Difração Da Luz - 20240724 - 150135 - 0000

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Física

DIFRAÇÃO
DA LUZ
CONCEITOS BÁSICOS DA
DIFRAÇÃO

Amanda - Lucas M. - Marianna C. - Nicolly - Pedro M. - Robert


DIFRAÇÃO
OBJETIVO
Tem como intenção demonstrar
de forma sucinta e
explicativa um dos principais
fenômenos ondulatórios: a
difração.
ÍNDICE
01 Conceito 05 Robert Hooke 09 Tipos de fenda

02 06 Newton - Teoria 10 Difração no


Características Corpuscular da Luz cotidiano

03 Natureza da luz 07 Princípio de Huygens 11 Difração do som

04 08 Experimento da 12 Bibliografia
Francesco Grimaldi
dupla fenda
DIFRAÇÃO
A difração - vindo do latim,
diffringere, que significa
“quebrar em pedaços”.

É um fenômeno físico que acontece


quando a onda, ao defrontar-se com
um óbice ou ao atravessar uma fenda
com grandezas equivalentes ao seu
comprimento de onda - λ (distância
mínima em que completa-se uma
oscilação), fragmenta-se.
CARACTERÍSTICAS
O fenômeno independe do tipo da
onda (mecânica ou eletromagnética).

Todavia, dependendo:

a. da largura da fenda;

b. do tamanho da barreira.

A onda terá mais ou menos chances Tal fato está relacionado ao


de sofrer difração. comprimento de onda.
O estudo da difração da luz surgiu da

EVOLUÇÃO DO
PENSAMENTO
RELACIONADO À
LUZ
e ondas por diversos físicos, para
enfim chegar aos conceitos aceitos
hoje.
FRANCESCO Ele começou a observar o
comportamento da luz e afirmava
GRIMALDI que ela fragmentava - quebrava -
em diversas direções.
(1618-1663)
O fenômeno da difração teve a
primeira definição desenvolvida
pelo físico Francesco Grimaldi Demonstrou a teoria ondulatória
(1618-1663), mas só foi publicado * da propagação luminosa;
em 1665, após sua morte, o livro
Physicomothesis de Lumine,
Coloribus et Iride, onde se faz a
descrição de seus experimentos. Sua concepção da luz era, em
* essência, ondulatória;
ROBERT HOOKE
(1635 - 1703)
Acreditava que a luz era
formada por pulsos
derivados do movimento
do corpo luminoso, e seus
estudos influenciaram
Newton na busca em
saber mais sobre a luz e as
cores.
CORRENTES DE
PENSAMENTOS
Por volta do século XVII, formaram-se
duas correntes científicas nos estudos
da natureza e comportamento da luz.
TEORIA CORPUSCULAR DA LUZ

ISAAC NEWTON
Uma delas era a defendida por Isaac
Newton, conhecida como Teoria
Corpuscular da Luz, em que a luz seria
formada de partículas (corpúsculos).
Como Newton era mais influente no meio
acadêmico e científico, seu modelo foi
aceito como o mais conveniente
A TEORIA DE NEWTON ERA CAPAZ DE EXPLICAR
ALGUNS FENÔMENOS, COMO:

01 Reflexão 02 Refração 03 Dispersão


PRINCÍPIO DE HUYGENS

CHRISTIAN HUYGENS
Já a outra, era defendida por Christian
Huygens, nomeada de Teoria Ondulatória da Luz
ou Princípio de Huygens, lidando com a luz como
uma onda. Mas, como Newton era mais influente
no meio acadêmico e científico, seu modelo foi
aceito como o mais conveniente, porém a
definição newtoniana sobre a natureza e o
comportamento da luz diverge da que é aceita
hoje.
CHRISTIAN HUYGENS

Christian Huygens, nascido em 1629,


foi um físico, matemático,
engenheiro e astrônomo que
contribuiu com estudos em diversas
áreas, como astronomia,
desenvolvendo melhorias em lentes
de telescópios. Além disso, contribuiu
para o desenvolvimento do relógio de
pêndulo e foi influente em estudos na
matemática e na óptica.
Ainda jovem, despertou uma paixão por
astronomia e estudou com o objetivo de
melhorar os telescópios já existentes.
Essas melhorias ajudaram na
descoberta da primeira Lua de Saturno,
a Lua Titã, e na focalização dos anéis de
Saturno. Em 1997, a NASA (National
Aeronautics and Space Administration),
em parceria com a ESA (Agência
Espacial Europeia) e a ASI (Agência
Espacial Italiana), enviou para o espaço
a sonda Cassini Huygens, nomeada em
homenagem ao cientista.

Em 2004, a sonda chegou ao seu


destino, Saturno, mas antes passou em
muitos lugares.
+ +

A Cassini Huygens foi importante


pois, em sua ida até o planeta,
conseguiu comprovar elementos da
Teoria da Relatividade Geral de
Albert Einstein, além de tirar fotos
em alta resolução do “Planeta dos
Anéis”, permitindo uma observação
mais detalhada do mesmo. Em 14 de
janeiro de 2004, a sonda pousou na
superfície de Titã e permitiu novas
descobertas acerca da lua.
POR VOLTA DE 1670, HUYGENS COMEÇOU
A CONHECER AS TEORIAS DE ISAAC
NEWTON, E SE OPÔS, PRINCIPALMENTE, À
TEORIA CORPUSCULAR DA LUZ.

Aproximadamente em 1678, começou seus estudos na


área da óptica e desenvolveu seu pensamento baseado
na luz como onda, consolidando a Teoria Ondulatória da
Luz. A teoria descreve que “cada ponto em uma frente de
onda funciona como uma nova fonte, produzindo ondas que
se propagam com a mesma frequência, velocidade e na
mesma direção das ondas originais”.
PRINCÍPIO
DE
HUYGENS

Cada linha representa uma


frente de onda, e cada ponto age
como uma nova fonte, fazendo a
* onda manter a mesma forma
(nesse caso, plana e paralela),
desde que a mesma não encontre
obstáculos
ESSA TEORIA EXPLICA O FENÔMENO DA DIFRAÇÃO, QUE DIZ
RESPEITO A CAPACIDADE DA ONDA DE CONTORNAR UM ÓBICE.
Relação do tamanho da fenda com a difração
OCORRÊCIA DA
DIFRAÇÃO
A difração só ocorre quando

a. Há o encontro da onda com um óbice;

O comprimento da onda é
b. comparável às dimensões do
obstáculo.

Na primeira representação, ocorre a difração.


Já na segunda, não ocorre, pois a fenda é maior
que o comprimento da onda
padrão de difração
óbice

ponto de
máximo
(iluminado)

onda ondas
descendentes ponto de mínimo (escuro)
incindente
da original
anteparo
A única coisa que esse fenômeno
A DIFRAÇÃO modifica é a forma das frentes de onda.

NÃO
INTERFERE:

a. Na velocidade (v);

b. No comprimento (λ);

c. Na frequência (f).
OU SEJA, OCORRE UMA
DISTORÇÃO NO FORMATO
DESSA FRENTE DE ONDA.

E é a intensidade dessa distorção


mais que depende da relação do
*
distorcida comprimento de onda com o
tamanho do obstáculo.

Ficando circular, a onda, ao passar pela


fenda, atinge as regiões opostas ao
* obstáculo, contornando-o. Isso acontece
porque cada ponto da frente de onda age
menos como uma fonte de novas ondas,
distorcida respeitando o Princípio de Huygens.
X
NEWTON HUYGENS
APÓS MAIS DE UM SÉCULO, A TEORIA DE HUYGENS FOI
REANALISADA POR THOMAS YOUNG.

Young, questionando aspectos da Teoria


Corpuscular da Luz, percebeu que ela não
conseguia explicar alguns dos
comportamentos da luz. Nesse sentido,
questionou o motivo de, caso a luz fosse
formada de corpúsculos, alguns serem
* refletidos e outros refratados. Além disso, a
*
teoria de Newton era ineficaz para o
entendimento de fenômenos como a difração,
interferência e polarização da luz. Assim, Young
constatou que a luz ser uma onda faria mais
sentido do que ela ser formada por partículas.
Se a luz fosse constituída de corpúsculos, ela não contornaria os obstáculos e luz
nenhuma seria detectada no anteparo detector. Se a luz fosse uma onda, então ela
difrataria contornando os obstáculos e atingiria o detector formando um padrão de
interferencia de ondas, evidenciando um comportamento característico de luz
EM 1801, O FÍSICO E MÉDICO INGLÊS THOMAS YOUNG
ANUNCIOU O FAMOSO EXPERIMENTO DA DUPLA FENDA,
QUE CONFIRMOU O CARÁTER ONDULATÓRIO DA LUZ.
DIFRAÇÃO

a. Obstáculo;

b. Fenda simples;

c. Fenda dupla.
OBSTÁCULO

Se espalha ao redor das bordas


a.
do obstáculo;

b. Se curva;

c. Forma um padrão circular.


FENDA SIMPLES

É gerada uma imagem com


a. pontos mais iluminados (máximos
ou franjas claras) e mais escuros
(mínimos ou franjas escuras).

Quanto maior o percurso que a


b. onda terá que passar após o
encontro com o óbice, maior será
o espalhamento.
FENDA DUPLA

A luz difratada por duas fendas sofre


o fenômeno da difração e o de
a. interferência, ou seja, ao mesmo
tempo ocorre a interferência das
duas fendas e a difração por cada
fenda.

Com a junção dos dois fenômenos, a


imagem formada contém o máximo
central maior como na difração em
b. fenda simples e os máximos
secundários pouco espaçados como
na interferência em duas fendas.
FENDA SIMPLES FENDA DUPLA

O que acontece: a luz se espalha e cria um O que acontece: A luz das duas fendas se
padrão de franjas claras e escuras na tela. espalha e se sobrepõe, criando um padrão de
Padrão: uma franja central muito brilhante. interferência.
Franjas escuras e claras alternadas, mas cada Padrão: Franjas claras e escuras alternadas,
vez menos intensas à medida que se afastam como no caso de fenda simples, que são
do centro. igualmente espaçadas e têm intensidades mais
uniformes .
DIFRAÇÃO
NO
COTIDIANO

É difícil enxergar a difração da luz, por conta


do comprimento de onda com dimensões
muito pequenas. Dessa forma, existem
outros jeitos de perceber, de modo mais fácil,
a difração, como a onda do mar ao
encontrar-se com uma fenda, exemplo
apresentado na figura. O som também pode
sofrer difração ao defrontar-se com a fenda
de uma porta, caso as dimensões sejam
comparáveis.
NO COTIDIANO, A FORMA DE DIFRAÇÃO
MAIS FÁCIL DE SER PERCEBIDA É A DO SOM.
A difração do som é um
fenômeno acústico intrigante
que ocorre quando as ondas
sonoras se encontram com
obstáculos em seu caminho.
Assim como a luz se curva ao
redor de objetos, o som também
pode se curvar, contornando
obstáculos em seu trajeto.

Este fenômeno, amplamente estudado na física ondulatória, desempenha um papel


crucial em diversas aplicações práticas e tem implicações significativas em várias áreas,
desde a arquitetura de salas de concerto até a tecnologia de sonares submarinos.
COMO OCORRE?

Quando as ondas sonoras se


deparam com uma borda afiada ou
uma abertura estreita, elas tendem a
se curvar ao redor do obstáculo e
continuam propagando-se para além
dele. Esse comportamento é
governado pelas leis da física
ondulatória, especialmente pelo
princípio de Huygens, que afirma que
cada ponto em um frente de onda é
uma fonte de onda secundária, e a
interação dessas ondas secundárias
determina o padrão de difração.
APLICAÇÕES
PRÁTICAS DA
DIFRAÇÃO DO SOM

a. Design de Salas de Concerto;

b. Tecnologia de Sonar Submarino;

Desenvolvimento de Sistemas de
c. Segurança.
CONCLUSÃO
A difração de ondas é um fenômeno
ondulatório fascinante que está presente
em diversas áreas da ciência e da
tecnologia, desde a física até as aplicações
no cotidiano.

Em resumo, a difração ocorre quando


ondas encontram um obstáculo ou passam
por uma pequena abertura, fazendo com
que se espalhem e se curvem. Isso é
fundamental para entender o
comportamento das ondas em diversas
situações.
De acordo com a teoria de Isaac
Newton, a luz não poderia ser
uma onda por não sofrer
fenômenos característicos das
ondas, como a difração. No
século XIX, Young comprovou o
comportamento ondulatório da
luz.

Após o experimento de Thomas


Young, a natureza ondulatória da
luz teve mais aceitação.
CONCLUSÃO
Já no século XX, Albert Einstein e Max
Planck acreditavam que ela era
quantizada, mas não descartavam sua
natureza ondulatória. Enfim, foram as
considerações de Louis de Broglie que
conceituaram a Dualidade Partícula-Onda
da Luz.

Portanto, o fenômeno pode ser aplicado


na física quântica, na caracterização de
materiais, na formação de imagens
médicas e na tecnologia de comunicação.
A DUALIDADE ONDA-PARTÍCULA É
DECORRENTE DA SUPERPOSIÇÃO
QUÂNTICA.

Superposição quântica é um princípio


fundamental da mecânica quântica que
afirma que um sistema físico existe
parcialmente em todos os estados
teoricamente possíveis simultaneamente
antes de ser medido. Porém quando medido
ou observado, o sistema se mostra em um
único estado.

LOUIS DE BROGLIE
OU SEJA...
Mesmo com todos os
conflitos acerca da real
natureza da luz, hoje cremos
que a luz é uma entidade de
natureza dual; sendo
simultaneamente onda e
partícula.
BIBLIOGRAFIA
Conceitos Básicos da Difração como Fenômeno Ondulatório

A física por trás da difração do som : explorando um


fenômeno acústico fascinante
OBRIGADO
PELA
ATENÇÃO!
Alguma dúvida?

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