PET3 9º ANO ADAPTADO (1) História
PET3 9º ANO ADAPTADO (1) História
PET3 9º ANO ADAPTADO (1) História
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Modernização, ditadura civil-militar e redemocratização: o Brasil após 1946.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO:
O Brasil da era JK e o ideal de uma nação moderna: a urbanização e seus desdobramentos em
umpaís em transformação.
HABILIDADE(S):
(EF09HI17) Identificar e analisar processos sociais, econômicos, culturais e políticos do Brasil a
par-tir de 1946.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Panorama histórico do Brasil de 1946 a 1964; A urbanização no período dos anos de 1946 a
1964;As desigualdades sociais no Brasil; O êxodo rural e o surto industrial; Novos meios de
comunicaçãoe consumo; A efervescência cultural; A atuação dos trabalhadores (CGT), dos
estudantes (UNE) edas Ligas camponesas; Os governos de JK e João Goulart.
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SEMANA 1
Estimado estudante! Esta semana iniciamos o PET 3 de História. Durante essa e as próximas
semanas estudaremos a república brasileira desde a segunda metade do século XX até à
contemporaneidade. Nossa equipe espera que você se empenhe e aproveite esse material
de apoio para construir seusestudos e seu progresso na vida escolar. Bons estudos!
Populismo de direita
Recentemente, surgiu na ciência política o populismo de direita. Os cientistas afirmam que, no po-
pulismo de direita, os políticos assumem práticas consolidadas do populismo, como a
personificação das vontades do líder como vontade do povo, aliadas a outras práticas,
como o discurso antielite e os ataques contra o intelectualismo. Outra característica muito forte do
populismo de direita apontada pelos analistas é o discurso anti-imigração.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-populismo.htm. Acesso: 07 maio 2021.
A expressão surgiu no século XIX, só que seu significado variou no correr do tempo. Ninguém se
autointitula populista, pois o termo ganhou contornos pejorativos.
No Brasil, o maior exemplo de aplicação do Populismo foi Getúlio Vargas, sempre querido
pelo povo. Ele associou de tal forma sua imagem aos apelos populares, que foi chamado de
“pai dos pobres”.
Contexto Histórico
Embora o termo Populismo tenha surgido no século XIX, somente décadas depois ele se
aperfeiçoou para chegar ao sentido de hoje.
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Visando se manter no poder, esses líderes usavam o apelo popular, tornando-se carismáticos e
reverenciados pelo povo. Isso foi possível, entre outros fatores, porque praticamente não havia
sindicatos que orientassem os trabalhadores
Aproveitando-se do aumento das massas populares urbanas, há seu uso para dar sustentabilidade
política. Para isso nascem leis trabalhistas e previdenciárias, além de outros direitos sociais antes
inexistentes ou pouco difundidos. O controle mascarado dos sindicatos também é essencial.
Outro ponto que sempre marcam os discursos no Populismo é o do anti-imperialismo. E isso vem seguido da
estatização de setores considerados estratégicos, a exemplo das mineradoras, ferrovias, petróleo. Getúlio
Vargas criou a Petrobras em 1953 e o slogan era: “o petróleo é nosso”.
O Populismo exacerbado de Getúlio Vargas
Sem sombra de dúvidas, foi Getúlio Vargas o maior exemplo de governo populista no Brasil. Deve
ser ressaldo, no entanto, que a população se beneficiou de suas ações, embora voltadas para sua
manutenção no poder.
Uma das maiores bandeiras administrativas de Vargas foi a criação de uma Consolidação das
Leis Trabalhista e, mais tarde, da Justiça do Trabalho (1943). Só que, nesse primeiro momento,
as regras trabalhistas se limitavam aos trabalhadores urbanos, a maioria que precisava ser
controlada e que sempre promovia as revoltas.
Ainda na seara de domínio dos trabalhadores, Vargas decidiu que era importante ter o controle
sobre os sindicatos, posto que ali nasciam os revolucionários. Ele então os tornou dependentes do
poder público através dos repasses, que eram impostos, das contribuições dos trabalhadores.
Apenas os sindicatos que se adequaram às suas regras sobreviveram.
O declínio do Populismo
É regra que não há governo que se mantenha, fora da intervenção militar, sem a prosperidade
econômica. E bastante dinheiro circulou na América Latina por conta das duas Guerras Mundiais. O
fornecimento de matéria-prima foi uma fonte de renda considerável para os países da região.
Até o final da Segunda Guerra Mundial, o Populismo chegou ao seu auge e investiu na
industrialização e melhoria de vários setores. Com bastante recursos chegando, a criação das
indústrias nacionais diminuiu as importações de muitos produtos na América Latina.
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Para piorar a situação, houve uma migração em massa do campo para as cidades, o que
requereu obras de adequação. Isso aumentou a dívida pública e a inflação disparou. Começou
a insatisfação popular e o medo do socialismo rondou as classes dominantes.
As Forças Armadas foram chamadas a intervir no cenário, promovendo golpes militares que
acabaram com o Populismo. Entre as décadas de 1960 e 1970, os militares tomaram o poder em
diversos países da América Latina.
O Populismo na atualidade
Com a redemocratização dos países sul-americanos, as figuras populistas voltaram ao cenário
político. Na Venezuela, Hugo Chaves e seu sucessor, Nicolás Maduro, podem ser citados. Na
Bolívia, o presidente Evo Morales se destaca.
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ATIVIDADES
2. O ex-presidente Getúlio Vargas governou o país de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Os primeiros 15
anos de seu governo são divididos em três períodos: quais são eles?
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3. Complete:
( ) Até o final da Segunda Guerra Mundial, o Populismo chegou ao seu auge e investiu na
industrialização e melhoria de vários setores. Com bastante recursos chegando, a criação das
indústrias nacionais diminuiu as importações de muitos produtos na América Latina.
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5. Cite dois fatores que contribuiram para o declínio do populismo:
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ATIVIDADE COMPLEMENTAR
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SEMANA 2
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Modernização, ditadura civil-militar e redemocratização: o Brasil após 1946.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO:
Os anos 1960: revolução cultural? A ditadura civil-militar e os processos de resistência. As
questõesindígena e negra e a ditadura.
HABILIDADE(S):
(EF09HI19) Identificar e compreender o processo que resultou na ditadura civil-militar no
Brasil ediscutir a emergência de questões relacionadas à memória e à justiça sobre os casos
de violaçãodos direitos humanos.
(EF09HI20X) Discutir os processos de resistência e as propostas de reorganização de
sociedades brasileira durante a ditadura civil-militar, destacando a produção cultural e os
aspectos políticos eeconômicos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
O golpe civil-militar de 1964; Instalação da ditadura (1964-1983); Importância da Comissão
Nacionalda Verdade nas investigações às violações de direitos humanos cometidos entre 1946
a 1988 por agentes públicos; As formas de resistência usadas pelos opositores do regime
ditatorial; As mani-festações culturais do período.
OLÁ estudante. Esta semana iremos estudar os processos que levaram ao golpe de 1964 e a
implan tação de uma brutal ditadura no Brasil. Buscaremos, também, dialogar sobre as
formas de resistência a esse regime de exceção. Bons estudos!
A Ditadura Militar no Brasil foi um regime autoritário que teve início com o golpe militar em 31 de
março de 1964, com a deposição do presidente João Goulart.
O regime militar durou 21 anos (1964-1985), estabeleceu a censura à imprensa, restrição aos
direitos políticos e perseguição policial aos opositores do regime.
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Primeira
página do jornal O Globo de 2 de abril de 1964
Enquanto João Goulart iniciava sua viagem de volta, os ministros militares expediram um veto à
posse de Jango, pois sustentavam que ele defendia ideias de esquerda.
O impedimento violava a Constituição, e não foi aceito por vários seguimentos da nação, que passou
a se mobilizar. Manifestações e greves se espalharam pelo país.
Diante da ameaça de guerra civil, foi feita no Congresso a proposta de Emenda Constitucional nº4,
estabelecendo o regime parlamentarista no Brasil.
Dessa forma, Goulart seria presidente, mas com poderes limitados. Jango aceitou a redução de
seus poderes, esperando recuperá-lo em momento oportuno.
O Congresso votou a favor da medida e Goulart tomou posse no dia 7 de setembro de 1961. Para
ocupar o cargo de primeiro-ministro foi indicado o deputado Tancredo Neves.
O parlamentarismo durou até janeiro de 1963, quando um plebiscito pôs fim ao curto período
parlamentarista republicano.
Desapropriações de terras;
nacionalização das refinarias de petróleo;
reforma eleitoral garantindo o voto para analfabetos;
reforma universitária, entre outras.
A inflação chegou a atingir em 1963, o índice de 73,5%. O presidente exigia uma nova constituição
que acabasse com as "estruturas arcaicas" da sociedade brasileira.
O presidente era apoiado por universitários que atuavam por meio de suas organizações e uma das
principais era a União Nacional dos Estudantes (UNE).
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Igualmente, os comunistas de várias tendências, desenvolviam intenso trabalho de organização e
mobilização popular, apesar de atuarem na ilegalidade. Diante do quadro de crescente agitação, os
adversários do governo aceleraram a realização do golpe.
No dia 31 de março de 1964, o presidente João Goulart foi deposto pelos militares e Jango refugiou-
se no Uruguai. Aqueles que tentaram resistir ao golpe sofreram dura repressão.
Para cobrir o vazio de poder, uma junta militar assumiu o controle do país. No dia 9 de abril foi
decretado o Ato Institucional nº 1, dando poderes ao Congresso para eleger o novo presidente. O
escolhido foi o general Humberto de Alencar Castelo Branco, que havia sido chefe do estado-maior
do Exército.
Isto era apenas o início da interferência militar na gestão política da sociedade brasileira.
A concentração de poder
Depois do golpe de 1964, o modelo político instaurado visava fortalecer o poder executivo.
Dezessete atos institucionais e cerca de mil leis excepcionais foram impostas à sociedade brasileira.
Com o Ato Institucional nº 2, os antigos partidos políticos foram fechados e foi adotado o
bipartidarismo.Desta forma surgiram:
O governo, através da criação do Serviço Nacional de Informação (SNI), montou um forte sistema de
controle que dificultava a resistência ao regime. Chefiado pelo general Golbery do Couto e Silva,
este órgão investigou todos aqueles suspeitos de conspirar contra o regime, desde empresários até
estudantes.
Entre os militares, porém, havia discordância. O grupo mais radical, conhecido como "linha dura",
pressionava o grupo de Castelo Branco, para que não admitisse atitudes de insatisfação e afastasse
os civis do núcleo de decisões políticas.
No dia 15 de março de 1967, assumiu o poder o general Artur da Costa e Silva, ligado aos radicais.
A nova Constituição de 1967 já havia sido aprovada pelo Congresso Nacional.
Os atos institucionais promulgados durante os governos dos generais Castello Branco (1964-1967) e
Artur da Costa e Silva (1967-1969), a prática, acabaram com o Estado de direito e as instituições
democráticas do país.
pesar de toda repressão, o novo presidente enfrentou dificuldades. Formou-se a Frente Ampla para
fazer oposição ao governo, tendo como líderes o jornalista Carlos Lacerda e o ex-
presidente Juscelino Kubitschek.
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A resistência da sociedade
A sociedade reagia às arbitrariedades do governo e podemos citar um exemplo se dava no mundo
das artes. Em 1965 foi encenada a peça "Liberdade, Liberdade", de Millôr Fernandes e Flavio
Rangel, que criticava o governo militar.
Os festivais de música brasileira foram cenários importantes para atuação dos compositores, que
compunham canções de protesto.
A Igreja Católica estava dividida: os grupos mais tradicionais apoiavam o governo, porém os mais
progressistas criticavam a doutrina de segurança nacional.
As greves operárias reivindicavam o fim do arrocho salarial e queriam liberdade para estruturar seus
sindicatos. Os estudantes realizavam passeatas reclamando da falta de liberdade política.
O forte clima de tensão foi agravado com o discurso do deputado Márcio Moreira Alves, que pediu
ao povo que não comparecesse às comemorações do dia 7 de setembro.
Para conter as manifestações de oposição, o general Costa e Silva decretou em dezembro de 1968,
o Ato Institucional nº 5. Este suspendia as atividades do Congresso e autorizava à perseguição de
opositores.
Em agosto de 1969, o presidente Costa e Silva sofreu um derrame cerebral e assumiu o vice-
presidente Pedro Aleixo, político civil mineiro.
Em outubro de 1969, 240 oficiais generais indicam para presidente o general Emílio Garrastazu
Médici (1969-1974), ex-chefe do SNI. Em janeiro de 1970, um decreto-lei tornou mais rígida a
censura prévia à imprensa.
A atividade dos órgãos repressivos desarticularam as organizações de guerrilhas urbana e rural, que
levaram à morte dezenas de militantes de esquerda.
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ATIVIDADES
Os festivais de música brasileira foram cenários importantes para atuação dos compositores, que
compunham canções de protesto.
A Igreja Católica estava dividida: os grupos mais tradicionais apoiavam o governo, porém os mais
progressistas criticavam a doutrina de segurança nacional.
As greves operárias reivindicavam o fim do arrocho salarial e queriam liberdade para estruturar seus
sindicatos. Os estudantes realizavam passeatas reclamando da falta de liberdade política.
( ) A concentração de poder
( ) A resistência da sociedade
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SEMANA 3
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Modernização, ditadura civil-militar e redemocratização: o Brasil após 1946.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO:
O processo de redemocratização; A Constituição de 1988 e a emancipação das cidadanias (analfa-
betos, indígenas, negros, jovens etc.).
HABILIDADE(S):
(EF09HI23X) Identificar direitos civis, políticos e sociais expressos na Constituição de 1988 e rela-
cioná-los à noção de cidadania e ao pacto da sociedade brasileira de combate a diversas formas de
preconceito, como racismo, homofobia, xenofobia, LGBTfobia entre outros.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
O papel da sociedade civil pela democratização; O período democrático; A constituição de 1988:
direitos e garantias fundamentais.
Caro(a) estudante. Esta semana trataremos do fim do regime ditatorial brasileiro sob o comando dos
militares e o lento processo de reconstrução da cidadania no nosso país. Versaremos, também, sobre
como os grupos sociais marginalizados, as chamadas minorias sociais, resistiram à exceção ditatorial
e pressionaram por suas agendas políticas pós 1985
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das nações indígenas à sociedade brasileira. Esse equívoco foi desfeito em 1988 com a promulgação da
Constituição. Na atual carta magna, é garantido às etnias indígenas o respeito e a proteção à cultura
dessas populações em capítulo específico.
Já em relação à população negra e parda, o regime militar teve múltiplos impactos sobre a questão ra-
cial no Brasil: censura, vigilância, exílio, cassação, perseguição, desarticulação do ativismo de organi-
zações negras, além do controle e dos impedimentos ao debate sobre o preconceito, a discriminação e
as desigualdades raciais. Esses foram os resultados negativos mais evidentes da ditadura sobre a vida
de negros(as) e pardos(as).
Os avanços das atividades e do debate público sobre relações raciais legados do ativismo negro organiza -
do desde o fim da Segunda Grande Guerra sofreram fortes abalos durante a ditadura militar. Em 1968, ano
de endurecimento do regime, a maior liderança negra brasileira, Abdias do Nascimento (1914-2011), funda-
dor do Teatro Experimental do Negro, o TEN, principal entidade das mobilizações antirracistas do pós-Es-
tado Novo, deixou o país rumo aos Estados Unidos, onde passou a denunciar para o mundo a situação de
discriminação e de desigualdades sofridas aqui pela população negra. [...]
No que se refere diretamente ao ativismo, a Lei de Segurança Nacional restringia o espaço dos movimentos
sociais e, consequentemente, a atuação dos militantes negros, Tendo em vista que a negação do racismo
tornou-se o discurso oficial, qualquer questionamento à ideologia do regime militar poderia ser entendido
como racismo reverso, ou seja, os movimentos que denunciassem a discriminação ou o preconceito racial
eram interpretados como agentes que promoviam o ódio e animosidades entre os grupos raciais.
Disponível em: <http://memoriasdaditadura.org.br/cnv-e-negros/>. Acesso: 07 maio de 2021.
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Já a questão dos direitos sociais e políticos da população brasileira, na Constituição de 1988,
de 05 de outubro, conhecida como Cidadã, foi tratada de forma a impedir que os
excessos repressivos, o autori tarismo e a violência cometidos durante o regime ditatorial
pudessem reaparecer na sociedade. Porém, na atualidade, essa herança ainda persiste.
Todos os(as) brasileiros(as) possuem seus direitos sociais resguardados pelo sexto artigo
da Constituição de 1988, que são: saúde, alimentação, trabalho, educa-ção, moradia, lazer,
transporte, segurança, proteção à maternidade e à infância, previdência social eassistência
aos desamparados.
Já os direitos políticos (que são aqueles que visam garantir a soberania popular, de forma
direta e indireta) garantidos a partir de 1988 são “os institutos constitucionais relativos ao
direito de sufrágio, aossistemas eleitorais, às hipóteses de perda e suspensão dos direitos
políticos, às regras de elegibilidade e inelegibilidade, dentre outros institutos”.
(https://jus.com.br/artigos/31370/direitos-politicos-na-
-constituicao-federal-de-1988. Acesso: 07 de maio de 2021).
É importante ressaltar que, após 1988, a população analfabeta passa a ter o direito de votar,
ganhando, assim, uma cidadania que sempre lhe foi negada. Além disso, a Constituição de
1988 se inspira na De-claração dos Direitos Humanos de 1948.
ATIVIDADES
1. Leia o texto e responda?
- A moeda corrente brasileira que era o Cruzeiro foi transformada em Cruzado, seguido
de sua valorização (O cruzado valia 1000 vezes mais);
- Congelamento dos preços em todo o varejo, os quais eram fiscalizados por cidadãos
comuns;
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2. Quais as consequências do congelamento dos preços para o fracasso do plano cruzado?
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3. A Constituição Cidadã é conhecida por ser a mais democrática da história do Brasil e foi elaborada
em um processo que durou 20 meses e que contou com ampla participação popular. A promulgação
dessa Constituição aconteceu durante o governo de qual presidente?
a) João Figueiredo
b) Tancredo Neves
c) José Sarney
d) Fernando Collor
e) Itamar Franco
( )- Sistema pluripartidário;
( )- Colocou fim a censura aos meios de comunicação, obras de arte, músicas, filmes,
teatro, etc.
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A Constituição de 1988 foi elaborada durante 20 meses de trabalho da Assembleia Constituinte
que foi empossada em 1987. O presidente da Constituinte foi:
a) Paulo Maluf
b) Leonel Brizola
c) Lula
d) FHC
e) Ulysses Guimarães
Atividade complementar
2. Com base no você ja leu sobre a contituição de 1988, considerada constituição cidadã,
você concorda que esta constituição mudou para melhor ou para pior a vida dos
brasileiros?
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3. A Constituição Cidadã é conhecida por ser a mais democrática da história do Brasil e foi
elaborada em um processo que durou quantos meses?
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SEMANA 4
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Modernização, ditadura civil-militar e redemocratização: o Brasil após 1946.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO:
A história recente do Brasil: transformações políticas, econômicas, sociais e culturais de 1989 aos
dias atuais; Os protagonismos da sociedade civil e as alterações da sociedade brasileira; A ques-
tão da violência contra populações marginalizadas; O Brasil e suas relações internacionais na era
da globalização.
HABILIDADE(S):
(EF09HI24) Analisar as transformações políticas, econômicas, sociais e culturais de 1989 aos dias
atuais, identificando questões prioritárias para a promoção da cidadania e dos valores democráticos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Mudanças ocorridas no Brasil de 1989 aos dias atuais, em setores diversos; As eleições de 1989;
O governo de Fernando Collor; O governo de Itamar Franco; Os Governos de Fernando Henrique
Cardoso; Os movimentos sociais populares e suas atuações.
Estimado(a) estudante: essa semana iremos tratar das questões políticas, econômicas, sociais e cultu-
rais do passado recente de nosso país. Com a promulgação da Constituição de 1988, foram promovidas
mudanças para consolidar a redemocratização. Porém, estruturas seculares concorrem na manuten-
ção de problemas conjunturais que forjaram o Brasil. Vamos dialogar um pouco sobre essas questões.
Fernando
Eleito sobre dois pilares (combate à corrupção e à inflação herdadas da ditadura) e
Collor de Melo
com apoio da elite, o governo Collor iniciou com o Plano Brasil Novo: troca de moeda,
(1990/1992)
congelamento de preços, confisco da poupança, criação do Imposto sobre Opera-
ções Financeiras [IOF]. Collor iniciou o processo de adoção do neoliberalismo no país
e a venda de algumas estatais. Abriu a economia nacional às importações. Em 1991,
o presidente foi denunciado com cabeça de esquemas de desvio de dinheiro público.
A população, principalmente os jovens (Caras Pintadas), foram às ruas exigir a saída de
Collor. O Congresso instaurou uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e, no fim de
1992, foi aprovado o impeachment.
Itamar Franco
(1992/1994) O vice de Collor assume o governo. Em 1993, Itamar nomeia Fernando Henrique Car-
doso para o ministério da economia. A estatal de mineração, criada por Vargas, CVRD
(Companhia Vale do Rio Doce) é privatizada. O insucesso do plano econômico de Collor
em combater a inflação leva à formulação de um novo plano econômico: o Plano Real. O
sucesso inicial do plano, com a queda brutal da inflação e aumento do poder de compra,
popularizou a figura de FHC, que venceu as eleições para a presidência.
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Fernando Hen-
rique Cardoso Venceu duas eleições: 1994 e 1998. Estabilização inflacionária e crescimento econô-
(1995/2002) mico mesmo com o aumento da pobreza extrema, analfabetismo e desemprego no país.
Venda da estatal Telebrás. Política de paridade Real-Dólar. Aprovação da emenda cons-
titucional que permite a reeleição (foi denunciado que o governo FHC comprou os votos
dos deputados para aprovação da mudança). FHC vence as eleições de 1998 e, em 1999,
inicia seu segundo mandato. Maxidesvalorização do real (fim da paridade Real-Dólar).
Piora nos indicadores socioeconômicos.
Lula (2003/2010)
Primeiro presidente de origem popular, Luís Inácio Lula da Silva venceu as eleições de
2002. Ele concorria à presidência desde 1989. Adotando um discurso menos radical e
prometendo não mexer na economia neoliberal, Lula se tornou mais palatável à elite bra-
sileira. Nos seus dois mandatos, Lula promoveu o crescimento econômico vertiginoso
das camadas mais pobres por meio de programas sociais, como o Fome Zero, o ProUni,
o PAC e o Minha Casa Minha Vida. Também criou o maior programa de transferência de
renda, o Bolsa Família. Em seu torno, o Brasil, pela primeira vez na história, deixou de ser
um país devedor para ser um país credor no sistema financeiro internacional.
Apoiado no sucesso econômico e social, Lula ajuda a eleger sua sucessora e primeira
Dilma Rousseff mulher a ocupar a presidência brasileira. A presidenta Dilma Rousseff foi uma figura
(2011/2016) importante no combate à ditadura militar e foi ministra do seu antecessor. Em seus
governos, manteve a política econômica lulista e os programas sociais. Mesmo
com agravíssima crise internacional iniciada em 2008, a economia brasileira seguia
firme e se tornou a sexta maior do mundo. No governo Dilma ocorreram a chamadas
“Jornadas de Junho``: uma série de manifestações apoiadas pelos setores sociais
conservadores e opositores políticos do PT contra os gastos para sediar a Copa do
Mundo de futebol,de 2014, e as Olimpíadas do Rio, de 2016. Dilma foi reeleita em 2014
(ano em que, pela primeira vez, o Brasil foi retirado da lista da ONU de países com
população faminta) e sofreu um processo de impeachment, em 2016, quando foi
substituída pelo seu vice.Para a historiografia, o impeachment da ex-presidenta foi um
golpe parlamentar.
Michel Temer Temer assumiu a presidência e volta-se à agenda neoliberal que atendia aos interesses
(2016/2018) da elite econômica nacional e internacional. Fez, em 2017, a reforma trabalhista pro-
metendo criar milhões de empregos com a flexibilização das leis de trabalho. Em 2020,
segundo levantamentos, poucos empregos foram criados no Brasil devido às mudanças.
Apenas houve a precarização das condições de trabalho, principalmente para os mais
pobres. Em termos políticos, a instabilidade acabou levando à eleição de um político que
se dizia “não político” (como Collor também dizia). Jair Bolsonaro venceu as eleições, em
2018, no segundo turno.
Jair Bolsonaro
Considerado pelos seus opositores e pelas democracias internacionais como um polí-
(2019 - )
tico de extrema direita, o atual governo brasileiro é criticado pela ineficiência econô-
mica, pela crescente violência contra os mais pobres, pelos retrocessos nos ganhos
de cidadania dos grupos socialmente minoritários e como o pior exemplo em combate
à pandemia da Covid-19 no mundo. Ademais, a política internacional de aproximação
ao ex-presidente estadunidense Donald Trump, isolou o Brasil internacionalmente,
desviando o país da tradicional posição de uma das maiores lideranças diplomáticas
do globo.
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Em relação às questões sociais e luta pela diminuição da desigualdade, o país avançou bem em algumas
áreas e, em outras, nem tanto. Em relação ao racismo, por exemplo, mesmo com sua criminalização,
negros e negras têm mais dificuldade em completar os estudos, em arrumar empregos, a ter salários
iguais a de brancos. Sofrem mais com condições precárias de saneamento, saúde pública e justiça.
As populações indígenas no Brasil também sofrem bastante. Suas terras são invadidas, suas culturas
são desrespeitadas. Em 1997, por exemplo, um indígena foi morto ao ter seu corpo totalmente queima-
do por quatro jovens brancos de classe média alta da cidade de Brasília. A justificativa desses crimi-
nosos para a barbárie? “Pensamos que fosse um mendigo”. Ou seja, na mentalidade de alguns, pessoas
marginalizadas podem ser incendiadas para “diversão” dos ricos.
O Brasil é um dos países que mais mata pessoas por ano. Mais do que países em conflitos bélicos. Além
de indígenas e negros(as), a população LGBT (o país é recordista em assassinato de transgêneros), mu -
lheres e pessoas ligadas a movimento sociais (trabalhadores rurais sem-terra, moradores de rua, den-
tre outros), também sofrem com a violência policial e da população em geral. Mesmo com os avanços
das políticas públicas para proteção dessas minorias (como a Lei Maria da Penha), o Brasil ainda é um
lugar em que esses grupos sociais correm riscos cotidianos. Temos como exemplos as chacinas em
Eldorado dos Carajás, Candelária, Carandiru.
ATIVIDADES
1. Faça uma pesquisa na internet e/ou no seu livro didático e complete o quadro:
2. Quais foram os principais avanços sociais no Brasil durante os governos Lula e Dilma?
120
3. Leia o trecho: “De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(CAGED), no período entre novembro de 2017 e setembro de 2020, foram gerados 286,5 mil
postos de trabalho, bemabaixo da previsão do governo anterior, de gerar mais de 6 milhões
de empregos no país.
Já o desemprego segue persistente e em nível recorde, agravado pela pandemia. No
trimestre encer- rado em agosto, a taxa medida pelo IBGE ficou em 14,4% - a maior já
registrada na série histórica da pesquisa, iniciada em 2012”.
Disponível em: <https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/2020/11/11/reforma-trabalhista-completa-3-anos-
veja-
os-principais-efeitos.ghtml>. Acesso: 08 maio de 2021.
Atividades complementares
1. Leia o trecho: “A Polícia Civil do Rio de Janeiro recuou da informação de que subiu para 29 o
número de mortes confirmadas oficialmente na considerada a chacina mais letal da
história da capital fluminense,na operação na favela do Jacarezinho [...] A Polícia Civil
divulgou no final da tarde a lista com os 28nomes das vítimas, segundo publicado no G1
e outros veículos locais. A operação, chamada de Exceptis, apurava o aliciamento de
crianças e adolescentes para o tráfico de drogas. Como mostrou reportagemdo EL PAÍS,
ao menos 13 vítimas não tinham qualquer relação com a investigação. [...] As imagens
de casas tomadas pelo sangue e de corpos levados pela polícia em lençóis geraram revolta
e motivaramcobrança de autoridades nacionais e internacionais por explicações”.
Disponível em:< https://brasil.elpais.com/brasil/2021-05-08/mortos-na-chacina-do-jacarezinho-sobem-para-29-e-policia-
insiste-na-
criminalizacao-de-vitimas-sem-provas.html>. Acesso: 08 maio de 2021.
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SEMANA 5
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Modernização, ditadura civil-militar e redemocratização: o Brasil após 1946.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO:
Os protagonistas da sociedade civil e as alterações da sociedade brasileira; A questão da violência
contra populações marginalizadas.
HABILIDADE(S):
(EF09HI26X) Discutir e analisar as causas da violência contra populações marginalizadas (de perife-
rias, negros, indígenas, mulheres, LGBTQ, camponeses, pobres etc.) com vistas à tomada de cons-
ciência e à construção de uma cultura de paz, empatia, tolerância e inclusão, respeito às pessoas e
a desconstrução de visões estereotipadas sobre essas populações.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Causas e consequências da violência contra as populações marginalizadas.
Caro(a) estudante; esta semana falar-se-á das razões para as exclusões históricas das minorias sociais.
Lembrando que minorias sociais não significa que esses grupos sejam pequenos em quantidade. Por
exemplo: as mulheres são grupos sociais minoritários, mas são mais da metade da população brasi-
leira. A população parda e negra é uma minoria social, mas são mais da metade do total populacional.
Ou seja, mesmo sendo maiores em quantidade, as exclusões e violências que sofrem cotidianamente
deixam esses grupos vulneráveis, tornando-os, portanto, numa minoria social.
A Constituição Cidadã.
Promulgada em outubro de 1988, a atual constituição do Brasil ficou conhecida como cidadã devido aos
inúmeros artigos que a compõem que versam sobre a liberdade e os direitos de todos(as) e quaisquer
brasileiros(as). Na época de sua elaboração, muitos políticos e determinados setores da sociedade
eram contrários à participação popular na elaboração de nossa atual carta constitucional. Esses seto-
res utilizavam-se de um argumento bastante antigo e sempre excluiu os grupos mais pobres e vulne-
ráveis da participação política: diziam que o povo não sabia votar e não tinha conhecimento para gerir
uma nação.
Mesmo assim, no processo de elaboração da constituição de 1988, mais de 100 emendas foram propos-
tas pela população, o que gerou a alcunha Constituição Cidadã.
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• Liberdades civis: proibição da censura e garantia da liberdade de expressão. Garante, também, a
iniciativa popular para proposição de novas leis.
• Legislação de trabalho: redução da jornada semanal passou de 48 horas para 44 horas; direito a
um abono ao sair de férias para trabalhadores(as) com carteira assinada; seguro-desemprego e
décimo terceiro salário para os(as) trabalhadores(as); demissões sem justa causa dá o direito de
receber o correspondente a 40% de saldo do FGTS; a licença-maternidade passou para 120 dias;
e criou-se a licença-paternidade, de 5 dias.
• Eleições: eleições diretas para presidente(a), governadores(as) e prefeitos(as). Nas cidades com
mais de 200 mil eleitores(as), caso nenhum(a) dos(as) candidatos(as) obtiver a maioria absoluta
(50% + 1) dos votos no primeiro turno, haverá um segundo turno. Redução do mandato presiden-
cial para quatro anos.
• Voto: os(as) analfabetos(as) ganharam o direito facultativo de votar. O voto tornou-se obrigatório
para os(as) brasileiros(as) maiores de 18 e menores de 70 anos e facultativo para os maiores de 70
anos e para os jovens com 16 ou 17 anos.
• Forma e regime de governo: República Federativa e presidencialista. Previu-se, para 1993, a rea-
lização de um plebiscito para escolher entre o presidencialismo e o parlamentarismo e entre a
República e a Monarquia.
Dentre as causas para a violência contra as populações periféricas, pode-se citar o racismo
estrutural(visto que a maior parte da população negra e parda, nas grandes cidades, residem em
áreas periféri-cas); a falta de todas as estruturas de urbanidade (saúde, educação, políticas de
assistência, sanea-mento) e o tráfico de drogas.
O tráfico de drogas tem uma relação direta com a violência e com a letalidade policial. A competição
entre as facções rivais, a circulação de armas e a ineficácia do Estado nas periferias são os fatores para
a escalada da violência em várias regiões.
Outro fator que agrava os quadros de violência é a desigualdade social. Os homicídios concentram-se
em bairros pobres. A situação se agrava quando se conjugam a desigualdade e o racismo. “A estigma-
tização da figura do negro como potencial suspeito faz com que a possibilidade de um jovem negro
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morrer vítima de homicídio seja 23,5% maior que a de um jovem não negro. A cada 100
pessoas assas- sinadas no Brasil, cerca de 70 são negras”. (Disponível em: is.gd/GI97zF. Acesso:
10 de maio de 2021).
Outro problema ligado à violência é a circulação de armas. De cada 1% de armas a mais em
circulação, aumenta-se em 2% o número de homicídios. O principal grupo assassinado o
Brasil é o de jovens entre 15 e 29 anos do sexo masculino. Quando se estratifica o perfil
étnico/racial, 75,7% das vítimas são pre- tas e pardos. Essa assimetria também ocorre entre
as mulheres: 68% das vítimas de homicídios eram mulheres negras. Outro dado preocupante
é o de que, desde 2017 temos uma redução nos homicídios entre os negros e um aumento
nos homicídios de negros, refletindo uma escalada da violência institu-cional contra esse
grupo minoritário social.
ATIVIDADES
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2. Quais as principais consequências das altas taxas de violência para vários grupos da
sociedade brasileira atual?
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Redução da jornada semanal passou de 48 horas para 44 horas; direito aum abono ao
sair de férias para trabalhadores(as) com carteira assinada; seguro-desemprego e
décimo terceiro salário para os(as) trabalhadores(as); demissões sem justa causa dá
o direito dereceber o correspondente a 40% de saldo do FGTS; a licença-maternidade
passou para 120 dias;e criou-se a licença-paternidade, de 5 dias.
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SEMANA 6
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Modernização, ditadura civil-militar e redemocratização: o Brasil após 1946.
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO:
O Brasil e suas relações internacionais na era da globalização.
HABILIDADE(S):
(EF09HI27) Relacionar aspectos das mudanças econômicas, culturais e sociais ocorridas no
Brasil a partir da década de 1990 ao papel do País no cenário internacional na era da globalização.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Globalização: influências econômicas, culturais e sociais ocorridas no Brasil a partir da
década de1990; O papel do Brasil no cenário internacional.
Estimado(a) estudante! Nessa última semana do PET 2 iremos dialogar sobre a importância
da nação brasileira no cenário global do século XXI.1O Brasil é uma das maiores
economias do mundo, tem a quinta maior população e a quinta maior extensão
territorial. Incluso, o território brasileiro, é um dos mais ricos e diversos do
planeta. Logo, nosso país se destaca em diversas áreas positivamente. Porém, comojá visto
nas semanas anteriores, ainda se tem muitos problemas que dificultam o Brasil de exercer
um maior protagonismo global. Seja por seus problemas sociais, seja pelas diretrizes
políticas dos últimos cinco anos.
O Brasil na economia global do século XXI
Sempre acostumados(as) a ouvir a expressão “O Brasil é o país do futuro”, os(as)
brasileiros(as) possuema expectativa de realmente viver num país que corresponda ao
seu gigantismo territorial e que seja protagonista em termos econômicos, políticos e
diplomáticos.
O protagonismo planetário do Brasil se deve a alguns fatores: ter o quinto maior
território, a quinta maior população, figurar entre as quinze maiores economias, ser um dos
grandes produtores de com modities (produtos primários/agrícolas), ter um grande mercado
consumidor. A diversidade naturaldo país e a infinidade de recursos naturais existentes tornam o
Brasil, em termos políticos e econômicos, bastante relevante no mundo globalizado. Junto com
outras nações com características similares,em 2006, durante o governo Lula, foi criado o BRIC
(Brasil, Rússia, Índia e China). Em 2011, a África do
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como Estados Unidos e Alemanha, ou seja, um nova ordem multipolar, não centralizada nas
economiastradicionais da Guerra Fria. O atual governo brasileiro vem se afastando desse grupo e
se aproximando dos interesses estadunidenses frente à concorrência chinesa e russa na
economia. Essa aproximaçãoaos EUA também atinge negativamente a relação do Brasil com as
nações do bloco Mercosul.
O protagonismo brasileiro no cenário mundial foi sendo construído a partir da redemocratização
do país, com a promulgação da Constituição de 1988, a abertura econômica e adoção do
neoliberalismo.O Plano Real permitiu o crescimento e fortalecimento da economia brasileira no
cenário globalizado doséculo XXI.
É relevante ressaltar, também, que os problemas brasileiros, como saúde e educação deficitárias,
faltade estrutura de saneamento e de escoamento da produção, altos índices de violência, são
entraves para chegarmos à ideia que abriu esse texto: “país do futuro”. Ou seja, mesmo com
bastante recursospara ser uma das maiores nações do planeta, existem problemas estruturais
severos que dificultam oprogresso econômico e social do país.
Os problemas sociais brasileiros acabam por se assemelhar aos de nações que passam pelas
mesmasquestões. Por exemplo: os altos índices de violência ligados ao tráfico de drogas é um
problema que também atinge as nações colombiana e mexicana. México e Brasil também se
assemelham nas ques-tões da discrepante desigualdade socioeconômica.
O Brasil, assim como várias nações, passa por problemas relacionados à imigração de
populações refugiadas, como haitianos(as) e venezuelanos(as) no Brasil. O país, assim como nos
Estados Unidos, discute os problemas relacionados à população negra. Nos Estados Unidos, a
violência contra os(as)afro-descentes acabou levando à criação do Black Lives Matter (Vidas
Negras Importam). No Brasilexistem vários movimentos de valorização da população negra e
parda e contra a discriminação e ra-cismo estruturais.
A população indígena sofre bastante com as invasões de seus territórios e a negligência de
fiscalização do governo brasileiro para preservar a vida e os territórios das centenas de nações
indígenas originárias. Veja um trecho de reportagem publicado, originalmente, em 10 de maio de
2021 na imprensa nacional:
“A foto de uma menina Yanomami debilitada numa rede na comunidade Maimai, região de difícil
acesso nafloresta amazônica, em Roraima, evidencia a falta de assistência a indígenas que vivem na
Terra IndígenaYanomami, a maior do país, segundo o missionário Carlo Zacquini, responsável pela
divulgação da imagem.Na avaliação dele, a situação retrata o abandono nas aldeias. [...]
“Faz alguns meses que recebo confidências sobre a situação na Terra Yanomami, mas ninguém se
dispõe a falar por medo.”
“Essas aldeias estão abandonadas. Todas elas sem assistência. Não há equipes. A equipe é desfalcada
de pessoas. Tem postos de saúde que estão fechados há meses na Terra Yanomami”,
Maior reserva indígena do Brasil, a Terra Yanomami fica entre os estados de Roraima e Amazonas, e
em boaparte da fronteira com a Venezuela. Mais de 26,7 mil índios - incluindo grupos isolados -
habitam a regiãoem cerca de 360 aldeias.
O missionário relata ainda que há falta de medicamentos e dificuldade para consegui-los.
[...] “O combate à malária está prejudicado por falta de profissionais de saúde. Essa foto da nossa
‘parente’ [Yanomami] que está circulando mostra nossa vulnerabilidade. O governo federal não
está preocupado com os problemas que enfrentamos hoje em dia”, resumiu”.
Sendo assim, o Brasil do século XXI é um país que possui um grande potencial de crescimento, masesbarra em
problemas históricos que freiam o uso desse potencial devido ao conservadorismo dos setores sociais e políticos
que sempre se beneficiaram dessa estrutura secular excludente
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ATIVIDADES
1. Liste os principais pontos positivos que tornam o Brasil um dos principais países do século XXI.
Leia e responda:
É relevante ressaltar, também, que os problemas brasileiros, como saúde e educação
deficitárias, faltade estrutura de saneamento e de escoamento da produção, altos índices
de violência, são entravespara chegarmos à ideia que abriu esse texto: “país do futuro”. Ou
seja, mesmo com bastante recursospara ser uma das maiores nações do planeta, existem
problemas estruturais severos que dificultam oprogresso econômico e social do país.
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3. (ESPM 2019 - adaptada) Observe a canção a seguir:
A cara do Brasil
Fonte: A Cara do Brasil. Vicente Barreto e Celso Viáfora. CD: ‘E a turma chegando pra dançar. Dabliú Discos, 1999.
b) concentração de renda.
c) Constituição brasileira.
4. (UERJ) Os líderes dos países que integram os Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –
encerraram seu terceiro encontro com um comunicado em que pedem conjunta e explicitamente,
pela primeira vez, mudanças no Conselho de Segurança das Nações Unidas. O texto defende reformas
na ONU para aumentar a representatividade na instituição, além de alterações no Fundo Monetário
Internacional e no Banco Mundial. Para os líderes dos Brics, a reforma da ONU é essencial, pois não é
mais possível manter as formas institucionais erguidas logo após a Segunda Guerra Mundial. E sim a
afirmação da multipolaridade
(Adaptado de O Globo, 15/04/2011).
Uma das principais mudanças no contexto internacional contemporâneo que se relaciona com as refor-
mas propostas pelos Brics está indicada em:
a) Afirmação da multipolaridade.
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Atividade complementar
Leia o texto e complete:
Olha só, estudante! Chegamos ao final do PET 3. Durante essas semanas conversamos
sobre a histó-ria recente do Brasil. Esperamos que tenha aprendido bastante sobre nosso
estimado país e que esse material te incentive a se aprofundar nos assuntos trabalhados!
Agora, nos vemos no último PET de 2021. Até mais!
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