Nutrição Parenteral e

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CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DIOMÍCIO DE FREITAS

SERVIÇO DE INTEGRAÇÃO ESCOLA-EMPRESA

TÉCNICO EM ENFERMAGEM

GRASIELA DOS ANJOS FERNANDES PAES

PÂMELA GONÇALVES DA SILVA

SARAH DE OLIVEIRA

NUTRIÇÃO PARENTERAL E ENTERAL

TUBARÃO

2024
1

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 2
1. NUTRIÇÃO PARENTERAL 3
2.1 INDICAÇÃO 3
2.2 VIAS E MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO 4
2.3 CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE FÓRMULA 6
2.4 TIPOS DE DIETA 7
2.5 FÓRMULAS: TIPOS DE COMPOSIÇÃO 7
2.6 COMPLICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES 9
2. NUTRIÇÃO ENTERAL 9
3.1 INDICAÇÕES 9
3.2 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 10
3.3 CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS ENTERAIS 10
3.3.2 HIPOCALÓRICAS, NORMOCALÓRICAS E HIPERCALÓRICAS 11
3.3.3 COMPLETA OU INCOMPLETA 12
3.3.4 POLIMÉRICAS, OLIGOMÉRICAS E ELEMENTARES 12
3.3.5 HIPOTÔNICA, ISOTÔNICA E HIPERTÔNICA 13
3.4 SISTEMA ABERTO OU FECHADO 14
3.5 ADMINISTRAÇÃO INTERMITENTE OU CONTÍNUA 14
3.6 POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES 15
3.7 FÓRMULAS 16
4. A VISÃO DOS PROFISSIONAIS DE NUTRIÇÃO 16
5. CONCLUSÃO 18
REFERÊNCIAS 19
2

1. INTRODUÇÃO

Dentro do ambiente hospitalar, é comum encontrar casos onde o paciente tem


dificuldade ou fica impossibilitado de ingerir o alimento sozinho. Seja por riscos relacionados
à alimentação, como a broncoaspiração, ou ainda, complicações específicas do quadro
clínico, que impedem a absorção de nutrientes pelo trato gastrointestinal. Esses pacientes
dependem do auxílio de outras formas de obtenção energética, a fim de oportunizar a melhora
em seu quadro clínico, assim como evitar a desnutrição.

Os dois modelos nutricionais aplicados nesses casos são a Nutrição Parenteral e a


Nutrição Enteral. A nutrição parenteral (NP) é essencial para pacientes cujo trato
gastrointestinal não pode absorver nutrientes adequadamente. É um método vital em
condições como obstruções intestinais, fístulas de alto débito e pancreatite grave. É crucial
também para neonatos com baixo peso ao nascer.

A administração é via cateteres intravenosos, adaptáveis às necessidades do


paciente. As fórmulas são balanceadas em carboidratos, lipídios, aminoácidos, vitaminas e
minerais, personalizadas para cada caso. Apesar dos benefícios, pode causar complicações
como a síndrome de realimentação, exigindo monitoramento rigoroso. Representa um avanço
na terapia nutricional, sendo essencial na recuperação de pacientes com desafios nutricionais
complexos.

A nutrição enteral consiste na administração de nutrientes diretamente ao trato


gastrointestinal por meio de fórmulas líquidas balanceadas, garantindo a absorção adequada
de proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e minerais essenciais para o funcionamento do
organismo.

É uma alternativa viável quando o sistema digestório do paciente ainda é capaz de


processar e absorver nutrientes, mesmo que a alimentação oral não seja possível devido a
condições médicas diversas. Indicada em uma variedade de cenários clínicos, desde situações
agudas como após cirurgias abdominais ou acidentes vasculares cerebrais, até condições
crônicas como câncer ou doenças neurológicas que comprometem a deglutição.

Além de prevenir a desnutrição, ambos os métodos contribuem para a


cicatrização de feridas, fortalecimento do sistema imunológico e melhoria da qualidade de
vida dos pacientes. Este trabalho tem como objetivo abordar a NP e NE em sua totalidade,
desde suas indicações, administração, tipos de dietas e fórmulas até as complicações e
contraindicações.
3

1. NUTRIÇÃO PARENTERAL

A nutrição parenteral é uma forma alternativa de alimentação, para aqueles


pacientes impossibilitados de adquirirem os nutrientes necessários à sua recuperação através
da alimentação oral (Caetano, 2021). O avanço da nutrição parenteral, coincide com o
desenvolvimento da própria medicina, a infusão endovenosa passou a ser realizada após a
descoberta e compreensão do sistema circulatório, com o entendimento de que os nutrientes
presentes nos alimentos circulam por todo o corpo, assim como o sangue, o que só foi
possível após os estudos de William Harvey em 1928.(Calixto-lima, et. al, 2010).

De acordo com Marchini, 1998, a técnica foi originalmente instituída por


Dudrick, que em 1968 comprovou a eficácia do método de NP para a recuperação e
prevenção da desnutrição em pacientes hospitalizados, quadro atinge metade dos pacientes
nessas condições e pode impactar negativamente o seu prognóstico, inclusive, poderá
influenciar no seu tempo de internação na unidade hospitalar.

Dada a importância deste método para a recuperação dos pacientes, é


fundamental que os profissionais de enfermagem conheçam as indicações, técnicas e vias de
administração, critérios para a seleção da fórmula, tipos de dieta e suas composições. Sua
compreensão é essencial para prevenir erros e contribuir para o desenvolvimento eficaz do
processo terapêutico.

2.1 INDICAÇÃO

O suporte nutricional via parenteral é indicado para pacientes desnutridos ou com


risco de desnutrição em situações onde o trato gastrointestinal está comprometido, seja pela
doença ou seu tratamento. Da mesma forma, é recomendado, em casos onde o paciente não
pode utilizar a via enteral de forma efetiva pelo período igual ou superior há 5 dias, ou esta
via é insuficiente para suprir suas necessidades nutricionais (Leite, 2005).

De acordo com Marchini et.al, 1998, outro fator a ser considerado é se essa
abordagem trará benefícios ao paciente, pois nem todos são favorecidos pela prática. Para
determinar a viabilidade da NP, é preciso avaliar se o método terá influência positiva no
curso da doença. É importante observar se a patologia ou o tratamento podem reduzir o
apetite, alterar absorção ou digestão. Prevenir a desnutrição é mais fácil do que tratá-la, por
isso, sempre que possível, deve ser evitada no ambiente hospitalar. Além disso, pacientes
com perda de massa corporal superior a 20% já são classificados como de alto risco
nutricional.
4

Segundo Matos, 2004, Marchini et.al, 1998 e a Comissão de Suporte Nutricional,


2014 a indicação da NP ocorre nas seguintes situações:

● Impossibilidade do uso das vias oral ou enteral, por trato gastrointestinal não
funcionante/contraindicado ou tentativa de acesso enteral fracassada;

● Interferência da doença de base na ingestão, digestão ou absorção dos alimentos;

● Desnutrição com perda de massa corporal superior a 20%, ou incapaz de receber


dieta enteral, que será submetido a cirurgia de trato gastrointestinal;

● Condições que impeçam o uso do trato gastrointestinal por mais de 7 a10 dias em
adultos, 5 a 7 dias em pacientes pediátricos e 1 a 2 dias em neonatos;

● Politraumatismo extenso;

● Síndrome do intestino curto;

● Fístula enteral de alto débito;

● Obstrução intestinal/íleo prolongado;

● Pancreatite aguda grave que não tolera dieta enteral por dor ou distensão intestinal
importante;

Os pacientes neonatos são os que mais utilizam a NP, especialmente em casos de


baixo peso ao nascer, com massa corporal inferior a 1,5 kg, para estes recém-nascidos o
método deve iniciar imediatamente, em virtude da incapacidade da alimentação via oral ou
enteral. Outro ponto que deve ser considerado, é o funcionamento gastrointestinal desses
pacientes, que, geralmente, apresentam funções intestinais imaturas e pouca capacidade
gástrica. Assim, é orientado o fornecimento da NP até que o bebê seja capaz de utilizar outras
formas de alimentação (Caetano, 2021).

2.2 VIAS E MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO

Na NP a administração de nutrientes é realizada via corrente sanguínea através de


um cateter intravenoso central, podendo utilizar tanto a via periférica, mediante ao
posicionamento em veias dos membros inferiores ou superiores; quanto a via central, no qual
o cateter deverá ser colocado em um vaso de grande calibre, como a veia cava, por exemplo
(Lemos e Bidoia, 2023).
5

De acordo com Feferbaum, et.al. 2020, A escolha do tipo de cateter irá depender
da osmolaridade da solução, quando é muito alta, maior que 1200 mOsm/l (milimoles por
litro, medida de concentração, considerando o número de partículas que contribuem para a
pressão osmótica da solução), deverá ser administrada em cateter venoso central, o grande
fluxo sanguíneo possibilita a diluição. No acesso venoso periférico a osmolalidade deve ficar
entre 850-900 mOsm/l. Ambos os métodos têm vantagens e desvantagens descritos na tabela
1.

Tabela 1: Vantagens e desvantagens da via periférica e via central Disponível em:


http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/riufcg/21709/MARIA%20JAMILL
Y%20GASPAR%20CAETANO%20-%20TCC%20BACHARELADO%20EM%20FARM%
C3%81CIA%20CES%202021.pdf?sequence=1&isAllowed=y0

Outro tipo de cateter amplamente utilizado para a NP, são os PICCs (cateter
central de inserção cutânea). O PICC pode ser inserido tanto pela veia basílica, quanto a
braquial (figura 1), o critério de escolha varia de acordo com a anatomia do paciente, o
cateter será direcionado até atingir uma posição central no sistema venoso, nas duas veias de
grande calibre próximas ao coração, como a veia cava superior ou inferior. Assim, o cateter
irá permitir a distribuição de medicamentos, fluidos e a nutrição através da corrente
sanguínea. Exames de imagem, como o raio-X e ultrassom, devem ser utilizados a fim de
confirmar o posicionamento do PICC ( Feferbaum, et.al. 2020).

Para a sua administração a NP deve ser retirada do refrigerador, 30 a 60 minutos


antes de sua aplicação, pode ser feita por bomba de infusão pelo período de 24 horas de
maneira constante. É importante ter atenção quanto à higienização, além disso o equipo
deverá ser trocado a cada bolsa infundida. (Comissão de Suporte Nutricional, 2014).
6

Figura 1: Inserção do PÌCC Dsponível em:


https://together.stjude.org/pt-br/diagn%C3%B3stico-tratamento/procedimentos/cateteres-ven
osos-centrais/cateter-picc.html

2.3 CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE FÓRMULA

Na prática da NP, a glicose é o principal carboidrato utilizado devido à sua


importância energética. Os lipídios são uma fonte adicional de calorias e ácidos graxos
essenciais. Os aminoácidos desempenham um papel crucial na cicatrização, no sistema
imunológico e na preservação muscular. Os minerais são essenciais para o equilíbrio
hidroeletrolítico, devendo ser ajustados conforme condições hepáticas, renais, cardíacas e
pulmonares. As necessidades diárias de vitaminas variam de acordo com o diagnóstico
clínico e nutricional específico de cada paciente. (Caetano,2021)

A seleção da fórmula é fundamental para fornecer todos os nutrientes necessários


de maneira equilibrada e segura, levando em conta as particularidades de cada paciente. Os
critérios para essa seleção envolvem a composição dos macronutrientes (carboidratos,
lipídios, proteínas) e micronutrientes (vitaminas e minerais) deverá ser ajustada conforme as
necessidades individuais (Caetano, 2021).
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2.4 TIPOS DE DIETA

A terapia nutricional parenteral, segundo Caetano, 2021, abrange dois tipos


principais: a Nutrição Parenteral Total (NPT), e a Nutrição Parenteral Parcial (NPP), que
devem ser preparadas pelo farmacêutico, para atender as necessidades nutricionais
específicas do paciente. Ambas formas incluem todos os nutrientes e podem ser classificadas
de diferentes maneiras dependendo da presença de emulsão lipídica na solução.

A Nutrição Parenteral Total (NPT) é indicada quando o trato gastrointestinal do


paciente não consegue absorver adequadamente os nutrientes necessários, podendo ser
ajustada conforme as necessidades energéticas do paciente. Nesse caso será a única forma de
obtenção energética, ao qual o paciente terá acesso. (Lemos e Bidoia, 2023).

Já a Nutrição Parenteral Parcial (NPP) é utilizada quando parte dos nutrientes é


administrada por via parenteral, enquanto o paciente recebe outra parte da nutrição por via
oral ou enteral. Esta abordagem é adotada quando o trato gastrointestinal é capaz de absorver
parcialmente os nutrientes, mas não de maneira suficiente para atender às necessidades
nutricionais completas do paciente (Caetano, 2021).

2.5 FÓRMULAS: TIPOS DE COMPOSIÇÃO

As formulações de nutrição parenteral devem ser estéreis e apirogênicas (não


causam febre), para garantir a segurança durante a administração. A contaminação ou
incompatibilidade das infusões pode trazer riscos fatais. Portanto, a manipulação deve
obedecer a técnicas assépticas rigorosas, conforme estipulado pelas diretrizes farmacêuticas.

A composição das fórmulas varia conforme idade, sexo e condição clínica do


paciente, utilizando soluções de pequeno e grande volume, preparadas sob medida em um
laboratório farmaceutico especializado, para atenter as necessidades nutricionais.
(Ferferbaum, 2020).

As misturas 3 em 1 e 2 em 1 referem-se à composição da NP em relação aos


lipídios. A Mistura 3 em 1 inclui emulsão lipídica na solução, fornecendo carboidratos,
aminoácidos e lipídios em uma única bolsa, enquanto a Mistura 2 em 1 não contém emulsão
lipídica na solução, oferecendo apenas carboidratos e aminoácidos em bolsas separadas de
lipídios (Ferferbaum, 2020).

Ainda de acordo com Caetano, 2021 a flexibilidade das formulações de NP


permite adaptações específicas às necessidades individuais dos pacientes, como exigências
8

aumentadas de nutrientes ou restrições alimentares particulares. Esse aspecto personalizado


da terapia nutricional parenteral contribui para a eficácia e segurança do tratamento,
conforme ilustrado nas figuras 2 e 3 que exemplificam o processo de preparo das bolsas
utilizadas.

Figura 2: Laboratório farmacêutico de manipulação das fórmulas de NP.


Disponível em: https://www.famap.com.br/afamap/

Figura 3: Variedade de fórmulas e bolsas disponíveis da NP disponível em:


https://www.famap.com.br/afamap/
9

2.6 COMPLICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES

Conforme Caetano, 2021, quando a NP é empregada de forma adequada,


dificilmente terá complicações. Existem poucas contraindicações para o uso deste método,
entretanto, deverá ser evitada em casos onde a condição hemodinâmica do paciente
encontra-se instável, como em quadros de choque séptico, hipovolêmico e cardiogênico. A
dificuldade de estabelecer e manter o acesso venoso, seja por queimaduras, também
impossibilita a sua utilização.

De acordo com a Comissão de Suporte Nutricional, 2014, em casos onde o risco


da utilização do método é maior que seus benefícios, ele deve ser evitado. Além disso,
pacientes com edema pulmonar, cardíacos crônicos com retenção hídrica ou insuficiência
renal crônica sem tratamento dialítico, não devem receber a NP. Esse método pode acarretar
várias complicações, incluindo a síndrome de realimentação, que se manifesta pela rápida
diminuição dos níveis de minerais como o potássio, magnésio e fósforo em decorrência da
estimulação insulínica após o início da oferta de carboidratos. Essa síndrome leva à retenção
de sódio e água, resultando em inchaço e potencialmente em insuficiência respiratória e
cardíaca.

Outra complicação conhecida é a hiperalimentação, presente em pacientes


críticos ou pós-operatórios, que pode sobrecarregar órgãos como coração, fígado e rins.
Portanto, a oferta energética na NP geralmente não deve exceder 30-35 Kcal/kg/dia para
evitar complicações adicionais. Complicações hepáticas podem surgir devido a infecções
bacterianas e fúngicas, além de sepse, infecções relacionadas aos cuidados com o cateter e
supercrescimento bacteriano no intestino delgado, que produzem hepatotoxinas. Considerar
esses fatores é fundamental para garantir eficácia da sua utilização (Comissão de Suporte
Nutricional, 2014).

2. NUTRIÇÃO ENTERAL

A nutrição enteral é uma forma de fornecer nutrientes diretamente ao trato


gastrointestinal de pacientes que não conseguem obter suas necessidades nutricionais através
da alimentação oral normal.

3.1 INDICAÇÕES

A nutrição enteral é recomendada quando alguém não consegue se alimentar


normalmente pela boca, mas o sistema digestivo ainda funciona bem. Isso pode ocorrer em
10

casos de doenças que dificultam a alimentação, como câncer, acidente vascular cerebral
(AVC) ou cirurgias abdominais. A decisão de usar nutrição enteral é geralmente feita por
profissionais de saúde, levando em consideração a condição clínica específica do paciente e a
capacidade do sistema digestivo de absorver nutrientes dessa forma. (Mahan e Escott-Stump).

3.2 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

De acordo com Aspen,existem diferentes métodos de administração de nutrição


enteral, dependendo das necessidades específicas do paciente e da condição clínica. Aqui
estão alguns métodos comuns: Sonda Nasogástrica (NG): A sonda é inserida através do nariz
até o estômago, permitindo a administração de fórmulas líquidas diretamente no trato
gastrointestinal.

Sonda Nasoenteral (NE): Similar à NG, mas a sonda pode ser avançada além do
estômago, até o intestino delgado, para pacientes que têm problemas de esvaziamento
gástrico ou necessitam de nutrição distal ao estômago.

Gastrostomia Endoscópica Percutânea (PEG): Um procedimento realizado por


endoscopia, onde um tubo de alimentação é inserido diretamente através da parede abdominal
até o estômago, oferecendo uma via mais permanente para nutrição enteral.

Jejunostomia (PEJ): Similar à PEG, mas o tubo é inserido no intestino delgado


(jejunum), geralmente usado quando a alimentação precisa ser administrada além do
estômago devido a problemas de motilidade gástrica ou outras condições.

Gastrostomia Radiológica Percutânea (PRG): Um método semelhante à PEG,


mas guiado por radiologia para inserção do tubo de alimentação.

3.3 CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS ENTERAIS

Conforme Zanin, 2021, as dietas enterais são constituídas de alimento para fins
especiais, com objetivo de substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes
necessitados. A classificação desta dieta é feita em relação ao modo de preparo, teor
energético, complexidade dos macronutrientes, dentre muitos outros parâmetros.

À primeira vista, os diversos tipos de dietas enterais podem parecer complexos e


difíceis de entender. O Nutritotal PRO preparou este artigo para mostrar que a classificação
das dietas enterais, na verdade, é mais simples do que parece (Zanin,2021).
11

3.3.1 ARTESANAL OU INDUSTRIALIZADA

Quanto ao modo de preparo, as dietas enterais podem ser classificadas em


artesanais e industrializadas. As dietas artesanais (também chamadas de caseiras ou não
industrializadas) são definidas pela RDC Nº 503 como aquelas formuladas e manipuladas a
partir de alimentos in natura e/ou produtos alimentícios, sob prescrição dietética. Já as dietas
industrializadas, segundo a mesma resolução, são aquelas comercializadas na forma de pó ou
líquido, com prazo de validade determinado pelo fabricante (ANVISA,2021).

3.3.2 HIPOCALÓRICAS, NORMOCALÓRICAS E HIPERCALÓRICAS

Podem, também, ser classificadas com base na densidade calórica, que é


determinada pela quantidade de calorias por mililitro (Kcal/mL). Essa classificação ajuda a
adequar a oferta energética de acordo com as necessidades do paciente, segundo Lopes, 2023:

1. Dietas enterais hipocalóricas: São aquelas com densidade calórica inferior a 0,9
Kcal/mL. Essas dietas são indicadas quando é necessário fornecer uma quantidade
reduzida de calorias, por exemplo, para pacientes com restrição calórica controlada ou
que apresentam dificuldade na tolerância a volumes maiores.

2. Dietas enterais normocalóricas: Apresentam uma densidade calórica que varia de 0,9
a 1,2 Kcal/mL. São recomendadas para a maioria dos pacientes que necessitam de
uma ingestão calórica padrão para manutenção do peso e das funções corporais
normais.

3. Dietas enterais hipercalóricas: Possuem densidade calórica superior a 1,2 Kcal/mL.


Essas dietas são utilizadas quando é necessário fornecer uma maior quantidade de
calorias em um volume menor de solução, como em casos de pacientes com
necessidades energéticas aumentadas devido a condições como queimaduras graves,
trauma ou estado hipermetabólico.

A depender de cada paciente, o teor energético pode ser maior ou menor. No


paciente crítico, por exemplo, a recomendação é de 25 a 30 kcal/kg/dia. Já para idosos, essa
recomendação eleva-se para 30 a 35 kcal/kg/dia. Vale ressaltar que a recomendação calórica
deve ser ajustada individualmente, de acordo com o estado nutricional, o nível de atividade
física e a demanda metabólica relacionada à doença.
12

3.3.3 COMPLETA OU INCOMPLETA

Quanto ao fornecimento dos nutrientes, as dietas enterais podem ser classificadas


como completas ou incompletas. As dietas enterais completas são aquelas que contêm todos
os nutrientes em sua composição (proteínas, lipídios, carboidratos, vitaminas e minerais) e
podem ser usadas como fonte exclusiva de alimentação. Por sua vez, as dietas enterais
incompletas, também conhecidas como “módulos” ou “suplementos”, são as fórmulas
compostas por apenas um dos principais grupos de nutrientes citados anteriormente. Elas não
podem ser utilizadas como fontes exclusiva de alimentação (Lopes, 2023).

Proteínas: pode ser constituído por proteínas intactas ou hidrolisadas, ou


aminoácidos isolados ou associados. Micronutrientes: pode ser constituído por vitaminas ou
por minerais, isolados ou associados.Não existem limites mínimos e máximos estabelecidos
para os nutrientes presentes nos módulos, pois a sua utilização varia de acordo com as
necessidades clínicas e nutricionais do paciente (Lopes, 2023).

Ainda de acordo com Lopes, 2023, o teor de macronutrientes das dietas enterais
em relação ao teor de macronutrientes, as dietas enterais podem ser classificadas em hipo,
normo ou hiper proteica, lipídica ou glicídica. Para classificar, verifica-se o percentual desses
macronutrientes em relação ao Valor Energético Total (VET), como mostra o quadro abaixo.
Durante a doença crítica, por exemplo, são priorizadas as fórmulas enterais hiperproteicas,
com uma oferta que varia de 1,3 a 2 g/kg/dia. O objetivo é minimizar o catabolismo
muscular, a fraqueza e promover a reabilitação precoce.

3.3.4 POLIMÉRICAS, OLIGOMÉRICAS E ELEMENTARES

Na RDC nº 21/15, são estabelecidos requisitos específicos não apenas para a


composição calórica das dietas enterais, mas também para a complexidade dos
macronutrientes, que se dividem em três categorias principais: poliméricas, oligoméricas e
elementares, conforme ANVISA, 2015:

1. Dietas enterais poliméricas:

○ São formuladas com macronutrientes na forma intacta, onde as proteínas estão


presentes como polipeptídeos completos.

○ São indicadas para pacientes com um trato digestório funcional, capazes de


realizar a digestão completa dos alimentos.
13

○ As principais fontes proteicas incluem caseinato, proteína de soja e soro do


leite.

2. Dietas enterais oligoméricas:

○ Apresentam os nutrientes parcialmente hidrolisados, facilitando a digestão


comparado às dietas poliméricas.

○ São recomendadas para pacientes com capacidade digestória reduzida, mas


ainda capazes de absorver nutrientes de forma eficaz.

○ Utilizam fontes proteicas como hidrolisado de lactoalbumina, hidrolisado de


soja e caseinato hidrolisado, podendo conter aminoácidos livres como
glutamina, arginina e aminoácidos de cadeia ramificada.

3. Dietas enterais elementares:

○ Apresentam os macronutrientes completamente hidrolisados, ou seja, as


proteínas estão na forma de aminoácidos livres.

○ São altamente recomendadas para pacientes com função gastrointestinal


severamente comprometida, pois requerem uma digestão mínima para serem
absorvidas.

○ Utilizam fontes proteicas como aminoácidos livres, geralmente incluindo


glutamina, arginina e aminoácidos de cadeia ramificada.

3.3.5 HIPOTÔNICA, ISOTÔNICA E HIPERTÔNICA

A osmolaridade de uma dieta enteral é atribuída ao número de partículas


dissolvidas na solução. Sendo assim, as dietas enterais podem ser classificadas em:

Hipotônicas (<300 mOsm/L);

Isotônicas (300 a 350 mOsm/L);

Hipertônicas (>350 mOsm/L).

De modo geral, são preferíveis as fórmulas isotônicas, devido à maior tolerância


digestiva. Em contrapartida, dietas hipertônicas mal administradas podem causar diarreia
osmótica, má absorção, desconforto abdominal e distensão. Por isso, recomenda-se uma
administração lenta e gradual (Zanin,2021).
14

3.3.5 PADRÃO OU ESPECIALIZADA

As dietas enterais também podem ser classificadas em padrão ou especializada,


segundo a complexidade da fórmula. Dietas enterais padrão são aquelas que atendem aos
requisitos de macro e micronutrientes para uma população saudável, de modo a manter ou
melhorar o estado nutricional. Na dieta padrão, além dos nutrientes obrigatórios (proteínas,
lipídios, carboidratos, vitaminas e minerais), podem ser adicionados outros nutrientes: fibra
alimentar, flúor, taurina, carnitina e inositol (Lopes, 2023).

Já as dietas enterais especializadas (também chamadas de específicas ou


modificadas) são aquelas que implicam ausência, redução ou aumento dos nutrientes
obrigatórios, além de adição de substâncias não previstas. O objetivo da dieta especializada é
atender as necessidades de alguma doença ou condição específica, de modo a otimizar o
tratamento. As fórmulas pediátricas, por exemplo, são um tipo de dieta especializada para
crianças menores de 10 anos, com requisitos definidos pela RDC nº 21/15 (ANVISA, 2015).

3.4 SISTEMA ABERTO OU FECHADO

Quanto ao sistema, as dietas enterais podem ser classificadas em sistema aberto


ou fechado. A RDC Nº 503/2021 entende a nutrição enteral em sistema aberto como aquela
que requer manipulação prévia à sua administração. O envase da dieta em um recipiente
descartável, a reconstituição com água (para dietas em pó) ou outros módulos se inclui nesta
manipulação (ANVISA,2021).

Já a nutrição enteral em sistema fechado é aquela industrializada, estéril,


acondicionada em recipiente hermeticamente fechado e apropriado para conexão ao equipo
de administração. Ou seja, está pronta para uso, reduzindo o tempo de manuseio e o risco de
contaminação (BRASPEN, 2021).

Segundo a Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, 2021, as duas


apresentações são benéficas aos pacientes. No entanto, o sistema fechado é mais
recomendado, principalmente no ambiente hospitalar.

3.5 ADMINISTRAÇÃO INTERMITENTE OU CONTÍNUA

Em relação aos horários de administração, a dieta enteral pode ser classificada em


administração intermitente ou contínua. A administração intermitente é realizada em etapas
ou horários pré-estabelecidos, e se assemelha à nutrição oral por ser realizada de forma
15

fragmentada ao longo do dia. Nesta classificação, a dieta pode ser infundida de forma
gravitacional (livre ou por gotejamento), em bolus (com auxílio de seringa) ou por bomba de
infusão (Lopes,2023).

Para Lopes, 2023 a administração contínua é aquela que se procede lentamente


durante o dia, infundida por gotejamento gravitacional ou por bomba de infusão. A
administração será “contínua cíclica” quando existir uma pausa noturna de 4 a 6 horas.Em
cada um destes tipos, a dose e velocidade de administração da dieta irá depender das vias de
acesso da dieta enteral, já explicadas neste artigo.

Segundo a BRASPEN, 2021, a administração intermitente é indicada para


pacientes hemodinamicamente estáveis, que toleram grandes volumes. Já a administração
contínua é indicada para pacientes gravemente enfermos, por minimizar o catabolismo e os
riscos de intolerância, a administração é feita em bolsas e equipo de acordo com a figura 4:

Figura 4: Exemplo de bolsa de NE com equipo. Disponível em:


https://i0.wp.com/enfermagemilustrada.com/wp-content/uploads/2016/11/equipodieta.png?fit
=833%2C1479&ssl=1

3.6 POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES

Durante a dieta enteral podem surgir algumas complicações, desde problemas


mecânicos, como obstrução da sonda, até infecções, como pneumonia de aspiração, ou ainda
rutura gástrica, por exemplo.Também podem surgir complicações metabólicas ou
desidratação, déficit de vitaminas e minerais, aumento do açúcar no sangue ou desequilíbrio
16

de eletrólitos. Além disso, também podem acontecer casos de diarreia, prisão de ventre,
distensão abdominal, refluxo, náuseas ou vômitos (Zanin,2021).

3.7 FÓRMULAS

Existem várias fórmulas prontas que podem ser usadas para suprimir as
necessidades de pessoas a fazer nutrição enteral, Zanin,2021 descreve as fórmulas utilizadas
na alimentação enteral, que incluem:

Poliméricas: são fórmulas que possuem todos nutrientes, incluindo proteínas,


carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais.

Semi elementares, oligoméricas ou semi-hidrolisadas: são fórmulas cujos


nutrientes se encontram pré-digeridos, sendo mais fácies de absorver a nível intestinal;

Elementares ou hidrolisadas: possuem todos os nutrientes simples na sua


composição, sendo muito fáceis de absorver a nível intestinal.

Modulares: são fórmulas que contêm apenas um macronutrientes como proteínas,


carboidratos ou gorduras. Estas fórmulas são usadas especialmente para aumentar a
quantidade de um macronutriente específico. Além destas, existem ainda outras fórmulas
especiais cuja composição é adaptada a algumas doenças crônicas como diabetes, problemas
hepáticos ou alterações renais.

4. A VISÃO DOS PROFISSIONAIS DE NUTRIÇÃO

Com o objetivo de confirmar alguns pontos de nossa pesquisa, elaboramos um


questionário com 07 questões, presente no anexo I sobre a nutrição parenteral e enteral.
Entramos em contato com profissionais da área da nutrição da nossa região, duas
nutricionistas se disponibilizaram a responder nossas perguntas, uma delas atua na gestão
nutricional escolar e a outra na nutrição hospitalar. Infelizmente, as profissionais, não
puderam responder todas as nossas perguntas. As respostas completas das nutricionistas
estarão no anexo II.

As respostas das nutricionistas corroboram com aquilo que foi pesquisado, ambas
mencionaram a importância da utilização da nutrição parenteral em pacientes hospitalizados,
para os casos onde há contraindicação absoluta para o uso do trato gastrointestinal, como em
casos de obstrução intestinal, síndrome do intestino curto, fístulas enterocutâneas de alto
17

débito, e em pacientes com desnutrição moderada ou grave após 24-72 horas de oferta enteral
insuficiente.

Para as duas profissionais a nutrição enteral apresenta vantagens sobre a nutrição


parenteral, por ser mais fisiológica e destacando-se pela sua maior semelhança com a
alimentação normal.

Quanto a determinação da fórmula específica de nutrição enteral para pacientes


hospitalizados, deve-se levar em consideração de variáveis como indicação clínica, via de
administração, complexidade e fonte de nutrientes, densidade calórica, osmolaridade,
capacidade digestiva/absortiva, estado metabólico e estabilidade hemodinâmica do paciente,
estando de acordo com o que foi encontrado na literatura.

Para a profissional Ana Lucia, os cuidados necessários para administrar nutrição


enteral e parenteral de forma segura incluem práticas como lavagem das mãos, manutenção
da higiene da sonda, precaução contra tracionamento, alimentação com a cabeceira elevada, e
manter o paciente sentado após a administração da dieta, entretanto, a nutricionista acredita
que tais cuidados estão mais relacionados ao trabalho da enfermagem.

.Em relação aos efeitos colaterais em longo prazo, a nutricionista Ana Lucia,
acredita que a nutrição enteral pode causar complicações gastrointestinais como diarreia,
vômito, náuseas e constipação, muitas vezes relacionadas ao conteúdo excessivo de gordura
na dieta, infusão rápida ou intolerância aos componentes da fórmula.

Ainda de acordo com a Ana Lucia, o monitoramento e ajuste da nutrição


parenteral durante o tratamento hospitalar devem ser realizados através de um fluxograma
específico, envolvendo uma equipe multidisciplinar que monitora parâmetros como
hemograma completo, eletrólitos, nitrogênio da ureia sanguínea, e glicemia de forma regular.
A ingestão e eliminação de líquidos também são monitoradas continuamente até que o
paciente se estabilize.

Para Ana Lucia, administrar nutrição enteral e parenteral para pacientes críticos
enfrenta o desafio principal de nutrir adequadamente o paciente para prevenir desnutrição e
sarcopenia, garantindo um manejo nutricional eficaz durante o tratamento.
18

5. CONCLUSÃO

A nutrição enteral e parenteral representam avanços significativos na terapia


nutricional, fundamentais para pacientes hospitalizados cujo trato gastrointestinal enfrenta
desafios severos. Enquanto a nutrição parenteral oferece suporte vital em condições onde o
trato digestório não pode absorver nutrientes adequadamente, como obstruções intestinais e
pancreatite grave, a nutrição enteral proporciona uma alternativa segura e eficaz para
pacientes que, embora incapazes de se alimentar oralmente, ainda mantêm a função
digestória.

Ambos os métodos garantem a entrega precisa de nutrientes essenciais para


manutenção do metabolismo e promoção da recuperação. A nutrição enteral, administrada
diretamente ao trato gastrointestinal por meio de fórmulas balanceadas, contribui não apenas
para a prevenção da desnutrição, mas também para a melhoria da cicatrização de feridas,
fortalecimento do sistema imunológico e qualidade de vida dos pacientes.

Este estudo abrangente abordou desde as indicações específicas para cada método
até a seleção criteriosa das fórmulas nutricionais, enfatizando a importância do
monitoramento constante para prevenir complicações potenciais. Com isso, tanto a nutrição
parenteral quanto a enteral são reconhecidas não apenas como tratamentos nutricionais
importantes, mas também como aliados fundamentais no tratamento de condições clínicas
complexas dentro do ambiente hospitalar, proporcionando suporte vital enquanto se promove
a recuperação e o bem-estar dos pacientes.
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REFERÊNCIAS

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Define critérios para a importação excepcional de medicamentos sujeitos à vigilância
sanitária sem registro na ANVISA e para o tratamento de pacientes internados em unidades
de terapia intensiva (UTIs). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 maio 2021 Disponível
em: da7573d6-3885-4d8a-8de5-ee81582470dd (anvisa.gov.br) acesso em 21 de jun de 2024
ANVISA. Resolução de Diretoria Colegiada nº 21, de 21 de março de 2015.
Dispõe sobre os requisitos específicos para dietas enterais. Diário Oficial da União, Brasília,
DF, 23 mar. 2015. Seção 1, p. 52. Disponível em:
antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/3416920/RDC_21_2015_COMP.pdf/c9b03556-974e-
4d81-a74b-96297a6cb7a0 acesso em 22 de jun de 2024
BRASPEN. Diretriz BRASPEN de Enfermagem em Terapia Nutricional Oral,
Enteral e Parenteral. BRASPEN Journal: Publicação Oficial da Sociedade Brasileira de
Nutrição Parenteral e Enteral, v. 36, n. 3, Suplemento 3, Diretrizes 2021. Disponível em:
66b28c_8ff5068bd2574851b9d61a73c3d6babf.pdf (sbnpe.org.br) acesso em 14 de jun de
2024
CALIXTO-LIMA, et. al. Manual de nutrição parenteral Rio de Janeiro - Editora
Rubio, 2010. Disponível em:
https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=ydq_AwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT6
&dq=nutri%C3%A7%C3%A3o+parenteral&ots=2D3-gyrtYz&sig=sklZbaQ3plQZQLUpq7L
WqS4Mso0#v=onepage&q=nutri%C3%A7%C3%A3o%20 parenteral &f=false acesso em 10
de jun de 2024.
CAETANO, M.J.G. Nutrição parenteral e as contribuições do farmacêutico: uma
revisão. Cuité - Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Educação e Saúde,
2021. Disponível em :
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/riufcg/21709/MARIA%20JAMILL
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COMISSÃO DE SUPORTE NUTRICIONAL. Protocolo de Terapia Nutricional
Enteral e Parenteral. Goiânia: Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás,
2014. 162 p. Disponível em:
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-centro-oeste/hc-ufg/governan
ca/comissoes-e-comites/6aManualdeNutricaoParenteraleEnteral.pdf acesso em 11 de jun de
2024
FEFERBAUM, R.; SILVA, L.R.;SOLÉ, D. (revisores). Manual de Suporte
Nutricional da Sociedade Brasileira de Pediatria. 2. ed. Rio de Janeiro: Departamento
Científico de Suporte Nutricional da Sociedade Brasileira de Pediatria, 2020. 243 p.
Disponível em:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2a_Edicao_-_jan2021-Manual_Suporte_Nutri
cional_-.pdf acesso em: 14 de jun. de 2024
LEMOS, R.G.M.; BIDOIA, L. Nutrição parenteral e interações medicamentosas:
Uma revisão da literatura. 2023. Disponível em:
ttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/44034/35330/462586 acesso em 17 de
jun de 2024
LEITE, H. P. Nutrição parenteral. 2005. Disponível em:
https://www.researchgate.net/profile/Heitor-Leite/publication/264825170_Nutricao_Parentera
l/links/53f280000cf2bc0c40eb3876/Nutricao-Parenteral.pdf acesso em 10 de jun de 2024
20

LOPES, Natália. Como é feita a classificação das dietas enterais? Entenda as


diferenças entre dieta enteral artesanal ou industrializada, completa ou incompleta,
padrão ou especializada, entre outros. NutriTotalPro, 18 jan. 2023. Disponível em:
https://nutritotal.com.br/pro/qual-a-o-crita-rio-para-classificar-uma-dieta-enteral-como-normo
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MARCHINI, J. S. et al. Nutrição parenteral - princípios gerais, formulários de
prescrição e monitorização. Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: Nutrição Clínica, vol. 31,
pp. 62-72, jan./mar. 1998, Capítulo VI. Disponível em:
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MATOS, M. S. D. Cuidados de enfermagem ao doente com necessidade de
nutrição parenteral. 2004. Disponível em:
https://repositorio.esenfc.pt/public/index.php?module=rr&target=publicationDetails&pesquis
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ZANIN, T. Dieta enteral: para que serve, tipos e como alimentar. Tua Saúde,
2021. Disponível em: https://www.tuasaude.com/nutricao-enteral/. acesso em 23 de jun de
2024
21

Anexo II- Questionário Respondido sobre nutrição enteral e parenteral


Nome da profissional: Ana Lucia Dornelles de Freitas
Tempo de formação: 23 anos
Atua na área de formação: Sim Qual tipo de experiência apresenta: Gestão de
nutrição escolar e NASF

1. Quais são os principais indicativos para a utilização da nutrição parenteral em pacientes


hospitalizados?
Quando há contraindicação absoluta para o uso do trato gastrointestinal (inacessível ou não
funcional). Como em casos de obstrução intestinal, síndrome do intestino curto, fístulas
enterocutâneas de alto débito e quando o indivíduo apresenta desnutrição moderada ou grave
e após 24-72 horas a oferta enteral foi insuficiente.

2. Quais são as vantagens da nutrição enteral sobre a nutrição parenteral em certos casos?
A principal vantagem é que NE tem mais semelhança com a nutrição normal. A nutrição é
fornecida de forma líquida, para fornecerem todos os nutrientes que a pessoa obteria ao
consumir o alimento de forma convencional.

3. Como é determinada a fórmula específica de nutrição enteral para um paciente


hospitalizado?
O nutricionista deve se basear em diversas variáveis como indicação, via de administração,
complexidade e fonte de nutrientes, densidade calórica, osmolaridade e osmolalidade,
capacidade digestiva/absortiva, estado metabólico, estabilidade hemodinâmica do paciente.

4. Quais são os cuidados necessários para administrar nutrição enteral e parenteral de forma
segura?
Os cuidados são mais direcionados à área da enfermagem, mas é importante a lavagem das
mãos, manter a higiene da sonda, não tracionar, fornecer a dieta com a cabeceira elevada,
após a dieta manter o paciente sentado, entre outras.

5. Quais são os possíveis efeitos colaterais da nutrição parenteral e enteral em longo prazo?
Para a NE, as complicações gastrointestinais mais frequentes são a diarreia, o vômito,
náuseas e constipação, muitas vezes associadas ao excesso de gordura na dieta, infusão rápida
ou intolerância aos componentes da fórmula.

6. Como é feito o monitoramento e ajuste da nutrição parenteral durante o tratamento


hospitalar?
A evolução da NP deve ser feita por meio de fluxograma. Uma equipe multidisciplinar deve
monitorar o paciente. Deve-se obter hemograma completo, além de monitorar com frequência
o peso, os níveis de eletrólitos e nitrogênio da ureia sanguínea, para pacientes internados. A
glicemia deve ser monitorada de 6/6 horas. A ingestão e eliminação de líquidos, devem ser
monitorados continuamente. Quando o paciente se tornar estável, os testes sanguíneos podem
ser menos frequentes.
7. Quais são os principais desafios na administração de nutrição enteral e parenteral para
pacientes críticos?
Nutrir adequadamente o paciente para evitar a desnutrição e a sarcopenia.
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Anexo III- Questionário Respondido sobre nutrição enteral e parenteral


Nome da profissional: Preferiu não se identificar
Tempo de formação:
Atua na área de formação: Sim Qual tipo de experiência apresenta: Nutrição
hospitalar

1. Quais são os principais indicativos para a utilização da nutrição parenteral em pacientes


hospitalizados?
Pacientes que não estão com o trato gastrointestinal funcionando e não conseguem absorver
alimentação via oral.

2. Quais são as vantagens da nutrição enteral sobre a nutrição parenteral em certos casos?
A NE é muito mais fisiológica, pois continua utilizando o sistema digestivo.

3. Como é determinada a fórmula específica de nutrição enteral para um paciente


hospitalizado?
É determinada através da patologia do paciente. Dependendo do caso clínico, é escolhida a
fórmula mais indicada. Seguindo alguns critérios como tempo em jejum, gravidade do caso,
entre outros.

4. Quais são os cuidados necessários para administrar nutrição enteral e parenteral de forma
segura?

5. Quais são os possíveis efeitos colaterais da nutrição parenteral e enteral em longo prazo?

6. Como é feito o monitoramento e ajuste da nutrição parenteral durante o tratamento


hospitalar?

7. Quais são os principais desafios na administração de nutrição enteral e parenteral para


pacientes críticos?

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