Curso - Sucessão Testamentária e Planejamento Sucessório - Aulas

2021/1
Direito das Sucessões Prof. Rodrigo Capanema

Resumo
Fundamentos, conceitos e regras gerais
Fundamentos
❖ “O Direito das sucessões realiza a nalidade institucional de dar a
continuidade possível ao descontínuo causado pela morte” (José de Oliveira
Ascensão
❖ Obrigações
❖ Patrimônio
❖ Proteção da família
❖ Direitos da personalidade.
)
fi
Fundamento normativo
❖ CR/88, art. 5º, XXX - é garantido o direito de herança
❖ CR/88, art. 5º, XXIII - a propriedade atenderá a sua função social

❖ Função social da sucessão
❖ Interesse da sociedade
❖ Interesse da família
❖ Interesse do indivíduo.
;
Conceitos
❖ Sucessão em sentido amplo: segui

❖ Inter vivos; p.ex. compra e vend
❖ Causa mortis - Direito das Sucessões:
❖ Dimensão objetiva
❖ Dimensão subjetiva.
;
Terminologia
❖ Falecido, morto, autor da herança ou de cujus

❖ Sucessor
❖ Herdeiro
❖ Legatário.
:
Terminologia
❖ Morte
❖ Real
❖ Presumida sem declaração de ausência
❖ Presumida com declaração de ausência
❖ Premoriência
❖ Comoriência.
;
R$1.000.000,00
R$500.000,00
R$500.000,00
Pedr Joã Mari An

(Irmão de João) (10:00) (10:01) (Irmã de Maria)
R$1.000.000,00
R$500.000,00 R$500.000,00
Pedr An
João Maria
(Irmão de João) (Irmã de Maria)
a
Conceitos
❖ Espólio - ente despersonalizado / universalidade jurídica / cção jurídica
❖ Legitimidade processual (art. 75, VII, CPC)
❖ Ação ajuizada em vida pelo de cujus
❖ Ação que tenha por suporte fático danos suportados pelo de cujus em vida
❖ Ação que pleiteia direito próprio do herdeiro e não por herança
❖ Responde pelas dívidas do de cujus, até o limite de suas forças
❖ Termina com a partilha.
Herança
❖ Herança - “…conjunto de bens, positivos e negativos, formado com o falecimento do de cujus.”
(TARTUCE, 2020
❖ Bem imóve
❖ CC, Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: II - o direito à sucessão aberta
❖ Bem indivisíve
❖ CC, Art. 1.791. A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros
❖ Herança digita
❖ Testamento afetivo ou digital;
l
Modalidades gerais de sucessão causa mortis

❖ CC, Art. 1.786. A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade
❖ Modalidades
❖ Sucessão legítima ou ab intestato - decorrente da Lei
❖ Sucessão testamentária - ato de última vontade
❖ CC, Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros
legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no
testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo.
:
Momento de abertura da sucessão
❖ Droit de saisin
❖ Por força da lei, transmite-se aos herdeiros as obrigações e os direitos,
inclusive o de propriedade, do de cujus no momento da morte
❖ CC, Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos
herdeiros legítimos e testamentários.
e
Local de abertura da sucessão

❖ Domicílio do de cujus
❖ CC, Art. 1.785. A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido
❖ LINDB, Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que
domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos
bens.
❖ § 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei
brasileira em benefício do cônjuge ou dos lhos brasileiros, ou de quem os represente,
sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
❖
fi
Local de abertura da sucessão
❖ Foro competente (art. 48, CPC)

❖ Domicílio do de cujus
❖ Se não possuía domicílio certo
❖ Foro da situação dos bens imóveis (havendo vários, qualquer desses)
❖ Não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do
espólio.
Aplicação das normas no tempo

❖ Lei vigente ao tempo de abertura da sucessã
❖ CC, Art. 1.787. Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao
tempo da abertura daquela
❖ 11 de janeiro de 2003 - CC/200

❖ CC, Art. 2.041. As disposições deste Código relativas à ordem da vocação
hereditária (arts. 1.829 a 1.844) não se aplicam à sucessão aberta antes de sua
vigência, prevalecendo o disposto na lei anterior (Lei n o 3.071, de 1º de janeiro
de 1916) .
Modalidade de herdeiros / sucessores
❖ Classi cação
❖ Origem (1)
❖ Legítimo - decorre da lei
❖ Testamentário - instituído por testamento, legado ou codicilo.
fi
:

❖ Classi cação
❖ Amplitude de proteção do sistema sucessório nacional (2)
❖ Necessários, forçados ou reservatório
❖ CC, Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge
❖ Proteção da legítima
❖ CC,Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da
herança, constituindo a legítima
❖ OBS: possibilidade de cumular as condições de herdeiro necessário e testamentário
❖ CC, Art. 1.849. O herdeiro necessário, a quem o testador deixar a sua parte disponível, ou
algum legado, não perderá o direito à legítima.
fi
:

❖ Classi cação
❖ Amplitude de proteção do sistema sucessório nacional (2)
❖ Necessários, forçados ou reservatório
❖ Facultativos ou não obrigatório

❖ Podem ser excluídos pelo testament
❖ CC, Art. 1.850. Para excluir da sucessão os herdeiros colaterais, basta que o
testador disponha de seu patrimônio sem os contemplar.
fi
:
Intra vires hereditatis
❖ A responsabilidade dos herdeiros se limita às forças da heranç

❖ CC, Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às forças
da herança; incumbe-lhe, porém, a prova do excesso, salvo se houver
inventário que a escuse, demostrando o valor dos bens herdados.
Prazo para a abertura do inventário
❖ 30 dias - Código Civil/0
❖ Art. 1.796. No prazo de trinta dias, a contar da abertura da sucessão, instaurar-se-á inventário do patrimônio
hereditário, perante o juízo competente no lugar da sucessão, para ns de liquidação e, quando for o caso, de
partilha da herança
❖ 60 dias - Código de Processo Civil/197
❖ Art. 983. O processo de inventário e partilha deve ser aberto dentro de 60 (sessenta) dias a contar da abertura
da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze) meses subseqüentes, podendo o juiz prorrogar tais prazos, de ofício ou
a requerimento de parte. (Redação dada pela Lei nº 11.441, de 2007)
❖ 2 meses - Código de Processo Civil/201
❖ Art. 611. O processo de inventário e de partilha deve ser instaurado dentro de 2 (dois) meses, a contar da
abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze) meses subsequentes, podendo o juiz prorrogar esses prazos,
de ofício ou a requerimento de parte.
.
Prazo para a abertura do inventário
❖ Descumprimento do prazo
❖ Não há sanções especí cas
❖ Potenciais consequências tributárias;
fi
;
Vocação hereditária
❖ Legitimação (capacidade jurídica especial) para suceder
❖ Sucessão legítim
❖ Pessoas naturais: nascidas ou concebidas
❖ CC, Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já
concebidas no momento da abertura da sucessão
❖ Polêmica do nascituro: personalidade jurídica formal e personalidade
jurídica material
❖ Polêmica dos embriões.
;
❖ Sucessão testamentária (art. 1.799, CC
❖ Pessoas naturais:
❖ nascidas
❖ concebidas
❖ não concebidas, se vivo o potencial genitor na abertura da sucessão
(prole eventual ou concepturo);
;
❖ Sucessão testamentári
❖ Pessoas naturais: não concebidas (prole eventual ou concepturo)
❖ Após a liquidação ou partilha, os bens serão con ados a curador nomeado
pelo juiz (art. 1.800, caput, CC)
❖ Ordem preferencial:
1. Pessoa indicada pelo testador
2. Genitores do provável sucessor
3. Pessoa indicada pelo juiz.

❖ Pessoas naturais: não concebidas (prole eventual ou concepturo)
❖ Prazo de 2 anos para concepção ou nascimento com vida
❖ Ocorrendo o nascimento, a sucessão será deferida inclusive com os frutos
❖ CC, Art. 1.800, § 3º Nascendo com vida o herdeiro esperado, ser-lhe-á deferida a sucessão, com
os frutos e rendimentos relativos à deixa, a partir da morte do testador
❖ Não ocorrendo o nascimento ou a concepção, salvo disposição em contrário -> sucessão legítima
❖ CC, Art. 1.800, § 4º Se, decorridos dois anos após a abertura da sucessão, não for concebido o
herdeiro esperado, os bens reservados, salvo disposição em contrário do testador, caberão aos
herdeiros legítimos.
a
❖ Pessoas jurídicas:
❖ existente
❖ Pessoa Jurídica de Direito Privado
❖ Pessoa Jurídica de Direito Público interno
❖ cuja organização for determinada pelo testador sob a forma de fundação
❖ CC, Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder
❖ I - os lhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão
❖ II - as pessoas jurídicas
❖ III - as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo testador sob a forma de fundação.
fi
s
❖ Pessoas vedadas (Art. 1.801, CC)
❖ I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos
❖ II - as testemunhas do testamento
❖ III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de
cinco anos
❖ Não atinge a união estável
❖ Não atinge lho do testador (CC, Art. 1.803
❖ IV - o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se zer, assim como o que zer ou
aprovar o testamento.
;
fi
a
❖ Pessoas vedadas
❖ Simulaçã
❖ CC, Art. 1.802. São nulas as disposições testamentárias em favor de pessoas não
legitimadas a suceder, ainda quando simuladas sob a forma de contrato oneroso, ou
feitas mediante interposta pessoa
❖ Presunção absoluta de interposta pessoa (simulação subjetiva
❖ CC, Art. 1.802, Parágrafo único. Presumem-se pessoas interpostas os ascendentes, os
descendentes, os irmãos e o cônjuge ou companheiro do não legitimado a suceder.
o
Aceitação e renúncia de herança

❖ Aceitação e renúnci
❖ Limitações ao ato
❖ Não é possível o fracionamento
❖ CC, Art. 1.808. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a termo
❖ Exceções
❖ Herança e legado
❖ CC, Art. 1.808, § 1º O herdeiro, a quem se testarem legados, pode aceitá-los, renunciando a herança; ou,
aceitando-a, repudiá-los
❖ Herdeiro sobre títulos sucessórios diversos
❖ CC, Art. 1.808, § 2º O herdeiro, chamado, na mesma sucessão, a mais de um quinhão hereditário, sob
títulos sucessórios diversos, pode livremente deliberar quanto aos quinhões que aceita e aos que renuncia.
:
Sucessão testamentária
Testamento
❖ Instituto mortis causa
❖ Ato de última vontade
❖ Expressão e exercício da autonomia privada
❖ Disposições
❖ Patrimoniais
❖ CC/1916, Art. 1.626. Considera-se testamento o ato revogável pelo qual alguém, de conformidade com a lei,
dispõe, no todo ou em parte, do seu patrimônio, para depois da sua morte
❖ Não patrimoniais
❖ CC/02, Art. 1.857, § 2º São válidas as disposições testamentárias de caráter não patrimonial, ainda que o
testador somente a elas se tenha limitado.
:
Testamento
❖ Disposições não patrimoniais
❖ P.ex.:
❖ Testamento digital
❖ Reconhecimento de lho
❖ Testamento ético
❖ Uso de imagem
❖ Testamento criogênico (STJ,
❖ Direitos morais de autor
REsp 1.693.718/RJ).
❖ Testamento genético
❖ Testamento afetivo

fi
;
Testamento
❖ “Testamento é ato solene em que se dispõe dos direitos para depois da morte.
Destina-se o patrimônio ou fazem outras declarações de natureza pessoal”
(Francisco Amaral
❖ “o testamento como um negócio jurídico unilateral, personalíssimo e

revogável pelo qual o testador faz disposições de caráter patrimonial ou
extrapatrimonial, para depois de sua morte. (Flávio Tartuce)
)
Características do testamento
❖ Negócio jurídico lato sensu
❖ Unilateral
❖ Não receptício
❖ Gratuito
❖ Interpretação restritiva: CC, Art. 114. Os negócios jurídicos bené cos e a
renúncia interpretam-se estritamente
❖ Mortis causa;
;
Características do testamento
❖ Negócio jurídico lato sensu
❖ Formal
❖ Revogável
❖ CC, Art. 1.858. O testamento é ato personalíssimo, podendo ser mudado a qualquer
tempo
❖ Obs: reconhecimento de lho é irrevogável
❖ CC, Art. 1.610. O reconhecimento não pode ser revogado, nem mesmo quando feito
em testamento
❖ Ato personalíssimo.
.
fi
:
Capacidade de testar
❖ Capacidade testamentária ativ
❖ Plena capacidade civil ou incapacidade relativa por idade
❖ CC, Art. 1.857. Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade dos seus
bens, ou de parte deles, para depois de sua morte
❖ CC, Art. 1.860, Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos
❖ Aplicação da teoria das nulidades
❖ Falta de pleno discerniment
❖ CC, Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não
tiverem pleno discernimento.
Capacidade de testar
❖ Capacidade testamentária ativ

❖ Superveniência de incapacidade ou capacidad
❖ CC, Art. 1.861. A incapacidade superveniente do testador não invalida o
testamento, nem o testamento do incapaz se valida com a superveniência
da capacidade.
Objeto do testamento
❖ Exclusão dos bens legitimário

❖ CC, Art. 1.857, § 1º A legítima dos herdeiros necessários não poderá ser
incluída no testamento
❖ Redução testamentária
Validade do testamento
❖ Testamento anuláve
❖ CC, Art. 1.859. Extingue-se em cinco anos o direito de impugnar a validade do testamento, contado o prazo da data do
seu registro
❖ CC, Art. 1.909. São anuláveis as disposições testamentárias inquinadas de erro, dolo ou coação
❖ Parágrafo único. Extingue-se em quatro anos o direito de anular a disposição, contados de quando o interessado tiver
conhecimento do vício
❖ Testamento nul
❖ Prazo de 5 anos - Venosa, Zeno Veloso e Eduardo de Oliveira Leite (majoritária
❖ Caducidade
❖ Imprescritível - Tartuce.
.
Modalidades e formas de testamento

❖ Testamentos ordinários ou comuns
❖ público
❖ cerrado
❖ particular
❖ Testamento especial, extraordinário, excepcional ou emergencial
❖ marítimo
❖ aeronáutico
❖ militar
❖ Rol taxativo: CC, Art. 1.887. Não se admitem outros testamentos especiais além dos contemplados
neste Código.
.
Modalidades e formas de testamento

❖ Vedação ao testamento comum ou conjuntivo ou uno contextu ou de mão
comum
❖ simultâneo
❖ recíproco
❖ correspectivo
❖ CC, Art. 1.863. É proibido o testamento conjuntivo, seja simultâneo,
recíproco ou correspectivo.
:
Testamento ordinário - testamento público

❖ Tabelionato de Notas
❖ Presentes no ato
❖ tabelião ou seu substituto
❖ testador
❖ testemunhas
❖ Princípio da unidade ou unicidade do ato testamentário

;

❖ Duas testemunha
❖ Vedação
❖ Art. 228. Não podem ser admitidos como testemunhas
❖ I - os menores de dezesseis anos
❖ IV - o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes
❖ V - os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o
terceiro grau de alguma das partes, por consangüinidade, ou a nidade.
:

❖ CC, Art. 1.864. São requisitos essenciais do testamento
público
❖ I - ser escrito por tabelião ou por seu substituto legal em seu
❖ Requisitos livro de notas, de acordo com as declarações do testador,
podendo este servir-se de minuta, notas ou apontamentos
❖ Escrito pelo tabelião ou seu ❖ II - lavrado o instrumento, ser lido em voz alta pelo tabelião
ao testador e a duas testemunhas, a um só tempo; ou pelo
substituto testador, se o quiser, na presença destas e do o cial
❖ III - ser o instrumento, em seguida à leitura, assinado pelo
❖ Leitura em voz alta testador, pelas testemunhas e pelo tabelião
❖ Parágrafo único. O testamento público pode ser escrito
❖ Assinatura. manualmente ou mecanicamente, bem como ser feito pela
inserção da declaração de vontade em partes impressas de
livro de notas, desde que rubricadas todas as páginas pelo
testador, se mais de uma.
:
fi
;

❖ Testador não sabe ou não pode assina
❖ CC, Art. 1.865. Se o testador não souber, ou não puder assinar, o tabelião ou seu
substituto legal assim o declarará, assinando, neste caso, pelo testador, e, a seu rogo,
uma das testemunhas instrumentárias
❖ Testador inteiramente surdo
❖ Capaz de ler - leitura do testamento
❖ Incapaz de ler - terceiro leitor
❖ CC, Art. 1.866. O indivíduo inteiramente surdo, sabendo ler, lerá o seu testamento, e,
se não o souber, designará quem o leia em seu lugar, presentes as testemunhas.
❖ Ceg
❖ Testamento públic
❖ CC, Art. 1.867. Ao cego só se permite o testamento público, que lhe será
lido, em voz alta, duas vezes, uma pelo tabelião ou por seu substituto
legal, e a outra por uma das testemunhas, designada pelo testador,
fazendo-se de tudo circunstanciada menção no testamento.
o
❖ Público ≠ publicidade do testament

❖ Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal

❖ Meio digital (Provimento 100/2020, do CNJ
❖ Art. 3º. São requisitos da prática do ato notarial eletrônico
❖ I - videoconferência notarial para captação do consentimento das partes sobre os
termos do ato jurídico
❖ II - concordância expressada pela partes com os termos do ato notarial eletrônico
❖ III - assinatura digital pelas partes, exclusivamente através do e-Notariado
❖ IV - assinatura do Tabelião de Notas com a utilização de certi cado digital ICP-Brasil
❖ IV - uso de formatos de documentos de longa duração com assinatura digital;
;
Testamento ordinário - testamento cerrado

❖ Nomenclatura antiga: secreto ou místico;
❖ Possibilidade de maior sigilo de seu conteúdo
❖ Vantagens e riscos.
❖ Requisitos: ❖ CC, Art. 1.868. O testamento escrito pelo testador, ou
❖ Escrito pelo testador OU escrito a seu rogo por outra pessoa, a seu rogo, e por aquele assinado,
será válido se aprovado pelo tabelião ou seu substituto
❖ O próprio tabelião pode escrever a rogo (Art. 1.870, CC) legal, observadas as seguintes formalidades
❖ Assinado pelo testador; ❖ I - que o testador o entregue ao tabelião em presença
de duas testemunhas
❖ Entrega ao tabelião, na presença de duas testemunhas;
❖ II - que o testador declare que aquele é o seu
❖ Declaração de que aquele documento é seu testamento
testamento e quer que seja aprovado
❖ Pedido de aprovação ❖ III - que o tabelião lavre, desde logo, o auto de
❖ Aprovação por tabelião ou substituto aprovação, na presença de duas testemunhas, e o leia,
em seguida, ao testador e testemunhas
❖ Lavratura, leitura e assinatura do auto de aprovação na
❖ IV - que o auto de aprovação seja assinado pelo
presença e com a participação de todos.
tabelião, pelas testemunhas e pelo testador.
;
❖ Obs: O testamento pode ser escrito mecanicamente, mas as páginas devem

ser numeradas e assinadas
❖ CC, Art. 1.868, Parágrafo único. O testamento cerrado pode ser escrito
mecanicamente, desde que seu subscritor numere e autentique, com a sua
assinatura, todas as paginas.
❖ Língua do testament
❖ Português ou qualquer idioma
❖ Não há necessidade do notário ou das testemunhas conhecerem o idioma
❖ CC, Art. 1.871. O testamento pode ser escrito em língua nacional ou
estrangeira, pelo próprio testador, ou por outrem, a seu rogo.
o

❖ Auto de aprovaçã
❖ Deve ser iniciado após última palavra do testado
❖ Declarar a entrega e o pedido de aprovação, na presença das testemunhas
❖ CC, Art. 1.869. O tabelião deve começar o auto de aprovação imediatamente depois da última palavra do testador, declarando, sob
sua fé, que o testador lhe entregou para ser aprovado na presença das testemunhas; passando a cerrar e coser o instrumento
aprovado
❖ Parágrafo único. Se não houver espaço na última folha do testamento, para início da aprovação, o tabelião aporá nele o seu sinal
público, mencionando a circunstância no auto
❖ Cerrar e costurar o testament
❖ Classicamente era costurado com linha e lacrado com cera
❖ Possibilidade de costura mecânic
❖ P.ex. Provimento Conjunto 93/2020, TJMG, Art. 284, § 3º Depois de assinado o testamento pelo testador e rubricadas suas folhas pelo
tabelião de notas, o papel em que foi escrito o testamento cerrado, com a respectiva aprovação, será dobrado, cerrado e costurado
manual, eletrônica ou mecanicamente pelo tabelião.
.

❖ Vedado para quem não saiba ou não possa le
❖ CC, Art. 1.872. Não pode dispor de seus bens em testamento cerrado quem não
saiba ou não possa ler
❖ Surdo-mud
❖ CC, Art. 1.873. Pode fazer testamento cerrado o surdo-mudo, contanto que o
escreva todo, e o assine de sua mão, e que, ao entregá-lo ao o cial público, ante
as duas testemunhas, escreva, na face externa do papel ou do envoltório, que
aquele é o seu testamento, cuja aprovação lhe pede.
o
❖ Após a aprovação e a costura, o testamento é entregue ao testado

❖ CC,Art. 1.874. Depois de aprovado e cerrado, será o testamento entregue
ao testador, e o tabelião lançará, no seu livro, nota do lugar, dia, mês e
ano em que o testamento foi aprovado e entregue.
❖ Revogação tácit
❖ CC, Art. 1.972. O testamento cerrado que o testador abrir ou dilacerar, ou
for aberto ou dilacerado com seu consentimento, haver-se-á como
revogado.
a
❖ Após o falecimento do testador, o testamento deverá ser aberto em

procedimento judicia
❖ CC, Art. 1.875. Falecido o testador, o testamento será apresentado ao juiz,
que o abrirá e o fará registrar, ordenando seja cumprido, se não achar
vício externo que o torne eivado de nulidade ou suspeito de falsidade.

Leitura pelo
Veri cação de Abertura Termo de abertur
escrivão / chefe
vício externo pelo juiz de Secretaria • nome do apresentant
• Informação de sua obtençã
• data e o lugar do falecimento do
testador, com as respectivas
Registro, arquivo prova
Testamenteiro e ordem de MP • outras circunstância
cumprimento
❖ CPC, Art. 735. Recebendo testamento cerrado, o juiz, se não achar vício ❖ § 3º Feito o registro, será intimado o testamenteiro para assinar
externo que o torne suspeito de nulidade ou falsidade, o abrirá e mandará o termo da testamentária
que o escrivão o leia em presença do apresentante ❖ § 4º Se não houver testamenteiro nomeado ou se ele estiver
❖ § 1º Do termo de abertura constarão o nome do apresentante e como ele ausente ou não aceitar o encargo, o juiz nomeará testamenteiro
obteve o testamento, a data e o lugar do falecimento do testador, com as dativo, observando-se a preferência legal
respectivas provas, e qualquer circunstância digna de nota
❖ § 5º O testamenteiro deverá cumprir as disposições
❖ § 2º Depois de ouvido o Ministério Público, não havendo dúvidas a serem testamentárias e prestar contas em juízo do que recebeu e
esclarecidas, o juiz mandará registrar, arquivar e cumprir o testamento. despendeu, observando-se o disposto em lei.
fi
s
Testamento ordinário - testamento particular
❖ Testamento holográ co, aberto, privado ou de próprio punh

❖ Vantagens e riscos
fi
❖ Requisitos:
❖ CC, Art. 1.876. O testamento particular pode ser
❖ Escrito pelo testador escrito de próprio punho ou mediante processo
mecânico
❖ Próprio punho ou processo mecânico
❖ § 1º Se escrito de próprio punho, são requisitos
❖ Não pode ser feito pelo cego e por quem não possa essenciais à sua validade seja lido e assinado por
ou saiba escrever quem o escreveu, na presença de pelo menos três
❖ Lido e assinado pelo testador; testemunhas, que o devem subscrever
❖ § 2º Se elaborado por processo mecânico, não
❖ Presença de três testemunhas, que subscrevem
pode conter rasuras ou espaços em branco,
devendo ser assinado pelo testador, depois de o
ter lido na presença de pelo menos três
❖ Obs: em caso de processo mecânico testemunhas, que o subscreverão
❖ Não conter rasuras ou espaços em branco.
.
❖ Língua do testament
❖ Português ou qualquer idioma
❖ Não há necessidade do notário ou das testemunhas conhecerem o idioma
❖ CC, Art. 1.880. O testamento particular pode ser escrito em língua
estrangeira, contanto que as testemunhas a compreendam.
o
❖ Con rmação judicia

❖ CC, Art. 1.877. Morto o testador, publicar-se-á em juízo o testamento,
com citação dos herdeiros legítimos.
fi
l

Pedido de publicaçã Intimação dos
MP Con rmação do
• Herdeiro demais herdeiros testamento
• Legatário
• Testamenteiro
• Terceiro detentor o
testamento.
❖ CPC, Art. 737. A publicação do testamento particular poderá ser requerida, depois da morte do
testador, pelo herdeiro, pelo legatário ou pelo testamenteiro, bem como pelo terceiro detentor do
testamento, se impossibilitado de entregá-lo a algum dos outros legitimados para requerê-la
❖ § 1º Serão intimados os herdeiros que não tiverem requerido a publicação do testamento
❖ § 2º Veri cando a presença dos requisitos da lei, ouvido o Ministério Público, o juiz con rmará o
testamento.
fi
fi
;

❖ Testemunhas - con rmaçã
❖ As testemunhas deverão comparecer em Juízo e con rmarem o ato
❖ CC, Art. 1.878. Se as testemunhas forem contestes sobre o fato da disposição, ou, ao menos, sobre a
sua leitura perante elas, e se reconhecerem as próprias assinaturas, assim como a do testador, o
testamento será con rmado
❖ Apenas uma testemunha
❖ CC, Art. 1878, Parágrafo único. Se faltarem testemunhas, por morte ou ausência, e se pelo menos
uma delas o reconhecer, o testamento poderá ser con rmado, se, a critério do juiz, houver prova
su ciente de sua veracidade
❖ Nenhuma testemunh
❖ CC, Art. 1.879. Em circunstâncias excepcionais declaradas na cédula, o testamento particular de
próprio punho e assinado pelo testador, sem testemunhas, poderá ser con rmado, a critério do juiz.
fi
fi
fi
a
fi
fi
Testamento especial - testamento marítimo e aeronáutico
❖ Testamento marítim
❖ Testador a bordo de navio
❖ Obs: Art. 1.892. Não valerá o testamento marítimo, ainda que feito no curso de uma viagem, se, ao
tempo em que se fez, o navio estava em porto onde o testador pudesse desembarcar e testar na
forma ordinária
❖ Comandante
❖ Duas testemunhas
❖ Público ou cerrado
❖ CC, Art. 1.888. Quem estiver em viagem, a bordo de navio nacional, de guerra ou mercante,
pode testar perante o comandante, em presença de duas testemunhas, por forma que
corresponda ao testamento público ou ao cerrado.
;

❖ Testamento aeronáutic
❖ Testador a bordo de aeronave
❖ Pessoa designada pelo comandante
❖ Duas testemunhas
❖ Público ou cerrado
❖ CC, Art. 1.889. Quem estiver em viagem, a bordo de aeronave militar
ou comercial, pode testar perante pessoa designada pelo
comandante, observado o disposto no artigo antecedente.
;

❖ Registr
❖ Diário de bordo
❖ CC, Art. 1.888, Parágrafo único. O registro do testamento será feito no
diário de bordo
❖ Guarda do comandante, até a entrega às autoridades administrativas, no primeiro
porto ou aeroporto nacional
❖ CC, Art. 1.890. O testamento marítimo ou aeronáutico cará sob a guarda do
comandante, que o entregará às autoridades administrativas do primeiro
porto ou aeroporto nacional, contra recibo averbado no diário de bordo.
o
❖ Caducidad
❖ Em caso de sobrevida e ausência de morte em 90 dias, após o
desembarque, em local onde possa testar de forma ordinária
❖ CC, Art. 1.891. Caducará o testamento marítimo, ou aeronáutico,
se o testador não morrer na viagem, nem nos noventa dias
subseqüentes ao seu desembarque em terra, onde possa fazer, na
forma ordinária, outro testamento.
e
❖ Con rmação judicia

❖ CPC, Art. 737, § 3º Aplica-se o disposto neste artigo ao codicilo e aos
testamentos marítimo, aeronáutico, militar e nuncupativo.
fi
l
Testamento especial - testamento militar

❖ Testamento milita
❖ Militares ou pessoas a serviço das Forças Armadas
❖ Campanha OU praça sitiada OU comunicações interrompidas
❖ Ausência de tabelião ou substituto legal
❖ Testemunhas
❖ Duas
❖ Três, se o testador não puder ou não souber assinar
❖ CC, Art. 1.893. O testamento dos militares e demais pessoas a serviço das Forças Armadas em
campanha, dentro do País ou fora dele, assim como em praça sitiada, ou que esteja de comunicações
interrompidas, poderá fazer-se, não havendo tabelião ou seu substituto legal, ante duas, ou três
testemunhas, se o testador não puder, ou não souber assinar, caso em que assinará por ele uma delas.
;

❖ Testamento milita
❖ Autoridade
❖ CC, Art. 1.893. § 1 o Se o testador pertencer a corpo ou seção de corpo destacado, o testamento será escrito pelo
respectivo comandante, ainda que de graduação ou posto inferior
❖ § 2 o Se o testador estiver em tratamento em hospital, o testamento será escrito pelo respectivo o cial de
saúde, ou pelo diretor do estabelecimento
❖ § 3 o Se o testador for o o cial mais graduado, o testamento será escrito por aquele que o substituir
❖ Apresentaçã
❖ CC, Art. 1.894. Se o testador souber escrever, poderá fazer o testamento de seu punho, contanto que o date e
assine por extenso, e o apresente aberto ou cerrado, na presença de duas testemunhas ao auditor, ou ao o cial
de patente, que lhe faça as vezes neste mister
❖ Parágrafo único. O auditor, ou o o cial a quem o testamento se apresente notará, em qualquer parte dele,
lugar, dia, mês e ano, em que lhe for apresentado, nota esta que será assinada por ele e pelas testemunhas.
:
fi
fi
.
❖ Caducidad
❖ Em caso de sobrevida e ausência de morte, em 90 dias, após estar em
local onde possa testar de forma ordinária
❖ CC, Art. 1.895. Caduca o testamento militar, desde que, depois
dele, o testador esteja, noventa dias seguidos, em lugar onde possa
testar na forma ordinária, salvo se esse testamento apresentar as
solenidades prescritas no parágrafo único do artigo antecedente.
e
❖ Testamento militar nuncupativ

❖ Viva vo
❖ CC, Art. 1.896. As pessoas designadas no art. 1.893, estando
empenhadas em combate, ou feridas, podem testar oralmente,
con ando a sua última vontade a duas testemunhas
❖ Parágrafo único. Não terá efeito o testamento se o testador não
morrer na guerra ou convalescer do ferimento.
fi
z
Codicilo
❖ “Pequeno testamento”(?) ou “pequeno escrito”
❖ Disposição testamentária de pequena monta ou extensão
❖ Características
❖ Escrito particular
❖ Datado
❖ Assinado
❖ Não há necessidade de testemunhas.
;
Codicilo
❖ Objeto
❖ CC, Art. 1.881. Toda pessoa capaz de testar poderá, mediante
❖ enterro escrito particular seu, datado e assinado, fazer disposições
especiais sobre o seu enterro, sobre esmolas de pouca monta a
❖ esmolas de pouca monta
certas e determinadas pessoas, ou, indeterminadamente, aos
❖ certas e determinadas pessoa pobres de certo lugar, assim como legar móveis, roupas ou jóias,
de pouco valor, de seu uso pessoal
❖ pobres de certo lugar ❖ CC, Art. 1.883. Pelo modo estabelecido no art. 1.881, poder-se-ão
nomear ou substituir testamenteiros
❖ Legado de móveis, roupas ou jóias, de pouco
valor, de seu uso pessoal ❖ CC, Art. 1.998. As despesas funerárias, haja ou não herdeiros
legítimos, sairão do monte da herança; mas as de sufrágios por
❖ Testamenteiro alma do falecido só obrigarão a herança quando ordenadas em
testamento ou codicilo
❖ Sufrágios por alma ❖ CC, Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a
exclusão da herança será admitido a suceder, se o ofendido o tiver
❖ Perdão de herdeiro indigno
expressamente reabilitado em testamento, ou em outro ato
❖ Per lhação codicilar (*). autêntico.
fi
:
Codicilo
❖ Possibilidade de coexistência com o testament

❖ CC, Art. 1.882. Os atos a que se refere o artigo antecedente, salvo direito de
terceiro, valerão como codicilos, deixe ou não testamento o autor.
Codicilo
❖ Revogaçã
❖ Novo codicilo
❖ Testamento posterior que não con rma ou modi ca
❖ CC, Art. 1.884. Os atos previstos nos artigos antecedentes revogam-se
por atos iguais, e consideram-se revogados, se, havendo testamento
posterior, de qualquer natureza, este os não con rmar ou modi car.
o
fi
Codicilo
❖ Codicilo fechad
❖ Procedimento de abertura semelhante ao testamento cerrado
❖ CC, Art. 1.885. Se estiver fechado o codicilo, abrir-se-á do mesmo modo
que o testamento cerrado.
o
Disposições testamentárias
❖ A nomeação de herdeiro, pode fazer-se pura e simplesmente, sob condição, para
certo m ou modo, ou por certo motivo
❖ CC, Art. 1.897. A nomeação de herdeiro, ou legatário, pode fazer-se pura e
simplesmente, sob condição, para certo m ou modo, ou por certo motivo
❖ nomeação pura e simples - ausência de elementos acidentais
❖ Exemplos
❖ Nomeio Lucas meu herdeiro
❖ Lego para Ana a casa “X”.
fi
:
fi
.
❖ A nomeação de herdeiro, pode fazer-se pura e simplesmente, sob condição, para certo m ou
modo, ou por certo motivo
❖ nomeação sob condição
❖ Suspensiv
❖ enquanto não veri cada, não há a produção do efeito ou a aquisição do direito.
❖ P.ex. Deixo para Maria minha coleção de Direito Civil, se ela terminar o Doutorado
❖ Resolutiv
❖ enquanto não veri cada, há a produção do efeito
❖ P.ex. Deixo para Carla minha coleção de Direito Civil, enquanto ela lecionar Direito Civil.
a
fi
fi
:
❖ A nomeação de herdeiro, pode fazer-se pura e simplesmente, sob condição, para certo
m ou modo, ou por certo motivo
❖ nomeação relacionada a motivo determinant
❖ P.ex. Deixo para o Laboratório “X" a importância de R$ 1.000.000,00, pela
descoberta do remédio “Y"
❖ nomeação com encargo ou ônus ou mod
❖ Não impede a aquisição do Direito
❖ P.ex. Deixo para Zacarias meu apartamento do Rio de Janeiro, mas ele deverá
hospedar meu lho por 15 dias.
fi
fi
.
❖ A nomeação de herdeiro, pode fazer-se pura e simplesmente, sob condição,
para certo m ou modo, ou por certo motivo
❖ nomeação com term
❖ Ine cácia, salvo nas disposições deicomissária
❖ CC, Art. 1.898. A designação do tempo em que deva começar ou
cessar o direito do herdeiro, salvo nas disposições
deicomissárias, ter-se-á por não escrita.
fi
fi
fi
o
fi
❖ Quando a cláusula testamentária for suscetível de interpretações

diferentes, prevalecerá a que melhor assegure a observância da vontade do
testador
❖ CC, Art. 1.899. Quando a cláusula testamentária for suscetível de
interpretações diferentes, prevalecerá a que melhor assegure a
observância da vontade do testador.
.
❖ Cláusulas testamentárias nulas (art. 1.900, CC)
❖ 3.1) Condição captatóri
❖ P.ex. nomeio Júlio meu herdeiro, sob a condição de que ele bene cie, em seu
testamento, meu lho Carlos
❖ 3.2) Pessoa incert
❖ P.ex. deixo para meu amigo a casa “X”
❖ Obs: em sendo possível a identi cação da pessoa, a disposição será válida
❖ P.ex. deixo para meu amigo de infância, que foi meu colega na Escola
Primária e depois no curso de Pedagogia.
a
fi
a
fi
.
❖ Cláusulas testamentárias nulas
❖ 3.3) Pessoa incerta, com determinação por terceiro
❖ P.ex. deixo meu carro “Z" para a pessoa que Lucas indicar
❖ Possibilidade de atribuir a um terceiro a escolha entre pessoas designadas, membro de família, corpo coletivo ou
estabelecimento
❖ CC, Art. 1.901. Valerá a disposição: I - em favor de pessoa incerta que deva ser determinada por terceiro, dentre duas
ou mais pessoas mencionadas pelo testador, ou pertencentes a uma família, ou a um corpo coletivo, ou a um
estabelecimento por ele designado;
❖ 3.4) Atribua a terceiro a xação do valor do legad
❖ P.ex. deixo para Carlos uma porção de meus investimentos em CDI, que será determinada por meu lho Lucas
❖ Possibilidade de atribuir a determinação do valor quando houver caráter remuneratório de serviços prestados ao testador,
por ocasião da moléstia de que faleceu
❖ CC, Art. 1.901. Valerá a disposição: II - em remuneração de serviços prestados ao testador, por ocasião da moléstia de
que faleceu, ainda que que ao arbítrio do herdeiro ou de outrem determinar o valor do legado.
.
fi
fi
:
❖ Cláusulas testamentárias nulas
❖ 3.5) Favoreça
❖ a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, seu cônjuge ou companheiro,
ou os seus ascendentes e irmãos
❖ as testemunhas do testamento
❖ o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver
separado de fato do cônjuge há mais de cinco anos
❖ o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se
zer, assim como o que zer ou aprovar o testamento.
fi
:
fi
;
❖ Disposição em favor dos pobres ou dos estabelecimentos particulares de
caridade ou de assistência pública
❖ Pessoas no lugar de domicílio do testador, quando de sua morte
❖ CC, Art. 1.902. A disposição geral em favor dos pobres, dos estabelecimentos
particulares de caridade, ou dos de assistência pública, entender-se-á
relativa aos pobres do lugar do domicílio do testador ao tempo de sua
morte, ou dos estabelecimentos aí sitos, salvo se manifestamente constar que
tinha em mente bene ciar os de outra localidade
❖ Parágrafo único. Nos casos deste artigo, as instituições particulares
preferirão sempre às públicas.
fi
:
❖ O erro na designação da pessoa do herdeiro, do legatário, ou da coisa legada
anula a disposição, quando impede a identi caçã
❖ Error in persona
❖ Error in corpore
❖ Erro substancial e erro acidental
❖ CC, Art. 1.903. O erro na designação da pessoa do herdeiro, do
legatário, ou da coisa legada anula a disposição, salvo se, pelo contexto
do testamento, por outros documentos, ou por fatos inequívocos, se
puder identi car a pessoa ou coisa a que o testador queria referir-se.
fi
;
❖ Na disposição a mais de um herdeiro, salvo disposição em contrário,

haverá divisão por igua
❖ concursu partes unt
❖ CC, Art. 1.904. Se o testamento nomear dois ou mais herdeiros, sem
discriminar a parte de cada um, partilhar-se-á por igual, entre todos,
a porção disponível do testador.
fi
;
Zacarias
André Bruna
10% Nomeio meus herdeiros testamen-

25%
10% tários, da integralidade de minha
fração disponível, Carlos Daniela
10%
Eduardo , Fábio e. Gabriela .
André 10%
Bruna 25%
Carlos 10%
Daniela
Eduardo
Fábio
Gabriela
❖ Na disposição a mais de um herdeiro, sendo alguns indicados

individualmente e outros em grupos, salvo disposição em contrário, haverá
a divisão pela soma do número de pessoas indicadas individualmente com
o número de grupo
❖ Instituição mista
❖ CC, Art. 1.905. Se o testador nomear certos herdeiros
individualmente e outros coletivamente, a herança será dividida em
tantas quotas quantos forem os indivíduos e os grupos designados.
;
Zacarias
André Bruna
Nomeio meus herdeiros testamen-

tários, da integralidade de minha
fração disponível, Carlos , os lhos
de Heitor e os sobrinhos de Igor.
André
Bruna
Carlos 100%
Daniela
Eduardo Filhos de Heitor: Daniela Eduardo
Fábio
Gabriela Filhos de Igor: Fábio Gabriela João
João
fi
Zacarias
André Bruna
5,5%
5,5%
5,5% 25%
tários, da integralidade de minha
8,4% fração disponível, Carlos , os lhos
8,4% de Heitor e os sobrinhos de Igor.
André
Bruna 25%
16,6%
Carlos
Daniela
Eduardo Filhos de Heitor: Daniela Eduardo
Fábio
Gabriela Filhos de Igor: Fábio Gabriela João
João
fi
❖ A parte disponível que não for objeto de testamento será distribuída pela
sucessão legítim
❖ CC, Art. 1.906. Se forem determinadas as quotas de cada herdeiro, e
não absorverem toda a herança, o remanescente pertencerá aos
herdeiros legítimos, segundo a ordem da vocação hereditária.
a
Zacarias
André Bruna
Nomeio meu herdeiro testamen-

tário, da fração de 20% de meu
patrimônio, Carlos .
André
Bruna
Carlos 100%
Zacarias
André Bruna
20% Nomeio meu herdeiro testamen-

tário, da fração de 20% de meu
40%
patrimônio, Carlos .
André
Bruna 40%
Carlos
❖ Se houve a quanti cação apenas de alguns quinhões, após o decote desses,

o restante será distribuído aos demais herdeiros, em iguais partes
❖ CC, Art. 1.907. Se forem determinados os quinhões de uns e não os
de outros herdeiros, distribuir-se-á por igual a estes últimos o que
restar, depois de completas as porções hereditárias dos primeiros.
fi
Zacarias
André Bruna

tários
A) Carlo.
Carlos ., com 20% de minha
fração disponível
André B) Daniela.,
Daniela com 10% de minha
Bruna
Carlos 0,0
Daniela C) Eduardo
Eduardo
Eduardo
Fábio
D) Fábio.
Fábio
Gabriela E) Gabriela.
Gabriela
:
Zacarias
André Bruna
6,6
6,6 Nomeio meus herdeiros testamen-
25,0
6,6 tários
A) Carlo.
Carlos ., com 20% de minha
10,0
André B) Daniela.,
Daniela com 10% de minha
Bruna 20,0 25,0
Carlos
Daniela C) Eduardo
Eduardo
Eduardo
Fábio
D) Fábio.
Fábio
Gabriela E) Gabriela.
Gabriela
:
❖ Cláusula testamentária exclusiva ou negativ

❖ CC, Art. 1.908. Dispondo o testador que não caiba ao herdeiro
instituído certo e determinado objeto, dentre os da herança, tocará
ele aos herdeiros legítimos.
❖ Anulabilidade das disposições testamentárias por erro, dolo ou coaçã
❖ Vícios de vontad
❖ Estado de perigo (?
❖ Prazo
❖ 4 anos
❖ Conhecimento do vício
❖ Decadencial
❖ CC, Art. 1.909. São anuláveis as disposições testamentárias inquinadas de erro, dolo ou coação
❖ Parágrafo único. Extingue-se em quatro anos o direito de anular a disposição, contados de
quando o interessado tiver conhecimento do vício.
:
❖ Ine cácia de uma disposição em relação às demais disposições

testamentária
❖ Análise de determinante e determinado
❖ Utile per inutile non vitiatur
❖ CC, Art. 1.910. A ine cácia de uma disposição testamentária importa
a das outras que, sem aquela, não teriam sido determinadas pelo
testador.
fi
s
fi
;
❖ Proibição de cláusula que determina a conversão de bens da legítima em

outros de espécie diversa
❖ CC, Art. 1.848, § 1º Não é permitido ao testador estabelecer a conversão
dos bens da legítima em outros de espécie diversa.
Cláusulas restritivas
❖ Inalienabilidade
❖ Incomunicabilidade
❖ Impenhorabilidade
❖ CC, Art. 1.848. Salvo se houver justa causa, declarada no testamento, não
pode o testador estabelecer cláusula de inalienabilidade,
impenhorabilidade, e de incomunicabilidade, sobre os bens da legítima.
;
❖ Cláusula de inalienabilidade
❖ Veda a alienação e a transmissão, gratuita ou onerosa, da coisa
❖ Limitação à faculdade de dispor, inerente à propriedade
❖ CC, Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do
poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha
❖ Impede, também, o estabelecimento de garantia real sobre a coisa
❖ CC, Art. 1.420. Só aquele que pode alienar poderá empenhar, hipotecar ou dar em anticrese; só os bens que
se podem alienar poderão ser dados em penhor, anticrese ou hipoteca
❖ Bem inconsumível juridicamente
❖ CC, Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância,
sendo também considerados tais os destinados à alienação.
:
❖ Eventual alienação -> nulidade
❖ CC, Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando
❖ II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto
❖ VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa
❖ Não atinge as aquisições originárias

❖ p.ex. usucapião.
❖ Espécies (1):
proibição universal objetiva

Absoluta +
proibição universal subjetiva
inalienabilidade relativa subjetiva

Relativa OU
inalienabilidade relativa objetiva
❖ Espécies (2)
❖ Vitalícia - toda a vida do sucessor
❖ ≠ perpétua
❖ Temporária
❖ por condição
❖ por termo.
;
❖ Essa cláusula importa, também, em impenhorabilidade e
incomunicabilidade
❖ CC, Art. 1.911. A cláusula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato
de liberalidade, implica impenhorabilidade e incomunicabilidade.
.
❖ Cláusula de incomunicabilidade
❖ Afasta a comunicação pela comunhão de bens, no casamento e na união
estável
❖ Não está condicionada à existência presente da união
❖ Não se relaciona a outras formas de transmissão da propriedade,
especialmente por sucessão.
;
❖ Cláusula de impenhorabilidade
❖ Impede a penhora judicial do bem, que não responderá ordinariamente pelas
obrigações do devedor-sucessor
❖ Não se aplica às dívidas do autor da herança
❖ Não atinge os frutos da coisa
❖ CPC, Art. 834. Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e
os rendimentos dos bens inalienáveis
❖ Tartuce - divergência - princípio da gravitação jurídica - possibilidade de
cláusula extensiva.
R$ 100.000,00 Pedro
R$ 50.000,00 Ana Impenhorabilidade
R$ 75.000,00 Carlos
❖ Não atinge as obrigações propter rem do bem gravado;
❖ Após a morte do sucessor, é possível a penhora por seus credores
❖ Não - posição majoritária (Clóvis Beviláqua, Carlos Maluf, Tartuce etc) -
não se penhora após a morte o que os credores não poderiam penhorar
em vida;
❖ Necessidade de justi cativa quando inseridas sobre a legítima
❖ Justa causa - cláusula geral
❖ Há projeto de lei para dispensar a justa causa para a cláusula de
incomunicabilidade
❖ Ausência de justa causa
❖ Divergência
❖ nulidade (Otero, Tartuce etc)
❖ Ine cácia (Carlos Maluf, Carlos Roberto Gonçalves etc);
fi
:
fi
:
❖ Superação judicial da restrição
❖ Sub-rogação rea
❖ CC, Art. 1.848, § 2º Mediante autorização judicial e havendo justa causa, podem ser
alienados os bens gravados, convertendo-se o produto em outros bens, que carão sub-
rogados nos ônus dos primeiros
❖ CC, Art. 1.911, Parágrafo único. No caso de desapropriação de bens clausulados, ou de
sua alienação, por conveniência econômica do donatário ou do herdeiro, mediante
autorização judicial, o produto da venda converter-se-á em outros bens, sobre os quais
incidirão as restrições apostas aos primeiros
❖ Desapropriação
l
❖ Direito intertempora
❖ CC, Art. 2.042. Aplica-se o disposto no caput do art. 1.848, quando aberta a
sucessão no prazo de um ano após a entrada em vigor deste Código, ainda
que o testamento tenha sido feito na vigência do anterior, Lei nº 3.071, de
1º de janeiro de 1916; se, no prazo, o testador não aditar o testamento para
declarar a justa causa de cláusula aposta à legítima, não subsistirá a
restrição.
l
❖ Cláusula de indivisibilidad
❖ Máximo: 5 anos
❖ Não há necessidade de justa causa
❖ CC, Art. 1.320, § 2º Não poderá exceder de cinco anos a indivisão estabelecida
pelo doador ou pelo testador
❖ Pode ser superada por decisão judicia
❖ CC, Art. 1.320, § 3º A requerimento de qualquer interessado e se graves razões o
aconselharem, pode o juiz determinar a divisão da coisa comum antes do prazo.
;
Legado
Legado
❖ Disposição sucessória, realizada a título singular
❖ Título singular ≠ coisa singular
❖ CC, Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si , independentemente
dos demais
❖ Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma
pessoa, tenham destinação unitária
❖ Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas
próprias
❖ Partes
❖ Testador ou legante
❖ Legatário.
:
Legado
❖ Sublegado
❖ Figura do sublegatári
❖ CC, Art. 1.913. Se o testador ordenar que o herdeiro ou legatário
entregue coisa de sua propriedade a outrem, não o cumprindo ele,
entender-se-á que renunciou à herança ou ao legado
❖ Prelegado ou legado precípu
❖ Reunião em uma mesma pessoa das qualidades de herdeiro e legatário.
;
Legado - espécies (conteúdo)
❖ Legado de coisa alheia

❖ Coisa não pertencente ao testador
❖ Ine cácia, caso não exista a propriedade no momento do óbito
❖ CC, Art. 1.912. É ine caz o legado de coisa certa que não pertença ao
testador no momento da abertura da sucessão.
fi
fi
;

❖ Legado de coisa comum
❖ CC, Art. 1.914. Se tão-somente em parte a coisa legada pertencer ao
testador, ou, no caso do artigo antecedente, ao herdeiro ou ao legatário,
só quanto a essa parte valerá o legado
❖ Legado que excede a fração do testador
❖ Ine cácia (Maluf, Venosa etc
❖ Nulidade (Diniz, Gonçalves etc).
fi
;
❖ Legado de coisa genérica

❖ Móvel ou Imóvel
❖ “Deixo uma casa de campo para Pedro”
❖ CC, Art. 1.915. Se o legado for de coisa que se determine pelo
gênero, será o mesmo cumprido, ainda que tal coisa não exista entre
os bens deixados pelo testador.
.

❖ Havendo pluralidade: meio termo, pela escolha
❖ do herdeiro não bene ciado (regra)
❖ CC, Art. 1.929. Se o legado consiste em coisa determinada pelo gênero, ao herdeiro tocará
escolhê-la, guardando o meio-termo entre as congêneres da melhor e pior qualidade
❖ de terceir
❖ CC, Art. 1.930. O estabelecido no artigo antecedente será observado, quando a escolha
for deixada a arbítrio de terceiro; e, se este não a quiser ou não a puder exercer, ao juiz
competirá fazê-la, guardado o disposto na última parte do artigo antecedente
❖ Possibilidade de disposição em sentido diverso.
o
fi
;
❖ Legado de coisa singular

❖ Se a coisa existir em quantidade menor, somente a essa parte valerá a
disposição.
❖ Legado de coisa localizada

❖ CC, Art. 1.917. O legado de coisa que deva encontrar-se em determinado
lugar só terá e cácia se nele for achada, salvo se removida a título
transitório.
fi
;

❖ Legado de crédito
❖ legatum nominis
❖ Cessão de crédito
❖ Legado de quitação de dívida

❖ legatum liberationis
❖ Perdão de dívida
❖ Não engloba as dívidas posteriores ao testamento
❖ CC, Art. 1.918, § 2º Este legado não compreende as dívidas posteriores à data do testamento.
;
R$ 50.000,00 Testamento R$ 100.000,00 Morte

com perdão
da dívida
❖ Legado de crédito e legado de quitação de dívida

❖ CC, Art. 1.918. O legado de crédito, ou de quitação de dívida, terá e cácia
somente até a importância desta, ou daquele, ao tempo da morte do
testador
❖ § 1º Cumpre-se o legado, entregando o herdeiro ao legatário o título
respectivo.
.

❖ Legado de alimentos
❖ Alimentos: sustento, saúde, vestuário e moradia
❖ Se menor, também educação
❖ CC, Art. 1.920. O legado de alimentos abrange o sustento, a cura, o vestuário e a casa,
enquanto o legatário viver, além da educação, se ele for menor
❖ Vitalício, em regra
❖ Não há a análise do binômio necessidade X possibilidade
❖ Não permite a prisão civil
❖ Limitação às forças da herança.
.

❖ Legado de usufruto
❖ No silêncio
❖ Pessoa natural -> vitalício
❖ CC, Art. 1.921. O legado de usufruto, sem xação de tempo, entende-se deixado ao legatário por toda a
sua vida
❖ Pessoa jurídica -> 30 anos
❖ CC, Art. 1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartório de Registro de Imóveis: III -
pela extinção da pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi constituído, ou, se ela perdurar, pelo
decurso de trinta anos da data em que se começou a exercer
❖ Usufruto a termo
❖ Usufruto com condição.
.
fi
❖ Legado de imóvel
❖ Exclui novas aquisiçõe
❖ CC, Art. 1.922. Se aquele que legar um imóvel lhe ajuntar depois novas aquisições,
estas, ainda que contíguas, não se compreendem no legado, salvo expressa
declaração em contrário do testador
❖ Observações
❖ Abrange as benfeitoria
❖ CC, Art. 1.922, Parágrafo único. Não se aplica o disposto neste artigo às benfeitorias
necessárias, úteis ou voluptuárias feitas no prédio legado.
.
❖ Legado de dinheiro
❖ Juros apenas após a mor
❖ CC, Art. 1.925. O legado em dinheiro só vence juros desde o dia em que
se constituir em mora a pessoa obrigada a prestá-lo.
;
❖ Legado alternativo
❖ Escolha do herdeiro não bene ciado
❖ CC, Art. 1.932. No legado alternativo, presume-se deixada ao herdeiro
a opção
❖ Possibilidade de disposição em sentido diverso.
.
fi
.

❖ Legado puro (ou simples) e o legado com elementos acidentais
❖ Legado puro - sem elementos acidentais
❖ CC, Art. 1.923. Desde a abertura da sucessão, pertence ao legatário a
coisa certa, existente no acervo, salvo se o legado estiver sob condição
suspensiva
❖ Legado com elementos acidentais
❖ P.ex. legado condicional e legado modal ou com encargo.
.
Legado - efeitos e pagamento

❖ Transmissão da propriedade da coisa no momento da morte
❖ Droit de saisine
❖ Não é aplicável quando há legado com condição suspensiva ou encargo como
condição suspensiva
❖ CC, Art. 1.923. Desde a abertura da sucessão, pertence ao legatário a coisa certa,
existente no acervo, salvo se o legado estiver sob condição suspensiva
❖ CC, Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito,
salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente,
como condição suspensiva.
;

❖ Não há a transmissão da posse da coisa no momento da morte
❖ CC, Art. 1.923, § 1º Não se defere de imediato a posse da coisa, nem nela
pode o legatário entrar por autoridade própria
❖ Frutos do legado de coisa certa
❖ No momento da morte, os frutos já pertencem ao usufrutuário
❖ CC, Art. 1.923, § 2º O legado de coisa certa existente na herança transfere
também ao legatário os frutos que produzir, desde a morte do testador,
exceto se dependente de condição suspensiva, ou de termo inicial.
❖ Princípio da gravitação jurídic

❖ Principal e acessórios
❖ CC, Art. 1.937. A coisa legada entregar-se-á, com seus acessórios, no
lugar e estado em que se achava ao falecer o testador, passando ao
legatário com todos os encargos que a onerarem.
❖ Riscos e despesas do legad

❖ Legatário
❖ CC, Art. 1.936. As despesas e os riscos da entrega do legado correm à
conta do legatário, se não dispuser diversamente o testador.
;
❖ Impossibilidade de pedido de legado

❖ Litígio sobre a validade do testamento
❖ Não ocorrência de termo ou condição
❖ CC, Art. 1.924. O direito de pedir o legado não se exercerá, enquanto se
litigue sobre a validade do testamento, e, nos legados condicionais, ou a
prazo, enquanto esteja pendente a condição ou o prazo não se vença.
❖ Cumprimento dos legados
1. Herdeiros
2. Legatários, na proporção do que recebem

• CC, Art. 1.934. No silêncio do testamento, o cumprimento dos legados incumbe aos herdeiros
e, não os havendo, aos legatários, na proporção do que herdaram
• O testador pode indicar, entre os herdeiros e legatários, quais irão dar cumprimento aos legados
• CC, Art. 1.934, Parágrafo único. O encargo estabelecido neste artigo, não havendo disposição
testamentária em contrário, caberá ao herdeiro ou legatário incumbido pelo testador da
execução do legado; quando indicados mais de um, os onerados dividirão entre si o ônus, na
proporção do que recebam da herança.
;
❖ Rendas periódicas
❖ Termo inicial do legado de renda ou pensão vitalícia
❖ Morte do testador, em regra
❖ CC, Art. 1.926. Se o legado consistir em renda vitalícia ou pensão
periódica, esta ou aquela correrá da morte do testador.
:

❖ Quantias certas, em prestações periódicas
❖ Termo inicial: morte
❖ CC, Art. 1.927. Se o legado for de quantidades certas, em prestações periódicas, datará da morte do testador o primeiro período, e o
legatário terá direito a cada prestação, uma vez encetado cada um dos períodos sucessivos, ainda que venha a falecer antes do termo dele.
prestação prestação prestação prestação
Tempo 1 mês 1 mês 1 mês 10 dias
Morte do Morte do
testador legatário
:

❖ Momento de pagamento
❖ Regra, após cada período
❖ Alimentos, no começo de cada período
❖ CC, Art. 1.928. Sendo periódicas as prestações, só no termo de cada período se poderão exigir
❖ Parágrafo único. Se as prestações forem deixadas a título de alimentos, pagar-se-ão no começo de cada período, sempre que outra
coisa não tenha disposto o testador.
Regra Alimentos
Tempo 1 mês 1 mês 1 mês Tempo 1 mês 1 mês 1 mês
Pagamento Pagamento Pagamento Pagamento Pagamento Pagamento

:

❖ Escolha:
}
❖ Herdeiro
❖ Terceiro meio-termo
❖ Juiz
❖ CC, Art. 1.929. Se o legado consiste em coisa determinada pelo gênero, ao herdeiro tocará escolhê-la, guardando o meio-termo
entre as congêneres da melhor e pior qualidade
❖ CC, Art. 1.930. O estabelecido no artigo antecedente será observado, quando a escolha for deixada a arbítrio de terceiro; e, se
este não a quiser ou não a puder exercer, ao juiz competirá fazê-la, guardado o disposto na última parte do artigo antecedente
❖ Legatário - pode escolher a melhor;
❖ CC, Art. 1.931. Se a opção foi deixada ao legatário, este poderá escolher, do gênero determinado, a melhor coisa que houver na
herança; e, se nesta não existir coisa de tal gênero, dar-lhe-á de outra congênere o herdeiro, observada a disposição na última
parte do art. 1.929.
.

❖ Legado alternativo
❖ Escolha: herdeiro
❖ Possibilidade de disposição em sentido diverso
❖ CC, Art. 1.932. No legado alternativo, presume-se deixada ao herdeiro a
opção
❖ Se o herdeiro a quem caberia a escolha falecer antes, seus herdeiros irão escolher
❖ CC, Art. 1.933. Se o herdeiro ou legatário a quem couber a opção falecer antes
de exercê-la, passará este poder aos seus herdeiros.
.
❖ Sublegad
❖ Cumprimento apenas pelo sucessor que deverá entregar a coisa
❖ CC, Art. 1.935. Se algum legado consistir em coisa pertencente a
herdeiro ou legatário (art. 1.913), só a ele incumbirá cumpri-lo, com
regresso contra os co-herdeiros, pela quota de cada um, salvo se o
contrário expressamente dispôs o testador.
o
Legado - Caducidade
❖ Ine cácia por causa posterior
❖ Hipóteses
❖ Modi cação da coisa legada, ao ponto de não ter a forma nem lhe caber a denominação que possuía
❖ P.ex. anel desmontado e cujo material é usado na fabricação de novas peças
❖ CC, Art. 1.939. Caducará o legado: I - se, depois do testamento, o testador modi car a coisa
legada, ao ponto de já não ter a forma nem lhe caber a denominação que possuía
❖ Alienação total ou parcial da coisa legada
❖ CC, Art. 1.939. Caducará o legado: II - se o testador, por qualquer título, alienar no todo ou em
parte a coisa legada; nesse caso, caducará até onde ela deixou de pertencer ao testador
❖ Possibilidade de caducidade apenas de parte do objeto.
fi
fi
:
Legado - Caducidade
❖ Hipóteses
❖ Perecimento da coisa, sem culpa do herdeiro ou legatário incumbido do seu cumprimento
❖ CC, Art. 1.939. Caducará o legado: III - se a coisa perecer ou for evicta, vivo ou morto o testador, sem
culpa do herdeiro ou legatário incumbido do seu cumprimento
❖ Caducidade parcia
❖ CC, Art. 1.940. Se o legado for de duas ou mais coisas alternativamente, e algumas delas perecerem,
subsistirá quanto às restantes; perecendo parte de uma, valerá, quanto ao seu remanescente, o legado
❖ Evicção da coisa, sem culpa do herdeiro ou legatário incumbido do seu cumprimento
❖ CC, Art. 1.939. Caducará o legado: III - se a coisa perecer ou for evicta, vivo ou morto o testador, sem
culpa do herdeiro ou legatário incumbido do seu cumprimento;
fi
:
Legado - Caducidade
❖ Hipóteses
❖ Indignidade sucessóri
❖ CC, Art. 1.939. Caducará o legado: IV - se o legatário for excluído da sucessão, nos termos do art. 1.815
❖ CC, Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários
❖ I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja
sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente
❖ II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu
cônjuge ou companheiro
❖ III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por
ato de última vontade
❖ Premoriência do legatári
❖ CC, Art. 1.939. Caducará o legado: V - se o legatário falecer antes do testador.
fi
:
Eduardo: Não aceito!

André Testament
Bruno Deixo para Daniel

Daniel
e Eduardo a fazenda
“X".
50% 50% ?
100,0%
Bruno Daniel
o
Direito de acrescer
❖ Destinação na falta de sucessor em nomeação conjunta, em porções não
determinadas
❖ Aplicável somente à sucessão testamentária
❖ Adição à parte de coerdeiro ou colegatário
❖ Há, também, a transferência dos ônus, salvo os encargos personalíssimos
❖ CC, Art. 1.943, Parágrafo único. Os co-herdeiros ou co-legatários, aos
quais acresceu o quinhão daquele que não quis ou não pôde suceder,
cam sujeitos às obrigações ou encargos que o oneravam.
fi
;
Direito de acrescer
❖ Princípios
❖ Decorre da vontade presumida do testador
❖ O silêncio importa na existência do ius accrescendi
❖ Pode ser afastado pela vontade
❖ O acréscimo é forçado
❖ Não pode o sucessor aceitar a herança ou o legado sem a parte acrescida, salvo na hipótese de encargos especiais
❖ CC, Art. 1.945. Não pode o bene ciário do acréscimo repudiá-lo separadamente da herança ou legado que lhe caiba,
salvo se o acréscimo comportar encargos especiais impostos pelo testador; nesse caso, uma vez repudiado, reverte o
acréscimo para a pessoa a favor de quem os encargos foram instituídos
❖ Aplicável à herança testamentária e ao legado
❖ Não é aplicável à sucessão legítima
❖ Aplicável apenas às disposições conjuntas.
:
fi
.
Direito de acrescer
❖ Requisitos
❖ Nomeação de coerdeiros, ou colegatários, no mesmo ato de última
vontade;
❖ Deixa de mesmos bens ou de mesma porção de bens;
❖ Ausência de individualização das quotas de cada coerdeiros ou
colegatários.

Direito de acrescer
❖ Não havendo o direito de acrescer -> sucessão legítima

❖ CC, Art. 1.944. Quando não se efetua o direito de acrescer, transmite-se aos
herdeiros legítimos a quota vaga do nomeado.
Direito de acrescer
❖ Disposições conjuntas
❖ Conjunção real (re tantum) - mesma coisa é legada a mais de uma pessoa, em cláusulas ou frases distintas
❖ Há direito de acrescer
❖ P.ex. Cláusula 6ª - Deixo para Ana a Fazenda “X”; Cláusula 9ª - Deixo para Beatriz a Fazenda “X”;
❖ Conjunção mista (re et verbis) - nomeação conjunta de dois ou mais herdeiros, sem o destaque da parte de cada um
❖ Há direito de acrescer.
❖ P.ex. Cláusula 6ª - Deixo para Ana e Beatriz a Fazenda “X”;
❖ Conjunção verbal (verbis tantum) - nomeação conjunta de dois ou mais herdeiros, com o destaque da parte de cada um
❖ Não há direito de acrescer.
❖ P.ex. Cláusula 6ª - Deixo para Ana e Beatriz a Fazenda “X”, na razão de 50% para cada;
.
Direito de acrescer
❖ Direito de acrescer entre coerdeiro
❖ CC, Art. 1.941. Quando vários herdeiros, pela mesma disposição
testamentária, forem conjuntamente chamados à herança em quinhões
não determinados, e qualquer deles não puder ou não quiser aceitá-la,
a sua parte acrescerá à dos co-herdeiros, salvo o direito do substituto
❖ Hipóteses
❖ Conjunção real (re tantum)
❖ Conjunção mista (re et verbis).
:
Direito de acrescer
❖ Direito de acrescer entre coerdeiro
❖ Aplicação
❖ Premoriência
❖ Renúncia
❖ Exclusão
❖ Frustração da condição
❖ Incapacidade de suceder por testamento (art. 1.801, CC)
❖ Obs: não se aplica na hipótese da existência de substituto
❖ CC, Art. 1.943. Se um dos co-herdeiros ou co-legatários, nas condições do artigo antecedente, morrer antes do testador; se renunciar a
herança ou legado, ou destes for excluído, e, se a condição sob a qual foi instituído não se veri car, acrescerá o seu quinhão, salvo o
direito do substituto, à parte dos co-herdeiros ou co-legatários conjuntos.
;
Direito de acrescer
❖ Direito de acrescer entre colegatário

❖ CC, Art. 1.942. O direito de acrescer competirá aos co-legatários,
quando nomeados conjuntamente a respeito de uma só coisa,
determinada e certa, ou quando o objeto do legado não puder ser
dividido sem risco de desvalorização
❖ A coisa deve ser certa e determinada
❖ Não há direito de acrescer quando for coisa genérica.
Direito de acrescer
❖ Direito de acrescer no legado de usufrut
❖ CC, Art. 1.946. Legado um só usufruto conjuntamente a duas ou mais pessoas, a parte da que
faltar acresce aos co-legatários
❖ Parágrafo único. Se não houver conjunção entre os co-legatários, ou se, apesar de conjuntos,
só lhes foi legada certa parte do usufruto, consolidar-se-ão na propriedade as quotas dos que
faltarem, à medida que eles forem faltando
❖ Hipóteses
❖ Legado conjunto da integralidade do usufruto - há o direito de acrescer
❖ Legado conjunto de parte do usufruto - não há o direito de acrescer
❖ Legado não conjunto - não há o direito de acrescer.
:
Substituições testamentárias
❖ Substituição da pessoa de eventual faltant

❖ Aplicável à herança e ao legad
❖ Art. 1.947. O testador pode substituir outra pessoa ao herdeiro ou ao
legatário nomeado, para o caso de um ou outro não querer ou não poder
aceitar a herança ou o legado, presumindo-se que a substituição foi
determinada para as duas alternativas, ainda que o testador só a uma se
re ra.
fi
o
❖ Espécies
❖ Vulgar
❖ Simples (singular)
❖ Coletiva (plural)
❖ Recíproca
❖ Fideicomissári
❖ Pura ou simples
❖ Compendiosa.
:
❖ Substituição vulga
❖ Indicação de pessoa para substituir quem não queira ou não possa suceder
❖ Substituição direta, condicional e subsidiária
❖ CC, Art. 1.947. O testador pode substituir outra pessoa ao herdeiro ou ao
legatário nomeado, para o caso de um ou outro não querer ou não poder
aceitar a herança ou o legado, presumindo-se que a substituição foi
determinada para as duas alternativas, ainda que o testador só a uma se
re ra.
fi
r
❖ Simples - designação de um único substituto
❖ Coletiva ou plural - designação de mais de um substituto, a serem
chamados simultaneamente
❖ Recíproca - designação de dois ou mais bene ciários, que reciprocamente
se substituem;
r
Deixo para Pedro a
Vulgar simples
casa “X”. Caso Pedro
não aceite ou não Pedro Maria
possa suceder, a casa
“X" cará para Maria.
Deixo para Pedro a

Vulgar plural ou
casa “X”. Caso Pedro Lúcia
coletiva
não aceite ou não
Pedro
possa suceder, a casa
“X" cará para Lúcia e Maria
Maria.
fi
fi
Deixo para Pedro metade
Vulgar recíproca
de minha fração disponível
e para Maria a outra Pedro Maria
metade. Se houver falta de
um, o outro herdeiro
testamentário o substituirá.
❖ Substituição vulgar recíproc

❖ CC, Art. 1.950. Se, entre muitos co-herdeiros ou legatários de partes
desiguais, for estabelecida substituição recíproca, a proporção dos
quinhões xada na primeira disposição entender-se-á mantida na segunda;
se, com as outras anteriormente nomeadas, for incluída mais alguma
pessoa na substituição, o quinhão vago pertencerá em partes iguais aos
substitutos.
fi
a
Instituo meus herdeiros Pedro,
Vulgar recíproca com um décimo da herança; Pedro Maria
Maria, com dois décimos; Lúcia,
com três décimos; Carlos, com
quatro décimos; com
substituição recíproca entre
Carlos Lúcia
todos.
Rateio da fração de
Testamento Maria
Total
Pedro 10% 2,5% 12,5%
Maia: Não aceito!
Carlos 40% 10% 50%
Lúcia 30% 7,5% 37,5%
Maria 20% - -
Instituo meus herdeiros Pedro,
Vulgar recíproca com um décimo da herança; Pedro Maria
Maria, com dois décimos; Lúcia,
com três décimos; Carlos, com
quatro décimos; com
substituição recíproca entre
Carlos Lúcia
todos e inclusão de Ana.
Rateio da fração de
Testamento Maria
Total
Pedro 10% 5% 15%
Maia: Não aceito! Carlos 40% 5% 45%
Lúcia 30% 5% 35%
Maria 20% - -
Ana - 5% 5%
❖ O substituto ca sujeito aos encargos e ônus impostos pelo testador
❖ CC, Art. 1.949. O substituto ca sujeito à condição ou encargo imposto ao
substituído, quando não for diversa a intenção manifestada pelo testador,
ou não resultar outra coisa da natureza da condição ou do encargo
❖ Exceções
❖ Disposição diversa do testador
❖ Encargos estritamente pessoais.
:
fi
r
fi
;
❖ Caducidade
❖ Aceitação da herança ou legado
❖ Premoriência
❖ Frustração da condição
❖ Incapacidade de receber do substituto
❖ Renúncia da substituição.

❖ Substituição deicomissári
❖ Nomeação de um sucessor, com a designação de um substituto que irá recolher a herança ou legado
depois.
❖ Vocação dupla
❖ Direta - duciário
❖ Indireta ou oblíqua - deicomissário
❖ CC, Art. 1.951. Pode o testador instituir herdeiros ou legatários, estabelecendo que, por ocasião
de sua morte, a herança ou o legado se transmita ao duciário, resolvendo-se o direito deste,
por sua morte, a certo tempo ou sob certa condição, em favor de outrem, que se quali ca de
deicomissário
❖ Limitada ao segundo gra
❖ CC, Art. 1.959. São nulos os deicomissos além do segundo grau.
fi

fi
fi
:
fi
u
fi
.
❖ Personagens
❖ deicomitente (testador)
❖ duciário ou gravado - sucede em primeiro lugar para cuidar do
patrimônio deixado
❖ deicomissário - destinatário último da herança ou legado.
fi
fi
fi
:
fi
;
❖ Espécies (1)
❖ Vitalício - substituição com a morte do duciário
❖ A termo
❖ Condicional
❖ Espécies (2)
❖ Universal
❖ Particular.
;
fi
a
fi
❖ Apenas em favor dos não concebidos ao tempo da morte do testador
❖ CC, Art. 1.952. A substituição deicomissária somente se permite em favor
dos não concebidos ao tempo da morte do testador
❖ Se o deicomissário já é nascido ao tempo da morte, ele adquirirá a
propriedade e o duciário terá o usufruto
❖ Parágrafo único. Se, ao tempo da morte do testador, já houver nascido o
deicomissário, adquirirá este a propriedade dos bens deicometidos,
convertendo-se em usufruto o direito do duciário.
fi
fi
fi
fi
a
fi
fi
❖ Requisitos
❖ dupla vocação
❖ ordem sucessiva
❖ em favor de pessoas não concebidas ao tempo da morte do testador
❖ obrigação de conservar para depois restituir.
:
fi
;
❖ Fiduciário tem a propriedade resolúvel
❖ CC, Art. 1.953. O duciário tem a propriedade da herança ou legado, mas
restrita e resolúvel
❖ Fiduciário tem a obrigação de inventariar e prestar caução, caso o deicomissário
exija
❖ CC, Art. 1.953, Parágrafo único. O duciário é obrigado a proceder ao inventário
dos bens gravados, e a prestar caução de restituí-los se o exigir o deicomissário.
:
fi
fi
.
fi
:
❖ Substituição compendios
❖ Mista da substituição vulgar com a deicomissária
❖ Substituição vulgar do duciário ou do deicomissário.
fi
fi
a
fi
❖ Fideicomisso de resídu
❖ Autorização para o duciário alienar, devendo o remanescente ser
transferido ao deicomissário.
fi
fi
fi
o
❖ Direitos do duciári
❖ Propriedade resolúvel
❖ Exercício dos direitos do domínio
❖ Indenização e retenção das benfeitorias necessárias e úteis
❖ Renunciar ao deicomiss
❖ CC, Art. 1.954. Salvo disposição em contrário do testador, se o duciário
renunciar a herança ou o legado, defere-se ao deicomissário o poder de aceitar.
fi
fi
fi
o
❖ Direitos do duciári
❖ Sub-rogar o deicomisso para outros bens
❖ CPC, Art. 725. Processar-se-á na forma estabelecida nesta Seção o
pedido de: II - sub-rogação
❖ Ajuizar todas as ações que competem ao herdeiro.
fi
fi
fi
o
❖ Deveres do duciári
❖ Inventariar os bens gravado
❖ Prestar caução, se exigida
❖ CC, Art. 1.953, Parágrafo único. O duciário é obrigado a proceder ao inventário dos bens gravados,
e a prestar caução de restituí-los se o exigir o deicomissário
❖ Responder pelas despesas do inventário e pelo pagamento do imposto de transmissão causa mortis
❖ Responder pela perda e deterioração decorrentes de culpa
❖ Conservar e administrar o bem
❖ Entregar a coisa deicomitida, quando da ocorrência da substituição.
fi
fi
fi
o
fi
fi
❖ Direitos do deicomissári
❖ Ajuizar medidas para a conservação do bem, mesmo antes da substituição
❖ CC, Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é
permitido praticar os atos destinados a conservá-lo
❖ Exigir o inventário do bem deicomitido
❖ Exigir caução para bem deicomitido
❖ Receber a parte que ao duciário acrescer
❖ CC, Art. 1.956. Se o deicomissário aceitar a herança ou o legado, terá direito à parte que, ao
duciário, em qualquer tempo acrescer.
fi
fi
fi
fi
fi
fi
o
fi
a
❖ Direitos do deicomissári
❖ Recolher a herança ou o legado, como substituto do duciário, se este não suceder
❖ Renunciar ao deicomisso
❖ CC, Art. 1.955. O deicomissário pode renunciar a herança ou o legado, e, neste caso, o deicomisso
caduca, deixando de ser resolúvel a propriedade do duciário, se não houver disposição contrária do
testador
❖ Aceitar a herança ou legado, se o duciário renunciar
❖ CC, Art. 1.954. Salvo disposição em contrário do testador, se o duciário renunciar a herança ou o legado,
defere-se ao deicomissário o poder de aceitar
❖ Recolher, ndo o deicomisso, o valor do seguro ou o preço da desapropriação.
.
fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
;
fi
.
fi
fi
.
❖ Deveres do deicomissári
❖ Responder pelos encargos da herança não satisfeitos pelo
deicomissário
❖ CC, Art. 1.957. Ao sobrevir a sucessão, o deicomissário responde
pelos encargos da herança que ainda restarem
❖ Indenizar o duciários pelas benfeitorias necessárias e úteis.
fi
fi
fi
fi
;
❖ Caducidade do deicomiss
❖ Falta do deicomissário entre a morte do testador e o fato que levaria ao m
do deicomisso
❖ CC, Art. 1.958. Caduca o deicomisso se o deicomissário morrer antes do
duciário, ou antes de realizar-se a condição resolutória do direito deste
último; nesse caso, a propriedade consolida-se no duciário, nos termos do
art. 1.955
❖ Falta do deicomissário por falta de legitimação, indignidade ou morte
antes da morte do testador;
fi
fi
fi
fi
.
fi
;
fi
o
❖ Caducidade do deicomiss
❖ Falta da coisa sem culpa do duciário e inexistência de coisa sub-rogada
❖ Renúncia ou não aceitação do duciári
❖ CC, Art. 1.954. Salvo disposição em contrário do testador, se o duciário
renunciar a herança ou o legado, defere-se ao deicomissário o poder de
aceitar.
fi
o
fi
fi
❖ Nulidade do deicomiss
❖ Limitação ao segundo gra
❖ CC, Art. 1.959. São nulos os deicomissos além do segundo grau
❖ Caso haja deicomisso com maior grau, apenas o excesso é nulo
❖ CC, Art. 1.960. A nulidade da substituição ilegal não prejudica a
instituição, que valerá sem o encargo resolutório.
fi
fi
o
fi
Redução das disposições testamentárias
❖ Disposições que invadem a legítima

❖ Ine cácia da parte que invade a legítima
❖ CC, Art. 1.967. As disposições que excederem a parte disponível
reduzir-se-ão aos limites dela, de conformidade com o disposto nos
parágrafos seguintes.
fi
;

❖ Regras
❖ 1ª) Redução proporcional das quotas hereditárias
❖ 2ª) Redução dos legados
❖ CC, Art. 1.967, § 1º Em se veri cando excederem as disposições testamentárias a porção
disponível, serão proporcionalmente reduzidas as quotas do herdeiro ou herdeiros
instituídos, até onde baste, e, não bastando, também os legados, na proporção do seu valor
❖ Obs: o testador pode disciplinar de forma diversa, dando preferência a certos quinhões ou legados
❖ CC, Art. 1.967, § 2º Se o testador, prevenindo o caso, dispuser que se inteirem, de preferência,
certos herdeiros e legatários, a redução far-se-á nos outros quinhões ou legados, observando-
se a seu respeito a ordem estabelecida no parágrafo antecedente.
:
fi
❖ Legado de imóveis
❖ Prédio divisível -> divisã
❖ CC, Art. 1.968. Quando consistir em prédio divisível o legado sujeito a redução, far-se-á esta
dividindo-o proporcionalmente
❖ Prédio indivisível: 1) Excesso > 1/4 valor do prédio -> prédio para os herdeiros, pagamento ao legatário;
2) Excesso ≦ 1/4 valor do prédio -> prédio para o legatário, pagamento aos herdeiros;
CC, Art. 1.968, § 1º Se não for possível a divisão, e o excesso do

legado montar a mais de um quarto do valor do prédio, o
legatário deixará inteiro na herança o imóvel legado, cando
com o direito de pedir aos herdeiros o valor que couber na
parte disponível; se o excesso não for de mais de um quarto,
aos herdeiros fará tornar em dinheiro o legatário, que cará
com o prédio.
:

❖ Legado de imóveis
❖ Cumulação de herança legítima e legad
❖ CC, Art. 1.968, § 2º Se o legatário for ao mesmo tempo herdeiro necessário, poderá
inteirar sua legítima no mesmo imóvel, de preferencia aos outros, sempre que ela e a
parte subsistente do legado lhe absorverem o valor.
:
Revogação do testamento
❖ Ato unilateral
❖ Direito potestativo
❖ Qualquer forma de testar pode ser usada para revogar
❖ CC, Art. 1.969. O testamento pode ser revogado pelo mesmo modo e forma
como pode ser feito
❖ Formas
❖ Expressa
❖ Tácita.
:
❖ Extensão
❖ Total
❖ Parcial
❖ CC, Art. 1.970. A revogação do testamento pode ser total ou parcial
❖ Parágrafo único. Se parcial, ou se o testamento posterior não contiver
cláusula revogatória expressa, o anterior subsiste em tudo que não for
contrário ao posterior.
;
❖ Eventual caducidade do testamento por exclusão, incapacidade ou renúncia do
herdeiro não afeta a revogação
❖ O testamento revogatório anulado importa na não revogação do anterior
❖ CC, Art. 1.971. A revogação produzirá seus efeitos, ainda quando o testamento,
que a encerra, vier a caducar por exclusão, incapacidade ou renúncia do
herdeiro nele nomeado; não valerá, se o testamento revogatório for anulado
por omissão ou infração de solenidades essenciais ou por vícios intrínsecos.
❖ Testamento cerrado - revogação pela abertura ou dilaceraçã
❖ CC, Art. 1.972. O testamento cerrado que o testador abrir ou dilacerar, ou

for aberto ou dilacerado com seu consentimento, haver-se-á como
revogado.
Rompimento do testamento
❖ Presunção de que o testador teria disposto de forma diversa na hipótese de
surgimento de descendente sucessível ou se tivesse conhecimento da sua
atual existência no momento de testar
❖ CC, Art. 1.973. Sobrevindo descendente sucessível ao testador, que não o
tinha ou não o conhecia quando testou, rompe-se o testamento em todas
as suas disposições, se esse descendente sobreviver ao testador
❖ “Revogação presumida
❖ Não atinge disposições extrapatrimoniais. ”
❖ Presunção de que o testador teria disposto de forma diversa na hipótese da

ignorância de existirem outros herdeiros necessários
❖ CC, Art. 1.974. Rompe-se também o testamento feito na ignorância de
existirem outros herdeiros necessários.
❖ Não há rompimento quando o testamento retira ou não contempla na parte

disponível os herdeiros necessários de cuja existência sabi
❖ CC, Art. 1.975. Não se rompe o testamento, se o testador dispuser da sua
metade, não contemplando os herdeiros necessários de cuja existência
saiba, ou quando os exclua dessa parte.

Curso - Sucessão Testamentária e Planejamento Sucessório - Aulas

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2021/1

Direito das Sucessões Prof. Rodrigo Capanema

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