Metodologias de Ensino para A Constituição Da Maquete Como Instrumento de Compreensão Do Espaço Urbano.
Metodologias de Ensino para A Constituição Da Maquete Como Instrumento de Compreensão Do Espaço Urbano.
Metodologias de Ensino para A Constituição Da Maquete Como Instrumento de Compreensão Do Espaço Urbano.
RESUMO
Este artigo apresenta a evolução e os resultados de uma atividade proposta aos alunos do curso
de Arquitetura e Urbanismo, dentro da disciplina Elementos de Composição Tridimensional (ECT)
nos semestres 2014.2 e 2015.2. A disciplina de Elementos de Composição Tridimensional introduz
aos alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo a importância da composição de modelos
tridimensionais para compreensão de formas e espaços concebidos na elaboração de projetos
arquitetônicos e Urbanísticos.
A proposta é fazer um comparativo entre diferentes metodologias de ensino voltadas para o
mesmo exercício e mostrar como os alunos responderam às diferentes formatações elaboradas. A
evolução das metodologias demonstra como o papel do docente é fundamental para a
aprendizagem significativa e desenvolvimento de competências.
Palavras-chave: Metodologia.Evolução.Aprendizagem.Competências.
INTRODUÇÃO
DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA
O exercício 02 denominado “Objetos que dão ideia de escala” foi aplicado na Turma B
(manhã) do semestre 2015.1 e consistiu na aplicação do conhecimento sobre a paisagem
urbana, sua representação e composição em diferentes escalas.
A proposta foi desenvolver nas escalas de 1/250, 1/100, 1/50 e 1/25 os seguintes
elementos: meio de transporte terrestre (carro, ônibus, bicicleta e motocicleta), pessoas,
vegetação (árvore de médio ou grande porte no mínimo) e mobiliário urbano (poste,
banco, parada de ônibus, etc.). Existe uma justificativa pela escolha desses itens,
primeiramente por comporem a paisagem urbana e também por envolverem um contexto
que exige bastante pesquisa por parte dos alunos.
A inserção do meio de transporte fez com que as equipes pesquisassem larguras de vias,
ciclovias e sinalizações horizontais (faixas de pedestres) medindo no próprio campus da
Unifor, consultando na internet ou conferindo nas leis que determinam esse
dimensionamento.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O exercício objetos que dão ideia de escala veio para obter melhores resultados em
relação ao da composição da praça. A proposta mais complexa foi executada por equipes
de 3 ou 4 integrantes, não foi permitido mais integrantes para que todos da equipe se
envolvessem.
O comprometimento das equipes foi consideravelmente maior, a primeira iniciativa dos
alunos foi criar um contexto para agregar todos os elementos propostos, ou seja, a
necessidade de criar um projeto instigou a criatividade de todos e os resultados ficaram
excelentes.
Além do processo criativo pertinente à execução da atividade, dados técnicos também
precisaram ser pesquisados como a dimensão de veículos, vias, calçadas e vegetação. O
trabalho foi dividido entre os integrantes e naturalmente alguns revelaram mais
habilidades para pesquisar e outros para criar. A execução foi desenvolvida por todos e as
ideias originais apresentaram novos materiais para a disciplina.
Para coibir as faltas por motivos banais deixei claro que a participação do aluno também
seria avaliada, ou seja, houve uma nota para a equipe e outra individual. Considero
inadequado alunos que participam pouco ficarem com notas boas através do esforço dos
outros. As condições explicadas desde o início da atividade e o controle das presenças
através da planilha abaixo foram fundamentais para a assiduidade da turma.
CONCLUSÃO
Estar satisfeito significa parar de aprender, de evoluir e crescer seja no aspecto pessoal
ou profissional. A insatisfação positiva nos motiva a buscar novas metodologias, rever os
processos de ensino e se adequar às mudanças que acontecem constantemente.
Considero importante reformular as aulas a cada semestre e promover uma autoanálise
sobre a eficiência dos métodos utilizados; para isso é fundamental estudar e pesquisar
como se nunca houvesse um contentamento pleno com o nosso próprio trabalho. Essa
sensação é justamente a insatisfação positiva; um motor que nos impulsiona para o
ensino com excelência.
Roegiers e De Ketele (2004) apresentam o seguinte exemplo para a compreensão do
conceito de competência:
Um professor será considerado competente para dar uma aula se, para além dos
diferentes saberes, consegue mobilizar um grande número de capacidades, tais
como: analisar (uma situação); antecipar (reações); expressar-se claramente;
aprofundar, caso necessário, alguns conteúdos; comunicar aos colegas o que está
fazendo; questionar-se sobre o que faz; avaliar a qualidade de seu trabalho...
(p.44).
O primeiro exercício não surtiu o efeito esperado na aprendizagem dos alunos, por isso fui
buscar uma proposta que promovesse um maior desenvolvimento e agregasse mais
informações aos alunos dentro do processo de construção das maquetes.
Os tempos são outros e aplicar somente o método “conteudista” não vai ajudar o aluno a
ser ativo, questionador, transformador, sociável; enfim, mesclar teoria e prática e fazer
atividades mais dinâmicas é bastante válido. Os alunos de hoje não se interessam mais
pelo conteúdo ao seu alcance, eles querem sim participar ativamente. A prova disso é a
falta de interesse pelas aulas exclusivamente teóricas.
Mudanças de paradigma assustam, mas são necessárias e requerem um envolvimento
maior na busca por novas formas de ensinar e desenvolver competências nos educandos.
Para superar isso devemos estudar, pesquisar e descobrir quais experiências têm dado
certo para aderirmos também. Construir o conhecimento dá trabalho, mas é nosso dever
promover o crescimento de nossos alunos.
REFERÊNCIAS
AGRADECIMENTOS
Aos alunos e seu empenho no desenvolvimento dos trabalhos, sem os quais não seria
possível relatar as experiências mencionadas nesse artigo.