ZOO III - PROVA 2a

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ZOO III - PROVA 2

I. A conquista do ambiente terrestre


Principais mudanças anatômicas e fisiológicas para suportar a transição da vida no mar para a
vida terrestre:
- Estruturas de suporte de locomoção na terra
- Respiração aérea (pulmões e coana)
- Mecanismos para conservar água em ambiente seco
- Órgãos do sentido modificados
- Mecanismos para controle de temperatura

Esqueleto apendicular foi essencial para dar suporte para a locomoção terrestre, como a
cintura conectada à coluna vertebral por músculos e tecido conjuntivo e a cintura pélvica
fundida à coluna vertebral, ambas conectadas a membros para dar movimentação.
A presença das vértebras cervicais permitiram movimentos especiais graças à cabeça
desconectada da cintura peitoral, adaptadas para sustentar a cabeça.
Os pulmões permitiram a respiração aérea, enquanto nos peixes acontecia pelos filamentos
branquiais. Nos pulmões o ar entra por um canal e sai pelo mesmo lugar em que entrou.
Além dos pulmões, as coanas, abertura nasal posterior e local que faz conexão da cavidade
nasal com a faringe, foram essenciais para o ar percorrer um caminho diferente do alimento.
Os órgãos dos sentidos também sofreram mudanças, na visão a luz é transportada pelo ar com
menos perturbação que na água e há presença de pálpebras e glândulas lacrimais para manter
a umidade no ar; na audição, a linha lateral é perdida (exceto larvas de anfíbio) e o ouvido
interno auxilia na amplificação de sons para captação das ondas sonoras; no olfato, os
receptores olfativos agora estão localizadas nas vias nasais.

Tendo em vista a necessidade de conservar água no corpo, o tegumento queratinizado é


especializado para proteger e ajudar a controlar a evaporação, tendo auxílio também dos
lipídeos.

Actinopterygii já apresentavam espécies com nadadeiras que permitiam “andar”. Logo,


apesar de tudo que foi apresentado, acredita-se que as características herdadas pelos
tetrapodas foram primeiro evoluídas na água e eram vantajosas para esse tipo de ambiente.

II. Lissamphibia
Temnospondylii - clado mais próximo de Lissamphibia.
Anfíbio é o termo que podemos utilizar para nos referir aos Lissamphibia viventes.

Existem três linhagens evolutivas:


- Anura
- Urodela
- Gymnophiona
Características gerais:
- Tegumento úmido e liso
- Escamas ausentes
- Ectotérmicos
- Grande maioria carnívoros
- Maioria sofre metamorfose

Principais sinapomorfias:
- Tipo de tegumento
- Dentes pedicelados
- Complexo opérculo-columela
- Papila Amphibiorum

Estruturas do tegumento
- Úmido, fino, muito glandular e vascularizado
- Perdeu as escamas
- Evitar o ressecamento é crucial
- Respiração cutânea
- Estrato córneo fino (para trocas gasosas)
- Glândula de muco (evitar ressecamento)
- Glândula de veneno

A respiração dos Lissamphibia se dá por brânquias quando em forma juvenil ou


exclusivamente aquática, e pelos pulmões e tegumento quando adultos.

Possuem dentes pedicelados com coroa e base compostos por dentina e separados por uma
zona estreita de dentina não calcificada ou tecido conjuntivo fibroso, essencial para não
deixar que a presa escape.

Os anfíbios possuem dois mecanismos de detecção de som a partir do complexo


opérculo-columela. O primeiro mecanismo permite a detecção de sons de alta frequência (via
columela), captados pelo sistema timpânico: tímpano > columela > ouvido interno. E o
segundo mecanismo é capaz de detectar sons de baixa frequência (via opérculo auditivo),
captados pelo sistema opercular: cintura peitoral > opérculo auditivo > ouvido interno.

Gymnophiona (apoda) - cecílias, cobras-cegas.


- Corpo alongado
- Perdeu membros
- Hábito fossorial
- Alimenta-se de minhocas e outros invertebrados
- Possuem um par de tentáculos quimiossensoriais no focinho
- Corpo anelar
- Olhos pequenos, as vezes é cega
- Fertilização interna
- Ovos depositados no solo úmido
- Algumas espécies com cuidado parental

Urodela (caudata) - salamandras, tritões


- Corpo alongado, cauda destacada
- Não possuem costela
- Ciclo de vida bifásico
- Fecundação geralmente interna por meio de espermatóforo
- Em algumas espécies há pedomorfose, quando um indivíduo não completa totalmente
seu ciclo de vida e se torna um adulto com características larvais. Exemplo: axolote.

Anura (salientia)
- A = ausência; Ura = cauda
- Especializações morfológicos para o salto
- Vocalização
- Noturnos
- Distribuição sempre próxima de cursos d’água
- Larvas aquáticas e adultos terrestres
- Os terrestres geralmente são maiores e saltam pequenas alturas, enquanto os menores
possuem cintura menor e permitem saltar alturas maiores (arborícolas)
- Dígitos com “almofadas” permitem aderência em superfície, escaladores;

III. Amniotas
Animais que possuem âmnio envolvendo o embrião.

Componentes de um ovo amniótico:


- Casca coriácea ou calcárea porosa: protege e permite troca gasosa
- Proteína albúmen (clara): proteção, permite troca gasosa
- Possui três membranas extraembrionárias:
1. Córion - circunda todas as outras membranas e permite trocas gasosas
2. Amnion - circunda o embrião
3. Alantoide - excreção, será a bexiga urinária
- Saco embrionário: nutrição; reserva maior que ovo não-amniótico

Dentre as vantagens adaptativas de um ovo amniótico, podem ser citadas: maior


desenvolvimento do embrião antes de nascer, logo, ele perde a forma larval; evita
ressecamento; permite trocas gasosas com o ar.

- Esterno
- Maior subdivisão interna dos pulmões
- Cérebro e órgãos sensoriais expandidos
- Sistema cardiovascular de alta pressão
IV. Testudines (Chelonia)
- Casco dorsalmente carapaça e ventralmente plastrão, unidos por ponte óssea lateral
- Únicos vertebrados com cintura escapular e pélvica internas às costelas
- Carapaça formada por ossos dérmicos que incorporam parte das vértebras, costelas e
porções da cintura
- Plastrão formado por ossificações dérmicas
- Respiram através da captura de fases pela faringe ou cloaca (marinhas)

V. Lepidosauria
Lagartos, tuataras, serpentes.
Sinapomorfias:
- Tegumento espesso e escamoso - epiderme é trocada periodicamente
- Fenda cloacal transversal
- Tendência à redução de membros

Sphenodontidae
- Apenas uma espécie vivente (Sphenodon punctatus)
- Dentes fundidos às maxilas
- Ameaçados de extinção
- Noturnos
- Associação ecológica com colônia de aves marinhas
- Alimentam-se de artrópodes atraídos pelas aves e de aves debilitadas
Squamata
- Autotomia: quebra voluntária da cauda em cobras e lagartos, acontece no meio da
vértebra e porção regenerada é feita de cartilagem e não se quebra mais
- Vivem em habitat arbustivos densos, em pequenas frestas de rochas e possuem hábito
fossorial
Serpentes
- Corpo extremamente alongado
- Modificações nos órgãos internos. Ex: pulmão esquerdo reduzido/ausente
- Ápodes
- Especializações alimentares associadas a cinese craniana
- Algumas espécies praticam constrição nas presas

VI. Crocodilomorpha
- Presença de membrana nictitante: protege e umedece os olhos
- Cauda achatada
- Membranas interdigitais
- Músculos nasais

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