Governanca Corporativa e Ambiental No Gerenciamento de Recursos Hidricos Modelo de Gestao Da Companhia Pernambucana de Saneamento - Compesa

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GOVERNANÇA CORPORATIVA E AMBIENTAL NO GERENCIAMENTO DE

RECURSOS HÍDRICOS: MODELO DE GESTÃO DA COMPANHIA PERNAMBUCANA


DE SANEAMENTO – COMPESA, PE.

Edmilson Martins de Vasconcelos Junior¹, Renata Maria Caminha Mendes de Oliveira Carvalho², Jéssica
Vanessa Meira de Vasconcelos3

1
Químico Industrial pela Universidade Católica de Pernambuco, Especialista em Engenharia de Saneamento Básico e
Ambiental pela Universidade Cidade de São Paulo e Mestrando em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos pelo
ProfÁgua – UFPE – Recife/PE, Brasil, email: [email protected]; 2 Doutora em Engenharia Civil na área de
Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos, com ênfase em Gestão Ambiental, pela Universidade Federal de
Pernambuco, Pós-Doutoranda na Universidade Federal de Pernambuco – Recife/PE, Brasil, email:
[email protected]; 3 Graduada em Engenharia Civil pela UFPE, MBA em andamento – Tecnologia e Gestão
de Construção de Edifícios e Mestranda em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos pelo ProfÁgua – UFPE –
Recife/PE, Brasil, email: [email protected].

Resumo
No Estado de Pernambuco as ações de saneamento básico visam promover inclusão social dos grupos minoritários,
mediante a universalização da água para toda população. Em Pernambuco, 80% dos recursos hídricos estão
concentrados na região litorânea, enquanto 90% de seu território está na região semiárida, frequentemente submetida a
longos períodos de seca. Para superar este desequilíbrio a Companhia Pernambucana de Saneamento adotou o modelo
de governança corporativa e governança ambiental, e investiu em políticas públicas com as melhores soluções para
levar o abastecimento de água e o esgotamento sanitário de qualidade para todas as regiões do Estado. A COMPESA
presta serviços de saneamento básico, contemplando a captação, o tratamento e a distribuição de água, bem como a
coleta e o tratamento de esgoto sanitário. Para isso, realiza também estudos, projetos e execução de obras relativas a
novas instalações, ampliações de redes de distribuição de água e redes de coleta e tratamento de esgoto sanitário. A
busca de uma boa governança permanece um desafio constante para todos os governos e cidadãos. No que se refere à
temática ambiental, em particular, há desafios específicos a serem enfrentados no campo que passou a ser chamado de
governança ambiental, o qual, em termos simples, diz respeito aos processos e instituições por meio dos quais as
sociedades se organizam e tomam decisões que afetam o meio ambiente (Loë et al., 2009; WRI, 2003). Em função do
sucesso do modelo de gestão que trouxe consequência dos bons resultados, a empresa foi escolhida por duas revistas de
referência nacional como “Melhor Empresa de Saneamento do Brasil” e vivencia uma fase de transição entre uma visão
e prática de Responsabilidade Social tradicional orientada para cumprimento legal e desempenho econômico para uma
visão de Responsabilidade Social ampla, humanista e participativa.
Palavras-chave: governança, gestão, saneamento.

CORPORATE AND ENVIRONMENTAL GOVERNANCE IN WATER RESOURCE


MANAGEMENT: PERNAMBUCAN SANITATION COMPANY MANAGEMENT MODEL
– COMPESA, PE.

Abstract
In the State of Pernambuco, basic sanitation actions aim to promote social inclusion of minority groups through the
universalization of water for the entire population. In Pernambuco, 80% of water resources are concentrated in the
coastal region, while 90% of its territory is in the semiarid region, often subjected to long periods of drought. To
overcome this imbalance, the Pernambuco Sanitation Company adopted the corporate governance and environmental
governance model, and invested in public policies with the best solutions to bring water supply and quality sanitation to
all regions of the state. COMPESA provides basic sanitation services, including the collection, treatment and
distribution of water, as well as the collection and treatment of sewage. To this end, it also carries out studies, projects
and execution of works related to new facilities, expansion of water distribution networks and sewage collection and
treatment networks. The pursuit of good governance remains a constant challenge for all governments and citizens.
With regard to environmental issues, in particular, there are specific challenges to be faced in the field that has come to
be called environmental governance, which, in simple terms, concerns the processes and institutions through which
societies are organized and make decisions that affect the environment (Loë et al., 2009; WRI, 2003). Due to the
success of the management model that resulted from the good results, the company was chosen by two national
1
reference magazines as “Best Sanitation Company in Brazil” and experiences a transition phase between a vision and
practice of traditional Social Responsibility oriented for legal compliance and economic performance for a broad,
humanistic and participatory vision of social responsibility.
Keywords: governance, management, sanitation.

1 INTRODUÇÃO
Reflexos da fragilidade de integração entre políticas públicas ocorrem de diversas maneiras,
resultando em dificuldades de conter a degradação de ecossistemas, áreas de proteção, encostas e
nascentes, com consequentes impactos negativos sobre a quantidade e qualidade dos recursos
hídricos.
A água é um patrimônio natural estratégico. Mais do que um recurso imprescindível à
produção de bens indispensáveis ao desenvolvimento econômico e social, é um elemento vital para
a conservação dos ecossistemas e da vida de todos os seres em nosso planeta. Sem água a Vida não
existe.
A conservação, a preservação e o uso dos recursos hídricos são um dos principais desafios da
promoção da sustentabilidade. Tais fatores são preponderantes para o desenvolvimento
socioeconômico de uma nação.
No Brasil, a governança como aparato conceitual que abarca uma nova concepção da água é
implementada com a Política Nacional de Recursos Hídricos a partir de 1997. Segundo Jacobi
(2012, p. 2), “[...] a governança transcende uma visão de gestão porque é uma construção
conceitual, teórica e operacional associada a uma visão hidropolítica”.
A governança corporativa pública destina-se ao bem-estar da sociedade e reúne as principais
informações relativas às práticas de políticas públicas adotadas pela empresa, onde o interesse
público está implícito nos interesses empresarias com Transparência e Ética, boa comunicação
interna e externa gerando um clima de confiança de valor; Equidade, tratando de forma justa e
igualitária os colaboradores, clientes, fornecedores, investidores e Responsabilidade corporativa
evitando decisões que possam causar impactos negativos na sociedade ou no meio ambiente.
O pensamento sobre um desenvolvimento sustentável tem origem nos debates gerados a
partir da preocupação com a qualidade ambiental, que passou a existir após a década de 1950
(BARBIERI, 2005; SEIFFERT, 2010; VEIRA, 2007). Como produtos dessas discussões, surgiram
mudanças nas normas jurídicas, nas estratégias de crescimento econômico, no planejamento e
gestão governamental e nas lógicas de organização da sociedade. Além disso, é criado um “novo
campo de pesquisa científica inter e transdisciplinar” (VIEIRA, 2007, p. 9).
Atualmente, a crise ambiental é o resultado da deterioração progressiva do meio ambiente,
sendo atribuída como um dos principais fatores às mudanças socioeconômicas produzidas pelo
processo do capitalismo e ao fracionamento do conhecimento por meio do pensamento cartesiano,
os quais reivindicam alterações no modelo de desenvolvimento e comportamento das sociedades
humanas. Isto implica em agregar novos valores e adoção de uma nova ética para constituição de
uma sociedade sustentável. Neste contexto, o Estado, a sociedade civil e o setor econômico
enfrentam uma reorganização de funções.
A preocupação com o meio ambiente e com as comunidades passa a integrar as atividades
principais da organização. Nesse sentido, a Gestão Ambiental além de ter uma posição dentro da
estrutura da organização, faz parte do seu planejamento estratégico, e, sobretudo, da cultura
organizacional (ELKINGTON, 2001; SEIFFERT, 2010; HARRINGTON; KNIGHT, 2001).

2
A gestão ambiental é um processo sistemático que se apresenta como uma solução para se
atingir o desenvolvimento sustentável. Para a sustentabilidade é condicionante o equilíbrio entre os
chamados três eixos fundamentais. São eles: o crescimento econômico, a preservação do meio
ambiente e a equidade social. A consonância entre essas três esferas configura um desafio para as
organizações, que pode ser atingido no longo prazo, através da adoção de uma política de Gestão
Ambiental. (BARBIERI, 2005; ELKINGTON, 2001; SEIFFERT, 2010; VIEIRA, 2007;
HARRINGTON; KNIGHT, 2001).
A governança ambiental a níveis nacional, regional e global é fundamental para o alcance da
sustentabilidade ambiental e do desenvolvimento sustentável, em última instância. O aumento de
novas formas de governança interativa representa uma adaptação ao sistema político-administrativo,
diversidade, complexidade e dinâmica da sociedade contemporânea. Ela está relacionada com a
implementação socialmente aceitável de políticas públicas, um termo mais inclusivo que governo,
por abranger a relação Sociedade, Estado, mercados, direito, instituições, políticas e ações
governamentais, associadas à qualidade de vida, ao bem-estar, notadamente os aspectos
relacionados com a saúde ambiental. No que se refere à temática ambiental, em particular, há
desafios específicos a serem enfrentados no campo que passou a ser chamado de governança
ambiental, o qual, em termos simples, diz respeito aos processos e instituições por meio dos quais
as sociedades se organizam e tomam decisões que afetam o meio ambiente (Loë et al., 2009; WRI,
2003).
Segundo o Banco Mundial, em seu documento Governance and Development, de 1992, a
definição geral de governança é “o exercício da autoridade, controle, administração, poder de
governo”. Precisando melhor, “é a maneira pela qual o poder é exercido na administração dos
recursos sociais e econômicos de um país visando o desenvolvimento”, implicando ainda “a
capacidade dos governos de planejar, formular e implementar políticas e cumprir funções”. Duas
questões merecem destaque:
a) A ideia de que uma “boa” governança é um requisito fundamental para um desenvolvimento
sustentado, que incorpora ao crescimento econômico equidade social e também direitos
humanos (Santos, 1997, p. 340-341);
b) A questão dos procedimentos e práticas governamentais na consecução de suas metas
adquire relevância, incluindo aspectos como o formato institucional do processo decisório, a
articulação público-privado na formulação de políticas ou ainda a abertura maior ou menor
para a participação dos setores interessados ou de distintas esferas de poder (Banco Mundial,
1992, apud Diniz, 1995, p. 400).

A Companhia Pernambucana de Saneamento foi criada pela Lei Estadual nº 6307, em 29 de


julho de 1971, é uma organização de sociedade anônima de economia mista, com fins de utilidade
pública, tendo o Estado de Pernambuco como seu maior acionista. A organização tem como
objetivo social, por outorga do Estado e delegação dos munícipios, a exploração de serviços de
saneamento básico, especificamente tratamento e distribuição de água, coleta, tratamento de esgoto
sanitário, além da realização de estudos, projetos e execução de obras relativas a novas instalações,
ampliações de redes de distribuição de águas e redes de coleta e tratamento de esgoto sanitário. A
organização também colabora com órgãos e entidades federais, estaduais, municipais e outros
pertinentes ao desenvolvimento de seus objetivos básicos (COMPESA, 2011a). Atualmente, a
respectiva companhia presta serviços de abastecimento de água em 172 dos 184 munícipios, além
do território de Fernando de Noronha, em Pernambuco. A companhia a partir da Lei Federal nº
11.445, de 2007, que estabelece diretrizes para a regulação dos serviços de saneamento básico,
encontra-se em processo de reestruturação, cujo objetivo é adquirir eficiência e eficácia, que são
3
requisitos dentro da nova regulamentação por meio do planejamento estratégico em suas atividades
(BRASIL, art. 2º, 2007). Neste sentido, a companhia visando um alinhamento com suas partes
interessadas com intuito de proporcionar um relacionamento adequado entre sociedade-organização
busca correlacionar suas atividades sob a ótica da responsabilidade socioambiental e o compromisso
em conservar os recursos necessários às futuras gerações. Conforme preconiza sua missão
organizacional “Prestar, com efetividade, serviços de abastecimento de água e esgotamento
sanitário, de forma sustentável, conservando o meio ambiente e contribuindo para a qualidade de
vida da população” (COMPESA, 2014). Para Drucker (1984, p. 343) o “desempenho da missão
específica da entidade também é do maior interesse e necessidade da sociedade”. E complementa
quando uma organização falha em sua missão não estará demonstrando responsabilidade social,
independentemente de quantas ações e programas sociais exerçam (DRUCKER, 1984). Além do
compromisso de fornecer serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário à população a
COMPESA segue os seguintes princípios fundamentais:
1. Atender às exigências da legislação ambiental vigente e de outros requisitos
subscritos pela empresa, voltados à proteção do meio ambiente;
2. Adotar em todos os seus processos, produtos e serviços os princípios da produção
mais limpa e de prevenção da poluição, mitigando os impactos ambientais,
gerenciando os resíduos e fazendo uso racional dos recursos;
3. Identificar, avaliar e gerenciar seus impactos ambientais decorrentes de suas
atividades, produtos e serviços;
4. Promover a melhoria contínua de seu desempenho ambiental e das práticas de
prevenção da poluição;
Diante disso, o presente artigo tem por finalidade fazer uma análise da governança
corporativa e ambiental da Companhia Pernambucana de Saneamento focando na estratégia e no
modelo de gestão pública pautada pelo componente participativo do Estado com as políticas sociais.

2 MATERIAL E MÉTODOS
Tendo em vista a complexidade do contexto, adotou-se metodologia exploratória quanto ao
objeto. Quanto a procedimentos técnicos a pesquisa é bibliográfica, documental e de levantamento.
2.1. Área estudada
Pernambuco é o estado que tem o pior índice de disponibilidade hídrica do Brasil. Além da
escassez natural por falta de chuva, a grande mudança nos cenários social, político, econômico e,
principalmente, climático, são fatores que agravam a situação para o desenvolvimento e expansão
do abastecimento de água no estado.
Com a grande seca de 2012 a 2017, ocasionada pela falta de chuva em Pernambuco fez com
que a COMPESA em 2017 focasse em estratégias voltadas para aprimorar e expandir os serviços
prestados, porém de forma mais eficiente. Foram investidos mais de 720 milhões de reais em obras,
expandindo o abastecimento de água para cerca de 60 mil novos domicílios e o esgotamento
sanitário para mais de 20 mil novos domicílios.
A Companhia presta serviços de saneamento básico, contemplando a captação, o tratamento
e a distribuição de água, bem como a coleta e o tratamento de esgoto sanitário. Para isso, realizam
também estudos, projetos e execução de obras relativas a novas instalações, ampliações de redes de
distribuição de água e redes de coleta e tratamento de esgoto sanitário. Esses serviços são regulados
pela Agência Reguladora de Pernambuco-ARPE. A empresa é responsável pela execução da
política governamental de abastecimento de água e esgotamento sanitário, bem como da prevenção
4
e aproveitamento dos recursos hídricos do Estado de Pernambuco e tem como objetivo é “Prestar,
de forma sustentável, serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário atendendo às
necessidades dos clientes”.
2.2. Estrutura de Governança da COMPESA
A estrutura de governança corporativa da empresa é composta por: Assembleia Geral,
Conselho Fiscal, Conselho de Administração, Auditoria, Presidência, Diretoria Executiva.

Figura 1 – Estrutura de Governança – COMPESA

2.3. Diretrizes da Governança Corporativa da COMPESA


A governança corporativa da empresa tem como diretriz o planejamento, consolidação de
dados estratégicos, indicadores, relatórios, publicações, fatores de risco e políticas públicas.
a) Planejamento
O planejamento estratégico da empresa é composto por etapas e segue uma sequência lógica
para definição das estratégias, iniciando com a análise do modelo de negócio, onde é avaliado o
negócio em si, bem como novas oportunidades, além da estrutura física e organizacional, parceiros,
mercado de atuação e fornecedores.
São desenvolvidos indicadores de desempenho a partir do Mapa da Estratégia (figura 2), que
são monitorados por meio de reuniões que envolvem todos os níveis hierárquicos da companhia.
A partir de Indicadores e metas vinculados aos objetivos, assegura-se o alinhamento dos
projetos e iniciativas com a estratégia da organização, em um processo de monitoramento e revisão
constante.

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Figura 2 – Mapa Estratégico – COMPESA

b) Dados estratégicos
São dados de todos os indicadores estratégicos comparando os resultados em relação às
metas e o mesmo período do ano anterior. A partir dos indicadores estratégicos são monitorados o
plano de metas onde são desdobrados os objetivos e metas definidas no planejamento estratégico
para torna-los gerenciáveis a partir de indicadores de desempenho, alinhando sistemicamente o
pensamento de todos os membros da organização.
O monitoramento do plano de metas é realizado mensalmente através do modelo PDCA.
Este modelo de gestão interativa consiste em quatro etapas de controle que significam: planejar-
fazer-verificar-agir, e que tem como objetivo melhorar os processos e os produtos de forma
continua.
As metas são construídas de modo participativo e alinhadas com os objetivos estratégicos.
Para construção das metas, a empresa realiza análise dos ambientes internos e externos, verificando
suas influências na estratégia através de ferramentas como a Análise PESTAL (focada no
levantamento de fatores) macro ambiental (políticos, econômicos, sociais, tecnológicos, ambientais
e legais) e Análise SWOT (abreviação das palavras em inglês strengths, weaknesses, opportunities e
threats, que significam forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, respectivamente).
As Ações que serão priorizadas são definidas pela alta gestão e são monitoradas pela
metodologia da gestão 5w2h. Este modelo consiste em sete diretrizes de controle: o que será feito?
Por que será feito? Onde será feito? Quando? Por quem será feito? Como será feito? Quanto vai
custar? Esta metodologia contribui na execução e, sobretudo no controle das tarefas da empresa
melhorando os seus resultados.
c) Indicadores
A empresa utiliza os indicadores de desempenho para o gerenciamento do sistema
organizacional e tem como objetivo aferir de modo quantitativo e comparável a evolução e o
desempenho dos resultados alcançados em relação às metas estabelecidas, permitindo controlar e
atuar com foco na melhoria contínua dos resultados estratégicos e setoriais. Esta ferramenta além de
permitir uma avaliação contínua da eficiência, eficácia e efetividade de seus processos e pessoas,
também é essencial ao planejamento e controle dos processos das organizações, possibilitando o
estabelecimento de metas e o seu desdobramento, já que os resultados são fundamentais para a
análise crítica dos desempenhos, para a tomada de decisões e para o novo ciclo de planejamento.

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Figura 3 – Indicadores Estratégicos – COMPESA

2.4. Governança Ambiental e Políticas Públicas


A interação com a população usuária e as necessidades de mudanças no relacionamento e na
prestação dos serviços traz consigo uma demanda constante de diálogo com os diversos segmentos
da sociedade em prol da valorização do saneamento, da saúde e da qualidade de vida. Com isso,
estratégias, metodologias e instrumentos de mobilização social e de educação ambiental se tornam
essenciais na condução dos trabalhos sociais na política de saneamento. Os empreendimentos e
serviços passam a ter sustentabilidade quando a sociedade se torna sujeito atuante e corresponsável
pelas práticas de conservação do meio ambiente. As estratégias devem ser planejadas tendo a
população como principal público das ações, identificando-se as particularidades regionais, perfis
socioeconômicos, interesses e anseios locais, e conectando os interesses da Companhia com os
atores envolvidos e impactados.
O gerenciamento ambiental é o conjunto das ações planejadas com base na preocupação com
o meio ambiente, consiste na implementação e controle do SGA (HARRINGTON; KNIGHT, 2001;
SEIFFERT, 2010).
Visando à manutenção da qualidade ambiental através do controle dos aspectos e impactos
ambientais relacionados às atividades da Companhia, a Compesa implantou, em 2017, o Sistema de
Gestão Ambiental – SGA, onde estão definidas as responsabilidades, práticas, procedimentos e
processos necessários para garantir o cumprimento da Política Ambiental da Companhia.
O Sistema de Gestão Ambiental constitui uma parte do sistema global de gestão de uma
organização que busca o controle dos seus aspectos ambientais, através de uma abordagem
estruturada e planejada. O SGA é constituído por um processo dinâmico, visto que está sujeito a
uma avaliação periódica onde são analisados os objetivos e metas traçados, o seu cumprimento e a
eficácia das medidas corretivas implementadas.
A COMPESA exerce políticas públicas que atendem ao objetivo descrito no art. 1º da Lei
Estadual de criação da Companhia de “execução da política governamental de abastecimento de
água e esgotamento sanitário, e bem assim a preservação e aproveitamento dos recursos hídricos no
Estado de Pernambuco”. A empresa possui programas de Políticas Públicas estabelecidos na Lei
Orçamentária Anual: Gestão de recursos hídricos de Pernambuco e Ampliação do acesso à água e
esgotamento sanitário, tais como:
2.5. Programas de Políticas Públicas
2.5.1. Gestão de Recursos Hídricos de Pernambuco.
O Programa de Gestão de Recursos Hídricos de Pernambuco tem por objetivo implementar a
Política Estadual de Recursos Hídricos, seus instrumentos, Sistema Integrado de Gerenciamento e,
promover a conservação e a proteção das águas superficiais e subterrâneas dos recursos, em todo o
território do Estado. Abrange as seguintes ações:
 Projeto de Sustentabilidade Hídrica de Pernambuco - PSH PE - COMPESA
Finalidade: Executar obras de infraestrutura para aumentar a eficiência dos sistemas
de abastecimento de água e de saneamento básico, voltados para a sustentabilidade
dos recursos hídricos de Pernambuco.
 Projeto de Saneamento Ambiental nas Bacias Hidrográficas de Pernambuco - PSA-
PE – COMPESA Finalidade: Apoiar projetos de saneamento ambiental nas bacias
hidrográficas, focando as bacias dos rios Capibaribe e Ipojuca, contribuindo para a
melhoria da gestão dos recursos hídricos.

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2.5.2. Ampliação do Acesso à Água e Esgotamento Sanitário.
O programa Ampliação do Acesso à Água e Esgotamento Sanitário tem por finalidade
ampliar o acesso hídrico e a universalização do saneamento, garantindo abastecimento de água e
esgotamento sanitário em todo território do Estado.
 Saneamento para Todos - Ampliação da Cobertura dos Serviços e Eficiência da
Coleta e Tratamento do Esgotamento Sanitário – COMPESA Finalidade: Ampliar a
cobertura dos serviços de esgotamento sanitário em todo o Estado
 Água para Todos - Ampliação da Oferta, Cobertura dos Serviços de Abastecimento e
Redução do Racionamento de Água – COMPESA Finalidade: Ampliar a cobertura
dos serviços de abastecimento de água em todo o Estado.
Diante de todo o planejamento e para o alcance dos resultados a empresa adota uma
governança corporativa de gerenciamento cada vez mais eficiente dos recursos, parcerias e
processos, mantendo uma política contínua de eficientização de gastos e otimização das receitas.
 Adutora do Agreste – A Adutora do Agreste vai contemplar 68 municípios que se
encontram na região que tem o maior déficit hídrico de Pernambuco, 80 distritos irão
receber 4,0 m3/s, levados pelos 1.300 km de adutoras. Esta obra irá beneficiar mais
de 2 milhões de pessoas.
 Transposição do São Francisco - O projeto de transposição do São Francisco surgiu
com o argumento sanar essa deficiência hídrica na região do Semi-Árido através da
transferência de água do rio para abastecimento de açudes e rios menores na região
nordeste, diminuindo a seca no período de estiagem. O projeto prevê a retirada de
26,4 m³/s de água, que será destinada ao consumo da população urbana de 390
municípios do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. A transposição
beneficiará mais de 12 milhões de habitantes do semiárido nordestino,
proporcionando água para suprir as necessidades humanas e impulsionar o
desenvolvimento de atividades econômicas.

2.5.3. Programa Com Viver COMPESA.


As ações sociais do Programa ComViver Compesa contribuem para a melhoria das
condições de vida da população e para a integração dos serviços de saneamento com o
compromisso social. Busca-se fortalecer o convívio entre a empresa e comunidade/bairro, fora e
dentro de unidades de referência em todo o estado, como Estações de Tratamento de Água,
Estações de Tratamento de Esgoto, Estações Elevatórias, Lojas de Atendimento, Coordenações
Regionais e Centros Administrativos. Atualmente, três projetos integram o Programa ComViver:
 Encontro COMPESA & Parceiros Socioambientais
Por meio de encontros promovidos em todo o estado com gestores e profissionais da saúde,
educação e assistência, lideranças comunitárias, empresas, ONG, clientes e formadores de opinião,
entre outros, esse projeto visa consolidar e ampliar a rede de multiplicadores para disseminação da
importância do saneamento. Os encontros oportunizam a socialização de informações sobre os
investimentos em saneamento, as principais ações realizadas e os resultados dos trabalhos sociais.
 Escolinha de Futebol Ricardo Rocha
Desenvolvida em parceria com o tetracampeão mundial Ricardo Rocha, tem como propósito
desenvolver a prática esportiva integrada a ações de cidadania e educação ambiental. O bairro do
Jordão, em Jaboatão dos Guararapes, é beneficiado pelo projeto, que, por meio de atividades
esportivas e ações de mobilização social e educação ambiental, busca a inclusão social, educacional

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e cultural de crianças e adolescentes, o convívio com a população e melhorias nas questões sociais
da área.
 ComViver Compesa nos Bairros
O projeto desenvolve ações de mobilização social e educação ambiental em diversos bairros e
comunidades do estado, para atender necessidades sociais referentes à política de saneamento,
melhoria dos serviços e fortalecimento das relações da Compesa nas áreas de atuação. Dessa forma,
a empresa mantem o compromisso de prestar serviços de abastecimento de água e esgotamento
sanitário associados ao trabalho social, com participação, comunicação, cultura e educação.

2.5.4. Programa De Bem com a Rede


O programa visa contribuir para a redução do desperdício nos bairros e comunidades que
apresentem questões que impactam no acesso e no consumo de água. Ações de mobilização social e
educação ambiental são desenvolvidas em sinergia com as intervenções das áreas comercial, técnica
e operacional com o objetivo de melhorar os serviços, incentivar práticas de bom uso da rede de
água e fortalecer o relacionamento da população com a Companhia.

2.5.5. Concurso Cultural Água: Juntos Vamos preservar


O concurso é realizado, anualmente, pela Secretaria de Educação de Pernambuco, COMPESA e
Shopping RioMar Recife, e tem por objetivo expor reflexões, estimular boas práticas e apresentar
propostas dos alunos matriculados na rede de ensino estadual sobre o uso sustentável da água. Os
estudantes são mobilizados e sensibilizados com ações educativas que visam estimular a
participação no certame. Os melhores trabalhos são reconhecidos com a exposição dos trabalhos e
premiações para alunos e professores.

2.5.6. Campanhas e Eventos socioambientais


As campanhas educativas da COMPESA e a participação em eventos sociais e ambientais ocorrem
em todo estado, com temáticas e datas alusivas ao trabalho social no saneamento, a exemplo do Dia
Mundial da Água, Dia Mundial do Meio Ambiente e Dia do Educador Ambiental. O objetivo é
integrar assuntos de relevância estadual, nacional e mundial aos serviços de saneamento juntamente
com a população. As ações buscam incentivar e debater práticas de conservação ambiental,
sustentabilidade e o bom uso dos sistemas de água e esgotamento sanitário com crianças,
adolescentes, jovens e adultos em diversos espaços.

2.5.7. Campanha Conta Comigo


Permite que clientes da COMPESA contribuam para a melhoria da qualidade de vida de crianças,
adolescentes, jovens, adultos e idosos, beneficiando projetos e serviços de entidades organizadas da
sociedade civil, por meio de doações mensais, via fatura de água e esgoto. A campanha fortalece
projetos nas áreas da saúde, educação, cultura, lazer e cidadania em todo o estado. Além disso, a
empresa e as entidades beneficiadas se tornam parceiras em ações sociais desenvolvidas
conjuntamente.

2.5.8. Programa de Trabalho Social nas Obras


A execução de obras de saneamento impacta no cotidiano da população. Com o objetivo de mitigar
possíveis transtornos e integrar os beneficiários aos investimentos, são desenvolvidas ações de
mobilização, participação social e educação ambiental que estimulam a autonomia e o
protagonismo social. As ações contribuem ainda com práticas positivas de conservação do meio
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ambiente e do empreendimento, sensibilizando a população sobre a importância dos serviços e da
sustentabilidade.

2.5.9. Trabalho Social de Inserção na Tarifa Social


Ações de mobilização social são realizadas nos bairros/comunidades visando informar, orientar e
esclarecer sobre o benefício da Tarifa Social para famílias de baixa renda, permitindo que os
clientes que atendam aos critérios e condições tenham acesso aos serviços de água e esgotamento
sanitário com modicidade tarifária. Visitas, palestras, reuniões, atendimento social e abordagens
informativas são exemplos de ações desenvolvidas para ampliar o conhecimento da população sobre
o tema.

2.5.10. Projeto de Visita às Obras e Unidades da COMPESA


As Estações de Tratamento de Água (ETA) e de Esgoto (ETE) da Compesa, assim como as
principais obras de melhoria ou ampliação dos serviços, são utilizados como espaços educativos e
informativos para o diálogo com a população sobre a importância do saneamento na saúde e
qualidade de vida dos pernambucanos.
Durante todo o ano, são desenvolvidas visitas guiadas às unidades e a obras de água e de esgoto
com estudantes, educadores, técnicos, universitários, profissionais, comunitários, formadores de
opinião e outros, permitindo que os espaços estratégicos da Companhia possam ser visibilizados
pela sua relevância na prestação dos serviços.

2.5.11. Casa Verde COMPESA


Localizada no município de Arcoverde, no Sertão pernambucano, a Casa Verde COMPESA é um
espaço que promove cursos, oficinas e palestras com foco na educação socioambiental. Através de
um processo educativo transformador, visa sensibilizar a população da região quanto às questões
ambientais para a formação de uma sociedade mais sustentável. O espaço conta com sala
multimídia, biblioteca temática, auditório, sala de oficinas e um jardim sensorial. A Casa Verde
COMPESA possui a chancela do Projeto Sala Verde, do Ministério do Meio Ambiente, que
incentiva a implantação de espaços socioambientais para atuarem como centros de informação e
formação ambiental.

2.5.12. Licenciamento Ambiental


De acordo com a Lei Federal nº 6.938/1981, licenciamento ambiental é o procedimento no qual o
poder público, representado por órgãos ambientais, autoriza e acompanha a implantação e a
operação de atividades que utilizam recursos naturais ou que sejam consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras. Ao receber a Licença Ambiental, a Compesa reafirma seu compromisso
de manter a qualidade ambiental das localidades onde seus empreendimentos são instalados,
executando-os conforme a legislação ambiental vigente, impactando o mínimo possível o meio
ambiente.

2.5.13. Sistema Informatizado Ambiental – SIA


A partir da necessidade de informatizar o acompanhamento dos processos ambientais da
companhia, a COMPESA criou um Sistema Informatizado Ambiental (SIA), através do qual recebe
todas as solicitações de licenças ambientais e disponibiliza aos gestores de obras o acesso para
consultas e acompanhamento dos processos em andamento, oferecendo mais praticidade, agilidade
e segurança.

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2.5.14. Programa Florestar
Promove ações de gestão e educação ambiental a fim de sensibilizar a sociedade sobre a
necessidade da preservação florestal para a proteção dos recursos hídricos e a qualidade de vida das
populações. Possui cinco eixos de atuação:

1. Viveiros Florestais Educadores


Os Viveiros Florestais Educadores da Compesa se configuram como espaços de fomento a
atividades de educação ambiental, recebendo visitas de grupos de instituições de ensino e de
organizações sociais diversas. Atualmente, a companhia possui dois viveiros localizados nos
municípios de Poção e Bonito, no Agreste do estado, que produzem mudas de espécies florestais
nativas da Caatinga e Mata Atlântica para atividades de educação ambiental, reflorestamento e para
o atendimento de exigências ambientais legais referentes às obras da companhia.

2. Vai à Escola
O Vai à Escola visa disseminar a educação ambiental, promovendo atividades de produção de
mudas e projetos de arborização para espaços escolares, sensibilizando os alunos sobre as questões
ambientais e formando viveiristas florestais para realizarem o plantio e a manutenção de mudas em
suas escolas. Quando realizado em parceria com prefeituras, o projeto atende alunos de diversas
escolas do município e, em parceria com a administração pública local, elabora um Plano de
Arborização para a cidade, bem como a doação de mudas para que o município dê seguimento ao
Plano, melhorando a qualidade de seus espaços públicos e/ou áreas degradadas. Dessa forma, os
estudantes são envolvidos num processo muito maior, tornando-se protagonistas na transformação
ambiental do seu município.

3. Oficinas e Eventos
Com o objetivo de atender às demandas de atividades de educação ambiental e de participação em
eventos socioambientais, escolares, técnicos e científicos, esse projeto promove atividades
educativas com metodologia definida para as necessidades de cada público, acompanhando também
do calendário do Meio Ambiente do estado de Pernambuco.

4. Semeando Cidadania
O projeto visa atender demandas de áreas vinculadas às políticas de assistência social. A primeira
parceria do Semeando Cidadania se deu com a Fundação de Atendimento Socioeducativo – Funase
– por meio da construção de viveiros florestais educadores em unidades socioeducativas e a
capacitação de adolescentes e jovens socioeducandos como viveiristas florestais, contribuindo para
a sua transformação cultural e pessoal.

5. Cultivando Conhecimento
Atualmente, a Compesa conta com mais de 7 mill colaboradores distribuídos por diversas gerências
no estado de Pernambuco. Com essa perspectiva, este eixo do Programa Florestar é voltado para
promover maior integração dos colaboradores da companhia com as atividades ambientais
desenvolvidas, visando aumentar o nível de conscientização e comprometimento destes com os
projetos ambientais.

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Figura 4 – Programa Reflorestar – COMPESA

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O bom planejamento de uma governança corporativa trouxeram resultados expressivos para
a empresa. Comparando o ano de 2006 a 2018 houve um aumento na arrecadação da empresa na
ordem de 304%, na expansão dos serviços: população atendida com água houve um aumento na
ordem de 142%, população atendida com esgoto houve um aumento na ordem de 180%.
Em 2018, a COMPESA implementou as Políticas de Integridade, como a de anticorrupção,
antissuborno, conflito de interesses, contratação de terceiros, dentre outras. O Código de Ética e
Conduta é o principal direcionador nesse sentido.
O reconhecimento da Companhia Pernambucana de Saneamento no cenário nacional trouxe
um fortalecimento de sua imagem, bem como premiações junto a instituições de referência como
revistas, jornais, participação em premiações e reconhecimentos.

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PREMIAÇÃO
2014 2015 2016 2017 2018
Fonte: Revista Negócio 360º Fonte: Revista As melhores da Fonte: The Bizz 2016 Fonte: Revista Isto É Dinheiro Fonte: Revista EXAME
Categoria: Entre as empresas de dinheiro Categoria: Certificado The Bizz Categoria: Entre as empresas do Categoria: Entre as empresas do
Água e Saneamento Categoria: Melhor empresa do 2016 setor Saneamento setor infraestrutura
(Responsabilidade social) Brasil 2015 Premiação: Reconhecida como Premiação: 1º Sustentabilidade Premiação: 1º lugar aumento de
Premiação: 4º lugar em Premiação: 1º lugar pelo Ranking empresa Líder Mundial de Financeira, 2º Responsabilidade Vendas Líquidas, 2º lugar Liquidez
Responsabilidade Socioambiental estabelecido pela Revista Isto É Negócios Social, 2º Governança, 3º corrente, 8º lugar em Retorno de
Categoria: Entre as empresas de Dinheiro Inovação, 5º Recursos Humanos Investimento, 9º lugar em
Água e Saneamento (Visão de Riqueza Criada por Empregado,
futuro) 10º lugar em Liderança de
Premiação: 5º lugar em Visão de Mercado
futuro Categoria: Entre as empresas
Estatais
Premiação: 37º lugar em Vendas
Fonte: Revista Dinheiro 1000 Fonte: Trofeu Top Brazil Quality Fonte: Revista Negócios 360º Fonte: Revista As melhoras da
Categoria: Entre as empresas de 2015 Categoria: Melhor Empresa de dinheiro
Serviços Públicos Categoria: Destaque observando Saneamento do Brasil 2017 Categoria: Entre as empresas do
Premiação: 5º lugar em apenas o Estado de Pernambuco Premiação: 1º Governança setor Saneamento
Responsabilidade Socioambiental Premiação: 4º lugar em aumento Corporativa, Visão de Futuro e Premiação: 1º Governança
de receita, 5º lugar em liquidez Responsabilidade Social, 2º Corporativa, 1º Responsabilidade
corrente Prática de RH, 3º Capacidade de Social, 2º Sustentabilidade
Inovar, 3º Inovação, 4º Financeira, 2º Inovação
Desempenho Financeiro

Fonte: Revista Valor 1000 Fonte: Premio Qualidade Brasil


Categoria: Entre as empresas de Categoria: Certificado da
Setor excelência da Qualidade 2015
Premiação: 3º lugar em Liquidez Premiação: Total Quality Control
corrente, 8º lugar em Receita Service da Associação Prêmio
líquida, 10º lugar em Giro do ativo Qualidade Brasil
Fonte: Revista Exame
Categoria: Destaques entre as
Empresas de serviços do país
Premiação: 3º lugar em crescimento
da receita, 6º lugar em liquidez
corrente

Figura 5 – Premiações – COMPESA

Na área da governança ambiental a empresa recebeu a Certificação ISO 14.001:2015, sendo a


primeira companhia de saneamento do Brasil a receber esta certificação em 15 de suas unidades de
tratamento.

Figura 6 – Certificações – COMPESA

Unidades contempladas:

Região Metropolitana de Recife


• Centro Administrativo Governador Eduardo Campos
• Centro de Distribuição
• Estação de Tratamento de Água Alto do Céu
• Estação de Tratamento de Água Castelo Branco
• Estação de Tratamento de Água Pirapama
• Estação de Tratamento de Água Gurjaú
• Estação de Tratamento de Água Botafogo

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Fernando de Noronha
• Estação de Tratamento de Água Noronha
• Estação de Tratamento de Esgoto Cachorro
• Estação de Tratamento de Esgoto Boldró

Petrolina
• Estação de Tratamento de Água Vitória
• Estação de Tratamento de Esgoto Centro

Tacaimbó
• Estação de Tratamento de Esgoto Tacaimbó

Caruaru
• Estação de Tratamento de Esgoto Rendeiras

Garanhuns
• Estação de Tratamento de Esgoto Garanhuns

4 CONCLUSÕES
A governança no setor público compreende essencialmente os mecanismos de liderança,
estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a atuação da gestão, com
vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade. Cada vez
mais a sociedade tem demandado dos governantes racionalizações dos gastos públicos, equilíbrio
fiscal, estabilidade monetária e investimentos em infraestrutura. A boa governança de organizações
públicas contribui para a superação desses desafios.
A governança, portanto, envolve questões político-institucionais de tomada de decisões e as
formas de interlocução do Estado com os grupos organizados da sociedade no que se refere ao
processo de definição, acompanhamento e implementação de políticas públicas.
Os desafios para implantação da lei são grandes, sobretudo, quanto as práticas de
sustentabilidade ambiental e de responsabilidade social, em que observamos um cenário de
mudanças climáticas severas. No entanto, as empresas não podem esquecer esses dois pilares, pois
um se traduz na preservação do principal insumo da nossa prestação de serviço, que é a água, bem
finito do nosso planeta e, o outro, para quem prestamos esses serviços, uma sociedade cada vez
mais presente nas cobranças por melhorias no desempenho social do setor público.
A Companhia Pernambucana de Saneamento investe constantemente na preservação do
meio ambiente e na qualidade ambiental de suas obras, reafirmando seu compromisso
socioambiental de compatibilizar sua atuação dentro dos princípios do desenvolvimento sustentável
e socialmente responsável. A educação ambiental também complementa esse compromisso, ao
contribuir para a sensibilização e a formação de uma sociedade mais sustentável e consciente do seu
papel quanto às questões ambientais e a relação do saneamento com a saúde pública e a qualidade
de vida da população.
A empresa vivencia uma fase de transição entre uma visão e prática de Responsabilidade
Social tradicional orientada para cumprimento legal e desempenho econômico para uma visão de
Responsabilidade Social ampla, humanista, participativa sob o enfoque do tripé da sustentabilidade,
incorporando-as às estratégias de crescimento e atuação da companhia, aliadas às novas diretrizes
da reformulação que perpassa a administração pública em todo país, desde 1995.
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Diante disto, percebesse que a Companhia Pernambucana de Saneamento está no caminho
certo, pois o bom planejamento já trouxeram resultados positivos com o aumento na arrecadação,
aumento da população atendida com água e com tratamento de esgoto, premiações em várias
revistas reconhecidas no Brasil, bem como o compromisso com as questões ambientais e sociais.
6. AGRADECIMENTOS
“O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001, agradeço também ao Programa
de Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos -
ProfÁgua, Projeto CAPES/ANA AUXPE Nº. 2717/2015, pelo apoio técnico científico aportado até
o momento."
7. REFERÊNCIAS
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Federal. 2011. Tese (Doutorado) – Universidade de Brasília, Brasília, 2011.
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http://www.scielo.br/pdf/cp/n118/16834.pdf>. Acesso em: 28.08.2019.
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