Síndrome de Tourette

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SÍNDROME DE TOURETTE

Ana Júlia de Souza Franco1


Ana Lydia de Araújo Nabuth2
Anderson de Sousa Rocha3
Tainara Sena Baleeiro4

Jhonathan Gonçalves da Rocha5

RESUMO: Objetivo: Analisar na literatura estudos sobre a Síndrome de Tourette. Realizar


uma revisão de literatura sobre os principais aspectos que estão relacionados a Síndrome de
Tourette. O histórico, causas, tratamentos, consequências da doença. Método: este trabalho
apresentou uma abordagem qualitativa. Trata-se de um levantamento de artigos científicos
atuais, em bases de dados como: Medline, Lilacs e Scielo. Resultados: verificou-se que a
Síndrome de Tourette é o motivo diversos prejuízos psicológicos e sociais, e também
educacionais para a pessoa e familiares. Entretanto, o diagnóstico e tratamento precoce podem
ser capazes de tornar mínimo ou anular esses danos. Sendo assim, é de fundamental
importância conhecer os aspectos gerais que norteiam a ST para preservar a qualidade de vida
dos portadores da doença.

Palavras-chave: Síndrome de Tourette. Tiques. Distúrbios.

INTRODUÇÃO

Síndrome de Gilles de la Tourette (ST), a patologia que é conhecida hoje em dia, foi
apresentada primeiramente por Jean Marie Itard, um médico nascido na França, em 1825. Foi
descrito o caso de uma nobre francesa, Marquesa de Dampièrre, que desde de quando tinha
sete anos de idade, tinha tiques corporais. Emitia sons parecidos com latidos, além de ainda
pronunciar obscenidades que a forçaram a viver em reclusão grande parte da sua vida. Porém,
apenas em 1984, quando George Gilles de la Tourette, interno de Charcot no Hospital de la
Salpêtrière, foi relatado a patologia como um distúrbio caracterizado por múltiplos tiques,

1
Acadêmica de Medicina na Faculdade Alfredo Nasser.
2
Acadêmica de Medicina na Faculdade Alfredo Nasser.
3
Acadêmico de Medicina na Faculdade Alfredo Nasser.
4
Acadêmica de Medicina pela Faculdade Alfredo Nasser.
5
Graduado em Biomedicina pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás e mestre em Biologia das Relações
Parasito-Hospedeiro com Área de Concentração em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (Imunologia,
Microbiologia e Parasitologia) pelo Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de
Goiás.
2

incluindo o uso inapropriado de palavras obscenas e a repetição involuntária de um som,


palavra ou frase de outrem, baseando nos relatos do próprio Itard.
A Sindrome de Tourette versa em uma patologia neuropsiquiátrica de início na
infância, marcada pelo comprometimento psicossocial dos acometidos, causando um impacto
na vida dos portadores e familiares. É geralmente ainda associada a uma variedade de
problemas emocionais e comportamentais. É classificada no grupo de Perturbações
Emocionais e de Comportamento com início Habitualmente na Infância e Adolescência no
CID-10, com código F95.2 e descrita como Perturbação de tiques vocais e motores múltiplos
combinados.
Estudo atuais mostram que a taxa de prevalência da ST pode variar de 1% a 2,9% em
alguns grupos. Dados estatísticos internacionais mostram que a ST é encontrada em diversos
países, independente de etnia ou classe social, agredindo cerca de três ou quatro vezes mais
pessoas do sexo masculino, em comparação com pessoas do sexo feminino. Estudos mostram
que a prevalência da Síndrome de Tourette é dez vezes maior em adolescentes e crianças,
sendo que, quando os tiques são considerados sozinhos, a frequência aproximada varia de 1%
a 13% em meninos e 1% a 11% em meninas. O motivo para este aumento na detecção da
incidência mundial da Síndrome de Tourette aparenta ser a melhor no conhecimento e
divulgação das características clínicas da ST entre os profissionais da área de saúde.

METODOLOGIA

Este estudo descritivo com abordagem qualitativa, feito através de levantamento


bibliográfico relacionados ao tema Síndrome de Tourette, Gilles de la Tourette, Tiques e
Distúrbios, publicados no período dos anos de 1985 a 2008, em bases de dados como:
Medlina, Lilacs e Scielo. Utilizamos como descritores: Tourette Syndrome, Tics, Disorders,
Gilles de la Tourette, Sindrome de Tourette, Tiques, Distúrbios.

DISCUSSÃO

Conceitos: Segundo Jaspers, os movimentos são atos que são compreensíveis. Os


classificou como neurobiológicos, resultados de distúrbios do aparelho motor, e psicológicos,
3

resultantes de uma anormalidade mental em um aparelho motoro normal. Outros fenômenos


motores seriam os psicóticos, os quais ele não compreende nem de um modo ou de outro. Os
fenômenos neurológicos são chamados de distúrbios da motilidade; os psicóticos, da
motricidade e os psicológicos, como atos e expressões e não como fenômenos motores.
De acordo com o psicopatologista Bleuler, “um tique é um movimento de duração
curta que se repete em intervalos irregulares, como por exemplo, sob a forma de caretas,
respiração ofegante, ranger dos dentes. Acontece de forma não-voluntária, porém pode ser
transitoriamente interrompido.
De acordo com o DSM-IV os tiques são classificados como movimentos involuntários,
rápidos, não rítmicos, súbitos, recorrentes e estereotipados. Também aparecem na forma de
vocalizações. Ocorrem em acessos e de forma continua. Às vezes são acompanhados por uma
sensação de desconforto, que é chamada de sensação premonitória e seguidos por uma
sensação de alívio frequentemente.
Definição e etiologia: A ST é um distúrbio genético, de natureza neuropsiquiátrica,
assinalado por fenômenos compulsivos, que, muitas vezes, procedem em uma série súbita de
múltiplos tiques motores e um ou mais tiques vocais, tendo começo antes dos 18 anos de
idade.
Os tiques são definidos como movimentos atípicos, clônicos, breves, rápidos, súbitos,
sem propósitos e irresistíveis. São aguçados por situações de ansiedade e tensão emocional;
abrandados pelo repouso e por situações que exigem concentração. Podem ser suprimidos
pela vontade, logo seguidos por exacerbações secundárias. Outras manifestações, tais como,
ecolalia, ecopraxia, coprolalia e copropraxia podem, também, estar presentes.
De acordo com critérios descritivos, a primeira grande classificação dos tiques, deve
ser a de tiques motores e vocais, que se subdividem em simples e complexos. Os primeiros,
envolvem contrações de grupos musculares funcionalmente relacionados, são rápidos, sem
propósito, abruptos e repetidos, geralmente percebidos como involuntários.
Os tiques complexos, por outro lado, são mais lentos, que envolvem grupos
musculares não relacionados funcionalmente, podem por sua vez parecer propositados,
percebidos como voluntários (The Tourette Syndrome Classification Study Group – TTSCSG).
De acordo com esse grupo, uma sucessão de tiques simples fica no limite entre o que se
entende por tiques simples e tiques complexos.
Entre os tiques complexos, estão incluídos a copropraxia (realização de gestos
obscenos) e a ecocinese ou ecopraxia (imitação de gestos realizados por outros). Ecolalia e
4

coprolalia, são seus equivalentes na linguagem e palilalia, a repetição de sons, palavras ou


silabas.
Os tiques, ainda, podem ser, clônicos ou tônicos. Os clônicos são breves, súbitos,
enquanto os tônicos ou distônicos são mais lentos, sustidos. Os tiques classificados como
vocais, são produzidos pela passagem de ar pelo nariz ou boca. Os tiques vocais simples são
meros sons, e os tiques vocais complexos tem significado e incluem ecolalia, coprolalia e
palilalia.
Fisiopatologia: Há consenso que, à nível cerebral, se distinguem vários circuitos
neuronais paralelos, que dirigem informação desde o córtex até estruturas subcorticais
(gânglios basais) e regressam ao córtex passando pelo tálamo, conhecidos como circuitos
córtico-estriato-tálamo-corticais (CETC); estes são responsáveis por mediar a atividade
motora, sensorial, emocional e cognitiva. Cogita-se que os pacientes com ST tenham uma
deficiência na inibição destes circuitos, que a nível motor se expressa como tiques e
compulsões, e a nível límbico e frontal como parte da sintomatologia obssessiva e défcit de
atenção. Essa deficiência inibitória se reflete em uma hipersensibilidade aos estímulos tanto
do meio interno como do meio externo.
Irregularidades nos volumes dos gânglios de base no corpo caloso igualmente foram
observadas em portadores com ST.
Diagnóstico e Tratamento: A Doença de Huntington, o acidente cérebro-vascular, a
síndrome de Lesch Nyhan, doença de Wilson, Coreia de Sydenham, esclerose múltipla,
encefalite pós-viral e traumatismo craniano são condições médicas que podem vir
acompanhadas de movimentos anormais, que devem ser distinguidos dos tiques presentes na
ST. Além destas patologias, efeitos tóxicos diretos de uma substância também podem simular
a presença de tiques.
Os tiques também devem ser diferenciados dos movimentos estereotipados vistos no
Transtorno de Movimentos Estereotipados e em Transtornos Invasivos do Desenvolvimento.
A diferença entre eles nem sempre é fácil, mas em geral, os movimentos estereotipados
parecem ser mais direcionados e intencionais, enquanto os tiques apresentam uma qualidade
mais involuntária e não são rítmicos.
A ST não tem cura, até o momento, sendo que o tratamento farmacológico é utilizado
para o alívio e controle dos sintomas apresentados. O medicamento é administrado em
pequenas doses, com aumentos graduais até que se atinja o máximo de supressão dos
5

sintomas com o mínimo de efeitos colaterais. A posologia dos medicamentos varia para cada
paciente, necessitando ser avaliada atentamente pelo médico.
No grupo dos medicamentos utilizados no tratamento dos portadores de transtornos de
tiques, encontram-se os antidepressivos tricíclicos, usados também no transtorno de déficit de
atenção e hiperatividade associados, onde é contra-indicado o uso de psicoestimulantes.
Estudos mostram que os antagonistas dos receptores dopaminérgicos reduzem a
frequência e a severidade dos tiques em cerca de 70% dos casos. Essas observações sugerem
que o bloqueio dos receptores dopaminérgicos tipo 2 é o ponto central para a eficácia do
tratamento e por isso, os antagonistas dos receptores de dopamina são largamente utilizados.

CONCLUSÃO

Se faz necessário um melhor entendimento dos aspectos genéticos, biológicos e


comportamentais da Síndrome de Tourette, além de incluir uma grande divulgação necessária
na sociedade como um todo, não somente na comunidade médica, com o intuito de facilitar o
diagnóstico, o tratamento e o prognostico dos pacientes portadores da Síndrome de Tourette.

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