LISTA 15 Teorema Fundamental do Cálculo

Cálculo 1- 2023.2 Áreas delimitadas por gráficos

Exercício 1

Calcule a derivada com relação a x de cada uma das funções abaixo:

1
Z x sen x
t2 − 2t
Z
1. F (x) = dt 3. F (x) = ln t dt
−x t2 + 4 1
√
Z x4 Z x
3 2
2. F (x) = cos(t ) dt 4. F (x) = et +1
dt
− sen2 x 0

Exercício 2

Calcule a área da região R descrita em cada item.

1. R é a região entre os gráficos de y = x2 − 1 e y = x + 5.
2. R é a região limitada pela curva de equação y = x2 − 2x, pelo eixo x e pelas retas x = −2 e x = 4.

3. R é a região entre a reta x = 2 e a curva de equação x = y 2 + 1.

√
4. R é o conjunto dos pontos (x, y) tais que x2 ≤ y ≤ x.
5. R é a região entre os gráficos de y = |x| e y = x2 , com −3 ≤ x ≤ 3.

Solução do Exercício 1

t2 − 2t
1. F (x) = G(1) − G(−x) onde G(t) é uma primitiva de g(t) = , logo aplicando a regra da cadeia
t2 + 4
d d d
F (x) = G(1) − G(−x) = 0 − G′ (−x) · (−1) = G′ (−x)
dx dx dx
x2 + 2x
Assim, F ′ (x) = G′ (−x) = g(−x) =
x2 + 4
2. F (x) = G(x4 ) − G(− sen2 (x)) onde G(t) é uma primitiva de g(t) = cos(t3 ). Logo pela regra da cadeia,
d d d
F (x) = G(x4 ) − G(− sen2 (x)) = G′ (x4 ) · 4 · x3 − G′ (− sen2 (x)) · (−2 sen(x) cos(x))
dx dx dx
e sendo que G′ (t) = g(t) = cos(t3 ) segue
d
F (x) = 4x3 cos(x12 ) + cos(− sen6 (x)) · 2 sen(x) cos(x),
dx
que pode ser simplificado usando as identidade cos(−t) = cos(t) e sen(2x) = 2 sen(x) cos(x) obtendo
d
F (x) = 4x3 cos3 (x12 ) + cos3 (sen6 (x)) sen(2x),
dx
3. F (x) = G(x sen(x)) − G(1) onde G(t) é uma primitiva de g(t) = ln(t). Logo,
d d d
F ′ (x) = G(x sen(x)) − G(1) = G′ (x sen(x)) (x sen(x)) − 0
dx dx dx
= ln(x sen(x))(1 · sen(x) + x cos(x)).
 Portanto,
F ′ (x) = ln(x sen(x)) · (sen(x) + x cos(x)).
√ 2
4. F (x) = G( x) − G(0), onde G é uma primitiva de g(t) = et +1 , logo
√
′ ′
√ 1 g( x) ex+1
F (x) = G ( x) · √ = √ = √ .
2 x 2 x 2 x

Solução do Exercício 2

1. Para encontrar os pontos de interseção dos gráficos de f (x) = x2 − 1 e g(x) = x + 5 resolvemos a equação
x2 − 1 = x + 5 que equivale a x2 − x − 6 = 0. As soluções são x = −2 e x = 3. Note que no intervalo
(−2, 3) tem-se g(x) > f (x), a região R é delimitada entre x = −2 e x = 3.

Portanto, a área de R é
Z 3 Z 3
g(x) − f (x) dx = 6 + x − x2 dx
−2 −2
x2 x3 3
= 6x + −
2 3 −2
32 33 (−2)2 (−2)3
   
= 6·3+ − − 6 · (−2) + −
2 3 2 3
= 125/6.

2. A área de R é
Z 4 Z 0 Z 2 Z 4
2 2 2 44
x2 − 2x dx =




|x − 2x| dx = x − 2x dx + − x − 2x dx +
−2 −2 0 2 3

3. A interseção entre as curvas x = 2 e x = y 2 + 1 ocorre quando y 2 + 1 − 2 = 0, ou seja y = ±1.

2
 Vemos que a região R está entre os gráficos x = g(y) e x = f (y) onde f (y) = y 2 + 1 e g(y) = 2 (note os
eixos trocados). Como entre y = −1 e y = 1 tem-se g(y) ≥ f (y) temos que a área de R é
1 1 1
y3 13 (−1)3
Z Z    
4
2 − (y 2 + 1)dy = 1 − y 2 dy = y − = 1− − −1 − =
−1 −1 3 −1 3 3 3
√
4. Se um ponto (x, y) está na região R, então vale x2 ≤ y ≤ x, o que quer dizer em particular que x ≥ 0 e
1 3 1
x2 ≤ x 2 , e portanto x 2 ≤ 1. Logo 0 ≤ x ≤ 1. Dado que para x ∈ [0, 1] temos x2 ≤ x 2 , a área de R será
1 3 1
x3
Z
1 x2 2 1 1
x 2 − x2 dx = 3 − = − = .
0 2
3 0 3 3 3

5. Como as funções f (x) = |x| e g(x) = x2 são ambas pares, a região R será simétrica com relação ao eixo
y. Em particular se R+ e R− denotam os conjuntos de pontos de R à direita e à esquerda do eixo y
(respectivamente), R+ e R− têm a mesma área. Logo a área de R é duas vezes a área de R+ . Para achar
onde os gráficos de f e g se intersectam à direita do eixo y, resolvemos f (x) = g(x) com x ≥ 0. Isso
equivale a x2 = |x| e x ≥ 0, que é o mesmo que dizer que x2 = x, que tem soluções x = 0 e x = 1. No
intervalo [0, 1] temos |x| = x ≥ x2 , enquanto que no intervalo [1, 3] temos |x| = x ≤ x2 . logo a àrea de
R+ é Z 1 Z 3 1 3
x2 x3 x3 x2 1 9 1 29
x − x2 dx + x2 − x dx = − + − = + + =
0 1 2 3 0 3 2 1 6 2 6 6
Portanto a área de R é igual a 29/3 (o dobro da de R+ .)