Introdução

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1.0.

Introdução

Neste presente trabalho abordei o tema que fala sobre silogismos irregulares. Silogismo
é um modelo de raciocínio baseado na ideia da dedução, composto por duas premissas
que geram uma conclusão. O precursor desta linha de pensamento lógico foi o filósofo
grego Aristóteles, conhecido por ser um dos primeiros pensadores e filósofos de todos
os tempos. O chamado silogismo aristotélico é formado por três principais
características: mediado, dedutivo e necessário.

Os silogismos irregulares são versões abreviadas ou ampliadas dos silogismos regulares,


subdivididos em quatro categorias: entimema, epiquerema, polissilogismo e sorites.

1.1.Objectivos do trabalho

1.2.Geral

Comprender sobre o estudo de silogismos.

1.3.Especificos

Definir o conceito de silogismos

Descrever os tipos de silogismos

1.4.Metodologias de pesquisa

Para a realizacao deste presente trabalho, recorreu-se a pesquisas nos sites da internet
como forma de alcancar os objectivos tracados.
2.0.Silogismo

Silogismo é um modelo de raciocínio baseado na ideia da dedução, composto por duas


premissas que geram uma conclusão. O precursor desta linha de pensamento lógico foi
o filósofo grego Aristóteles, conhecido por ser um dos primeiros pensadores e filósofos
de todos os tempos. O chamado silogismo aristotélico é formado por três principais
características: mediado, dedutivo e necessário.

O silogismo seria mediado devido à necessidade de se usar o raciocínio para se chegar à


conclusão real. Seria dedutivo pelo fato de se partir de preposições universais para se
chegar a uma conclusão específica. E, por fim, seria necessário por estabelecer uma
conexão entre todas as premissas. Existem diversas formas diferentes de silogismos: os
regulares, os irregulares e os hipotéticos.

2.1.Regras do silogismo

 O silogismo tem três termos e só três termos (maior, menor e médio);


 Nenhum termo deve ter maior extensão na conclusão do que nas premissas;
 O termo médio deve ser tomado universalmente pelo menos uma vez;
 O termo médio não deve figurar na conclusão;
 De duas premissas negativas nada se pode concluir;
 De duas premissas afirmativas não se pode tirar uma conclusão negativa;
 Nada se pode concluir de duas premissas particulares;
 A conclusão segue sempre a parte mais fraca (premissa particular, premissa
negativa).

2.1.1.Silogismos irregulares

Os silogismos irregulares são versões abreviadas ou ampliadas dos silogismos regulares,


e são subdivididos em quatro categorias: Entimema, Epiquerema, Polissilogismo e
Sorites (regressivo e progressivo).

2.1.2.Entimema

É um silogismo incompleto, quando existe uma premissa subentendida.

Exemplo:

Eu penso.
Logo: existo.

2.1.3.Epiquerema

É um silogismo estendido, quando as premissas são acompanhadas de provas.

Exemplo:

É legítimo matar um agressor injusto à face da lei natural, do direito positivo e do


costume. Ora: Marcos agrediu injustamente Joana: provam-no os antecedentes de
Marcos e as circunstâncias do crime.

Logo: Joana podia ter matado Marcos.

2.1.4.Polissilogismo:

são dois ou mais silogismos em que a conclusão das primeiras premissas seja a
preposição do próximo silogismo, onde teremos:

 Premissa Maior
 Premissa Menor
 Conclusão

Então esta conclusão é agora premissa maior deste segundo silogismo;

 Premissa Menor
 Conclusão

E esta nova conclusão é agora a premissa maior deste terceiro silogismo;

 Premissa menor
 Conclusão

Exemplo1:

Tudo o que fortalece a saúde é útil.

Ora; O exporte fortalece a saúde.

Logo; O exporte é útil.→ Conclusão ou premissa maior.

Ora; O exporte é útil.


O atletismo é um exporte.

Logo; o atletismo é útil.

Exemplo2:

Os racionais são mortais

Ora; O homem é racional

Logo; O homem é mortal→ Conclusão ou premissa maior.

Ora; Sócrates é homem

Logo; Sócrates é mortal

2.1.5.SORITES:

É uma argumentação composta por quatro preposições que são encadeadas até se chegar
à conclusão.

Exemplo:

O vertebrado tem sangue vermelho.

Ora; O mamífero é vertebrado. O carnívoro é mamífero.

O leão é carnívoro.

Logo; O leão tem sangue vermelho.

2.1.6.SORITES REGRESSIVO:

É um tipo de sorites em que:

 O predicado da primeira premissa se torna sujeito da segunda;


 O predicado da segunda premissa se torna sujeito da terceira; e assim
sucessivamente.
 A conclusão final une o sujeito da primeira premissa com o predicado da última
premissa.

Exemplo:

Quem trabalha, ganha dinheiro


Quem ganha dinheiro, pode comprar alimentos

Quem compra alimentos, pode ter uma vida mais saudável Quem tem uma vida mais
saudável, vive mais tempo Logo; quem trabalha vive mais tempo.

2.1.7.Sorite Progressivo:

É um tipo de sorites em que:

 O sujeito da primeira premissa se torna predicado da segunda;


 O sujeito da segunda premissa se torna predicado da terceira; e assim
sucessivamente.
 A conclusão final une o sujeito da penúltima premissa com o predicado da
primeira.

Exemplo:

Todo o mamífero é vertebrado Todo o herbívoro é mamífero Todo o ruminante é


herbívoro Todo o cavalo é ruminante.

Logo; todo o cavalo é vertebrado.

2.2.Silogismos hipotéticos

Silogismos hipotéticos são aqueles em que a premissa maior não afirma nem nega de
modo absoluto, mas a título condicional. O silogismo hipotético tem três termos e três
proposições, só que a sua especificidade é de a premissa maior ser uma proposição
hipotética e a premissa menor afirma o antecedente resultado de uma conclusão
afirmativa ou afirma o consequente, ou então nega a consequente implicando
necessariamente negar o consequente.

2.2.1.Tipos de silogismos hipotéticos:

São silogismos constituídos por uma proposição hipotética (condicional e disjuntiva).

 Condicional (SE) - São duas proposições simples unidas pela particularidade de


ligação (SE), que resulta em uma proposição composta, verdadeira quando
houver consequências boas entre elas.
 Modus-ponens; afirma o seu antecedente. Se a premissa menor afirma o
antecedente, a conclusão também afirmará o consequente: afirmar a condição é
afirmar o condicionado. Esta denomina-se de silogismo condicional positivo.
Exemplo:

Se a Telma estudar vai passar de classe

Ora; Telma estuda

Logo; Telma vai passar de classe.

2.2.2.Regras de Modus Ponens

1. Sempre que antecedente é afirmado na premissa menor, a conclusão tem de


afirmar o consequente (afirmar a condição é afirmar o condicionado);
2. A afirmação do consequente o silogismo é inválida e tem uma conclusão
inválida (afirmar o condicionado não implica afirmar a condição).
3. Modus-tollens nega o seu condicionado- Se a premissa menor nega o
consequente, a conclusão terá que negar o antecedente, negar o condicionado é
negar a condição. Esta forma denomina-se de silogismo condicional negativo.

Exemplo:

Se aquecermos o ferro, então ele dilata-se

Ora; O ferro não dilatou

Logo, O ferro não foi aquecido.

2.2.3.Regras de Modus Tollens

1. Sempre que o consequente é negado na premissa menor, a conclusão tem de


negar o antecedente (negar o condicionado é negar a condição).
2. A negação do antecedente o silogismo não é válida ou obtém-se a conclusão
inválida (negar a condição não implica negar o condicionado).

2.2.4.Disjuntivo

Silogismos Disjuntivo – são aqueles em que a premissa maior se apresenta sob forma
de alternativa: Este silogismo tem na premissa maior pelo menos uma vez a conjunção
ou, qualquer sinónimo seu. Existem duas formas do silogismo disjuntivo:

2.2.5.Modo Ponendo – Tollens

Se a premissa menor afirma um dos polos da alternativa ou um dos membros da


disjunção a conclusão negará, regra geral outro polo da alternativa.
Exemplo:

Ou é dia ou é noite

Ora é dia

Logo, não é noite.

2.2.6.Modo Tollendo – Ponens

Se a premissa menor nega um dos pólos da alternativa ou um dos membros da disjunção


a conclusão afirmará, regra geral, o outro pólo da alternativa.

Exemplo:

Regina ou é portuguesa ou é americana

Ora; Regina não é portuguesa

Logo, Regina é americano.

2.2.7.Regras do silogismo disjuntivo.

Sempre na premissa menor se nega um dos pólos da alternativa exposta na premissa


inicial (disjuntiva), a conclusão afirmará necessariamente o outro. Quando na premissa
menor se afirma um dos pólos da alternativa só é legítimo concluir negando o outro
pólo se a disjunção exposta na premissa inicial for completa, isto é; se os termos em
alternativa forem incompatíveis, completamente opostos.

2.3.Dilema.

É um argumento de dois gumes, é o raciocínio em que a premissa maior é hipotética ou


disjuntiva e em que qualquer das hipóteses escolhida é embaraçosa para quem escolhe.

Este tipo de argumento é usado na discussão, coloca-se o adversário numa situação em


que é obrigado a optar por umas das duas hipóteses. Seja qual for a escolhida a saída é
sempre má.

Exemplo:

Ou tu estavas em teu posto; Ou tu não estavas;

Se tu estavas, faltaste o teu dever;

Se tu não estavas fugiste covardemente; nos dois casos, mereces ser castigado;
2.3.1.Regras de Dilema

1. A disjunção deve ser completa. (se assim não for o adversário tem sempre
saída);
2. A repetição de cada uma das hipóteses deve ser feita validamente para que o
opositor não possa negar as consequências;
3. A conclusão comum deve ser a única que pode ser deduzida, caso contrário, o
dilema pode ser contestável.

2.3.2.Falácias

Falácia é um erro de raciocínio, um argumento enganoso, é um argumento logicamente


inconsistente, sem fundamento, inválido ou falho na capacidade de provar com
eficiência o que se alega. Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer
convincentes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam
de ser falsos por causa disso.

2.3.3.Tipos de Falácias

Falácias semânticas – são as falácias que têm a sua origem no vocabulário e procedem
e dão origem a uma confusão de conceitos. São as chamadas por falácias verbais ou
sofismas gramaticais. Os casos mais frequentes são:

1. Ambiguidade: Homem rico e rico homem,


2. Anfibiologia: Quem de vinte e cinco tira quantos tem?
 Falácias por Indução – consistem em tirar a partir dos argumentos ou raciocínio
infundados ou mal construídos.

Ex: Os zambezianos comem ratos,

Logo; não gosto das pessoas da Zambézia.

 Falácias Formais – ocorrem no mau uso de uma regra de inferências válidas ou


quando deduzimos uma regra que não é demonstrada.

Ex: Todos os homens são mortais e inferimos que todos os mortais são homens.

 Falácias de Oposição – consiste na transgressão das leis da oposição, a mais


frequente é a conclusão da falsidade duma proposição a partir da verdade do seu
contrário.
Ex: Todo estudante de lógica é aplicado.

Logo; nenhum estudante é aplicado.

 Sofisma do silogismo – é resultante da falta de respeito das regras do silogismo


ou se utiliza um esquema formal não válida.

Ex: Se Sara herdou uma fortuna é rica

Ora; Sara é rica

Logo; Sara herdou uma fortuna

2.3.4.Falácias de premissas falsas

 Falsas Dicotomias – quando há uma terceira opção.

Ex: Ou és por mim ou contra mim.

Ora; não estás para mim,

Logo; és contra mim.

Utilização de conceitos Erróneos Ex: Não posso fazer tudo o que quero Logo; não sou
livre.

Falácias por acidente - consistem em transformar num predicado essencial, o que não
é, não passa, de um acidente.

Ex: Comerás num dia o que comprares nas vésperas

Ora; ontem compraste a carne crua

Logo; comerás a carne crua.


3.0.Conclusao

Tendo terminado o trabalho conclui que o silogismo irregular é constituído por menos
ou maus de 3 preposições, contem ambas ou uma das premissas subtendidas.

Deu para perceber que a falácia é um erro de raciocínio, um argumento enganoso, é


um argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, inválido ou falho na
capacidade de provar com eficiência o que se alega. E dentro das falacias podemos
encontra: Falácias semânticas, Falácias por Indução, Falácias de Oposição e muitas
outras.
4.0.Referencia Bibliografia

GEQUE, Eduardo; BIRIATE, Manuel. Filosofia 12ª Classe – Pré-universitário. 1ª


Edição. Longman Moçamique, Maputo, 2010.

VICENTE, Neves e LOURENÇO, Vieira, Do Vivido ao Pensado - Filosofia 11º ano,


Porto Editora, Porto, 2006.

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