Leal & Carvalho

e-book

ABORDAGEM
DO PACIENTE
CRÍTICO
guia rápido de referência para
o atendimento de cães e gatos
 Autores

Mariana Leal da Silva

Médica veterinária autônoma
Mestre em diagnóstico em medicina veterinária
Universidade de Vassouras

Eduardo Butturini de Carvalho

Médico veterinário e professor da UniVassouras
Pós-graduado em Anestesiologia veterinária
Mestre e doutor em fisiologia - UFRJ

Ilustrações de:
Mariana Moss de Souza Macedo
Designer gráfico
Marketing e comunicação
Fundação Educacional Severino Sombra

Maio de 2024
© 2024 Universidade de Vassouras

Presidente da Fundação Educacional Severino Sombra (FUSVE)

Adm. Gustavo de Oliveira Amaral

Reitor da Universidade de Vassouras

Marco Antônio Soares de Souza

Pró -Reitor de Pesquisa e Pós Graduação da Universidade de Vassouras

Carlos Eduardo Cardoso

Coordenadora Mestrado Profissional em Diagnóstico em Medicina Veterinária

Dra. Erica Cristina Rocha Roier

Editora-Chefe das revistas Online da Universidade de Vassouras

Lígia Marcondes Rodrigues dos Santos

Diagramação
Mariana Leal da Silva
 Ficha catalográfica

Todos os direitos reservados. É permitida reprodução parcial ou total desta obra, desde que
citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. O texto é de
responsabilidade de seus autores. As informações nele contidas, bem como opiniões
emitida, não representam pontos de vista da Universidade de Vassouras.
 Lista de abreviações
µl – microlitro
BAV - bloqueio átrio-ventricular
bpm – batimentos por minuto
Cl- - cloreto
cmH2 O – centímetro de água
CO2 – gás carbônico
CTCN – contagem total de células nucleadas
DMVM – degeneração mixomatosa da valva mitral
DRC - doença renal crônica
DU – débito urinário
ECG – eletrocardiograma
FC – frequência cardíaca
FiO2 – fração inspirada de oxigênio
Fluido. - fluidoterapia
FR – frequência respiratória
g/dL – gramas por decilitro
h – horas
-
HCO3 - bicarbonato
IRA - insuficiência renal aguda
+
K - potássio
KCl – cloreto de potássio
LDHp – desidrogenase lática em efusão pleural
Max. – máximo(a)
mcg/dL – micrograma por decilitro
mcg/mL – micrograma por mililitro
mEq/L – miliequivalentes por litro
mg/dL – miligrama por decilitro
min – minuto
mL/kg/h – mililitros por quilo por hora
mm3 – milímetro cúbico
mmHg – milímetro de mercúrio
mmol/L – milimol por litro
mV - milivolt
ms - milissegundos
Na+ - sódio
NaCl – cloreto de sódio
ng/dL – nanogramas por decilitro
ºC – graus celcius
PaCO2 – pressão parcial de gás carbônico
PAD – pressão arterial diastólica
PAM – pressão arterial média
PaO2 – pressão parcial de oxigênio
PAS – pressão arterial sistólica
pH – potencial hidrogêniônico
PO2 - pressão parcial de oxigênio
PT – proteínas totais
PVC – pressão venosa central
Razão A/G – razão albumina/globulina
RPL – resposta pupilar à luz
rpm – respirações por minuto
SDMA – symmetric dimethylargine (dimetilargina simétrica)
Seg. – segundos
SID – Strong ion difference (diferença de íons fortes)
SIRS – sistemic inflamatory response syndrome (síndrome da resposta inflamatória sistêmica)
SNC – sistema nervoso central
TOD – target organ damage (lesão de órgão alvo)
TP – tempo de protrombina
TPC – tempo de preenchimento capilar
TTPA – tempo de tromboblastina parcialmente ativada
UI/L – unidades internacionais por litro
VS – versus
 Sumário

CAPÍTULO 1 - TRIAGEM................................................................................................................... 7
PERGUNTAS QUE DEVEM SER CONSIDERADAS NA TRIAGEM POR TELEFONE................. 7
CONDIÇÕES/ TEMPO DE ESPERA........................................................................................................ 8
ABCDE.............................................................................................................................................................. 10
Perguntas que devem ser consideradas na triagem ABCDE............................................. 11
CAPÍTULO 2 - SISTEMA CARDIOVASCULAR ................................................................................. 14
FREQUÊNCIA CARDÍACA........................................................................................................................... 14
Gatilho de bradicardia............................................................................................................................ 14
Gatilho de taquicardia............................................................................................................................ 14
PRESSÃO ARTERIAL..................................................................................................................................... 15
Gatilho de hipotensão............................................................................................................................ 15
Gatilho de hipertensão.......................................................................................................................... 15
PAS baseada em risco de TOD (target organ damage)......................................................... 15
PVC (PRESSÃO VENOSA CENTRAL)...................................................................................................... 16
PAO2 /FIO2 ...................................................................................................................................................... 16
ESTADIAMENTO DA DMVM (DEGENERAÇÃO MIXOMATOSA DA VALVA MITRAL)............. 16
TPC - TEMPO DE PREENCHIMENTO CAPILAR.................................................................................. 17
PULSO................................................................................................................................................................ 17
ELETROCARDIOGRAMA............................................................................................................................. 18
Parâmetros de ECG normais (Lead II)............................................................................................... 18
Arritmia sinusal........................................................................................................................................... 19
Arritmia sinusal respiratória em cães.............................................................................................. 19
Taquicardia ventricular monomórfica............................................................................................ 20
Taquiarritmia supraventricular........................................................................................................... 20
Fibrilação atrial........................................................................................................................................... 20
Fibrilação ventricular............................................................................................................................... 21
Flutter atrial................................................................................................................................................. 21
Flutter ventricular..................................................................................................................................... 21
Contração atrial prematura................................................................................................................ 22
Sinus arrest.................................................................................................................................................. 22
Ritmo idoventricular acelerado......................................................................................................... 22
Escape ventricular.................................................................................................................................... 23
Bloqueio de ramo direito....................................................................................................................... 23
Bloqueio de ramo esquerdo................................................................................................................. 23
Bigeminismo atrial..................................................................................................................................... 24
Bigeminismo ventricular......................................................................................................................... 24
BAV de 1º grau.............................................................................................................................................. 24
 BAV de 2º grau....................................................................................................................................... 25
BAV de 3º grau....................................................................................................................................... 25
Atividade elétrica sem pulso.......................................................................................................... 25
CAPÍTULO 3 - SISTEMA RESPIRATÓRIO ..................................................................................... 26
PAO2 HEMOGASOMETRIA................................................................................................................... 26
OXIMETRIA DE PULSO............................................................................................................................ 26
PADRÕES RESPIRATÓRIOS ANORMAIS VS CAUSAS................................................................. 27
PADRÕES RESPIRATÓRIOS ANORMAIS.......................................................................................... 28
Kussmaul.................................................................................................................................................. 28
Cheyne-Stokes...................................................................................................................................... 28
Biot............................................................................................................................................................... 28
CAPÍTULO 4 - SISTEMA NERVOSO ............................................................................................... 29
ESCALA DE GLASGOW MODIFICADA.............................................................................................. 29
ESCALA AVDN............................................................................................................................................ 31
RESPOSTA PUPILAR À LUZ NO TRAUMA CRANIANO................................................................. 31
LESÕES DE NERVOS CRANIANOS..................................................................................................... 32
PADRÕES RESPIRATÓRIOS EM LESÕES CRANIANAS................................................................ 33
CLASSIFICAÇÃO DA INJÚRIA MEDULAR......................................................................................... 33
ANORMALIDADES NO EXAME NEUROLÓGICO
E POSSÍVEIS NEUROLOCALIZAÇÕES................................................................................................. 34
CAPÍTULO 5 - SISTEMA URINÁRIO................................................................................................ 37
DÉBITO URINÁRIO EM ML/KG/H......................................................................................................... 37
ESTADIAMENTO DRC.............................................................................................................................. 37
ESTADIAMENTO DA IRA PARA CÃES................................................................................................ 38
DESCARGA VAGINAL.............................................................................................................................. 38
VALORES RELACIONADOS À ECLAMPSIA...................................................................................... 39
UROSEPSE................................................................................................................................................... 39
CAPÍTULO 6 - SANGUE, FLUIDOS CORPORAIS E TERMOREGULAÇÃO ............................ 40
TEMPERATURA NORMAL....................................................................................................................... 40
TEMPERATURA E ALTERAÇÕES ORGÂNICAS............................................................................... 40
HIPOTERMIA E SINAIS CLÍNICOS....................................................................................................... 40
EFUSÃO PERITONEAL............................................................................................................................. 41
CLASSIFICAÇÃO DE LÍQUIDOS PLEURAIS..................................................................................... 42
EFUSÕES PERICÁRDICAS...................................................................................................................... 42
SÓDIO SÉRICO (mEq/L)........................................................................................................................ 43
LACTATO SÉRICO..................................................................................................................................... 43
POTÁSSIO SÉRICO (mEq/L)................................................................................................................ 43
 POTÁSSIO SÉRICO E O ECG.................................................................................... 44
LACTATO SÉRICO E A PERFUSÃO TECIDUAL................................................... 45
DESIDRATAÇÃO ESTIMADA..................................................................................... 45
TRÍADE DE VIRCHOW................................................................................................. 46
TESTES DE COAGULAÇÃO....................................................................................... 46
SIRS (SÍNDROME DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA SISTÊMICA)
E SEPSE................................................................................................................................ 47
Critérios diagnósticos de SIRS.............................................................................. 47
Critérios diagnósticos de sepse........................................................................... 47
HEMOGASOMETRIA..................................................................................................... 49
Valores normais do sangue arterial.................................................................. 49
Valores normais do sangue venoso (cães)................................................... 49
Interpretação inicial................................................................................................. 50
Distúrbios simples..................................................................................................... 51
Distúrbios mistos....................................................................................................... 52
Ânion Gap...................................................................................................................... 53
Strong Ion Difference (SID).................................................................................. 54
CAPÍTULO 7 - SISTEMA ENDÓCRINO ................................................................. 56
GLICEMIA NORMAL EM REPOUSO......................................................................... 56
HIPERGLICEMIA VS SINAIS CLÍNICOS.................................................................. 56
HIPOGLICEMIA VS SINAIS CLÍNICOS.................................................................... 56
SÍNDROME HIPERGLICÊMICA HIPEROSMOLAR............................................... 57
DIABETES INSIPIDUS - PRIMEIROS SINAIS........................................................... 57
CETOACIDOSE DIABÉTICA........................................................................................ 58
TESTE DE FUNÇÃO ADRENAL................................................................................... 58
CAPÍTULO 8 - SISTEMA GASTROINTESTINAL ................................................. 59
VÔMITO VS REGURGITAÇÃO................................................................................... 59
DIARRÉIA DE INTESTINO DELGADO VS INTESTINO GROSSO..................... 60
CAPÍTULO 9 – NEONATOLOGIA ........................................................................... 61
PARÂMETROS NORMAIS DO RECÉM NASCIDO............................................... 61
PARÂMETROS DA GESTANTE................................................................................... 61
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................... 62
 Capítulo 1
Triagem

Perguntas que devem ser consideradas

na triagem por telefone

O animal está consciente?

O animal está respirando normalmente ou apresenta alguma

dificuldade?

Como está a cor da mucosa? (orientar o tutor)

O animal está tendo convulsões?

O animal apresenta alguma fratura evidente?

O animal tem alguma condição médica pré existente?

O animal ingeriu algo que pode ser tóxico nas últimas horas?

Existe algum sangramento ativo?

 Atendimento mais breve
Atendimento imediato
possível

Condições/ corpo estranho na orofaringe

tempo de desconforto respiratório
sem encurtamento da
espera aparente
respiração

parada respiratória ou
convulsões
respiração difícil

engasgos dores

corpo estranho aspirado paralisia/paraplegia

diarréia/vômitos acentuados,
cianose
hematêmese, hematoquezia

mucosas pálidas trauma

colapso/decúbito lateral estrangúria

descarga vaginal
perda de consciência
sanguinolenta (descartar cio)

piora aguda de qualquer

status epilepticus
quadro

continua...
 Atendimento mais breve
Atendimento imediato
possível

hemorragia grave perda de apetite com letargia

dor perceptível anormalidades oftalmológicas

abdômen distendido, ânsia de lesões, abscessos, mordidas,

vômito, vômito improdutivo fraturas

choque elétrico auto mutilação

temperatura >39.5°C
queimaduras
ou <36.5°C

temperatura elevada por

exercício/exposição a altas
temperaturas

envenenamento agudo
 ABCDE

A Airway
Vias aéreas

B Breathing
Respiração

C Circulation
Circulação

D
Dysfunction or
Disability
(neurologic)
Disfunção ou incapacidade
neurológica

E Exposure/
Examination
Exposição/exame
 Perguntas que devem ser consideradas
na triagem ABCDE

O paciente está tendo dificuldade respiratória?

A, B Os sons respiratórios são audíveis?

Há ferimento(s) facial(is) interferindo na passagem de ar?

Há ferimento de mordida que causou rompimento da laringe ou

traqueia?

Há enfisema subcutâneo?

Qual a cor das mucosas?

A dificuldade respiratória piora com a mudança de posição do

paciente?

Há evidência de perfuração torácica ou alteração na parede do

toráx?
 Há alguma evidência de hemorragia?

C Há inchaço relacionado a fratura(s) de extremidades?

As mucosas estão pálidas ou de cor vermelha escura?

O TPC está prolongado (>2 segundos)?

O pulso femoral está fraco e rápido?

As extremidades estão frias?

O animal está alerta e responsivo ou obnubilado, estuporoso ou

comatoso?

D As pupilas estão dilatadas ou constrictas? Isocóricas? Estão

reativas à luz?

Qual a postura do animal?

Tem algum padrão respiratório anormal?

O animal responde a estímulos dolorosos?

Há convulsões?
 Existem lacerações, feridas ou furos?

E Há hematomas? Há evolução da intensidade?

Há fraturas palpáveis?

O abdômen está aparentemente dolorido ou distendido?

Há sinais de debilidade ou outros sinais de doença?

 Capítulo 2
Sistema cardiovascular

Cães de pequeno Cães de grande

Gatos
Frequência porte porte
cardíaca
80–160 bpm 60–120 bpm 120–220 bpm

Cães de pequeno Cães de grande

Gatos
Gatilho de porte porte
bradicardia
<60 bpm <50 bpm <90 bpm

Cães de pequeno Cães de grande

Gatos
Gatilho de porte porte
taquicardia
>190 bpm >150 bpm >260 bpm

Sistólica Diastólica Média

Pressão Cães 110-190 mmHg 55-110 mmHg 80-130 mmHg

arterial
Gatos 120-170 mmHg 70-120 mmHg 60-130 mmHg
 Sistólica Diastólica Ideal manter:
Gatilho de
hipotensão
PAM > 70 mmHg
<80 mmHg 60–100 mmHg
PAS > 90 mmHg

Sistólica Reduzir a
Gatilho de
hipertensão
≥160 mmHg 110-150 mmHg

Normotenso (risco mínimo de TOD) PAS <140 mmHg

PAS baseada em
risco de TOD
(target organ Pré hipertenso (risco baixo de TOD) PAS 140-159 mmHg
damage)
Hipertenso (risco moderado de TOD) PAS 160-179 mmHg

Hipertenso grave (alto risco de TOD) PAS ≥180 mmHg

 Normal Elevada
PVC (pressão
venosa central) 0-10 cmH2O > 10 cmH2O - congestão

Leve mistura Mistura venosa Mistura venosa

Normal
venosa moderada grave
PaO2 /FiO2

>500 300-500 200-300 <200

Estadiamento da DMVM (degeneração mixomatosa da valva mitral) em cães

Classificação Indivíduos

Sem alteração estrutural mas com grande risco

A de desenvolver a doença (ex. a raça Cavalier
King Charles Spaniel)

Assintomáticos e sem evidências de

B1
remodelamento cardíaco

Assintomáticos mas com remodelamento e

B2
com indicação de tratamento

Que apresentam ou já apresentaram sinais de

C insuficiência cardíaca junto com alteração
estrutural

D Insuficiência cardíaca refratária a tratamento

TPC - tempo de preenchimento capilar

Cães Gatos

< 2 segundos < 2 segundos

Qualidade Diagnóstico

Pulso
forte e sincronizado com batimento
normal
cardíaco

hipotensão, proximidade
fraco
entre PAS e PAD

choque hipovolêmico,
filiforme endotoxêmico ou
neurogênico

parada cardíaca ou
ausente
tromboembolismo
 R
Eletrocardiograma

T
P- despolarização atrial, P
QRS - despolarização ventricular,
T - repolarização ventricular

Q
S
Cães Gatos

adultos: 60-170 bpm

Frequência 140-220 bpm
filhotes: 60-220 bpm
Parâmetros
de ECG
normais sinusal, arritmia sinusal,
Ritmo sinusal
(DII) marca-passo errante

amplitude: <0,4 mV amplitude: max.

Onda P duração: <40 ms. (<50 para 0,2 mV
raças gigantes) duração: <35 ms

Intervalo
60-130 ms 50-90 ms
PQ

amplitude: <0,9
Intervalo amplitude: >0,5 mV
mV
QRS duração: <70 ms
duração: 40 ms

continua...
 isoelétrico
elevação e depressão do
segmento
Segmento ST >±0,20 mV nos leads dos isoelétrico
membros
>±0,25 mV no leads
precordial

Intervalo QT 150-240 ms 160-220 ms

<±0,05 a 1 mV ±0,03 mV
Onda T
variável variável

Arritmia sinusal

Arritmia sinusal respiratória em cães

 Taquicardia ventricular monomórfica

Taquiarritmia supraventricular

Fibrilação atrial
Fibrilação ventricular

Flutter atrial

Flutter ventricular
Contração atrial prematura

Contração ventricular prematura

Sinus arrest

Ritmo idoventricular acelerado

Escape ventricular

Bloqueio de ramo direito

Bloqueio de ramo esquerdo

Bigeminismo atrial

Bigeminismo ventricular

BAV de 1º grau
BAV de 2º grau

BAV de 3º grau

Atividade elétrica sem pulso

 Capítulo 3
Sistema respiratório

Hipoxemia
Normal Hipoxemia Hiperoxia
grave
PaO 2
ar atmosférico no
hemogasometria
nível do mar (21%):
< 60 mmHg
cães: 92 (80-105) < 80 mmHg > 110 mmHg
gatos: 107 (95-115)

Normal Hipoxemia Hipoxemia grave

Oximetria de pulso
SpO2
>95% <95% <90%
Padrões respiratórios
anormais e causas

Padrão Causas

certas doenças metabólicas

como a cetoacidose
Kussmaul
diabética
intoxicação por barbitúricos

doenças cerebrais difusas ou

talamicas e encefalopatia
metabólicas
Cheyne-Stokes
fases finais de insuficiências
cardíacas ou intoxicação por
narcóticos

afecções cerebrais ou de
Biot
meninges

Padrões respiratórios relacionados a lesões craniais ver em capítulo 4, página 33

Padrões respiratórios anormais

Kussmaul

Cheyne-Stokes

Biot
 Capítulo 4
Sistema nervoso

Atividade motora Pontos

marcha normal, reflexos espinais normais 6

Escala de
Glasgow
hemiparesia, tetraparesia, rigidez 5
modificada

rigidez extensora em decúbito e intermitente 4

rigidez extensora inclinada e constante 3

rigidez extensora com opistótono 2

hipotonia muscular com diminuição ou ausência de

1
reflexos espinhais

Reflexo tronco-encefálico

reflexo pupilar à luz e reflexo oculocefálico normais 6

reflexo pupilar à luz reduzido com reflexo

5
oculocefálico normal a reduzido

miose arresponsiva bilateral com reflexo

4
oculocefálico normal a reduzido

pupilas pontuais com reflexo oculocefálico eduzido a

3
ausente

midríase arresponsiva unilateral com reflexo

1
oculocefálico reduzido a ausente
 Nível de consciência Pontos

períodos ocasionais de alerta e responsivo 6

depressão ou delírio, resposta inapropriada 5

semicomatoso, responsivo a estimulo visual 4

semicomatoso, responsivo a estímulo auditivo 3

semicomatoso, responsivo a repetidos estímulos

2
nocivos

comatoso, arresponsivo a estímulos nocivos 1

Resultado Pontos

Grave 3-8

Reservado 9-14

Bom 15-18
 Alerta A

Responsivo a comando verbal V

Escala AVDN

Responsivo apenas a estímulo doloroso D

Não responsivo a comando verbal ou estímulo

N
doloroso

Tamanho das Nível de

Resposta à luz Prognóstico
pupilas lesão

posição
normal - bom
intermediária

ruim a não
Resposta miose bilateral Variável
nenhuma localizável
pupilar à luz
no trauma
midríase ruim a III nervo Reservado a
craniano
unilateral nenhuma craniano ruim

midríase
unilateral e ruim a meio Reservado a
estrabismo nenhuma cerebral ruim
ventrolateral

tronco
posição
nenhuma cerebral, ruim
intermediária
medula

ruim a
midríase bilateral - ruim
nenhuma
Lesões de nervos cranianos

Nervo craniano Achado físico

perda do olfato, difícil definir a

I - olfatório
natureza clinicamente

perda da visão, resposta pupilar à luz

II - óptico
(RPL) ausente

movimentação anormal do globo

III - oculomotor
ocular, RPL ausente

IV - troclear estrabismo rotatório

reflexo palpebral e sensibilidade facial

V - trigêmeo
ausentes

retração do globo ausente (paralisia do

músculo retrator do globo)
VI - abducente
estrabismo medial (paralisia do
músculo reto lateral)

queda lateral do lábio e/ou face

VII - facial resposta à ameaça ausente e reflexo
palpebral ausente

head tilt, nistagmo, estrabismo,

VIII - vestibulococlear ataxia, andar em círculos fechados,
inclinação, surdez

perda do reflexo faríngeo (reflexo de

IX - glossofaríngeo
engasgo)

X - vago disfagia

XI - acessório
paralisia da larínge, megaesôfago
espinhal

disfagia, atrofia unilateral da língua

XII - hipoglosso
e/ou desvio da língua
 Localização Padrão respiratório
Padrões
respiratórios
córtex cerebral ou diencéfalo Cheyne–Stokes
em lesões
cranianas

ponte cerebral ou medula apneustico, atáxico (Biot)

doença cerebral ou talâmica

difusa e encefalopatias Cheyne-Stokes
metabólicas

hiperventilação neurogênica
lesões em mesencéfalo
central

lesões em ponte cerebral respiração apneustica

lesões em porção final da

respiração irregular ou atáxica
ponte cerebral e medula

Grau Severidade da disfunção

Classificação
da injúria 1 apenas dor
medular
2 paresia e ataxia (ambulatorial)

3 paresia e ataxia (não ambulatorial)

4 plegia

5 plegia com perda da percepção da dor

 Localização Movimentos Nervos
Consciência Postura Deambulação
no cérebro anormais cranianos

em círculos
rigidez, head
prosencéfalo anormal largos, déficits convulsões +/-
turn
propioceptivos

Anormalidades no em círculos
exame hipermetria, resposta à
fechados,
neurológico e cerebelo normal rigidez tremor de ameaça
déficits
possíveis intenção ausente
propioceptivos
neurolocalizações

depende
tronco éficits
anormal rigidez nenhum da
cerebral propioceptivos
localização

VI e XII,
vestibular
anormal head tilt ataxia hipermetria nistagmo,
central
estrabismo

VII,
vestibular
normal head tilt ataxia nenhum nistagmo,
peiférico
estrabismo
Localização
Movimento Nervos
na medula Consciência Postura Deambulação
s anormais cranianos
espinhal

membros torácicos:
déficits proprioceptivos,
C1-C5 normal normal Reflexos normais ou nenhum normal
aumentados
membros pélvicos: idem

membros orácicos:
déficits proprioceptivos,
déficits de reflexo
C6-T2 normal normal membros pélvicos: nenhum normal
déficits proprioceptivos,
Reflexos normais ou
aumentados

membros torácicos:
Schiff– normal
T3-L3 normal nenhum normal
Scherrington membros pélvicos:
déficit propioceptivo

membros torácicos:
normal
L4-S3 normal normal membros pélvicos: nenhum normal
éficit propioceptivo e de
reflexo
Localização na Movimentos Nervos
Consciência Postura Deambulação
periferia anormais cranianos

paresia/paralisia,
déficit
nervo periférico normal normal nenhum normal
propioceptivo e
de reflexo

paresia/paralisia,
déficit
junçaõ
normal normal propioceptivo e nenhum normal
neuromuscular
de reflexo, stiff,
marcha stilted

paresia/paralisia,
músculo normal normal stiff, marcha nenhum normal
stilted
 Capítulo 5
Sistema urinário

Débito urinário
mL/kg/h

Oligúria
Normal em Oligúria
Normal Oligúria relativa em Poliúria Anúria
fluidoterapia absoluta
fluidoterapia

1-2 2-5 < 1-2 <1 1 -2 >2 0

Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Estágio 4

(sem (leve (azotemia (azotemia
azotemia) azotemia) moderada) severa)

Creatinina
cão: <1.4 cão: 1.4–2.8
mg/dL 2.9–5.0 >5.0
gato: <1.6 gato: 1.6–2.8
Estadiamento
DRC
SDMA
cão: 18–35 cão: 36–54 cão: >54
μg/dL <18
gato: 18–25 gato: 26–38 gato: >38

cão: não proteinúrico <0.2; borderline 0.2–

Relação
0.5; proteinúrico >0.5
proteína/creatinina
gato: não proteinúrico <0.2; borderline
urinária
0.2–0.4; proteinúrico >0.4

normotenso <140; pré-hipertenso 140–159;

PAS mmHg hipertenso 160–179; hipertensão grave
>180
 Creatinina sanguínea Subclasse

Estadiamento Estágio I 1.6 mg/dL cada estágio deve ser

IRA classificado em:
para cães 1. oligúrico ou não
Estágio II 1.7-2.5 mg/dL oligúrico.
2. necessita de terapia
Estágio III 2.6-5.0 mg/dL substituta da
atividade renal ou não

Estágio IV 5.1-10.0 mg/dL

Estágio V >10 mg/dL

Hemorrágica Purulenta

Descarga
vaginal normal no proestro junto com
inchaço da vulva por 6 a 11 dias.

pode aparecer em vaginites, piometra aberta, vaginites,

piometra aberta, intoxicação por metrites
rodenticida e outras
coagulopatias, corpo estranho,
neoplasia
 Valores relacionados à eclampsia

cálcio ionizado <0.8 mmol/L

Parãmetro Achado compatível

Urosepse semelhante a sepse com

sintomatologia focos em outros sistemas ver
em capítulo 6, página 47

positiva e com o mesmo

patógeno encontrado na
urocultura
hemocultura, além do mesmo
perfil antimicrobiano
 Capítulo 6
Sangue, fluidos corporais e termoregulação

Cães Gatos
Temperatura
normal 37.5°-39.2°C 37.8°-39.5°C

Hipertermia Hipotermia
Temperatura
e alterações 32–34 °C recuperação mais longa
orgânicas 28–30 °C depressão do SNC, possíveis
< 40ºC
arrtimias atriais
> 42ºC alterações
25–26 °C alargamento do QRS,
orgânicas severas
prologamento do PR, gilocólise anaeróbia
22–23 °C fibrilação ventricular

Temperatura Sinais clínicos

Hipotermia e 32°-37°C tremores, ataxia e vasoconstrição

sinais
clínicos diminuição do nível de consciência,
28°-32°C
tremores, hipotensão

sem tremores, disritmias e grandes

<28°C
déficits do SNC
 Glicose Possível diagnóstico

plasma e fluido peritoneal com

peritonite séptica
Efusão diferença > 38 mg/dL
peritoneal
Lactato Possível diagnóstico

sangue e fluido peritoneal com suporte ao diagnóstico de

diferença <2 mmol/L peritonite séptica

Creatinina Possível diagnóstico

razão fluido/sangue >2:1 uroperitôneo

Potássio Possível diagnóstico

razão fluido/sangue
gatos: >1.4:1 uroperitôneo
cães: >1.9:1
 Novos critérios para
Fluido Critérios
gatos

Classificação PT < 3.5 g/dL

de líquidos razão A/G < 0.56
pleurais PT < 2.5 g/dL
Transudato CTNC < 5900/µl
CTCN <1500/µl
LDHp < 226 UI/L

Transudato PT 2.5 - 7.5 g/dL

modificado CTNC 1000-7000/µl

PT > 3.5 g/dL

PT >3.0 g/dL razão A/G > 0.56
Exudato
CTNC >7000/µl CTNC > 5900/µl
LDHp > 226 UI/L

Parâmetros Classificação

líquido claro, contagem baixa de células

(geralmente <1000
transudato
células/µl), densidade relativa <1.012, e
proteína <2.5 g/dL

Efusões pouco turvo ou rosado,

pericárdicas celularidade de aproximadamente de 1000 a
transudato
8000 células/µl), proteínas aproximadamente
modificado
2.5 a 5 g/dL) e densidade relativa de (1.015 a
1.030)

líquido turvo a opaco ou serofibrino a

serosanguíneo. Contagem de células
nucleadas geralmente mais alta que 3000 exsudato
células/µl), proteína geralmente bem acima
de 3 g/dL e densidade relativa >1.015
 Concentração Distúrbio Sinais clínicos
Sódio sérico
(mEq/L) cães: >155 aparecem com 170 mEq/L
gatos: > 162 hipernatremia ou mais. Disfunção do SNC,
convulsões e coma.

cães: <138
hiponatremia possível edema cerebral
gatos: <146

Hiperlactemia leve
Normal Hiperlactemia severa
Lactato à moderada
sérico
<2.5 mmol/L 3-6 mmol/L >6 mmol/L

Concentração Distúrbio Sinais clínicos

Potássio sérico
(mEq/L) depressão, fraqueza
< 3.7 hipocalemia
muscular, letargia

>7.5 fraqueza muscular, pode

ocorrer bradicardia e
> 5.5 hipercalemia
paralisação atrial,
taquiarritmias podem ocorrer
 Concentração Alteração no ECG

onda T elevada e espiculada com ramos

Potássio
simétricos; intervalo QT encurtado;
sérico e o 5.5 - 6,5 mEq/L
aumento da duração da onda P e redução
ECG
da amplitude

bradicardia sinusal; redução pronunciada

na amplitude da onda P; alargamento do
6.5 - 8,5 mEq/L
QRS; aumento do intervalo QT e/ou BAV;
depressão do segmento ST

parada atrial; ritmo sinoventricular e parada

>8.5 mEq/L
cardíaca
 Concentração Diagnóstico

Lactato sérico
e a perfusão 3 a 4 mmol/L hipoperfusão leve
tecidual

4 a 6 mmol/L hipoperfusão moderada

>6 mmol/L hipoperfusão grave

Causas de hiperlactatemia não associadas a déficit

na perfusão:

C convulsões

I isquemia

L linfoma

A adrenalina
D diabetes (metformina/cetoacidose)

A agonista beta

% desidratação Sinais físicos

<5 não detectável

Desidratação
estimada 5-6 mucosas pegajosas

6-8 turgor cutâneo diminuído, mucosas secas

globos oculares retraídos dentro das
8-10
órbitas
perda total da elasticidade da pele, córneas
10-12
opacas, evidencias de hipovolemia

>12 choque hipovolêmico, óbito

Tríade de
al

Es
Virchow
eli

ta
ot

se
nd

ve
oe

Trombose

no
sã

sa
Le

Hipercoagulabilidade

Valor normal para Valor normal para

Parâmetro
cães gatos

Testes de contagem de 3 3
200-500 (× 10 /µl) 200-600 (× 10 /µl)
coagulação plaquetas

tempo de
sangramento da 1.7-4.2 min 1.4-2.4 min
mucosa oral

TP 6-11 seg 6-12 seg

TTPA 10-25 seg 10-25 seg

produtos da
<10 mcg/mL <10 mcg/mL
divisão de fibrina

dímero D <250 ng/dL <250 ng/dL

fibrinogênio 150-400 mg/dL 150-400 mg/dL

 SIRS (Síndrome da resposta
inflamatória sistêmica) e sepse

Parâmetro Cães Gatos

Critérios
temperatura <37.2 ou >39.2ºC <37.8 ou >40ºC
dianósticos
de SIRS
FC >140 bpm <140 ou >225 bpm

FR >30 rpm >40 rpm

contagem de 3 3
<6, >19 x 10/µl <5, >19 x 10/µl
leucócitos

Anormalidade Cães Gatos

Critérios PAM <80 ou

dianósticos hipotensão <130 mmHg
PS <120 mmHg
de sepse
hipotensão PAM <65 ou
<100 mmHg
ameaçadora PS <90 mmHg

oligúria DU <0,5 mL/kg/h ou cratinina > 2,0 mg/dL

hiperbilirruninemia >0,5 mg/dL

consciência
Glasgow <17 ou AVDN <A
alterada

Continua...
 disfunção PAF < 300 ou sinais graves de infiltrado
respiratória bilateral

3
trombocitopenia (<50.000/mm ou queda
coagulação de 50% em 12h), aumento do TP/TTPA/D-
dímero ou queda de fibrinogênio

íleo paralítico ausência de ruídos à ausculta

hipoalbuminemia <2,5g/dL
 Hemogasometria

Cão Gato

pH 7.41(7.35-7.46) 7.39(7.31-7.46)
Valores
normais do PaCO2(mmHg) 37 (32-43) 31 (26-36)
sangue
arterial Déficit de bases
–2 (-5 a +1) –5 (–8 a –2)
(mmol/L)

Bicarbonato (mmol/L) 22 (18-26) 18 (14-22)

PaO2 (mmHg) nível do

92 (80-105) 107 (95-115)
mar sob FiO 2 de 0,21

Veia jugular Veia cefálica

pH 7.35 ± 0.02 7.36 ± 0.02

Valores normais PCO2(mmHg) 42 ± 5 43 ± 3

do sangue
venoso (cães) Déficit básico
–2 ± 2 –1 ± 1
(mmol/L)

Bicarbonato (mmol/L) 22 ± 2 23 ± 1

CO2 total (mmol/L) 23 ± 2 24 ± 2

PO2 (mmHg) 55 ± 10 58 ± 9
 Aumento Queda

pH alcalose acidose

Interpretação acidose respiratória alcalose respiratória

inicial PCO2(mmHg) primária ou primária ou
compensatória compensatória

alcalose metabólica
- acidose primária ou
HCO3 primária ou
compensatória
compensatória
 simples
Distúrbios
-
pH PCO 2 HCO 3

Acidose metabólica + alcalose normal ou queda

queda primária
respiratória compensatória < 7,35 compensatória

Alcalose metabólica + acidose normal ou aumento

aumento primário
respiratória compensatória > 7,45 compensatório

Acidose respiratória + alcalose normal ou aumento

aumento primário
metabólica compensatória < 7,35 compensatório

Alcalose respiratória + acidose normal ou

queda primária queda compensatória
metabólica compensatória > 7,45
 mistos
Distúrbios
pH PCO 2 HCO-3

Acidose metabólica e alcalose normal ou < 7,35 ou

queda queda
respiratória >7,45

Acidose Respiratória e normal ou < 7,35 ou

aumento aumento
Alcalose Metabólica >7,45

Acidose Metabólica e aumentado ou

< 7,35 queda
Acidose Respiratória normal

Alcalose Metabólica e reduzido ou

> 7,45 aumentado
Alcalose Respiratória normal

reduzido ou reduzido ou
Acidose Metabólica e normal ou < 7,35 ou
aumentado ou aumentado ou
Alcalose Metabólica >7,45
normal normal
 Ânion Gap

+ + - -
ÂNION GAP = (Na + K ) - (Cl + HCO3 )

Valores normais para cães e gatos: 12-24 mEq/L

O ânion gap auxilia no diagnóstico de acidose causada pelo acúmulo de

ácidos orgânicos, por exemplo, o lactato. O acúmulo desses ácidos leva ao
-
aumento do ânion gap pela diminuição da concentração do HCO3 para se
manter a eletroneutralidade.

Resultado do
Distúrbio Exemplos
Ânion Gap

Interpretação acidose lática,

cetoacidose diabética,
> 24 para acidose metabólica
acidose urêmica,
cães e gatos normoclorêmica
intoxicação por salicilato
ou etilenoglicol

normal acidose metabólica

diarreia
(12-24mEq/L) hiperclorêmica

diarréia grave (perda

distúrbios mistos excessiva de fluido +
acidose lática)

Em pacientes diabéticos não desidratados, o ânion gap pode não estar

aumentado devido ao aumento do cloreto (Cl-) que ocorre pela retenção de
-
Cl feita pelos rins. Em animais significativamente desidratados pode ocorrer
a acidose lática.
Strong Ion Difference (SID)

SID = (Na++ K+) - (Cl-)

Valores normais para cães e gatos: 36-42 mmol/L

Resultado do
Distúrbio Causas
SID

Interpretação hiponatremia,
aumentado alcalose metabólica
hipercloremia ou ambos

hipernatremia,
diminuído acidose metabólica
hipocloremia ou ambos

Mecanismo Causas

SID perda de água privação hídrica, diabetes insipidus

aumentado
perda de fluido vômito, insuficiência renal sem
hipotônico oligúria, diurese pós obstrutiva

ganho excessivo de
administração de bicarbonato de
sódio em relação ao
sódio ou isotônicos
cloreto

perda excessiva de
vômito de conteúdo estomacal, uso
cloreto em relação ao
de tiazidas ou diuréticos de alça
sódio
 Mecanismo Causas

SID diminuído doença hepática grave,

hipervolemia (ganho de
insuficiência cardíaca congestiva,
fluido hipotônico)
síndrome nefrótica

normovolemia (ganho de polidipsia psicogênica, infusão de

água) fluido hipotônico

vômito, diarreia,
hipovolêmia (perda de hipoadrenocorticismo, perdas de
fluido hipotônico) terceiro espaço, administração
de diuréticos

perda excessiva de sódio

diarreia
em relação ao cloreto

ganho excessivo de fluidoterapia suplementada com

cloreto em relação ao 0.9% NaCl, 7.2% NaCl, KCl
-
sódio nutrição parenteral total

insuficiência renal,
retenção de cloreto
hipoadrenocorticismo

cetoacidose diabética, acidose

acidose urêmica
lática

intoxicação etileno glicosalicilato

 Capítulo 7
Sistema endócrino

Glicemia normal em Cães Gatos

repouso
80–120 mg/dL 80–140 mg/dL

Glicemia Sinais clínicos Sinais mais comuns

Hiperglicemia
VS sinais geralmente sem polidipsia, polaciúria,
<200 mg/dL
clínicos sinais clínicos perda de peso, polifagia,
desidratação, alterações de
aparecimento estado mental, coma
>200 mg/dL
dos sinais

Glicemia em mg/dL Presença de sintomas

Hipoglicemia VS
sinais clínicos </= 60 mg/dL podem estar ausentes

muitas vezes, é a quando aparecem

<50 mg/dL
os sintomas

Sinais mais comuns

comportamento anormal,
cansaço mental, fraqueza,
<80 mg/dL
hipersalivação, tremores, convulsões,
óbito
 Parâmetro Resultado compatível

Síndrome
hiperglicêmica glicose sérica >600 mg/dL
hiperosmolar

cetonas urinárias ausente

osmolaridade sérica >350 mOsm/kg

Parâmetro Resultado compatível

Diabetes Insipidus consumo de água >100 mL/kg /dia

Primeiros sinais

produção de urina >50 mL/kg/dia

densidade específica
</=1.012
da urina
 Parâmetro Resultado compatível

Cetoacidose 200 mg/dL a 1000 mg/dL (em

diabética glicemia
média 500mg/dL)

osmolaridade plasmática >350 mOsm/kg

pH sanguíneo <7,3

HCO -3 <15 mmol/L

Parâmetro Cães Gatos

Teste de
função adrenal cortisol basal (mcg/dL) 1-5 6-18

cortisol pós ACTH (mcg/dL) 0.5-5.5 6-12

 Capítulo 8
Sistema gastrointestinal

Vômito Regurgitação

náusea, sialorreia, sem sinais antes do

Vômito e depressão, desconforto acontecimento
regurgitação
contrações abdominais
a ejeção do alimento é passiva
ativas

pode acontecer a qualquer normalmente logo após a

momento ingestão do alimento

alimento não digerido, às

alimento sai digerido vezes no formato cilíndrico do
esôfago

pode ter presença de bile não apresenta bile

 Características Intestino delgado Intestino grosso

muco incomum comum

Diarreia de
intestino delgado pode estar
hematoquezia incomum
ou grosso presente

normal a normal a
volume de fezes
aumentado diminuido

pode estar
melena ausente
presente

pode estar
frequência aumentada ou aumentada
normal

urgência não comumente comumente

tenesmo incomum comum

 Capítulo 9
Neonatologia

Filhote de cão Filhote de gato

Frequência
200 bpm 250 bpm
cardíaca
Parâmetros
normais do Frequência
recém nascido respiratória (1 a 3 h 15 rpm 30 rpm
pós parto)

49 mmHg com 1
Pressão arterial
mês, 94 mmHg
média
com 9 meses

8 cmH 2 O com 1
Pressão venosa
mês, 2 cmH2 O
central
com 9 meses

35.2° a 37° C normalizando na 4ª semana

Temperatura
de vida

Normal Gestação

não se altera durante

Pressão arterial
Parâmetros da 100–160mmHg gestação. No parto:
sistólica
gestante aumento de 10 a 30 mmHg

PaCO2 35 a 45 mmHg 30 a 33mmHg

 Referências bibliográficas

1. Acierno, M. J., Brown, S., Coleman, A. E., Jepson, R. E., Papich, M., Stepien, R. L., & Syme, H. M. (2018).
ACVIM consensus statement: Guidelines for the identification, evaluation, and management of systemic
hypertension in dogs and cats. Journal of Veterinary Internal Medicine, 32(6), 1803–1822.
https://doi.org/10.1111/jvim.15331

2. Castro, B. G. A., Rabelo, R. E. C. (2017). Medicina veterinaria de emergencia y cuidados veterinarios

SEPSIS-3: uma análise aplicada à medicina veterinária.

3. Creedon, B. (2023). Advanced Monitoring and Procedures for Small Animal Emergency and Critical
Care, 2nd Edition.

4. de Morais, H. A., Bach, J. F., & DiBartola, S. P. (2008). Metabolic Acid-Base Disorders in the Critical Care
Unit. In Veterinary Clinics of North America - Small Animal Practice (Vol. 38, Issue 3, pp. 559–574).
https://doi.org/10.1016/j.cvsm.2008.02.003

5. Drobatz, K. J., Hopper, K., Rozanski, E., & Silverstein, D. C. (2019). Textbook of Small Animal Emergency
Medicine.

6. Feitosa, F.L.F. (2020). Semiologia Veterinária - A Arte do Diagnóstico, 4ª edição.

7. Grimm, K. A., Lamont, L. A., Tranquilli, W. J., Greene, S. A., & Robertson, S. A. (2015). Veterinary
Anesthesia and Analgesia The Fifth Edition of Lumb and Jones.

8. IRIS Grading of AKI (Revised 2016). (2016).

9. IRIS Staging of CKD (modified 2019). (2019).

10. Keene, B. W., Atkins, C. E., Bonagura, J. D., Fox, P. R., Häggström, J., Fuentes, V. L., Oyama, M. A., Rush, J.
E., Stepien, R., & Uechi, M. (2019). ACVIM consensus guidelines for the diagnosis and treatment of
myxomatous mitral valve disease in dogs. Journal of Veterinary Internal Medicine, 33(3), 1127–1140.
https://doi.org/10.1111/jvim.15488

11. Santilli, R., Sydney Moïse, N., & Pariaut, R. (n.d.). Electrocardiography of the dog and cat, Diagnosis of
arrhythmias, 2nd Edition.

12. Silverstein, D. C., & Hopper, K. (2015). Small animal critical care medicine.

13. Varshney, J. P. (2020). Electrocardiography in Veterinary Medicine. In Electrocardiography in

Veterinary Medicine. Springer Singapore. https://doi.org/10.1007/978-981-15-3699-1