Exercício e Ilpi

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Canoas, v. 10, n. 2, 2022
Artigo de Revisão

Os Efeitos Do Exercício No Desempenho Físico Em Idosos Residentes De Instituições De


Longa Permanência: Uma Revisão Integrativa

The Effects Of Exercise On Physical Performance In Elderly Residents Of Long-Term Institutions:


An Integrative Review

http://dx.doi.org/10.18316/sdh.v10i2.8476

Édila Penna Pinheiro1 ORCID 0000-0002-0792-093X, Gabriel dos Santos Lemes2 ORCID 0000-0003-
4811-9759, Juliana Katarina Schoer Portes2 ORCID 0000-0001-8554-4661, Leonardo Peterson dos
Santos2 ORCID 0000-0001-8623-5596, Rafaela Cavalheiro do Espírito Santo2 ORCID 0000-0002-5518-
3479, Ricardo Machado Xavier2,3 ORCID 0000-0001-6570-4533, Luiz Alberto Forgiarini Júnior1 ORCID
0000-0002-6706-2703, Lidiane Isabel Filippin1* ORCID 0000-0003-2043-6162

RESUMO
Introdução: Com o aumento de idosos na população, cada vez mais surgem indivíduos incapacitados
e dependentes de uma rede de cuidados. O treinamento físico pode ser uma intervenção efetiva para
atenuar o declínio ou melhorar o desempenho físico relacionado com a idade. Objetivo: Revisar quais os
treinamentos físicos prescritos e sumarizar os seus efeitos no desempenho físico em idosos residentes
de Instituições de Longa Permanência através da bateria de testes Short Physical Performance Battery,
teste Levantar e caminhar, Teste de Sentar e levantar de 30 segundos. Materiais e Métodos: Foi realizada
uma revisão integrativa da literatura empregando as bases de dados PubMed/ Medline, Scielo e Lilacs.
Resultados: Foram selecionados 32 estudos. Desses, o treinamento multicomponente foi utilizado
em 11 e os exercícios resistidos apareceram em 8, sendo as modalidades mais utilizadas. Melhoras
significativas (p<0,05) foram encontrados em todos os desfechos de desempenho físico avaliados tanto
nos estudos que utilizaram de treinamento multicomponente quanto resistidos. Conclusões: A revisão
apontou que ambas as modalidades melhoram significativamente os parâmetros de desempenho físico
relevantes para a capacidade funcional do idoso institucionalizado. Do ponto de vista clínico torna-se
importante ter mais de uma estratégia à disposição de treinamento físico nessa população que se
encontra tão vulnerável.
Palavras-chave: Exercício; Lar de Idosos; Desempenho Físico.

1 Programa de Pós-Graduação em Saúde e Desenvolvimento Humano, Universidade La Salle, Canoas, Brasil.


2 Laboratório de Doenças Autoimunes, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, Brasil.
3 Serviço de Reumatologia, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, Brasil.

*Autor Correspondente: Av. Victor Barreto, 2288. Canoas/RS, Brasil. CEP 92010-000.
Email: lidiane.fi[email protected]

Submetido em: 10.05.2021


Aceito em: 21.07.2021
2

ABSTRACT
Introduction: With the increase of elderly people in the population, people with disabilities and
dependent on a care network increasingly appear. Physical training can be an effective intervention
to mitigate decline or improve age-related physical performance. Objective: to review the prescribed
physical training and summarize its effects on physical performance in elderly residents of long-stay
institutions through the battery of tests Short Physical Performance Battery, Stand up and walk test,
Sit and stand test for 30 seconds. Materials and Methods: An integrative literature review was carried
out using the PubMed/Medline, Scielo and Lilacs databases. Results: Considering the inclusion
criteria, 32 studies were selected. Of these, multicomponent training was used in 11 and resistance
exercises appeared in 8, being the most used modalities. Significant improvements (p<0.05) were
found in all physical performance outcomes evaluated both in studies that used multicomponent and
resistance training. Conclusions: The review showed that both modalities significantly improve the
physical performance parameters relevant to the functional capacity of institutionalized elderly. From
a clinical point of view, it is important to have more than one strategy available for physical training in
this population that is so vulnerable.
Keywords: Exercise; Homes for the Aged, Physical Performance.

INTRODUÇÃO

A expectativa de vida tem aumentado de forma significativa no mundo. Estima-se que a proporção
mundial de pessoas idosas deverá representar dois bilhões em todo mundo até 20501. A partir dos 60
anos há uma diminuição progressiva da massa muscular (aproximadamente 1 a 2% /ano) e da força
muscular em torno de 1,5 a 5% por ano2. Essas são variáveis com demasiada relevância no que
tange a capacidade funcional do idoso, no entanto, seu declínio ainda é clinicamente subestimado,
especialmente nos idosos mais velhos.
A dificuldade em se levantar de uma cadeira ou a velocidade lenta na caminhada são sinais
de comprometimento no desempenho físico3, e podem prejudicar a capacidade funcional dos idosos
em realizar atividades de vida diária (AVDs)4. Com esse declínio das capacidades funcionais, os
idosos tornam-se mais dependentes nas suas AVDs, buscando novas alternativas de suporte, como
residências para idosos, lares de idosos ou instalações de saúde5. Os residentes das Instituições de
Longa Permanência para Idosos (ILPI) permanecem a maior parte do dia envolvidos em atividades
sedentárias6. Dessa forma, gastando 65,5% do seu dia em atividades passivas conduzidas na posição
sentada e apenas caminham por 0,9% do seu dia7.
Uma revisão sistemática e metanálise avaliou os benefícios e danos das intervenções de
reabilitação física com foco em manter ou melhorar o desempenho físico de idosos em cuidados de
longa duração através da revisão de ensaios clínicos randomizados8. Os autores concluíram que a
intervenção de exercícios físicos pode ser benéfica e segura para os residentes de lares, desse modo
melhorando a mobilidade física. Porém, a (s) modalidades (s) específicas (s) com mais benefícios, e
como se relacionam com as características dos residentes, ainda não está claro.
Uma recomendação publicada mais atualizada sobre a prescrição de programas de exercícios
físicos para residentes de ILPI propõe que o treinamento ideal para promover melhorias no desempenho
físico a essa população deveria ser a modalidade multicomponente9. Essas diretrizes baseiam-se na
recomendação de exercícios para adultos mais velhos de intensidade moderada com a união das
seguintes modalidades: exercícios aeróbicos, resistidos, flexibilidade e equilíbrio10. Porém, os mesmos
autores9 apontam que essas diretrizes claramente são mais apropriadas para os idosos saudáveis
residentes em comunidade do que para os idosos institucionalizados. Levando em consideração que
a maioria já possui idade mais avançada e provavelmente um declínio no desempenho físico como
também a possibilidade de apresentar alguma limitação funcional associada.

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A eficácia do exercício resistido progressivo em idosos institucionalizados foi verificada em uma


revisão sistemática11. A intervenção demonstrou possuir um efeito positivo nos resultados funcionais
relacionados à mobilidade nesta população. Em geral, a qualidade metodológica (escala PEDro)
revisada foi de moderada a alta. O pequeno tamanho da amostra ocorreu na maioria dos estudos, o
que pode levar a imprecisões dos resultados estatísticos. Os autores também relataram que há um
número muito limitado dos artigos que utilizam do treinamento resistido progressivo exclusivamente
nesta população. Outra consideração importante é que a intensidade do treinamento pareceu ser uma
variável crítica, com maiores intensidades de treinamento resultantes em maiores ganhos fisiológicos e
melhorias funcionais em idosos frágeis.
De acordo com o que fora previamente exposto, o treinamento físico pode ser uma intervenção
efetiva em idosos institucionalizados ao ser eficaz na melhora do desempenho físico. No entanto,
programas de exercícios físicos ainda carece de maior investigação nesta população, pois até este
momento são pouco estudados e elucidados em relação aos seus efeitos no desempenho físico de
idosos institucionalizados. Além disso, existem estudos que testaram distintos protocolos de intervenção
de exercícios físicos para os idosos que residem na comunidade, mas para os institucionalizados
os achados são diversos. Existe uma lacuna significativa na literatura no que diz respeito a melhor
periodização de treinamento como também a modalidade de exercício que resultaria em maiores
benefícios a esta população. Atualmente, heterogeneidade no modo, na duração e na intensidade
do exercício utilizado é comum. Desse modo, o objetivo deste estudo é revisar quais os treinamentos
físicos prescritos e sumarizar os seus efeitos no desempenho físico em idosos residentes de ILPIs.

MATERIAS E MÉTODOS

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a qual é a mais ampla abordagem metodológica
referente às revisões12. O presente estudo respeitou os seguintes passos: 1. Identificação da pergunta
de pesquisa; 2. Busca na literatura definindo os critérios de inclusão e exclusão dos estudos; 3.
Estabelecimento das informações a serem extraídas dos estudos selecionados; 4. Avaliação dos
estudos incluídos na revisão integrativa; 5. Interpretação dos resultados; e 6. Síntese do conhecimento.
Fontes de dados. Para realizar o levantamento dos estudos na literatura foram utilizadas as
seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS),
Free resource and maintained by the National Library of Medicine (PUBMED) e Scientific Electronic
Library Online (SCIELO).
Termos de pesquisa. Foram utilizadas a combinação dos descritores de saúde “Homes for
the Aged” AND “Exercise” para cruzamento de dados. A utilização de tais descritores foi definida por
consultas preliminares, em que o emprego de descritores mais específicos delimitou demasiadamente
o número de fontes localizadas.
Critérios de inclusão e de exclusão. Os critérios de inclusão aplicados foram: pesquisas
publicadas nos últimos 10 anos com textos completos disponíveis em inglês ou português e artigos de
ensaios clínicos sobre intervenção com exercício físico, em adultos com mais de 60 anos residentes
em ILPI, apresentando desfecho que avaliem o desempenho físico, respectivamente sendo o Short
Physical Performance Battery (SPPB), o Teste de Sentar e Levantar da cadeira de 30 segundos (SL)
e o Teste de Levantar e Caminhar (“Timed Up and Go” - TUG). Foram excluídos os estudos que não
apresentaram desfechos em pelo menos um dos testes citados nos critérios de inclusão.
Extração de dados. A triagem do título, resumo e texto completo foi realizada em duplicata por
dois revisores independentes (Pinheiro E. e Santos G.). Discordâncias foram resolvidas por discussão
entre os dois revisores. O revisor (Pinheiro E.) extraiu os dados dos estudos usando um formulário para
extração de dados pré-estabelecido. Todos os dados do estudo foram registrados usando um programa
de gerenciamento bibliográfico (Mendeley®, versão 1.19.4).

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Estratégia para síntese de dados. Informações extraídas durante o resumo dos dados
incluíram nomes de autores, data de publicação, número de participantes do estudo, faixa etária da
população, características da intervenção de exercícios (intensidade, frequência semanal, tempo de
duração de cada sessão de treino) e os resultados encontrados nos desfechos mensurados sobre os
testes de desempenho físico. A qualidade metodológica dos artigos selecionados foi aferida por dois
pesquisadores cegados (Portes, J. e Santos, L.) através do uso da escala PEDro. Essa escala utiliza
dez critérios, que avalia a validade interna (critérios 2 a 9 da escala), como também aprecia a descrição
estatística (critérios 10 e 11 da escala)13. Os estudos receberam pontuações de zero a dez, em que foi
atribuída somente se cada critério estivesse visivelmente satisfeito. Discordâncias na avaliação foram
resolvidas por discussão entre os dois revisores. Se nenhum acordo foi alcançado, um terceiro revisor
(Cavalheiro R.) forneceu a decisão final.

RESULTADOS

Estratégia de busca. Com os descritores estabelecidos, foram encontrados 250 artigos na base
de dados eletrônica LILACS, 202 artigos na base de dados eletrônica PUBMED e 4 artigos na base de
dados eletrônica SCIELO. Considerando os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos e excluindo
os artigos duplicados, foram selecionados 32 artigos. O fluxograma (figura 1) exemplifica os passos
seguidos para a seleção dos artigos analisados neste estudo, de acordo com as diretrizes e orientações
do PRISMA14.
Características dos estudos. Todos os artigos incluídos foram publicados entre os anos de 2011
e 2019. O tamanho da amostra diferenciou de 12 a 221 indivíduos. O tempo do exercício variou de 4 a
25 semanas. As características dos estudos incluídos, como autoria, ano de publicação, a respectiva
pontuação da qualidade metodológica, a intervenção e intensidade dos exercícios realizados e os
desfechos mensurados estão resumidas na tabela 1.

Figura 1. Fluxograma dos resultados de pesquisa e seleção dos estudos.

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Tabela 1. Resumo dos artigos selecionados apresentados na ordem de pontuação da qualidade metodológica.

Ano de Qualidade Tipo de Intensidade


Autor Desfecho
Publicação Metodológica Exercício do Exercício

Sanchez-Padilla15 2016 01|10 Proprioceptivo Não especificou TUG

Abizanda16 2015 02|10 Multicomponente Não especificou SPPB

Valiani17 2017 03|10 Multicomponente Baixa SPPB

Aeróbico x
Rieping18 2019 03|10 Moderada SL
Resistido

2018 03|10 Resistido Baixa TUG e SL


Johnen19

Fan20 2011 04|10 Ioga Não especificou SL

Barthalos21 2016 05|10 Resistido Não especificou SL

Baixa a
Arrieta22 2018 05|10 Multicomponente SPPB e SL
Moderada

Chen23 2016 05|10 Funcionais Não especificou SL

Martins24 2014 05|10 Proprioceptivo Não especificou TUG

Baixa a
Furtado25 2016 05|10 Ioga na cadeira SL
Moderada
SPPB e
Mouton26 2017 05|10 Multicomponente Não especificou
TUG

Scarabottolo27 2017 05|10 Multicomponente Não especificou SL e TUG

Aeróbico +
Bossers28 2014 05|10 Moderada a alta SL e TUG
resistido

Machacova29 2017 06|10 Aeróbico Não especificou SL

Baixa a
Motalebi30 2018 06|10 Resistido TUG
Moderada

Sitjà-Rabert31 2015 06|10 Resistido Não especificou TUG

Corcoran32 2017 06|10 Multicomponente Moderada SPPB

de Souto Barreto33 2017 06|10 Multicomponente Moderada SPPB

Tomicki34 2017 07|10 Multicomponente Não especificou TUG e SL

Baixa a
Arrieta35 2019 07|10 Multicomponente SPPB
Moderada

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Ano de Qualidade Tipo de Intensidade


Autor Desfecho
Publicação Metodológica Exercício do Exercício

Aeróbico +
Henskens36 2018 07|10 Moderada a alta TUG
resistido

Álvarez-Barbosa37 2014 07|10 Resistido Não especificou TUG e SL

Baixa a
Varela38 2012 07|10 Aeróbico TUG
Moderada

Chen39 2016 07|10 Funcionais Não especificou SL

Moreira40 2018 07|10 Multicomponente Moderada TUG

Telenius41 2015 08|10 Funcionais Alta SL

Pereira42 2018 08|10 Proprioceptivo Não especificou SL

Benavent-
2014 08|10 Resistido Baixa TUG
Caballer43

Bappsc44 2018 08|10 Resistido Moderada SPPB

Kocic45 2018 08|10 Multicomponente Moderada TUG

SPPB e
Sievänen46 2014 09|10 Proprioceptivo Não especificou
TUG

SPPB: Short Physical Performance Battery; SL: teste de sentar e levantar de 30 segundos; TUG: Levantar e
Caminhar (Timed Up and Go).

Dos 32 artigos incluídos, 21 são ensaios clínicos randomizados18,19,21,22,23,29,31,32,33,34,35,36,37,38,39,40,41,


, 9 são ensaios clínicos15,20,24,25,26,27,28,30,42 e 2 apresentam apenas um grupo de intervenção16,17.
43,44,45,46

A maioria dos estudos possuíram um grupo controle para comparar os resultados encontrados. As
intervenções realizadas por esse grupo foram: atividades sociais, atividades rotineiras do lar de baixa
intensidade, jogos, atividades recreativas, discussões em grupo e atividades culturais externas à instituição.
Características dos participantes. A média de idade dos participantes dos estudos selecionados
variou de 70,7 a 87,6 anos e o predomínio foi para o sexo feminino. Os critérios para participação
dos sujeitos nos estudos, em relação às comorbidades, foram os seguintes: 7 estudos abrangeram
adultos mais velhos com deficiência cognitiva ou demência e/ou alzheimer20,28,33,36,38,41,45, os indivíduos
não poderiam apresentar doenças graves que não conseguissem acompanhar os exercícios
físicos em 6 estudos18,19,21,30,34,37, 6 estudos incluíram idosos com deficiência cognitiva e física de
leve a moderada27,32,40,42,44,46, possuir independência funcional e não apresentar déficit cognitivo em
6 estudos15,22,24,26,35,43, 4 estudos os sujeitos precisavam ter a mobilidade corporal preservada e sem
contraindicação ao exercício físico17,25,29,30, 2 estudos incluíram somente indivíduos dependentes de
cadeira de rodas para locomoção23,39 e 1 estudo idosos frágeis16.
Características dos treinamentos físicos. Analisando os artigos selecionados, verificou-se que,
quando especificadas as modalidades de treinamento físico, 34% (n= 11) dos estudos utilizaram como
intervenção o treinamento multicomponente16,17,22,26,27,32,33,34,35,40,45, 25% (n= 8) usaram o treinamento
resistido18,19,21,30,31,37,43,44, 12% (n=4) exercícios proprioceptivos15,24,42,46, 9% (3 cada) exercícios
funcionais23,39,41 e exercícios aeróbicos18,29,38, 6% (2 cada) treinamento com exercícios resistidos e
aeróbicos em dias alternados28,36 bem como exercícios de Ioga20,25.

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Todos os exercícios foram realizados dentro da instituição e sob supervisão. As sessões de


treinamento duraram entre 30 e 80 minutos e a prescrição mais frequente foi de 2 a 3 vezes por
semana. As intensidades dos exercícios variaram de baixa (n=3)17,19,43, baixa a moderada (n=5)22,25,30,35,38,
moderada (n=6)18,32,33,40,44,45, moderada a alta (n=2)28,36 e alta (n=1)41. Alguns estudos não especificaram
a intensidade prescrita (n=15)15,16,20,21,23,24,26,27,29,31,34,37,39,42,46. Não ocorreram eventos adversos relatados
nos estudos selecionados.
Qualidade metodológica. Avaliando os artigos selecionados, 26 estudos21,22,23,24,25,26,27,28,29,30,31,32,33,34,
apresentam pontuações igual ou superior a 5 da escala, representando uma melhor
35,36,37,38,39,40,41,42,43,44,45,46

qualidade metodológica. Os outros 6 estudos15,16,17,18,19,20 tiveram pontuação igual ou inferior a 4, indicando


uma baixa qualidade metodológica13. Há em comum nos estudos com baixa qualidade, o fato de não
alocar os participantes de forma secreta e aleatória nos grupos, os sujeitos não participaram de forma
cega no estudo, os terapeutas que administraram a terapia e os avaliadores que mediram pelo menos um
resultado-chave não fizeram de forma cega. Outros critérios também não foram pontuados pela maioria
desses artigos, sendo eles: mensuração de pelo menos um resultado-chave em mais de 85% dos sujeitos
inicialmente distribuídos pelos grupos, todos os sujeitos a partir dos quais se apresentaram mensurações
de resultados receberam o tratamento ou a condição de controle conforme a alocação ou foi realizada a
análise dos dados para pelo menos um dos resultados-chave por “intenção de tratamento”.
Principais achados no desempenho físico. O treinamento multicomponente resultou em 8
estudos com diferenças significativas no desempenho físico (p<0,05)16,17,22,27,34,35,40,45. Desses 8 estudos,
4 estudos encontraram melhora no SPPB de até 2 pontos em média16,17,22,35, 3 estudos mostraram
diferenças significativas no teste de SL22,27,34 apresentado aumento de até 5 repetições e 3 estudos
apresentaram resultados referentes ao teste de TUG34,40,45 com redução média de 1 a 8 segundos no
tempo do teste.
Dos 8 estudos que utilizaram como intervenção o treino resistido, 7 apresentaram melhora
significativa nos testes de desempenho físico avaliados (p <0,05)18,19,21,30,37,43,44, 1 foi referente ao teste
de SPPB44, 4 estudos mostraram diferenças significativas no teste de SL18,19,21,37 apresentando um
aumento de 2 a 4 repetições em média e 4 resultados em relação ao TUG19,30,37,43 com redução média
de 2 a 9 segundos no tempo do teste.
Com os exercícios proprioceptivos, 3 estudos demonstraram diferenças significativas (p<0,05)15,24,42,
desses 2 estudos no teste de TUG15,24 e 1 estudo no teste de SL42, representando um aumento em média
de 4 repetições. Os estudos que utilizaram os exercícios funcionais como intervenção encontraram
diferenças significativas nos testes de SL (p<0,05)23,39,41, apresentando melhora de 1 repetição em
média no teste. Apenas 1 estudo referente a intervenção de treinamento aeróbico encontrou diferença
significativa no teste de SL, com melhora em média de mais 3 repetições no tempo do teste (p<0,05)29,
como também 1 estudo somente apresentou diferenças significativas36 através do treinamento com
exercícios resistidos e aeróbicos em dias alternados no teste de TUG. A intervenção de Ioga mostrou
resultado significativo entre os grupos controle e experimental no SL (p<0,001) após intervenção de 12
semanas de exercícios20.

DISCUSSÃO

No presente estudo, o treinamento multicomponente (34%)16,17,22,26,27,32,33,34,35,40,45 e o treinamento


resistido (25%)18,19,21,30,31,37,43,44 foram as modalidades utilizadas mais frequentes. A partir dos nossos
conhecimentos, este é o primeiro estudo que sumariza os benefícios do exercício físico no desempenho
físico em idosos residentes de ILPI. A revisão apontou que ambas as modalidades melhoram
significativamente os parâmetros de desempenho físico.
Os exercícios multicomponentes têm como característica, na sua estrutura de treinamento, a
combinação de diferentes modalidades de exercícios, como treinamento aeróbico, força muscular,
equilíbrio, alongamento, agilidade e coordenação47.

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Resultados positivos com os treinamentos multicomponentes foram encontrados em todos os


desfechos, com melhora de até 2 pontos no SPPB em média16,17,22,35, aumento de até 5 repetições no
teste de SL22,27,34 e diminuição de 3 a 8 segundos no tempo do teste TUG34,40,45.
Os melhores resultados do SPPB foram nos estudos Arrieta et al.22 e Arrieta et al.35 nos quais
utilizaram exercícios de intensidade de baixa a moderada, sendo os participantes indivíduos idosos
sem déficit cognitivo, independentes funcionalmente e clinicamente estáveis com média de idade de
84,9 anos e prioritariamente (70,5%) mulheres. Esses estudos apontam incremento de até 2 pontos
em média no SPPB como também apresentam uma alta nota na qualidade metodológica. Os demais
estudos16,17 embora tenham encontrado diferenças significativas, apresentaram uma baixa nota na
qualidade metodológica. Os principais motivos para baixa qualidade metodológica foram os resultados
das comparações estatísticas intergrupos não foram descritos para pelo menos um resultado-chave,
a alocação dos sujeitos não ocorreu de forma aleatória e secreta nos grupos, esses estudos não
cegaram os indivíduos participantes das intervenções bem como os terapeutas que administraram o
exercício físico e os avaliadores que mediram pelo menos um resultado-chave.
O estudo de Souto Barreto33 não demonstrou diferença estatisticamente significativa, mas
aumentou 0,6 pontos do SPPB a favor do grupo de exercícios físicos. Esse aumento modesto pode
estar associado à idade dos participantes (88,3±5,1) e as suas características (idosos com Alzheimer
ou demência vascular, mas capazes de andar sem ajuda). Ainda assim, são consideradas melhoras
clínicas significativas no teste SPPB aumento de 0,4 a 1,5 pontos48.
Os resultados positivos no teste SL nos treinamentos multicomponentes incluídos nesta revisão22,27,34
corroboram com o estudo de Heubel et al49 que em 16 semanas de treinamento multicomponente
contribuíram para melhora nos parâmetros de força muscular de membros inferiores em idosos da
comunidade. Os estudos que avaliaram o teste SL possuem em comum as características dos participantes
(idosos independentes funcionalmente e sem déficit cognitivo) e o tempo de treinamento (12 semanas).
Melhoras do equilíbrio dinâmico e da mobilidade que é avaliado através do teste TUG, pode estar
associado ao aumento da força dos membros inferiores. O estudo de Mouton et al26 não encontrou
melhora significativa, os autores acreditam que melhorias nesse teste precisaria de um período mais
longo e mais intenso de treinamento, pois entendem que quando o exercício físico não é supervisionado
por um especialista em exercícios, os participantes nem sempre praticam da forma ideal no nível de
intensidade. Scarabottolo et al27 também não encontraram diferenças significativas no teste TUG,
apesar de ter reduzido em média 3 segundos no tempo do teste no grupo intervenção, os autores
acreditam que tenha sido pela falta de progressão da intensidade nos exercícios físicos propostos.
O treinamento resistido é a metodologia que consiste em vencer uma resistência, na qual é
representada por algum tipo de carga. Além da resistência, 4 estudos31,37,43,44 também associaram
exercícios de equilíbrio, plataforma vibratória, eletroterapia, em combinação com o treino de força. É
importante ressaltar que algumas características podem influenciar nos benefícios promovidos pelos
exercícios resistidos, como o número de repetições, séries, sobrecarga, sequência e intervalos entre
as séries e os exercícios50. O aumento da capacidade do músculo de gerar força é explicado a partir
do princípio da sobrecarga, o grupo muscular é submetido a um trabalho com cargas mais elevadas do
que está acostumado a suportar, gerando aumento na força muscular51.
Resultados positivos foram encontrados em todos os desfechos avaliados, com melhora de 1
ponto no SPPB44 em média, aumento de 2 a 4 repetições no teste de SL18,19,21,37 e diminuição de 2 a 9
segundos no tempo do teste TUG19,30,37,43.
O estudo que avaliou o SPPB44 apresentou uma alta nota na qualidade metodológica, com 8
pontos, mostrando que o treinamento resistido de sobrecarga progressiva e de intensidade moderada,
aliado a exercícios de equilíbrio, prescrito duas vezes por semana, podem aumentar a pontuação do
SPPB em aproximadamente 1 ponto. Vale ressaltar que a bateria de testes SPPB avalia o equilíbrio, a
força nos membros inferiores e a mobilidade e o resultado encontrado pode ter sido influenciado com a
combinação dos exercícios resistidos e de equilíbrio.

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Todos os estudos com a intervenção de treinamento resistidos que avaliaram o teste SL apresentaram
melhoras significativas18,19,21,37, porém dois desses estudos apresentaram uma nota inferior a 4 pontos
na qualidade metodológica18,19, sendo os principais motivos a alocação dos sujeitos não ocorreu de
forma aleatória e secreta nos grupos, não cegamento dos participantes, terapeutas e os avaliadores que
mediram pelo menos um resultado-chave. Além disso, as mensurações de pelo menos um desfecho não
foi obtido em mais de 85% dos sujeitos inicialmente distribuídos pelos grupos e a análise dos dados para
pelo menos um dos resultados-chave não foi realizada por “intenção de tratamento”.
Cinco estudos que avaliaram o teste de TUG19,30,31,37,43 após um protocolo de treinamento resistido,
apenas um desses31 não encontrou diferenças significativas, apesar de ter diminuído aproximadamente
2,5 segundos no tempo do teste após a intervenção. Os autores deste estudo acreditam que não
tenham encontrado diferenças estatisticamente significativas pelo curto período de 6 semanas que
esse estudo foi conduzido.
Em relação aos exercícios proprioceptivos, que pode ser definido como a capacidade inconsciente
de sentir o movimento e a posição do corpo no espaço52, promovendo uma estimulação cognitiva e
motora de forma simultânea42. Um total de 4 estudos15,24,42,46 utilizou essa metodologia de treinamento
e 3 desses demonstraram diferenças significativas no desempenho físico (p<0,05)15,24,42, 2 estudos no
teste de TUG15,24 e 1 estudo no teste de SL42. Dos estudos que encontraram resultados significativos, 2
apresentam elevada qualidade metodológica24,42.
Todos os estudos que utilizaram os exercícios funcionais23,39,41 e Ioga20,25 como intervenção
avaliaram o desfecho de desempenho físico pelo teste de SL. Os estudos com exercícios funcionais
apresentaram melhora de 1 repetição em média no teste (p<0,05)23,39,41 como também uma elevada
qualidade metodológica23,39,41. Os estudos com exercícios de Ioga, apenas 1 encontrou resultado
significativo entre os grupos controle e experimental no SL (p<0,001) após intervenção de 12 semanas
de exercícios20. Porém, é importante ressaltar que este estudo apresenta uma baixa qualidade
metodológica20. Os autores do estudo que utilizaram a intervenção de Ioga e não encontram diferenças
significativas25, acreditam que tenha sido pela idade média avançada dos participantes (83,81±6,6)
que influenciou na escolha do exercício de Ioga baseado na cadeira, com base nos benefícios de
flexibilidade, limitando a progressão dos parâmetros de desempenho físico.
Dois estudos utilizaram a combinação de treinamento aeróbico e resistidos em dias alternados28,36,
sendo que destes apenas 1 encontrou resultados significativos no teste TUG36. Ambos os estudos
possuem uma boa qualidade metodológica. Quanto ao protocolo de treinamento, os 2 estudos utilizaram
de intensidades moderada a alta. A possibilidade de um estudo ter encontrado diferença significativas e
outro não pode ser pelo período em que a intervenção de exercícios físicos foi conduzida, 6 semanas28
versus 24 semanas36. A modalidade de treinamento aeróbico quando avaliada de forma isolada nos 3
estudos18,29,38 encontrados nessa revisão, resultou em melhora significativa em apenas 1 estudo29, com
aumento em média de 3 repetições no teste SL (p<0,05).

CONCLUSÃO

Nosso estudo observou que um declínio significativo no estado funcional pode ser detectado após
um intervalo curto de tempo em idosos institucionalizados, e que este declínio conseguiria ser minimizado
ou revertido através de intervenções simples de exercícios físicos que podem ser implementados nas
ILPIs, pois mesmo os estudos que não encontraram diferenças significativas no desempenho físico
com a intervenção, ocorreram uma manutenção ou modesta melhora em comparação a perda funcional
dos grupos controles. Para aumentar a motivação em relação à prática de exercício físico é importante
conscientizar a equipe que presta assistência a essa população, os próprios residentes mais velhos, os
profissionais de saúde que atendam esses idosos e seus familiares.
As modalidades utilizadas com uma maior frequência na literatura foram de treinamento
multicomponente e resistidos, ambas melhoram significativamente os parâmetros de desempenho físico

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relevantes para a capacidade funcional do idoso institucionalizado. Do ponto de vista clínico torna-se
relevante ter mais de uma estratégia à disposição de treinamento físico levando em consideração as
características vulneráveis dessa população, além de aumentar a variedade dos exercícios físicos
tornando-os mais atrativos ao público alvo.
Quanto as implicações para novas pesquisas, futuras análises podem ser realizadas através
de diferentes desenhos de estudos metodológicos afim de verificar se há diferença entre essas duas
modalidades de treinamento, multicomponente e resistido, nos efeitos em relação ao desempenho
físico do idoso institucionalizado. Os estudos também precisam ter a intervenção descrita de uma forma
que se consiga replicar na prática clínica e melhora da qualidade metodológica.

Contribuições

EPP: contribuiu substancialmente na concepção do estudo, na análise dos dados e na redação.


GSL: contribuiu substancialmente na concepção do estudo, na análise dos dados e na redação.
JKSP: contribuiu substancialmente na concepção do estudo, na obtenção dos dados, na análise dos
dados e na redação.
LPS: contribuiu substancialmente na concepção do estudo, na análise dos dados e na redação.
RCES: contribuiu substancialmente no planejamento do estudo, na interpretação dos resultados e na
revisão crítica.
LAFJ: contribuiu substancialmente no planejamento do estudo, na interpretação dos resultados e na
revisão crítica.
LIF: contribuiu substancialmente no planejamento do estudo, na interpretação dos resultados e na
revisão crítica.

Conflito de Interesse

Os autores declaram não possuir conflito de interesse.

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