Trabalho Lei de Cotas

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Análise da Lei de Cotas

A Lei 12.711/12, conhecida também como Lei de Cotas, determinou a obrigatoriedade


da destinação de vagas para estudantes oriundos de escolas públicas, baixa renda e
autodeclarados negros, pardos e índios.

Com isso, foi estabelecido as cotas sociais, destinadas a estudantes de escolas públicas
e de baixa renda, e cotas raciais, que consiste em uma ação afirmativa que visa “diminuir as
disparidades econômicas, sociais e educacionais entre pessoas de diferentes etnias raciais”
(CARLA, 2020).

A criação da Lei de Cotas foi extremamente pertinente para a população brasileira.


Isso porque, inicialmente, a população negra foi escravizada no Brasil por muito tempo e a
disparidade de oportunidades entre uma pessoa branca e uma pessoa negra só reflete as
consequências que ainda restam devido a escravidão.

Ademais, a Constituição Federal estabelece como princípios a igualdade e a equidade,


princípios que estão intrinsicamente relacionados com a Lei de Cotas. Essa Lei foi criada com
o propósito de assegurar o desenvolvimento de grupos de indivíduos que foram prejudicados
ao longo da história, além de que devido ao histórico de discriminação racial é necessário esse
tratamento desigual para igualar, visando assim atender os princípios referidos.

Segundo estudo realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais


Anísio Teixeira (Inep), a Lei de Cotas estendeu em 39% a presença de estudantes pretos,
pardos e indígenas oriundos de escolas públicas em instituições de ensino superior federais no
período de 2011 a 2016 (CAETANO).

Deste modo, conforme disposto no texto “Lei de Cotas tem ano decisivo no
Congresso”, a possibilidade que a Lei de Cotas trouxe para uma grande parcela da população
se consolidou como um instrumento de reparação, representando um rompimento de um
histórico de acesso limitado à educação e ampliando a diversidade nas universidades públicas.

Aqueles abrangidos pela Lei de cotas, após sua vigência, começaram a ver mais
possibilidade de cursar o ensino superior, deixando para traz todo o histórico de exclusão de
estudantes negros, indígenas e pardos, impactando, assim, milhares de famílias.
Pensar em tirar uma política pública que só tem trazido resultados positivos para a
sociedade e para uma parcela da população que já sofreu tanta exclusão da sociedade não é
pertinente. Apesar das cotas serem uma medida temporária, a base educacional ainda não é
suficiente para ser considerada de qualidade a ponto de não ter disparidades de oportunidades.

A suspensão das cotas seria um retrocesso para a sociedade e a única mudança que a
Lei deveria sofrer seria visando melhorá-la e não retirar ou diminuir sua efetividade, uma vez
que como claramente comprovado, a política de cotas só tem trazido avanços.

Referências

BAPTISTA, Rodrigo. Lei de Cotas tem ano decisivo no Congresso. Agência Senado, 2022.
Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2022/02/lei-de-cotas-tem-
ano-decisivo-no-congresso#:~:text=A%20Lei%20de%20Cotas%20. Acesso em: 22 jun. 2022.

CAETANO, Érica. História do sistema de cotas no Brasil. Super Vestibular. Disponível em:
https://vestibular.mundoeducacao.uol.com.br/cotas/historia-sistema-cotas-no-brasil.htm.
Acesso em: 22 jun. 2022.
Carla. Cotas raciais no Brasil: o que são?. Politize, 2020.
Disponível em: https://www.politize.com.br/cotas-raciais-no-brasil-o-que-sao/.
Acesso em: 22 jun. 2022.

RODRIGUES, Marla. A legitimidade do tema. Brasil Escola, 2007. Disponível em:


https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/cotas/a-legitimidade-tema.htm. Acesso em: 22 jun.
2022.

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