A Medicao Da Resistencia Ohm

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JO„O MACŠRIO NETTO • A mediˆ•o da resist‘ncia ’hmica e seu valor em casos especiais.

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JOÃO MACÁRIO NETTO


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2009

A medição da resistência ôhmica e seu valor em casos especiais.


Publicado em: ELETROT‹CNICA - Aterramento El‡trico por Jo•o MacŒrio Netto

Abaixo um procedimento para medição de resistência de aterramento, utilizando o instrumento


Terrômetro. É importante também atentar a alguns conceitos descritos abaixo. Estou disponibilizando
também no final do texto a indicação de um instrumento fornecido pela MEGABRÁS, o qual utilizei em
campo em algumas medições.

A resistência do aterramento para um sistema de Proteˆ•o contra Descargas Atmosf‡ricas (SPDA) tem a
funˆ•o de dissipar no solo a corrente do raio que foi recebida pelos captores e conduzida pelos condutores de
descida.

O valor dessa resist‘ncia deve ser o mais baixo poss€vel para o tipo de terreno no qual vai ser implantado.

Quanto mais baixo for esse valor menores ser•o as tens‰es de passo e as tens‰es de toque tanto para descargas
atmosf‡ricas como para correntes de curto-circuito que incluam a terra como parte do seu percurso (como no
sistema T-T).

As normas de uma maneira geral especificam que as resist‘ncias de aterramento podem ser calculadas ou
medidas.

O cŒlculo da resist‘ncia ‡ feito partindo-se da mediˆ•o e estratificaˆ•o das resistividades.

A norma NBR-7117 especifica a mediˆ•o da resistividade pelo m‡todo de Wenner cravando no solo 4 hastes
alinhadas e separadas pela mesma dist•ncia d.

Ligando-se essas hastes a um terr’metro de quatro terminais, 2 externos para corrente e dois internos para
potencial, como indicado na figura:

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O terr’metro mede o potencial entre os pontosinternos e o divide pela corrente imposta pelo aparelho atrav‡s
dos terminais externos, fornecendo diretamente o valor da resist‘ncia R. Segundo a teoria de Wenner, a
resistividade do solo a profundidade d ‡ dada por:

ro=2pRd

Executando as medidas em varias direˆ‰es e variando a dimens•o d de acordo com s‡rie:

1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128….metros

‹ poss€vel calcular a resistividade das vŒrias camadas do solo e a sua estratificaˆ•o, substituindo o solo
original:

Por um solo de camadas regulares e resistividades uniformes em cada camada:

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A NBR-7117 especifica a mediˆ•o segundo as direˆ‰es dos lados de um quadrilŒtero e em duas direˆ‰es
ortogonais a partir do centro deste quadrilŒtero:

O aparelho deve ficar fixo no ponto m‡dio, A, da dimens•o de cada lado do quadrilŒtero e as estacas s•o quem
devem ir sendo deslocadas para obtenˆ•o das dist•ncias d.

Entrando com os dados das mediˆ‰es em cada direˆ•o em um programa adequado como o TecAT – IV obt‡m-
se o grŒfico das resistividades m‡dias em funˆ•o das dist•ncias, n—mero de camadas e a resistividade de cada
camada.

Entrando no mesmo programa com o desenho da malha de terra obt‡m-se o valor da resist‘ncia de aterramento
de malha. Se necessŒrio o programa oferece tenham os perfis bidimensionais ou tridimensionais dos potenciais
de passo e de toque permitindo fazer ajustes nas malhas de maneira que sejam obedecidas os limites fixados por
normas de seguranˆa, como a IEEE-80.

A norma citada s˜ permite o cŒlculo grŒfico ou manual se forem obedecidas as condiˆ‰es:

• o solo pode ser representado por 2 camadas de resistividades P1 e P2


• .P 1 > 1, 3 P2
• a malha com todos seus condutores (horizontais e verticais) estŒ contida na 1™ camadas.

Essa opˆ•o de cŒlculo s˜ pode ser atendida se antes da construˆ•o dos pr‡dios, forem efetuadas as mediˆ‰es das
resistividades como indicado acima.

Ap˜s a execuˆ•o da malha devem ser realizadas, se poss€vel, mediˆ‰es que comprovem a exatid•o dos cŒlculos
efetuados.

Para uma malha de uma SE, se n•o for poss€vel medir a resist‘ncias (pela suas dimens‰es), devem ser medidas
as tens‰es de passo e de toque nos pontos que os cŒlculos mostraram ser mais cr€ticos, para garantir a seguranˆa
das pessoas que se encontrem na Œrea durante um curto-circuito.

A medição da resistência de aterramento

A mediˆ•o da resist‘ncia de aterramento ‡ feita com terr’metro de 3 pontos ou 1 de quatro pontos no qual s•o
curto circuitados os dois primeiros pontos.

Um ponto do terr’metro ‡ ligado a malha de terra que se quer medir, o ponto de sa€da de corrente ‡ ligado a
uma estaca fixada a uma dist•ncia da ordem de 6 a 10 vezes a maior dimens•o da malha, e o ponto central de
potencial ‡ ligada a uma estaca m˜vel.

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Mudando-se a posiˆ•o da estaca central em dist•ncias iguais (5 a 10m, por exemplo) desde a estaca de corrente
at‡ a malha obtem-se um conjunto de medidas da resist‘ncia de aterramento que permitem traˆar um grŒfico
das resist‘ncias em funˆ•o das dist•ncias correspondentes.

Se a resistividade do solo for muito alta serŒ muito dif€cil ou mesmo imposs€vel obter uma resist‘ncia de
aterramento de 10 Ω.

N•o seria mais l˜gico a NBR-5419:2001 n•o dar ent•o esse valor e pedir: “a resist‘ncia de aterramento da
malha de terra para uma instalaˆ•o de SPDA deve ser a mais baixa poss€vel para o tipo de terreno em que ela
vai ser instalada”.

Seria mais l˜gico, mas tem-se os seguintes problemas:

1) Como o projetista vai demosntrar que n•o ‡ poss€vel obter uma resist‘ncia mais baixa se o pr‡dio jŒ estiver
pronto ou se n•o houver terreno livre de interfer‘ncias para medir resistividade do solo? Todos os proprietŒrios
dos terrenos nos quais v•o ser constru€dos pr‡dios com malhas de terra deveriam mandar fazer um
levantamento das ressitividades (mesmo sem executar nenhum cŒlculo). Seria isso exequ€vel?

2) Assim como apareceram as hastes de aterramento de baixa camada, de camada comercial ou ainda de
dimens‰es reduzidas n•o apareceriam instaladores a n•o executar a malha simplesmente enfiando o cabo de
descida 1 metro ou menos no solo?

Isso foi discutido no CT-81 da IEC na votaˆ•o final em 1986 em reuni•o em Orlando, na Fl˜rida, USA.

A proposta da Alemanha feita pelo prof. Wiesinger era exatamente a de n•o estipular o valor, como indicamos
acima.

Durante a discuss•o foram apresentados argumentos contrarios pelo eng• Claude Gary da Franˆa basedos no
sentido indicado no item 2 acima ( amalandragem n•o ‡ exclusividade dos brasileiros).

Houve ent•o uma concord•ncia geral e o prof. Wiesinger retirou sua proposta em favor da manutenˆ•o do valor
de 10 Ω como um valor a ser atingido e desejŒvel. Caso n•o seja conseguido, o instalador deve justificar e
apresentar relat˜rio das medidas que ela tomou para abaixar a um valor o mais pr˜ximo poss€vel do 10Ω
recomendados.

Como podemos baixar o valor da resist‘ncia de aterramento?

Indicamos a seguir algumas possibilidades:

• usar hastes ou condutores horizontais em paralelo.aumentar a profundidade das hastes ou o comprimneto


do condutor horizontal.fazer tratamento com um gel (nomes comerciais Laborgel, Ericogel, Aterragel e
outros.
• instalar as hastes verticais em furos no solo com ž 30cm de di•metro, e preencher o espaˆo com bentonita
em agua. O eletrodo mais uado nestes caso ‡ um tubo de cobre de 50mm de d•metro e com vŒrios furos
ao longo do comprimento.
• usar produtos qu€micos patenteados e renovŒveis para baixar a ressitividade do solo em torno da haste.
Exemplo: Chem Rod, instalado pela Ideal Engenharia.

Conceito de equalização dos potenciais

Quando as normas se referem a equalizaˆ•o dos potenciais est•o querendo dizer que estamos executando uma
interligaˆ•o para reduzir substancialmente a diferenˆa de potencial entre dois pontos de uma instalaˆ•o ou entre
duas referencias de potencial de circuitos diferentes, ou ainda entre dois pr‡dios.

Em ingl‘s essa ligaˆ•o ‡ denominada bonding que jŒ foi traduzida por bondeamento que nos parece meio
exc‘ntrica, mas se for adotada, depois de algum tempo nos parecerŒ normal, assim como inicializar, jampear e
outros anglicismos. AliŒs, a pr˜pria palavra equalizar tamb‡m ‡ um anglicismo, pois o correto em portugu‘s
casto ‡ igualizar, que nos soa dif€cil at‡ de pronunciar. N•o se pretende reduzir a zero as diferenˆas de
potencial, mas reduzir essa diferenˆa a um valor que seja desprez€vel para as necessidades daquela situaˆ•o e
naquela t‡cnica.

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Assim se estamos falando em seguranˆa das pessoas nas freqŸ‘ncia industrias (50Hz/60Hz) uma reduˆ•o da
diferenˆa de potencial a valores abaixo do limite da tens•o de toque ( 50 V, 25 V, ou 12 V, dependendo da
situaˆ•o do local: seco, molhado ou com o corpo dentro d’Œgua).

Se por outro lado estivermos falando em equipamentos da Tecnologia da Informaˆ•o essa diferenˆa pode ser de
alguns Volts ou de menos de 1 Volt.

‹ claro que quando passa uma corrente por um condutor sempre hŒ uma queda de potencial que poderŒ ser
maior ou menor dependendo do valor da corrente que circular e do valor da imped•ncia ( resist‘ncia e
indut•ncia). Em muitas situaˆ‰es normalmente n•o hŒ passagem de corrente substancial pelo condutor de
equalizaˆ•o e por isso sua imped•ncia n•o tem tanta import•ncia. Quando a corrente ‡ de alta frequ‘ncia essa
queda de tens•o ‡ determinada pela taxa de variaˆ•o da corrente di/dt e pela indut•ncia do condutor L, ou seja
pela Ldi/dt.; quando a corrente ‡ de baixa frequ‘ncia ou mesmo cont€nua, a queda de tens•o serŒ dada por RI.

A indut•ncia dos condutores de seˆ•o circular nas dimens‰es usadas nas instalaˆ‰es ‡ de cerca de 1,2 ¡H/m e o
di/dt de uma corrente de raio ‡ de dezenas ou centenas de kV/¡s e o produto Ldi/dt serŒ de dezenas a centenas
de kV/m nos condutores que conduzem a corrente do raio (condutores de descida, por exemplo) ou alguns
¡V/¡m nos condutores dos circuito eletr’nicos onde uma min—scula parte da corrente induzida pelo raio em um
circuito vai passar por um condutor de alguns mm de comprimento.

Conclus€o

Procurando obter o menor valor poss•vel para a resist‚ncia de aterramento e executando a equalizaƒ€o
de todas as massas tem-se poucas possibilidades de surgirem potenciais perigosos dentro de uma
instalaƒ€o.

O equipamento que utilizei muito na prŒtica e em campo ‡ o MTD20KWe – Digital earth tester da
MEGABRŠS.

Este instrumento pode ser encontrado no site da MEGABRŠS – www.megabras.com.br

Boas mediˆ‰es!!

2 Coment„rio to “A mediƒ€o da resist‚ncia †hmica e seu valor em casos especiais.”

1.
carlos romeiro
marˆo 29th, 2010 at 22:07

otimo

2.
durval melo
outubro 1st, 2010 at 19:01

gostei, muito definido e objetivo

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