2-RIMA-Usina Termoelétrica Portocem

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Relatório de Impacto Ambiental

Usina Termoelétrica
Portocem • Fevereiro / 2019
Relatório de
Impacto Ambiental
UTE Portocem
ÍNDICE
4 Introdução
Saiba o que é um EIA/Rima e conheça o
empreendedor

5 Conhecendo o Empreendimento

7 Diagnóstico Ambiental
Um resumo de todas as informações levantadas
sobre os meios físico (água, ar e solo), biótico (fauna
e flora) e socioeconômico (população, economia,
infraestrutura e cultura)

19 Impactos Ambientais
Identificação e avaliação dos potenciais impactos
ambientais (alterações), positivos e negativos, nos
diferentes meios estudados

29 Ações de Gestão Ambiental

34 Prognóstico Ambiental
Cenário futuro dos meios estudados (físico, biótico
e socioeconômico), considerando a viabilidade
socioambiental do projeto

36 Conclusões
Considerações finais sobre a viabilidade ambiental
do empreendimento

37 Equipe Técnica
Profissionais envolvidos na elaboração do EIA/Rima
da UTE Portocem

39 Glossário
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UTE Portocem 4

INTRODUÇÃO
O que é o EIA? O que é Rima?
Para a instalação de empreendimentos que possam ração do projeto. Essas alterações no meio ambiente
gerar impactos significativos no meio ambiente (inclusive na população) são o que chamamos de
(incluindo nós, a população), como por exemplo, impactos ambientais;
indústrias, minerações, barragens, usinas, entre ou-
tros, a Legislação Federal Brasileira, por meio das 4) A partir da identificação desses impactos am-
resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambien- bientais, são propostas medidas mitigadoras, de
te (Conama) nº 01/86 e nº 237/97, exige que seja monitoramento, potencializadoras, entre outras (na
elaborado um Estudo de Impacto Ambiental, deno- forma de programas ambientais) para amenizar as
minado EIA; e seu respectivo Relatório de Impacto alterações negativas e aumentar o efeito dos benefí-
Ambiental, o Rima. cios decorrentes do empreendimento.

O documento que você está lendo agora é o Rima. Essas ações são de responsabilidade do Empreen-
Agora sabemos o que é um EIA e um Rima, juntos dedor e fiscalizadas pelos órgãos ambientais com-
esses dois documentos formam o EIA/Rima. petentes.

O EIA/Rima é elaborado para que o Estado do Ce- Após a avaliação e aprovação do EIA, pelo órgão
ará, por meio do órgão ambiental competente (nes- ambiental (nesse caso a SEMACE), é emitida a Li-
se caso a SEMACE – Superintendência Estadual cença Prévia (LP). É importante lembrar que a LP
do Meio Ambiente), e as demais partes interessa- não autoriza o início das obras de implantação do
das, como por exemplo, a população local, possam empreendimento; ela apenas sinaliza que o projeto
avaliar a viabilidade ambiental do projeto, além de é viável do ponto de vista ambiental, na localização
conhecer suas principais alterações (positivas e ne- em que foi estudada.
gativas), que ele poderá causar no ambiente, na so-
ciedade e na economia da região. A LP é o primeiro passo para que o Empreendedor
possa incorporar as exigências técnicas da SEMA- Quem é o
A elaboração de um EIA, de modo geral, abrange
quatro etapas principais:
CE para a implantação de seu projeto e, ao mesmo
tempo, incorporar as sugestões e reclamações da Empreendedor?
população diretamente envolvida.
1) Descrição detalhada das atividades de implanta- O Empreendedor da UTE Portocem é a empresa chamada Portocem Geração de Energia Ltda.,
ção e operação do empreendimento, com destaque Este Relatório de Impacto Ambiental - Rima apre- estabelecida no município de Caucaia/CE.
para as que possam causar alterações ambientais; senta o resumo das principais informações e con-
clusões do Estudo de Impacto Ambiental - EIA da A Portocem Geração de Energia Ltda. é uma sociedade empresarial, criada no início do ano de
2) Diagnóstico das condições ambientais, sociais, Usina Termolétrica Portocem, também chamada 2017, pelos mesmos sócios da empresa Ponte Nova Energia, visando à realização do empreen-
culturais e econômicas que foram encontradas na de UTE Portocem. As informações apresentadas dimento UTE Portocem.
região, e que poderão ser influenciadas pelo proje- aqui pretendem que você possa ter mais clareza so-
to; bre esse projeto, sobre suas alterações ambientais, Nos últimos quinze anos, a equipe técnica da Portocem Geração de Energia se destacou pela
principalmente, sobre como o Empreendedor deve- participação no desenvolvimento de projetos de usinas hidrelétricas e termoelétricas, resultan-
3) Avaliação de possíveis alterações que poderão rá controlar ou compensar essas alterações. do em mais de 3.900 MW.
ocorrer no ambiente durante a implantação e ope-
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CONHECENDO O EMPREENDIMENTO
Uma Usina Termoelétrica é uma instalação in- para ser implantado na cidade de Caucaia/CE, den- tipos de combustíveis. Ele apresenta características A descoberta de grandes reservas de Gás Natural
dustrial utilizada para a geração de eletricida- tro do Complexo Industrial e Portuário do Pecém adequadas para ser utilizado como combustível em ao longo da costa brasileira possibilita o incremen-
de a partir da energia liberada na forma de calor, – CIPP, em uma área de aproximadamente 30 hec- instalações industriais, comerciais, residenciais e to na matriz energética com a geração de energia
comumente por meio da combustão de algum tares. como matéria-prima em indústrias químicas, side- utilizando essa fonte de energia. Dessa forma, é de
tipo de combustível renovável ou não renová- rúrgicas e de fertilizantes. se esperar que, mesmo buscando-se a manutenção
vel. Geralmente, as usinas termoelétricas funcio- O combustível utilizado para a queima durante o de uma matriz energética limpa e a maior eficiência
nam com a queima de combustível fóssil, como processo de geração de energia elétrica será o gás A UTE Portocem apresenta uma potência bruta do uso da energia, parte da expansão da geração de
Carvão Mineral, Óleo Diesel ou Gás Natural. natural, que virá do Terminal Portuário do Pecém. instalada de 2.189,6 MW, em Ciclo Combinado1, eletricidade nacional deverá recorrer a combustí-
O Gás Natural é um combustível gasoso composto em 3 (três) módulos distintos: UTE Portocem I, II e veis fósseis, sobretudo no caso de serem impostas
A energia produzida na UTE Portocem tem como por hidrocarbonetos leves, sendo considerado um II, com capacidades de 1.047,00 MW, 571,30 MW e restrições protelatórias ao aproveitamento do po-
objetivo abastecer o mercado nacional de energia, combustível “limpo” e “ecológico”, devido ao seu 571,30 MW, respectivamente. tencial hidrelétrico.
através do Sistema Integrado Nacional (SIN) de ele- alto grau de pureza.
tricidade, conectando-se a este sistema por linha de A opção pelo ciclo combinado, em que são asso- O local escolhido pela Portocem para a implanta-
transmissão até a subestação de Pecém II. ciadas as turbinas a gás e a vapor, contribui para o ção da UTE Portocem é estratégico, ele está locali-
O gás natural apresenta vantagens econômicas de- aumento da eficiência na geração de energia, pro- zado no Complexo Industrial e Portuário do Pecém
A UTE Portocem é um empreendimento previsto vido à sua eficiência e segurança em relação a outros porcionando a produção de eletricidade com custos – CIPP, uma região já destinada ao uso industrial. A
reduzidos. O empreendimento possui as estruturas: proximidade com o Porto de Pecém é outra vanta-
Quadro de boia. Gasoduto, Captação de Água do gem, pois o Gás Natural Liquefeito – GNL chega de
Mar, Adutora de Água, Adutora de Retorno/Emis- navio pelo porto, é regaseificado, e posteriormente
sário Submarino e Lançamento de Efluêntes líqui- encaminhado por dutos para a UTE Portocem.
dos Tratadosno mar. É prevista uma captação de
3.004 m³/h de água do mar e o lançamento de 1.557 O CIPP também já possui estrutura para a trans-
m³/h de efluentes líquidos tratados no mar. missão de energia e interligação com o Sistema In-
tegrado Nacional – SIN. A Subestação Pecém II está
Por que implantar a Usina localizada cerca de 5 km da UTE Portocem.
Termoelétrica Portocem?
O Brasil atualmente tem voltado a sua atenção para
Optar pela construção de uma usina termoelétrica o Gás Natural, especialmente devido à descoberta
movida a Gás Natural leva em consideração o atu- de reservas, o que aumenta a segurança no atendi-
al cenário energético brasileiro. O crescimento da mento às demandas.
demanda de energia é significativo no Brasil, sendo
necessário o planejamento na direção de aumentar O arranjo definido prevê a implantação da usina
a eficiência energética por meio de novas alternati- propriamente dita, da torre de resfriamento, e da
vas. subestação. As edificações principais serão cons-

1 Ciclo combinado: Usinas do tipo ciclo combinado utilizam tur-


binas a gás e a vapor associadas em uma única planta, ambas ge-
rando energia elétrica a partir da queima do mesmo combustível.
Para isto, o calor existente nos gases que saem das turbinas a gás
é recuperado, produzindo vapor necessário ao acionamento da
turbina a vapor.

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truídas em estrutura metálica, sendo que a sala de moelétrica foi feita considerando aspectos técnicos Como a maioria das atividades industriais, uma receberão o devido tratamento na própria UTE
controle e administração será em alvenaria. Os con- e operacionais. Nessa concepção pode-se conside- Usina Termoelétrica precisa de água para funcio- Portocem. Todos os efluentes líquidos serão enca-
juntos de turbinas a gás, turbina a vapor, caldeiras rar que a UTE Portocem apresenta como caracte- nar. Toda a água necessária para o funcionamento minhados para descarte por meio de emissário sub-
de recuperação de calor serão instalados ao tempo, rísticas principais: alta eficiência e confiabilidade, da UTE Portocem será proveniente de água do mar. marino.
com proteção contra intempéries e dotados de iso- elevada segurança e eficácia, facilidade de manu- A captação será realizada no Terminal Portuário
lamento acústico/térmico quando necessário. tenção, baixos custos de operação e sistemas de de Pecém e será encaminhada ao empreendimento Todos os equipamentos de controle ambiental da
controle operacional. através de um duto com aproximadamente 12 km UTE Portocem foram dimensionados para que as
Durante as obras de implantação desse empreen- de extensão. emissões atmosféricas e os efluentes líquidos aten-
dimento, que engloba a construção das estruturas, A UTE Portocem será composta 04 (quatro) tur- dam as características estabelecidas pelas normas e
além da montagem dos equipamentos elétricos bogeradores movidos a gás natural (TG), sendo 02 Os efluentes líquidos da fase de operação desse legislações ambientais vigentes.
e mecânicos, está prevista a geração de até 3.000 TGs com 352,75 MW cada, e mais 02 (dois) TGs empreendimento correspondem aos efluentes sa-
empregos diretos no pico das obras, entre téc- com 392,8 MW cada. Também estão previstos 03 nitários (banheiros, refeitório etc.) e efluentes in-
nicos, profissionais especializados e operadores. turbogeradores a vapor (TV), sendo 01 com potên- dustriais. Os efluentes sanitários serão tratados em 2 MW: Megawatt, que corresponde
A implantação do empreendimento terá duração cia de 341,5 MW, e outros 02 com 178,5 MW cada. Estação de Tratamento de Esgoto na própria área a 1.000.000 watts.
de aproximadamente 3 anos, sendo que o pico de Dessa forma totaliza-se uma potência instalada da UTE Portocem. Os efluentes industriais também
mão-de-obra utilizada será em torno do segundo bruta de 2.189,6 MW2.
ano de construção. Na fase de operação da usina,
serão contratados 150 trabalhadores diretos, os O combustível desse empreendimento será o
quais serão responsáveis pela operação e manuten- Gás Natural, que chegará ao Porto de Pecém
ção de todos os equipamentos. de navio na forma de Gás Natural Liquefeito
(GNL). Chegando ao porto, o GNL será rega-
Como será a implantação? seificado, e encaminhado através de um duto de
aproximadamente 13 km até a UTE Portocem.
Primeiramente será feita a limpeza do terreno, que
abrange as fases de obras de terraplenagem e a re- O fornecimento de água (proveniente de captação
tirada da vegetação. A cota de implantação do em- da água do mar) necessária para as operações da
preendimento será de aproximadamente 40 metros, UTE Portocem e o descarte de efluentes líquidos
e nessa fase serão feitas obras de aterramento e a tratados serão realizados por meio de Adutoras de
construção das fundações. Captação e de Retorno/Emissário Submarino (com
traçado paralelo), com cerca de 14 km de extensão.
A área de instalação do empreendimento é com-
posta por terreno aplainado, onde não estão previs- Em cada turbina a gás está prevista a instalação
tos grandes cortes e aterros. A retirada da vegeta- de uma chaminé para emissão dos gases de com-
ção será feita de forma cuidadosa e se restringirá a bustão. Para a redução dessas emissões, em espe-
área de instalação, a qual compreende basicamente cial o NOx e CO2, os turbogeradores a gás serão
a unidade industrial, e as instalações do canteiro de equipados com combustores secos com baixos
obras. Essas medidas têm como objetivo preservar níveis de emissão de NOx (dry low-NOx combus-
a Fauna e a Flora, causando o menor impacto no tors) e queimadores adicionais nas caldeiras de re-
meio ambiente. cuperação também com baixa emissão de NOx.

A fase de implantação da Usina Termoelétrica terá As chaminés também estarão equipadas com toma-
duração de 32 meses com custo total da obra avalia- das de amostra dos gases lançados na atmosfera, e
do em cerca de 6,75 bilhões de reais. com um sistema de monitoramento contínuo. Des-
se modo, o objetivo é que a UTE Portocem sempre
opere dentro dos parâmetros ambientais estabele-
Como será a operação? cidos.

A escolha da tecnologia de geração de energia ter-


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Visando o pleno entendimento dos impactos só-


DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
para a planta industrial; faixa de 2,0 km para
cios ambientais (positivos e negativos) relacionados cada lado em relação à diretriz das estruturas
à implantação de empreendimentos de potencial lineares (gasoduto, adutoras de água e de retor-
impacto, os técnicos especialistas responsáveis por no/emissário); e para o quadro de boias, raio de
esse estudo definiram diferentes áreas de influên- 5,0 km em relação ao ponto do local de atraca-
cia, buscando o melhor entendimento dos impactos ção.
causados pela implantação e operação da UTE Por-
tocem nos Meios Físico, Biótico e Socioeconômico. • A Área de Influência Direta (AID) corresponde
à poligonal definida pelo afastamento de 1.000
Essas áreas de influência variam de acordo com o m (mil metros) no entorno da área da planta in-
tamanho e tipo do empreendimento e característi- dustrial do empreendimento; faixa de 200,0 m
cas do meio estudado, sendo consideradas caracte- para cada lado em relação à diretriz das estru-
rísticas como: Meio Físico (Solos, Geologia, Relevo, turas lineares; e raio de 2,0 km para o quadro de
Hidrografia, Clima), Meio Biótico (Unidades de boias;
Conservação, Fauna e Flora) e Meio Socioeconô-
mico (População, Economia Local, Infraestrutura, • Para o meio antrópico, a Área de Influência
Saúde, Educação). Indireta (AII) compreende os municípios nos
quais as microbacias supracitadas estejam com-
Usualmente Estudos de Impactos Ambientais (EIAs) preendidas, no caso Caucaia e São Gonçalo do UTE Portocem e nas faixas de implantação das ma Tropical Chuvoso” quente e úmido com chuvas
tomam por base três áreas em que os impactos te- Amarante. E a Área de Influência Direta (AID) estruturas lineares (gasoduto, adutora de água e de verão e outono, com dois períodos distintos, cor-
rão influências distintas, sendo assim denominadas: compreenderá as comunidades compreendidas adutora de retorno/emissário. respondendo um deles ao período seco.
Área Diretamente Afetada (ADA), Área de Influên- num raio de 1.000 m (mil metros) no entorno O período chuvoso concentra-se com maior ex-
cia Direta (AID) e Área de Influência Indireta (AII). da área da planta industrial; e faixa de 200,0 m A função do diagnóstico é a completa descrição e pressão ocorrendo entre os meses de março e maio.
para cada lado em relação à diretriz das estrutu- análise dos recursos ambientais e as interações dos Por outro lado, o período mais seco ocorre entre os
Para o projeto da UTE Portocem foram de- ras lineares. Meios Físico, Biológico e Socioeconômico, no con- meses de setembro a novembro.
finidas as seguintes áreas de influência: texto das Áreas de Influências da UTE Portocem,
A Área Diretamente Afetada (ADA) compreenderá: de modo a caracterizar a situação ambiental da área A temperatura média é predominantemente eleva-
• Para os Meios físico e biótico, a Área de Influên- antes da implantação do empreendimento. da, com valores em torno de 26 a 27 °C, raramen-
cia Indireta (AII) compreende a área do Com- • Para os meios físico, biótico e antrópico os com- te atingindo uma temperatura inferior a 21 °C. A
temperatura média mensal mais elevada é de 27,6
plexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) ponentes ambientais inseridos na poligonal da
Aspecto Físico °C (dezembro), decaindo até alcançar a média de
26,0°C no mês de julho.
A construção da UTE Portocem provocará alte-
A Área Diretamente Afetada (ADA) compreende a área de interferência física do empreendimento,
rações ao Meio Ambiente mesmo que temporá- Os ventos apresentam uma velocidade média de
ou seja, o espaço físico onde será implantado o empreendimento.
rias, incidindo nos aspectos do Meio Físico, sendo 4,5 m/s, sendo que no mês de setembro, a veloci-
assim, a sua compreensão é de suma importân- dade alcança 5,0 m/s, e as menores velocidades dos
A Área de Influência Direta (AID) é a área onde os efeitos são produzidos diretamente por uma ou
cia para a proposição de melhorias ambientais e ventos são correlatas ao período de concentração
várias ações do empreendimento, é nessa área que as medidas de controle, controle e mitigação dos
identificação de possíveis impactos ambientais. das chuvas, quando os ventos apresentam uma mé-
impactos são concentradas.
dia de 3,2 m/s, onde o mês de abril (mês de maior
A Área de Influência Indireta (AII) é aquela onde os impactos ambientais se refletem de forma
Clima pluviosidade) apresenta uma velocidade média de
apenas 2,6 m/s com predominância dos ventos na
indireta.
O clima na área em estudo é classificado como “Cli- direção E.

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Qualidade do Ar
O diagnóstico da qualidade do ar na área do empreendimento foi realizado com dados da estação de mo-
nitoramento da qualidade do ar, instalada na Estação Ecológica do Pecém, operada pela Superintendência
Estadual do Meio Ambiente (SEMACE) localizada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).

Foi constatado para o período avaliado que as médias de todos os parâmetros estão abaixo dos padrões de
qualidade determinados na Resolução CONAMA N°. 491/2018.

A figura a seguir apresenta a Área de Influência do Estudo de Dispersão Atmosférica.


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Ruído Solos, Rochas e Relevo e as mais baixas no setor sul onde são encontradas apresenta ainda uma cobertura arenosa superficial-
planícies lacustres que apresentam espelhos d’água mente, com gradação para argiloso nos níveis mais
A avaliação dos níveis de ruído é de fundamental A área em estudo apresenta está inserida em uma permanentes apresentando pouca profundidade. profundos.
importância nesta fase dos estudos, visa identificar zona de mudança de unidades geológicas, repre- Foram identificados Depósitos Aluviais associados
as atuais fontes emissoras de ruídos, além de iden- sentada por intercalações de afloramentos geológi- com os corpos hídricos identificados na área de en- Nos solos Neossolo Quartzarênico e Neossolo Li-
tificar os principais receptores localizados nas áreas cos de duas unidades, Grupo Barreiras e Unidade torno da poligonal do empreendimento, compreen- tólico apresentam pouca profundidade e mal dre-
de influência da UTE Portocem, antes da sua im- Canindé do Complexo Ceará. Por ser uma zona de dendo a AID, associados às lagoas do Tapuio e do nados. A fertilidade natural deste solo é bem sig-
plantação e operação. transição, é comum ver-se afloramentos de rochas Meio, e ao riacho que drena para a lagoa do Tapuio. nificativa já que a decomposição das rochas libera
quartzíticas em meio aos domínios sedimentares nutrientes para a vegetação. Contudo são solos que
De maneira geral, as principais fontes geradoras de associados ao Grupo Barreiras. Ocorre na área a presença de solos do tipo Argis- apresentam limitações para aproveitamento agríco-
ruídos na região são o atrito do vento com a vege- solo; Associação Argissolo + Neossolo Quartza- la em razão da elevada pedregosidade.
tação, canto de aves silvestres e a passagem de mo- O relevo é prediminantemente plano com caimen- rênico; Neossolo Litólico; Neossolo Flúvico e sem
tocicletas e veículos nas estradas de entorno da área to radial para todas as direções, exceto para N. A desenvolvimento pedológico.
do empreendimento não havendo núcleos habita- variação altimétrica, segundo o levantamento to-
cionais contíguos ao local onde está prevista a ins- pográfico é de 15 (quinze) metros, estando às co- O Argissolo apresenta pouca ou moderadamente
talação do empreendimento. tas mais elevadas situadas no setor norte-nordeste profundidade, com capacidade boa de drenagem,

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Qualidade da Água da lagoa do Tapuio

NSF (IGAM-MG) CETESB

IQA = 57

Excelente 90 < IQA ≤ 100 Ótima 80 ≤ IQA ≤ 100

Bom 70 < IQA ≤ 90 Boa 52 ≤ IQA < 80

Médio 50 < IQA ≤ 70 Aceitável 37 ≤ IQA < 52

Ruim 25 < IQA ≤ 50 Ruim 20 ≤ IQA < 37

Muito Ruim 0 < IQA ≤ 25 Péssima 0 ≤ IQA < 20

Recursos Hídricos Foi realizada campanha de amostragem de água na


Lagoa do Tapuio para obtenção de sua caracteri-
Qualidade das Águas Superficiais zação em relação ao índice de Qualidade da Água
IQA. Os resultados laboratoriais demonstraram um
Devido às características topográficas e geológicas IQA 57, sendo enquadrada como BOA segundo o
da Área Diretamente Afetada (ADA) totalmente IQA da CETESB e de MÉDIA segundo os índices
inserida dentro dos limites da Sub-bacia Gereraú, do NSF (IGAM-MG). Na ADA não foram encon-
se tem um padrão hidrológico definido pelo escoa- trados cursos d´água intermitentes ou perenes.
mento para o setor sul, no qual se tem o acumulo de
água nas lagoas do Tapuio e do Meio. Os dois cursos Recursos Hídricos Subterrâneos
d’água identificados apresentam caráter efêmero, ou
seja, apresentam escoamentos de curta duração so- Tendo por premissa que a indústria será abastecida
mente nos períodos de chuva. por água aduzida do sistema de abastecimento do
CIPP, não foram realizados estudos técnicos de son-
Salienta-se também que a Área Diretamente Afeta- dagem para a caracterização do potencial hidrogeo-
da (ADA) encontra-se totalmente inserida dentro lógico da área, e consequentemente da qualificação
dos limites da Sub-bacia Gereraú. físico-química das águas subterrâneas.
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Aspecto Biótico Essas informações ajudarão na elaboração de diver-


sos programas ambientais que buscam a preserva-
tiva antes ocorrente no local. Essa vegetação se ca-
racteriza por ser densa a aberta, prevalecendo uma
Nas parcelas florestais estudadas foram encontra-
dos 418 indivíduos, distribuídos em 39 espécies,
ção de espécies nativas e do meio ambiente. elevada quantidade de indivíduos ramificados ao compondo um valor estimado de densidade total
A vegetação nativa tem um papel fundamental no nível do solo. de 2.090 árvores/ha.
equilíbrio ambiental, já que protege o solo, forne- Flora
ce alimento e abrigo para a fauna e controla o re- A Vegetação Antrópica com Espécies Nativas Re- A Vegetação Antrópica com Espécies Nativas Re-
gime das chuvas e da poluição atmosférica. Já a As fitofisionomias encontradas na Área Diretamen- manescentes é a fisionomia predominante na Área manescentes é a fisionomia predominante na ADA
fauna atua no equilíbrio das teias alimentares e na te Afetada (ADA) pelo empreendimento e entorno Diretamente Afetada (ADA), com espécies exóticas da planta industrial, com espécies exóticas frutífe-
dispersão das sementes. Assim, junto à flora, a fau- são Vegetação Arbórea-Arbustiva Densa, Vegeta- frutíferas ou ornamentais introduzidas pelos anti- ras ou ornamentais introduzidas pelos antigos mo-
na contribui para a manutenção do equilíbrio dos ção Arbustiva-Arbórea Densa, Vegetação Arbustiva gos moradores locais, no meio das quais vegetam radores locais, no meio das quais vegetam espécies
ecossistemas. Densa, Vegetação Antrópica com Espécies Nativas espécies nativas remanescentes. nativas remanescentes. Dentre as exóticas cita-se:
Remanescentes, Vegetação Herbácea e Vegetação mangueira, coqueiro, espatódea, azeitona, nim, li-
Com o objetivo de caracterizar a Fauna e Flora das Perenifólia Paludosa Marítima. Na área diretamente afetada pelo empreendimento moeiro e cajueiro. As espécies nativas mais encon-
áreas de interesse foram realizados levantamentos não foram observadas espécies da flora endêmicas tradas são: janaguba, carnaúba, pau-branco, torém,
de campo buscando identificar as espécies da Fauna A Vegetação Arbórea Arbustiva de Tabuleiro é en- ou ameaçadas de extinção constantes nas listas do pitombeira e sabiá.
e Flora que ocorrem nas de influência do empreen- contrada em um fragmento no setor centro-norte Ministério do Meio Ambiente.
dimento. do terreno, sendo um testemunho da vegetação na-

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Fauna feros, foram levantadas 14 espécies, dentre elas: cas- uma desova de tartaruga-de-pente na praia do Foi citada a ocorrência da baleia-jubarte (Megaptera
saco, soim, preá, tatu-peba, gato-vermelho, cutia, Pecém há dois anos (2016) e duas desovas de tar- novaeangliae) na região do Porto do Pecém. Tam-
Répteis e Anfíbios – herpetofauna raposa, guaxinim, mambira e morcegos. taruga marinha, porém ele não soube identifi- bém foi citada a ocorrência de botos e golfinhos no
car a espécie, uma nas proximidades do píer do mar do local, entretanto os entrevistados não sou-
A herpetofauna compreende os répteis e anfíbios e Um dos principais fatores que pode explicar a baixa Porto do Pecém e outra na praia do Pecém pro- beram descrever alguma espécie.
tem um importante valor ecológico para as comu- diversidade da mastofauna local é a forte antropi- priamente dita, sendo coletados pelo IBAMA.
nidades biológicas regulando a população dos ou- zação da área, mesmo desabitada há alguns anos a
tros grupos animais evitando o desequilíbrio da ca- presença de uma antiga comunidade parcialmente ESPÉCIES DE PEIXES RELATADAS POR PESCADORES DO DISTRITO DO PECÉM
deia alimentar, atuando como predadores e presas. urbanizada e a substituição da vegetação nativa por
espécies antrópicas favoreceram o afugentamento e Família Espécie Nome Popular
Durante as expedições de campo foram registradas a eliminação de algumas espécies da região. Holocentridae Holocentrus adscensionis (Osbeck 1765) Mariquita
15 (quinze) espécies da herpetofauna, sendo 6 (seis) Haemulidae Haemulon plumieri (Lacepède 1801) Biquara
lagartos, 3 (três) serpentes e 6 (seis) anfíbios, distri- Com relação às espécies da fauna ameaçadas de ex- Scaridae Sparisoma amplum (Ranzani 1841) Batata
buídas em 10 (nove) famílias. Outras 21 espécies fo- tinção constante na Lista Nacional Oficial, foram
Sparisoma axillare (Steindachner 1878)
ram incorporadas a lista geral de espécies por meio levantadas: mocó, gato-do-mato e gato-vermelho,
que estão na categoria vulnerável. Sparisoma frondosum (Agassiz 1831)
de entrevistas. sendo as mais abundantes: calango,
jia e tejo bastante comuns no nordeste do Brasil, ca- Com exceção de mocó, que só ocorre na Caatinga, Scombridae Scomberomorus brasiliensis (Collette, Russo Serra
todas as demais espécies inventariadas na área do & Zavala-Camin 1978)
lango-verde , tejubina, camaleão, calango-preguiça,
estudo possuem ampla distribuição no país. Scomberomorus cavalla (Cuvier, 1829) Cavala
cobra-de-duas-cabeças, coral, jiboia, cobra-cipó,
cobra-verde e cobra-preta. Centropomidae Centropomus parallelus (Poey 1860) Camurim
Quirópteros – Morcegos Lutjanidae Ocyurus chrysurus (Bloch 1791) Gaiúba
Aves - avifauna Lutjanus analis (Cuvier 1828) Cioba
Foram observados vestígios e avistado um indiví- Lutjanus apodus (Walbaum 1792) Caranha
O grupo das aves, na área de influência direta do duo durante as campanhas de amostragem, porém
Belonidae Ablennes hians (Valenciennes 1846) Agulhão
empreendimento foi levantado e compreende 63 não foi possível a sua identificação.
Clupeidae Opisthonema oglinum (Lesueur 1818) Sardinha-bandeira
espécies.
Fauna Aquática Carangidae Carangoides bartholomaei (Cuvier, 1833) Guarajuba
A maioria das espécies encontradas é insetívora e Caranx hippos (Linnaeus, 1776) Xaréu
granívora, composta por espécies de bordas ou áre- Para a caracterização da fauna aquática na AID/ Selene vomer (Linnaeus, 1758) Peixe-galo
as abertas, e com pouca ou nenhuma especialização ADA do empreendimento realizou-se uma bus- Sciaenidae Menticirrhus americanus (Linnaeus, 1758) Judeu
quanto à sua dieta e com baixa sensibilidade aos ca ativa nas colunas que sustentam estruturas do Larimus breviceps (Cuvier,1830) Boca-mole
distúrbios antrópicos. píer do Terminal Portuário do Pecém, próximo de
Cynoscion acoupa (Lacépède, 1802) Pescada-amarela
onde passarão as linhas de gasoduto, adutora de
água e adutora de retorno/emissário. Também fo- Mugilidae Mugil sp. Tainha
Cerca de onze espécies possuem importância eco-
nômica para o homem, algumas são frequentemen- ram realizadas entrevistas com os moradores locais
e pescadores, haja vista a familiaridade da comu- Áreas de Preservação Permanente As estruturas do gasoduto, adutora de água e adu-
te encontradas em trabalhos de tráfico ilegal de
nidade com a fauna marinha local, uma vez que tora de retorno/emissário atravessam o Riacho Gre-
aves. Das aves de interesse econômico, as canoras,
estes dependem da pesca para o próprio sustento. Área de Preservação Permanente (APP) é a área gório, sendo este, intermitente com calha de drena-
costumam despertar maior simpatia e interesse da
protegida nos termos da legislação ambiental vi- gem alterada em decorrência das obras do CIPP,
população em geral, estando entre os pássaros mais
Foram realizadas entrevistas com pescadores em gente, com a função de preservar os recursos hídri- possui faixa de APP com largura 30,0 (trinta) me-
procurados pelo comércio clandestino de aves sil-
duas comunidades pesqueiras no Pecém. Durante as cos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodi- tros para cada lado da margem.
vestres. Estas espécies são: jacupemba, anu-preto,
pitiguari, sabiá-laranjeira, sabiá-do-barranco, cam- entrevistas, moradores e pescadores citavam e des- versidade, proteger o solo e assegurar o bem-estar
bacica, sanhaçu-cinzento, azulão, encontro, corru- creviam as espécies aquáticas presentes na região. das populações humanas. Unidades de Conservação
pião, fim-fim.
Também foram citadas a tartaruga-de-pente Na área do empreendimento incide uma parcela da A área de implantação do empreendimento, não se
(Eretmochelys imbricata), a tartaruga-cabeçuda Área de Preservação Permanente da Lagoa do Ta- situa em Unidades de Conservação, que são áreas
Mamíferos – mastofauna
(Caretta caretta) e a tartaruga-de-couro (Der- puio no entorno sul do terreno, em faixa com lar- definidas pelo poder público, em regime especial
mochelys coriacea). Foi relatada a ocorrência de gura 50,0 (cinquenta) metros. de proteção. Na região de entorno, porém, existem
Na mastofauna, que representa o grupo dos mamí-
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 13

área prioritária Ca014, no entanto as Áreas Priori- Caucaia contava em 2010 com uma população re-
tárias para a Conservação da Biodiversidade não sidente de 325.441 habitantes correspondendo a
devem ser confundidas com Áreas Protegidas ou 3,85% da população total do estado com densidade
com Unidades de Conservação. O papel do Minis- demográfica de 265,93 hab./km². De acordo com a
tério do Meio Ambiente é o de alertar a todos os se- estimativa do contingente populacional para 2016
tores de governo e da sociedade civil sobre as áreas de 358.164 habitantes, representando um aumento
geográficas mais importantes para a conservação e de 10%.
uso sustentável da biodiversidade brasileira.
O município de São Gonçalo do Amarante por sua
Aspecto Antrópico vez possuía em 2010 uma população residente de
43.890 habitantes correspondendo a 0,52% da po-
O estudo do aspecto Antrópico analisa as questões pulação total do estado e densidade demográfica
econômicas, sociais e culturais que pautam o de- 52,34 hab./km². As estimativas do contingente po-
senvolvimento da região e o dia-a-dia de seus ha- pulacional para 2016 de 47.791 habitantes, repre-
as seguintes unidades de conservação: Área de Pro- projetos para a conservação, uso sustentável e recu- bitantes. sentando um aumento de 8%.
teção Ambiental (APA) do Pecém, a Estação Eco- peração da biodiversidade brasileira.
lógica do Pecém e a Área de Proteção Ambiental A implantação da UTE Portocem afetará toda a di- Em ambos os municípios há ao predomínio da po-
do Lagamar do Cauípe, não havendo a previsão de No contexto do CIPP ocorre a área prioritária nâmica socioeconômica municípios de Caucaia e pulação urbana, sendo que Caucaia e São Gonçalo
impactos do empreendimento nestas áreas. Ca014, denominada: Serra de Maranguape-Batu- São Gonçalo do Amarante, incrementando junto do Amarante apresentam respectivamente 89,18%
rité – de prioridade extremamente alta. Nesta área ao CIPP o mercado de serviços e mão de obra de e 65,02% de habitantes morando na zona urbana.
Áreas Prioritárias para o MMA aponta como principais ameaças à biodi- toda a região.
Conservação da Biodiversidade versidade: especulação imobiliária; turismo desor- O município de Caucaia, distante 20 km de Forta-
denando; caça e tráfico de animais silvestres; ex- Dinâmica Populacional leza, em linha reta, já apresenta o efeito de conur-
As Áreas Prioritárias para Conservação da Biodi- pansão urbana; contaminação de recursos hídricos; bação. Tornando-se um município atrativo tanto
versidade no território brasileiro foram reconhe- fogo; substituição de vegetação por monoculturas; Do ponto de vista demográfico, pode-se afirmar pela sua geografia no aspecto natural/ambiental,
cidas pelo Ministério do Meio Ambiente, com o corte seletivo de madeira; extração predatória de que Caucaia e São Gonçalo do Amarante apresen- como pelo aspecto econômico, tendo em vista as
objetivo de orientar propostas de criação de novas bromélias para artesanato. tam crescimento populacional compatível entre si e oportunidades oferecidas pelos setores da econo-
Unidades de Conservação pelo Governo Federal e acima da média nacional. mia, com ênfase no setor industrial e de serviços.
pelos Governos Estaduais, a elaboração de novos A área do empreendimento encontra-se inserida na

Relatório de Impacto Ambiental


UTE Portocem
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 14

Outro fator determinante é o turismo, deve-se res- e São Gonçalo do Amarante, cujas populações se mento de 4,36%, que correspondeu a um valor total R$ 1.194.261 mil reais provenientes do valor adi-
saltar que é uma das atividades econômicas mais deslocam de uma cidade para outra, dentro do con- do Produto Interno Bruto - PIB de R$ 126.054 mi- cionado das atividades setoriais econômicas e R$
relevantes no cenário do Ceará, o qual vem rece- texto de população flutuante, não incidindo no au- lhões de reais. 320.997 mil reais provenientes da arrecadação de
bendo investimentos estatais e privados que prio- mento absoluto e/ou relativo da população residen- impostos.
rizam os espaços litorâneos do estado, ficando na te do município. Esses deslocamentos da população Caucaia apresenta uma participação relativa de
segunda posição dos municípios mais visitados do são caracterizados como pendular tendo em vista aproximadamente 4,37% com um valor total do Setores da Economia
estado, com uma demanda turística de 379.710 tu- as necessidades de trabalho e consumo. E dentro do PIB de R$ 5.513.528 mil reais, sendo R$ 4.632.221
ristas com permanência de 5,2 dias. contexto do contingente populacional, Caucaia é o mil reais provenientes do valor adicionado das ati- Em relação aos setores da economia que são res-
segundo município mais populoso dentre os muni- vidades setoriais econômicas e R$ 881.307 mil reais ponsáveis pela geração de renda,
Tratando-se das populações circunvizinhas, po- cípios citados, perdendo só para Fortaleza. provenientes da arrecadação de impostos.
dem-se observar dois aspectos geográficos (contex- O PIB de Caucaia em termos percentuais, a maior
to de população flutuante e contingente populacio- Crescimento Econômico São Gonçalo do Amarante apresenta uma partici- fatia é do setor de serviços com 63,55%, seguido do
nal), os municípios que circundam Caucaia os quais pação relativa de aproximadamente 1,20% com um setor industrial com 32,29% e o setor agropecuá-
são Fortaleza, Maracanaú, Maranguape, Pentecoste Em 2014, a economia cearense registrou um cresci- valor total do PIB de R$ 1.515.257 mil reais, sendo rio com apenas 1,49%. Em São Gonçalo do Ama-
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 15

Setor Terciário a própria estrutura econômica do município, em


2014 o efetivo caprino e ovino em São Gonçalo do
Os estabelecimentos comerciais do município tota- Amarante foi composto por, respectivamente, 5.528
lizaram em 4.989 unidades, os quais a maior parte cabeças, 9.729 cabeças e 3.707 cabeças. Cabe men-
se concentra na Sede de Caucaia e na sede do distri- cionar a quantidade de bovinos com 6.620 cabeças
to de Jurema, mas estão instalados nas demais sedes que se destina para a pecuária de corte.
distritais. Os estabelecimentos de varejo são diver-
sificados, os quais comercializam mercadorias em Setor Secundário
geral, produtos de gêneros alimentícios, bebidas,
material de construção, lojas de eletrodomésticos, No setor industrial, o número de estabelecimentos
produtos de perfumaria, químicos e farmacêuticos, industriais em São Gonçalo do Amarante, totalizou
combustíveis, tecidos, vestuários, lojas de varieda- em 123 empresas industriais ativas, que correspon-
des, dentre outros. Ressalta que o comércio apre- deu a 0,36% do total das empresas no Estado. No
senta dinâmico no bairro Centro de Caucaia, onde que respeita à distribuição das empresas gonçalen-
se concentra os estabelecimentos de varejo, institui- se por porte, a maioria são formadas por grandes e
ções financeiras e principalmente o mercado públi- médias empresas.
co com os quiosques de frutas, verduras e demais
bens de primeira necessidade. Setor Terciário

Quanto às empresas de serviços, em 2014 soma- Os estabelecimentos comerciais do município tota-


ram em 1.111 unidades abrangendo os segmentos lizaram em 846 unidades, dos quais a maior parte
de transporte e armazenamento, comunicação, alo- se concentra na sede de São Gonçalo do Amarante
jamento e alimentação, intermediação financeira e na sede do distrito do Pecém, mas estão instalados
(Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Caixa Eco- nas demais sedes distritais. Ressalta que o comércio
nômica Federal), atividades imobiliárias, adminis- se concentra no bairro Centro da sede de São Gon-
tração pública, educação, saúde e outros serviços çalo do Amarante, onde se concentra os estabeleci-
rante maior parte PIB é no setor da indústria com A exploração dos caprinos, ovinos e suínos desem- coletivos, sociais e pessoais. mentos de varejo, instituições financeiras, o merca-
50,15%, seguido do setor serviços com 46,03% e o penha elevada importância social e econômica para do público com os quiosques de frutas, verduras e
setor agropecuário com 3,82%. a população rural e para a própria estrutura eco- São Gonçalo do Amarante demais bens de primeira necessidade.
nômica do município, em 2014 o efetivo caprino,
Caucaia ovino e suíno em Caucaia foi composto por, respec- Setor Primário Quanto às empresas de serviços, em 2014 soma-
tivamente, 5.663 cabeças, 12.188 cabeças e 11.986 ram em 304 unidades abrangendo os segmentos
Setor Primário cabeças. Cabe mencionar a quantidade de bovinos A produção agrícola manteve o cultivo das culturas de transporte e armazenamento, comunicação, alo-
com 23.388 cabeças que se destina para a pecuária tradicionais no município, em 2014 a área colhida jamento e alimentação, intermediação financeira
Pelo terceiro ano consecutivo de estiagem a pro- de corte. na lavoura permanente (banana, castanha-de-caju, (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Bra-
dução agrícola manteve o cultivo das culturas tra- coco-da-baía, mamão e manga) foi de 44.238 hec- desco), atividades imobiliárias, administração pú-
dicionais no município, em 2014 a área colhida na Setor Secundário tares, e da lavoura temporária (batata-doce, cana- blica, educação, saúde e outros serviços coletivos,
lavoura permanente (banana, castanha-de-caju, -de-açúcar, feijão, mandioca e milho) foram 5.707 sociais e pessoais.
coco-da-baía e manga) foi de 6.090 hectares; e da O segmento industrial em Caucaia, mesmo com a de área colhida.
lavoura temporária (arroz, cana-de-açúcar, man- intermediação do Estado, se estabelece de forma Saneamento Básico
dioca e milho) foram 5.889 de área colhida. competitiva no mercado, tanto no nacional, como Quanto à produção pecuária em 2014, segundo o
no mercado internacional, principalmente no seg- numero de cabeças totalizou um efetivo de reba- Caucaia
A produção pecuária de 2014, segundo o numero mento produtivo tradicional da formação da indús- nhos em 958.509 cabeças. Cabe destacar a avicultu-
de cabeças totalizou um efetivo de rebanhos em tria do estado do Ceará, como os produtos têxteis e ra com o efetivo de galináceos de 930.635 cabeças, O município de Caucaia apresenta um total de
606.981. Cabe destacar a avicultura com o efetivo alimentícios; e com os produtos minerais não me- cuja produção foi destinada para o abate e produção 89.253 domicílios, com 76.890 domicílios situados
de galináceos de 1.398.672 cabeças, e o efetivo de tálicos e metalúrgicos. A contribuição estimada da de ovos. Existe também a exploração dos caprinos, na zona urbana, com média de 3,46 moradores para
codornas de 9.355, são produções destinadas para o indústria caucaiense na formação do PIB cearense, ovinos e suínos desempenha elevada importância cada domicílio, enquanto que os 9.117 domicílios
abate e produção de ovos. para o ano de 2014, foi equivalente a 32,29%. social e econômica para a população rural e para restantes se concentravam na área considerada ru-

Relatório de Impacto Ambiental


UTE Portocem
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 16

Pecém, composto por 38 poços, cujo sistema faz


parte do Plano de Segurança Hídrica do Estado do
Ceará que visa o enfrentamento à seca e reforça a
distribuição de água para a Região Metropolitana
de Fortaleza. O esgotamento sanitário atende me-
tade dos domicílios, sendo que o número de domi-
cílios com ligações ativas correspondiam a 3.325
unidades, que equivale a uma cobertura urbana de
53,51%.

Os resíduos coletados são domiciliares e públicos


tendo como destino o Aterro Controlado de São
Gonçalo do Amarante, o qual não possui licença de
operação para a realização dos serviços, mas existe
o monitoramento ambiental na área do aterro.

Educação e Saúde
Caucaia

O sistema educacional do município em 2015, pos-


ral. O abastecimento de água atende 43.807 domi-
suía 211 unidades educacionais, distribuídas na
cílios, atingindo um índice de cobertura urbana de
seguinte forma de dependência administrativa: 47
94,54%. O numero de domicílios ligados ao sistema
escolas na rede privada localizadas na área urbana;
de esgotamento sanitário é de 6.444, apresentando 46 (quarenta e seis) centros de saúde/unidade bá- com todas funcionando na área urbana; e 34 uni-
01 escola na esfera federal na sede urbana; 26 esco-
baixa taxa de cobertura urbana de 26,11%. sica, situados tanto na zona urbana, como na zona dades escolares na rede municipal, sendo 12 escolas
las estaduais com 16 escolas funcionando na área
urbana e 10 na área rural; e 137 unidades escolares rural realizando atendimento ambulatorial no nível na zona rural, e 22 escolas na zona urbana.
Os resíduos coletados de origem domiciliares e de atenção básica implementando o Programa Saú-
na rede municipal, sendo 50 escolas na zona rural, e
públicos tem como destino o Aterro Sanitário Mu- de da Família – PSF. As unidades de saúde totalizaram em 37 unidades,
87 escolas na zona urbana.
nicipal Oeste de Caucaia - ASMOC, o qual possui sendo que 29 unidades atendem pelo Sistema Úni-
licença de operação para a realização dos serviços. O município oferece atendimentos através do Cen- co de Saúde-SUS, e 08 unidades somente atendem
Tratando do nível de terceiro grau, na sede de Cau-
O município estimula ainda a coleta seletiva dos re- tro de Especialidades Odontológicas – CEO. Entre de forma privada ou com plano de saúde.
caia encontra-se a Faculdade Terra Nordeste – FA-
síduos e parceria com a Enel com o projeto Ecoenel os atendimentos estão: consultas e tratamentos clí-
TENE que oferece 10 (dez) cursos de graduação, e
que viabilizará 11 pontos de coleta seletiva. nicos de odontopediatria, endodônticos, dentística Existe somente um hospital no município, deno-
30 cursos de especialização.
restauradora e aplicação tópica de flúor. minado Hospital Geral Luiza Alcântara Silva, com
São Gonçalo do Amarante 50 leitos (cirúrgico, clínico, obstetrício, pediátrica e
O município conta com 113 unidades de saúde,
sendo que 77 unidades atendem pelo Sistema Úni- Em 2016 o município contou com 1.846 profis- outra especialidades), realiza atendimento ambula-
Em São Gonçalo do Amarante, como na maioria sionais, os quais são formados por médicos (197), torial, de internação e urgência. No total, o muni-
co de Saúde-SUS, e 36 unidades somente atendem
dos municípios do Ceará, a operação do sistema, no dentistas (67), enfermeiros (165), agentes de saúde cípio conta com 15 (quinze) centros de saúde/uni-
de forma privada ou com plano de saúde.
quesito abastecimento de água atende 10.031 domi- (466) e profissionais com nível superior (120) e ní- dade básica, tanto na zona urbana como na zona
cílios, atingindo um índice de cobertura urbana de vel médio (831) através do Sistema Único de Saúde rural, realizando o atendimento ambulatorial no
São 02 (dois) hospitais, o Hospital Maternidade
99,69%. – SUS nível de atenção básica implementando o Programa
Santa Tereza com 50 leitos (obstetrícios e pediátri-
cos), realiza atendimento ambulatorial e de média Saúde da Família – PSF.
O abastecimento de água é feito por um sistema de São Gonçalo do Amarante
complexidade. O outro hospital denominado Hos-
reservatórios, destacando-se os principais: Pacoti, Em 2016 o município contou com 984 profissionais,
pital Municipal Gadelha da Rocha possui 102 leitos
Pacajus, Pompeu Sobrinho Riachão; Gavião; Aca- São Gonçalo do Amarante em 2015, contava com os quais são formados por médicos (130), dentis-
(cirúrgico, clínicos e outras especialidades) realiza
rape do Meio; Sítios Novos e Aracoiaba. Importante 44 unidades educacionais, distribuídas por depen- tas (55), enfermeiros (57), agentes de saúde (133) e
atendimento em atenção básica, média complexi-
informar que está em andamento a obra que com- dência administrativa: 06 escolas na rede privada profissionais com nível superior (37) e nível médio
dade e internação. No total o município conta com
põe o Sistema de Aproveitamento do Aquífero do localizadas na área urbana; 04 escolas estaduais (572) através do Sistema Único de Saúde – SUS.
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 17

que se tornou ponto de encontro dos adolescentes Boqueirão das Araras, Cercadão do Dicetas, Por-
e jovens. teiras, Serra do Juá, Caetanos em Capuan e Serra
da Rajada.
São Gonçalo do Amarante
O município de São Gonçalo do Amarante não se
O turismo em São Gonçalo do Amarante se destaca encontra comunidade remanescentes de quilombos
pelas praias situadas nos distritos de Pecém, e Taí-
ba, são chamadas de praia do Pecém, praia da Taíba Pesca Artesanal
e praia da Colônia, onde se encontram hotéis, pou-
sadas, restaurantes, barracas e os atrativos naturais. Em Caucaia são aproximadamente 228 pescadores,
Ressalta que a festa do Escargot realizada na praia dentre homens e mulheres moradores que vivem
da Taíba envolve atividades gastronômicas e cultu- nas localidades praianas de Iparana e Cumbuco em
rais atraindo um número significativo de visitantes. forma de comunidades, os quais têm como desafio
constante mariscar no manguezal ou pescar sobre
O lazer para a população residente é voltado para as águas do Atlântico.
os principais eventos de cunho religioso que são
as festas de: Festa do Padroeiro celebrado na Igreja Em São Gonçalo do Amarante são aproximada-
Matriz, a festa de São Pedro, Santo Antônio, festa do mente 44 pescadores, dentre homens e mulheres
Patrono São Benedito; Nossa Senhora dos Prazeres; moradores que vivem nas localidades praianas do
São Pedro, a qual se realiza uma procissão maríti- Pecém e Taíba em forma de comunidades, os quais
ma. têm como desafio constante mariscar no manguezal
ou pescar sobre as águas do Atlântico.
Existem as festas populares como o carnaval, e a
festa junina que é animada com concursos de qua- Os pescadores artesanais do Pecém utilizam mais
drilha e shows de banda de forró, bem como o lazer de um tipo de arte de pesca, sendo que a mais prati-
nos equipamentos públicos que fica a disposição da cada é a pesca de “canto”, que é um lugar reservado
população como as praças para práticas esportivas, na embarcação. Os equipamentos para a realizarem
e feira livre que acontece sempre às sextas-feiras a atividade da pesca são linha e anzol, rede simples,
que não deixa de ser um convívio social. manzuá, rede de arrasto para camarão e caçoeira.
São pescados as seguintes espécies cavala, ariacó,
Comunidades Tradicionais camarão, lagosta, cumurupim, serra, beijupirá, bo-
nito, biquara e arraia.
Comunidades Indígenas
Outro ponto turístico de Caucaia é o Parque Botâ-
Patrimônio Histórico, Cultural
Turismo, Lazer e Cultura Em Caucaia a presença índios na população é de e Arqueológico
nico do Ceará, que localiza a 15 km de Fortaleza, às 2.706 indivíduos que correspondem a 0,83% da po-
Caucaia margens da rodovia estadual CE-085, configura-se pulação total alocados em duas comunidades deno- Dos bens matérias em Caucaia pode-se destacar
como o mais amplo espaço aberto do município. minadas Taba do Anacé e Tapeba. as peças de cerâmicas, cuja prática é uma tradição
O litoral do município de Caucaia é formado por que passa de geração a geração, principalmente no
belas praias começando em Iparana até Cauípe, O lazer para a população é voltado para os princi- Em São Gonçalo do Amarante a presença desse ambiente rural. Outro bem material que apresen-
onde se encontram hotéis, pousadas, restaurantes, pais eventos de cunho religioso que são as festas de: grupo é de 87 índios que correspondem a 0,20% da ta uma cultura vívida em Caucaia é a cestaria, cuja
barracas e os atrativos naturais. A praia de Icaraí Santo Antônio; Nossa Senhora dos Prazeres; São população total na comunidade indígena denomi- matéria prima natural é a palha da carnaúba, cipó
em tempos remotos era maior atração dos turis- Pedro; Nossa Senhora da Conceição. nada Taba do Anacé. de plantas rasteiras e cipó rabo-de-calango.
tas, principalmente no período de carnaval, agora a
atração é a praia do Cumbuco além das suas belezas Existem as festas populares como o carnaval, bem Comunidades Quilombolas O centro histórico de Caucaia ocorre a presença
naturais formada por dunas, praias e lagoas existe a como demais atrações para o lazer, como as praças de edificações antigas que relatam a formação his-
presença de hotéis, pousadas e restaurantes. para práticas esportivas (jogo de bola, caminhada), O Município de Caucaia conta com 06 (seis) co- tórica do município, como por exemplo, o prédio
reuniões com amigos e famílias em quiosques gas- munidades quilombolas certificadas, as quais são: histórico da Casa de Câmara/Cadeia Pública, que
tronômicos etc.; e o shopping na sede de Caucaia

Relatório de Impacto Ambiental


UTE Portocem
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 18

foi tombado e atualmente funciona a Biblioteca Pú- Localidade Baixa das Carnaúbas
blica de Caucaia.
A localidade de Bolso no município de Caucaia do
Em Caucaia foram registrados 14 (quatorze) sítios Amarante. Com aproximadamente 692 pessoas em
arqueológicos inseridos no Cadastro Nacional de 200 famílias predominando a formação de núcleos
Sítios Arqueológicos – IPHAN. familiares com 3,92 moradores com algumas famí-
lias indígenas reconhecidas como povo Anacé.
Em São Gonçalo do Amarante evidencia-se como
um bem imaterial as danças populares, como a Complexo Industrial e Portuário
Dança de São Gonçalo que é uma prática originária do Pecém – CIPP
do século XVI; a Dança do Coco que é preservada
no distrito do Pecém, cujas apresentações são reali- O Porto do Pecém foi criado dentro do modelo de
zadas em qualquer evento do ano, a dança é condu- porto industrial, em que a sua estrutura portuária
zida por um tambor, ganzá e batidas de palmas e o tem como objetivo o suporte para atender as in-
cântico improvisado de um Embolador. dústrias que se instalassem nas proximidades, for-
mando assim o Complexo Industrial e Portuário do
Em São Gonçalo do Amarante encontra-se um bem Pecém – CIPP.
material tombado denominado Igreja de Nossa Se-
nhora da Soledade localizada no distrito de Siupé. O CIPP se define como uma estrutura complexa
e moderna que integra diversos projetos, como o
Na sede de encontra-se o centro histórico que tem Porto do Pecém, o complexo industrial, uma li-
como marco a Igreja São Gonçalo na Praça da Ma- nha ferroviária da Transnordestina, um canal para
triz, que ao redor existem pequenas casas com ca- transposição de água, um aeroporto de cargas, cor-
racterísticas de antigas vilas, muitas das quais es- reias de transporte de carvão mineral e de ferro,
tão conservadas e com revestimento em cores mais termoelétricas para geração de energia para as in-
modernas. dústrias, duto de gás natural, uma linha de Veículo
Leve Sobre Trilho- VLT partindo da sede de Cau-
São Gonçalo do Amarante apresenta registro de 11 caia e integrada à linha oeste do metrô de Fortaleza.
(onze) sítios arqueológicos inseridos no Cadastro
Nacional de Sítios Arqueológicos – IPHAN. O Terminal Portuário do Pecém é administrado
pela Companhia de Integração Portuária do Ceará tadois NE). As empresas institucionais e de serviços Cia Sulamericana de Cerâmica, Aeris Energia, Cea-
-CEARÁPORTOS, que é vinculado à Secretaria de Coelce e Cegás. rapi (indústria de mel), Bom Cearense (industriali-
Área de Influência Direta – AID Infraestrutura do Estado do Ceará- SEINFRA. zação de produtos cearenses), e Siderúrgica Latino
O segundo setor formada por uma área de 2.784,4 Americana – SILAT.
Localidade de Bolso Infraestrutura Interna do CIPP hectares destinada a ZPE Expansão; uma área reser-
vada para implantação de uma refinaria; Terminal O quarto setor tem uma área de 3.004,2 hectares
A localidade de Bolso no município de São Gonçalo O Complexo Industrial e Portuário do Pecém de Tancagem de produtos de petróleo; reservatórios composta por ZPE, áreas institucionais, a áreas co-
do Amarante. Com aproximadamente 1.140 pesso- (CIPP) é dividido por quatro setores destinados a de água da Companhia de Gestão dos Recursos Hí- merciais e de serviços e a termoelétricas. Na área
as em 313 famílias predominando a formação de indústria, um terminal intermodal de cargas, a pré- dricos - COGERH e da Companhia Águas e Esgo- institucional existe o Centro de Treinamento Técni-
núcleos familiares com 3,92 moradores. Nessa loca- dios institucionais e a Zona de Processamento de tos do Ceará - CAGECE. Neste setor encontram-se co Corporativo do Pecém - CTTC, cujo objetivo é
lidade existem 29 famílias da comunidade indígena Exportações (ZPE). várias indústrias de transformação em operação, capacitar mão de obra para ser absolvida nas indús-
Anacé, as quais foram indenizadas e serão removi- como a Wobben Windpower, Votorantim Cimen- trias petroquímicas e siderúrgicas.
das para uma localidade próxima ao Alto Garrote, O primeiro setor apresenta uma área de 1.985,8 tos N/NE, Hydrostec Tubos e Equipamentos.
em Caucaia, cuja localidade está fora dos limites da hectares destinada a ZPE, empresas institucionais e ADA - Área Diretamente Afetada
área de influência direta. de serviços, termoelétricas. As indústrias instaladas O terceiro setor tem uma área com 2.288,5 hectares
neste setor são: Companhia Siderúrgica do Pecém destinados para as indústrias relacionadas à metalo- Não há ocupações residenciais dentro dos limites
– CSP, e a Usina Termoelétrica Energia Pecém, Tor- mecânica, petroquímica e eletrônica. As principais da ADA. Também não foram identificados vestígios
tuga Zootecnia Agrária, Pecém Industrial S.A. (Jo- empresas instaladas no setor são: Cimento Apodi, e sítios arqueológicos dentro dos limites da ADA.
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 19

Como é realizada a Avaliação


IMPACTOS AMBIENTAIS Os critérios para esta avaliação foram:
de Impactos Ambientais?
Atributos Parâmetros de Avaliação Símbolo
As principais alterações ou impactos ambientais que impactos ambientais esperados para a Implantação
podem ocorrer durante a Implantação e a Operação e Operação do empreendimento, a equipe respon- TEMPORÁRIO
da UTE Portocem são descritas a seguir, juntamen- sável pela elaboração do EIA avaliou as hipóteses de Natureza Quando o efeito gerado apresenta um determinado DT
Característica do período de duração.
te com as ações para gestão ambiental de cada im- impacto de forma integrada, através dos procedi- impacto que traduz a
pacto previsto. Para a identificação e avaliação dos mentos resumidos na figura a seguir: sua temporalidade no PERMANENTE
ambiente. Quando o efeito gerado for definitivo, ou seja, perdure DP
mesmo quando cessada a ação que o gerou.
REVERSIBILIDADE REVERSÍVEL
Traduz a capacidade Quando cessada a ação que gerou a alteração, o meio RR
Caracterização do Definição das Áreas do ambiente de
retornar ou não a sua
afetado pode retornar ao seu estado primitivo.

Empreendimento de Influência condição original depois


de cessada a ação
IRREVERSÍVEL
Quando cessada a ação que gerou a alteração, o meio RI
impactante. afetado não retornará ao seu estado anterior.

PRIMÁRIA
ORDEM Resulta de uma simples relação de causa e efeito, também OP
Legislações Diagnóstico dos Meios Estabelece o grau denominado impacto primário ou de primeira ordem.
Físico, Biótico e de relação entre a SECUNDÁRIA
Pertinentes Socioeconômico
ação impactante e o
impacto gerado ao meio
Quando gera uma reação secundária em relação à ação
ou, quando é parte de uma cadeia de reações também OS
ambiente. denominada de impacto secundário ou de enésima ordem,
de acordo com a situação na cadeia de reações.
CURTO PRAZO
Projetos Identificação e Existe a possibilidade da reversão das condições ambientais
anteriores à ação, num breve período de tempo, ou seja, TC
Co-localizados Avaliação dos Impactos que imediatamente após a conclusão da ação, haja a
neutralização do impacto por ela gerado.
TEMPORALIDADE
Traduz o espaço MÉDIO PRAZO
de tempo em que o É necessário decorrer certo período de tempo para que o TM
ambiente é capaz de impacto gerado pela ação seja neutralizado.
retornar a sua condição
original. LONGO PRAZO
Registra-se um longo período de tempo de permanência do
impacto, após a conclusão da ação que o gerou. Neste grau, TL
serão também incluídos aqueles impactos cujo tempo de
permanência, após a conclusão da ação geradora, assume
um caráter definitivo.

Relatório de Impacto Ambiental


UTE Portocem
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 20

Atributos Parâmetros de Avaliação Símbolo Quais são as alterações ambientais e sociais


DIRETA
Quando a abrangência do impacto ambiental restringir-se AD
com o projeto?
ABRANGÊNCIA unicamente a área de influência direta onde foi gerada a
Traduz a extensão de ação. Entenda melhor as principais alterações ambientais Os impactos ambientais identificados e avaliados
ocorrência do impacto e sociais do projeto. ao longo deste capítulo estão sintetizados na Matriz
considerando as áreas INDIRETA Síntese de Avaliação de Impactos dos Meios, onde
de influência. Quando a ocorrência do impacto ambiental for mais Os principais impactos ambientais previstos são: são apresentados os impactos, as fases de ocorrên-
AI
abrangente, estendendo-se para além dos limites
geográficos da área de influência direta do projeto. cia, os atributos avaliados, as medidas de controle
• Desencadeamento de processos erosivos e os graus de relevância dos mesmos, que traduz a
CUMULATIVIDADE CUMULATIVO • Risco de contaminação do solo síntese geral dos impactos, com e sem aplicação das
Acumulação de Quando um impacto sobrepõe-se a outro, associado ou • Risco de contaminação hídrica medidas.
alterações nos sistemas não ao empreendimento ou atividade em análise, sobre
• Alteração da qualidade do ar na fase de operação
ambientais, no tempo um determinado alvo (sistema, processo ou estrutura CS
e no espaço, de modo ambiental). • Alteração nos padrões hidrológicos e hidrogeoló- A Matriz Síntese encontra-se dividida pelas fases do
aditivo, causado pela gicos empreendimento. Ao final, é apresentado o Quadro
soma de impactos • Perda de cobertura vegetal Resumo dos Impactos, contendo as informações da
passados, presentes • Prejuízo para a fauna Matriz, em linguagem semafórica.
e/ou previsíveis no NÃO CUMULATIVO • Desequilíbrios ecológicos
futuro, gerados por Quando não há sobreposição de impactos sobre um
um empreendimento determinado alvo (sistema, processo ou estrutura • Geração de emprego, ocupação e renda Para uma melhor visualização das informações
isolado, ou por mais ambiental). CN • Qualificação profissional contidas tanto na Matriz quanto no Quadro Resu-
de um, contíguos, • Melhoria da qualidade de vida mo foi avaliada a natureza do impacto e o grau de
num mesmo sistema • Risco de saturação dos serviços básicos locais relevância dos mesmos, com e sem a aplicação de
ambiental. • Crescimento da economia medidas mitigadoras, conforme as informações a
SINERGIA SINÉRGICO • Geração de Energia seguir.
Efeito resultante da Quando ocorre interatividade entre impactos de modo a
ação coordenada de aumentar o poder de modificação do impacto. SS
vários impactos que N = Natureza + = Positivo - = Negativo
atuam de forma similar, M = Magnitude MB = Magnitude Baixa MM = Magnitude Média MA = Magnitude Alta
cujo valor é superior ao NÃO SINÉRGICO
valor do conjunto desses Quando não ocorre interatividade entre impactos de modo
I = Importância IB = Importância Baixa IM = Importância Média IA = Importância Alta
impactos, se atuassem SN
a aumentar o poder de modificação do impacto. D = Duração DT = Temporário DP = Permanente
individualmente.
R = Reversibilidade RR = Reversível RI = Irreversível
ALTA PA O = Ordem OP = Primária OS = Secundária
Se a ocorrência do impacto for certa.
PROBALIDADE T = Temporalidade TC = Curto Prazo TM = Médio Prazo TL = Longo Prazo
Refere-se à MÉDIA PM
probabilidade de um Se a ocorrência do impacto for interinante. A = Abrangência AD = Direta AI = Indireta
impacto ocorrer. C = Cumulatividade CS = Cumulativo CN = Não Cumulativo
BAIXA PB S = Sinergia SS = Sinérgico SN = Não Sinérgico
Se a ocorrência do impacto for improvável.
P = Probabilidade PA = Alta PM = Média PB = Baixa
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 21

Fase de Estudos e Projetos MEIO CARACTERIZAÇÃO DO IMPACTO


FASE ETAPA IMPACTO
MEIO CARACTERIZAÇÃO DO IMPACTO MF MB MA N M I D R O T A C S P
FASE ETAPA IMPACTO
MF MB MA N M I D R O T A C S P Contratação de 10) Prejuízo para a fauna - MB IM DT RR OP TC AD CS SS PA
Empreiteiras e Mão
01) Uso racional e planejado de Obra 11) Desequilíbrios ecológicos - MA IA DP RR OP TL AD CS SS PA
+ MA IA DP RR OP TL AD CS SS PA
do terreno
12) Alteração geomorfológica - MB IB DP RI OP TL AD CS SN PA
02) Segurança e confiabilida- + MA IA DP RR OS TL AD CN SN PA
de na instalação/operação 13) Alteração da qualidade - MM IM DT RR OP TC AD CN SN PB
do ar
03) Expectativa de geração + MB IB DT RR OS TC AI CS SS PM - MA IA DP RI OP TL AD CS SS PA
de energia 14) Alteração da paisagem
Estudos e Projetos
Básicos da UTE 04) Constituição de acervo + MB IB DP RI OS TL AI CS SS PA
15) Desencadeamento de - MB IB DT RR OP TC AD CN SS PM
Portocem técnico processos erosivos
05) Minimização de riscos na 16) Risco de contaminação
Estudos e Projetos

+ MB IM DT RR OP TL AD CS SN PM - MB IB DT RR OP TC AD CN SN PB
implantação e operação do solo
06) Aquisição de serviços 17) Risco de contaminação
+ MB IB DT RR OP TC AI CS SS PA - MB IB DT RR OP TC AD CN SN PB
especializados Instalação do Hídrica
Canteiro de Obras
07) Crescimento da economia + MB IB DT RR OS TC AI CS SS PM 18) Aumento da demanda - MM IM DT RR OP TC AI CS SS PA
de água
08) Uso racional e planejado + MB IA DT RR OP TL AI CN SN PA
do terreno 19) Riscos de acidentes no - MB IM DT RR OS TM AI CN SN PM
trabalho
09) Qualidade ambiental + MB IA DP RI OP TL AI CS SN PA
Estudo Ambiental - 20) Possibilidade de perda do
10) Geração de expectativas patrimônio arqueológico não - MB IB DP RI OS TC AD CN SN PM
Estudo de Impacto + MB IM DT RR OS TC AD CS SS PM
na população manifesto
Ambiental (EIA)
11) Constituição de acervo 21) Riscos de acidentes com
+ MB IA DP RI OP TL AI CS SN PA - MB IB DT RR OP TC AD CN SN PM
técnico animais peçonhentos

Implantação
12) Crescimento econômico + MB IB DT RR OS TC AI CS SS PM 22) Crescimento da economia + MB IB DT RR OS TC AI CS SN PM
23) Alterações da trafega- - MB IB DT RR OS TC AI CN SN PM
Fase de Implantação bilidade
MEIO CARACTERIZAÇÃO DO IMPACTO 24) Pressão sobre a infraes- - MB IB DT RR OS TC AI CN SN PB
FASE ETAPA IMPACTO trutura viária
MF MB MA N M I D R O T A C S P
Mobilização de 25) Afugentamento da fauna - MB IB DT RR OS TC AD CS SS PA
01) Geração de emprego, Equipamentos e
+ MM IM DT RR OP TC AI CS SS PA Materiais 26) Alteração da qualidade
ocupação e renda - MB IB DT RR OP TC AI CN SN PM
do ar
02) Expectativa da população + MB IM DT RR OP TC AD CS SS PA
27) Risco de contaminação
03)Qualificação profissional + MM IA DT RR OP TC AI CS SS PA - MB IB DT RR OP TC AD CN SN PB
do solo
04) Alteração no perfil da 28) Crescimento da economia + MB IB DT RR OS TC AI CS SN PA
- MB IM DT RR OS TC AI CN SS PM
população na AII
29) Alteração da paisagem - MA IA DP RI OP TL AD CS SS PA
Implantação

Contratação de 05) Melhoria da qualidade + MM IM DP RR OP TM AI CS SS PM 30) Perda de cobertura


Empreiteiras e Mão de vida - MA IA DP RI OP TL AD CS SS PA
de Obra vegetal
06) Alteração no comporta- - MB IB DT RR OP TC AD CS SS PA 31) Quebra de elos tróficos e
mento da população
perda de conectividade dos - MA IA DP RI OS TL AD CS SS PA
07) Risco de saturação dos habitats
- MB IB DT RR OS TM AI CS SN PA Desmatamento /
serviços básicos locais Limpeza da Área 32) Afugentamento da fauna - MA IA DP RI OP TL AD CS SS PA
8) Crescimento da economia + MB IB DT RR OS TC AI CS SN PM
33) Intensificação do efeito
09) Perda de cobertura - MM IA DP RI OS TL AD CS SS PA
- MA IA DP RI OP TL AD CS SS PA de borda
vegetal
34) Aumento da competição
inter e intraespecífica nas - MA IM DP RI OS TL AI CN SS PA
áreas contíguas

Relatório de Impacto Ambiental


UTE Portocem
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 22

MEIO CARACTERIZAÇÃO DO IMPACTO MEIO CARACTERIZAÇÃO DO IMPACTO


FASE ETAPA IMPACTO FASE ETAPA IMPACTO
MF MB MA N M I D R O T A C S P MF MB MA N M I D R O T A C S P
35) Redução da biodiver- 58) Alteração da qualidade
- MA IM DP RI OS TL AI CN SS PA - MB IB DT RR OP TC AD CS SS PM
sidade do ar
36) Aumento do risco de 59) Perda da qualidade
- MB IB DT RR OS TM AI CN SN PM - MM IM DP RI OP TL AD CS SS PA
morte de animais silvestres ambiental
37) Perda de material 60) Alterações dos padrões
- MM IM DT RR OP TC AD CS SS PM
orgânico hidrológicos e hidrogeológi- - MB IB DP RI OS TL AI CS SS PB
cos
38) Desencadeamento de - MM IM DT RR OP TC AD CN SS PM Limpeza das Faixas/
processos erosivos 61) Risco de acidentes de
Desmatamento - MB IB DT RR OP TC AD CN SN PM
trabalho
39) Risco de contaminação (gasoduto, adutora,
- MB IB DT RR OP TC AD CN SN PB
do solo Adutora de retorno/ 62) Risco de perda do
Emissário) patrimônio arqueológico não - MB IB DT RR OP TC AD CN SN PB
40) Alteração dos padrões manifesto
- MM IM DP RR OS TL AD CS SS PA
pedogenéticos
63) Intensificação do
41) Alteração da qualidade transporte e migração de - MB IB DT RR OS TC AD CN SS PA
- MB IB DT RR OP TC AD CS SS PM
Desmatamento / do ar sedimentos arenosos
Limpeza da Área 42) Perda da qualidade - MA IA DP RI OP TL AD CS SS PA 64) Alteração de áreas de
ambiental - MA IA DP RI OP TL AD CN SS PA
preservação permanente
43) Alteração nos padrões hi- 65) Crescimento da economia + MB IB DT RR OS TC AI CS SN PM
- MA IB DP RI OS TL AI CS SS PA
drológicos e hidrogeológicos
66) Alterações morfológicas
44) Riscos de acidentes com - MA IB DP RR OP TL AD CS SS PA

Implantação
- MB IB DT RR OP TC AD CN SN PM do terreno
animais peçonhentos
67) Risco de contaminação
45) Riscos de acidentes de - MB IB DP RI OS TL AD CS SS PA
- MB IB DT RR OP TC AD CN SN PM do solo
trabalho
Implantação

Terraplenagem,
Pavimentação e 68) Alterações geotécnicas - MA IB DP RR OP TL AD CS SS PA
46) Aproveitamento de + MB IB DT RR OP TC AI CN SN PA Drenagem da Área
material lenhoso 69) Alteração nos padrões
da UTE - MA IB DP RR OP TL AI CS SS PA
hidrológicos / hidrogeológico
47) Risco de perda do
patrimônio arqueológico não - MB IM DT RR OP TC AD CN SN PB 70) Pressão sobre os recursos
manifesto - MB IB DT RR OS TC AI CS SS PA
hídricos
48) Crescimento da economia + MB IB DT RR OS TC AI CS SN PM 71) Alteração da sonoridade - MB IB DT RR OP TC AD CS SN PA
49) Alteração da paisagem - MM IM DP RI OP TL AD CS SS PA 72) Alteração na qualidade - MB IB DT RR OP TC AD CN SN PB
do ar
50) Perda da cobertura - MM IM DP RI OP TL AD CS SS PA
vegetal 73) Vibrações no solo - MB IB DT RR OP TC AD CS SN PA
51) Afugentamento da fauna - MM IM DP RI OP TL AD CS SS PA 74) Degradação ambiental - MB IB DP RI OS TL AD CS SS PA
52) Aumento da competição Terraplenagem, 75) Afugentamento da fauna - MB IB DT RR OS TC AD CS SN PB
inter e intraespecífica nas - MM IM DP RI OS TL AI CN SS PA Pavimentação e
áreas contiguas Drenagem 76) Riscos de acidentes de - MB IB DT RR OS TC AD CS SS PB
Limpeza das Faixas/ trabalho
Desmatamento 53) Intensificação do efeito - MM IM DP RI OS TL AD CS SS PA 77) Risco de perda do
(gasoduto, adutora, de borda
Adutora de retorno/ patrimônio arqueológico não - MB IB DT RR OP TC AD CN SN PM
Emissário) 54) Perda do material manifesto
- MM IM DT RR OP TC AD CS SS PM
orgânico
78) Crescimento da economia + MB IB DT RR OS TC AI CS SN PM
55) Risco de contaminação - MB IB DT RR OP TC AD CN SN PB
do solo
56) Desencadeamento de - MM IM DT RR OP TC AD CN SS PM
processos erosivos
57) Alterações dos padrões - MM IM DP RR OS TL AD CS SS PA
pedogenéticos
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 23

MEIO CARACTERIZAÇÃO DO IMPACTO


FASE ETAPA IMPACTO
MF MB MA N M I D R O T A C S P
79) Alteração da paisagem - MA IM DT RR OP TL AI CS SS PA
80) Risco de contaminação - MB IB DT RR OP TC AD CN SN PB
do solo
81) Alteração da qualidade
Construção Civil / - MB IB DT RR OP TC AD CN SS PM
do ar
Edificações
82) Alteração da sonoridade - MB IB DT RR OP TC AD CN SS PM
83) Vibrações no solo - MM IB DT RR OS TC AD CN SN PB
84) Risco de acidentes de - MB IB DT RR OP TC AD CN SN PB
trabalho
85) Crescimento da Economia + MB IB DT RR OS TC AI CS SN PM
86) Alteração da paisagem - MA IB DP RR OP TL AD CS SS PA
87) Alteração da qualidade - MB IB DT RR OP TC AD CN SN PM
do ar
Instalação e Monta- 88) Alteração da sonoridade - MB IB DT RR OP TC AD CN SS PM
gem da UTE
89) Risco de acidentes de - MB IB DT RR OP TC AD CN SN PM
trabalho
90) Geração de resíduos - MB IB DT RR OP TC AD CN SN PA
sólidos
91) Crescimento da Economia + MB IB DT RR OS TC AI CS SN PM
92) Alterações morfológicas - MM IB DT RR OD TC AD CN SN PA
Implantação

93) Desencadeamento de - MM IM DT RR OP TL AD CN SN PA MEIO CARACTERIZAÇÃO DO IMPACTO


processos erosivos FASE ETAPA IMPACTO
94) Alteração da qualidade MF MB MA N M I D R O T A C S P
- MB IB DT RR OP TC AD CN SN PA
do ar Atracadouro/ 107) Alteração da qualidade - MB IB DT RI OS TC AI CN SN PM
95) Afugentamento da fauna - MB IB DT RR OP TC AD CN SN PA Base de adução/ do ar
Trecho submarino
96) Riscos de acidentes com 108) Riscos de acidentes de
- MB IB DT RR OP TC AD CN SN PM da Adutora de - MB IB DT RR OP TC AD CN SN PB
a fauna trabalho
retorno/Emissário
97) Alterações geotécnicas - MB IB DP RI OP TL AD CN SS PA de efluentes 109) Alteração da navegação - MM IM DP RR OP TL AD CN SS PA
Desfile/Montagem
das Tubulações 98) Alteração pedológica - MA IM DP RI OP TL AD CN SS PA 110) Eficiência dos equipa- + MB IA DT RR OP TL AI CN SN PA
mentos
99) Interferência com estrutu- - MB IB DT RR OP TC AD CN SN PA Testes Pré-opera- 111) Minimização de
ras existentes + MB IA DT RR OP TL AD CN SS PA
cionais acidentes

Implantação
100) Riscos de acidentes de - MM IB DT RR OP TC AD CN SN PA 112) Aumento da segurança
trabalho + MB IA DT RR OP TL AD CN SS PA
operacional
101) Crescimento da + MB IB DT RR OS TC AI CS SS PA 113) Riscos de acidentes de
economia - MB IB DT RR OP TC AD CN SN PB
trabalho
102) Emissão de ruídos - MM IB DT RR OP TC AD CN SN PA
114) Decréscimo na oferta de
103) Alteração da paisagem - MM IM DP RR OP TL AD CS SN PA - MA IA DP RI OP TL AI CN SS PA
emprego/renda
Desmobilização e
Atracadouro/Base 104) Alteração na biota do Limpeza Geral das 115) Expectativas da
- MB IB DP RI OP TL AD CS SS PA - MB IB DP RI OP TL AI CN SN PA
de adução/Trecho fundo/fauna bentônica Obras população
submarino do
Adutora de retorno/ 105) Alteração do leito do - MM IM DP RI OP TL AD CS SS PA 116) Qualidade ambiental + MM IA DP RR OP TL AD CN SN PA
fundo/sedimentação
Emissário de 117) Queda no setor
efluentes - MB IB DP RI OS TL AI CN - MB IB DT RR OP TC AI CS SN PM
106) Alteração na paisagem SN PM econômico

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UTE Portocem
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 24

Fase de Operação do Empreendimento Fase de Desativação do Empreendimento


MEIO CARACTERIZAÇÃO DO IMPACTO MEIO CARACTERIZAÇÃO DO IMPACTO
FASE ETAPA IMPACTO FASE ETAPA IMPACTO
MF MB MA N M I D R O T A C S P MF MB MA N M I D R O T A C S P
01) Geração de emprego e 01) Perda na geração de
+ MM IA DP RR OP TL AI CS SS PA - MB IB DP RR OP TL AI CN SN PA
renda energia
02) Expectativa na população + MB IB DT RR OS TC AI CN SN PA 02) Perda de emprego/renda - MA IA DP RR OP TL AI CN SN PA
e geração de expectativas
03) Aumento de mão de obra
Contratação de qualificada no mercado de + MM IA DP RI OP TL AI CN SS PA 03) Desaceleração da
Funcionários - MA IA DP RR OP TL AI CN SN PA

Desativação
trabalho economia
Desativação
04) Melhoria da qualidade + MB IA DP RR OS TL AI CN SS PA da UTE 04) Alteração da paisagem + MA IA DP RR OP TL AD CN SS PA
de vida
05) Geração de resíduos
05) Crescimento da economia + MB IB DP RI OS TL AI CS SS PA - MM IB DT RR OP TC AD CN SN PA
sólidos
06) Geração de energia + MB IB DP RR OP TL AI CN SN PA 06) Riscos de acidentes de - MM IM DP RR OS TC AI CN SS PM
trabalho
07) Alteração do nível sonoro - MB IB DT RR OP TM AI CN SS PA + MB IB DP RR OS TC AI CN SS PM
do ambiente 07) Crescimento da economia
08) Alteração da qualidade - MM IM DT RR OP TM AI CN SS PA
do ar
09) Riscos de acidentes
de trabalho/Saúde do - MM IM DP RR OS TM AI CN SS PA
Operação

trabalhador
10) Riscos de acidentes - MB IB DP RR OS TL AD CN SN PB
ambientais
11) Estresse/Expectativa da - MB IB DT RR OS TC AI CN SN PM
população
Funcionamento 12) Risco de contaminação
ambiental por resíduos e - MM IB DP RI OP TM AD CN SN PA
efluentes
13) Alteração da biota
aquática - MM IM DP RI OS TL AI CN SS PM

14) Alteração da navegação - MM IM DP RR OP TL AD CN SS PA


15) Alteração da pesca - MB IB DP RR OS TL AD CN SS PA
16) Crescimento da economia + MB IB DP RR OS TL AI CS SS PM
17) Formação de novos + MB IB DP RI OS TL AI CN SN PM
atratores
18) Alteração da qualidade da + MB IB DP RR OP TC AD CN SS PA
água do mar
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 25

A seguir são apresentados os principais impactos vel à possível ocorrência de processos erosivos, en-
relacionados com o empreendimento. Eles foram quanto este permanecer exposto.
organizados em quadros, de acordo com o meio em
que se manifestam (Físico, Biótico e Antrópico). Risco de contaminação do solo

Meio Físico São vários os fatores que geram riscos de contami-


nação dos solos nas áreas do canteiro de obras, des-
Acirramento de processos erosivos tacando-se a exposição de forma inadequada dos
resíduos sólidos e efluentes líquidos, vazamento
Durante as obras de implantação do empreendi- de óleos lubrificantes e combustíveis, a disposição
mento tendo em vista a perda da camada superfi- mesmo que temporárias de materiais e produtos da
cial do solo, uma vez que na retirada da vegetação construção, sendo que esses efeitos tornam-se mais
e destocamento, as raízes carregam volumes de solo adversos, quanto maior for a exposição aos agentes
superficiais, deixando a superfície mais susceptível eólicos e aquosos. Durante a Implantação e Opera-
aos agentes erosivos, e consequentemente intensifi- ção do canteiro de obras, todos os ambientes fun-
cação do transporte e migração de sedimentos are- cionais geram resíduos, bem como o transporte de
nosos para cursos d´água. matérias entre o canteiro e as frentes de serviços, as-
sociado também ao armazenamento de óleos e ou-
As atividades de manejo do solo, escavações e terra- tras substâncias potencialmente poluentes, os quais
planagem resultam em modificação das condições representam, principalmente em caso de acidentes,
naturais de atuação dos agentes dinâmicos de for- risco de contaminação dos solos por resíduos oleo-
mação do relevo, tendo um acirramento dos pro- sos, por esgotos sanitários e por resíduos diversos.
cessos erosivos, em decorrência de alterações de
dinâmica superficial no local, o que é evidenciado Risco de contaminação hídrica
pelo surgimento de feições erosivas nas superfícies.
A supressão da vegetação deixará o solo exposto às A exposição inadequada de efluentes, resíduos só-
intempéries diretas do clima, podendo comprome- lidos ou mesmo o derramamento de óleos e outros,
ter a sua estabilidade e tornando-o mais susceptí- relacionado com a operação e manutenção dos

Relatório de Impacto Ambiental


UTE Portocem
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 26

altamente favorável à dispersão de poluentes; • As máximas concentrações de todos os po-


luentes de curto e longo prazo sobre os re-
• Com relação ao NOx a máxima concentra- ceptores discretos selecionados na bacia aé-
ção horária foi de 211,4 µg/m³, que representa rea de Caucaia são todas abaixo dos seus
81,3% do padrão horário do NO2 de 260 µg/ respectivos padrões de qualidade do ar
m³, sendo a máxima anual de 11,3 µg/m³ repre-
sentando 18,9 % do padrão anual de 60 µg/m³; • Conclui-se que ficou demonstrado, através do
modelo matemático de dispersão, que a região
• Com relação aos demais poluentes as con- da bacia aérea de Caucaia possui capacidade de
centrações máximas são todas de baixíssi- suporte compatível com as emissões dos poluen-
mas magnitudes quando comparadas com tes regulados e não regulados produzidos duran-
os respectivos padrões de qualidade do ar. te a operação à plena carga da UTE Portocem
para gerar 2.189,6 MW de energia elétrica.

equipamentos e veículos pesados, representa risco


de contaminação hídrica, especialmente em perío- Durante a operação da UTE Portocem está pre-
do chuvoso. vista a emissão atmosférica resultante do processo
de combustão do gás natural, em ciclo combinado,
Está previsto na fase de Implantação do empreendi- sendo prognosticado a emissão dos seguintes com-
mento a geração de efluentes oleosos provenientes postos de óxido de nitrogênio (NOx), óxidos de en-
da manutenção de equipamentos pesados (Trato- xofre (SOx), compostos orgânicos (CO), partículas
res, Caminhões, Carregadeiras etc.). A geração dos em suspensão (PTS), partículas inaláveis (PI), hi-
efluentes e o manuseio inadequado representa um drocarbonetos (HCT) e compostos orgânicos vo-
impacto de natureza negativa. Mesmo que exista láteis (COV), que serão lançados na atmosfera por
um sistema bem dimensionado, acidentes ou vaza- duas chaminés, alterando a qualidade do ar.
mentos são passiveis de ocorrer.
Para o entendimento desse impacto, foi ela-
Alteração da qualidade do ar na fase de borado um Estudo de Dispersão Atmos-
Implantação férica, que consistiu na realização de uma
modelagem numérica da dispersão desses com-
O manejo de materiais terrosos e a movimentação postos. As principais conclusões desse estudo são:
de máquinas e equipamentos resultará na emissão
de poeiras fugitivas (material particulado). Tam- • As condições de ventilação da região são al-
bém haverá emissão de gases provenientes de fontes tamente favoráveis à dispersão dos poluen-
móveis (veículos e equipamentos), o que pode gerar tes, com alta persistência das direções Este
alteração na qualidade do ar, sendo que a duração (E) com 35,1%; a ENE com 19,1%; e ESE com
desse impacto permanece apenas durante a execu- 16,62% na faixa de velocidade média entre
ção da ação. Como está relacionado ao período de 3,6 e 5,7 m/s e a velocidade média anual é de
obras, esse impacto será temporário. 5,24 m/s(18,9km/h), e a calmaria média anu-
Alteração da qualidade do ar na fase de al é de 0,18%. Devido a essa taxa de ventila-
Operação ção a região de Caucaia se caracteriza como
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 27

atuará como barreira de contenção de sedimentos. Os resultados obtidos indicam que o enquadramen-
to da temperatura do efluente à Resolução CONA-
Alteração da qualidade da água do mar MA n° 430/2011 ocorre durante o campo próximo,
mesmo naquelas condições meteo-oceanográficas
Na fase de operação, os efluentes líquidos tratados menos propícias à diluição.
da UTE Portocem serão encaminhados via adutora
de retorno/Adutora de retorno/Emissário marinho Perda de cobertura vegetal
para lançamento no mar, distante cerca de 2,5 km
da costa (praia), e cerca de 200 m de distância do A limpeza da área e para a implantação da UTE
lado noroeste do quebra mar, com vazão máxima Portocem resultará diretamente em prejuízo à co-
de 1.557 m³/h. bertura vegetal, a qual se constitui predominante-
mente de espécies típicas de transição da caatinga
Alteração nos padrões hidrológicos e prevendo-se que estas sejam negativas em razão de De acordo com o estudo realizado, os resultados ob- e tabuleiro. Este impacto de natureza adversa tam-
hidrogeológicos impedir a circulação de água na área. tidos mostram que a diferença de temperatura entre bém apresenta magnitude alta e importância alta
o corpo receptor e o efluente proveniente da Adu- considerando-se que ele representa uma descarac-
A retirada da vegetação pode representar alterações Durante a execução desta ação, os locais trabalha- tora de retorno/Emissário é significativamente re- terização do fator ambiental e perda da qualidade
nos padrões hidrológicos e hidrogeológicos na área dos poderão ficar instáveis, podendo favorecer a duzida no campo próximo, podendo a temperatura ambiental, respectivamente.
afetada, influenciando nas taxas de infiltração no movimentação de materiais, podendo causar o as- do efluente diminuir até 2,97°C em determinadas
solo e de escoamento superficial desses regimes. soreamento nas drenagens, especialmente na Lagoa condições meteo-oceanográficas (maior intensida- Prejuízo para a fauna
do Tapuio, devido à instabilidade provocada na ba- de das correntes). Os resultados do campo próxi-
As atividades de terraplenagem para a instalação cia de contribuição hídrica local, o que representa mo também indicam que a pluma tende a percorrer Durante a ação de desmatamento, com a presen-
das estruturas ocasionará alterações definitivas na pressão sobre os recursos hídricos. Considera-se curtas distâncias, com máximo deslocamento pre- ça de trabalhadores e máquinas, a fauna silvestre
camada superficial do solo, o que se refletirá em este impacto como de baixa magnitude e importân- visto igual a 9,11 m e 8,07 m, em abril (chuvoso), que habita ou transita pela área tenderá a migrar
mudanças nos padrões da circulação das águas cia por considerar-se a adoção de medidas contro- e 13,84 m e 12,19 m, em agosto (seco), a partir do para locais mais seguros. Alguns animais poderão
pluviais e de recarga do aquífero. Assim terá alte- ladoras, e por considerar a preservação da Área de ponto de emissão. buscar refúgio na própria área e correr o risco de
rações nos padrões hidrológicos e hidrogeológicos, Preservação Permanente da Lagoa do Tapuio, que

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UTE Portocem 28

abrangido pelo empreendimento, mas de impor- tará o poder aquisitivo das pessoas envolvidas, re-
tância alta em razão da significância da qualidade sultando em melhoria das condições econômicas e
de vida da população beneficiada. sociais dos empregados e dos seus familiares, o que
representa também a melhoria da qualidade de vida
Qualificação profissional destes, a partir do momento que passam a ter poder
de compra e satisfação de necessidades básicas.
A contratação de mão de a obra gera a possibilida-
de de qualificação ou novas aprendizagens e expe- Risco de saturação dos serviços básicos locais
riências o que reflete em valorização e qualificação
para os profissionais envolvidos, mesmos dentro Com o aporte de trabalhadores para a área do em-
das suas especificidades, sendo um fator positivo preendimento, haverá crescimento na demanda por
que agregará possibilidades para novas oportunida- serviços públicos locais, especialmente serviços de
des profissionais. Esta qualificação representa uma saúde, o que poderá comprometer as ofertas atual-
mudança no aspecto ambiental socioeconômico, mente disponíveis para a população local.
em razão da abertura de novas oportunidades, não
mudando significativamente o contexto socioeco- Crescimento da economia
nômico, de baixa magnitude, mas será importante
pelas oportunidades futuras destes trabalhadores O aumento do poder de compra gera dinamismo
qualificados, dando-lhes novas possibilidades ge- no mercado local, posto que haja maior circulação
rando assim um impacto de importância alta. de moeda. Como efeito multiplicador, espera-se o
crescimento do comércio e o aumento de arreca-
Melhoria da qualidade de vida dação tributária. Tudo isso refletirá positivamente
nos componentes econômicos e sociais das áreas
A contratação de pessoal mesmo que temporária, influenciadas pelo empreendimento.
resultará em pagamento de salários, o que aumen-

acidentes, caso não sejam afugentados previamente fluência direta na oferta de empregos, sendo um fa-
por profissionais habilitados. São prognosticados tor positivo, quando da contratação de mão de obra.
prejuízos também pela perda de abrigo e alimento, Estima-se um pico de 820 funcionários diretos
observando-se ainda que durante o desmatamento, durante a construção, compostos por funcioná-
existe o potencial risco de acidentes com animais rios da construção civil (movimentação de terra,
silvestres. concretagem, alvenaria, etc.), da montagem de es-
truturas metálicas, da montagem de equipamen-
Desequilíbrios ecológicos tos, da montagem de sistemas de tubulação, da
aplicação de isolamento, da aplicação de pintura
Com a perda da cobertura vegetal, ocorrerá a de- industrial, da montagem elétrica e instrumen-
sestruturação dos habitat local e consequentemente tação, administradores das equipes, pessoal de
perda da fauna, que tenderá a migrar para outras planejamento, etc. Este número representa opor-
áreas, indo competir por abrigo e alimento nas áre- tunidades de emprego, ocupação e renda, tanto
as de entorno, sendo previsível instabilidade ecoló- de forma direta como indireta, para a popula-
gica no local da ação e no seu entorno. ção das áreas de influência do empreendimento.

Geração de emprego, ocupação e renda Na Operação haverá a contratação de pessoal para


formar o quadro funcional da empresa. Este im-
Na Fase de Implantação da UTE Portocem terá in- pacto é considerado relevante no contexto social
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UTE Portocem 29

AÇÕES DE GESTÃO AMBIENTAL


Plano Ambiental para Construção da Obra – PAC

Atributos Parâmetros de Avaliação

O PAC tem como objetivo apresentar as diretrizes e orientações a se-


rem seguidas pelo empreendedor e seus contratados durante a fase
de Instalação do empreendimento.
Objetivos O Plano apresenta as diretrizes preconizadas para a preservação da
qualidade ambiental do meio físico e biótico das áreas que vão sofrer
intervenção humana, e para a minimização dos impactos sobre as co-
munidades vizinhas e os trabalhadores.

Elaboração e implantação do PAC abrangendo ações de gerenciamen-


to das atividades previstas, mensalmente e semestralmente, visando
o atendimento aos requisitos básicos para a construção civil, limpeza,
e supressão da vegetação, terraplenagem, saúde e segurança.

O Plano Ambiental para Construção - PAC é composto pelos seguintes


programas:

• Programa de Sinalização das Obras do Empreendimento.


• Programa de Proteção do Trabalhador e Segurança do Ambiente de
Atividades
Conforme observado anteriormente, este em- bientais negativos, bem como a maximização dos Trabalho.
preendimento, assim como qualquer outro, pro- impactos benéficos. Foram propostas medidas para • Programa de Capacitação Técnica e Aproveitamento de Mão de
Obra.
voca impactos ambientais Positivos e Negativos, as fases de implantação, operação e desativação do • Programa de Conservação Paisagística.
que foram avaliados e estudados. A partir des- empreendimento. • Programa de Desmatamento Racional.
ta avaliação foram identificadas diversas ações • Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
que visam controlar, mitigar, compensar ou até Os Planos e Programas Ambientais são dividi- • Programa de Monitoramento de Efluentes Líquidos
mesmo eliminar os Impactos Negativos e poten- dos de acordo com as fases do empreendimento. • Programa de Recuperação das Áreas Degradadas.
• Programa de Monitoramento da Qualidade do Solo.
cializar os Impactos Positivos, objetivos de uma • Programa de Controle e Monitoramento de Processos Erosivos.
adequada gestão ambiental do empreendimento. É importante destacar que as ações visualizadas
neste RIMA correspondem a um primeiro instru-
Neste item são apresentadas as ações de gestão pre- mento de gestão e planejamento ambiental para o
vistas pela UTE Portocem. Essas ações foram ela- projeto da UTE Portocem, e deverão ser detalhadas
boradas de acordo com as características da área e e ampliadas ao longo da Implantação e Operação
prognóstico futuro abordado nas medidas mitiga- do empreendimento. As ações e medidas previstas
doras e nos planos e programas de gestão apresen- para a gestão da UTE, sistematizadas a seguir, estão
tados nesse capítulo. detalhadas nos Plano Ambiental para Constru-
ção da Obra – PAC, Plano de Gestão Ambiental
A proposição das medidas mitigadoras tem por ob- – PGA e Plano de Controle Ambiental - PCA.
jetivo a atenuação e o controle dos impactos am-

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Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 30

A seguir são apresentados alguns programas propostos que serão implantados com o objetivo de poten-
Plano de Controle Ambiental - PCA cializar os impactos Positivos e minimizar os impactos negativos, com a instalação do empreendimento.
Atributos Parâmetros de Avaliação
Programa de Sinalização das Obras do Empreendimento
Implantar uma filosofia de trabalho que permita evitar e minimizar a
Objetivos incidência de impactos ambientais negativos durante a Operação do Atributos Parâmetros de Avaliação
empreendimento.
O objetivo geral deste programa é dotar a área do empreendimento
Plano de Controle Ambiental é composto pelos programas ambien- e seu entorno de um sistema de sinalização eficiente que reflita em
tais: organização e disciplina no trânsito, evitando riscos potenciais de aci-
• Programa de Proteção do Trabalhador e Segurança do Ambiente Objetivos dentes e que minimize outros problemas que possam concorrer para
de Trabalho; transtornos relacionados aos aspectos de locomoção de pessoas e
• Programa de Conservação Paisagística; trânsito de veículos leves e pesados.
Atividades • Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;
• Programa de Monitoramento de Efluentes Líquidos; Etapa A – Serão instaladas placas de regulamentação e de adver-
• Programa de Monitoramento da Qualidade do Solo; tência, ambas voltadas para a mudança na tipologia e intensidade do
• Programa de Monitoramento da Faixa; fluxo de veículos em razão da instalação do canteiro de obras e outras
• Programa de Gerenciamento de Riscos; estruturas. A partir desta etapa, serão ministrados cursos voltados
• Programa de Resposta a Emergências. para a segurança do trabalhador, direção defensiva e controle e sina-
lização do tráfego.

Plano de Gestão Ambiental - PGA Etapa B/C – Serão instaladas placas educativas nas vias e no canteiro
de obras. Associado serão implementadas ações de cunho informati-
vo a partir do Programa de Comunicação Social, para reforçar atitu-
Assegurar que seja alcançado e mantido o padrão de qualidade dese- des preventivas.
jado durante as fases de Instalação e Operação do empreendimento, Atividades
Objetivos por meio de procedimentos eficientes para a execução e controle das O período inicial das obras requer maior cuidado quanto à modifica-
ações ambientais. ção do cotidiano da região, quer seja direta ou indiretamente afetada
pelo empreendimento.
O Plano de Gestão Ambiental é composto pelos seguintes programas:
De maneira igual, durante todo o período de construção do empreen-
• Programa de Comunicação Social. dimento, será necessária uma vigilância preventiva quanto a possíveis
• Programa de Educação Ambiental. acidentes. Necessita-se, também, de monitoramento constante como
• Programa de Resgate e Salvamento da Fauna. forma de aferição das atividades. Tal condição é devido ao aumento
• Programa de Monitoramento dos Níveis de Ruídos. na circulação diária de veículos e pessoas que irão se ocupar com
• Programa de Monitoramento da Qualidade da Água Continental. a implantação do canteiro, dos acessos internos e mesmo de alguns
Atividades • Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Marinhas e trechos externos de modo a dar continuidade às obras.
Sedimentos.
• Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar.
• Programa de Monitoramento das Vibrações.
• Programa de Auditoria Ambiental;
• Programa de Monitoramento da Fauna.
• Programa de Monitoramento da Biota Aquática.
Relatório de Impacto Ambiental
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Programa de Capacitação Técnica e Aproveitamento de Mão de Obra Programa de Conservação Paisagística

Atributos Parâmetros de Avaliação Atributos Parâmetros de Avaliação

Tem como objetivo implantar mecanismos que possa ofertar cursos e Tem como objetivo garantir a qualidade ambiental da Área de Preser-
Objetivos treinamentos para capacitar e absorver a mão de obra disponível na Objetivos vação Permanente incidente sobre a área licenciada para implanta-
região. ção do empreendimento.

• Estabelecer parcerias com o Sistema Nacional de Emprego/Institu- Durante a fase de instalação, este programa atuará no sentido de:
to de Desenvolvimento do Trabalho (SINE/PI) a fim de capacitar a • Demarcar com marcos a APP existente no terreno.
população local para concorrer a vagas nas obras de implantação • Sinalizar a APP adotando-se o modelo de placa do órgão ambien-
do empreendimento; tal.
• Efetuar treinamento adequado ao trabalhador passando todas as • Fazer o acompanhamento permanente da atividade de supressão
informações básicas pertinentes à função que irá desempenhar, ao vegetal evitando que a APP possa ser afetada.
equipamento que irá manusear e a área de execução da sua fun- • Não permitir a abertura de picadas na APP.
ção; • Proibir a deposição de materiais de construção e lançamento de
• Disponibilizar aos empregados a oportunidade de realização de resíduos sólidos na área de preservação permanente, bem como o
Atividades
cursos correlativos as suas atividades ou às atividades da empresa tráfego de veículos.
como forma de reciclagem do contratado para o melhor desempe- • Promover palestras para os trabalhadores sobre a importância de
nho das suas atividades. conservação da APP.
• Apresentar ao órgão ambiental a comprovação dos treinamentos e
capacitações realizados durante ou anteriormente ao período das Durante a fase de operação, este programa atuará no sentido de:
obras. • Fazer a manutenção/substituição dos marcos existentes no limite
• As empresas contratadas para construção e montagem deverão na do terreno da APP.
fase de desmobilização da obra: • Fazer a manutenção/substituição da placa do órgão ambiental.
- Avaliar a manutenção do funcionário para atendimento a outros • Não permitir a abertura de picadas na APP.
contratos em vigor;
- Estabelecer medidas de transição adequadas, como o desliga-
Atividades mento programado, treinamento e reciclagem;
- Disponibilizar registro documental comprovando as atividades Programa de Monitoramento da Qualidade da Água Continental
desenvolvidas, capacitações adquiridas e tempo de experiência;
e, Atributos Parâmetros de Avaliação
- Estimular o retorno dos empregados, com residência fixa fora da
região, à sua origem, ao fim do contrato.
• Dentro do treinamento de segurança, a empresa deverá atender as O objetivo desse programa é monitorar a qualidade da água nos cor-
seguintes orientações: pos hídricos próximos da área do empreendimento, através de análi-
Objetivos
- Todos os empregados admitidos deverão passar por treinamento ses físico-químicas e bacteriológicas de acordo com cronograma pré-
básico de segurança do trabalho antes de ter acesso às áreas de -estabelecido.
operação;
- Todos os operários mobilizados para execução das suas ativida- O monitoramento da qualidade da água envolve os seguintes proce-
des deverão receber orientação quanto aos riscos inerentes aos dimentos:
serviços a serem executados, riscos próprios da área em que atu- Atividades • Levantamento Prévio do Padrão de Qualidade das Águas Superfi-
arão, bem como procedimentos de trabalho e medidas preventi- ciais; e
vas a serem adotadas; e, • Coleta e Tratamento de Amostras – trimestralmente.
- Ministrar treinamento, simulando incêndios, a fim de preparar
equipes capacitadas a cumprir com eficiência a prevenção e
combate a incêndio.

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Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Marinhas e Sedimentos Programa de Controle e Monitoramento de Processos Erosivos

Acompanhar as possíveis mudanças na qualidade das águas marinha Atributos Parâmetros de Avaliação
Objetivos e dos sedimentos marinhos quando das obras de implantação do em-
preendimento, e durante a fase de operação do empreendimento. Esse programa tem por objetivo gerir as alterações da área em de-
corrência da Instalação do empreendimento, e orientando as inter-
O monitoramento da qualidade das águas e sedimentos deverá pro- Objetivos venções no ambiente para atenuar o desenvolvimento de processos
por uma rede de pontos de monitoramento que considerem os se- erosivos, de transporte e sedimentação e assoreamento de cursos
guintes critérios: d´água que possam comprometer a estabilidade ambiental.

• Definição de malha de pontos a ser monitorada. Este programa deverá ser implementado através da execução de mo-
• Antes da implementação do monitoramento deve ser realizado um nitoramento periódico da biota aquática na área diretamente afetada
diagnóstico prévio, em que deverão ser estabelecidas as caracte- pela implantação das estruturas marítimas da UTE Portocem.
rísticas das águas marinhas e dos sedimentos. Este diagnóstico
servirá como BASE para a avaliação das mudanças ocorrentes nas Desta forma, deverão ser realizadas campanhas semestrais de coleta
águas em decorrência da operacionalização do empreendimento. e avaliação da biota aquática, em estação seca e chuvosa, sendo que
Atividades • Os parâmetros a serem amostrados e monitorados serão definidos a primeira campanha deverá ser realizada antes do início das ativida-
pelo órgão ambiental licenciador, em comum acordo com o Empre- des das obras de construção do empreendimento, devendo ter conti-
endedor e em conformidade a legislação vigente aplicável. nuidade durante o período de obras e operação do empreendimento.
• Quando da detecção de alguma alteração importante nos parâme-
tros analisados, a Gestão Ambiental do empreendimento será ime- • Definição de malha de pontos a ser monitorada;
diatamente alertada e as providências cabíveis tomadas. • Antes da implementação do monitoramento deve ser realizado um
• Elaboração de relatórios das sequências de monitoramento. Os re- diagnóstico prévio, em que deverão ser estabelecidas as caracte-
latórios emitidos deverão ser analisados e aprovados pelos órgãos, rísticas das águas marinhas, dos sedimentos e da biota. Este diag-
que poderão recomendar ações ou ajustes no Programa de Moni- nóstico servirá como background para a avaliação das mudanças
toramento, caso sejam necessários no seu decorrer. Atividades ocorrentes nas águas em decorrência da operacionalização do em-
preendimento;
• Coleta de amostras;
Programa de Monitoramento da Biota Aquática • A periodicidade entre as coletas deve considerar, pelo menos, a
sazonalidade climática;
Atributos Parâmetros de Avaliação • Os parâmetros a serem amostrados e monitorados serão definidos
pelo órgão ambiental licenciador, em comum acordo com o Empre-
endedor e em conformidade a legislação vigente aplicável;
O objetivo principal deste programa é monitorar a biota aquática na • O monitoramento da biota marinha deverá abranger:
área de influência das estruturas marítimas do empreendimento: - Parâmetros quali-quantitativos (composição florística; abundân-
boias de atracação, navio de regaseificação, captação de água do mar, cia relativa, frequência de ocorrência, diversidade específica,
adutora de retorno/emissário submarino e lançamento de efluentes equitabilidade e densidade);
Objetivos líquidos tratados no mar, para avaliar as reais interferências da im- - Processos fisiológicos (crescimento, produtividade e reprodu-
plantação e operação do empreendimento no meio biótico, e, assim ção);
assegurar que o ecossistema marinho impactados não sofra altera- - Mudanças na distribuição das espécies; e,
ções significativas. - Alteração nas taxas de mortalidade.
A estratégia de execução do programa é dividida a partir de critérios
que identificam prioridades de intervenções que levam em consi-
deração a instabilidade do terreno e o estabelecimento potencial
de processos erosivos eventualmente estabelecidos. Ela pode ser
dividida nas seguintes fases:

Atividades • Identificação das áreas mais críticas, que será realizada antes e
durante a etapa de construção.
• Acompanhamento do processo construtivo.
• Monitoramento, durante a etapa construtiva, dos processos erosi-
vos, das áreas instáveis e dos sistemas de drenagem.
• Monitoramento e avaliação dos sistemas de drenagem que serão
realizados durante a etapa construtiva.
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UTE Portocem 33

Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar Programa de Desativação do Empreendimento

Atributos Parâmetros de Avaliação Objetiva descrever os procedimentos a serem adotados na desativa-


Objetivos ção e desmontagem da UTE, além da destinação final dos componen-
O plano de monitoramento da qualidade do ar tem como objetivo veri- tes.
Objetivos ficar se as emissões atmosféricas decorrentes do processo produtivo
da UTE Portocem estarão de acordo com as normas legais aplicáveis. • Fase 1: Avaliação dos Sistemas

O monitoramento da qualidade do ar deverá adotar como metodolo- A primeira etapa consiste na avaliação dos sistemas de monitora-
gia a seguinte sequência de ações: mento dos equipamentos elétricos e mecânicos que compõem a
UTE, identificando pontos de fragilidade mecânica ou riscos de des-
• Monitoramento das Emissões Gasosas nas Chaminés, os equipa- cargas elétricas.
mentos de controle foram dimensionados para que os gases de sa-
ída nas chaminés atendam às características estabelecidas pelas Nesta etapa serão realizados testes diversos nos equipamentos e
normas e legislações vigentes. peças como um todo. Durante esse período a UTE Portocem mante-
Atividades rá a operação normal com fornecimento de energia para o Sistema
• Acompanhamento do Monitoramento de Qualidade do Ar da SEMA- Interligado Nacional (SIN).
CE proveniente da Estação de Qualidade do Ar do Pecém.
• Fase 2: Desconexão dos Sistemas Elétricos
• Avaliação contínuo das chaminés da UTE Portocem serão avalia-
dos conjuntamente com os resultados obtidos do monitoramento Após o teste total dos componentes que integram a UTE, todos os
da qualidade do ar do CIPP da SEMACE. sistemas elétricos de transformação e transmissão de energia se-
rão desmontados e desmobilizados, caracterizando a sua total de-
sativação, na seguinte sequência:

- 1ª Parte - Subestações Elevadoras;


Programa de Auditoria Ambiental - 2ª Parte - Linhas de Transmissão das Subestações Elevadoras.

A auditoria ambiental tem por objetivo detectar e equacionar todos Neste período a UTE não estará mais interligada ao SIN e os equi-
Atividades
os problemas técnicos - ambientais, a partir da análise das políticas, pamentos serão desligados e parados. Procedimentos específicos
diretrizes e filosofias do empreendimento, de seus técnicos, e de pes- serão elaborados para garantir a parada segura dos equipamentos
Objetivos e a desconexão do SIN com segurança.
soas envolvidas direta ou indiretamente na gestão do projeto, encar-
regadas de promover o atendimento dos padrões de conformidade
legal. • Fase 3: Desmonte

Esta etapa consiste em desmontar os itens ligados à UTE. Também


• Verificar se o empreendimento está regularizado em relação ao li- serão desconectados e retirados nesta etapa, antes do desmonte
cenciamento e autorizações municipais, estaduais e federais. de todos os equipamentos que estiverem localizados na base das
• Verificar o cumprimento das restrições, exigências e recomenda- mesmas para permitir a conclusão completa das atividades desta
ções municipais, estaduais e federais, constantes das licenças, au- etapa.
torizações e do estudo e relatório de impacto ambiental.
• Verificar o cumprimento, pela gerência do empreendimento, de • Fase 4: Desativação Total
normas, padrões e parâmetros de qualidade ambiental da região
Atividades em que se localiza o empreendimento. Após o desmonte total dos componentes que integram a UTE e de
• Verificar se estão sendo cumpridas as leis, normas, regulamentos e todos os sistemas auxiliares, a remoção de todos os equipamentos
procedimentos técnicos relativos à operacionalização do empreen- será definida através de projeto específico a ser desenvolvido.
dimento, além do controle, manutenção e monitoramento da quali-
dade ambiental da região em que se insere. Na época do desmonte dos equipamentos o empreendedor irá defi-
• Avaliar a política ambiental do empreendimento; e nir sua destinação final.
• Apresentar os resultados, através de relatórios que deverão conter
as conclusões, recomendações e o plano de ação para solução das Deve ser feita a recuperação e a revegetação dos locais dos equipa-
não conformidades encontradas. mentos e das edificações (caso estas sejam demolidas).

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UTE Portocem
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 34

PROGNÓSTICO AMBIENTAL
O Prognóstico Ambiental tem a finalidade de criar
cenários futuros para os parâmetros dos meios Físi-
Além disso, as estruturas lineares do empreen-
dimento (gasoduto, adutora de água e adutora de
co, Biótico e Antrópico, considerando a Implanta- retorno/emissário submarino) serão instaladas em
ção e Não Implantação do empreendimento pro- faixas de servidão já consolidadas. Além disso, o
posto, buscando agrupar os Impactos Potenciais quadro de boias, a captação de água do mar e o lan-
Positivos e Negativos oriundos das interferências çamento de efluentes líquidos tratados estão loca-
previstas pela UTE Porto. dos no terminal portuário do Pecém, aproveitando
sua infraestrutura já implantada.
A instalação da UTE Portocem na área pleiteada
para o licenciamento ambiental permite a imediata Prognóstico considerando a
compreensão de que haverá uma maior segurança Implantação do empreendimento
na oferta de energia elétrica, disponível à popula-
ção da região, sendo uma das alternativas para o Fase de Instalação
aumento da capacidade de geração de energia no
país, os quais coincidem com a queda na geração de Durante a fase de instalação da UTE Portocem, a
energia hidroelétrica. ADA será alterada em seus aspectos físicos e bioló-
gicos, uma vez que esta passará por transformações
A instalação e operação de uma usina termoelétri- para se adequar à instalação do empreendimento,
ca, assim como qualquer outro empreendimento, ressaltando-se os seguintes aspectos:
produzirá uma carga de efeitos negativos e posi-
tivos ao ecossistema das suas áreas de influência, • Haverá diminuição a cobertura vegetal na região
sendo que a criticidade e magnitude destes efeitos no local de instalação da UTE e estruturas asso-
irão depender dos métodos e tecnologias a serem ciadas;
adotadas durante a execução de cada ação do em- • Como decorrência da supressão vegetal, espera-
preendimento. -se aumento localizado da temperatura e da taxa
de evapotranspiração, prevendo-se também a
A concepção de um programa de monitoramento perda de habitas para a fauna; ação poderá também decorrer em carreamento mudanças na navegação na bacia de manobras
e controle ambiental bem estruturado minimizará • A terraplenagem resultará em alteração das carac- de sedimentos para os locais topograficamente do Terminal Portuário do Pecém, com potencial
as adversidades e maximizará os benefícios gerados terísticas do sub-solo, relevo e do solo, formando mais baixos; para influenciar a pesca artesanal que tem se uti-
a todos os componentes potencialmente sujeitos as superfícies planas, as quais posteriormente serão • Durante a fase construtiva do empreendimento, lizado dessa área com restrições de navegação;
intervenções do empreendimento. ocupadas pelas construções civis (edificações, o ambiente demonstrará desconforto ambiental, • Nas faixas de servidão das estruturas gasoduto,
fundações, vias de acesso), o que resultando na devido o próprio estágio de instabilidade do lo- adutora de água e adutora de retorno/emissário,
É importante destacar que, nesse prognóstico a impermeabilização da superfície, refletindo em cal em obras, onde ficarão expostos materiais di- o movimento de terra será o menor possível, con-
UTE Portocem está locada em uma área industrial, perda da capacidade de infiltração, embora esta versos, com constante tráfego de equipamentos e siderando-se que a tubulação do gasoduto será
em uma região onde o zoneamento de uso e ocu- seja muito baixa. Ainda em decorrência da terra- pessoal. A própria condição de instabilidade am- instalada por meio de furo direcional e os dutos
pação do solo, já apresentam indústrias na área de planagem ocorrerá alteração no escoamento das biental durante esta fase reflete em desconforto da adutora e do emissário serão instalados acom-
entorno e também prevê a instalação de diversas águas superficiais; ambiental; panhando a topografia atual do terreno.
outras indústrias de estrutura básica e operacional • O manejo de materiais e o manuseio de equi- • Com a instalação dos equipamentos a paisagem
para dar suporte ao desenvolvimento industrial, de pamentos durante a ação resultará em alteração local apresentará uma configuração de ambiente Para mitigar esses impactos são previstos a adoção
forma que muitos impactos são minimizados pela temporária da qualidade do ar pela emissão de industrial, gerando impactos visuais. de Planos e Programas Ambientais específicos
própria situação locacional da área. poeiras, gases e em alteração da qualidade sonora • Instalação do quadro de boias e a permanência para cada impacto identificado e apresentados an-
local em decorrência da emissão de ruídos. Esta e atracação de navios nesta zona implicarão em teriormente. Esses programas apresentam diversas
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 35

atividades e diretrizes que devem ser seguidas pelo temperatura, uma vez que a vazão predominante Prognóstico considerando a Não das adversidades e benefícios gerados.
empreendedor e pelas empresas contratadas para a é proveniente da purga das torres de resfriamen- Implantação do empreendimento • Até que outra ocupação venha a ser estabelecer
instalação da UTE Portocem. to. Foi realizada uma modelagem matemática na área, a vegetação continuará com o desenvol-
para a dispersão desses efluentes, que evidenciou O prognóstico ambiental da área do empreendi- vimento atual, bem como continuará a ser o ha-
Nas áreas de entorno e influência indireta, os efeitos que o aumento da temperatura da água do mar é mento sem a implantação e operação do projeto bitat de espécies faunísticas nos moldes descritos
do empreendimento durante a fase de implantação muito pequeno, sendo que os resultados obtidos encerra a seguinte conclusão: no capítulo de diagnostico ambiental, meio bióti-
são benéficos para o meio socioeconômico, preven- indicam que o enquadramento da temperatura co.
do-se uma maior oferta de empregos temporários, do efluente à Resolução CONAMA n° 430/2011 • Sem a implantação do empreendimento, o prog- • As interferências antrópicas continuaram a exis-
aumento de geração de renda, incremento no co- ocorre durante o campo próximo, mesmo naque- nóstico para a área da UTE Portocem se baseia tir, ressaltando-se que estas são consideradas ile-
mércio e serviços, e aumento de arrecadação tribu- las condições meteo-oceanográficas menos pro- na futura ocupação por uma unidade industrial, gais tendo em vista que ocorrem violando o isola-
tária. pícias à diluição. cumprindo-se a utilização e ocupação do solo mento (cercamento) da área.
• Sobre o Meio Biótico o funcionamento dos equi- prevista para o local, de forma que as alterações • Os benefícios sociais como, incremento da eco-
Fase de Operação pamentos poderá afugentar espécies mais sensí- no terreno, qualquer que seja a ocupação e o perí- nomia local, geração de empregos e aumento de
veis à presença humana, notadamente mamífe- odo, inevitavelmente ocorrerão, o que poderá di- tributos gerados não ocorreram.
Com relação à operação do empreendimento, o ros. ferir são as magnitudes, criticidade e importância
prognóstico ambiental é o seguinte: • Especificamente no Meio Socioeconômico nas
• O funcionamento da UTE Portocem resultará em áreas de influência, a instalação e operação da
emissão de ruídos, os quais poderão ser contro- UTE Portocem pode ser prognosticada como
lados ou minimizados com uso de equipamentos Amplamente Benéfica, pois além de gerar energia
como abafadores, barreiras e etc. Os equipamen- para suprir demandas complementares ou emer-
tos serão projetados para o limite de ruído de 85 genciais, o empreendimento dotará o setor ener-
dB(A) a 1m de distância do equipamento ou da gético da região de segurança e confiabilidade, o
cobertura e a 1,5 m acima do piso ou acima de que garante a continuidade das atividades produ-
vários níveis de piso. Para manter outras fontes tivas, bem como a segurança nos investimentos
dentro do limite de 85 dB(A) serão instalados si- de novos empreendimentos na região.
lenciadores quando necessário; • Durante sua fase operacional, o empreendimento
• As principais emissões atmosféricas da UTE Por- manterá um quadro de funcionários diretos, bem
tocem estarão restritas aos gases de exaustão da como consumirá materiais de manutenção dos
queima do combustível (gás natural) nas turbi- equipamentos e de expediente, o que resultará em
nas, que serão lançados na atmosfera por duas maior desenvolvimento econômico para a região.
chaminés, sendo prognosticado o lançamento de • Destaca-se ainda no setor econômico as transa-
poluentes, Os resultados da estimativa das emis- ções comerciais estabelecidas para a operação do
sões dos poluentes mostraram que estão Abaixo empreendimento, como fornecimento de com-
dos Limites de Emissão da Legislação Estadu- bustível, manutenção de equipamentos, venda de
al COEMA 02/2009 e da Resolução CONAMA energia e outros, o que reflete em saldos positivos
436/2011. Os resultados da modelagem de dis- sobre o setor econômico local, destacando-se a
persão mostraram que as máximas concentrações geração de divisas para o estado e para o muni-
dos poluentes NOx, PTS, MP10, SOx, CO, HCT cípio, principalmente o aumento da arrecadação
e dos COVs estão abaixo dos respectivos padrões tributária.
de qualidade do ar estabelecidos na Resolução • Os benefícios socioeconômicos gerados supe-
CONAMA 491/2018. Esses resultados asseguram ram as perdas ambientais decorrentes das ações
a viabilidade ambiental do empreendimento em de implantação e operação do empreendimento,
relação à qualidade do ar na região. devendo considerar que a UTE Portocem será
• Na fase de operação, os efluentes líquidos tra- instalada nos moldes do desenvolvimento sus-
tados da UTE Portocem serão encaminhados tentado, sendo respaldada por planos de controle
via adutora de retorno/emissário marinho para e de monitoramento técnico ambiental, os quais
lançamento no mar, no Terminal Portuário do são indispensáveis para viabilização ambiental do
Pecém, sendo sua principal característica é sua empreendimento.

Relatório de Impacto Ambiental


UTE Portocem
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 36

CONCLUSÕES
A UTE Portocem, objeto deste estudo ambiental,
proposta para ser instalada no Complexo Industrial
da remoção da vegetação, e alterações morfológicas
geradas pelos trabalhos de terraplanagem, desta-
pico dessa etapa. os receptores discretos selecionados na bacia aérea
de Caucaia são todas abaixo dos seus respectivos
e Portuário de Pecém – CIPP, é de responsabilida- cando-se ainda que a introdução da estrutura in- Destaca-se que na avaliação dos impactos ambien- padrões de qualidade do ar.
de da empresa Portocem Geração de Energia Ltda., dustrial. tais da UTE Portocem foram considerados os pro-
empresa capacitada para atuar como Produtora In- cedimentos operacionais do empreendimento, bem Também foi elaborado um Estudo de Dispersão de
dependente de Energia Elétrica. Durante a instalação correrá ainda alteração da como a importância do empreendimento como so- Efluentes (EDE), de modo a obter um melhor en-
qualidade do ar e dos níveis de ruídos, devido à lução de continuidade das atividades econômicas da tendimento sobre sua dispersão no mar. Foi veri-
A instalação da UTE Portocem no CIPP está em emissão de poeiras, gases e ruídos, destacando-se região em que se insere, em caso de risco de colapso ficado que a alteração da temperatura da água do
consonância com a política de desenvolvimento do ainda as instabilidades ambientais próprias do am- ou racionamento nos períodos de crise energética. mar foi pequena, atendendo a legislação vigente.
governo estadual, de forma que sua instalação na biente em obras, que refletem diretamente em des-
área é essencial, como suporte para atratividade de conforto ambiental. A construção de usinas termoelétricas operadas Para a plena viabilidade ambiental do empreendi-
outras indústrias. com gás natural tem sido uma das soluções propos- mento recomenda-se que sejam implementados
É importante salientar que as alterações a serem tas para atender à crescente demanda no consumo os planos de ações de controle técnico e monito-
Dessa forma, a proposta da Portocem Geração impostas serão feitas dentro das normas de enge- de energia elétrica, aliada à escassez dos recursos ramento ambiental durante as fases de implanta-
de Energia Ltda., de produção de energia elétrica nharia e em função das condições físicas do terreno naturais. As modernas tecnologias empregadas nes- ção e operação do empreendimento, devendo estes
através da queima de gás natural, corrobora com e das alternativas sustentáveis de manejo dos recur- se projeto, construção e operação das instalações planos fazer parte do empreendimento garantindo
os interesses da iniciativa privada e dos setores sos naturais, de forma que as adversidades ambien- termoelétricas vêm assegurando a minimização dos assim a sua eficiência técnica e ambiental.
governamentais envolvidos com o processo de in- tais serão minimizadas, ressaltando-se ainda a con- riscos operacionais, pessoais e ao meio ambiente.
dustrialização do estado, de forma que a UTE Por- dição locacional da área, inserida em um Complexo Pelo exposto conclui-se que a concepção preliminar
tocem insere-se no contexto da política de desen- Industrial. Para esse Estudo de Impacto Ambiental também do projeto da UTE Portocem mostra-se viável am-
volvimento do setor industrial do estado do Ceará. foi elaborado um Estudo de Dispersão Atmosférica bientalmente para ser implantado no CIPP, na área
Durante a fase de operação as adversidades ficarão (EDA), de modo a obter um melhor entendimento pleiteada, desde que sejam adotadas as medidas mi-
O processo de geração de energia proposto resul- mais restritas a ADA e entorno próximo, destacan- sobre a dispersão dos gases a serem emitidos pelas tigadoras e de controle ambiental durante as ações
ta em impactos ambientais adversos mais brandos, do como mais significativos os impactos decorren- duas chaminés da UTE Portocem. de implantação e operação do empreendimento,
considerando-se que a energia termoelétrica, usan- tes da emissão de ruídos e emissões atmosféricas, bem como considerada a solicitação dos estudos
do o gás natural como combustível, se mostra como com previsão de alteração da qualidade do ar. Estes Devido a essa taxa de ventilação a região, Caucaia complementares e realizadas as complementações
uma energia “limpa” por atender os padrões am- são efeitos que poderão ser atenuados com medidas se caracteriza como altamente favorável à dispersão dos planos de gerenciamento de risco e de ação de
bientais para emissão de efluentes. de conservação de controle técnico ambiental. de poluentes, sendo que, as máximas concentrações emergência.
de todos os poluentes de curto e longo prazo sobre
A área em foco contará com toda a infraestrutura Os efeitos benéficos e as compensações ambien-
instalada e projetada para o Complexo Industrial e tais geradas pelo empreendimento recairão sobre
Portuário do Pecém – CIPP como rodovias, ferro- o meio socioeconômico, destacando-se as possibi-
vias, sistema de comunicação, sistema de eletrifica- lidades de desenvolvimento dos setores produtivos
ção, abastecimento de água bruta, sistema de abas- gerando crescimento da economia.
tecimento de gás, etc., de forma que a localização é
muito favorável sob o ponto de vista tecnológico e Nesse caso a geração de empregos se dará princi-
econômico. palmente de forma indireta, proporcionados pelo
desenvolvimento dos setores produtivos. Destaca-
Na ADA, as alterações ambientais serão mais signi- -se que para a UTE Portocem é prevista a geração
ficativas, uma vez que as intervenções nos compo- de 150 postos de trabalho diretos na fase de ope-
nentes físicos e biológicos locais são diretas, desta- ração. Todavia, com relação à fase de implantação
cando-se as alterações na paisagem em decorrência serão gerados 3.000 postos de trabalho durante o
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 37

EQUIPE TÉCNICA
CREA/CE Nº. 49079-D – CTF-IBAMA Nº.
5480423
José Orlando Carlos da Silva – Geólogo (UFC,
1997)
Especialização em Planejamento e Gestão CREA/CE Nº. 13.003-D – CTF-IBAMA Nº. 83809
Ambiental (UECE, em andamento) Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Graduanda em Engenharia Civil (UNIFOR, em (PRODEMA - UFC, 2004)
andamento) Especialista em Engenharia Ambiental e
Saneamento Básico (Estácio/FIC, 2013)
Filipe Rolim Farias – Biólogo (UFC, 2014)
CRBIO Nº. 99.554-05-D – CTF-IBAMA Nº. Lélia Maria Ferreira de Castro – Economista
5888030 (UNIFOR, 2000) - Apoio Técnico
CORECON/CE Nº. 2.883-D – CTF-IBAMA Nº.
Geraldo Leal Júnior – Engenheiro Florestal 5696078
(UFRPE, 1997) Especialista em Gestão Ambiental (UNIFOR,
CREA/PE Nº. 26.666-D – CTF-IBAMA Nº. 2004)
993384
Especialista em Gestão Integrada de Recursos Luiz Filipe de Araújo Câmara – Biólogo (UFRN,
Hídricos e de Bacias Hidrográficas (UFC, 2008) 2011)
CRBIO/05 Nº. 92723-D – CTF-IBAMA Nº.
Helissandra Helena Silva Botão – Geógrafa 5375356
(UECE, 2000)
CREA/CE Nº. 38.708-D – CTF-IBAMA Nº. Luiz Robson Bôto Carvalho – Geólogo (UFC,
611015 2009)
Mestre em Geografia Humana (UECE, 2004) CREA/CE Nº. 45.839-D – CTF-IBAMA Nº.
Especialização em saúde mental e atenção 5009599
O presente EIA/Rima foi elaborado pela Andrés de Freitas Lorenzo – Gestor da Psicossocial (ESTÁCIO, em andamento) Especialista em Gestão Ambiental (Andamento,
empresa Conestoga-Rovers Engenharia Ltda., Construção Civil (CEFET São Paulo, 2006) ESTACIO, 2015)
com equipe multidisciplinar composta pelos CTF-IBAMA 6835209 Iran Mota Sá – Turismólogo (FIC, 2007)
seguintes profissionais abaixo relacionados, CTF-IBAMA Nº. 5530585 Maria Lucinaura Diógenes Olímpio – Geóloga
tendo como técnico responsável e coordenador Olga Barata Z. Corona – Engenheira Civil Especialização em Planejamento e Gestão (UNIFOR, 1989)
geral José Manuel Mondelo Prada, Engenheiro CREA/SP Nº 0601393405 - CTF-IBAMA 434431 Ambiental (UECE, em andamento) CREA/CE Nº. 10.068-D – CTF-IBAMA Nº. 32195
Civil CREA/SP nº 0600904057. Especialista em Educação Ambiental (UECE,
Tiago Bueno Rodrigues – Geógrafo (UNESP, João Marcelo Holderbaum - Biólogo (UFC, 2005) 2002)
2005) Especialista em Eng. Ambiental (UNICAMP, CRBIO Nº 46.663/05-D – CTF-IBAMA Nº Especialista em Planejamento e Gestão Ambiental
2011) Gestão Ambiental (CANADORE COLLEGE 2900759 (UECE, 2013)
– CANADÁ,2016) Mestre em Biologia Animal (UFPE, 2011) Graduanda em Psicologia (ESTÁCIO)
Adriano Akiossi – Geólogo (UNESP, 1996) CREA/SP 5062380280 – CTF IBAMA Nº 2370307 CEMAVE – Anilhador Sênior 2900759
CREA/SP 5060516969 – CTF IBAMA Nº 1019132 Nayara Santos da Silva – Geógrafa (UECE, 2011)
Especialista em Gestão Ambiental (UNICAMP, Diego de Oliveira Soares – Biólogo (UFC, 2014) Joaquim Amâncio Furtado Filho – Geógrafo CREA/CE Nº. 49306-D – CTF-IBAMA Nº.
2000) - Apoio Técnico (UECE, 2017) 6034182
Doutor em Geociências e Meio Ambiente (UNESP, CRBIO/05 Nº. 99565/5-D – CTF-IBAMA Nº. Especialização em Planejamento e Gestão Mestre em Geografia (PROPGEO / UECE, 2014)
2010) 6089057
Ambiental (UECE, graduando) Especialização em Planejamento e Gestão
Emanuelle Leitão Barroso Vasconcelos Ambiental (UECE, em andamento)
– Geógrafa (UECE, 2012)

Relatório de Impacto Ambiental


UTE Portocem
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 38

Pedro Henrique Santos Gaspar – Arqueólogo e Thiago da Silva Albuquerque – Engenheiro Alexandre De Caroli - Bacharel em Oceanografia Consultores
Conservador de Arte Rupestre (UFPI, 2011) Ambiental e Sanitarista (UNIFOR, 2013) (USP, 2010)
Mestre em Antropologia e Arqueologia (UFPI, CREA/CE Nº. 52.658-D – CTF-IBAMA Nº. CTF-IBAMA 5.062.827 Mestre em Oceanografia Estudo de Dispersão Atmosférica
2014) 5967744 Física (USP, 2013).
CTF-IBAMA Nº. 6010754 Especialização em Engenharia de Segurança do Silvio de Oliveira – Meteorologista
Trabalho (UNIFOR, em andamento) Gabriel Carvalhaes Aloi Paschoal - Bacharel em CREA/SP Nº 0600948501 - CTF-IBAMA 40979
Roberta Maria Barbosa Creston – Pedagoga Oceanografia (USP, 2010)
(UVA, 2005) Valéria Gonçalves Trece – Bióloga, Bacharel CTF-IBAMA 5.272.646 Estudo de Análise de Risco (EAR)
Especialização em Planejamento e Gestão em Ecologia (UFRJ, 1998) - Apoio Técnico / Programa de Gerenciamento de
Ambiental (UECE, em andamento) CRBio/RJ Nº. 32.317-D – CTF-IBAMA Nº. Renan Braga Ribeiro - Bacharel em Ciências Risco (PGR) e Plano de Resposta à
CTF-IBAMA Nº. 6049697 1453919 Biológicas (Universidade Santa Cecília, 2007) Emergência (PRE)
Mestre em Ciências Biológicas - Botânica (UFRJ, CRBio Nº 64.100/01-D - CTF-IBAMA 4.443.147
Rosilene de Melo França – Geógrafa (UECE, 2002) Mestre em Ciência Ambiental (USP, 2012) Danilo César Rodrigues Azevedo - Engenheiro
2016) Doutorando em Ciência Ambiental (USP). Mecânico (UFC, 2011)
Especialização em Geoprocessamento Aplicado à Verusca Lima Cabral – Geógrafa (UECE, 1997) CREA-CE RNP Nº. 0610827724 – CTF-IBAMA
Análise Ambiental e Recursos Hídricos (UECE, CREA/CE Nº. 13.996-D – CTF-IBAMA Nº. Equipe Técnica de Apoio / Estagiários: Nº. 5131394
em andamento) 327414 Engenheiro de Segurança do Trabalho (Facadls,
CTF-IBAMA Nº. 6780901 Especialista em Gestão da Qualidade Ambiental Ana Paula Andrade e Silva – Graduanda em 2012)
(UFC-UFSC, 2001) Ciências Biológicasc, UECE) Mestre em Processos, Equipamentos e Sistemas
Tamara Fernandes Marques Pires – Engenheira Especialista em Geoprocessamento e para Energias Renováveis (UFC, 2015)
Ambiental e Sanitarista (UNIFOR, 2015) Georreferenciamento (UNIP, 2010) Francisco Edivando Ferreira Pontes – Licenciado Doutorando em Engenharia Mecânica (UFMG)
CTF-IBAMA Nº. 6191038 em Química (UECE, 2017)
CREA/CE Nº. 56.767-P Modelagem de Dispersão de Francisco Olímpio Moura Carneiro - Engenheiro
Especialização em Gestão Integrada da Qualidade Efluentes Térmico João Silas Victor da Costa – Graduando em Mecânico
e Sistemas de Certificações Sustentáveis (Unifor, Publicidade e Propaganda (Estácio) CREA-CE Nº. 45593-D – CTF-IBAMA N°.
Em Andamento) Adriene Ferreira Pereira –Bacharel em 5131291
Especialização em Geoprocessamento e Oceanografia (UFRG, 1998) Matews Lucas Sampaio Olímpio – Técnico em Especialista em Engenharia de Segurança do
Georreferenciamento de Imóveis (INBEC, Em CTF-IBAMA 318.045 Doutora em Oceanografia Meio Ambiente (SENAI, 2016) Trabalho (Facalds, 2011)
Andamento) Física (Universidade de Bremen, Alemanha, 2002). Graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária Mestre em Processos, Equipamentos e Sistemas
(FANOR, graduando). para Energias Renováveis (UFC, 2011)
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 39

A Abiótico – Lugar ou processo caracterizado


pela ausência de vida.
protegida, coberta ou não por vegetação nativa,
com a função ambiental de preservar os recursos
GLOSSÁRIO
hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a
Afloramentos – Qualquer exposição de rochas biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e
ou solos na superfície da Terra. Podem ser natu- flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
rais – escarpas, lajeados ou artificiais – escavações. populações humanas (Lei Federal 12.651/2012 –
Novo Código Florestal).
Água Bruta – Água que ainda não recebeu trata-
mento. Aspecto Ambiental – Qualquer intervenção direta
ou indireta das atividades e serviços de uma orga-
Água subterrânea – Água presente no subsolo ocu- nização sobre o meio ambiente, quer seja adversa
pando a zona saturada dos aqüíferos, e movendo-se ou benéfica.
sob o efeito da força gravitacional. Difere da água
do solo, pois nesta as forças que a comandam são as Assoreamento – Processo de elevação de uma su-
eletroquímicas, tais como capilaridade e adsorção. perfície por deposição de sedimentos. Acúmulo de
areia ou de terra causada por enchentes ou cons-
Água superficial – Água que ocorre em corpos cuja truções.
superfície livre encontra-se em contato direto com
a atmosfera, isto é, acima de superfície topográfica. Aterro – Espaço destinado à deposição final de re-
síduos sólidos gerados.
Ambiente – Todos os fatores (vivos e não-vivos)
que de fato afetam um organismo ou população de- Audiência pública. (1) – Consulta à população so-
terminados, em qualquer ponto do ciclo de vida. bre um problema ambiental ou sobre um projeto
que pode causar problemas ao meio ambiente. (2)
Amostragem – Operação que consiste em extrair Exposição à comunidade interessada ou afetada por que determinadas ações, planos, programas ou pro- Bioindicador – Espécie ou grupo de espécies que
amostras de solo, rocha, ar ou água de um local um empreendimento ou política a ser implantada, jetos podem causar à saúde, ao bem estar humano reflete o estado biótico ou abiótico de um ambiente,
para análise individual. previamente à implantação, da proposta e, ao Meio e ao entorno. o impacto produzido sobre um habitat, comunida-
Ambiente (RIMA), dirimindo dúvidas e recolhendo de ou ecossistema.
Antrópico – Relativo à humanidade, à sociedade críticas e sugestões a respeito. A audiência pública Avaliação de risco – processo pelo qual os resulta-
humana, à ação do homem. Termo recente utilizado pode ser solicitada por entidade civil, pelo Minis- dos da análise de riscos são utilizados para a toma- Bioma – Conjunto de vida (vegetal e animal) de-
para qualificar um dos setores do meio ambiente, o tério Público ou por cinqüenta ou mais cidadãos. da de decisão (Sánchez,2006). finida pelo agrupamento de tipos de vegetação
meio antrópico, compreendendo os fatores sociais, Quando houver pedido de audiência pública, qual- contíguos e identificáveis em escala regional, com
econômicos e culturais. quer licença concedida sem sua realização não terá Avifauna – Conjunto das aves existentes em uma condições geoclimáticas similares e história com-
validade. (3) Procedimento de consulta à sociedade, região. partilhada de mudanças, resultando em uma di-
Antropização – Modificações do ambiente em de- ou a grupos sociais interessados em determinado versidade biológica própria. Biomas são as grandes
Balanço Hídrico – Resultado da quantidade ‘paisagens vivas’ existentes no planeta, definidas em
corrência de ações humanas. problema ambiental ou que estejam potencialmente B de água que entra e sai de uma certa porção do geral de acordo com o tipo dominante de vegeta-
afetados pelo projeto. A audiência pública faz parte
Aquífero – Toda formação geológica capaz de ar- dos procedimentos, como canal de participação da solo em determinado intervalo de tempo ção. A Caatinga, o Cerrado e a Floresta Atlântica
mazenar e transmitir água em quantidades apreci- comunidade nas decisões em nível local. são exemplos de biomas.
áveis. Avaliação de Impacto Ambiental - Estudo realizado Biodiversidade – Representa a diversidade de co-
para identificar, prever e interpretar, assim como, munidades vegetais e animais que se interrelacio- Biomassa – Quantidade total de matéria viva exis-
Área de Preservação Permanente (APP) – área prevenir as conseqüências ou efeitos ambientais nam e convivem num espaço comum, que pode ser tente num ecossistema ou numa população animal
um ecossistema ou um bioma. ou vegetal.

Relatório de Impacto Ambiental


UTE Portocem
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 40

Biota – é o conjunto de seres vivos de um ecossiste- Drenagem – Remoção natural ou artificial de água queima do carvão mineral, óleo combustível e gás Fitoplâncton – conjunto dos organismos aquáticos
ma, o que inclui a flora, a fauna, os fungos, os protis- superficial ou subterrânea de uma área determina- natural. microscópicos que têm capacidade fotossintética e
tas (algas unicelulares e protozoários) e as bactérias. da; feição linear negativa, produzida por água de es- que vivem dispersos flutuando na coluna de água
corrência, que modela a topografia de uma região. Entorno – Área que circunscreve um território.
Biótico – Conjunto dos componentes vivos de um Fitossociologia – Ciência que trata das comunida-
ecosistema. Ecologia da paisagem – Enfatiza as paisagens EPA – Environmental Protection Agency (Agência des vegetais quanto à origem, estrutura e relações
E naturais ou as unidades naturais da paisagem de Proteção Ambiental Americana). com o meio.
Certidão de Uso de Solo – Documento com para aplicação dos conceitos de ecologia visando a
C informações sobre as atividades permissíveis conservação e manejo dos recursos naturais e da di- Erosão – Processo de desagregação do solo e trans- Flora – Conjunto de espécies vegetais (plantas, ár-
ou toleradas, e parcelamento do solo no município. versidade biológica para a solução de problemas porte dos sedimentos pela ação mecânica da água vores, etc) de uma determinada região ou ecossiste-
ambientais. dos rios (erosão fluvial), da chuva (erosão pluvial), ma específico.
Cobertura Vegetal – Expressão usada no mapea- dos ventos (erosão eólica), do degelo (erosão gla-
mento de dados ambientais para designar tipos ou Ecossistema – Comunidade de espécies vegetais, cial) e das ondas e correntes do mar (erosão mari- Formação – é um conjunto de rochas ou minerais
formas de vegetação, natural ou plantada, que reco- animais e microrganismos de um habitat que, em nha). que tem características próprias, em relação à sua
brem uma certa área. conjunto com os elementos abióticos do ambiente, composição, idade, origem ou outras propriedades
interagem como um sistema estável e clímax. Estratégia – Habilidade de aplicar os meios dispo- similares.
Controle Ambiental – Refere-se a orientação, a níveis com vista à consecução de objetivos especí-
correção, a fiscalização e a monitoragem sobre as Efluente – Qualquer tipo de água ou líquido, que ficos. Gás Natural – é uma mistura de hidrocarbo-
ações referentes à utilização dos recursos ambien- flui de um sistema de coleta, ou de transporte, como G netos leves encontrada no subsolo, na qual o
tais, de acordo com as diretrizes técnicas e adminis- tubulações, canais, reservatórios, e elevatórias, ou Estudo de Impacto Ambiental (EIA) – Estudo de- metano tem uma participação superior a 70 % em
trativas e as leis em vigor. de um sistema de tratamento ou disposição final, talhado destinado a identificar e avaliar todas as al- volume. A composição do gás natural pode variar
com estações de tratamento e corpos de água re- terações que determinada atividade poderá causar bastante dependendo de fatores relativos ao campo
Corpos d’água – Qualquer coleção de águas inte- ceptores. (Dicionário de Meio Ambiente do IBGE). ao meio ambiente. Deve ser elaborado apenas para em que o gás é produzido, processo de produção,
riores. Denominação mais utilizada para águas do- as atividades capazes de provocar impactos signifi- condicionamento, processamento, e transporte. O
ces, abrangendo rios, igarapés, lagos, lagoas, repre- EIA/RIMA – Instrumento Legal do Licenciamen- cativos. gás natural é umcombustível fóssil e uma energia
sas, açudes etc. (Glossário MUNIC/IBGE, 2002). to Ambiental, é uma exigência constitucional para não-renovável.
a instalação de obra ou atividade potencialmente Estudos Ambientais – são todos e quaisquer estu-
Degradação ambiental – Alteração impró- poluidora de significativa degradação do meio am- dos relativos aos aspectos ambientais relacionados Gás Natural Liquefeito (GNL) – é basicamente gás
D pria às características do meio ambiente. biente. à localização, instalação, operação e ampliação de natural que, após purificado, é condensando ao es-
uma atividade ou empreendimento, apresentado tado líquido por meio da redução da sua tempera-
Diagnóstico ambiental – Conhecimento de todos Emissão – Ação de emitir ou expelir de si. como subsídio para a análise da licença requerida, tura a -163 graus Celsius.
os componentes ambientais de uma determinada tais como: relatório ambiental, plano e projeto de
área para a caracterização da sua qualidade ambien- Emissões Atmosféricas – Introdução direta ou in- controle ambiental, relatório ambiental preliminar, Geomorfologia – é a ciência que estuda e interpre-
tal. direta de materiais particulados (poeiras) e/ou ga- diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de ta as formas do relevo terrestre e os mecanismos
ses na atmosfera. recuperação de área degradada e análise preliminar responsáveis pela sua modelação.
Discrepância – Desigualdade, diferença, discor- de risco. (Resolução Conama nº 237/97)
dância. Empreendimento – Toda e qualquer ação física Georreferenciamento – Tornar coordenadas co-
com objetivos sociais ou econômicos específicos, Fauna – Conjunto de espécies animais de uma nhecidas num dado sistema de referência.
Dispersão Atmosférica – É o deslocamento das seja de cunho público ou privado, que cause inter- F determinada região.
emissões atmosféricas de fontes poluidoras através venções sobre o território, envolvendo determina- Gleyssolo – Tipos de solos constituídos por areia
dos ventos e das chuvas, onde as partículas aeró- das condições de ocupação e manejo dos recursos Fitofisionomias – Classificação dos tipos de vege- fina e argila, oriundos de antigos brejos assoreados.
bicas poluentes se acomodam no solo. O estudo naturais e alteração sobre as peculiaridades am- tação observados em diferentes regiões do planeta Geralmente estão associados à paleocanais, distri-
de dispersão atmosférica consiste numa simulação bientais. (exemplo: caatinga, cerrado (savana), floresta om- buídos entre as colinas aplainadas. Este tipo de solo
de como os poluentes atmosféricos se propagam e brófila e etc.). é aproveitado para agricultura, pois são ricos em
dispersão na atmosfera. Os modelos de dispersão Energia Hidrelétrica – Energia obtida a partir da matéria orgânica.
permitem estimar ou prever o comportamento de energia potencial de uma massa de água. Fitogeografia – Ramo diferenciado da Botânica,
poluentes atmosféricos emitidos por uma determi- que trata do modo de distribuição das plantas no
nada fonte, como uma unidade industrial. Energia Termolétrica – Energia elétrica obtida da globo e das razões dessa distribuição.
Relatório de Impacto Ambiental
UTE Portocem 41

Grupo – Conjunto de Formações Geológicas. Impacto Ambiental Regional – é todo e qualquer Manejo ambiental – Ato de intervir no meio natu- Meio Socioeconômico – Conjunto de todos os
impacto ambiental que diretamente (área de influ- ral com base em conhecimentos científicos e técni- agentes sociais que caracterizam as condições hu-
Habitat – Ambiente que oferece um conjunto ência direta do projeto), no todo ou em parte, o ter- cos, com o propósito de promover e garantir a con- manas, econômicas e culturais de determinada área.
H de condições favoráveis para o desenvolvi- ritório de dois ou mais Estados. (Resolução Cona- servação da natureza.
mento, a sobrevivência e a reprodução de determi- ma nº 237/97) Metais pesados – Grupo de metais de peso atômico
nados organismos. Mastofauna – Refere-se a fauna de mamíferos, que relativamente alto. Alguns, como zinco e ferro, são
Implantar – Estabelecer, inaugurar. são uma classe de vertebrados que possui mamas e necessários ao corpo humano, em pequeníssimas
Herpetofauna – Refere-se a fauna de répteis e an- as fêmeas produzem leite para alimentação dos fi- concentrações. Outros, como chumbo, mercúrio,
fíbios. Em geral os animais desse grupo não pro- Indicadores – São índices de medida que nos aju- lhotes. cromo e cádmio, mesmo em baixas concentrações
duzem o próprio calor, ou seja, são chamados de dam a compreender uma determinada situação. costumam ser tóxicos aos animais e às plantas. Es-
animais de sangue frio. Exemplo: cobras, lagartos, Por exemplo: o número de árvores por habitante Mata Ciliar – Formação vegetal localizada nas mar- ses metais acumulam-se no organismo ao invés de
sapos, rãs, etc. de um município indica a sua cobertura vegetal e gens dos rios, córregos, lagos, represas e nascentes. se degradarem ou dissiparem, causando diversas
é um dos indicadores de sua qualidade ambiental. doenças degenerativas. Dois elementos não-metáli-
Hidrodinâmica – Parte da Mecânica dos Fluidos Este número pode ser comparado ao recomendável Matacões – Formação rochosa equilibrada sobre cos, o arsênico e o selênio, também integram o gru-
que estuda o escoamento dos fluidos. Estuda os e usado para decidir se é necessário plantar mais outra rocha ou sobreposta a um lajedo. po. Embora o alumínio não seja um metal pesado,
fluidos sujeitos a forças externas que induzam mo- árvores. Depois, este mesmo indicador servirá para também é tóxico para as plantas.
vimento. Uma vez que os fluidos não apresentam medir o sucesso ou fracasso de um programa de re- Matriz de planejamento – Utilizada para expressar
resistência quando submetidos a forças de cisalha- florestamento. de forma clara e concisa as intervenções propostas Monitoramento – Trata-se do ato de acompanhar
mento, a ação de forças externas, sejam forças de para resolver determinado problema. Na matriz es- o comportamento de determinado fenômeno ou
contato ou forças gravitacionais, induz movimento Insumos – Subsídios necessários à atividade pro- tão relacionadas as possíveis estratégias para alcan- situação com o objetivo de detectar riscos e opor-
sobre fluidos ou parte de fluidos não contidos por dutiva. çar os resultados desejados, juntamente com as ati- tunidades.
recipientes (como a superfície dos oceanos e rios). vidades, insumos, custos, responsáveis pelas ações e
Intrinsecamente – Essencial; inseparável; próprio meios para se verificar se o que foi proposto de fato Monitoramento ambiental – Procedimento desti-
Hidrocarboneto – é um composto químico cons- e inerente. ocorreu e atingiu os objetivos originais. nado a verificar a variação, ao longo do tempo, das
tituído essencialmente por átomos de carbono e de condições ambientais em função das atividades hu-
hidrogênio. Hidrocarbonetos geralmente líquidos Layout – esboço, desenho, plano. Medidas mitigadoras – São aquelas destinadas a manas.
geologicamente extraídos são chamados de petró- L prevenir impactos negativos ou a reduzir sua mag-
leo (literalmente “óleo de pedra”) ou óleo mineral, Legislação Ambiental – Conjunto de regulamen- nitude. É preferível usar a expressão “medida miti- Normativo – Que tem a atribuição de estabe-
enquanto hidrocarbonetos geológicos gasosos são tos jurídicos especificamente dirigidos às atividades gadora” em vez de “medida corretiva”, uma vez que N lecer normas.
chamados de gás natural. que afetam a qualidade do meio ambiente. a maioria dos danos ao meio ambiente, quando não
pode ser evitada, pode apenas ser mitigada ou com- Organossolo – é um tipo de solo orgânico
Ictiofauna – conjunto das espécies de peixes pensada. O pouco evoluído de coloração preta, cinzenta
I que existem numa determinada região bioge- Lêntico – Refere-se à habitats aquáticos caracteri- muito escura, ou marrom, e com elevados teores de
ográfica Iminente – Fato que pode ocorrer a qual- zados por águas calmas e paradas. (ex. lagos, poças) Meio ambiente – Conjunto dos agentes físicos, quí- carbono orgânico. São solos fortemente ácidos, com
quer momento. micos, biológicos e dos fatores sociais susceptíveis baixa saturação em base.
Lençol Freático – Lençol d’água subterrâneo limi- de exercerem um efeito direto ou mesmo indireto,
Impacto Ambiental – Qualquer alteração das pro- tado que se encontra em pressão normal e que se imediato ou a longo prazo, sobre todos os seres vi- Parâmetros – Significa o valor de qualquer
priedades físicas, químicas e biológicas do meio formou em profundidade relativamente pequena. vos, inclusive o homem. (Dicionário de Meio Am- P das variáveis de um componente ambiental
ambiente, causada por qualquer forma de matéria biente, IBGE) que lhe confira uma situaçãoqualitativa ou quanti-
ou energia resultante das atividades humanas. Litologia – Estudo científico da origem das rochas tativa. Valor ou quantidade que caracteriza ou des-
e suas transformações. Meio biótico – Conjunto de todos os agentes bio- creve uma população estatística. Nos sistemas eco-
Impacto Ambiental Adverso – Ação resultante em lógicos que compõem o meio ambiente como um lógicos, medida ou estimativa quantificável do valor
danos à qualidade de um fator ou parâmetro am- Lótico – Refere-se à habitats aquáticos caracteriza- todo. de um atributo de um componente do sistema.
biental. dos por águas correntes. (ex. rios, riachos).
Meio Físico – Conjunto de todos os agentes Físicos Patrimônio Arqueológico – Conjunto do patri-
Impacto Ambiental Local – Impacto ambiental Manancial – são as fontes, superficiais ou sub- (Geologia, Relevo, Solos, Clima etc.), que compõem mônio histórico, cultural (material e imaterial), et-
direto que ocorre dentro dos limites territoriais do M terrâneas, utilizadas para abastecimento hu- o meio ambiente como um todo. no-histórico e arqueológico.
município. mano e manutenção de atividades econômicas.

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Pedologia – Tem por objetivo o estudo das cama- tudes visando devolver ao ambiente suas caracteris- Sismicidade – Caráter do que é sísmico; feição e Tramitação – Seqüência de procedimentos para se
das superficiais da crosta terrestre, em particular ticas, a estabilidade e o equilibrio dos processos atu- freqüência dos sismos em determinadas regiões. alcançar um efeito ou objetivo.
sua formação e classificação. Refere-se aos solos. antes naquele determinado ambiente degradado.
SISNAMA – Sistema Nacional de Meio Ambiente, Turbina a Gás – também chamado de turbina de
Plano de Controle Ambiental (PCA) – Estudo Recurso Ambiental – Toda matéria e energia que constituído pelos órgãos e entidades da União, dos combustão, é um motor rotativo que extrai energia
ambiental que alem da apresentação do empreendi- ainda não tenha sofrido um processo de transfor- Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos a partir de um fluxo de combustão de gás. Tem um
mento, identifica os impactos gerados e suas mag- mação e que é usada diretamente pelos seres hu- Municípios, bem como as fundações instituídas montante compressor acoplado a um a jusante da
nitudes, e das várias medidas mitigadoras, tudo manos para assegurar as necessidades fisiológicas, pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e turbina, e uma câmara de combustão.
dentro de planos e programas ambientais. sócio-econômicas e culturais, tanto individuais melhoria da qualidade ambiental. Tem como prin-
quanto coletivas. cipais funções: (i) implementar a Política Nacional Unidades de conservação – Porções do terri-
Plano Diretor – Instrumento básico de planeja- do Meio Ambiente; (ii) estabelecer um conjunto U tório nacional com características de relevante
mento de uma cidade e que dispõe sobre sua po- Recursos Hídricos – Numa determinada região ou articulado de órgãos, entidades, regras e práticas valor ecológico e paisagístico, de domínio público
lítica de desenvolvimento, ordenamento territorial bacia, a quantidade de águas superficiais ou subter- responsáveis pela proteção e pela melhoria da qua- ou privado, legalmente instituídas pelo poder pú-
e expansão urbana. (Dicionário Eletrônico Aurélio râneas, disponíveis para qualquer uso. lidade ambiental; e (iii) garantir a descentralização blico com limites definidos sob regimes especiais de
Século XXI) da gestão ambiental, através do compartilhamento administração, aos quais se aplicam garantias ade-
Recursos Naturais – São os mais variados meios entre os entes federados (União, Estados e Municí- quadas de proteção. Exemplo: Parque Nacional, Re-
Poluição – É a degradação da qualidade ambiental de subsistência que as pessoas obtêm diretamente pios). servas Biológicas, Estações Ecológicas.
resultante de atividades que direta ou indiretamen- da natureza.
te prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar Sistema Ambiental – Refere-se aos processos e in- Usina Termolétrica – Usina capaz de gerar energia
da população, criem condições adversas às ativida- Resíduo Sólido – Resíduo resultante de atividades terações do conjunto de elementos e fatores que o elétrica a partir da queima de carvão mineral, óleo
des sociais e econômicas, afetem desfavoravelmente de comunidade, qualquer que seja a sua origem compõem, incluindo-se, além dos elementos físi- combustível e gás natural em turbinas a gás.
a biota, afetem as condições estéticas ou sanitárias (doméstica, hospitalar, comercial, de serviços, agrí- cos, biológicos e sócio-econômicos, os fatores polí-
do meio ambiente, e lancem materiais ou energia cola e industrial). ticos e institucionais. Vazão – Certo volume transportado em um
em desacordo com os padrões internacionais esta- V intervalo de tempo (Ex.: litros por segundo,
belecidos. Risco ambiental – Potencial de realização de con- Software – Qualquer programa ou conjunto de metros cúbicos por segundo).
seqüências adversas para a saúde ou vida humana, programas de computador.
Portfólio – O Portfólio é uma coleção de todo o tra- para o ambiente ou para bens materiais. (Segundo Zoneamento ambiental – Trata-se da inte-
balho em andamento na organização relacionado Society for Risk Analysis). Susceptíveis – Que pode receber certas modifica- Z gração harmônica de um conjunto de zonas
com o alcance dos objetivos do negócio. ções, impressões, qualidades. ambientais com seu respectivo corpo normativo.
Sanção – Medida repressiva infligida por uma Possui objetivos de manejo e normas específicas,
Prognóstico ambiental – Projeção da provável si- S autoridade. Termo de Referência (TR) – Conjunto de cri- com o propósito de proporcionar os meios e as con-
tuação futura do ambiente potencialmente afetado T térios exigidos para a realização de determi- dições para que todos os objetivos da Unidade pos-
caso a proposta em análise (projeto, plano, progra- Sazonalidade – relativo à estação do ano, próprio nada atividade. sam ser alcançados. É instrumento normativo do
ma ou política) seja implementada. de uma estação. Plano de Gestão Ambiental, tendo como pressu-
Terraplenagem – ato de planificar, alinhar o terre- posto um cenário formulado a partir de peculiari-
Qualidade Ambiental – É o estado do ar, da Serviços ambientais – Serviços prestados pelos no para executar uma obra. É a preparação do ter- dades ambientais diante dos processos sociais, cul-
Q água, do solo e dos ecossistemas, em relação ecossistemas em estado natural ou pouco alterados, reno para se construir algo, ou seja, deixá-lo livre de turais, econômicos e políticos vigentes e
aos efeitos da ação humana. tais como conservação e oferta de água, regulação ondulações e falhas. prognosticados para uma determinada área de es-
do clima, conservação do solo e controle de en- tudo e sua região.
Qualidade da água – Características químicas, fí- chentes. Topografia – ciência que estuda todos os acidentes
sicas e biológicas relacionadas com o seu uso para geográficos definindo a situação e a localização de- Zoogeográfica – ramo da biogeografia que estuda a
um determinado fim. Sinergia – Conceito derivado da Química. Indi- les pode ficar em qualquer área. Tem a importância distribuição geográfica das espécies animais.
ca um fenômeno no qual o efeito obtido pela ação de determinar analiticamente as medidas de área
Quaternário – Período geológico que compreende combinada de duas substâncias diferentes é maior e perímetro, localização, orientação, variações no
a história da terra decorrido desde os fins do Terci- do que a soma dos efeitos individuais dessas mes- relevo, etc e ainda representá-las graficamente em
ário até os nossos dias. mas substâncias. O emprego desse termo indica, cartas (ou plantas) topográficas.
portanto, a potencialização dos processos de coo-
Recuperação Ambiental – é uma série de ati- peração.
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