser colectado (de
preferência, pela manhã) ao tossir.
Cont.

• Devem ser avaliadas, inicialmente, duas


amostras colhidas em dias consecutivos.
• Podem ser necessárias amostras adicionais
para obtenção do diagnóstico.
• Encontrando o Mycobacterium
tuberculosis está confirmada a doença.
Cont.

• Outro teste utilizado é o teste de Mantoux, que


pode auxiliar no diagnóstico da doença.

• É feito injetando-se tuberculina (uma substância


extraída da bactéria) debaixo da pele.
Cont.

• Se, após 72-96h, houver uma grande


reação de pele, significa que pode haver
uma infecção ativa ou uma
hipersensibilidade pela vacinação prévia
com BCG feita na infância.
• Então, este exame não confirma o
diagnóstico, mas pode auxiliar o médico.
Tratamento

• As medicações são distribuídas pelo sistema


de saúde, através de seus postos de
atendimento.
• O tratamento inicial (preferencial), chama-
se HRZE e inclui quatro medicações:
rifampicina(R), isoniazida(H),
pirazinamida(Z) e Etambutol(E).
Cont.

• É muito eficaz. A cura usando o esquema


HRZE por 6 meses, que é preconizado pelo
Ministério de Saúde, aproxima-se de 100%
quando a medicação é utilizada de forma
regular, ou seja, todos os dias.
• Esta medicação esta dividida em duas fases:
• Intensiva: 2 meses 4DFC(HRZE )
• Manutenção: 4 meses 2DFC (HR)
TUBERCULOSE E HIV/SIDA

• Desde o seu surgimento no início da década


de 80, o vírus do HIV tornou-se um dos
principais fatores de risco para o
desenvolvimento da tuberculose nas pessoas
infectadas pelo Mycobacterium tuberculosis.

• A chance do indivíduo infectado pelo HIV


adoecer de tuberculose é de
aproximadamente 10% ao ano, enquanto que
no indivíduo imunocompetente é de 10% ao
longo de toda a sua vida.
• Para uma boa prevenção, o mais
importante é detectar e tratar todos os
pacientes bacilíferos, ou seja, todos
aqueles com o bacilo de Koch nos
pulmões.
• Identificar precocemente os doentes,
evitando que novos casos apareçam.
Cont.

• O doente durante as duas primeiras


semanas de tratamento pode contagiar
ainda outros indivíduos.
• Portanto, deve proteger a boca com a mão
ao tossir ou espirrar.
• Também deverá procurar não ficar
próximo, principalmente em lugares
fechados, às pessoas sadias.
Cont.

• Outra conduta importante é o controle dos


comunicantes pessoas que têm contato
íntimo com o doente.
• Se for indicado, os contactos devem iniciar
a quimioprofilaxia, um tratamento feito
com isoniazida com o intuito de prevenir a
doença nos contactos .
Cont.
• Ela é realizada durante seis meses. Em
alguns casos especiais, podem durar
mais tempo.
• Além disso, a vacinação com BCG no
recém-nascido,

Você também pode gostar