CAP I - Pós - AGRICULTURA IRRIGADA 2015-2

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CAP I – AGRICULTURA IRRIGADA: CARACTERIZAÇÃO E

IMPORTÂNCIA

CONSIDERAÇÕES INICIAIS:

A irrigação é uma técnica milenar que nos últimos anos vem-se


desenvolvendo acentuadamente, apresentando equipamentos e
sistemas disponíveis para as mais distintas condições.

A técnica da irrigação pode ser definida como sendo a aplicação


artificial de água ao solo, em quantidades adequadas, visando
proporcionar a umidade adequada ao desenvolvimento normal das
plantas nele cultivadas, a fim de suprir a falta ou a má distribuição das
chuvas.

Dessa forma, o objetivo que se pretende com a irrigação é


satisfazer as necessidades hídricas das culturas, aplicando a água
uniformemente e de forma eficiente, ou seja, que a maior quantidade
de água aplicada seja armazenada na zona radicular à disposição da
cultura. Este objetivo deve ser alcançado sem alterar a fertilidade do
solo e com mínima interferência sobre os demais fatores necessários à
produção cultural.
O Brasil apresenta uma situação confortável, em termos globais,
quanto aos recursos hídricos. A disponibilidade hídrica per capita,
determinada a partir de valores totalizados para o País, indica uma
situação satisfatória, quando comparada aos valores dos demais
países informados pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O Brasil possui 3.607 m3 de volume máximo armazenado em


reservatórios artificiais por habitante. Esse valor é superior a vários
continentes.
Capacidade de armazenamento percapta no mundo (m3/habitante).

Entretanto, apesar desse aparente conforto, existe uma distribuição


espacial desigual dos recursos hídricos no território brasileiro. Cerca
de 80% de sua disponibilidade hídrica estão concentrados na região
hidrográfica Amazônica, onde se encontra o menor contingente
populacional e valores reduzidos de demandas consuntivas.

A demanda consuntiva de água corresponde à vazão de retirada,


ou seja, à água captada destinada a atender os diversos usos
consuntivos.
Os usos consuntivos considerados são: demanda urbana;
demanda rural; demanda de criação animal; demanda industrial e
demanda de irrigação.

Parcela dessa água captada é devolvida ao ambiente após o uso,


denominada vazão de retorno (obtida a partir da vazão de retirada,
multiplicando esta por um coeficiente de retorno característico de cada
tipo de uso). A água não devolvida, ou vazão de consumo, é calculada
pela diferença entre a vazão de retirada e a vazão de retorno.

Em média, os coeficientes de retorno usados no presente trabalho


são aqueles adotados pela ONS (Operador nacional do sistema
elétrico): abastecimento urbano - 0,8; abastecimento rural - 0,5;
abastecimento industrial - 0,8; irrigação - 0,2; criação de animais - 0,2.

Segundo dados da FA0, o Brasil está entre os quatro países com


maior área potencial para irrigação, embora apenas uma pequena
parte seja utilizada. O grande potencial se deve tanto à extensão
territorial quanto ao conjunto de fatores físico-climáticos favoráveis ao
desenvolvimento da atividade.
Com base nos dados do Censo Agropecuário 2006, das projeções
do Plano Nacional de Logística de Transportes - PNLT 2002-2023 e de
cinco planos de recursos hídricos de bacias hidrográficas
interestaduais, estima-se a área irrigada para 2012 em 5,8 milhões de
hectares, ou 19,6% do potencial nacional de 29,6 milhões de hectares.

A irrigação é uma técnica milenar que nos últimos anos vem-se


desenvolvendo acentuadamente, apresentando equipamentos e
sistemas disponíveis para as mais distintas condições. A história da
irrigação se confunde com a do desenvolvimento e prosperidade
econômica de um povo. As civilizações antigas tiveram sua origem em
regiões áridas, onde a produção só é possível graças à irrigação.

HISTÓRICO E DESENVOLVIMENTO

Na literatura, nota-se que a irrigação foi uma das primeiras


modificações no ambiente realizadas pelo homem primitivo. As
primeiras tentativas de irrigação foram bastante rudimentares, mas a
importância do manejo da água tornou-se evidente na agricultura
moderna. Tribos nômades puderam estabelecer-se em determinadas
regiões, irrigando terras férteis e, assim, assegurando produtividade
suficiente para a sua subsistência.
A expansão da agricultura vem transformando o Brasil no grande
celeiro de alimentos, especialmente, nas áreas de produção de grãos
e de carne bovina. Um fator preponderante dessa expansão tem sido
sem sombra de dúvidas, a utilização de tecnologias modernas de
produção.

Entre as tecnologias introduzidas, a irrigação tem sido responsável


pelo incremento da produção agrícola, tanto pelo aumento da
produtividade quanto da estabilidade da produção, devido, em
especial, à manutenção da oferta de água independentemente do
caráter aleatório das chuvas.

A irrigação também permite a oferta de produtos no mercado em


épocas de melhores preços, além de diversificar a produção, a
exemplo da fruticultura irrigada que vem despontando em várias
regiões do País, notadamente no Nordeste brasileiro.

Esses benefícios, entretanto, só podem ser alcançados em sua


plenitude quando o sistema de irrigação for bem dimensionado e
utilizado com critérios de manejo que resultem em aplicações de
água em quantidades compatíveis com as necessidades de consumo
das culturas.

Infelizmente, muitos produtores ainda utilizam seus sistemas de


irrigação sem se preocupar com a racionalização no uso da água,
podendo, assim, cometer erros, ao irrigar em excesso ou em
deficiência, causando problemas tanto ao meio ambiente como na
própria produtividade das culturas.

Essa utilização inadequada da irrigação poderia ser evitada, se as


técnicas de manejo de água, já desenvolvidas fossem efetivamente
incorporadas aos sistemas agrícolas irrigados.

Apesar dos custos de energia estar cada vez mais elevados e


representarem um dos principais componentes dos custos de
produção dos sistemas irrigados, a maioria dos produtores, ainda,
não utilizam técnicas racionais de manejo da água às quais, se
efetivamente adotadas, certamente, resultariam na redução de pelo
menos 20% no consumo da água, sem contar com os benefícios
diretos ao meio ambiente.

Espera-se que com implementação efetiva da legislação atual sobre


gestão de Recursos Hídricos, que prevê a cobrança pelo uso da
água, venha contribuir para a maior conscientização dos produtores
irrigantes sobre a necessidade de melhor utilizar os recursos
hídricos.

Um dos principais fatores, responsáveis pelo uso ineficiente da água


na irrigação, é a carência de conhecimento sobre a distribuição da
água em sistemas irrigados, dificultando a utilização de técnicas de
análise de desempenho que, se empregadas adequadamente,
poderiam minimizar os problemas ocasionados pela baixa
uniformidade de aplicação da água na irrigação.

Os sistemas de irrigação são normalmente projetados e operados


visando a atender, sem desperdício da água, aos requerimentos de
água de cada cultura irrigada. Entretanto, por melhor que seja o
projeto, sempre existem perdas de água que podem ocorrer durante
sua condução e sua distribuição na área irrigada. Essas perdas são
praticamente inevitáveis, contudo, ao se projetar e manejar o
sistema de irrigação é possível fazê-lo de modo que o desperdício
seja minimizado e não prejudique o rendimento das lavouras.

Com a elevação nos custos de energia e a crescente competição por


água entre as atividades urbanas, industriais e agrícolas, aliada à
preocupação ambiental associada ao uso dos recursos hídricos,
cresce cada vez mais a pressão da sociedade sobre esses usuários,
para que se adotem medidas que resultem na redução do consumo
e na manutenção da qualidade dos corpos d’água.

No caso dos sistemas agrícolas irrigados, os ganhos associados à


uniformidade de aplicação da água afetam necessariamente as
decisões relativas ao dimensionamento do sistema de irrigação.

Um sistema caracterizado por uniformidade de aplicação elevada e


alto grau de eficiência de irrigação, quase sempre requer
investimentos iniciais elevados, o que pode tornar inviável o
empreendimento do ponto de vista econômico. Por sua vez,
sistemas com uniformidades de aplicação elevadas são altamente
desejáveis, pois otimizam os rendimentos das culturas e reduzem a
quantidade de água aplicada por unidade de alimento produzido,
com reflexos positivos sobre o meio ambiente.

O dimensionamento otimizado de sistemas de irrigação e seu


manejo passam necessariamente por decisões que dependem do
conhecimento das relações entre a uniformidade de distribuição da
água, sua eficiência de aplicação e os critérios operacionais
adotados no manejo da água a serem aplicados ao longo do ciclo da
cultura.

Essas relações, que formam um conjunto de medidas essenciais


para avaliação de desempenho do sistema de irrigação, têm sido
amplamente estudadas. Na irrigação por aspersão, destacam-se,
dentre outros, os trabalhos pioneiros de Christiansen (1942), Hart &
Reynolds (1965), Davis (1966), Wilcox & Swailes (1947), Hart &
Heermann (1976). Na irrigação localizada, destacam-se, dentre
outros, os trabalhos desenvolvidos por Keller & Karmeli (1974),
Karmeli & Keller (1975), Solomon & Keller (1978), Nakayama et al.
(1979), Wu & Gitlin (1983). Na irrigação por superfície, destacam-se
os trabalhos de Karmeli (1978), Silva (1990) e outros.

O desempenho de qualquer sistema de irrigação pode ser medido


por meio do levantamento de parâmetros de eficiência inerentes à
condução, distribuição e aplicação da água, em cada área da
propriedade irrigada (Kruse & Heermann, 1977).

Ao nível da parcela irrigada, são suficientes três índices de eficiência


e apenas um índice de uniformidade para avaliar o desempenho da
distribuição de água. Se as perdas de água por escoamento
superficial não forem significativas e, portanto, desconsideradas,
então, os índices de eficiência ficarão reduzidos a dois.

Para avaliação do sistema de irrigação, incluindo a rede de condução


da água do ponto de captação até a área irrigada, são necessários
índices adicionais de eficiência, como por exemplo, a eficiência de
condução, principalmente quando se trata do transporte da água em
canais abertos e não revestidos.

A irrigação é uma técnica milenar que nos últimos anos tem-se


desenvolvido acentuadamente, apresentando equipamentos e
sistemas para as mais distintas condições.

A agricultura irrigada tem sido uma importante estratégia para


otimização da produção mundial de alimentos, gerando
desenvolvimento sustentável no campo, com geração de empregos e
renda de forma estável. Atualmente mais da metade da população
mundial depende de alimentos produzidos em áreas irrigadas.

No passado a utilização da irrigação era uma opção técnica de


aplicação de água que visava principalmente à luta contra a seca.
Atualmente a irrigação, no foco do agronegócio se insere em um
conceito mais amplo de agricultura irrigada, sendo uma estratégia para
aumento da produção, produtividade e da rentabilidade da propriedade
agrícola, de forma sustentável (preservando o meio ambiente) e com
maior geração de emprego e renda, com enfoque nas cadeias
produtivas.

A irrigação não deve ser considerada isoladamente, mas sim como


parte de um conjunto de técnicas utilizadas para garantir a produção
econômica de uma determinada cultura, com adequados manejos dos
recursos naturais, devendo ser levado em conta os aspectos de
sistemas de plantios, de possibilidades de rotação de culturas, de
proteção dos solos com culturas de cobertura, de fertilidade do solo,
de manejo integrado de pragas e doenças, mecanização, etc.,
perseguindo a produção integrada e a melhor inserção nos mercados.

Sem dúvida, o crescimento sustentável da irrigação necessita de um


programa muito bem elaborado de pesquisa e desenvolvimento para o
seu estabelecimento e consolidação. Assim, o futuro da irrigação
envolve produtividade e rentabilidade com: eficiência no uso da água,
eficiência no uso da energia, eficiência no uso de insumos e respeito
ao meio ambiente.

No princípio do século XX, estima-se que a área total irrigada mundial


estava em torno de 40 milhões de hectares. Em 1950, esse valor se
elevou para 160 milhões de hectares, e as estimativas para 2003/04
eram de 278 milhões de hectares.

Estimativas mundiais de produção indicam que nos 278 milhões de


hectares irrigados, que corresponde a 18% da área cultivada,
produzem cerca de 44% da safra.

MUNDO
Área Cultivada (2003/04)
18%
82% 278 milhões ha
Sem Irrigação
Com Irrigação Produção Agrícola
56%

Com Irrigação Sem Irrigação


44%

Área plantada total


1,541 bilhões de hectares

278 milhões ha

25%
75%
192 milhões ha

Ampliação da atual área irrigada mundial em 192 milhões de hectares: (~470 milhões hectares)
corresponderia a produzir 75 % do total anualmente colhido.
Permitiria retirar 600 milhões de hectares da produção de sequeiro (alívio da fronteira agrícola).

OUTROS
372.000 ha - 8%
LOCALIZADA SUPERFÍCIE
328.000 há - 7% 1.312.000 ha
30%

ÁREA TOTAL IRRIGADA


4.425.000 ha

PIVÔ CENTRAL
840.000 ha
19%
ASPERSÃO CONVENCIONAL
1.573.000 ha - 36%

FONTE: IRRIGA - 2010


Na tabela abaixo, tem-se um panorama da área irrigada no mundo
entre os 15 países com maior área irrigada, e o Brasil ocupa a 7ª
posição, com uma das menores relações áreas irrigada e cultivada.
Posição País Área Irrigada % da área
(Milhões de ha) Irrigada/cultivada
1 Índia 59,0 30
2 China 54,0 32
3 EUA 22,0 10
4 Paquistão 18,0 78
5 Irã 7,5 39
6 México 6,5 34
7 Brasil 5,8 8,3
8 Indonésia 4,8 34
9 Tailândia 4,7 16
10 Rússia 4,6 2
11 Turquia 4,5 12
12 Espanha 3,7 16
13 Egito 3,3 100
14 Japão 2,7 63
15 Itália 2,7 25
- Outros Países 62,0 -
(estimado)

Projeções feitas indicam que existem no país atualmente 5,8


milhões de hectares irrigados, os que representam 8,3% da área
potencialmente irrigável no país.

Portanto, a ampliação da área irrigada no país é uma necessidade,


e o Brasil tem condições de atingir a meta de ter 15% de suas
terras agricultáveis irrigadas.
Evolução da área irrigada no Brasil entre 1970 e 2012.

Considerando a estimativa para 2012 e os dados dos Censos


Agropecuários e das Produções Agrícolas Municipais do IBGE
observa-se expressivo aumento da agricultura irrigada no Brasil nas
últimas décadas, crescendo sempre a taxas superiores às do
crescimento da área plantada total. Em 1970, a irrigação correspondia
a apenas 2,3% da área cultivada, chegando a 6,0% em 1995 e
alcançando o patamar de 8,3% em 2012.
MUNDO EUA BRASIL

82% 56% 51,5% 95,2% 85,2% 62,2% 95% 84% 65%

49,5%
44%
37,8% 41%

3,1 7,9 3,3 7,1


18% 2,4 2,75 X X 19% X
14,8% 5,8% X
X X 4,8%
ÁREA PRODUÇÃO VALOR DA ÁREA PRODUÇÃO VALOR DA ÁREA PRODUÇÃO VALOR DA
COLHIDA PRODUÇÃO COLHIDA PRODUÇÃO COLHIDA PRODUÇÃO

FONTE: FAO (2004) FONTE: O Futuro da Irrigação (1996) FONTE: Christofidis (2005)

IRRIGAÇÃO SOB CHUVA

Durante as duas últimas décadas, porém, a tecnologia de irrigação,


tanto sob o ponto de vista de equipamentos, quanto dos
conhecimentos necessários para a correta utilização das técnicas
envolvidas, tem avançado significativamente, acompanhando assim as
grandes dificuldades que tem se apresentado nos últimos anos.

O crescimento populacional tem pressionado engenheiros, técnicos e


cientistas de uma forma geral, a estudar e aplicar tecnologias que
venham a aumentar substancialmente a produção de alimentos no
planeta. A irrigação vem contribuindo de forma decisiva nesse
processo.

A competição pelos recursos hídricos existentes é outro fator


fundamental no desenvolvimento das técnicas atuais de irrigação.

A água, antes abundante, vem se tornando fator limitante, face à


disputa do direito de usá-la e pela degradação lenta e gradativa de sua
qualidade.

Apesar do Brasil possuir em seu território 12% de toda a reserva de


água doce do mundo, deve-se alertar que 80% dessa água
encontram-se na região Amazônica, ficando os restantes 20%
circunscritos ao abastecimento das áreas do território onde se
concentram 95% da população.

Por isso, mesmo com grande potencial hídrico, a água é objeto de


conflito em várias regiões de nosso país.

Relatório da ANA 2013 indica que 54% derivações dos cursos


d’água brasileiros são para fins de irrigação. Por ser o principal
concorrente pelo uso da água, deve-se estimular um manejo racional
da irrigação e a otimização dos equipamentos elétricos utilizados, com
a finalidade de tornar a utilização da água e da energia elétrica mais
eficiente.

A necessidade do uso da água como geradora de energia, o aumento


do uso industrial e humano, e a poluição, vem tornando os mananciais
cada vez mais escassos, fazendo com que a irrigação tenha que ser
feita da forma mais racional possível.

Hoje, diante dos conflitos entre os diferentes usuários, da preocupação


ambiental e da cobrança pelo uso da água prevista na Lei das Águas
(Lei 9.433 de janeiro de 1997).

A cobrança pela utilização dos recursos hídricos vem sendo um dos


temas mais polêmicos no que se refere à análise da viabilidade
econômica da irrigação. A experiência estrangeira revelou que em
muitos países, como a França, Alemanha, Inglaterra, entre outros, a
cobrança pela utilização da água foi a maneira encontrada para
enfrentar o desafio de melhorar as condições de aproveitamento,
recuperação e conservação dos recursos hídricos.
A Lei nº 9433 de 8 de janeiro de 1997 instituiu a Política e o Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, cujos fundamentos
são baseados no fato de que a água é um recurso natural limitado,
dotado de valor econômico. A racionalização dos recursos hídricos é
um dos objetivos principais da Política Nacional de Recursos Hídricos.

A cobrança pelo uso da água deverá estimular o agricultor irrigante a


adotar medidas para evitar perdas e desperdícios e, também,
constituir receitas que possam viabilizar financiamentos para a
aplicação em projetos e obras hidráulicas e de saneamento. Os
valores a serem cobrados levarão em conta diversos fatores, dentre os
quais destacam-se: a vazão captada e sua variação, o consumo
efetivo, a finalidade a que se destina, a carga poluidora lançada e sua
variação, a existência de obras hidráulicas de regularização de vazões
e outros.

O Brasil apresenta 12% da disponibilidade mundial de recursos


hídricos (BRASIL, 2008), e possui um potencial de expansão para
agricultura irrigada de cerca de 30 milhões de hectares, ou seja, um
adicional de 25,5 milhões, considerando a área irrigada atual de
aproximadamente 4,5 milhões, sendo assim, o país tem um grande
potencial de aumento da área irrigada (MMA/SRH/DDH-1999 revisado
por CHRISTOFIDIS, 2002). Contudo, esta expansão se torna uma
questão estratégica, uma vez que implicará em uma maior demanda
pelos recursos hídricos e energéticos e possíveis conflitos pelo uso da
água.

O Brasil possui uma estimativa de 29.564.000 ha com potencial para o


uso de irrigação (CHRISTOFIDIS, 1999), sendo que, atualmente
(censo 2006) estão sendo explorados aproximadamente 15% deste
potencial (4,45 milhões de ha).

Estimativa da distribuição das áreas irrigadas pelos diferentes


métodos de irrigação no Brasil, por regiões segundo
censoagropecuário 2006 – área irrigada por método (1000 ha).

Região Inund. Sulco. Pivô Asper. Local. Outros Total

Norte 34,31 3,90 8,78 30,28 5,02 25,50 107,79


Nordeste 69,62 109,71 201,28 407,77 102,97 93,99 985,34
Sudeste 27,74 28,32 395,59 736,59 192,81 205,69 1586,74
Sul 923,83 82,55 61,35 108,43 17,65 30,77 1224,58
Centro 63.70 32,18 173,05 289,89 9,41 15,69 549,46
Oeste
TOTAL 1055,5 256,66 840,05 1572,96 327,86 371,64 4424,67
Fonte: Censoagropecuário 2006

Área (1000 ha) e porcentagem de área irrigada no Brasil para os


diferentes métodos de irrigação.
1000
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
Inund. Sulco. Pivô Asper. Local. Outros

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro Oeste

Estimativa da distribuição das áreas irrigadas pelos diferentes


métodos de irrigação no Brasil e por regiões (censoagropecuário
2006)

Analisando os métodos de irrigação utilizados, pode observar que os


sistemas de irrigação por aspersão (S/PIVO) é empregado na maior
parte das áreas irrigadas, com 1.572.960 ha (35%), seguido pela
inundação (24%), pivô-central (19%), localizada (8%), outros (8%) e
por último a irrigação por sulcos com 6%, segundo censoagropecuário
2006.

Com esses números o Brasil detém pouco mais de 1% da área


mundial irrigada, que é cerca de 278 milhões de hectares (ANA, 2009).
É um dos países com menor relação “área irrigada/área irrigável”,
além de exibir baixíssima taxa de hectares irrigados/habitante (0,018
ha/habitante), a menor da América do Sul (ANA, 2009). Esta baixa
relação área irrigada/área irrigável justifica-se, em parte, pela boa
distribuição de chuvas em boa parte do território nacional ao longo de
determinadas épocas do ano.

Estudos realizados indicam que os métodos de irrigação, como meio


de aumento de produtividade, podem satisfazer os déficits de
alimentos, a um custo mais baixo que as alternativas disponíveis para
suprir estas demandas, como: expansão da área de sequeiro e
importação de alimentos.

Os métodos de irrigação e as culturas diferem quanto à utilização da


água. Todos os métodos possuem algumas condições que limitam os
seus usos.

Diante dos conflitos entre os diferentes usuários, da preocupação


ambiental e da cobrança pelo uso da água prevista na Lei das Águas
(Lei 9.433 de janeiro de 1997), existe a tendência de utilizar método de
irrigação que usa a água de forma mais eficiente.

A preocupação é válida, pois a expansão da irrigação encontrará


obstáculos pelas dificuldades em obter água em disponibilidade
suficiente para atender tanto as áreas existentes como os novos
projetos propostos.

O dilema relativo ao crescente uso da água para produzir alimentos


consiste em:

a) retirar água da agricultura irrigada para atender ao


crescimento urbano, à produção industrial e às exigências
ambientais que são cada vez maiores; ou

b) melhorar a eficiência dos métodos/sistemas de irrigação, do


manejo da agricultura irrigada e da drenagem agrícola, para
manter a competitividade e expansão das áreas produtoras
de alimentos com menor dotação de água.

As propostas emergentes de alternativas ao desenvolvimento


sustentável da irrigação são de incentivo à reconversão de sistemas
de irrigação que, atualmente, apresentam alta eficiência, para métodos
de irrigação adaptados a cultivos de maior retorno e apropriados ao
uso racional de energia e água.

Nessa transformação, surgem com maior vantagem, os equipamentos


de maior facilidade de controle: além do manejo adequado dos
sistemas de irrigação elevando a uniformidade de aplicação de água,
para os projetos de irrigação por aspersão e irrigação localizada.

As expansões das áreas irrigadas ocorrerão com maiores chances de


sucesso, com o agente humano efetuando o manejo consciente, se os
equipamentos, máquinas e implementos acompanharem as melhorias
de eficiência no uso de águas e as reais capacidades de aquisição dos
agricultores, a partir dos benefícios advindos da adoção dos novos
equipamentos.

No caso brasileiro, as atividades imediatas, associadas à otimização


da irrigação, com maior possibilidade de sucesso, são:

a) a reconversão de áreas atualmente irrigadas a métodos e


sistemas mais apropriados, como a fruticultura irrigada em
especial na região Nordeste, onde se estima ser possível
alcançar uma área total irrigada de 1.200.000 hectares, em
solos que apresentam potencialidade para irrigação com a
mesma água que, atualmente, é utilizada para irrigar 700 mil
hectares; e
b) a expansão da produção agrícola sob irrigação, sob domínio de
sistemas existentes, permite o aumento da área atual irrigada
no Brasil em cerca de 800 mil hectares, principalmente com a
melhoria de manejo e de eficiência de condução, distribuição e
aplicação de água aos cultivos.

Como parte da solução, cita-se a necessidade de substituição dos


atuais métodos de irrigação, de baixa eficiência no uso da água, que
levam a uma dotação de água superior ao dobro do que a requerida
pelos cultivos.

Assim, a ênfase na expansão das áreas irrigadas será em melhoria no


manejo e maior controle sobre o uso da água com os equipamentos e
tecnologias que permitam e o aumento de produtividade e redução
dos custos de operação e de manutenção, aumentando a
competitividade dos produtos oriundos da agricultura irrigada pela
redução do consumo de energia e das perdas de água.

Apresentam-se as principais medidas para a melhoria da


produtividade da água nos projetos envolvidos com agricultura
irrigada. Eles são de toda ordem, com medidas estruturais,
instrumental, do ponto de vista de solos, clima e cultivos de aspectos
físico-técnico e tecnológicos.

Existem aspectos humanos, psicológicos, institucionais,


organizacionais e legais, que são os que apresentam maior resultado,
pois envolve o agente essencial, o ser humano.

Com certeza, tais aspectos passarão a compor a agenda dos


empreendimentos de irrigação que pretendam alcançar elevado
padrão de sustentabilidade.
Medidas para melhoria da produtividade da água na agricultura
irrigada:
 Seleção e reprodução de variedades de cultivos com alta
produtividade por litro de água evapotranspirada, mais eficientes
no uso da água (EUA).

 Consórcio de cultivos e plantio nos intervalos entre fileiras para


melhor aproveitamento da umidade do solo.

 Melhoria na adequação dos cultivos às condições climáticas e à


qualidade da água disponível.

 Sequenciamento de plantio para maximizar a produção em


condições de solos e água salinas (semi-árido).

 Adoção de cultivos tolerantes sob condições de escassez ou não


garantia de disponibilidade de água.

 Sistematização dos solos para melhoria de uniformidade de


aplicação e redução de vazões na irrigação por superfície.

 Melhorias de distribuição de água nos canais de maneira a


atender a calendários pré determinados por setor.

 Defasagem dos plantios e variação nos cultivos para reduzir a


exigência simultânea de água que ocorre ao longo dos distintos
desenvolvimentos dos cultivos.

 Criação de bacias de indução à infiltração da água no solo e


redução do escoamento superficial.

 Uso de aspersores mais eficientes e melhor uniformidade de


aplicação, com aplicações mais precisas e menores pressões,
reduzindo tanto as perdas por evaporação como as decorrentes
de velocidades de ventos elevadas.

 Adoção da irrigação localizada (gotejamento e micro-aspersão),


para redução de perdas de evaporação e melhoria da
produtividade.

 Melhorias nos calendários agrícolas, associando-os com a


disponibilidade sazonal de água e melhores condições de
mercado.

 Aperfeiçoamento das operações no sistema de irrigação para


programação no fornecimento de água.

 Aplicação da água conforme a fase de desenvolvimento de cada


cultivo e observando a chuva efetiva.

 Adoção do plantio direto e de métodos de conservação de água.


Melhoria na manutenção dos canais, tubulações, reservatórios e
equipamentos.

 Reciclagem de água dos drenos e dos trechos finais, com


adequado manejo e controle de salinidade.

 Uso conjuntivo de água (água de superfície e água subterrânea).

 Formação de organizações de usuários de águas para melhoria


do envolvimento dos irrigantes e aplicação de instrumentos
econômicos.

 Redução dos subsídios nos preços da água para irrigação e


adoção de preços para a água que induzam a conservação,
valorização.
 Incentivo à disseminação de tecnologias eficientes de otimização
e intercâmbio tecnológico entre o setor público e privado entre
os empresários e agricultores de menor porte.

 Melhoria na capacitação, treinamento em serviço e dos métodos


de disseminação de tecnologia.

 Resgate do valor intrínseco da água.

INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS DE IRRIGAÇÃO

Os sistemas de irrigação são divididos em três grupos:

- IRRIGAÇÃO POR SUPERFÍCIE: compreende os métodos de


irrigação nos quais a condução da água do sistema de distribuição
(canais e tubulações) até qualquer ponto de infiltração, dentro da
parcela a ser irrigada, é feita diretamente sobre a superfície do solo.

O método de irrigação por superfície subdivide em: Irrigação por


sulco; irrigação por faixa e irrigação por inundação.

- IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO: é o método de irrigação em que a


água é aspergida sobre a superfície do terreno, assemelhando-se a
uma chuva, por causa do fracionamento do jato d’água em gotas.

O método de irrigação por aspersão subdivide em: Sistema de


irrigação por aspersão convencional; sistema de irrigação por pivô
central; sistema de irrigação por pivô linear e sistema de irrigação por
autopropelido.
- IRRIGAÇÃO LOCALIZADA: é o método em que a água é aplicada
diretamente sobre a região radicular, com pequena intensidade e alta
frequência.

O método de irrigação Localizada subdivide em: Sistema de irrigação


por gotejamento e sistema de irrigação por microaspersão.

A seleção do método de irrigação tem a finalidade de estabelecer a


viabilidade técnica e econômica, maximizando a eficiência e
minimizando os custos de investimento e operação, e ao mesmo
tempo, mantendo as condições favoráveis ao desenvolvimento das
culturas. Entre os critérios mais utilizados, destacam-se: topografia,
características do solo, quantidade e qualidade da água, clima, cultura
e, considerações econômicas.

BENEFÍCIOS DA IRRIGAÇÃO

 Aumenta a produtividade das culturas, através do suprimento em


quantidades e em épocas oportunas das reais necessidades
hídricas das plantas cultivadas podendo aumentar
consideravelmente o rendimento das colheitas;

 Possibilita maior eficiência no uso de fertilizantes, por meio da


fertirrigação, facilita e diminui os custos da aplicação de corretivos e
fertilizantes hidrossolúveis, etc.;

 Permite fazer um programa de cultivo, estabelecendo uma escala


de colheita;

 Possibilita a obtenção de duas ou mais colheitas, em um só ano, na


mesma área (milho, feijão, batata, frutas, etc) em determinadas
regiões;
 Permite introduzir culturas caras, minimizando o risco do
investimento;

 Mantém o homem no campo;

 Garante a exploração agrícola, independentemente do regime das


chuvas;

IRRIGAÇÃO POR SUPERFÍCIE

Irrigação por superfície foi o primeiro método de irrigação a ser


utilizado no mundo. Há 6000 anos a civilização da Mesopotâmia já
empregava esse método. São sistemas, geralmente, não
pressurizados onde a água é conduzida e distribuída sobre a
superfície do solo por gravidade.

Normalmente é necessária a sistematização do terreno para que o


mesmo apresente condições adequadas de condução e distribuição
da água. Eles se adaptam à maioria das culturas e aos diferentes tipos
de solos, com exceção daqueles muito permeáveis, ou seja, arenosos.

Os projetos de irrigação por superfície, no Brasil, geralmente operam


com baixa eficiência de aplicação. Existem, inicialmente, duas razões
para a baixa eficiência de aplicação de água em um projeto de
irrigação por superfície.

Primeiramente, a baixa eficiência de aplicação pode ser devido à falta


de combinação adequada das variáveis comprimento da área,
declividade da superfície do solo, vazão aplicada e tempo de
aplicação.

Outra razão para a baixa eficiência de irrigação é o manejo deficiente.

De modo geral é método que mais consome água, normalmente com


baixa eficiência de aplicação de água, além de não permitir a
fertirrigação.

A Irrigação por superfície se divide em três principais sistemas: Sulco,


Faixa e Inundação.

Irrigação por Sulco

Neste sistema a água é aplicada em pequenos canais ou sulcos


situados paralelamente a fileira das plantas ao longo, movimentando-
se vertical e lateralmente, umedecendo o perfil do solo.
Irrigação por Faixa

Neste sistema a água é aplicada em faixas de terra, geralmente com


certa declividade longitudinal, separadas por pequenas elevações
denominadas diques ou taipas. A declividade transversal deve ser
nula, para se obter melhor uniformidade de distribuição da água.

A geometria da seção de escoamento (forma) na irrigação por faixa é


mais simples e a infiltração de água no solo ocorre basicamente na
direção vertical, o que não ocorre na irrigação por sulco (vertical e
lateral).
Irrigação por Inundação

Nesse sistema a água é aplicada em bacias ou tabuleiros de forma


intermitente ou permanentemente.

Na irrigação por inundação permanente a água é mantida sobre a


superfície do solo praticamente durante todo o ciclo da cultura. Ex.
Cultura do arroz.

Na irrigação por inundação intermitente é semelhante à irrigação por


faixa, porém, não ocorre escoamento superficial, pois os tabuleiros
são contornados com taipas ou diques.
IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO

É o método de irrigação em que a água é aspergida sobre as plantas,


simulando uma precipitação (chuva) natural;

Sistema pressurizados, necessitando, geralmente de sistema de


bombeamento;

Muito utilizado devido a sua ampla aplicabilidade;

Apresenta boa uniformidade de aplicação de água (75 – 90%);


Os sistemas podem ser:

Móveis: Portátil ou semiportátil, onde toda ou parte da tubulação é


desmontável;

Fixo: Toda a tubulação é fixa no campo.

Sistema de Aspersão Convencional


É um sistema muito utilizado em pequenas e médias propriedades,
possuem vários aspersores funcionando simultaneamente numa
mesma linha lateral.

A tubulação da linha lateral, geralmente é de PVC ou aço zincado de


50, 75 ou 100 mm (2”, 3” ou 4” polegadas).

Esse sistema tem um consumo médio de energia e muita exigência


em mão-de-obra para mudanças de linhas e necessita da utilização de
peças especiais para seu funcionamento adequado.
Sistema de Aspersão por Pivô Central

É um sistema para irrigação de áreas de tamanho médio e grande,


com aplicação de água através de aspersores, difusores ou
emissores.

Os sistemas atuais apresentam médio consumo de energia e uma


baixa necessidade de mão-de-obra, possibilitando a irrigação de
grandes áreas.
Sistema de Aspersão por Autopropelido

Nesse sistema o aspersor é um canhão hidráulico montado sobre um


carrinho, que se desloca em movimento retilíneo ao longo da área
irrigada.

É tracionado por um cabo de aço ou mangueira.

Apresenta grande consumo de energia e média eficiência de irrigação.

É um sistema utilizado para irrigação de pastagens, cana de açúcar e


aplicação de algumas águas residuárias na agricultura.
Sistema de Aspersão em malha

Esse sistema é todo fixo com as tubulações enterradas. É uma


derivação da aspersão convencional, e apresenta algumas
particularidades, dentre elas a de funcionar, por vez, somente um
aspersor por linha lateral (malha) ao invés de vários como é feito no
sistema convencional.

Neste caso o que se movimenta não é a linha lateral e sim o aspersor.


Em função disto as linhas laterais são de diâmetros reduzidos (1/2”; ¾”
e 1”), exige conjuntos motobomba de baixa potência e otimiza a
utilização da mão-de-obra.
IRRIGAÇÃO LOCALIZADA

São sistemas mais recentes de irrigação onde a água é aplicada,


próxima a região radicular, em pequena intensidade e alta freqüência.

O principal inconveniente desse sistema é a grande probabilidade de


entupimento dos emissores, quando não são feitas as operações de
manutenção adequadas.

É necessária a instalação de um “cabeçal de controle” onde será


realizada preparação (filtragem) da água, injeção de fertilizantes, etc.
TUBO GOTEJADOR
ENTERRADO

Fernandes (2003) apresenta um levantamento detalhado dos custos


de implantação de equipamentos de irrigação, que são apresentados
no Quadro abaixo. Observa-se que os custos podem variar de R$
1.200,00 para o sistema de tripa móvel, até R$ 6.000,00 para sistema
de irrigação por gotejamento autocompensante numa lavoura de café
adensado.
Custo de implantação (R$/ha) para os principais sistemas de irrigação
utilizados para o cafeeiro.

Sistema de Irrigação Custo de Implantação (R$/ha)


Pivô Central 3.000,00
Pivô Central LEPA 3.750,00
Gotejo Auto. Adensado 6.000,00
Gotejo Conv. Adensado 5.000,00
Gotejo Convencional 3.450,00
Aspersão em Malha 1.600,00
Aspersão Convencional 2.200,00
Mangueira móvel 1.200,00

Custos implantação de diferentes sistemas de irrigação em cafeeiro


(R$ ha-1) dos equipamentos em diferentes tamanho de área.

Área (ha) Aspersão Aspersão Aspersão Gotejamento


Convencional Malha Fixa
3 2.613,82 3.621,79 4.260,38 4.547,31
10 2.716,96 3.316,52 4.219,21 4.498,63
20 2.835,28 3.357,77 4.779,91 4.496,58
50 4.011,61 3.964,87 5.190,97 5.115,58

Custos totais (implantação; energia elétrica; mão de obra, etc.) por


hectare dos sistemas de irrigação do cafeeiro em diferentes tipos de
equipamento e tamanho de área, para 10 anos de vida útil.

Área (ha) Aspersão Aspersão Aspersão Gotejamento


Convencional Malha Fixa
3 32.386,36 23.654,10 21.730,85 20.234,44
10 33.164,37 20.586,41 20.670,43 19.079,92
20 34.341,63 19.848,13 22.762,07 18.349,12
50 35.961,53 20.506,51 22.272,58 20.901,66

Estimativa da distribuição das áreas irrigadas pelos diferentes


métodos de irrigação no Brasil, por regiões segundo
censoagropecuário 2006 – área irrigada por método (1000 ha).

Fonte: Irriga - 2010

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