Relatório Aka Power

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INTRODUÇÃO

Este relatório apresenta acontecimentos e aprendizagens ao longo da componente prática, ou


seja, o estágio, da unidade curricular mencionada anteriormente.

Aka Power é um local onde se realizam diversas aprendizagens que não são apenas das crianças
mas dos educadores e no meu caso, da estagiária. Assim sendo, este relatório tem como base
uma seleção de aprendizagens principais que foram concretizadas ao longo da prática
pedagógica.
1.1 Caraterização da Instituição

A escola Aka Power onde estagiei faz ligação a um edifício de uma escola básica do primeiro
ciclo, formando um centro escolar.

A Aka Power é constituído por seis salas de atividades, uma casa de banho para crianças, um
escritório, uma casa de banho para os adultos e uma sala de acolhimento/Componente de Apoio à
Família.

A Aka Power possui um espaço exterior onde as crianças podem brincar e explorar o meio.

A rotina diária das crianças com que estagiei respondia às suas necessidades mas também era
“flexível dentro de uma estrutura na qual a criança se sente segura e parte integrante”.

A referida rotina consistia em: recolhimento, conversa em grande grupo e tarefas de chefe,
trabalho nas áreas da sala, higiene, lanche da manhã, recreio, higiene, continuação de atividades
nas áreas, prolongamento, e partida. A Aka Power em si encontrava-se em funcionamento desde
as 8h00 até as 12h00

1.1.1 Organização do Espaço da Sala

A sala na qual estagiei estava organizada em várias áreas: os jogos de mesa, a ciência e a
matemática. A sala não tinha um espaço no chão para realizar as conversas em grande grupo tal
como os jogos de chão. A sala também tinha janelas grandes para que entrasse luz natural.

Os materiais da sala eram de uma grande variedade e acessíveis a todas as crianças da sala que
podiam brincar individualmente ou em pequenos grupos. Eram as crianças que escolhiam as
áreas nas quais desejavam realizar atividades na sala.

1.1.2 Equipa Educativa

Enquanto estive a estagiar estavam vinte crianças pertenciam à Sala 6, ou seja, a sala na qual
estagiei.

Para cada uma das salas havia uma educadora/o e uma auxiliar de ação educativa.
Capítulo II- A minha Experiência durante o Estágio

Na formação de um professor ou educador, o elemento prático é indispensável pois é através da


prática que se aprende como lidar com a realidade profissional e com os imprevistos dos quais a
teoria nem sempre consegue abranger.

O estágio que experienciei foi dividido em fases no início pelas professores da disciplina Prática
Educativa e cada fase tinha a sua função. Os dias em que estagiava eram os últimos três dias da
semana e fiz isto por aproximadamente um meses. Ao longo deste processo fiz várias
aprendizagens e a forma como agi enquanto estagiária evoluiu.

2.1 A Evolução do meu Papel enquanto Estagiária

Na primeira fase da minha prática ao entrar na Aka Power, ou seja, na fase de reconhecimento, o
meu objetivo inicial foi observar tudo que me rodeava no local de estágio. É através do ato de
observar que é permitido “detetar informações que posteriormente são recolhidas, organizadas,
compreendidas e relatadas”.

Ao observar, comecei a tomar conhecimento da instituição em si, da sala de atividades, das


crianças, da educadores e as suas práticas, tal como a forma como o espaço e o tempo era
utilizado no local de estágio. Observei o grupo de crianças como um todo, as relações que tinham
entre si e com os adultos, como também as crianças individualmente. Estas observações foram
importantes pois auxiliaram-me na minha integração na sala.

Observar cada criança e o grupo para conhecer as suas capacidades, interesses e dificuldades,
recolher as informações sobre o contexto familiar e o meio em que as crianças vivem, são
práticas necessárias para compreender melhor as características das crianças e adequar o
processo educativo às suas necessidades

Desta forma, consegui interagir de forma adequada com as crianças.


Apesar de ter auxiliado as crianças na primeira fase sempre que fosse necessário, ou seja, nas
suas rotinas diárias, quando estavam a brincar, ou em qualquer outra atividade, a minha
intervenção aumentou na fase de integração. Em conjunto com o meu par de estágio, iniciamos a
nossa planificação e realização de atividades com as crianças. Com estas experiências senti-me
cada vez mais à vontade de estar à frente do grupo e dirigi-lo tal como também tirar partido de
certos momentos imprevistos, improvisando quando era necessário.

Por vezes, simplesmente não basta a teoria para realizar uma aprendizagem, portanto estar na
prática e experienciar as ações que se devem concretizar é algo de grande importância.

Em geral, considero que esta experiência foi fulcral para a minha autoformação devido às
aprendizagens que realizei.
Capítulo III - Aprender Enquanto se Brinca

Todas as crianças têm o direito de brincar.

O facto de o brincar preencher muito o dia das crianças na instituição onde realizei a prática
pedagógica fez-me refletir sobre este assunto.

3.1 Os Tipos de Brincar

Distinguiu três etapas de brincadeira nas crianças: o brincar prático, o brincar simbólico e jogos
com regras. A primeira etapa diz respeito a crianças dos dois anos e engloba a exploração e a
manipulação em termos sensório motores. O brincar simbólico, que é preferido entre crianças
dos seis anos de idade, é quando a criança brinca ao faz-de-conta ou quando ela faz parte de uma
sócio dramatização (quando duas ou mais crianças fazem parte da mesma dramatização). Os
jogos com regras são considerados um tipo de brincar mais formal e são os jogos que as crianças
preferem, no geral, a partir dos seis ou oito anos.

4.1 O Papel do Educador

Quando o educador seja ao fazer perguntas às crianças, faz com que as crianças estejam mais
alertas. Isto é útil pois é uma forma de prevenir que as crianças fiquem desconcentradas e
agitadas. Uma boa ajuda é utilizar materiais suficientemente apelativos às crianças para as
estimular mas não as distrair. Isto é semelhante à situação quando o educador escolhe humor
para captar a atenção das crianças quando lhes comunica informação. Quando se utilizam estes
apoios é necessário encontrar o equilíbrio certo para que as aprendizagens sejam efetivas.

Para que as crianças estejam atentas e façam aprendizagens.


O educador deve utilizar formas visuais e auditivos para apresentar as suas ideias. É muito
possível que na sala de um educador haja crianças que podem aprender melhor através de
audição enquanto outras aprendam melhor através da visualização e ainda outras que aprendam
melhor utilizando ambos sentidos.

O educador precisa de conhecer as crianças na sua sala. Quando as crianças estão com falta de
concentração podem demonstrar isto de várias formas, seja através da falta de contato visual, de
conversar com colegas, estar distraído com material que esteja à sua volta, entre outros.

5.1 Dificuldades Encontradas

As crianças copiavam os apontamentos muito lento, ou seja levavam 2hrs de tempo só para
ocupar uma página.

Existiram perguntas que as crianças nem sempre respondiam simplesmente porque não sabiam a
resposta ou por as perguntas não serem feitas.

As respostas das crianças por vezes pareciam influenciadas umas pelas outras. Para além disto,
por vezes as crianças respondiam em continuação das primeiras respostas dadas pelo seu par na
entrevista.
6.1 conclusão

Estes resultados indicam que estando a criança inserida num contexto de sala de atividades
quase diariamente, ela tem a competência de descrever, exprimir, e interpretar a sua opinião e os
seus desejos tal como refletir sobre o que lhe diz respeito. As crianças demonstraram que têm
uma compreensão do seu contexto e sabem comunicar sobre ele.

Sendo que as crianças devem ser participantes e ativos para concretizar as suas aprendizagens, é
natural que os educadores devem ouvir as suas crianças para melhorar ainda mais o processo
educativo. Os educadores de infância podem melhorar o processo de ensino-aprendizagem ao dar
voz às crianças e assim, dando-lhes um papel mais participativo.

Do ponto de vista do educador de infância, sendo que as crianças têm uma gama ampla de
gostos pessoais, isto pode ser considerado um desafio para agradar sempre todas as crianças.
Porém, ao longo de um ano letivo é possível fazer uma variedade de atividades que abrangem
uma grande quantidade dos interesses das crianças, basta ter alguma criatividade.

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