Caju CCP 76 - Origem

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INTRODUÇÃO DESEMPENHO AGRONÔMICO Tabela 1.

Características do clone de cajueiro anão


precoce CCP 76 em cultivo de quinto ano sob regime de
sequeiro no semi-árido piauiense e de quarto ano no
A aptidão da região Meio-Norte do Brasil para o cultivo O clone de cajueiro-anão-precoce CCP 76 cultivado sob
cerrado do sul maranhense.
do cajueiro está comprovada por meio do zoneamento regime de sequeiro no semi-árido piauiense apresentou
pedoclimático, onde os estados do Piauí e Maranhão no quinto ano de idade produtividade média de 1.546 kg
apresentam maior percentual de áreas potencialmente de castanha por hectare; peso médio do caju 122,8 g; Característica Semi-Árido Cerrado
aptas para a exploração da cajucultura. O Piauí se peso médio do pedúnculo 114,3 g; peso médio da Produtividade (kg/ha) 1.546, 00 1.087, 00
destaca como o segundo maior produtor de caju do castanha 8,5 g; comprimento médio do caju 99,0 mm; Peso médio do caju (g) 122, 80 106, 80
Brasil, com uma área colhida de 161.598 hectares no comprimento do pedúnculo 63,2 mm; comprimento da Peso médio do pedúnculo (g) 114, 30 8, 40
ano de 2005, o que representa 23,43% em relação à castanha 35,8 mm; acidez do suco (pH) 5,02; SST (°Brix) Peso médio da castanha (g) 8, 50 99, 40
área colhida em todo o País. do suco 13,34; pedúnculo de coloração avermelhada; Comprimento do caju (mm) 99, 00 63, 40
inicia a produção de caju no mês de maio e termina em Comprimento do pedúnculo (mm) 63, 20 36, 30
novembro; concentração da produção de castanha nos Comprimento da castanha (mm) 35, 80 4, 10
meses de agosto a outubro; altura de planta 312 cm; Acidez do suco (pH) 5, 02 12, 34
ORIGEM DO CLONE envergadura da copa 605 cm e diâmetro do caule 151 SST (ºBrix) do suco 13, 34 11, 87
mm (Tabela 1). Concentração da produção (mês) ago/out. ago/out.
Altura da planta (cm) 312 533
O clone de cajueiro anão precoce CCP 76 foi obtido no
No cerrado do sul maranhense, o clone de cajueiro- Envergadura da copa (cm) 605 509
ano de 1979, a partir da planta matriz de cajueiro CP 76
anão-precoce CCP 76, cultivado sob regime de sequeiro, Diâmetro do caule (mm) 151 130
(Cajueiro de Pacajus) proveniente de plantas da CP 06,
introduzida por semente e avaliada por 15 anos. A maior apresentou no quarto ano de idade produtividade de Indicadores Tecnológicos
(*)

produção registrada pela planta matriz foi de 22 kg de 1.087 kg de castanha por hectare; peso médio do caju
Percentagem de casca (%) 71, 66 -
castanha, obtidos em solo arenoso de baixa fertilidade, 114,6 g; peso médio do pedúnculo 106,1 g; peso médio
Peso da amêndoa (g) 1, 93 -
sem correção ou adubação nem controle de pragas. Foi da castanha 8,5 g; comprimento do caju 99,6 mm;
comprimento do pedúnculo 63,3 mm; comprimento da Classificação da amêndoa (%) 71, 33(1) -
lançado para plantio comercial e para o mercado de Rendimento industrial (%) 24, 77 -
mesa pela Embrapa Agroindústria Tropical no ano de castanha 36,3 mm; acidez do suco (pH) 4,32; SST (°Brix)
Amêndoas inteiras (%) 91, 11 -
1983 e avaliado pela Embrapa Meio-Norte no período de do suco 12,30; pedúnculo de coloração avermelhada;
Amêndoas sadias (%) 78, 20 -
2000 a 2005, sob regime de sequeiro no semi-árido inicia a produção no mês de junho e termina em Percentagem de bandas (%) 4, 44 -
piauiense, com pluviosidade entre 400 e 600 milímetros, outubro; concentração da produção de castanha nos Amêndoas quebradas (%) 8, 88 -
e no cerrado do sul maranhense com variações meses de agosto a outubro; altura de planta 533 cm; Amêndoas com película (%) 14, 98 -
pluviométricas entre 1.200 e 1.500 milímetros anuais. envergadura da copa 509 cm e diâmetro do caule 130
mm (Tabela 1). (*)
Análise realizada pela Embrapa/CNPAT, Fortaleza-CE.
(1)
W240
DESCRIÇÃO DO CLONE
INDICADORES TECNOLÓGICOS MANEJO DA CULTURA
No sexto ano de idade, o clone CCP 76 apresentou no
Estado do Ceará altura média de plantas de 268 cm, Os indicadores tecnológicos de castanha colhida no
diâmetro médio da copa de 498 cm. Os indicadores Para a região Meio-Norte do Brasil, recomenda-se o
semi-árido piauiense revelam que 71,66% do peso da plantio do clone CCP 76 com mudas enxertadas no
agroindustriais do clone CCP 76 indicam peso médio da castanha do clone CCP 76 é formado pela casca; peso
castanha de 8,60 g, amêndoa despeliculada com média espaçamento de 7,0 m x 7,0 m em regime de sequeiro
da amêndoa 1,93 g; classificação da amêndoa com (204 plantas/ha) e quando irrigado 8,0 m x 7,0 m (178
de 1,80 g, a relação amêndoa/casca em torno de 20,1% 71,33% do tipo W240; rendimento industrial de 24,77%;
e a percentagem de amêndoas quebradas no corte de plantas/ha) ou 8,0 m x 6,0 m (208 plantas/ha). O plantio
amêndoas inteiras 91,11%; amêndoas sadias 70,20%; também poderá ser efetuado em sistema triangular. As
4,1%. No espaçamento de 7,0 m x 7,0 m, a produção percentagem de bandas 4,44%; amêndoas quebradas
média esperada no sexto ano para o Ceará é de 338,9 covas devem medir 40 cm x 40 cm x 40 cm.
8,88% e amêndoas com película 14,98%.
kg de castanha por hectare. O pedúnculo com peso
médio de 135 g e coloração alaranjada. O clone CCP 76 No semi-árido, recomenda-se o plantio da muda
pode ser cultivado em sequeiro ou irrigado, com enxertada no início das chuvas (janeiro) e no cerrado do
utilização do pedúnculo para o mercado de mesa, e da sudoeste piauiense e sul maranhense nos meses de
castanha, para o mercado de amêndoa. dezembro/janeiro. No cerrado do leste maranhense, o
plantio da muda poderá ser efetuado até o mês de EQUIPE CAJUCULTURA
fevereiro. A adubação de fundação, e a adubação nos
anos subseqüentes deverão ser efetuadas conforme a
José Lopes Ribeiro
recomendação da análise de fertilidade do solo.
Após o plantio realizar o tutoramento (amarrio da muda)
Pesquisador Embrapa Meio-Norte
Aurinete Daienn Borges do Val
Cajueiro-anão-precoce
Cajueiro-anão-precoce
em uma estaca de 0,80 m a 1,0 m de altura para orientar
Bolsista CNPq
o crescimento da planta e evitar ventos fortes que
Pedro Rodrigues de Araújo Neto
causam seu tombamento. É recomendável o emprego da
cobertura morta para manutenção da umidade do solo.
Bolsista CNPq para aa região
para região
José Ribamar de Araújo
Assistente A
Os tratos culturais recomendados para o cajueiro são:
desbrota, controle de plantas invasoras, coroamento,
Benedito Inácio de Abreu Neto
Assistente A
Meio-Norte
Meio-Norte do
do Brasil
Brasil
retirada da primeira florada, no caso das plantas com
Herbert Augusto Martins Ribeiro
menos de 1,0 m de altura, e poda de formação a partir
Estagiário UFPI
do primeiro ano. Em pomares adultos, recomenda-se a
poda de limpeza após a colheita e antes do início do
Foto: José Lopes Ribeiro
fluxo foliar, com o objetivo de se eliminar ramos secos,
caídos e praguejados. A poda de manutenção consiste
na retirada de ramos ladrões, ramos de crescimento
linear e aqueles que crescem para baixo.

Recomenda-se a consorciação do cajueiro até o terceiro


ano com culturas de ciclo curto, como feijão caupi,
mandioca, sorgo granífero, girassol, gergelim ou
amendoim. O plantio dessas culturas deve ser efetuado A solicitação deste documento deverá ser feita à
a 1,0 m de distância das linhas do cajueiro.
As pragas e doenças devem ser controladas segundo os
níveis de danos, com uso racional de inseticidas
associado às práticas culturais

No cerrado do sul maranhense, recomendam-se podas


de limpeza e de formação a partir do terceiro ano de
cultivo após o término da colheita, tendo em vista o Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Centro de Pesquisa Agropecuária do Meio-Norte
regime pluviométrico da região que propicia um maior
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
desenvolvimento das plantas. Av. Duque de Caxias, 5650, Bairro Buenos Aires
Caixa Postal 01 - 64006-220 Teresina, PI
Fone: (86) 3225-1141 Fax: (86) 3225-1142
SOLOS PARA PLANTIO DE CAJUEIRO
www.cpamn.embrapa.br
[email protected] Clone: CCP 76
O cajueiro pode ser cultivado em qualquer classe de
Ministério da
solo. No entanto, se desenvolve melhor em solos de Agricultura, Pecuária
textura arenosa ou franco-arenosa, relevo plano ou e Abastecimento
suavemente ondulado, não sujeitos a encharcamento,
sem camadas impermeáveis e de profundidade superior Tiragem: 500 exemplares
Outubro/2006 - Teresina - PI
a 150 cm.
.
Diagramação e Arte: Meio-Norte
Luiz Elson - ACE Embrapa Meio-Norte

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